Universidade
Federal
de Santa
Catarina
Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia de
Produção
Eng.° José
Roberto de Barros
Filho
Metodologia para implantação
e
melhoria
do
Planejamento
e
Controle
da
Produção
em
Pequenas
e
Médias
Empresas
Dissertação
Submetida
à
Universidade
Federal
de
Santa Catarina
para
a
.
Obtenção do
Grau
de
Mestre
em
Engenharia
_ 1II
Metodologia para implantação
e
melhoria
do
Planejamento
e
Controle
da
Prod'ução
em
Pequenas
e
Médias
Empresas
_Eng.°
.JoséRoberto de Barros
Filho
Esta
dissertação
foijulgadaadequada
para
obtenção.do
Títulode
p __Mestre.
em
Engenharia
.Especialidade
em
Engenharia
de.Produção
e.aprovada
na
sua
fonna
final
pelo
Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia de
Produção
*Banca
Examinadora:
3/
1Ô
Ã
Prof.
Ricar
ofiiranda
Barcia,PhD.
Coordenador do Curso
/E
Prof.
Dálvio
FerrariTubino,
Dr.Í
Orientador
Prof.
Gr
rioJean
Varvakis Rados,
PhD.
\«~f,3L
Prof.
Alvaro
Guilhenno
Rojas Lezana,
Dr.III
AGRADECIMENTOS
Classifico este trabalho
com
um
resumo
profissional atéo
presente.momento.
As
diversas pessoas, empresas e instituições que participaram
de
todo este periodo profissional foram fundamentais parao
êxitodo
presente trabalho.É
momento
de compartilharcom
todos esta vitória pessoal.Às
seguintes pessoas, empresas e instituições:\Í
À
minha
mãe
Carolina Licina Balvedi e aomeu
avôMário
Balvedi e familiares,responsáveis pelo
começo
da
presente jomada,minha
graduação;*Í
Ao
Prof. Dálvio Ferrari Tubino pela orientaçãodo
trabalho e porsempre
depositarconfiança
em meu
potencial e pelas oportunidades durante o períododo
mestrado;*Í
Ao
Laboratório de Sistema deProdução
da Engenharia de Produção, na figura dosSenhores
Femando
Loureiro, Ricardo Taveira, Túlio Damii eMarcelo
Lopes, pela experiência agregada nos trabalhosque
antecederam aomeu;
\Í
Ao
Prof. Sérgio Gargioni e companheiros daEMBRACO,
que
despertaramem
mim
ointeresse pela Engenharia de Produção;
ç
*Í
Aos meus
sóciosEduardo Rosar
e Rodrigo de Oliveira Pacheco, queem
momento
algum
colocaram obstáculos para a realização deste trabalho de
cunho
muito mais pessoalque
profissional;
*Í
À
todos daEddros
do
Brasil,que de
forma direta ouindireta participaram ativamentedeste trabalho;
\Í
À
Metalúrgica Pagé, aqui representada por seu diretores, -Sra.Angela
Pascoali Boei-ra eo
Sr.Marconi Leonardo
Pascoali e ao companheiro Eng. Valdir Oliveirada
Silva, pelo apoiono
presente trabalho;\Í
À
Dudalina, aqui representada pelos Srs.Édson
-Bruning eValmor
Wilhelms o- aocompanheiro
de
trabalhoGerson
Otto Schuhardt, pelo apoiono
presente trabalho; -\Í
Ao
SENAI-SC,
aqui representado pelo Sr. Antônio José Carradore, pela oportunidadedo
trabalho na Metalúrgica Pagé;*Í
Aos
amigos, amigas e namoradas, que compartilharam -dos bons emaus momentos
durante este longo período de mestrado;
\Í
E
novamente
aosmeus
familiares pela educação e pelo apoio, os quaisme
permitiramchegar até este ponto;
[V
RESUMO
Para muitos pesquisadores o assunto Planejamento e Controle da
Produção
pareceser
um
assuntodominado ou
até fora demoda.
Porém,quando
estamos trabalhandocom
pequenas e médias empresas, sente-se
que
muito ainda existe por fazer.Normalmente
o foco de trabalhosem
PCP
recaiem
sistemas computacionais,definições, aplicações e utilização. Percebe-se
que
em
muitos casosnenhuma,
ou
muitopouca, atenção é dada aos passos
que
antecedem a implementação de sistemas dePlanejamento e Controle
da
Produção. Este primeiros passos,normalmente
organização, aprendizado e treinamento,devem
ser trabalhados antes dos sistemas e, frequentemente, sãoas principais fontes de problemas.
O
presente trabalho descreveuma
sequência ideal para aq implementação das“melhores práticas”
em
Planejamento e Controle da Produção, desde a definiçãoda
equipe responsável pelo projeto até a implementaçãode
sistemasem
pequenas e médias. empresas.Além
da metodologia de implementação, são apresentados nos capítulos 4 e 5, doisestudos. de caso-
O
primeiro sobreum
fabricantede
equipamentos paraarmazenagem,
conservação, transporte e beneficiamento de grãos. Trata-se de
uma
produção
tipo “projetosob
encomenda”
O
segundo. estudo apresenta o casode
uma
indústria têxtil (camisaria)com
produção
do
tipo repetitivosem
lotes.Os
indicadores “atuais e passados”demostram
os,
V
ABSTRACT
For
many
researchersk the subject Productionand
ControlPlanning
seems
to bedominated
or outdated. But,when
we
are talking about small, ormedium,
manuƒacturing enterprises (SA/IE 's),we
can
see that there area
lotof
things todo
yettThe main
research 's focuson
PCP,
are systems. Definitions, applicationsand
utilization
We
noticed, inmany
cases,none
attention has been spent at theformers
steps ina
PCP
implementation, basically organization, learningand
training.They
come
beforethe
PCP
system implementation and, usually, sourcesof
problems.This
paper focus an
ideal sequence for implementationof
the best practiceson
PCP,from
PCP
team
project definition through the system implementation, for smalland
medium
manufacturing enterprises.This
work
also presents in chapters4
and
5
case studies.One
case is abouta
producer of
equipments for storage, conservation, transportationand
processingof
grains.lt is
an
engineer-to-order production.The
other one, isa
textile industry (shirtsproduction), with
a
make-to-stock production. Presentand
pastperformance
indicatorsdemonstrate the benefits proportionated by Production
and
Control Planning, systemsand
SUMÁRIO
1 -INTRODUÇÃO
VI 1 1.1 -CONTEXTUALIZAÇÃO
DO PROBLEMA
1.2 -OBJETIVOSDO
TRABALHO
1.2.1 - Objetivo geral 1.2.2 - Objetivos específicos 1.3 -IMPORTÂNCIA
DO
TRABALHO
1.4 -LJMIIAÇÕES
DO TRABALHO
1.5 -ESTRUTURA
DO
TRABALHO
2 -
ESTADO
DA-ARTE
-PCP.
PEQ-UENASE
MÉDIAS
EMPRESAS-
-‹I¡bJbJK\›l\›l\¡F"*
5
2.1 -
VISÃO
GERAL DOS
SISTEMAS
DE
PRODUÇÃO
2.2 -
FUNÇÕES DOS
SISTEMAS
DE
PRODUÇÃO
2. 2.1 - Produção 2. 2.2 - Marketing
2.2.3 - Finanças .
2.3 -
PLANEJAMENTO
ECONTROLE
DA
PRODUÇÃO
2.4 -
CLASSIFICAÇÃO
DOS
SISTEMAS
DE
PRODUÇÃO
2.4.1 - Por grau de padronização dos produtos
2.4.2 - Por tipo de operações '
2.4.3 - Pela natureza do produto
2.5 -
A
MICRO,
PEQUENAE MÉDIA EMPRESA
2. 5.1 - Conceitos de Pequena e Média Empresa no mundo
2.5.2 -
A
.Micro e Pequena Empresa pelo mundo2.5.3 - Conceituação legal da Adicro e Pequena Empresa no Brasil
2.5. 4
A
Alicro, Pequena e Média Empresa no Brasil2.6
A
RELAÇÃO
PCP
E AS
PEQUENAS
E
MÉDIAS
EMPRESAS
2.6.1 -
O
Just In Time e as Pequenas e Médias Empresas3 _
METODOLOGIA
PARA
IMPLANTAÇÃO
DO
PCP
EM
PEQUENAS
E
MÉDIAS
EMPRESAS
5 8 9 10 10 ll 15 15 16 18 18 21 22 27 27 31 42 4.6 3.1VISAO
GERAL
DO PCP
3.2 -DEFINIÇÃO
DA
EQUIPE
3.3 - .SENSIBILIZAÇÃO .3.4 -NIVELAMENTO
DO
CONHECIIVIENTO3. 4.] - Técnicas para a administração da produção
3.5 -
CARACTERIZAÇÃO
DO
TIPODE
SISTEMA
PRODUTIVO
3.6 -
CONDIÇÕES
ESPECIAISDO
SISTEMA
PRODUTIVO
3.7 -
LEVANTAMENTO
DE INFORMAÇÕES
E ANÁLISE
DO
SISTEMA
ATUAL
46 48 49 51 52 55 56 57
3.8 -
SIMPLIFICAÇÃO E
SISTEMATIZAÇÃO
DAS
ATIVIDADES
_ 3.8.1- Simplificação nas atividades
3.8.2 - Simplificação no produto
3.83. - Simplificação na fábrica ..
3.8. 4 - Medidas de Desempenho
3.9 -
DEEINIÇÃO
E
ESPECIFICAÇÃO
DOSREQUISITOS
PARA
UM
SISTEMADE
PCI?3.lÚ -
SELEÇÃO
OU
DESENVOLVIMENTO
DO
SISTEMA
3.11 -
.IMBLEMENTAÇÃO
DO
SISTEMA.4 -
ESTUDO DE CASO
1zMETALÚRGICA
PAGE
LTDA.
4.1 -A
E1vIPRESA4.2 -
APLICAÇÃO
DA
METODOLOGIA
_4.3 -
DEFINIÇÃO
DA
EQUIPE
4.4 -
SENSIBILIZACÃO
«4.5 -
NIVELAMENTO
DO
CONHECIMENTO
4.6 -
CARACTERIZAÇÃO
DO
SISTEMA
PRODUTIVO
_4.7 -
CONDIÇÕES
ESPECIAISDO
SISTEMA
PRODUTIVO
4.8 -
LEVANTAMENTO
DE
INFORMAÇOES EANÁLISE
DO
SISTEMAAIUAL
4.9 -
SIMPLIEICAÇÃO
ESISTEMATIZAÇÃO
DAS
ATIVIDADES
4.9.1 -ATIVIDADES
.4.9.2 -
PRODUTO
4.9.3 -FABRICA
4.9.4 -
MEDIDAS
DE
DESEMPENHO
4.10 -
RESULTADOS
DA DETODOLOGIA
» .5 -
ESTUDO DE CASO
2:DUDALINA
S.A.5.1 -
A
EMPRESA
_ 5.2 -APLICAÇÃO
DA
METODOLOGIA
. 5.3 -DEFINIÇÃO
DA
EQUIPE
5.4 - SENSIBILIZAÇÃO. 5.5 -NIVELAMENTO
DO
CONHECIMENTO
_ 5.6 -CARACTERIZAÇÃO
DO
SISTEMAPRODUTIVO
5.7 -
CONDIÇÕES
ESPECIAISDO
SISTEMA
PRODUTIVO
5.8 -
LEVANTAMENTO
DE
INEORMAÇOES
E
ANÁLISE
DO.SISTEMA
ATUAL
. _5.9 -
SIMPLIFICAÇÃO E
SISTEMATIZAÇÃO
DAS
ATIVIDADES
5.9.1 -ATIVIDADES
5.9.2 -PRODUTO
5.9.3 -FABRICA
5.9.4 -MEDIDAS DE
DESEMPENHO
5.10 -ESPECIEICAÇÃODO SISTEMA
. 5.11 -DESENVOLVIMENTO
DO
SISTEMA
5.12-IMPLEMENTAÇÃO
DO
SISTEMA
. 5.13 -RESULTADOS
DA METODOLOGIA
VII-6 -
CONCLUSÕES
E
RECOMENDAÇÕES
PARA
OS
PRÓXIMOS
TRABALHOS
6.1
CoNcLUsoEs
'
6.2 -
RECOMENDAÇÕES
PARA
os
PRÓXIMOS TRABALHOS
7 -H
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO
ISIGLAS
UTILIZADAS
NO
TRABALHO
SS
-Programa
para qualidade organizacional das empresas",ABI
- Associação das Bibliotecas Internacionais;ATO
-Montagem
sobencomenda;
BOM
- Lista de materiais;CAD
f Projeto auxiliadopelo computador;CAE
- Análise de engenharia auxiliada pelo computador; OCAM
-Manufatura
auxiliada pelo computador;CAPM
- Gerenciamentoda
manufatura auxiliada pelo computador; VCAPP
- Planejamento.do
processo auxiliado pelo computador;CNC
-Comando
numérico computacional;DBR
- Tambor-pulmão-corda;DFMA
- Projeto para manufatura emontagem;
ERP
- Planejamento.dos_recursos_ daempresa;
ETO
-Produção
por projeto;. ,DIPI
- Instituto nacional de propriedade industrial;JIT
- Just-in-Time;MOD-
Mão-de.-.obra direta',.;MPE
-Micro
ePequena
Empresa;MRP
- Planejamento das necessidades de materiais;MRP
II - Planejamento dos recursos de manufatura;MTBF
-Tempo.
médio
entre _falhas;_ .MTO
-Produção
sobencomenda;
MTS
-Produção
para o estoqu€:;.MTTR
-Tempo
médio
para reparo;OCDE
.- Organização .para cooperação e desenvolvimentoeconômico;
OPT
- Tecnologia para otimização da produção;P&D
- Pesquisa e desenvolvimento;X
PCP
- Planejamento e Controle da Produção;PIB
- Produto Intemo.Br_utQROI
-Retomo
do
investimento;SAD
- Sistemas deApoio
à Decisão;SEBRAE
- Serviço Brasileiro deApoio
aPequena
eMédia
Empresa; ~SGP
Sistemas _de__Gerenciamento;da
Pro_ducao;_ _TOC
- Teoria das restrições;TPM
-
Manutenção
Produtiva Total;TQC
- Controle da Qualidade Total;TQM
- Gestãoda
qualidade total;VAC
- Velocidade de atravessamento constante;WIP
- Estoqueem
processo;Nota.
do
Autor:Todos
osnomes
decompanhias
e produtosmencionados
são usadossomente
visando sua identzficação epodem
sermarcas
registradasde
seus respectivosIntrodução
1
-
Introdução
Este capitulo
tem
por finalidade apresentar oque
se pretendecom
este trabalho-Começa
pela contextualizaçãodo
problemado
Planejamento e Controle daProdução
em
pequenas e médias empresas, passando pelos objetivos,. gerais e especificos, importância
do
trabalho e por
fim
suas limitações.1.1
-9Con-textualização
-do
problema
-Embora
o
assunto Planejamento e Controle daProdução
pareça . serum
.assuntodominado,
ou
quem
sabe até ultrapassado,quando
estamosno
contexto deMicro
ePequenas
Empresas (MPE”s)
e até médias empresas,podemos
notarque
ainda há muito por fazer.Hoje
as empresasdevem
possuirum
sistema flexível de produção,com
rapidezno
projeto e
implantaçãode novos
produtos,com
baixos lead times (tempos de passagem) eestoques somente para
o
atendimento das necessidades dos clientes, tudo de formasincronizada.
A
forma.como
se planeja,programa
e controla-se estes sistemas produtivostem
função primordial neste contexto. -Em
1990, pesquisa realizada junto a 1.000 pequenas empresas localizadasem
todos osestados brasileiros e representativas
de
vários setores (Ramos, 1995), revelou as dificuldades enfrentadas por. elas, relacionadascom
o
resultado final de sua produtividade. Algunsnúmeros
tem
impacto decisivono
Planejamento e Controle da Produção: Cerca de40%
não utilizavam planejamentoda
produção-A
qualidade das infonnações utilizadasno início das atividades de planejamento é muito importante, porém, esta pesquisa mostrou que50%
não
utilizavam planejamento de vendase
85%
não utilizavam planejamento de marketing. .Semum bom
início,não
sepode
terum
bom
fim.
Com
relação aos estoques,47%
não
utilizavam sistemas decontrole..
Pensando
em
simplicidade .nas operações,75%
não
utilizavam. layout planejado,sem
contar
que
em
tomo
de60%
dispensam trabalhoem
produçãosem
qualidade (refugos) porfalta de
mecanismos
de controle. da qualidade-Quase dez
anos depois,pouca
coisamudou.
Para se planejar e controlar as atividades de
uma
empresa é preciso que:0 se conheça
bem
a empresa;0 se saiba que tipo de processo produtivo está
em
questão.Conhecer
bem
a empresa. significa, conhecer a estrutura da empresacomo
um
todo, seu mercado, seu produto eo
mais importante, conhecer a estrutura de poder na empresa, formal einformal. Já o tipo de processo
define
a complexidadedo
planejamento. e controle. .das~ ~
atividades.
De
uma
forma geral, as atividades de planejamento e controle da produçao sao- Introdução
simplificadas a
medida que
se reduz a variedade de produtos concorrentes poruma mesma
gama
de recursos.O
fatodo
produto serum
bem
ou
um
serviçotambém tem
seu .reflexona
complexidade
do
sistema de planejamento e controle da produção.Embora
óbvias estasafirmações
as vezes nao são de conhecimento de toda a empresa.O
aprendizado de quais são as atividades
do PCP,
quais suas características e impactos nafábrica, é de fundamental importância para qualquer empresa, principalmente
quando
esta épequena
enão
possui pessoal dedicado para esta atividade.O
focodo
assunto normalmente encontrado. em. trabalhosna
áreado
Planejamento e Controle da Produção, recai quasesempre
sobre sistemas computacionais (softwares), suautilização e. aplicações.
Pouca
ênfasee
dadanospassos
anteriores aos sistemas,..ou seja, aimplantação das
chamadas
“melhores práticas” e a sistematizaçãodo
ambiente fabril parareceber tais ferramentas computacionais,
ou
quem
sabe, aindaque
de
início, dispensa-las.1.2
-Objetivos
do
trabalho
1.2.1
-Objetivo
geral
Propor e testar, apresentando resultados,
uma
metodologia. estruturadaem
uma
sequência,que
permita a implantação e melhoria das rotinasdo
Planejamento e Controleda
Produção,
com
ou
sem
implementação de sistemas computacionaisem
empresas de pequeno,médio
e até de grande porte.1.2.2-
--Objetivos
específicos
Seguem
os objetivos específicos deste trabalho,que
são;a) Apresentar
uma
visão dos sistemas de produção e a localizaçãodo PCP,
conceitos e classificações para Micro,Pequena
eMédia
Empresa
ea
relaçãodo
.PCPcom
asempresas
em
geral, principalmente as empresas de porte médio.b) Estruturar e apresentar
uma
metodologia para a implantação e melhoria .dasatividades ligadas, direta
ou
indiretamente, aoPCP,
para empresas depequeno
emédio
porte. Esta metodologia não deve. estar “atrelada”. a.nenhum
pacote computacional específico e deve contemplar a simplificação da fábricacomo
um
todo.Q) Testar a metodologia
em
diferentes sistemas deprodução
(repetitiva e. sobencomenda). Estes testes
devem
acontecerem
ambientes reais de empresas depequeno
emédio
porte.d) Identificar, através dos estudos
de
casd, as dificuldades encontradas .e a vantagenspara as empresas
que optam
pela implantaçãoou
melhoria de seus sistemas dePlanejamento e Controle da Produção.
Introdução
1.3
-Importância
do
trabalho
Assurnindo-se
que
o Planejamento e o Controle daProdução
éuma
ferramentafundamental para
o aumento do
poder de competição das empresas, principalmente naquelasem
que
as atividadesdo
cotidiano sejam “informais”, este trabalho setoma
relevante aoapresentar
uma
metodologia estruturada paraque
as empresas interessadas na implantação emelhoria de rotinas
do
Planejamento e Controle da Produção, visandoum
aumento do
poder de competiçãono
seu mercado.O
trabalho aqui proposto busca focar a implantaçãodo
PCP em
pequenas e médiasempresas (que
normalmente
nãotem
nadaou
muito pouco), partindo desde a definiçãoda
equipe responsável pelo
PCP,
até a implantaçãode
um
sistema, seja ele baseado na lógicado
MRP
II, JIT,ou
aindana
Teoria das Restrições de Goldratt.A
idéia consisteem
estruturar as atividadesdo
PCP
atravésdo
aprendizado da empresa seguindouma
metodologia deimplantação das rotinas de
PCP.
.1.4. -
Limitações
do
trabalho
Apesar
de esforçosem
sentido contrário, algumas limitações.do
trabalhoforam
detectadas durante as implementações.
A
metodologia proposta é aplicávelem
empresasem
geral, de micro à. grande, independente de seu sistema produtivo. Este trabalho .porém está
lirnitado a empresas
de
manufatura de benscom
porte médio.A
limitação por empresascom
relação ao seu porte considerável, nãoéuma
limitaçãodo trabalhoem
si.O
que
se percebeu éque
a empresa deve possuiruma
certa maturidade eum
nível de recursos
(tempo
e dinheiro) para ser despendidonum
processo demudança
como
este.Neste trabalho existem dois casos práticos,
um em
uma
empresamédia
com
cercade
200
firncionáriose
.outroem
uma
grande empresacom
cercade
800
fimcionários,porém
divididos
em
5 unidades produtivas.Um
terceiro estudo de caso foi iniciadoem
uma
pequena
empresa
com
cercade 30
funcionários..O
trabalho não aconteceu por, principalmente doismotivos, falta
de
visão por parte da direção da empresa dos ganhosque
se teriacom
o
processo (a sensibilização não aconteceu) e
a
falta de recursos por parteda
empresa, principalmentetempo
e pessoal.Devido ao
assuntoPCP
ser muito amplo, o presente trabalhoficou
limitado a organização e melhoriado
PCP
como
um
todo (visão sistêmica),não
entrandoem
detalhes passíveis .deuma
maior exploração-A
aplicação da metodologia não é. estanque. Eladeve
seraplicada várias vezes. Trata-se de
um
longo processo de melhoria contínua. Para se teruma
idéia,o
trabalho realizado .na Dudalina (estudode
caso l)começou
no
início de1998
e iráno
mínimo
atéo
fim
de 1999. Já o trabalho realizado na MetalúrgicaPagé
(estudo de caso 2),iniciou a quase
um
ano
.e. está longe de completaro
looping completoda
metodologia, pois aempresa
está passando ainda pela implantaçãodo
seu primeiro sistema dePCP.
Jntrodução
1.5
-Estrutura
do
trabalho
A
fim
de
atender seus objetivos, além deste primeiro capítulo, este trabalho estáestruturado
como
mostrado da figura 1.1.Capítulo
2
Revisão Bibliográfica
Capítulo
3
Meàâéeiegâaéetmpsâmâçâo
Capít_ulo.4
Estudo de Caso 1 - Metalúrgica Pagé
t
L ~Capítulo
5
'
Estudo de Caso
2
- Dudalína 'Gapítulo
&
Conclusões e Recomendações
.-
Figura 1.1 - Estrutura
do
trabalho.No
capítulo 2 são apresentadas as informações gerais, definições e conceitosassociados aos sistemas
de
produção,com
a atenção voltada parao
.Planejamento e Controleda Produção (PCP)
e para aPequena
eMédia
Empresa.É
dada
uma
visão geral dos sistemasde produção onde
é localizado 'oPCP
e são descritas as suas funçõesbásica-s,no
contexto deum
sistema produtivo geral de bensde
consumo
ou de
serviços-As
atividades desenvolvidaspelo
PCP
serão apresentadas.Após
é apresentada a“Pequena
e aMédia
Empresa”, conceitos e definições. Finalmente é .discutido .oPCP,
relacionado à. realidadeda
Pequena Empresa,
dentrode
um
contexto mundial recente.Após
a revisão bibliográfica (estado da arte)no
capítulo 2, é apresentada.no
capítulo 3a metodologia para
o
desenvolvimentodo
trabalhode
implantação e melhorias nas rotinado
Planejamento e Controle
da Produção (PCP)
em
pequenas e. médias empresas.Os
passos quecompõe
a metodologia são listados e detalhadosum
aum.
Definida
ametodologia. são apresentados dois estudosde
caso, noscapítulos.4
e 5.O
primeiro estudo aconteceu na empresa Metalúrgica
Pagé
Ltda. eo
segundo na empresaDudalína .S.A
São
.apresentados indicadoresdo
tipo “passado e .atual°.°,além
de outrosresultados obtidos
com
o
trabalho.Einalmente.
no
capítulo. 6., sao apresentadas as. conclusoes obtidascom
o presentetrabalho e as
recomendações
para trabalhos futuros.Estado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
2
-
Estado
da
Arte
-
PCP, Pequenas
e
Médias
-Empresas
Este capítulo
tem
por finalidade introduzir informações gerais, .definições e conceitosassociados aos sistemas de produção,
com
a atenção voltada parao
Planejamento e Controleda
Produção (PCP)
e aPequena
eMédia
Empresa.
Inicialmente é dadauma
visão geral dossistemas de produção
onde
é localizadoo
PCP
e são descritas as suas funções básicas,no
contexto de
um
sistema produtivo geral de bens deconsumo
ou
de serviços.As
atividadesdesenvolvidas pelo
PCP
serão apresentadas.Após
será apresentada a“Pequena
e aMédia
Empresa”, conceitos e definições- Finalmente será discutido
o
PCP,
relacionado à realidade daPequena
Empresa, dentro deum
contexto mundial recente.2.1
-Visão.
geral
dos
sistemas.
de
.produção
Parece
que
finalmenteo
futurochegou
ao BrasilOu
quem
sabe talvezo
Brasil agoraesteja presente!
Tivemos
uma
geração inteira de brasileiros esperando o milagreeconômico
prometido pelos líderes políticos, o qual nunca chegava.
Com
a entrada da década de 90, ao que tudo indica,caminhamos
para tal.Mais
por força deuma
conjunturaeconômica
mundialglobalizada,
do que
por vontade .política dos nossoslíderes (Tubino, L997).Estamos
constantemente enfrentandomudanças
impostas pelo ambiente,onde
a quebra de paradigmas éuma
necessidade constante.Os
exemplos disso são inúmeros e ven`ficados todos os dias.Onde
antes .havia o confronto entre capital e. trabalho, hoje. desponta a administraçãoparticipativa, a necessidade de envolvimento da mão-de-obra na implantação de novas técnicas produtivas.
Onde
antes havia a pressão por altas barreiras alfandegárias, limitando a. concorrênciae, consequentemente, administrando os preços
em
função dasmargens
de lucro desejadas, hojehá a necessidade de .se atingir
um
maiornúmero
de
mercados, tanto na buscados
insumoscomo
na
colocaçãode
seus produtos, de se diluir custosfixos
com
aumento
daprodução
e venda,rompendo
as fronteiras fisicasdos
países, indo buscaro
consumidoronde
ele estiver,forçando a concorrência entre empresas e gerando
um
preço demercado
para os produtosou
serviços, ao qual as empresas
devem
adaptar suas estruturasde
custosou
sairdo
mercado.Onde
anteshaviam
decisões localizadas, específicas para cada mercado, hojehá
um
intercâmbio de informações e globalização de produtos e consumidores, fazendo
com
que
um
mesmo
produto seja desejado econsumido
nosEUA,
na
India eno
Brasil.E
assim caminha a humanidade, de acordocom
o princípio da seleção natural de Darwin.“Ou
as espéciesevoluem ou
são extintas. pela concorrência”.Os
relatos de. sucesso deempresários
que
já acordaram para essa realidade setomam
mais comuns, colaborandono
despertar de outros.
~
Dentro deste contexto, as empresas
de
bensou
serviços .quenao
adaptarem seusEstado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
globalização.
O
que
se tinhacomo
verdade a anos atráscomo
a velha estratégia daprodução
em
massa, derivadada
noção
de
economia
de escala,não
é. mais válidaHoje
as empresasdevem
possuirum
sistema flexível de produção,com
rapidezno
projeto e implantação denovos
produtos,com
baixos lead times (tempos de passagem)_e_ estoquesno
atendimento das necessidades dos clientes, tudo agindo deforma
integrada.A
forma
como
se planeja,programa
e
controlaestes sistemas.produtivos_tem
fi1nç_ão primordial neste contexto,Por
falarem
mudanças, nos últimos anos, poucas áreas dentro da Administraçãode
Empresas
mudaram
tanto quanto a Administração da Produção. .Durante anos, a produção foiconsiderada quase
um
mal necessário, suportado pelos demais setores porque, afinal,uma
empresa
manufatureiranão
podia escapar de fazer seus produtos- Outros setores,__ por anosconsiderados mais nobres, acostumaram-se a enxergar a fábrica
como
a origem principal deseus problemas (Corrêa e Gianesi,1993). _
Hoje
a áreas ligadas à manufatura estão revalorizadas, maisuma
vez.Mais
uma
vez porque nos. primórdiostempos
da
manufatura o artesão(homem
da
manufatura) _ eraconsiderado
um
artista.Podemos
destacar três causas principais para essa revalorização.Primeiro,_a. crescente pressão por competitividade
que
o mercado_ mundialtem
demandado
das empresascom
a globalização da economia. Segundo, a disponibilização de novas tecnologias praticamentea
todosea
custos compatíveis, paranão
dizer acessíveis.E
terceiro,o
desenvolvimento gerencial
no
entendimentodo
que é produção de bensou
serviços,onde
agora se
tem
um
melhor entendimentodo
papel estratégicoda
manufatura (figura 2.1). _Crescente
pressão
por
`com
petítivídade
'Manufatura"
revalerizada-V
s _ isp_oni_biIizaçäo _ _Entendimento
de
novas
do
papel
tecnologias
de
estratégico
da
=oeesse-
-manufaturaf
_Figura 2. 1 - Prínczpais causas
por
trásda
recente revalorizaçãoda
manufatura,No
Brasil, atébem
pouco tempo
atrás, poucas empresas sepreocupavam
com
a gestãoEstado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
protecionistas impostas pelo governo. Esse protecionismo não fez nada além de desproteger
nossa. indústria frente a competitividade internacional. Salvo alguns
bons exemplos de
empresas brasileiras exportadoras que
tem
essa consciência,o que normalmente
sevê
sãofábricas inefrcientes sob diversos. aspectos.. Iá
não
basta ser competitivano
país, a.empresa que
pretende manter-se viva
no mercado
deve ser competitiva a nivel mundial, porque senão
o
for,uma
empresa
competitivado
exterior entraráno
paíscom
seus produtos e ganhará o mercado.Nesse
ambiente competitivoque
estamos falando estão inseridas todas as empresas,micro, pequenas, medias e grandes-
Numa
economia
global, a competição internacional estáaumentando
muito rapidamente e esta competição não discriminanem
grandestampouco
pequenas empresas (Philips
e Ledgerwood,
l994), VSegundo
Corrêa e Gianesi (Corrêa e Gianesi, 1993) há hoje, cinco prioridadescompetitivas. principais, baseadas nas quais a manufatura.
pode
contribuirpara
_acompetitividade
da
empresa.Cabe
à empresa a buscado
equilibrio entre as prioridades.São
elas:
a) .Fazer
os
produtosgastando
menos
que os concorrentes, obtendo vantagensem
custos;b) Fazer os produtos
melhores que
os concorrentes, obtendovantagem
em
qualidade;c) Fazer os produtos
mais
rápido que os concorrentes, obtendovantagem
em
velocidade
de
entrega;d) Entregar os produtos
no
prazo prometido, obtendovantagem
em
confiabilidade.de
entrega;
e) Ser
capaz de
mudar
muito e
rápido oque
se está fazendo, obtendo vantagem.de
flexibilidade.
Ainda. dentro das prioridades competitivas* segundo
a
óticada
Qualidade. Total,Campos
(Campos,
1992)propõe
outras cinco prioridades, muito parecidascom
as acimadescritas,.por.ém dentro .do enfoque da qpalidade.
São
aschamadas dimensões
da
QualidadeTotal, que são: qualidade, entrega, custo, moral e segurança,
ou
seja, os produtosdevem
terqualidade assegurada, entrega
no
prazo, preço justo e razoável_,_satisfazer as .necessidadesdosclientes e por fim
não
oferecernenhuma
forma de risco à saúde dos clientes.É
dentro deste espíritoernquezirojeeestãoinseridosos sistemas produtivos,de
maiorou
menor
tamanho. Considereum
sistema produtivo típico de bens,como
uma
fábricade
el'etrodomé'sticos. O' objetivo principaf deste sistema é
montar
equipamentos eletrodomésticos a partirda
compra.ou
fabricação de peças.componentes
e coloca-los.a
disposição dos clientes..Da
mesma
fonna, alémda
fabricação emontagem
dos eletrodomésticos, deve-se prever ademanda,
elaborar seqüência produtivas, planejare
acompanhar. os estoquesde
peças,componentes
e submontagens, planejar e administrar os recursos produtivos de acordocom
ademanda,
motivar, padronizare
treinar.a
mão-de-obra, montarum
esquema
de manutenção
dos equipamentos e instalações, de prevenção e garantia da qualidade, etc.
Muitaspessoas
aoouvirem
o termo “sistemas produtivos” pensarão em._fábricas,.tor:nose linhas de
montagem.
Originalmente, a maioria dos conceitos e técnicasde
planejamento,programação e
controleda produção vieram. de aplicações emfábricas,porémrecentemente
Estado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
Grande
parte das empresas prestadoras de serviços,como
bancos, escolas, lanchonetes,locadoras de carros, seguradoras, etc-,
podem
edevem
ser tratadascomo
“fabricantesde
serviços”.
A
conceituaçao de sistemas produtivos abrange tanto a produçao de benscomo
a deserviços (Tubino, 1997),
2.2
-Funções
dos
sistemas
de
produção
Para atingir seus objetivos os sistemas produtivos
devem
exerceruma
série defimções
operacionais,
desempenhadas
por pessoas, quevão
desdeo
projeto dos produtos, atéQ
controle dos estoques, recrutamento e treinamento de funcionários, aplicação dos recursos
financeiros, distribuição dos produtos, etc.
De
uma
fonna geral estas funçõespodem
seragrupadas
em
três funções básicas: Finanças,Produção
e Marketing.O
sucesso deum
sistemaprodutivo depende.
da
forma
como
estas três funções se relacionamPor
exemplo,Marketing
não pode promover
avenda
de bensou
serviços os quais aProdução
não consiga executá-los.Ou
ainda, a Produção.não
pode
ampliar sua capacidade produtivasem
o aval de Finanças paracomprar
equipamentos.SistemadeP
redução
ç¢
i
t
Finanças
Marketing
Produção
aaa, _ _ ~ .-,~ s \ ._z¡*_¡._.¡.¡. j]-r.1£1*¬Ç. ~»¿ ,‹._...¡â1:zgzzz'z;z¿, '~-' *š‹~âzâ~z-:»::.:zzzâzz..~“ `f"1`.{í I-fe'-'1:~:<-"" -gl f`- ›' 5Í53É5`”¡5 _ -.;l*' V"1:§::.'í¡:.::f:¡.§:¿. . _ `- * =.;2z2:.zz~=z=;=;§z§z;z;
Figura
22
-Funções
básicasde
um
sistema deprodução (T
ubino,199
7).Convencionalmente, as funções
desempenhadas
dentro deum
sistema produtivo selimitam a esfera imediata.
de
sua autoridade-.Ao
se desenharum
quadro funcional,como
.Qda
figura 2.2, ele tende a ser bilateral e fechado,
com
as funções exercendo suas atividades atéo
limite de sua delegação,
os
pontosde
contato transformam-se embarreiras intransponíve.is,.quefazem
com
que
as funções falhemsempre
que as decisões extrapolem sua esferade
ação.Por
exemplo, nos sistemas. tradicionais
Marketing
exerce suasfunçõessem
sepreocupar se.o
planode vendas estabelecido poderá ser eficientemente produzido, e
mudanças
de curto prazo, normalmente.com
incrementos de vendas, sãobemvindas
e estimuladas.Atualmente as empresas
sabem que
estas barreiras funcionaisdevem
ser quebradas,o
compartilhamentode
infonnações nastomadas
de decisões é.fimdamental
parao
eficientedesempenho do
sistemacomo
um
todo.A
estrutura fimcional deve ceder espaço auma
estrutura operacional multilateral e aberta,
como
mostradana
figura 2.3,onde
a responsabilidade pelas açõesvão
até o pontoem
que
o efeito desta ação se fizer sentir.Por
exemplo, ao se projetar novos. produtos, Marketing,
Produção
e. Finanças, junto.com
fornecedores e clientes,
devem
trabalharem
conjunto na definição, projeto e produção dosl'Ísí“ad0>dz1Arf€- PCP, Pequenas eMédicm*Empresas
As
fiinçñes básicas,por
sua
vez, a.medida que os
sistemas produtivos crescem,vão
sendo desmembradas
em
suas atividades,gerando
fizmções de suportedesempenhadas
por
especialistas,
como
pm;
exemplo, manutenção,
c~
engenharia,~,
etc.Atualmente,
uma
questão importantecom
relaçãoas
funçõesde
suporte,dm
respeito aoexcessivo crescimento das empresas e a sua
h~
pela subdivisãodas
tarefas.Atualmente as
empresas
estãorevendo
suas Íiinçõesde
apoio e revertendoa
excessivaespecialização
das
atividades,com
objetivo de atribuirmais
a
quem
de
fatoexecuta determinada função.
“"a'***'“g
Fmn
sS
c~ ..
Figura 2.3 «Estrutura operacional atual (Tubino, 1297).
Vejamos
com
mais
detalheas
três funçõesdos
sistemas de produção,e
as funçõesde
suporteque
estãomais
relacionadascornos
sistemas de planejamentoe
controleda
produção,
nosso
objetode
estudo.2.2.1-
Pmúuçâo
A
funçãode
eonsistedetodas
asatividadesqpediretamenteestão
relacionadas
coma
produção
de
bens ouseiyíçom
A_fi1nçã`ode
produção não compneende
apenas as operações
de
fabricaçãoe
montagem
de
bens-Lmas
também
-as atividadesde
azrmazenagem, movimentação,entre1em`mento, aI1igu`el;eíc.,
quando
estão' voltadaspara
a
area deserviços.Estado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
A
fiinção de produção (figura 2.4) é o centro dos sistemas produtivos, sendoresponsável por gerar. os bens
ou
serviços comercializados pelas. empresas.A
funçãode
produção transforma insumos
em
bensou
serviços através deum
ou
mais processosorganizados de conversão.
A
essênciada. função de.produção
consisteem
adicionar valor aos bens.ou
serviçosdurante o processo
de
transformação. Dentro deste conceito, todas as atividades produtivasque
não adicionarem valor aos bensou
serviçosdevem
ser consideradascomo
perdas.e
eliminadas (Tubino, 1997).
2.2.2 -
Marketing
A
fiinção de marketing está encarregada de vender e.promover
os bens. eserviçosproduzidos por
uma
empresa,tomando
decisões sobre estratégias de publicidade e estimativasde
preços para os.mesmos.
Além
disto, marketing esta encarregadade
contactarcom
osclientes e sentir o
mercado
visando, porum
lado (médio e curto prazo), abastecer a produçãocom
informações sobre ademanda
pelos produtos atuais, permitindo o planejamento eprogramação
da produção, e, por outro (longo prazo), buscar informações sobre potenciaisnecessidades
dos
clientes visando o projetode
novos bens.ou
serviçosaserem
desenvolvidosNos modemos
sistemas de produção, marketingtem
duas importantes funções a cumprir: estabilizar ademanda
pelos b.ense
serviços solicitados pelos clientes, e envolver osclientes
na
otimizaçãodo
projeto e produção dos bens e serviços.A
eficiência só seráalcançada
com
um
sistema produtivoque
esteja adequadamente. balanceado para atendera
demanda, principalmente ao se
empregar
um
sistemapuxado
de produção, mais suscetível a problemasquando
a. variabilidadedademanda
for grande. Neste s.entido,.o papelde
marketingtem que
estar voltado para a estabilização da base consumidora, buscando clientesque
queiram fazer. acordosde
longo prazo e garantiruma
certa estabilidadenas. quantidades e.datasde
entrega dos bens e serviços comercializados.
Por
outro lado, a busca por clientes confiáveistema
nítidavantagem
de
fortalecer os laços comerciais. e. direcionar os objetivos mútuos. parao
bem
comum
da
cadeia produtivaonde
o cliente e o fornecedor estão envolvidos, fazendocom
que
a
participaçãodo
cliente, desde os estágios iniciais do. projeto, seja indispensável para a eficienteprodução
dos bens e serviços dentro das suas reais necessidades (Tubino, 1997).2.2.3
-Finanças
Tradicionalmente,
a
função de finanças está encarregadade
administraros
recursos.financeiros da empresa e alocá-los
onde forem
necessários.Com
relação ao seu envolvimentocom
o. sistema de. produção e o planejamentoe
controle do.mesmo,
finanças. deve providenciara orçamentação e
acompanhamento
de receitas e despesas, a provisão de fiindos para atendereste. orçamento,
e
aanálise econômic.a dos investimentos produtivos-Periodicamente, finanças deve,
em
conjuntocom
produção e marketing, prepararum
Estado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
produção
projetado dentrodo
planejamento estratégico da produção. Este orçamento deveconsiderar a necessidade de recursos financeiros para operacionalizar
a
capacidade produtiva.projetada e
da
provisão destes recursos financeiros através de fontes de financiamento, sendo avenda
dos bensou
serviços a principal delas..No
que
se refere à coleta e análise de dados para oacompanhamento do
orçamento financeirodo
sistema produtivo, estáhavendo
uma
mudança
de
atitude. na avaliação da.mão-
de-obra e dos materiais
em
processo.Nos
sistemasmodernos
a mão-de-obra é polivalente,podendo
trabalharemvários
postos, exercendo atividades qye antes.eram
atribuídas à.mão-de-obra indireta (por exemplo:
manutenção
preventiva e inspeção da qualidade).Ao
se introduzira
produção
focalizadacom
células,a
coleta e avaliação dos. custos. demão-de-obra
ficamsimplificadas, devendo-se custear os
mesmos
pela simples distribuição dos seus valoresproporcional
a
cada
item. convertido ao finaldo
periodo.Da
mesma
forma,o
controledos
estoques
em
processonão
se faz tão necessário, visto que porum
lado a quantidade dosmesmos
tendea
serpadronizadacom
uma
cota específica (no casodo
emprego do
kanban), e.por outro, os lotes de produção
tendem
a diminuir na busca pela flexibilidade, fazendocom
que o
volume
de. itensem
processo sejapouco
significativoem
relação ao total produzido(Tubim,
1997).Outra
mudança
importante na esfera financeira diz respeito aforma
como
os
fomecedores da empresa
serão remunerados. Convencionalmente, finanças não se envolviacom
os.mesmos,
tratando-osde forma
impessoale
postergando ospagamentos ao máximo-
Modemamente,
ao se buscarum
relacionamento positivo e duradourocom
os fornecedores,finanças deve
providenciaruma
politica agressivacom
relação ao faturamento e.pagamento
dos fomecedores, adequando-a ao recebimento freqüente de pequenos lotes.
No
que
se refere.a
análiseeconômica dos
investimentos produtivos,também
estáhavendo
uma
mudança
de ênfaseno
período de retorno esperado para estes investimentos.O
retorno imediato.
decurto
prazo para a amortização destes investimentos deve ceder lugar paraum
período maior.Por
exemplo, ao se investirem
programas de qualidade e produtividadenão
deve-se esperar
o
retorno destes investimentos. antes deum
períodode
dois a quatro anos,Só
a partir daí eles serão
economicamente
viáveis.2.3
V-Planejamento
eÇont4:oledaB¡:odução
_Normalmente,
as atividades dePCP
são desenvolvidas porum
departamentode
apoio a Produção, dentroda
gerência industrial,que
leva seu nome.Como
departamento de apoio,o
PCP
é. responsável pela coordenação e aplicação dos recursos produtivosde
formaa
atenderda
melhor maneira possível os planos estabelecidos a níveis estratégico, tático e operacional.Faz-se necessário. neste
momento,
com
a ajudado
Novo
Dicionárioda
LínguaPortuguesa,
do
Professor AurélioBuarque
de Holanda, buscar as definições para importantespalavras utilizadas.
no
presente trabalho, Estas palavras são: planejamento, controle eprodução.
Planejamento:
Estado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
~
2. Trabalho de. preparaçao para qualquer empreendimento,
segundo
roteiro emétodos
determinados; planificação:
3. Elaboração, por etapas,
com
bases técnicas, de planos e. programascom
objetivos definidos.Planejar: .
1. Fazer
o
planoou
planta. de; projetar, traçar:2. Fazer
o
planejamento de; elaborarum
planoou
roteiro de; programar, planificar:~
3. Fazer tençao
ou
resolução de',t.encionar, projetar:Controle:
l.
Ato
ou
poderde
controlar; domínio,govemo.
2. Fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos,
ou
sobre produtos, etc., paraque
tais atividades,ou
produtos,nao
se desviem dasnomias
preestabelecidas.
Produção:
L
Ato ou
efeitode
produzir, criar, gerar, elaborar, realizar.2. Aquilo
que
é produzidoou
fabricado pelohomem,
e, especialmente, por seu trabalhoassociado ao capital e à técnica:
3.. O_
volume da
produçãode
um
indivíduoou
deum
grupo, levando-s_eem
consideraçãofatores circunstanciais,
como
tempo, qualidade, procura, etc.Pode-se dizer então
que o
Planejamento e Controle daProdução pode
ser definidocomo
sendo:“0
atode
criar (realizar) trabalho Qirodutos), atravésde
planos, roteiros emétodos
determinados,
com
bases técnicas,com
objetivos definidos,para que
tais atividades,ou
produtos,
não
se desviem dasnormas
preestabelecidas”.V
Em
um
sistema produtivoao
serem definidas suas metas e estratégias, se faz necessário formular planos, administrar os recursoshumanos
e
fisicoscom
base nestes planos, direcionara ação dos recursos
humanos
sobre os fisicos eacompanhar
esta ação permitindo a correçãode
prováveis desvios..No
conjunto de funções dos sistemas de produção descritos, estasatividades são desenvolvidas pelo Planejamento e Controle
da Produção
(PCP).Engcnha.ria.do.P1',oduto «lista de materiais odesenhos Engenmñadohocuso vroteiro de fabricação nleadtimes lsngzzzizzúzúzrouziiazúz. vreprooesso øsucaía Compcas
'entrada e saída de materiais
Marlrcfing -plano de vendas vpedidosfinnes Finanças -plano de investimentos ~flw‹ozde.caixa Recursos Humanos nprogrmnade treinamentos Mnnutenfio 'plano de manutenção *ze ._~.\.z~,,,¬l.‹‹.f...zzzz~ -z. .-.-az. ,,_.‹.¿-¿nz¬à,¬;.'.;%_:‹,«~‹'~',“-14-. -f. ;_-. _-.,›.› __ ê» mgstz __ ~¬ _ 1 / š _ .\ .T6 z-› ».-..z››«~z . ;‹==~‹=‹â azw-.âzfi .z_z.‹ Í " à \, »` 2;: .,.-,,/
Planejamento da Producao (3 níveis)
0EsIratêgico 'Tático
«Operacional
Acompanhamento da Produção
Estado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
Para atingir seus objetivos,
o
PCP
administra informações vindas de diversas áreasdo
sistema produtivo. Da. Engenharia
do
Produto são necessárias informações contidas. nas listasde materiais e desenhos técnicos, da Engenharia
do
Processo os roteiros de fabricação e os lead times, da Engenharia da Qualidade os níveisde
reprocesso e sucata,no
Marketing_ buscam-se os planos de vendas e pedidos firmes, aManutenção fomece
os planos de manutenção,Compras/
Suprimentos informa as entradas e saídasdos
materiaisem
estoques,do
RecursosHumanos
são necessários osprogramas
de treinamento, Finanças fornece o plano deinvestimentos e
o
fluxo
de caixa, entre outros relacionamentos.Como
desempenha
uma
funçãode coordenação de apoio ao sistema produtivo, o
PCP
de forma direta,como
as citadas acima,ou de forma
indireta, Lelaciona-se praticamentecom
todas as funções deste sistema.As
atividadesdo
PCP
são exercidas nos três níveis hierárquicos de planejamento econtrole das atividades produtivas de
um
sistema de produção.No
nível estratégico,onde
sãodefinidas as políticas estratégicas
de
longo prazo da empresa, oPCP
participa da fonnulaçãodo
Planejamento Estratégicoda
Produção,
gerandoum
Plano de. Produção.No
nível tático,onde
são estabelecidos os planos demédio
prazo para a produção,o
PCP
desenvolveo
Planejamento-Mestre
da Produção,
obtendoo
Plano-Mestre deProdução (PMP).
No
nível operacional,onde
são preparados osprogramas
de curto prazo de produção e realizadoo
acompanhamento dos
mesmos,
o
PCP
prepara aProgramação da
Produç_ão administrandoestoques, sequenciando, emitindo e liberando as
Ordens
deCompras,
Fabricação eMontagem,
além de. executar
0
Acompanhamento
e Controleda
Produç_ão.Uma
visão geraldo
inter-relacionamento das atividades
do
PCP
é apresentadana
figura 2.6.i
/
,, _ :ÉÉEÉÉÉÊi¡iiÍÉÉÊÉÊÊÉÉÉÊLÊÉÉÉÉÉÊEÉÉÉÉÉÉÉ*EfÉÉÉiiíiifíiffÉ¡iÉÊÊfÊÊE§ÊÊÊÊ: ,_ " ` 5 =§ãã,Cz_>_=§;l `,› ,..`,;* ::iÉÉÊÉÉ¡ EfÉÊÊÉÉÉÉÍÉÊÊÉÉÊÉÉɧ¡^E¡¡::' `-¡¡¡¡E¡"iÉ¡¡¡¡¡¡iiiÊÉÊÉÉÊÉÊÍE1ÉÍEÊ5ÊÉÉÊ z::::EÉÍÉÉÉÊiÊÊ`ÊÊÍ¡:Â:ÉÊÊ: Éši :.ÍÍÉÉ
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-ÍÊÊÍÊ....ÍÊfÊ- :::::::;:55 55':: 5' 5:51:13: ` .H " `¿Í«` “Hi V' " i` " =5 *` *in an “"""' *Í ::::: 2:2' ç 55;5555;;5as555555555555555555555555. 555585555 ,_5555555515555555555555555555555555555 555=<f==15' ¬ ›z,z: 'iíââçz 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 55 A
«Â
www.8
1
É
`Estado da Arte - PCP, Pequenas e Médias Empresas
As
informações dentro destes três níveisdevem
estar consolidadas,ou
sejao
Plano- Mestre .de.Produção gerado pelo Planejamento-Mestreda
Produção
só será viável se estivercompatível
com
as decisõestomadas
a longo prazo, previstasno
Planejamento Estratégicoda
Produção,
como
a aquisição de equipamentos, negociaçãocom
fornecedores, etc.Da
mesma
forma, a
programação
de fabricação de determinadocomponente
será efetivada deforma
eficiente se a capacidade produtiva
do
setor responsável pelamesma
tiver sido equacionadano
Planejamento-Mestre
da
Produção,
com
a definiçãodo número
de turnos, recursoshumanos
emateriais alocados, etc.
Uma
questão importante na definição das atividadesdo
PCP
diz. respeito aoshorizontes de planejamento e
programação da
produção. Qualo
periodo de abrangênciado
longo,
médio
e curto prazo?Não
existeum
padrão,porém
pode-se afirmar que os horizontes dependerão da flexibilidadedo
sistema produtivo. Para aquelas empresasque
conseguiremresolver melhor seus problemas de coordenação entre demanda. e produção, os períodos serão menores, já para as empresas
com
baixa flexibilidade de resposta às variações dademanda,
oshorizontes de planejamento serão mais longos e as decisões serão
tomadas
com
maiorantecedência,
aumentando
a probabilidade de ocorrerem problemas.Agora
é feitauma
descrição,de
maneira simplificada, das atividades desenvolvidas pelo Planejamento e Controleda
Produção.Planejamento
Estratégicoda Produção:
Consisteem
estabelecerum
Plano de
Produção
para determinado periodo (longo prazo) segundo as estimativas de vendas e adisponibilidade de recursos financeiros
e
produtivos-A
estimativade
vendas senre para prever os tipos e quantidadesde
produtosque
espera-se venderno
horizonte de planejamentoestabelecido.
A
capacidadede produção
é o fator fisico limitantedo
processo produtivo, epode
ser incrementadaou
reduzida, desde que planejada a tempo, pela adição de recursosfinaneeiros._
No
Planejamento Estratégicoda
Produção
o Plano deProdução
gerado épouco
detalhado, normalmente trabalha
com
famílias de produtos, tendocomo
finalidade possibilitaraadequação
dos
recursos produtiyos àdemanda
esperada dos mesmos..Planejamento-Mestre
da Produção:
Consisteem
estabelecerum
Plano-Mestrede
Produção
ÇPMP)
de produtos finais, detalhadono médio
prazo, período a período, a partirdo
Plano de Produção,
com
base nas previsões de vendas demédio
prazoou
nos pedidosem
carteira já confirmados
Onde
o
plano deprodução
considera famíliasde
produtos,o
PMP
especifica itens finais
que fazem
parte destas famílias.A
partirdo
estabelecimentodo
PMP,
o
sistema produtivo passa a assumir
compromissos
de fabricaçãoe
montagem
dos bensou
serviços.
Ao
executaro
Planejamento-Mestreda Produção
e gerarum PMP
inicial,o
PCP
deve analisá-lo quanto as necessidades
de
recursos produtivoscoma
finalidade de. identificar possíveis gargalos quepossam
inviabilizar este planoquando
da sua execuçãono
curto prazo.Identificado os potenciais problemas, e
tomadas
as medidas preventivas necessárias,o
planejamento deve ser refeito até chegar-se a
um
PMP
viável. -Programação
da Produção:
Com
baseno
PMP
e nos registros de controle.de
estoques, a
Programação da Produção
estabeleceno
curto prazo quanto equando
comprar,fabricar.
ou
montar de
cada. item necessário àcomposição
dos produtos finais.Para
tanto, são dimensionadas e emitidasOrdens
deCompra
para os itens comprados,Ordens
de Fabricação para os itens. fabricados internamente,e
Ordens
deMontagem
para
as submontagensintermediárias e
montagem
final dos produtos definidosno
PMP.
Em
função da disponibilidadedos recursos produtivos,