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A ações de Educação Permanente em Saúde na SMS/Natal, ainda que incipientes em sua execução, são pensadas de forma descentralizada dentro da gestão central da secretaria, de modo que durante o planejamento dos instrumentos de gestão, os departamentos da SMS articulam-se e programam suas necessidades de formação.

Outrossim, é a inserção dos profissionais da assistência à saúde dentro deste planejamento, para que o produto resultante dele seja realmente condizente com a realidade do serviço. Atualmente, esta inserção vem sendo remodelada com as oficinas de planejamento, em que a presença de todos os atores chaves da SMS/Natal é requisitada.

Esta forma de planejar fortalece a Política Municipal de Educação Permanente em Saúde, ao tempo que insere nos seus planos diretivos ações estratégicas de formação. Todavia, mesmo sendo um planejamento multiparticipativo, ainda precisa ser readequado, visto que por vezes encontra-se aquém da realidade do serviço e não utiliza o Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde como matriz norteadora da condução da EPS no município.

Sob a ótica desta autora, compreender o planejamento das ações voltadas à educação permanente e a forma como estas estão inseridas nos instrumentos de gestão do município, possibilitou vislumbrar quais espaços de gestão estavam fragilizados e subsidiar discussões que objetivassem remodelar a realidade encontrada e aproximar-se daquela que se espera ser ideal.

Nessa perspectiva, é sabido também que gerir as políticas de saúde no Brasil, principalmente na última década, tem sido um desafio para os gestores do SUS. Entretanto, fortalecer as políticas de saúde já existentes e comprovadamente eficazes para o serviço e atenção à saúde, como a de Educação Permanente em Saúde, é fortalecer toda a estrutura coordenadora da saúde publica local, que neste caso, trata-se da SMS/Natal.

Portanto, é fundamental promover, estruturar e assegurar a Educação Permanente em Saúde no município, tendo como prerrogativa sua importância para o empoderamento científico do trabalhador em saúde, e para a ampliação dos horizontes da Secretaria Municipal de Saúde de Natal.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE APÊNDICE A - ROTEIRO PARA ENTREVISTA

Compreendendo o processo de inserção das ações de educação permanente em saúde no PMS de Natal.

1. O (a) senhor (a) considera que as metas dos Planos Municipais de Saúde contemplam as diretrizes da PNEPS? Por quê?

2. Existe um documento que explicite a Política Municipal de Educação Permanente em Saúde? Sim ou não? (se não, o que impediu a construção? - pular para 6)

3. Como este documento foi construído?

4. Foram consideradas as diretrizes da PNEPS na construção deste documento?

5. Como se deu a construção do Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde?

6. Os trabalhadores em geral participam da elaboração das ações de educação permanente? Quais setores se articulam para esta elaboração?

7. O (a) senhor (a) considera que há pessoal suficiente para desenvolver as ações propostas na PAS?

8. Os recursos financeiros destinados às ações de educação permanente são suficientes?

9. Há articulação entre a ASPLAN e o SEPAES para a efetivação da política municipal de educação permanente? Se sim, como se dá essa articulação?

10. (Caso não haja) Que dificuldades são geradas por essa não articulação para o desenvolvimento das ações de educação permanente?

11. Quais as maiores fragilidades para a condução e execução das ações de EPS?

12. Quais processos de educação permanente que o município desenvolve isoladamente ou em conjunto com outros municípios e/ou estado?

13. O município promove espaços de participação e articulação dos movimentos de educação popular em saúde na discussão da formação dos profissionais de saúde?

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14. Qual a articulação política do município com as várias instituições formadoras da área da saúde?

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ANEXOS

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