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Educação permanente em saúde: caminhos trilhados pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal/RN

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA

GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

JULIANA MARQUES NOGUEIRA MENDONÇA

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: CAMINHOS TRILHADOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/RN

NATAL/RN

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JULIANA MARQUES NOGUEIRA MENDONÇA

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: CAMINHOS TRILHADOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/RN

Trabalho de Conclusão de Curso da graduação em Saúde Coletiva, apresentado ao Departamento de Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – como requisito para obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva.

Orientadora: Profª. Drª. Janete Lima de Castro.

NATAL/RN

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JULIANA MARQUES NOGUEIRA MENDONÇA

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: CAMINHOS TRILHADOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL/RN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – como requisito para obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________________ Profª. Drª. Janete Lima de Castro – UFRN

Departamento de Saúde Coletiva (Orientadora)

_______________________________________________________________ Profª. Drª. Ana Tânia Lopes Sampaio – UFRN

Departamento de Saúde Coletiva

_______________________________________________________________ Profª. Drª. Rosana Lúcia Alves de Vilar – UFRN

Escola de Saúde da UFRN

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Mendonça, Juliana Marques Nogueira.

Educação permanente em saúde: caminhos trilhados pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal/RN / Juliana Marques Nogueira Mendonça. - 2019.

37f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Saúde Coletiva) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Coletiva. Natal, RN, 2019.

Orientadora: Janete Lima de Castro.

1. Saúde - Educação Continuada - TCC. 2. Recursos Humanos - TCC. 3. Planejamento - TCC. I. Castro, Janete Lima de. II. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 61:377.3

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Dedico este trabalho a minha mãe, pelo amor e preocupação em todo o momento, demonstrado a seu próprio modo.

Assim como dedico aos meus companheiros de jornada, aqueles que foram força e apoio, luz e coragem, inspiração e contrariedade em tempos necessários e difíceis.

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Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento. Provérbios 2.6

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Walquíria Oliveira, por ter sido peça-chave para o encorajamento da ideia deste TCC. Sem seu apoio, eu não teria dado início a este projeto.

Agradeço à professora Janete Castro, pela paciência, compreensão, incentivo e orientação para a construção do TCC. Também pelos conselhos valiosos que levo para a vida.

Agradeço a minha família, pelo apoio, preocupação e cuidado durante a produção deste trabalho;

Agradeço as minhas companheiras de residência, que se tornaram também uma família para mim, em especial a Vanessa Rodrigues;

Agradeço aos meus amigos que me inspiram e ajudam, que não me deixaram sozinha e não desistiram de me acompanhar, especialmente a Márcia Andreia e Mateus Laurentino.

Agradeço à equipe do Observatório de Recursos Humanos em Saúde da UFRN, pelo tempo que passei diariamente ao seu lado, aprendendo e crescendo pessoal, intelectual e profissionalmente, vocês foram e são essenciais em minha trajetória e têm um lugar especial em meu coração.

Agradeço a Deus.

Querido Deus, teu cuidado é constante para comigo, sinto-o diariamente em todos os passos que dou. Obrigada por iluminar meu caminho e direcionar minha vida. Obrigada pelas oportunidades que me deste. Com elas, me foi facultado conhecimento, experiências, alegrias e memórias. Por isto e por tudo, O louvo e O honro neste momento.

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RESUMO

A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), instituída a partir da Portaria nº 198, de 13 de fevereiro de 2004, apresenta diretrizes que norteiam as ações de Educação Permanente a serem realizadas pelo Distrito Federal, Estados e Municípios. Nesse aspecto, o presente estudo busca conhecer o espaço ocupado pela Educação Permanente na gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal, Rio Grande do Norte. Para isso e por meio dos instrumentos de gestão do município, a saber: Plano Municipal de Saúde 2018-2021, Programação Anual de Saúde 2018 e Relatório Anual de Gestão 2018, mapearam-se os caminhos trilhados pela secretaria no âmbito da Educação Permanente. Após a análise, observou-se que as ações de Educação Permanente em Saúde executadas pela SMS/Natal, mesmo contemplando diversos setores, alcançaram um percentual muito baixo de execução, apenas 36,8%. Em relação ao planejamento das ações de Educação Permanente, mesmo sendo multiparticipativo, ainda precisa ser readequado, visto que por vezes encontra-se aquém da realidade do serviço e não utiliza o Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde como matriz norteadora da condução da EPS no município. No demais, espera-se que com este estudo os gestores municipais sintam-se subsidiados cientificamente para tomar decisões em relação à Gestão da Educação na SMS do município de Natal, por meio do fomento e discussão a respeito da importância da efetivação da Política Municipal de Educação Permanente em Saúde (PMEPS).

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ABSTRACT

The National Policy of Permanent Health Education (PNEPS), established from Ordinance No. 198, dated February 13, 2004, presents guidelines that guide the actions of Permanent Education to be carried out by the Federal District, States and Municipalities. In this respect, the present study seeks to know the space occupied by Permanent Education in the management of the Municipal Health Department (SMS) of Natal, Rio Grande do Norte. For this and through the management instruments of the municipality, namely Municipal Health Plan 2018-2021, Annual Health Program 2018 and Annual Management Report 2018, the paths followed by the secretariat in the permanent education were maped. After the analysis, it was observed that the actions of Permanent Education in Health performed by SMS/Natal, even contemplating several sectors, reached a very low percentage of execution, only 36.8%. Regarding the planning of permanent education actions, even though it is multiparticipatory, it still needs to be resuitable, since it sometimes falls short of the reality of the service and does not use the Municipal Plan of Permanent Education in Health as a guiding matrix of the structure of EPS in the municipality. In the others, it is expected that with this study municipal managers will feel scientifically subsidized to make decisions regarding the Management of Education in the SMS of the municipality of Natal, through the promotion and discussion about the importance of the implementation of the Municipal Policy of Permanent Education in Health (PMEPS).

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 1 – Quantitativo geral de ações da PAS 2018 e de ações de EPS ...24

Figura 2 – Divisão das ações de EPS por áreas presentes na PAS 2018 ...26

Figura 3 – Percentual de cumprimento das ações da PAS 2018 presentes no RAG 2018 ...28

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ………. 11 2 OBJETIVOS ……….. 15 2.1 OBGETIVO GERAL………...……... 15 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ………...….. 15 3 METODOLOGIA ………. 16 3.1 TIPOS DE ESTUDO ………...… 16 3.2 COLETA DE DADOS ………...…………. 16

3.3 ANÁLISE DOS DADOS ………...………. 17

3.4 ASPECTOS ÉTICOS ………...…………... 18

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ……….. 19

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 29

REFERÊNCIAS ……… 30

APÊNDICE ……....……… 33

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1. INTRODUÇÃO

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

(Paulo Freire)

A 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada em 1986, representa um dos marcos históricos da proposição do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. A partir dela, e com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que instituiu o SUS, a saúde foi considerada como um direito de todos e dever do Estado (BRASIL, 1988).

Em 1990, a lei 8.080 foi publicada dispondo sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços. Nesta, são apresentadas diretrizes para proposição de prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do SUS (BRASIL, 1990).

Em 1993, com a publicação da Portaria nº 545, de 20 de maio de 1993, estabeleceu-se normas e procedimentos reguladores do processo de descentralização da gestão das ações e serviços de saúde, através da Norma Operacional Básica - SUS 01/93 (BRASIL, 1993).

Por intermédio desta portaria, e a partir da Oficina Nacional de Trabalho sobre Recursos Humanos para o SUS, no ano de 1998, que aconteceu em Goiânia, entre os dias 16 e 17 de novembro do citado ano, foi discutida, aprovada e divulgada a primeira versão preliminar do documento Princípios e Diretrizes para a NOB/RH-SUS.

Em maio do ano 2000, publicou-se sua segunda versão, contendo, entre suas diretrizes, a Educação Permanente para o Processo de Trabalho no SUS, como um fator intrínseco ao desenvolvimento do trabalhador para o SUS.

A Educação Permanente em Saúde (EPS) pode ser “compreendida como uma proposta de ação estratégica capaz de contribuir para a necessária transformação dos processos formativos, das práticas pedagógicas e de saúde e para a organização dos serviços” (CASTRO; VILAR; LIBERALINO, 2018, p.158). As autoras dizem ainda que a Educação Permanente é “uma importante estratégia orientadora não só do desenvolvimento dos profissionais, mas, sobretudo, das transformações necessárias às práticas vigentes nos serviços de saúde”.

Em 2003, por meio do Ministério da Saúde, foi instituída a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGETES), tornando-se o principal setor gerente e

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responsável pelo acompanhamento, encaminhamento e execução das diretrizes da NOB/RH-SUS.

No ano seguinte, em 13 de fevereiro de 2004, a Portaria nº 198/GM/MS instituiu a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) como estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores do setor, sendo esta portaria um dos produtos da ampla discussão e elaboração da NOB/RH-SUS.

Três anos depois, a Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de 2007, foi publicada apontando as diretrizes para a implementação da PNEPS. Nesta Portaria, são encontradas orientações para efetivar a implementação da educação permanente nas diferentes esferas de gestão: Estados, Distrito Federal e Municípios.

A PNEPS orienta que todo município deve formular e promover a gestão da educação permanente em saúde e processos relativos à mesma, orientados pela integralidade da atenção à saúde, criando, quando necessário, estruturas de coordenação e de execução da política de formação e desenvolvimento, participando do seu financiamento (BRASIL, 2009).

Segundo Sampaio (2016), a PNEPS definiu “diretrizes a serem seguidas pelas instituições de ensino que formam profissionais para o SUS, objetivando promover a mudança nas práticas de formação e nas práticas de Saúde e viabilizar a articulação Ensino – Gestão – Atenção – Controle Social”.

Segundo Nunes (2004) apud Coutinho, Almeida (2016), a educação para o trabalho em saúde deve ser uma diretriz qualificadora da gestão de equipes e de serviços, em qualquer espaço onde o trabalho em saúde se realize.

Neste sentido, a PNEPS apresenta seis pontos centrais e disparadores que suscitam a discussão sobre a responsabilidade do município em relação à gestão da educação. De acordo com o documento, os municípios devem:

Formular e promover a gestão da educação permanente em saúde e processos relativos à mesma, orientados pela integralidade da atenção à saúde, criando, quando for o caso, estruturas de coordenação e de execução da política de formação e desenvolvimento, participando do seu financiamento;

Promover diretamente ou em cooperação com o estado, com os municípios da sua região e com a União, processos conjuntos de educação permanente em saúde;

Apoiar e promover a aproximação dos movimentos de educação popular em saúde na formação dos profissionais de saúde, em consonância com as necessidades sociais em saúde;

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Incentivar, junto à rede de ensino, no âmbito municipal, a realização de ações educativas e de conhecimento do SUS;

Articular e cooperar com a construção e implementação de iniciativas políticas e práticas para a mudança na graduação das profissões de saúde de acordo com as diretrizes do SUS;

Promover e articular junto às escolas técnicas de saúde uma nova orientação para a formação de profissionais técnicos para o SUS, diversificando os campos de aprendizagem.

A partir destas diretrizes, vê-se a importância do cumprimento da PNEPS pelos municípios e estados brasileiros, não só pela necessidade de formação, atualização e reciclagem pedagógica dos profissionais, mas, também, pelo estratégico fortalecimento do SUS em todo o território nacional.

Considerando esse contexto, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS-Natal), em 21 de março de 2014, publicou a Portaria 54 que indica as diretrizes para a formulação, implantação, implementação e efetivação da Política Municipal de Educação Permanente em Saúde (NATAL, 2014).

Entre as prerrogativas da Portaria 54/2014, destaca-se a seguinte: “Definir as diretrizes para a formulação do Plano Anual de Educação Permanente em Saúde (PAEPS) da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (NATAL, 2014).

No Capítulo II da mesma Portaria, apresentam-se as diretrizes e definições para a formulação, execução e avaliação do Plano Anual de Educação Permanente da SMS.

Por ocasião do estágio curricular obrigatório da graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, SMS-Natal, a autora do presente trabalho teve conhecimento que o PAEPS jamais foi implantado e que as ações de educação permanente em saúde estariam inseridas no Plano Municipal de Saúde (PMS) e na Programação Anual de Saúde (PAS).

De posse dessa informação, alguns questionamentos se fizeram presentes: qual seria o posicionamento da SMS/Natal em relação à priorização das ações voltadas para a qualificação do servidor? As ações explicitadas revelam o lugar de prioridade que ocupa a educação permanente na SMS/Natal?

Com essas perguntas em mente, a autora traçou o objetivo deste trabalho que consiste em conhecer o espaço ocupado pela Educação Permanente na gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Natal, Rio Grande do Norte.

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Para isso, o Plano Municipal de Saúde (PMS) do quadriênio 2018-2021, a Programação Anual de Saúde (PAS) de 2018 e o Relatório Anual de Gestão (RAG) de 2018 foram escolhidos como fontes de dados privilegiadas, uma vez que neles estão contidas as prioridades da Secretaria Municipal de Saúde de Natal para o período atual.

Posto isto, espera-se que este estudo possa contribuir com o fortalecimento da Gestão da Educação no município de Natal, por meio do fomento e discussão sobre a importância da efetivação da Política Municipal de Educação Permanente em Saúde (PMEPS), no intuito de subsidiar cientificamente as ações dos gestores municipais. Espera-se ainda, que ao se identificar as fragilidades para a execução da PMEPS, este trabalho tenha contribuído para uma futura avaliação da Secretaria Adjunta de Gestão Participativa do Trabalho e da Educação em Saúde (SAD-GS) da SMS/Natal, sobre os processos de capacitação realizados pela instituição.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar na agenda da Secretaria Municipal de Saúde de Natal, Rio Grande do Norte, as ações de Educação Permanente propostas e desenvolvidas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Examinar o Plano Municipal de Saúde de Natal referente ao período de 2018-2021, destacando as metas relacionadas à Educação Permanente em Saúde.

 Identificar se as metas do PMS referentes à Educação Permanente em Saúde estão de acordo com as diretrizes da PNEPS.

 Compreender como se deu o processo de elaboração do Plano de Educação Permanente na Secretaria Municipal de Saúde de Natal.

 Compreender como se deu o processo de planejamento das ações de Educação Permanente a serem inseridas na Programação Anual de Saúde 2018, ressaltando as áreas prioritárias dessas ações.

 Identificar no Relatório Anual de Gestão 2018 se as ações de Educação Permanente em Saúde previstas na PAS 2018 foram executadas.

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3. METODOLOGIA

3.1 TIPOS DE ESTUDO

Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa e de natureza descritiva, cuja operacionalização foi realizada por meio de dois procedimentos metodológicos: a pesquisa documental e a entrevista.

Compreende-se pesquisa documental como aquela em que os dados obtidos são oriundos exclusivamente de documentos, que podem ser impressos, gravados, filmados ou virtualmente expostos, buscando extrair informações neles contidos com a finalidade de compreender um fenômeno (KRIPKA, SCHELLER E BONOTTO, 2015).

Já a entrevista tem como matéria prima a fala dos interlocutores. De acordo com Duarte (2004), pág. 215:

[...] se as entrevistas forem bem realizadas elas permitirão ao pesquisador fazer uma espécie de mergulho em profundidade, coletando indícios dos modos como cada um daqueles sujeitos percebe e significa sua realidade e levantando informações consistentes que lhe permitam descrever e compreender a lógica que preside as relações que se estabelecem no interior daquele grupo, o que, em geral, é mais difícil obter com outros instrumentos de coleta de dados.

3.2 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na primeira etapa, realizada de julho a setembro de 2019, foram identificados e analisados documentos compreendidos como instrumentos de planejamento e gestão da SMS/Natal. O objetivo da leitura consistia em identificar e compreender qual é o espaço e a dimensão das ações de Educação Permanente inseridas nesses documentos, que explicitam as políticas e norteiam as ações da Secretaria.

Os documentos foram encontrados no site da SMS/Natal, por meio da aba “Instrumentos de Planejamento da SMS”.

Dos documentos identificados foram selecionados três, reconhecidos como privilegiados para o alcance dos objetivos traçados por esta investigação: O Plano Municipal de Saúde 2018-2021, a Programação Anual de Saúde do ano de 2018 e o Relatório Anual de Gestão 2018. Neles, foram destacadas as diretrizes, objetivos e metas que contemplam a educação permanente em saúde.

O terceiro documento estudado foi selecionado com o intuito de identificar se as ações propostas na PAS 2018 foram realizadas.

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A escolha dos documentos teve como critério de inclusão apenas o ano que apresentasse todos os instrumentos de gestão em estudo (PMS/PAS/RAG) publicados, que neste caso é o ano de 2018, tendo em vista que o ano de 2019 ainda não findou e o RAG de 2019 ainda não foi construído.

Também foi verificado se existia Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde e Programação Anual de Educação Permanente em Saúde (PAEPS), a fim de cotejar com as diretrizes da PNEPS.

Na segunda etapa da pesquisa foram realizadas entrevistas com atores-chave, com o objetivo de compreender como se dá o processo de planejamento e inserção das ações de Educação Permanente nos documentos norteadores dessa política no âmbito municipal.

A escolha dos atores teve como critério de inclusão a sua atuação em cargos ou funções estratégicas nos dois setores responsáveis pela elaboração, condução, monitoramento e avaliação da PMEPS no município, que é o Setor de Educação Permanente e Articulação Ensino-Serviço (SEPAES), vinculado ao Departamento de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (DGTES) e a Assessoria de Planejamento (ASPLAN). Foi considerado também o período de inserção destes atores nos campos estudados, ou seja, se estavam presentes nos setores pelo menos desde o ano de 2017, que foi o ano de construção do PMS 2018-2021.

As entrevistas foram realizadas com 5 respondentes chaves, nos seus setores de trabalho dentro da SMS/Natal e seguiram o roteiro de entrevista, com 15 perguntas semiestruturadas, apresentado no apêndice A. Estas perguntas foram baseadas ou retiradas das questões apresentadas pela PNEPS, em seu tópico 2.3: Questões acerca das Responsabilidades Municipais na Educação na Saúde. As entrevistas foram gravadas, com a permissão dos participantes, a fim de subsidiar a coleta e posterior discussão dos resultados.

3.3 ANÁLISE DOS DADOS

A análise dos dados da entrevista foi realizada com base no método da análise de conteúdo, na modalidade temática, contemplando as fases de pré-análise, exploração do material e interpretação dos dadosde acordo com as orientações de Minayo (2013).

A análise documental foi realizada a partir da leitura dos instrumentos de gestão já citados anteriormente: PMS 2018-2021, PAS 2018, RAG 2018. A partir da leitura foram selecionadas as ações que se relacionavam à EPS e foi feito um destaque em cada uma delas para posterior visualização e recorte.

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As ações de educação permanente em saúde do PMS 2018-2021 e da PAS 2018 foram identificadas, segundo o eixo, a diretriz, o objetivo e a meta de cada uma delas. Já o RAG foi analisado a partir das ações descritas na PAS, levando em consideração que apenas as ações de EPS iriam ser observadas, a fim de saber se haviam sido cumpridas ou não.

3.4 ASPECTOS ÉTICOS

Este estudo foi realizado com base nos princípios da bioética e foi submetido à análise do Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em conformidade às Resoluções n.º 466/12 e n.º 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que trata das normas para pesquisas envolvendo seres humanos. A presente pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP/HUOL/UFRN) através do parecer n.º 3.366.538, conforme apresentado no anexo A.

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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

“Ser poeta é muito bom porque eu não tenho nenhuma obrigação de veracidade. Eu posso mentir à vontade, cientista é que não pode.”

(Ariano Suassuna)

A Portaria nº 2.135, de 25 de setembro de 2013, estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do SUS. O Art. 2º desta mesma Portaria cita os instrumentos de planejamento para a gestão municipal, são eles: o Plano de Saúde aqui referido como Plano Municipal de Saúde (PMS), as respectivas Programações Anuais de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG). Ainda neste capítulo, em seu § 1, a portaria cita que os instrumentos se interligam sequencialmente, compondo um processo cíclico de planejamento para operacionalização integrada, solidária e sistêmica do SUS (BRASIL, 2013). Para a construção destes instrumentos são envolvidos diversos atores da rede de saúde municipal, subsidiados pela análise situacional do município.

Selecionados como fontes privilegiadas, esses instrumentos revelaram como a educação permanente está inserida na agenda da SMS/Natal. Assim, os resultados apresentados neste trabalho permitem compreender os caminhos trilhados pela SMS/Natal rumo à qualificação da sua força de trabalho.

Na perspectiva de facilitar a leitura, os resultados da investigação são aqui apresentados por meio dos objetivos específicos do trabalho.

Objetivo 1: Examinar o Plano Municipal de Saúde de Natal referente ao período de

2018-2021, destacando as metas relacionadas à educação permanente em saúde.

O Plano Municipal de Saúde norteia a elaboração do planejamento e do orçamento do governo municipal no tocante à saúde. É o instrumento central de planejamento para definição e implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde, para o período de quatro anos; explicita os compromissos do governo municipal para o setor saúde e reflete, a partir da análise situacional, as necessidades de saúde da população. Configura-se, como base para a execução, acompanhamento e avaliação da gestão do sistema de saúde. Também contempla todas as áreas da atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade da atenção (BRASIL, 2017).

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O PMS do quadriênio 2018-2021 está estruturado em dois eixos: Gestão da atenção

integral à saúde e Gestão estratégica e participativa do SUS. Neles são apresentadas as

diretrizes, objetivos e metas do PMS.

Dentre as diretrizes do Plano, destaca-se aqui a diretriz 05 que faz referencia à: “contribuir para a adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações de trabalho dos trabalhadores do SUS”.

Quantos aos objetivos muitos se referem à qualificação do serviço, todavia, apenas o Objetivo 5.1 do PMS tem a redação explicita em relação à qualificação da força de trabalho da SMS/Natal. O citado objetivo está assim explicitado: “Investir em qualificação e fixação dos profissionais para o SUS” (PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL, 2017, a).

Nesta perspectiva ressaltam-se os estudos de Jesus, Gosch (2016), Lopes, Gosch, (2016) e Ribeiro, Silva (2016), quando eles afirmam que a EPS também funciona como uma estratégia de reorientação do processo de trabalho em saúde, tanto no nível central, quanto nos serviços de assistência hospitalar.

Nos dois eixos do PMS 2018-2021 já mencionados (Gestão da atenção integral à

saúde e Gestão estratégica e participativa do SUS) foram encontradas 136 metas. Destas,

12 fazem referência à EPS, conforme apresentado no quadro 1, a seguir.

Quadro 1 – Metas do PMS 2018-2021 da SMS/Natal que se relacionam à EPS Qualificar e equipar 100% dos Centros

Especializados Odontológicos (CEOs). (Meta 20)

Implantar e estruturar a Residência municipal em medicina de família e comunidade (MFC) em parceria com a UFRN. (Meta 99)

Qualificar 100% das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) articulando com os demais pontos da rede de atenção à saúde. (Meta 25)

Assegurar a participação para representantes dos conselhos locais de saúde e/ou CMS em 100% das capacitações ofertadas pela SMS Natal. (Meta 100).

Implantação de um plano de trabalho para a reestruturação das ações da Vigilância Sanitária, que contemple mecanismos de financiamento, participação nos espaços intergestores, avaliação e monitoramento. (Meta 81)

Manter e atualizar as celebrações dos termos de convênio para estágios entre a SMS e as instituições de ensino. (Meta 101)

Implementar as ações de educação permanente para 100% dos servidores da Vigilância Sanitária. (Meta 83)

Implantar uma política municipal de preceptoria no SUS. (Meta 102)

Implantar e implementar a política municipal de educação permanente, contemplando a necessidade de aprimoramento e ampliação dos serviços da rede pública municipal. (Meta 97)

Implantar e estruturar 01 escola municipal de formação de pessoal para os serviços de saúde. (Meta 103)

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Implantar e estruturar uma Residência multiprofissional na atenção básica. (Meta 98)

Desenvolver ações de educação permanente para qualificação de 100% dos conselheiros dos Conselhos Locais de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde. (Meta 109)

Fonte: Própria

A análise das metas apresentadas no documento do PMS 2018-2021 da SMS revelou que as ações de EPS são planejadas de forma transversal e desenvolvidas de forma a atender a todos os setores da SMS/Natal. Seu propósito consiste em contribuir para a promoção da saúde e fortalecimento da rede de atenção, principalmente em relação à assistência à saúde. Corroborando, dessa forma, às palavras de autores como Merhy (2015) e Carotta, Kawamura, Salazar (2009) quando eles ressaltam que a EP, ao mobilizar diferentes níveis de atenção, mobiliza não apenas setores do município, mas reflete esta articulação em toda a região geográfica em que este município está inserido.

Objetivo 2: Identificar se as metas do PMS referentes à Educação Permanente estão de

acordo com as diretrizes da PNEPS.

A entrevista foi o recurso utilizado para compreender a relação das metas do PMS da SMS/Natal com as diretrizes da PNEPS, segundo a percepção dos entrevistados. A questão formulada aos entrevistados foi se eles consideravam que as metas do PMS estavam de acordo com as diretrizes da PNEPS. A análise das suas falas demonstrou que existem opiniões contraditórias sobre a questão, conforme é apresentado nos trechos a seguir:

Em parte. Porque na verdade ela é baseada na política nacional, mas considerando a realidade do município. (ator 2).

Não, [...] nem está em conformidade com a política nacional de educação permanente nem é uma ação fidedigna que vai acontecer, um instrumento que seja prático para o dia a dia. Então, se olhar por essa perspectiva, não mesmo. (ator 1).

Não. Eu acredito que ainda é muito aquém. Acredito que deva ter metas mais macro que esteja interligada com a Política Nacional de Educação Permanente. Acho que teria que ter um plano e política municipal que seja construído com base nas diretrizes da Política Nacional. (ator 4).

Sim. Ações de educação permanente se encontram contempladas em diferentes metas do Plano Municipal de Saúde. (ator 5)

As falas dos entrevistados são divergentes, como pode ser observado. Elas revelam Conclusão.

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avaliações das ações preconizadas no PMS 2018-2021 da SMS/Natal e, mais do que isso, revelam a avaliação de representantes do quadro dirigente da SMS/Natal sobre a condução da Política de Educação Permanente da SMS/Natal. Todavia, merece ser ressaltado que as metas para o quadriênio 2018-2021, estudadas no citado PMS, demonstram coerência com o preconizado pela Política Nacional de Educação Permanente, em especial quando essa política afirma que devem ser consideradas as especificidades regionais e as necessidades de formação e desenvolvimento para o trabalho em saúde, na elaboração das ações de educação permanente.

Objetivo 3: Compreender como se deu o processo de elaboração do Plano de Educação

Permanente na Secretaria Municipal de Saúde de Natal.

A leitura do PMS 2018-2021 evidencia a existência de uma Política Municipal de Educação Permanente em Saúde instituída, assim como a existência de um Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde, conforme os trechos das entrevistas e do PMS, a seguir:

Sim, existe a política, o plano municipal da educação permanente [...] que é para quatro anos. Aí a gente vai ano a ano fazendo as alterações. (ator 2)

Existe um documento defasado, que pretende ser um plano municipal de educação, bem como uma política municipal de educação permanente. (ator 5)

A fim de contribuir com a construção de um perfil profissional mais alinhado com os princípios do SUS, foi elaborado um Plano de Educação Permanente em Saúde, que representa um instrumento importante para o fortalecimento das ações em saúde do município de Natal e tem como elementos norteadores a portaria ministerial no 198/GM, de 13 de fevereiro de 2004 (dispõe sobre a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde), e a portaria nº 54 do GS/SMS, de 21/03/2014, a qual dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Política Municipal de Educação Permanente em Saúde na cidade do Natal. (PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL, 2017, a, p.56).

Segundo o PMS, o Plano de Educação Permanente possui como público alvo os servidores efetivos da SMS/técnico-administrativos em saúde, gestores/gerentes dos serviços, servidores celetistas (contratos temporários), terceirizados e estagiários. Seu objetivo é dotar a SMS/Natal de uma força de trabalho qualificada em nível gerencial e técnico-assistencial, para desempenhar com eficácia e eficiência suas competências institucionais, em sintonia com a missão, diretrizes e objetivos institucionais (PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL, 2017, a, p.56).

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De acordo ainda com os entrevistados, a construção do Plano Municipal de Educação Permanente envolveu diversos atores:

O Plano Municipal de Educação Permanente foi construído por gestores, trabalhadores e por pessoas da comunidade em vários encontros (ator 3).

Ele foi construído pela ASPLAN junto com os departamentos, eles chamaram todos os departamentos e nós fomos elencando ações de acordo com as oficinas que eles foram fazendo, pois eram 4 oficinas para ir discutindo as questões das necessidades de serviços, da educação permanente, das capacitações necessárias e até consolidar em uma única, que se formou o plano (ator 2).

Na verdade, a forma como é feita hoje, é sim com os servidores, os profissionais, mas geralmente são chefes de setores e de departamentos. [...] a gente chama também cada departamento e a ASPLAN (ator 2)

Eu acho que a gente tem começado a trabalhar com o setor de educação permanente e eu acho que tem se criado essa necessidade de construção e de participação dos profissionais nessa captação (ator 1).

A elaboração das ações do Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde de forma coletiva proporciona a ampliação da participação do profissional nas discussões sobre os processos de trabalho nos serviços de saúde. Logo, fomentar a inserção desses profissionais no planejamento das ações e caminhos a serem tomados pela gestão municipal, é fundamental para a própria concretização da PNEPS e fortalecimento da SMS/Natal.

Entretanto, é preciso destacar que esse plano não é utilizado como matriz norteadora da condução da EPS no município, visto que as ações são inseridas dentro das Programações Anuais de Saúde, como pode ser corroborado pelas seguintes falas:

Não utilizamos o Plano de Educação Permanente como plano, porque as ações estão dentro da Programação Anual de Saúde. (ator 2)

É como um recorte, a gente vai fazendo ano a ano e vai colocando na PAS. (ator 2)

Objetivo 4: Compreender como se deu o processo de planejamento das ações de educação

permanente a serem inseridas na Programação Anual de Saúde 2018, ressaltando as áreas prioritárias dessas ações.

Faz-se importante esclarecer que as metas traçadas no PMS orientam a definição das ações a serem realizadas na PAS.

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A PAS é o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde e tem por objetivo anualizar as metas do Plano de Saúde e prever a alocação dos recursos orçamentários a serem executados.

Para os municípios, a PAS deve conter a definição das ações que, no ano específico, garantirão o alcance dos objetivos e o cumprimento das metas do PMS; a identificação dos indicadores que serão utilizados para o monitoramento da PAS e a previsão da alocação dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da PAS (BRASIL, 2017).

As ações de EPS presentes na PAS são pensadas da seguinte forma:

Os departamentos definem suas necessidades de educação permanente que são encaminhadas para a Assessoria de Planejamento. A Assessoria faz a consolidação e volta a discutir com os departamentos. (ator 2)

Na PAS 2018 foram encontradas 606 ações, planejadas e orientadas para as mais diversas áreas e setores da saúde, desde a atenção básica, por meio do Programa Saúde na Escola, por exemplo, à gestão central da SMS de Natal, com ações de contratação de serviços (PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL, 2018, b).

Dessas 606, 114 relacionam-se à Educação Permanente. Elas contemplam os dois eixos norteadores da PAS – gestão da atenção integral à saúde e gestão estratégica e

participativa do SUS.

Na figura 1, a seguir, é possível observar a inserção das ações de EPS dentro de cada diretriz da PAS 2018 da SMS/Natal.

Figura 1 - Quantitativo geral de ações da PAS 2018 e de ações de EPS

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Dentre as ações da PAS 2018, 18,81% do seu total relacionam-se ou são direcionadas à EPS. Mesmo representando um pequeno percentual, pode-se dizer que a Política Municipal de Educação Permanente em Saúde está bem inserida no planejamento da SMS/Natal, visto que suas ações são multidirecionais.

Por meio de um estudo realizado no ano de 2017 intitulado “O cenário da Educação Permanente da Secretaria Municipal de Saúde de Natal sob a ótica dos instrumentos de gestão” foi possível observar que entre os anos de 2012 a 2014, a SMS/Natal planejou cerca de 328 ações voltadas à EPS na PAS, ou seja, já utilizava este instrumento como um ordenador das ações de educação permanente a serem executadas.

Dessas 328 ações, 73 foram realizadas conforme a programação da PAS e outras 93 foram executadas sem estarem planejadas na PAS, ou seja, mediante as necessidades que iam surgindo ao longo dos anos 2012 a 2014 (OLIVEIRA, COSTA, 2016).

É válido destacar que no ano de 2014 esses dados se tornaram mais robustos. Das 73 ações executadas conforme a PAS, 66 remetem-se ao ano de 2014, assim como das 93 realizadas sem programação prévia, 73 foram deste mesmo ano. Percebe-se, com isto, que em 2014 o município de Natal passou por uma grande mudança em suas práticas de EPS, considerando que das 101 ações pensadas para este ano, 66 aconteceram de fato, e além delas, outras 73 ações de EPS foram realizadas. No ano de 2018, o número total de ações de EPS presentes na PAS, subiu para 114, o que representa um leve aumento se comparado ao ano de 2014, com 104 ações (OLIVEIRA, COSTA, 2016; PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL, 2018, b).

A análise das ações de Educação Permanente presentes na PAS 2018 revela que estas estão voltadas para as seguintes áreas: Estratégia Saúde da Família, Programa Saúde na Escola, Saúde do Idoso, Saúde da Criança, Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, Rede de Atenção Psicossocial, Rede Cegonha, Regulação em Saúde, Vigilância em Saúde (Epidemiológica, Ambiental, Sanitária, Saúde do Trabalhador, de Violência e Acidentes, Alimentar e Nutricional), Sistemas de Informação, Centro de Especialidade Odontológica, Unidade de Pronto Atendimento, Ouvidoria, Conselho Municipal de Saúde, Assessoria de Planejamento, Núcleos de Educação Permanente e Setor de Educação Permanente e Articulação Ensino e Serviço.

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A fim de melhorar a visualização destes campos por área,eles estão apresentados em 5 grandes grupos, em que cada um, segundo a finalidade da ação, é alocado num grupo diferente.

AB - Atenção Básica (Estratégia Saúde da Família, Programa Saúde na Escola, Saúde do Idoso, Saúde da Criança, Saúde do Trabalhador, Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, Rede de Atenção Psicossocial, Rede Cegonha).

AE - Atenção Especializada (Centro de Especialidade Odontológica, Unidade de Pronto Atendimento, Rede de Atenção Psicossocial, Regulação em Saúde, Sistemas de Informação).

VS - Vigilância em Saúde (Epidemiológica, Ambiental, Sanitária, Saúde do Trabalhador, de Violência e Acidentes, Alimentar e Nutricional, Sistemas de Informação).

ES - Educação em Saúde.

GC - Gestão Central (Ouvidoria, Conselho Municipal de Saúde, Assessoria de Planejamento, Núcleos de Educação Permanente, Setor de Educação Permanente e Articulação Ensino e Serviço, Sistemas de Informação).

A distribuição das ações nas grandes áreas revelou que 37 ações foram destinadas à Gestão Central, 35 à Atenção Básica, 21 à Vigilância em Saúde, 14 à Atenção Especializada e 7 à Educação em Saúde. Estes dados podem ser observados no gráfico 2, a seguir, que demonstra o percentual de ações em cada uma das áreas.

Figura 2 - Divisão das ações de EPS por áreas presentes na PAS 2018

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Das ações programadas na PAS 2018, 32,5% estão direcionadas à Gestão Central. Entretanto, este percentual é quase proporcional às ações planejadas para a Atenção Básica, que representam o total de 30,7%.

Observa-se como destaque na figura 2 uma concentração significativa de ações destinadas à gestão central da SMS, seguida pela concentração na atenção básica. Detalhe importante, considerando que os profissionais da assistência costumam receber uma maior oferta de qualificação do que os profissionais da área administrativa.

Segundo o estudo de Oliveira e Costa (2016), entre os anos de 2012 e 2014 a área que mais apresentava ações de EPS era a de Assistência à Saúde, seguida por Vigilância em Saúde, Gestão do Sistema e Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

Objetivo 5: Identificar no Relatório Anual de Gestão 2018 se as ações de Educação

Permanente em Saúde, previstas na PAS 2018, foram executadas.

O Relatório Anual de Gestão (RAG) é o instrumento de gestão com elaboração anual que permite ao gestor apresentar os resultados alcançados com a execução da PAS e orienta eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários no PMS. Deve contemplar as diretrizes, objetivos e indicadores do Plano de Saúde; as metas da PAS previstas e executadas; a análise da execução orçamentária e as recomendações necessárias, incluindo eventuais redirecionamentos do Plano de Saúde (BRASIL, 2017).

O RAG do ano de 2018, apresentado ao Conselho Municipal de Saúde de Natal, apontou que das 114 ações de EPS propostas na PAS 2018, 42 ações (36,8%) do total, foram cumpridas totalmente, algumas com o indicador desejado para a ação, outras com o indicador acima do esperado. 23 ações (20,2%) foram cumpridas parcialmente e 49 ações (43%) não foram cumpridas, o que representa quase metade das ações programadas (PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL, 2018, c). Percentualmente, estes números podem ser visualizados no gráfico, a seguir:

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Figura 3 - Percentual de cumprimento das ações da PAS 2018 presentes no RAG 2018

Fonte: Própria

Assim como no município de Natal, a região de Araguaia Xingu, no Estado do Mato Grosso, também apresentou execução de apenas 30% das ações de EPS planejadas na PAS (FARIAS, FERREIRA, 2017, pág. 199). Este fator dificulta o fortalecimento da gestão da educação no município, fazendo os profissionais desacreditarem em sua eficácia, e corroborando para a fragilização do SUS.

Tendo por base o quantitativo geral de ações planejadas na PAS para o ano de 2018 (606 ações, independente da área de especificidade e 114 ações voltadas à EPS), é possível afirmar que há boa inserção da política municipal de educação permanente em saúde no planejamento das ações da SMS de Natal, apesar do ainda não satisfatório cumprimento das metas.

É mister frisar, no entanto, que mesmo com apenas 36,8% de efetivação das ações propostas na PAS, o ano de 2018 marcou o início da vigência do Plano Municipal de Saúde 2018-2021, que perdurará até o ano de 2021. Salienta-se, também, que no mês de maio de 2018 houve mudança no titular da pasta da saúde municipal. Este último acontecimento, por sua vez, gera consequências, por vezes negativas, para o cumprimento da programação disposta para o ano. Com a substituição do titular da pasta da saúde do município, outros atores que ocupam cargos na SMS tendem a ser também modificados, por possuírem perfil de confiança para o gestor da secretaria.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ações de Educação Permanente em Saúde na SMS/Natal, ainda que incipientes em sua execução, são pensadas de forma descentralizada dentro da gestão central da secretaria, de modo que durante o planejamento dos instrumentos de gestão, os departamentos da SMS articulam-se e programam suas necessidades de formação.

Outrossim, é a inserção dos profissionais da assistência à saúde dentro deste planejamento, para que o produto resultante dele seja realmente condizente com a realidade do serviço. Atualmente, esta inserção vem sendo remodelada com as oficinas de planejamento, em que a presença de todos os atores chaves da SMS/Natal é requisitada.

Esta forma de planejar fortalece a Política Municipal de Educação Permanente em Saúde, ao tempo que insere nos seus planos diretivos ações estratégicas de formação. Todavia, mesmo sendo um planejamento multiparticipativo, ainda precisa ser readequado, visto que por vezes encontra-se aquém da realidade do serviço e não utiliza o Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde como matriz norteadora da condução da EPS no município.

Sob a ótica desta autora, compreender o planejamento das ações voltadas à educação permanente e a forma como estas estão inseridas nos instrumentos de gestão do município, possibilitou vislumbrar quais espaços de gestão estavam fragilizados e subsidiar discussões que objetivassem remodelar a realidade encontrada e aproximar-se daquela que se espera ser ideal.

Nessa perspectiva, é sabido também que gerir as políticas de saúde no Brasil, principalmente na última década, tem sido um desafio para os gestores do SUS. Entretanto, fortalecer as políticas de saúde já existentes e comprovadamente eficazes para o serviço e atenção à saúde, como a de Educação Permanente em Saúde, é fortalecer toda a estrutura coordenadora da saúde publica local, que neste caso, trata-se da SMS/Natal.

Portanto, é fundamental promover, estruturar e assegurar a Educação Permanente em Saúde no município, tendo como prerrogativa sua importância para o empoderamento científico do trabalhador em saúde, e para a ampliação dos horizontes da Secretaria Municipal de Saúde de Natal.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE APÊNDICE A - ROTEIRO PARA ENTREVISTA

Compreendendo o processo de inserção das ações de educação permanente em saúde no PMS de Natal.

1. O (a) senhor (a) considera que as metas dos Planos Municipais de Saúde contemplam as diretrizes da PNEPS? Por quê?

2. Existe um documento que explicite a Política Municipal de Educação Permanente em Saúde? Sim ou não? (se não, o que impediu a construção? - pular para 6)

3. Como este documento foi construído?

4. Foram consideradas as diretrizes da PNEPS na construção deste documento?

5. Como se deu a construção do Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde?

6. Os trabalhadores em geral participam da elaboração das ações de educação permanente? Quais setores se articulam para esta elaboração?

7. O (a) senhor (a) considera que há pessoal suficiente para desenvolver as ações propostas na PAS?

8. Os recursos financeiros destinados às ações de educação permanente são suficientes?

9. Há articulação entre a ASPLAN e o SEPAES para a efetivação da política municipal de educação permanente? Se sim, como se dá essa articulação?

10. (Caso não haja) Que dificuldades são geradas por essa não articulação para o desenvolvimento das ações de educação permanente?

11. Quais as maiores fragilidades para a condução e execução das ações de EPS?

12. Quais processos de educação permanente que o município desenvolve isoladamente ou em conjunto com outros municípios e/ou estado?

13. O município promove espaços de participação e articulação dos movimentos de educação popular em saúde na discussão da formação dos profissionais de saúde?

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14. Qual a articulação política do município com as várias instituições formadoras da área da saúde?

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ANEXOS

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Referências

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