UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
CENTRQ
sÓc|o
EcoNÓM|co
DEPARTAMENTO
DE
c|ÊNc|As
coNTÁBE|s
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE-CURSO
PROPOSTA
DE
UM
SISTEMA
DE
CUSTOS QUE
POSSIBILITE
A
FORMAÇAO DO
PREÇO
DE
VENDA
EM
UMA
EMPRESA
INDUSTRIAL
-
ESTUDO DE
CASO
DE
UMA CONFECÇÃO
-RICARDO JOSÉ
LOPES
DA
ROSA
FLORIANÓPOLIS
-SC
uN|vERs|DADE
FEDERAL DE
SANTA
cATARiNA
CENTRO
sÓc|o
EcoNÓM|co
DEPARTAMENTD
DE
c|ÊNc|As
coNTÁBE|s
TRABALHD
DE
coNcLusÃo
DE
cuRso
PROPOSTA
DE
UM
SISTEMA
DE
CUSTOS QUE
POSSIBILITE
A
FORMAÇÃO DO
PREÇO
DE
VENDA
EM
UMA
EMPRESA
INDUSTRIAL
-
ESTUDO
DE
CASO
DE
UMA
CONFECÇÃO
-Trabalho
de
Conclusão de Curso submetido ao Departamento de Ciências Contábeisda
Universidade Federal de Santa Catarina,como
requisito para obtenção do graude
bacharelem
Ciências Contábeis.Acadêmico:
RICARDO JOSÉ LOPES DA
ROSA
Orientador: Prof.
JOISSE
ANTONIO
LORANDI,
Msc.FLORIANÓPOLIS
-SC
PROPOSTA
DE
UM
SISTEMA
DE
CUSTOS
QUE
POSSIBILITE
A
FORMAÇÃO
DO PREÇO
DE
VENDA EM
UMA
EMPRESA
INDUSTRIAL
-
ESTUDO
DE
CASO
DE
UMA CONFECÇAO
-Autor:
Acadêmico
RICARDO
JOSÉ
LOPES
DA
ROSA
Esta
monografla
foi apresentadacomo
trabalhode
conclusão no curso deCiências Contábeis da Universidade Federal
de
Santa Catarina, obtendo a notamédia de atribuída pela banca constituída pelos professores abaixo
nominados.
Florianópolis, 30 de setembro
de
1998ProF. Maria Denize
H
nrique asagrandeCoordenadora
de Monografia do
CCN
Professores
que compuseram
a banca:Preâigzfébrøf.
Jo|s§;ANToN|o
LoRANol, Mâc
í
Membro
Prof.Jo
JosÉ`DE
SANTANNA
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente a Deus,
que
me
concedeu
saúde, forças einteligência, para que conseguisse redigir esta monografia.
Agradeço
também
aos professoresdo
Curso e aos funcionáriosdo
Departamento de Ciências Contábeis,
que
contribuiram muito para aminha
formação na área contábil.
Aos
vários amigosque
surgiram no decorrer do Curso,em
especial aGeorge
Luiz daRosa
Luz, João Márcio Lopes, José Osni Lapa e Luiz Artur Napoleão, pelo convivio e apoio na elaboraçãodo
trabalho, e ao primo PauloRoberto da
Rosa
Filho, pela paciência e interesseque
requereu o estudode
caso.Um
agradecimento todo especial ao Professor Joisse Antonio Lorandi,orientador desta monogr`a'fia,`que
sempre
esteve a disposição para ajudare
orientar este acadêmico.Sua
grande colaboração foi imprescindível para a realização destaobra.
Por fim, agradeço e dedico este trabalho aos
meus
pais, Ricardo e Rita,que
sem
dúvida foram osque
maisme
incentivaram ederam
o apoio necessário para tal realização.suMÁR|o
RESUMO
... ._ 1.INTRODUÇÃO
... ._ 1.1CONSIDERAÇÕES
INICIAIS ... ._ 1.2FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
... ._ 1.3OBJETIVOS
... ._ 1.3.1 Objetivo Geral ... _. 1.3.2 Objetivos específicos ... ._ 1.4ORGANIZAÇAO
DO
TRABALHO
... _. 1.5METODOLOGIA
DA
PESQUISA
... ._ 1.6LIMITAÇÕES
DA
PESQUISA
... _. ~ 1 2.REVISAO BIBLIOGRAFICA
... ._ 2.1CONTABILIDADE
DE
CUSTOS
... ._ 2.2CONCEITOS FUNDAMENTAIS
... _. 2.3SISTEMAS
DE
CUSTOS
... ._ 2.3.1 Custeio por absorção ... _. 2.3.1.1 Departamentalização ... _. 2.3.1.2Bases de
rateio ... ._ 2.3.2 Custeio Direto ... ._ 2.4SISTEMAS
OU
FORMAS
DE
CUSTEAMENTO
.... __ 2.4.1 Produção porordem
... ._ 2.4.2 Produção por processo ou contínua ... ..3.
ESTUDO
DO
CASO
... _.3.1
APRESENTAÇÃO
DA
EMPRESA
... _. 3.2ELEMENTOS
DE
CUSTO
DA
“LNCONFECÇÕES”
3.3
PROCESSO
DE
TRABALHO
... _. 21 3.4MÉTODO
DE
CUSTEIO APLICADO
... ._ 21 3.4.1 Centrosde
custos da “LN Confecções” ... ._ 22 3.5PROPOSTA DE
UM
MODELO
PRÁTICO
DE
ACUMULAÇÃO
DE
CUSTOS
.... ..23CONCLUSÕES
... .. 31BIBLIOGRAFIA
... ._ 334
RESUMO
_ Este trabalho
tem
como
objetivo geral a elaboraçãode
uma
propostade
um
sistema de custos parauma
empresa
industrial,que
atua no setor têxtil.A
empresa
escolhida,denominada
no presente trabalhode
“LN Confecções"(nome
ficticio), está localizada na
Grande
Florianópolis e atua noramo
de confecçõesem
geral, fabricando peças
como
camisas, camisetas, calças, bermudas, jaquetas, entreoutras. _
Inicia-se o trabalho procurando demonstrar a necessidade e importância
da implantação
de
um
sistemade
custos nasempresas
deste ramo, mostrandocomo
este sistemapode
ser útil natomada de
decisões e, assim, incrementar seuslucros.
O
trabalho está fundamentado teoricamente nosegundo
capítulo,onde
oleitor poderá inteirar-se
do
assunto e teruma
boa base para aprofundar-se nomesmo,
se assim desejar. Neste capitulo serão abordados os principais conceitosda
área
de
Contabilidadede
Custos, demonstrando os sistemasde
custeamento maisutilizados e intercalando algumas citações
de
conceituados autores do ramo.Em
seguida, aempresa
escolhida para a realizaçãodo
estudode
casoserá apresentada, seus custos serão demonstrados e seu processo produtivo será
descrito, finalizando
com uma
propostade
sistemade
custosque
poderá seraplicável à
mesma.
1 -
|NTRoDuçÃo
1.1 -
CONSIDERAÇOES
INICIAISNa
sociedadeem
que
se vive,onde
o sistema capitalista se faz presente,as
empresas
industriaistendem
a se tornarem cada vez mais competitivas, acirrandouma
concorrência permanente.-_
Os
esforços dispendidos pelos diretores e administradores destasempresas
visamsempre
a maximizaçãodo
lucro, tornando-se necessáriauma
preocupação constante
com
o processo produtivo ecom
a redução dos custosque
dele decorrem, da
mesma
formaque
objetiva-sesempre
oaumento
do volumede
produção.
A
formaçãodo
preçode venda de
cada produto fabricadodeve
serestudado minuciosamente, pois no desejo e ansiedade
de
ganhar a concorrência, aempresa
poderá ter prejuízo navenda
,de determinados produtos, damesma
formaque
poderá abusar no preçode
outrosque têm
sua apuração de custos baixa.Assim, a.
empresa que
conseguir estabelecerum
sistemade
custosadequado
à realidade,que
proporcione a apuração dos custoscom
amenor
margem
de
erro possível e atribuindo-os corretamente aos produtos fabricados, certamente partirá na frente de suas concorrentes na busca do lucro maior.Pelo desafio
que
omomento
atual representa para as forças produtivas,que
rapidamentetêm de
adquirir novosmétodos
euma
mentalidade mais ágil paraenfrentar a competitividade, o desenvolvimento
do
sistemade
produçãode
uma
empresa do ramo
têxtil, apontadocomo
um
dos mais prejudicados pela políticaeconômica governamental, é
uma
questãoque merece
ser estudada.Globalização, crises provocadas pelo incremento das importações,
economia
aberta, sao expressoesque
passam
a fazer parte do dia a dia dasempresas
nacionais.Descobrir até
que
ponto o- fechamento de empresas, antes conceituadascomo
economicamente
fortes, decorre das influênciasde
modificações ditadas pelo2
décadas de pouca
concorrêncianum
mercado
fechado, torna-seum
desafio
para estudiosos do setor.1.2 -
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Vivencia-se atualmente
um
processode
transformação nomercado
mundial,
onde
os' paises estão abrindo seusmercados
e intimando seusprofissionais a
um
desenvolvimento e evolução acelerados, pois permanecerão nelesomente
aquelesque
realmente tiverem condiçõesde
competircom
empresas'de
porte internacional. › ›Desta forma se faz necessário
que
asempresas
brasileirastambém
desenvolvam processos produtivos atualizados, competentes e eficientes,
que
forneçam condições para encararem a concorrência de igual para igual.
Na
indústria têxtil não é diferente, tornando-se indispensável odesenvolvimento
de
um
sistemade
custos aperfeiçoado, o qual forneça omáximo
de
informações precisas a seus administradores, paraque
estes sejam capazesde
tomarem
as decisões corretas quanto à formaçãodo
preçode
vendade
seusprodutos, visando a otimização dos lucros e manter
uma
situaçãoeconomicamente
saudável da empresa.
Uma
desatenção ou descontrole no sistemade
custosda
empresa
poderácomprometer seriamente toda sua estrutura,
podendo
inclusive desestabilizá-la e,caso não seja corrigido
em
tempo, inclusive levá-Ia à falência.Como
seráque
uma
empresa
do setor têxtil está reagindo a estastransformações
do mercado?
Como
pode
ser implementadoum
sistemade
custos3
1.3 -
OBJETIVOS
1.3.1 - Objetivo Geral
O
Objetivo geral desta pesquisa é a propostade
um
sistemade
custos para aempresa
em
estudo,que
possibilite a formação dos preçosde venda
dosprodutos fabricados.
1.3.2 - Objetivos
Específicos
- Verificação e análise do processo produtivo;
- Levantamento dos custos decorrentes
do
processo produtivo;- Propor
um
sistemade
custosadequado
à situaçãoda
empresa.1 .4
-
ORGANIZAÇÃO
DO
TRABALHO
` 1
Visando facilitar o entendimento deste trabalho por parte
do
leitor, esteserá subdividido
em
três capítulos.O
primeiro capítulo apresentará as considerações iniciais, a formulaçãodo
problema, os objetivos gerais e específicos,bem como
a metodologia aplicadae
as limitações da pesquisa. .
O
No
segundo
capítulo será desenvolvida a revisão bibliográfica,possibilitando o entendimento dos conceitos pertinentes à área abordada,
bem como
fundamentando
o trabalhoem
bases teóricas.1
O
terceiro capítulo irá tratardo
“Estudode
Caso” deuma
empresa do
ramo
têxtil,que
será aquidenominada
“LN” Confecções(nome
fictício).Por fim, serão apresentadas as conclusões
do
trabalho, juntamentecom
4
1.5 -
METODOLOGIA DA
PESQUISA
O
trabalho a ser realizado consiste no estudo de caso deuma
empresa
industrial, no
ramo de
fabricaçãode
roupas, localizada naGrande
Florianópolis.Será realizada
uma
investigação no sistemade
custos da empresa, procurandoidentificar os
dados
reais noque
diz respeito aos custos fixos, variáveis, diretos eindiretos,
bem
como
a forma de apropriação destes custos.A
pesquisa será realizada a partirde
leiturasde
fontes bibliográficas ede
entrevistas a
serem
realizadas diretamentecom
os diretoresda empresa
ecom
profissionais do setor abordado.
A
escolha dométodo de
trabalhocomo "um
estudode
caso", pretendedemonstrar o
que
realmente acontece no dia-a-diade
uma
empresa do
setor têxtil,fazendo
com
que
o pesquisador aqui se torneum
investigadordo
processo produtivoda empresa, coletando, analisando e interpretando
dados
relevantesao
processode
formaçao dos custos dos produtos fabricados.
' ' '
1.6 -
LIMITAÇÕES
DA
PESQUISA
Por se tratar
de
um
estudode
caso, os resultados obtidos se restringirão àempresa
em
análise, considerando suas características e particularidades.No
ou 1
2
-REVISAO
BIBLIOGRAFICA
2.1
-
CONTABILIDADE
DE
CUSTOS
A
contabilidade de custos surgiu após a Revolução Industrial, inicialmentecom
a finalidadede
avaliação dos estoque e lucros das indústrias. Até então asempresas eram
essencialmente comerciais, e utilizavam-seapenas da
contabilidade financeira.Conforme
o BoletimIOB
-
Temática Contábil e Balanços n° 5 (1998; p. 1), “a contabilidade surgiu na prática, quando o gestor do patrimônio,precisando conhecer, controlar, medir o resultado, obter
informações sobre quais produtos lhe eram mais rentáveis, ter
dados que lhe ajudassem no processo de fixação de preço e saber os períodos de maior evolução, etc., passou a criar rudimentos de
escrituração que atendessem a tais necessidades”.
Assim
como
a contabilidade geral, a contabilidadede
'custostambém
surgiu
de
um
cenário absolutamente prático, inicialmentecom
a necessidadede
avaliação
de
estoques, e posteriormentecom
a finalidadede
controle etomada de
decisões.
Segundo
Lawrencee
Ruswinckel (1972; p.1),“Contabilidade de Custos é o processo ordenado de usar os
princípios da contabilidade geral, para registrar os custos de
operação de
um
negócio, de tal maneira que,com
os dados daprodução e das vendas, se torne possível à administração utilizar
as contas para estabelecer os custos de produção e de distribuição,
tanto
como
por unidadecomo
pelo total, paraum
ou para todos osprodutos fabricados ou serviços prestados e os custos da outras diversas funções do negócio,
com
a finalidade de obter operaçãoeficiente, econômica e lucrativa”.
Atualmente verifica-se
que
a contabilidadede
custos está sendo utilizadacomo
um
importante instrumentode
controle etomada de
decisões por diversostipos
de
instituições,como
empresas
industriais, comerciais, prestadorasde
serviços e financeiras.×.
6
Segundo
Martins (1993; p.21),“no que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é
fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e
outras formas de previsão e,
num
estágio imediatamente seguinte,acompanhar o efetivamente acontecido para comparação
com
osvalores anteriormente definidos. No que tange à Decisão, seu papel
. reveste-se/de
suma
importância, pois consiste na alimentação deinformações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de
produtos, fixação de preços de venda, opção de compra ou
fabricação etc. etc”.
Segundo
Santos (1990; p. 19), “o controle dos custos representa océrebro ou o pulmão ou o coração ou o espírito
sem
o qualuma
entidadenão
sobreviveria.” _
Para exercer
com
eficiência as tarefasde
controle, auxílio natomada de
decisões e ainda na avaliação dos estoques, a contabilidade
de
custos utiliza-se dossistemas
de
custos.2.2
-
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Para melhor entendimento da seqüência do presente trabalho faz-se
necessário definir alguns conceitos pertinentes
ao
mesmo.
- Custo: Representa tudo quanto foi gasto para obtenção
de
um
bem, seja
de venda
ou serviço. Estásempre
relacionado ao processo produtivo, ouseja,
com
a utilização dos fatores de produção.Na
empresa
industrial sãoconsiderados
como
elementoscomponentes do
custo: matéria prima,mão
de
obra, materiais auxiliares, etc.- Despesa:
É
o gasto realizado para obtençãode
receitas.Segundo
Martins (1993; p. 24), “é o
bem
ou sen/iço consumidos direta ou indiretamente para7
Quanto
à formade
apropriação aos produtos, os custospodem
ser classificadosem
Diretos e Indiretos.-
Custos
Diretos:São
osque
podem
ser alocados diretamenteao
produto fabricado, taiscomo
material direto emão
de
obra direta.Segundo
Frank, Curry e Matz (1987; p.43),“o termo “Materiais Diretos” refere-se a todo material que forma
parte integrante do produto acabado e que pode ser incluído
diretamente no cálculo do custo do produto, tal
como
a madeirapara fabricar móveis.
A
facilidade e exeqüibilidadecom
que os itensde material
podem
ser reconhecidos no produto final constituem asprincipais considerações
em
sua designaçãocomo
materiaisdiretos. “Mão-de-Obra Direta” é o trabalho dispendido diretamente
nos materiais compreendidos no produto final.
O
custo de saláriospagos a operários que podem ser atribuídos a
uma
unidadeparticular produzida é Mão-de-Obra Direta”.
-
Custos
indiretos:Sao
osque
naopodem
ser alocadosde
imediato ao produto fabricado, necessitando-se aplicar algum
método
de rateio para identificar os valores correspondentes a cada produto, taiscomo
os custosde
aluguel, salários
da
administração, depreciação, entre outros.Segundo
Florentino (1979; p. 20), “os custos indiretos são aquelesque
dependem
de cálculos, rateios ouestimativas para
serem
divididos e apropriadosem
diferentes produtos ou diferentesserviços”.
Quanto
ao volume produzido, os custospodem
ser classificadosem
Fixos eVariáveis.-
Custos
Fixos:São
osque
semantém
inalterados diantedo
volume produzido, tais
como
aluguelda
fábrica, seguros, entre outros.Segundo
Santos (1990; p. 29), “são os gastos necessários para manter a estrutura operacional
da
empresa
em
estadode
prontidão para produzir, entregar e administrarum
8
-
Custos
Variáveis:São
aquelesque
se alteramde
formaproporcional
em
relaçãoao
aumento
ou diminuiçãodo
volume produzido, taiscomo
matéria prima, mão-de-obra direta, entre outros.
Segundo
Florentino (1979; p. 20-21), “são os valores consumidos ou aplicados
que têm
o seu crescimentodependente
da
quantidade produzida pela empresa. Exemplo: papel para imprimirum
trabalho tipográfico, cuja quantidade aumentaráem
funçãodo
número de
exemplares impressos".
2.3 -
SISTEMAS
DE
CUSTOS
Sistemas
de
Custos são formasde
apuração e distribuição dos custos aosprodutos. Através deles os administradores se
provém de dados
para o devido controle do processo produtivoda
empresa.É
atravésde
um
sistemade
custosque
seconsegue
determinar o custounitário dos produtos fabricados,
bem
como
obter o valor dos estoques ou dosprodutos
em
elaboração no final de cada período.Com
um
sistemade
custosbem
desenvolvido eadequado
à realidadeda
empresa, torna-se facilitada a tarefa
de
tomada de
decisões,como
por exemplo, oaumento
ou diminuição da produçãode
determinada peça, aopção de
comprar oufabricar
um
produto, amudança
do preçode
venda de
uma
peça fabricada, ou atémesmo
o abandono, caso nãocompense
sua produção.A
escolhade
um
sistema de custos dependerá das particularidadesde
cada estabelecimento, o
que
tornade
certa forma "perigoso" a importaçãode
sistemas
de
custos prontosde
outras empresas.Mesmo
quando
a escolha éestudada
com
cuidado, provavelmente não trará resultados imediatos à empresa,pois dependerá das pessoas
que
com
ele trabalharao, sendo necessárioum
períodode
treinamento e integração destascom
o sistema adotado. Elas deverão estarbem
informadasda
finalidade e importância da implantaçãodo
sistema de custos, eprincipalmente
que
seu funcionamento dependeráda
correta alimentação dosdados
9
Segundo
Martins (1993; p. 27),“o fato de
um
sistema estar funcionando muitobem
na matriz noexterior não significa que, na filial,
mesmo com
sistema produtivoigual, esse sistema também dará resultado. Provavelmente lá ele foi
desenvolvido, melhorado e adaptado ao longo de anos, e o pessoal todo já está longamente acostumado a ele. Sua adoção, da forma
como
já funciona alhures, provavelmente trará mais dissensões queconcórdias, mais confusão que informações”.
Um
sistemade
custos fornece informações gerenciais para os diversos setores da administração,porém
é muito importanteque
existauma
ótima integração entre estes setores.Na
área comercial, seus administradoresvêem
o
custocomo
indicador dos níveis mínimosde
preços aserem
fixados paraganharem
a concorrência no mercado.Na
áreade
produção, por sua vez, os dados relativosaos custos sao vistos
como
os melhores indicativosde
produtividadeda
empresa
e,na área financeira, estas informações são fundamentais para as programações
econômico-financeiras
da
empresa,bem
como
paraum
bom
controle orçamentário.Quanto
à formade
apropriação dos custos aos produtos, existemduas
maneiras
de
custeamento: Custeio por absorçao e Custeio direto ou variável.2.3.1
-
Custeio porAbsorção
Neste
método de
custeamento, todos os custos de produçao saoapropriados aos produtos elaborados, sejam eles fixos ou variáveis.
“O custeio por absorçao é aquele que inclui na apuraçao do custo
da produção, todos os gastos relacionados
com
a elaboração doproduto, sejam eles diretos ou indiretos. Tanto os custos fixos quanto os variáveis são, desse modo, incluidos na apuração do
custo, mas nenhuma despesa é agregada a esse valor.
O
quedetermina este sistema é a relação custo-produção”. (ZUCCHI _1992,
pág. 114)
Com
este sistemade
custos, aempresa
procura absorverao
máximo
todos os custos decorrentes da produção e os gastos
da
estrutura administrativa,isto é,
que
não estão relacionadoscom
a fabricaçãodo
produto. Estes são levados10
Segundo
Santos (1990; p. 34),V “o método de custeamento por absorção é falho
em
muitascircunstâncias,
como
instrumento gerencial de tomada de decisões,porque tem
como
premissa básica os "rateios” dos chamadoscustos fixos, que, apesar de se aparentarem lógicos, poderão levar
a alocações arbitrárias e até enganosas”.
Este
método de
custeamento é válido tanto para fins de BalançoPatrimonial, Demonstraçao de Resultados,
bem
como
é aceito pela legislaçaodo
Impostode
Renda, pois estáde
acordocom
o princípioda
Competência.Desta forma,
segundo
o regulamentodo
Impostode
Renda
-
Decreto n°1041
de
11.01.94, no art. 236, § 2°, a) “Considera-se sistemade
contabilidadede
custo integrado e coordenado
com
o restanteda
escrituração aquele: apoiadoem
valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-obra direta,
custos gerais
de
fabricação.”Como
aempresa
nãoconsegue
absorver todos os custos diretamente aosprodutos, é
comum
a divisãoda
mesma em
departamentos, facilitando assim a distribuição e alocação destes custos.2.3.1.1
-
DepartamentalizaçãoA
departamentalizaçao consiste na divisao da fábricaem
departamentos,tendo
como
objetivoum
melhor direcionamento e controle dos custos.Segundo
Martins (1993; p. 64), “departamento é a unidademínima
administrativa para a contabilidade
de
custos, representada porhomens
emáquinas
(na maioria dos casos) desenvolvendo atividades homogêneas”.
A
divisãoem
departamentos é efetuada seguindo o princípiode
atividades funcionais, surgindo os departamentos
de
produçao e os de serviços.Segundo
Santos (1990; p. 91),“não há regra fixa para a determinação da departamentalização da fábrica, porém a posição mais adotada é a de dividir a planta
industrial
em
atividades operacionais diretas e indiretas, atribuindo a cada fase ou grupo de atividadesum
departamento”.Os
departamentos de produção,também
conhecidoscomo
produtivos,11
aos
mesmos
seguindouma
basede
rateioque
represente a proporção de utilizaçãodos custos desses departamentos. Ex.: Setores
de montagem,
corte, acabamento,etc. g
Os
departamentos de serviços,também
conhecidoscomo
auxiliares, sãoaqueles
que
prestam serviços aos departamentos produtivos, tendo seus custos transferidos primeiramente a estes departamentos, para posteriormenteserem
alocados aos produtos. Ex.: Setoresde
almoxarifado, inspeção, manutenção, etc.Segundo
Santos (1990; p.91), “os departamentosde
serviços.têm
por finalidade auxiliar os departamentos produtivos, afim
de que
osmesmos
atinjam osseus objetivos". -
Eliseu Martins demonstra muito
bem
o direcionamento dos custos,Esquema
de
Custeio porAbsorção
com
DepartamentalizaçãoR
R
= RateioEliseu Martins (1994; p. 73)
Custos ,ge pmquçâg Despesas de Administrção, de Vendase
Financeiras
I
É
Alocáveis diretamente aos Departamentos Departamento ServiçoA
*
Departamentol
ServiçoBIM
Departamento Produção 4 C Departamento ProduçãoD ProdutoY Custo dos Produtos Vendidos \ V 1 Resultado 113
Os
departamentos, na maioria das vezes, são centrosde
custos, ou seja,nele são acumulados os custos indiretos para posterior distribuição aos
departamentos produtivos ou diretamente aos produtos,
dependendo
dosdepartamentos
em
que
estiverem acumulados. Porém, às vezes,um
departamentopode
ter diversos centrosde
custos, se for conveniente para empresa.Conforme
BoletimIOB
(22/98; p. 9), “os centrode
custossão
constituídos por setores ou áreas daempresa que
executam atividadeshomogêneas
eque
permitem a apuração dos gastos dessa atividade".
Todos
os custos indiretos são alocados aos produtos, ou aosdepartamentos, seguindo
uma
basede
rateio,que
deverá ser muitobem
escolhidapelos administradores da empresa, levando-se
em
consideração as características eparticularidades da
mesma.
2.3.1.2
- Bases
de
RateioOs
custos indiretosde
fabricaçãofazem
partedo
produto damesma
forma
que
os diretos,porém
nãopodem
ser determinadoscom
amesma
facilidade,necessitando-se
de
técnicas para incorporá-los aos produtos.Segundo
Martins (1993; p. 72), “todos os custos indiretos sópodem
ser apropriados, pela sua própria definição,de
forma indireta aos produtos, isto é,mediante estimativas, critérios
de
rateio, previsãode
comportamentode
custos, etc”.Geralmente toma-se
como
basealgum
custo diretoque
tenha suanatureza semelhante a dos custos indiretos,
que
serão rateados, ede
participaçao relevante na fabricaçãodo
produto. Assim, pode-se tercomo
bases para rateio: amatéria-prima aplicada, o custo
da
mão
de
obra direta, onúmero de
horas-máquinadispendidas, entre outras. Por exemplo, na distribuição da energia elétrica o
número
de
kilowatts (Kw) instaladosem
cada centrode
custosé
uma
basede
rateio aceitável; no almoxarifado, onúmero de
requisições; namanutenção
da fábrica, onúmero de
horas de serviço; na administraçãoda
fábrica, onúmero
de funcionários,14
No
entanto, todas as formasde
rateiotêm
seu graude
subjetivismoe
arbitrariedade, tornando-se necessário
que
a pessoa responsável pela escolha doscritérios tenha
um
elevado conhecimentodo
processo produtivo da empresa.2.3.2 - Custeio direto
Também
conhecidocomo
custeio variável ou custeio marginal, estemétodo
proporciona muito mais rapidamente as informaçõesde
natureza decisória para a empresa. Neste sistemade
custeiosomente
os custos variáveis são apropriados aos produtos,sendo
os custos fixos transferidos diretamente para oresultado
do
exercício, aexemplo
das despesas.Segundo
Santos (1990; p. 39),“custeamento marginal é o método de custear os produtos ou
serviços por margem de contribuição, obtida pela diferença entre as
. receitas e seus respectivos custos marginais.
A
sua premissabásica é a de que somente os custos claramente identificados
com
os produtos ou serviços vendidos, chamados de diretos ou
variáveis, devem ser apropriados.
Os
demais custos relacionados enecessários para manter a capacidade instalada, denominados de
fixos, devem ser tratados parte
como
de período, indo diretamentepara o resultado”.
Desta forma, o
método
do
custeamento direto substitui o lucro pelamargem
de
contribuição. Assim, para a apuraçãodo
resultado da empresa,primeiramente apura-se o lucro marginal para, posteriormente, após a
dedução
doscustos fixos e despesas gerais, apurar-se o lucro geral.
É
também
através damargem
de
contribuiçãoque
se verifica facilmente quais produtos oferecem maior potencialidade para coberturado
montantede
custos fixos,bem
como
para remuneraçãodo
capital investido.Pelo fato deste sistema não alocar os custos fixos aos estoques, seu
resultado operacional fica subavaliado, razão pela qual não é aceito pela legislação
15
2.4
-
SISTEMAS
OU FORMAS
DE
CUSTEAMENTO
De
acordocom
a estruturaçãodo
processo produtivo da empresa,encontra-se os tipos
de
custeio porOrdem
de
Produção ou por Processo (Continua).2.4.1
-
Produção
porOrdem
É
a formade
custeamentoque
produz atendendo aencomenda
de
clientes.
Normalmente
utilizada por indústrias pesadas ou fabricantes de produtosespeciais, tais
como
empresas
de construção civil, indústria de móveis,embarcaçoes, entre outros. -
Conforme Leone
(1989; p. 231), é o sistemade
custosque acumula
eregistra
dados de
operações das fábricasque
trabalham sob o regimede
encomenda.
Os
processosde
produção porordem
nem
sempre
assemelham-se, tendocomo
características,segundo
Santos (1990; p. 124-125):“nenhum serviço é iniciado
sem
que seja devidamente autorizadoatravés de ordem de produção
com
um
código correspondente;identificação da ordem específica de produção por ordem e por
cliente;
a produção não é padronizada;
o sistema exige maior trabalho burocrático para o registro e
controle das unidades produzidas;
não se mantêm estoques regulares;
a produção não é contínua, isto é, não existe
um
fluxo lógico deoperações;
os custos apurados por ordem são mais precisos, se comparados ao sistema de produção por processo, pelo fato de serem
levantados individualmente por ordem de produção;
os produtos ou serviços são executados de acordo
com
asexigências ou projetos de cada cliente;
possibilita a análise da lucratividade dos produtos por ordem de
produção concluída e entregue ao cliente, etc”.
Em
qualquerempresa que
adote esta formade
custeio, toda produçãocomeça
com
o pedidodo
cliente.Após
efetuado o orçamento, aceito pelo cliente, agerência emite
uma
ordem
para a produçãodo
bem
encomendado, que
deveráconter todos os
dados
da produção.A
partir daí caberá à unidade industrial a16
2.4.2
-
Produção
porProcesso
ou
ContínuaÉ
a formade
custeamentoonde
aempresa
produz os bensde
formacontínua e padronizados.
O
produto é fabricado após os estudos de viabilidade, para posteriormente ser lançado no mercado,não
necessitando normalmentede
pedido(encomenda)
de
cliente.Segundo
Santos (1990; p. 121-122), as principais característicasda
produção por processo são as seguintes:
- “os produtos são padronizados;
- a produção é contínua, isto é, existe
um
fluxo lógico de operações; - o custo unitário médio é detenninado pela divisão do custo totalpelas unidades produzidas;
- os custos são registrados por departamentos ou por fases de fabricação;
- exige-se menor esforço burocrático
em
comparação à produção porordem, para controle e apuração dos custos de cada unidade
produzida;
- os produtos são mantidos
em
estoque;- os clientes se sujeitam aos produtos que existem no mercado;
- apontamentos simplificados de mão-de-obra
em
cada departamento,em
razão de cada área contarcom
o seu pessoal fixo etc”.Quem
determina a produçãodo
bem
é o mercado, ou seja, serãofabricados os produtos
que
aempresa
tiver condiçõesde
oferecer pelo preçoimposto por ele, e continuarão a ser produzidos pelo
tempo que
estemercado
aceitar. Geralmente são produtos de grande consumo, produzidos por grandes
empresas, para atender às necessidades
da
sociedade, taiscomo
alimentos,3
-ESTUDO
DO
CASO
3.1
-
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A
empresa
em
análise atua noramo de
confecçõesem
geral, fabricandopeças
como
camisas, camisetas, calças, bermudas, jaquetas, entre outras. Seráchamada, no presente trabalho, por “LN Confecções”, visto não ser de interesse
do
proprietário a divulgação
do
nome
real.Fundada
em
1985,com
apenas
seis funcionários, trabalha hojecom
um
faturamentode
atéR$
80.000,00 mensais,mantendo
em
seu
quadro funcionaldezessete empregados. '
Beneficiando-se
da
situação favorável do mercado, aempresa
expandiu-se rapidamente,
porém
sem uma
estrutura de planejamento e controle dos custosde
produção.
O
lucro era fácile
os erros provocados pela falta deste controlede
custoseram
“mascarados” porganhos
financeiros, oriundosde
atividades extra-operacionais, devido à alta inflação.
Atualmente, no entanto, a
empresa
atravessa a fase mais dificildesde
suafundação, estando comprometida
economicamente
com
instituições financeirase
tendo seu quadro funcional reduzido expressivamente,
bem
como
boa
parte de seupatrimônio.
A
confecção das peças é realizadaem
uma
fábrica localizada nomunicipio de Biguaçú,
onde
também
se encontram instalados o escritório central e o almoxarifado. AA
administraçãoda
“LN Confecções” é exercida pelo proprietário,em
conjuntocom
sua família,sem
a utilizaçãode
técnicas administrativas,sendo
asdecisões
tomadas
simplesmentecom
base na experiência dosmesmos
ede
acordocom
a situaçãomomentânea
da
empresa.H
A
“LN Confecções” não adota a contabilidade de custoscomo
uma
ferramenta administrativa,
sendo
esta praticamente desconhecida pelo proprietário,que
exerce a administração superior.A
contabilidade financeira é conflada aum
18
Para
que
aempresa
consiga se reerguereconomicamente e
passenovamente
a disputar o mercado, torna-se necessárioque
amesma
passe a exercer,de
imediato,um
rigoroso controle dos custos, afim
deque
possa tomardecisões acertadas e assim ultrapassar este período desfavorável.
3.2
-
ELEMENTOS
DE
CUSTOS DA
“LN
CONFECÇÕES”
Para
que
se possa elaboraruma
propostade
sistema de custos para aempresa, torna-se necessário o conhecimento dos elementos
de
custos presentesna
mesma.
a)
Custos
de
PessoalAtravés
da
análiseda
folha depagamento
da empresa, identifica-se facilmente os valores dispendidos a cada funcionário, possibilitando a apropriaçãodos custos diretamente a cada centro
de
custos.Em
relação às férias eao
décimo terceiro salário, terão suas parcelas apropriadas e reconhecidas a cada mês, evitandouma
sobrecargade
custos aosmeses
onde
ocorrerem os pagamentos.Quanto
aos gastoscom
alimentação e transporte, serão tratadosseparadamente
à folhade
pagamento,sendo
alocados aos seus próprios centrosde
custos.
b)
Custos de
MateriaisA
aquisição das matérias-primas deve serbem
planejada pela administração geral da empresa, poisuma
boa pesquisade
preços junto aos forhecedores poderá reduzir significativamenteum
dos mais importantes elementos19
As
matérias-primas utilizadas pela “LN Confecções”resumem-se
a malhas, aviamentos e embalagens. Considera-secomo
aviamentos as linhas,botões, elásticos e etiquetas.
Os
materiais adquiridos são depositados no almoxarifado etêm
seusvalores devidamente registrados
em
fichasde
controlede
estoques,podendo
ser facilmente apropriados ao centrode
custos correspondente, mediante requisiçãodo
mesmo.
.c)
Gastos
geraisde
fabricação .Entende-se por gastos gerais os custos indiretos decorrentes do processo
produtivo. Considera-se aqui
como
gastos gerais: a depreciação da fábrica edas
máquinas, os impostos e taxas, os serviços terceirizados, seguros, telefones,
manutenção, energia elétrica, entre outros.
Estes gastos gerais serão apropriados,
sempre que
possível, ao centrode
custos
que
lhesdeu
origem,porém quando
foremcomum
a estes centros, serãodistribuídos através
de
basesde
rateio determinadas.Os
valores destes gastos deverão ser obtidos através de registrosefetuados pela contabilidade da empresa, devidamente documentados.
Quanto
aos serviços terceirizados, aempresa tem
como
custo variável oserviço
de
estamparia, cobrado por peça estampada.Quanto
à depreciação das máquinas, serão alocadas aos departamentoscorrespondentes, e calculadas pelo
método
linear, conforme a tabela 1, apresentada20
TABELA
1Especificaçäo Vida útil Deprec. Vlr.
Bem
Deprec. N° máq. Dep.total(anos)
Mensal%
R$
UnitáriaR$
Máq.overI0que 10 0,833 1.500,00 12,50 5 62,50 Máq. costura reta 10 0,833 1.800,00 15,00 2 30,00 Máq. de corte 10 0,833 300,00 2,50 1 2,50
Mesa
de corte 10 0,833 150,00 1,25 2 1,25Tábua
de passar 10 0,833 30,00 0,25 2 0,50 Ferro elétrico 10 0,833 70,00 0,58 2 1,66Total da depreciação mensal: 98,41
Obs.:
Não
foram consideradas as depreciações dos móveis e utensílios,por terem valores irrisórios, considerando
que
já foramquase
totalmentedepreciados, devido
ao tempo de
uso,não
compensando
suas contabilizações.d)
Despesas
administrativasSão
os gastos relacionados à administração geralda
empresa, tais como:pró-labore, água, energia elétrica, materiais
de
escritório, telefone, materialde
limpeza, entre outros.Quanto
aos serviços terceirizados, aempresa tem
como
gasto fixoadministrativo o serviço contábil de
um
escritório contratado.Assim
como
os custosde
produção, asdespesas
administrativas deverãoter
um
controle eficiente por parte da administraçao geral da empresa, pois influenciam diretamente no resultadoda
mesma.
'21
3.3
-
PROCESSO
DE
TRABALHO
As
compras de
materiais necessários à produção são feitas pela administração superiorda
empresa.A
malha,comprada
em
rolos e por kiiograma, édesenrolada
e
estocada no almoxarifado,onde permanece
porum
periodo de, no mínimo, três dias para descanso, afim
de
evitar posterior encolhimento.Após
o periodode
descanso, a malhasegue
para a modelagem,onde
aspeças são previamente elaboradas,
de
acordocom
aordem de
serviço, eposteriormente cortadas e separadas, de acordo
com
otamanho
e características,como
frente, costas, mangas,punhos
e goias. >Finalizadas as atividades
de
modelagem
e corte, após separadas, aspeças são
encaminhadas
para a costura, que, atravésde
máquinas “overloque”e
de“costura reta” são confeccionadas,
sendo
depois costuradas as goias,punhos
eetiquetas. '
Após
serem
costuradas, as peças sãoencaminhadas
para o setorde
arremate eembalagem, onde recebem
os últimos retoques,como
o cortede
linhas epontas, e
passam
porum
controle de qualidade. Nestemesmo
setor aspeças
sãopassadas a ferro elétrico, dobradas e
embaladas
em
sacos plásticos individuais,para
serem
estocadasem
prateleiras e após expedidas.3.4
-
|v|ÉTooo
DE
cusTE|o
_AP|_|cÁvEi.O
método de
custeio proposto à “LN Confecções” será o Custeio por Absorção, utilizando-se a Departamentalização ou Centrosde
Custos.Conforme
descrito anteriormente, estemétodo de
custeio utiliza-sede
bases de rateio para distribuição
de
todos os custos indiretos, necessitando-sede
funcionários treinados para a coleta e organização dos
dados que
serãotrabalhados.
A
divisão daempresa
em
departamentos torna-se essencial e deverá ser22
3.4.1
-
Centros
de
custosda
“LN
Confecções”
Após
um
minuncioso estudo das instalaçõesda
empresa,bem como
de
seu processo produtivo, dividir-se-á a
mesma
em
dois grandes centrosde
acumulação de
custos: os centros produtivos e os centrosde
serviços.Os
centros produtivos serão subdivididosem
três departamentos, visandofacilitar a distribuição dos custos indiretos.
São
eles:- Departamento
de
Modelagem
e Corte;- Departamento
de
Costura;- Departamento de Arremate e
Embalagem.
No
Departamentode
Modelagem
e Corte trabalham três funcionários,sendo
dois cortadores eum
modelista e separador. Este departamento irá receber amalha, após o período
de
descanso, e será o responsável pelamodelagem,
corte eseparação das peças, conforme descrito anteriormente.
O
Departamentode
Costura contacom
sete costureiras.Após passarem
pelo departamento
de
modelagem
e corte as peças são aqui recebidas paraserem
confeccionadas. Nestemesmo
departamento serão confeccionadas as golas,punhos
e etiquetas.Após
passarem
pelo departamentode
costura, algumas peças são levadas à estamparia, serviço este terceirizado pela empresa,e
outrasencaminhadas
diretamenteao
departamentode
arremate eembalagem.
Estedepartamento é o último estágio
de
produção das peças, sendo que, após apassagem
por ele as peças são estocadas ou expedidas.Quanto
ao serviçode
estamparia, aempresa paga
em
médiao
valorde
R$
0,15 por unidade estampada, tendo este valor alterado paraR$
0,20 no casodos
agasalhos.Após
realizado o serviço, aempresa
prestadorado
sen/iço entrega aspeças diretamente
ao
supervisorda
fábrica,que
asencaminha
ao departamentode
23
Os
centrosde
serviços serão divididosem
dois departamentos.São
eles:- Administração geral; - Almoxarifado.
A
administração geralda
empresa
écomposta
por dois funcionários,sendo
um
deles o proprietárioda
mesma.
O
almoxarifado é controlado porapenas
um
funcionário,que
ficaresponsável pelo controle das requisições
de
matéria prima.Para completar o quadro funcional da empresa, a
mesma
contacom
um
supervisor
de
produção, responsável pelo controle das atividades dos trêsdepartamentos produtivos. A
O
escritório da administração e o almoxarifado localizam-se nomesmo
galpão
da
fábrica.'
Considerando
que
o escritórioocupa
apenas
uma
pequena
salada
instalação
da
fábrica, considerar-se-á os gastoscom
energia elétrica e depreciação,como
custos indiretosde
fabricaçao.3.5
-
PRoPosTA
DE
um
MooELo
PRÁT|co
DE
AcuMuLAÇÃo
DE
custos
Serão escolhidos agora três produtos fabricados pela empresa, a
fim
de
facilitar a demonstração
do
sistema proposto àmesma.
Os
custos diretos, obtidoscom
a administração da empresa, serãoalocados diretamente aos três produtos, e os custos indiretos, apurados durante o
periodo
de
um
mês, serão rateados aos centrosde acumulação de
custos. Posteriormente, os custos alocados aos centrosde
serviços serão distribuídos aoscentros produtivos e, depois, estes serão absorvidos aos produtos.
Toda
adistribuição dos custos indiretos será feita mediante bases de rateio pré- determinadas. ›
QUADRO
1Produto Produção mensal
em
unidadesBermudas
2.000,00Camisetas 3.500,00
Agasalhos 1.500,00
Custos diretos
de
fabricação por unidade(em
R$)QUADRO
2. Camisetas
Bermudas!
AgasalhosMatéria prima 2,41 2,93
I
5,85
Mão
de
obra direta 3,40 4,85 6,80 Serviçosde
terceiros 0,15 ---- -- 0,20 Total I 5,96 7,78 | 1 2,85Obs.2O dado
` f f ` ` ` "s s acima
oram
ornecidos pela admmistraçaoda
Empresa
Custos indiretos
de
Fabricação no Mês:QUADRO
3Custos indiretos Valor
- R$
Base
de rateioDepreciação
do
prédio 383,33M2
2*Seguro
do
prédio 150,00M2
Energia elétrica 350,00
Kw
Manutenção de
equipamentos 120,00 N° de máquinasSupervisão da fábrica 1.306,91 V N°
A
seguir será demonstrado o rateio dos custos indiretos, conformebases
pré-determinadas:
QUADRO
4
Rateio da Depreciação e Seguro
do
PrédioDepartamento
Base de
rateio -MT
Depreciação SeguroModelagem/corte 85 69,33 27,13 Costura 120 97,87 38,30 -
Arremate/embalagem
85 69,33 27,13Ad
ministração geral 20 16,31 6,38 Almoxarifado 160 130,49 51,06 Total470
383,33 150,00QUADRO
5Rateio
da
Energia ElétricaDepartamento
Base de
rateio-
Kw
Energia elétricaModelagem/corte 900 55,26 Costura 2.500 153,51
Arremate/embalagem
2.100 128,95 Administração 130 7,98 Almoxarifado 70 4,30 Total 5.700 350,0026
QUADRO
6Rateio da
Manutenção da
FábricaDepartamento ,_
Base de
rateio-
n°de máquinas Manutenção
Modelagem/corte 01 Costura
Arremate/embalagem
Total 07 02 24,00 10 120,00QUADRO
7Rateio da
Mão-de-Obra
IndiretaDepartamento
Base
de rateio - n° funcionários Supervisão da fábricaModelagem/corte 280,05 `
Costura 653,46
Arremate/embalagem
373,40Total 1.306,91
obfldo:
Obs.:
O
custoda
mão-de-obra indireta, acima mencionado, foi assimSalário-base: Provisão
de
férias + 1/3: Provisãodo
13° salário: Encargos sociais (36,8%): Custodo
supervisor:R$
800,00 bgRs
sa,õ1»9
Qzdw Màezø zMâêšz
ei,R$
66,67 \v¡6/fã)
L Cäéléø
R$
, 351,5727
Depreciação das máquinas, alocáveis diretamente aos departamentos
de
produção:
ouADRo
s Departamento Depreciação- R$
Modelagem/corte 5,00 Costura 92,50 Arremate/Embalagem
1 ,66Obs.:
Os
dados
acima foram obtidosda
tabela n° 1, considerandoque
amáquina de
corte e asmesas
de
corte pertencemao
departamentode
modelagem
ecorte, as máquinas overloque e
de
costura reta pertencemao
departamentode
costura, e as tábuas
de
passar e os ferros elétricos pertencemao
departamentode
arremate eembalagem.
_wO___mCO_OC_¿_ mv O__®C___uC
O
EOO 22000 mv Otü* OmoN__#W_C_C_`_UN NC wO_0$____E__õN M0330 wO_U O_2_M__O
_$¿_ã_wE gv OÉEÇCO
E8 020% GU QEÊ
_OUE_š^OE_fl OC wOg__Ê_§m W056 gv OõšO
___N_sQN k_U__g@ _;¿M_`___ tkäfi OWu_ãO__n_ fignu _BO___ wqg 38 QNQ awäs ____ __ _; OÚNu_____G×O__C_N Oõfimm VN_O_hN ®®_Om__© OQN2 L IIII II mt :õ__ gdíy E2 nim sd aí gd ig 568 *_ OmwN__u_w_C _E UN Oõumm VNOÊN Í _®_NN© __“_`_NNO___ _t_Q_ë flwflg NQOMU E2 86 ;_mom__` Otmuku mämm mo_owN I I I I | _ _ I I _ I' E9__U____ Eno 20 Omã OQOQ OQVN 23% CON? OWQCQDCGÊ 1 OQOQAH Éqwg $_mö_` ©N_©© OQ? ®®_N 8Em_m mêmcw OQOÉ mH_`_\_N Omudm MWFKN QQE wmud Oãã O_O Osmüw muqmflwmu ©®d© NQNQ MHQQQ Qfldg gd? Oäma Ot Omg_8__%o V _g_o__' EgN_gEm_ São SEE No Ê_mEmE< QBWOO \EgN_%O_>_ O“š_ã×OE_< Omg__§C_EU< w£m%C_ W296%
OmgUO__Q Qu WOÊQO_
guãg gv WOÊQO wOfi__õEg__â% M8 wO§_“š 833 gv Oõš Qu âN_>_29
O
próximo quadro demonstrará,em
percentuais, otempo de
permanência dos produtosem
cada departamento,que
sen/irácomo
base para a distribuição doscustos
acumulados
nos departamentos aos produtos.Estes percentuais foram obtidos diretamente
com
o supervisorde
produção,
que
fez a estimativa mediante mediçãode
tempo.QUADRO
9 Produtos Modelagem/corte I CosturaArremate/embalagem
35%
I33%
32%
30%
32%
38%
Agasalhos35%
35%
30%
Total100%
100%
100%
Bermudas
CamisetasObs.:
Os
percentuais acima são relativos ao totalde
peças produzidas nomês.
O
próximo quadro irá demonstrar a distribuição dos custos indiretos, dosdepartamentos produtivos aos produtos.
A
base de
rateio utilizada foi o percentualdo
tempo de
permanência dosprodutos nos departamentos, conforme descrito anteriormente.
QUADRO
10Camisetas 171 56
374
6821910
765,34Bermudas
147 05363
33260
17 770,55Agasalhos 171,56 397,39 205,40 774,35
Total 490,17 1.135,40 684,67
Produto 'Modelagem/corte] Costura lArremate/embalagem Total
30
O
quadro a seguir demonstrará, finalmente, o custo unitário dos produtosescolhidos.
QUADRO
11 Produtos Custos diretos Custos indiretosi
Custo total dos produtos
Bermuda
7,78 0,38 8,16 Camiseta 5,96 0,22 D 6,18 Agasalho 12,85 0,51 D 13,36Obs.:
Os
custos diretos foram obtidosdo Quadro
2, e os custos indiretosforam obtidos através
da
divisão dos valores apurados noQuadro
10, pelacoNcLusöEs
O
objetivo geral deste trabalho consiste na propostade
um
sistemade
custos para
uma
empresa
industrial doramo
têxtil através da realizaçãode
um
“estudo de caso”.
Após
o planejamentodo
trabalho, procurou-se adquirir e aprofundar-senos conceitos pertinentes ao assunto escolhido, através
da
leiturade
conceituadosautores
da
área abordada.Verificou-se, através
do
“estudode
caso”, inúmeras dificuldades naimplantação
de
um
controlede
custos na empresa,sendo
a principal delas aobtenção dos custos reais de fabricação,
que
jávinham
prontos nos livros contábeis.A
metodologia aplicada foi interessante neste ponto, pois proporcionouuma
aproximação
da
teoria,com
a prática vivenciada na empresa.Apesar do
estudo ter sido direcionado auma
empresa
específica, notou- seque
os administradores nãoreconhecem
a importância merecida dos custosde
produção, preocupando-se
quase que
exclusivamentecom
asvendas
dos produtos.Para implantação
da
proposta apresentada, recomendou-se a divisãoda
empresa
em
cinco departamentos,sendo
três responsáveis pela produção,um
pela administração geral e outro pelo almoxarifado.Com
os centrosde
custosbem
determinados, a tarefade
distribuição doscustos indiretos tornou-se facilitada, considerando
que
as bases de rateio foramestabelecidas
em
conjuntocom
o supervisorda
produção.O
método de
custeio por absorção foi,sem
dúvida, oque
mais seidentificou
com
a atual situaçao daempresa
e suas particularidades._
O
trabalho esteve por várias vezes "estacionado", por dependerde
informações
da
empresa,que
algumas vezesnão
os tinhaem
mãos, e outras nãodispunham de alguém
para transmiti-las. Este foi o maior problema encontrado na32
No
entanto, o objetivodo
trabalho foi cumprido. Para os administradoresda
empresa
ficou o alerta quanto à importânciado
controle dos custos de produçãoe
uma
propostade
sistemade
custos a ser implantada e, para este acadêmico,uma
z
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importânciados
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