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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. DALTON MILLAN MARSOLA. MAPEAMENTO. E. CARACTERIZAÇÃO. DE. FERRAMENTAS. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS. SÃO BERNARDO DO CAMPO 2008. DE.

(2) 1. DALTON MILLAN MARSOLA. MAPEAMENTO. E. CARACTERIZAÇÃO. DE. FERRAMENTAS. DE. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Administração da Universidade Metodista de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre.. Orientador: Prof. Dr. Otávio Próspero Sanchez. SÃO BERNARDO DO CAMPO 2008.

(3) 2. DALTON MILLAN MARSOLA. MAPEAMENTO. E. CARACTERIZAÇÃO. DE. FERRAMENTAS. DE. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Administração da Universidade Metodista de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre.. Orientador: Prof. Dr. Otávio Próspero Sanchez Data da Aprovação : ____/____/____. Banca Examinadora:. Prof. Dr. Otávio Próspero Sanchez Orientador Universidade Metodista de São Paulo. ________________________. Prof. Dr. Felipe Zambaldi Examinador Interno Universidade Metodista de São Paulo. _________________________. Prof. Dr. Cesar Alexandre de Souza Examinador Externo Universidade de São Paulo - USP. _________________________.

(4) 3. AGRADECIMENTOS. Primeiramente agradeço a Deus pela vida. Aos meus pais Sr. Wanderley Marsola e Maria Luiza Millan Marsola, ao meu tio Waldir Marsola e a minha “sogrinha” Dona Solange Catarina, que acreditaram na conclusão deste curso, importante etapa da minha vida. À todos os Professores da UMESP que ajudaram na conclusão este trabalho. Especialmente aos Professores. Dr. César Alexandre de Souza e Dr. Otávio Próspero Sanchez, que indicaram o caminho, e graças a eles este trabalho chegou ao seu final. Ao Sr. José Antonio N. Xavier (in memorian) da HST- Higiene do Trabalho que disponibilizou as empresas para a realização da pesquisa. Para todos os colegas do curso, pelo companheirismo e ensinamentos. Em Especial a Minha futura esposa Vivian Uliana, que sempre com um belo sorriso no rosto me deu forças e manteve-se ao meu lado quando mais precisei..

(5) 4. RESUMO. Nos últimos tempos a utilização da Tecnologia da Informação tem-se tornado uma regra, principalmente em aplicações como na Gestão da Cadeia de Suprimentos, onde a informação passou a fazer parte do elo entre as empresas que integram esta Cadeia. A combinação de diferentes tecnologias tornou isso possível, pois empresas utilizam a Tecnologia da Informação de maneira diversificada, visando tirar melhor proveito dessa tecnologia. O presente Trabalho tem como objetivo mapear e caracterizar as diferentes Tecnologias da Informação utilizadas na Gestão da Cadeia de Suprimentos e determinar os principais fatores que as levaram a utilizar esta tecnologia. Identificou-se as principais Tecnologias da Informação normalmente encontradas na Gestão da Cadeia de Suprimentos, bem como um modelo teórico foi construído. A partir do modelo teórico desenvolveu-se um instrumento de pesquisa do tipo survey.. Utilizou-se também a prova Q de Cochran para avaliar se há diferenças na utilização da tecnologia da informação entre os diferentes tipos de empresas e apresentar os fatores que levaram as empresas a utilizarem a Tecnologia da Informação. Palavras-Chave: Tecnologia da Informação, Gestão da Cadeia de Suprimentos.

(6) 5. ABSTRACT. Since the last years the utilization of the information technology has became a rule, especially in application like the supply chain management where the information has been the link between the companies who integrates the chain. The combination of different information technologies made it possible. Companies use the information technology in different ways, looking for the best benefit of it. The following work has the objective of mapping and characterizing the different information technologies used on the supply chain management and detects the principal sources that lead them to use this technology. The main information technology normally used in the supply chain management has been indentified and the theory model has been constructed. From the theory model developed an instrument of research of the type survey. The prove of q cochran has been used to evaluate if there are differences on the utilization of the information technology between the different types of companies and present the facts that make the companies use the information technology. Keywords: Information Technology, Supply Chain Management.

(7) 6. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Primeira Fase: Atuação Segmentada............................................. 18. Figura 2 – Segunda Fase: Integração Rígida....................................................... 19. Figura 3 – Terceira fase: Integração Flexível....................................................... 20. Figura 4 – A Rede Logística................................................................................. 23. Figura 5 – Sistema de Valor................................................................................. 26. Figura 6 – Tipo de Sistemas de Informação....................................................... 31. Figura 7 – Mapa da TI na Cadeia de Suprimentos............................................... 37. Figura 8 – Mapa de Aplicativos de Sistemas........................................................ 52. Figura 9 – Desenho da Pesquisa......................................................................... 54. Figura 10 – Etapas do Desenvolvimento do Instrumento de Pesquisa................ 55. Figura 11 – Mapa da Tecnologia da Informação na Cadeia de Suprimentos...... 86.

(8) 7. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Distribuição dos Sistemas de Informação na Cadeia de Suprimentos.......................................................................................................... 64. Gráfico 2 – Tipos de Relatórios Emitidos pelos Sistemas de Informação na Cadeia de Suprimentos........................................................................................ 65. Gráfico 3 – Decisão de Utilização dos Sistemas de Informação na Cadeia de Suprimentos.......................................................................................................... 66. Gráfico 4 – Distribuição dos Sistemas de Informação Utilizados por Empresas Fabricantes........................................................................................................... 68. Gráfico 5 – Distribuição dos Relatórios dos Sistemas de Informação Utilizados pelos Fabricantes................................................................................................. 69. Gráfico 6 – Distribuição da Decisão de Utilização dos Sistemas de Informação pelos Fabricantes................................................................................................. 69. Gráfico 7 – Distribuição dos Sistemas de Informação utilizados por Empresas Distribuidoras na Cadeia de Suprimentos............................................................ 70. Gráfico 8 – Distribuição dos Relatórios dos Sistemas de Informação Utilizados pelos Fabricantes................................................................................................ 71. Gráfico 9 – Distribuição da Decisão de Utilização dos Sistemas de Informação por Empresas Distribuidoras................................................................................ 71. Gráfico 10 – Distribuição dos Sistemas de Informação Utilizados por Empresas Varejistas na Cadeia de Suprimentos................................................. 72. Gráfico 11 – Distribuição dos Relatórios dos Sistemas de Informação Utilizados pelos Varejistas.................................................................................... 73. Gráfico 12 – Distribuição da Decisão de Utilização dos Sistemas de Informação por Empresas Varejistas.................................................................... 73. Gráfico 13 – Distribuição dos Sistemas de Informação Utilizados por Empresas Varejistas na Cadeia de Suprimentos................................................. 74. Gráfico 14 – Distribuição dos Relatórios dos Sistemas de Informação Utilizados por Transportadoras............................................................................. 75. Gráfico 15 – Distribuição da Decisão de Utilização dos Sistemas de Informação por Empresas Transportadoras........................................................ Gráfico 16 – Distribuição dos Sistemas de Informação Utilizados por. 75.

(9) 8. Empresas Distribuidoras na Cadeia de Suprimentos........................................... 76. Gráfico 17 – Distribuição dos Relatórios dos Sistemas de Informação Utilizados por Clientes.......................................................................................... 77. Gráfico 18 – Distribuição da Decisão de Utilização dos Sistemas de Informação por Empresas Transportadoras......................................................... 77. Gráfico 19 – Mapa da TI para Empresas tipo Fornecedores................................ 79. Gráfico 20 – Mapa da TI para Empresas tipo Fabricantes................................... 80. Gráfico 21 – Mapa da TI para Empresas tipo Distribuidor.................................... 81. Gráfico 22 – Mapa da TI para Empresas tipo Varejistas...................................... 82. Gráfico 23 – Mapa da TI para Empresas tipo Varejistas...................................... 82. Gráfico 24 - Mapa da TI para Empresas tipo Clientes.......................................... 84. Gráfico 25 – Sistemas de Informação que auxiliam na redução de custos.......... 87. Gráfico 26 - Sistemas de Informação que auxiliam na redução de prazos.......... 87. Gráfico 27 - Sistemas de Informação que auxiliam na Coordenação.................. 88. Gráfico 28 - Sistemas de Informação que dão auxiliam na competitividade........ 89. Gráfico 29 - Sistemas de Informação que auxiliam na Integração....................... 90. Gráfico 30 - Sistemas de Informação que aumento a flexibilidade...................... 90.

(10) 9. LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Primeira Parte.................................................................................... 57. Quadro 2 – Segunda Parte................................................................................... 58. Quadro 3 – Terceira Parte.................................................................................... 59. Quadro 4 – Distribuição das Empresas Divididas na Principal Atividade............. 62. Quadro 5 – Distribuição dos Relatórios Apresentados pelas Empresas Fornecedoras........................................................................................................ 67. Quadro 6 – Freqüência das Respostas da Terceira Parte do Questionário......... 78.

(11) 10. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12 1. OBJETIVO GERAL ...............................................................................................14 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................14 3. CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO......................................................................14 4. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................15 1. A CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN)..............................................16 1.1. DA LOGÍSTICA À GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS..........................16 1.2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ...................................................................................17 1.3. DEFINIÇÕES DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS..............................................21 1.4. OBJETIVO DA GESTÃO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS ..............................23 1.5. FASES DE DECISÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ...................................24 1.6. DIMENSÕES DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS...........................25 1.7. CADEIA DE VALOR E SISTEMAS DE VALOR .................................................25 2. A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A SUA UTILIDADE PARA A CADEIA DE SUPRIMENTOS ........................................................................................................28 2.1. INFORMAÇÃO, DADOS E CONHECIMENTO...................................................28 2.2. CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO...........................................................28 2.3. GESTÃO DA INFORMAÇÃO .............................................................................30 2.4. A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)...........................................................30 2.5. DIFERENTES TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.................................31 2.6. CADEIA DE SUPRIMENTOS E TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO ..................32 2.6.1. O USO DA INFORMAÇÃO EM UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS ...............32 2.7. E-SUPPLY CHAIN .............................................................................................33 2.8. O EFEITO CHICOTE (THE BULL-WHIP EFFECT)............................................34 2.9. METAS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ..................................................................................................................................35 2.10. ANÁLISE DO MAPA DE TI...............................................................................37 2.11. INFRA-ESTRUTURA E APLICAÇÕES DE TI NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ..................................................................................................................................38 2.12. TENDÊNCIAS DE INVESTIMENTO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ...........38 3. OS TIPOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADOS NA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ...................................................................................40 3.1. O PASSADO – SISTEMAS LEGADOS ..............................................................41 3.2. O PRESENTE – PLANEJAMENTO DOS RECURSOS DA EMPRESA (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING – ERP) E APLICATIVOS ANALÍTICOS ...42 3.2.1. ENTERPRISE RESOURCE PLANNING – ERP..............................................42 3.2.2. APLICATIVOS ANALÍTICOS...........................................................................43 3.3. CÓDIGO DE BARRAS .......................................................................................44 3.4. DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR – CAD ......................................45 3.5. BUSINESS INTELLIGENCE – BI .......................................................................45 3.6. INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS – EDI.............................................45 3.7. RASTREAMENTO DE FROTAS COM TECNOLOGIA GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM) ..........................................................................................47 3.8. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO AVANÇADA - APS OU SISTEMAS DE PLANEJAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS - SCP.............47.

(12) 11. 3.9. SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE – AQC ...........47 3.10. SISTEMA DE EXECUÇÃO DA MANUFATURA – MES ...................................48 3.11. VENDOR MANAGED INVENTORY - VMI........................................................48 3.12. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE TRANSPORTES – TMS......................48 3.13. SISTEMA DE GESTÃO DE ARMAZÉM – WMS ..............................................49 3.14. SISTEMA DE GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES – CRM ...50 3.15. SISTEMA DE GESTÃO DE DADOS DE PRODUTOS – PDM .........................50 3.16. IDENTIFICAÇÃO POR RÁDIO FREQÜÊNCIA – RFID....................................51 3.17. SISTEMA DE PREVISÃO DE DEMANDA – DFS ............................................51 3.18. SISTEMA DE INFORMAÇÃO BASEADO NA INTERNET – WIS.....................51 3.19. OS SISTEMAS NO MAPA DA TI .....................................................................52 4. METODOLOGIA ...................................................................................................53 4.1. MODELO DE PESQUISA...................................................................................53 4.2. MÉTODO DA PESQUISA ..................................................................................54 4.3. PESQUISA SURVEY .........................................................................................55 4.4. POPULAÇÃO E AMOSTRA ...............................................................................61 5. ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................63 5.1. DISTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ........................................................................................................63 5.2. APRESENTAÇÃO DOS DADOS .......................................................................64 5.3. TIPOS DE RELATÓRIOS APRESENTADOS PELOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ..........................................................................................................65 5.4. DECISÃO DE UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ....................66 5.5. FORNECEDORES .............................................................................................67 5.6. FABRICANTES ..................................................................................................68 5.7. DISTRIBUIDOR..................................................................................................70 5.8. VAREJISTAS .....................................................................................................72 5.9. TRANSPORTADORAS ......................................................................................74 5.10. CLIENTES........................................................................................................76 5.11 DISTRIBUIÇÃO DA APLICABILIDADE ESTRATÉGICA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS.....................................................78 6. RESULTADOS......................................................................................................79 6.1. DISTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÂO .......................................79 6.2. MAPA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ..................................................................................................................................85 6.3. APLICABILIDADE ESTRATÉGICA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS....................................................................................86 7. CONCLUSÃO .......................................................................................................92 8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .....................................................................95.

(13) 12. INTRODUÇÃO. As organizações, a fim de adaptarem-se ao mercado que está em transformação, estão em constante mudança devido a fatores como: a evolução da economia, a globalização, a exigência de produtos mais complexos e serviços especializados. Segundo Christopher (2001) a cadeia de suprimentos representa muito mais do que somente a logística, a cadeia de suprimento engloba as relações de uma rede de organizações através dos diferentes processos e atividades. “[...] A capacidade gerada por essa cadeia permite a especialização de atividades, para cada organização que faz parte da cadeia, de modo a trazer redução nas operações, seja em tempo ou em custo. Tudo isso tendo como base a infra-estrutura de TI e um rico fluxo de informação. O fluido que movimenta essa cadeia é a informação. No ajuste ideal do tráfego de informação entre a empresa e os fornecedores, ter-se-á um fornecimento de insumos adequado em tempo e em custo. Com a informação básica do lado do cliente, a empresa poderá competir, tendo a noção das necessidades e preferências dos consumidores dos seus produtos, possibilitando a entrega em tempo e com características exigidas (ou esperadas).” (COHEN, 2002).. Com a introdução da Gestão de Cadeias de Suprimentos, a informação passou a ter um importante papel, onde a competitividade passou a ser entre as Cadeias de Suprimentos e não entre as empresas isoladamente, maximizando os potenciais de sinergia para ter melhor eficiência nos resultados (PIRES, 1998). Frente a isso a Tecnologia da Informação usualmente é aplicada para ligar os diferentes tipos de organizações que integram a Cadeia de Suprimentos composta por fornecedores, fabricantes, distribuidores, varejistas e clientes (CHOPRA e MEINDL, 2004). O controle e a administração dessas Cadeias tornaram-se os focos mais importantes para os Gestores, pois as operações na sua organização dependem diretamente dos prazos e custos das operações do seu antecessor na cadeia de suprimentos..

(14) 13. Diante desse aspecto, surgiu a proposta deste projeto de pesquisa, focado na utilização da Tecnologia da Informação na Gestão da Cadeia de Suprimentos, que é mapear e caracterizar as ferramentas utilizadas na Gestão da cadeia de Suprimentos. Atualizar o mapeamento das tecnologias da informação na cadeia de suprimentos torna-se uma ferramenta essencial para a utilização desta tecnologia, pois revela as interações dos sistemas para se obter o melhor aproveitamento na decisão de utilização dos mesmos. A estrutura deste trabalho está baseada na idéia da evolução da Tecnologia da Informação com a necessidade de melhor adequar a gestão da cadeia de suprimentos as reais necessidades das empresas, explanando a evolução do conceito Gestão da Cadeia de Suprimentos, a evolução histórica que levou a necessidade de sua criação e gestão. A necessidade da utilização de ferramentas de TI na cadeia de suprimentos aumentou gradativamente de acordo com o aumento da utilização da internet, com a maior complexidade dos produtos e com o maior número de fabricantes e importadores. Seguindo este raciocínio lógico a necessidade para o bom entendimento há a descrição do conceito da Tecnologia da Informação – TI, os conceitos de informação e dados e como a Tecnologia da Informação podem ser utilizados na cadeia de suprimentos, apresentando diferentes tipos de sistemas de informação e sua classificação na Cadeia de Suprimentos. Seguido da apresentação dos sistemas referenciados na literatura que serão caracterizados em relação a sua utilização. Toda essa abordagem da base à metodologia adotada para a análise desta pesquisa, que se configura como quantitativa, assim segue a definição dos instrumentos de pesquisa e da amostragem a ser estudada. Após a definição da abordagem metodológica, são apresentados: o resultado obtido, focado nos diferentes tipos de organização; os dados de utilização e aplicação dos Sistemas de Informação na Cadeia de Suprimentos..

(15) 14. Assim baseado nos dados citados acima, tem-se a concepção do mapa das tecnologias da Informação utilizado na Cadeia de Suprimentos e o que leva a decisão de utilização dos sistemas. E por fim a apresentação das conclusões obtidas após a análise dos dados, os estudos futuros, as limitações da pesquisa e a bibliografia pesquisada para a realização deste trabalho. 1. OBJETIVO GERAL Determinar as principais características das Tecnologias da Informação que são utilizadas na Gestão da Cadeia de suprimentos e mapear quais os sistemas utilizados, conforme a sua aplicação na Gestão da Cadeia de Suprimentos. Este estudo foi feito nas empresas do Estado de São Paulo. 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Identificar os sistemas utilizados em relação ao mapa da TI de sistemas analíticos conforme a Chopra e Meindl; 2. Verificar se o referido mapa é adequado para classificar todos os sistemas encontrados, incluindo a visão sobre níveis de sistemas gerenciais conforme Laudon e Laudon. 3. Identificar os fatores que levam as empresas a utilizarem a Tecnologia da Informação na gestão da cadeia de suprimentos.. 3. CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO. Do ponto de vista de criação de teoria Goode e Hatt, (1977), pretende-se aplicar este estudo tanto para verificação do referencial teórico, já consolidado, como para ampliar o quadro teórico por meio das contribuições citadas a seguir..

(16) 15. As principais contribuições deste trabalho resumem-se na apresentação de como está sendo utilizado a Tecnologia da Informação pelas empresas, e os fatores que levam a esta utilização.. 4. JUSTIFICATIVA A justificativa do tema deste trabalho baseia-se na constatação do crescimento do uso da TI nas organizações, especificamente na gestão de cadeia de suprimentos, segundo Christopher (2001) as empresa de classe mundial tem revisado seu foco de atuação, possibilitando o surgimento de fontes de fornecimento mundial e ajudando a globalização. É possível que as organizações apliquem a tecnologia nessa função de maneira específica atendendo aos requisitos da atividade. Não se tem conhecimento, entretanto, que essa utilização tenha sido acompanhada por estudos mapeando como as organizações aplicam os sistemas; se essa automatização tem ocorrido de maneira padronizada; e qual o estágio de maturidade em que as empresas estão quanto a aplicação de tecnologia e na gestão de cadeia de suprimentos..

(17) 16. 1. A CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN) 1.1. DA LOGÍSTICA À GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS. Para desenvolver-se a compreensão do conceito de Gestão de Cadeia de suprimentos (Supply Chain Management – SCM), é necessário entender sua origem, bem como um conceito mais antigo que ainda hoje é utilizado de forma sucinta, a Logística, de onde se originou a cadeia de suprimentos. A Logística está relacionada com estratégias de guerra que se refere ao planejamento e a realização de todas as ações necessárias ao atendimento das metas estratégicas, incluindo atividades como o armazenamento e transporte de materiais, construção, manutenção e prestação de serviços diversos. Na prática, a palavra logística ganhou diferentes significados, correspondendo a uma crescente amplitude de escopo. Uma das definições mais difundidas na área da gestão empresarial foi elaborada nos Estados Unidos segundo a qual Logística é: “[...] o processo de planejar, implementar e controlar, eficientemente e ao custo correto, o fluxo e a armazenagem de matérias-primas, os estoques durante a produção e os produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente”. Council Of Logistics Management (LUCHT 2004 p. 46).. A logística deve ser vista como a ligação entre o mercado e as atividades da empresa, cuida da harmonização dos fluxos desde a entrada de matéria-prima até a entrega do produto ao consumidor final. Cabe a ela facilitar as atividades necessárias a fim de que a empresa alcance níveis satisfatórios de prestação de serviço e qualidade. Portanto, a logística existe no nível do suprimento da organização, no processo produtivo, no nível das vendas e distribuição e ressalta que tudo deve funcionar harmoniosamente, no tempo e local, na adequação dos equipamentos, na.

(18) 17. qualificação de pessoal e, principalmente, pelo menor custo, objetivando otimização de resultados. (CHOPRA e MEINDL, 2004). O conceito mais amplo da logística empresarial como é compreendido atualmente, decorreu da evolução e adoção de sistemas de gestão de estoques, a exemplo do just-in-time (atender ao cliente interno ou externo no momento exato de suas requisições, com as quantidades necessárias para a operação/produção, mantendo assim um estoque mínimo). Nessa linha, surgiu a gestão de cadeia de suprimentos (Supply Chain Management).. 1.2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA. Segundo Novaes (2001), o processo de evolução da logística pode ser dividido em quatro fases:. •. Primeira Fase: Atuação Segmentada Iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, na qual a indústria procurou. preencher importantes lacunas de demanda existentes no mercado consumidor, principalmente com automóveis, eletrodomésticos e bebidas. No entanto, não havia uma diversidade de marcas, modelos, sendo grande parte dos produtos padronizados. Neste processo a manufatura produz um determinado produto e coloca o lote produzido no estoque do depósito da fábrica. À medida em que o centro de distribuição, atacadistas ou grandes varejistas, necessita do produto, os pedidos são encaminhados ao fabricante, sendo atendidos com o estoque da fábrica. Esse estoque atua como um pulmão entre a manufatura os depósitos e centros de distribuição, balanceando o fluxo da cadeia de suprimentos. Muitos varejistas, por sua vez, colocam os seus pedidos junto aos centros de distribuição e aos atacadistas. Os estoques nesses locais servem assim de pulmão entre os depósitos e as lojas de varejo. Entretanto, não existe um sofisticado sistema de informação.

(19) 18. disponível. As empresas baseiam suas operações na manutenção de estoques elevados, elementos-chave no balanceamento da cadeia de suprimentos, para atenderem uma base significativa de clientes conforme a figura 1.. Figura 1- Primeira Fase: Atuação Segmentada. Fonte: NOVAES (2001). •. Segunda Fase: Integração Rígida A segunda fase é marcada pela ampliação do portifólio de produtos. disponíveis para o consumo (mais cores, diferentes tipos e acabamentos inovadores). Isso tornou-se possível devido a flexibilidade nos processos da manufatura, possibilitando assim maior variedade sem aumento significativo nos custos de fabricação. A maior variedade de produtos ocasionou um considerável aumento dos estoques ao longo da cadeia produtiva. Este excesso forçou, na seqüência, uma maior racionalização dos recursos empregados ao longo da cadeia com o objetivo principal de reduzir custos financeiros e aumentar a eficiência. Não se pode omitir que outros dois fatores também contribuíram significativamente para que esta transformação se consolidasse. O primeiro é atribuído aos efeitos benéficos da introdução da informática nas operações das empresas, permitindo o tratamento mais sofisticado de uma série de problemas empresariais. O segundo fator foi à crise do petróleo, no início da década de 70, que fez com que os custos de transporte e de distribuição de produtos também sofressem reajustes..

(20) 19. Os elementos chaves para a racionalização foram à otimização e o planejamento de atividades integrando outros setores da empresa, bem como fornecedores e clientes. Contudo, embora este novo processo permitisse uma maior racionalização das operações empresariais, nesta época a manufatura exercia um grande poder na indústria, sendo o planejamento da produção realizado e implementado pelo setor fabril seguindo os seus próprios critérios e objetivos sem consultar as demais áreas da empresa. Este modelo gerava estoques excessivos em toda a cadeia de suprimentos. Novaes (2001), relata que esta segunda fase da logística iniciou a busca da racionalização integrada da cadeia de suprimentos, conforme figura 2, porém, ainda muito rígida não permitindo correções dinâmicas do planejamento ao longo do tempo.. Figura 2 - Segunda Fase: Integração Rígida. Fonte: NOVAES (2001). •. Terceira Fase: Integração Flexível Esta fase começou no fim da década de 1980 e ainda vem sendo implantada. por muitas empresas. Ela é caracterizada pela interação dinâmica e flexível entre os elos da cadeia de suprimento, feita dois a dois, tanto no nível interno quanto nas relações inter empresariais. Nesta fase, alavancada pela evolução na plataforma de TI, o intercâmbio de informações entre os dois elementos da cadeia passa a ser realizado via eletrônica, agilizando os processos e flexibilizando a programação, permitindo ajustes freqüentes..

(21) 20. Nesta fase a empresa tem maior preocupação com a satisfação plena do cliente, entendendo que não é somente o consumidor final, mas também todos os elementos intermediários da cadeia. A figura 3 demonstra que o processamento de materiais ao longo da cadeia produtiva, nas várias etapas, agrega valor ao produto, e que o custo financeiro de estoque tende a crescer exponencialmente. Surge, portanto, o rígido controle destes custos sob pena de se ter à competitividade muito reduzida.. Figura 3 - Terceira Fase: Integração Flexível. Fonte: NOVAES (2001). •. Quarta Fase: Integração Eestratégica Na quarta e última fase, as empresas passam a tratar a questão logística de. forma estratégica, ou seja, em lugar de otimizar pontualmente as operações, focalizando os procedimentos logísticos como meros geradores de custo, os elos da cadeia de suprimento passam a trabalhar mais próximos, trocando informações, antes consideradas confidenciais, e formando parcerias. A logística passa, portanto, a ser usada como elemento de caráter estratégico, em busca da ampliação dos mercados existentes e da prospecção de novos. A fronteira entre empresas, em alguns casos, já não é tão nítida como nas etapas anteriores havendo, aí, uma interpenetração de operações entre estes elos da cadeia. Nesta fase, ao mesmo tempo em que se objetiva a redução de estoques e maior qualidade do serviço logístico, a competição entre as empresas, no novo ambiente globalizado de negócios, passa também a exigir custos reduzidos e prazos curtos no ciclo do pedido..

(22) 21. Para atingir tais objetivos com condições de contorno antagônicas, as organizações lançam mão, em larga escala, da Tecnologia de Informação, concentrando-se nas atividades que buscam parcerias com fornecedores e clientes, onde os fornecedores não entregam simplesmente seus componentes na fábrica, mas participam do processo de fabricação, montando seus componentes e trabalhando em células na linha principal. O viabilizador desta operação é a integração dos sistemas de informação das empresas. (PIRES, 1998) Iniciando a Gestão da Cadeia de Suprimentos, Novaes (2001), caracteriza os seguintes aspectos na quarta fase da evolução da Logísticaos: 1. Ênfase na satisfação plena do consumidor final; 2. Formação de parcerias entre fornecedores e clientes, ao longo da cadeia de suprimento; 3. Abertura entre parceiros, possibilitando acesso mútuo às informações operacionais e estratégicas; e 4. Aplicação de esforços de forma sistemática e continuada, com o intuito de adicionar o máximo valor para o consumidor final e de eliminar os desperdícios, reduzindo, conseqüentemente, os custos e aumentando a eficiência.. 1.3. DEFINIÇÕES DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS. Baseando-se no que foi proposto por Novaes (2001), uma cadeia de suprimentos engloba todos os estágios diretos e indiretos no atendimento de um pedido de um cliente. Não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes. O termo “cadeia de suprimentos”, ainda representa produtos ou suprimentos que se deslocam ao longo da seguinte cadeia: fornecedores, fabricantes, distribuidores, lojistas e clientes. (CHOPRA E MEINDI 2004)..

(23) 22. Segundo Turban, Mclean e wetherbe (2004), o conceito de cadeia de suprimentos trata-se do fluxo entre fornecedores, fabricantes, armazéns e clientes, ou seja, toda e qualquer movimentação entre os processos da empresa de materiais,informações etc. Ainda segundo Chopra e Meindi (2004), o termo também infere que apenas um responsável é envolvido em cada estágio. Na realidade um fabricante pode receber. material. de. diversos. fornecedores. e. depois. abastecer. diversos. distribuidores, portanto, a maioria das cadeias de suprimento é na verdade composta por redes. Uma cadeia de suprimentos típica pode envolver vários estágios. clientes, varejistas, atacadistas distribuidores, fabricantes de peças e de matéria-prima. Uma abordagem mais objetiva e detalhada é a proposta por Simchi-Levi, Kaminsky e Simchi-Levi (2003). em uma cadeia de suprimentos, as matérias-primas são adquiridas, os itens são produzidos em uma ou mais fábricas, transportados para depósitos para armazenamento temporário e, então, despachados para varejistas e clientes. A cadeia de suprimentos, também referenciada como rede logística é constituída por: fornecedores, centros de produção, depósitos, centro de distribuição e varejistas, e ainda por matéria-prima, estoques de produtos em processo e produtos acabados que fluem entre as instalações, conforme figura 4..

(24) 23. Figura 4 - A Rede Logística. Fonte: SIMCHI-LEVI, KAMINSKY E SIMCHI-LEVI (2003).. Apesar das propostas apresentadas estarem parecidas nos aspectos de funcionalidade, a visão apresentada por Chopra e Meindi (2004), será adotada nesta pesquisa, pois é a que apresenta aspectos direcionados para a utilização da tecnologia da Informação, diferentemente da proposta dos outros autores, que apresentam foco mais estratégico em relação a gestão da cadeia de suprimentos.. 1.4. OBJETIVO DA GESTÃO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS. Segundo Chopra e Meindl (2004), o valor gerado por uma cadeia de suprimentos é a diferença entre o valor do produto final para o cliente e o esforço realizado pela cadeia de suprimentos para atender ao seu pedido. Para a maioria das cadeias de suprimentos comerciais o valor estará fortemente ligado à lucratividade que é a diferença entre a receita gerada pelo cliente e o custo total no.

(25) 24. decorrer da cadeia de suprimentos. Por outro lado, à lucratividade é o lucro total a ser dividido pelos elos desta cadeia. O sucesso da cadeia de suprimentos deve ser mensurado em termos de lucratividade da cadeia inteira e não com base nos lucros de um estágio isolado. Segundo Fleury (1999), a diminuição de custos, a evolução das tecnologias de informação e de telecomunicações, tem feito com que a gestão da cadeia de suprimentos seja um grande diferencial competitivo. Bowersox e Closs (2001, citam que o conceito de custo total é o mesmo que o de custo ligado à integração das atividades de gestão de cadeia de suprimentos. Isto é, o conceito de gestão de cadeia de suprimentos de forma integrada tem como base à analise do custo total, transporte, armazenagem, inventário e sistemas de processamento de pedido. 1.5. FASES DE DECISÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS. O gerenciamento da cadeia de suprimentos exige diversas decisões relacionadas ao fluxo de informações, de produtos e monetários que se encaixam em três fases (CHOPRA; MEINDL, 2004): 1.. A estratégia ou projeto da cadeia de suprimentos, onde, a empresa decide como estruturar a cadeia de suprimento determinando qual será a configuração da cadeia e que processos cada estágio deverá desempenhar. As decisões incluem: local; capacidade de produção e das instalações para armazenagem; produtos a serem armazenados ou estocados em diversos locais; meios de transporte a serem disponibilizados de acordo com diferentes turnos de expedição e o tipo de sistema de informação que será adotado;. 2. O planejamento da cadeia de suprimento, onde as empresas definem um conjunto de políticas operacionais que lideram as operações de curto prazo. Essa configuração estabelece restrições dentro das quais cada planejamento deve ser realizado incluindo decisões sobre quais mercados deverão ser.

(26) 25. supridos e de que locais, sobre a construção dos estoques, a terceirização da fabricação, as políticas de reabastecimento e estocagem a serem seguidas, as políticas que serão desempenhadas em relação aos locais de reserva e a periodicidade e dimensão das campanhas de marketing; 3. A operação da cadeia de suprimento, onde o período de tempo considerado aqui é semanal ou diário e durante essa fase as empresas tomam decisões sobre pedidos individuais de clientes. O objetivo dessa fase é implementar as políticas operacionais da melhor maneira possível. As empresas distribuem os pedidos individuais para estoque ou produção, determinam a data em que o pedido deverá ser atendido, geram inventários nos depósitos, adaptam o pedido a um meio de transporte ou expedição apropriados, organizam as entregas dos caminhões e encaminham os pedidos de reabastecimento.. 1.6. DIMENSÕES DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS. Segundo Costa (2005) as atividades da cadeia de suprimentos têm três principais dimensões: 1. Coordenação intrafuncional: é a administração das atividades e processos internos da função logística da empresa; 2. A coordenação interfuncional: são as atividades que ocorrem entre atividades de funções diferentes, entre logística e finanças, entre logística e produção, entre logística e marketing, etc. 3. A coordenação interorganizacional: são as atividades entre as empresas que compõem a cadeia de suprimentos.. 1.7. CADEIA DE VALOR E SISTEMAS DE VALOR. É apresentada por Porter (1985): Uma forma sistemática para o exame de todas as atividades executadas por uma empresa e como elas interagem. A Cadeia.

(27) 26. de valor desagrega uma empresa nas suas atividades de relevância estratégica, para que se possa compreender o comportamento dos custos e as fontes existentes e potenciais apresentado na figura 5.. Figura 5 – Sistema de Valor Fonte: PORTER (1985). Lucht (2004), define que é fundamental conhecer o contexto onde a cadeia de valor está inserida: normalmente, ela se encaixa em uma corrente maior de atividades denominada sistema de valores. Os fornecedores, que criam e entregam matéria-prima e usados em outra empresa, não só entregam um produto como também influenciam o desempenho dessa empresas. O produto de uma companhia torna-se, eventualmente, parte da cadeia de valor de seu comprador. A obtenção e a sustentação de uma vantagem competitiva dependem da compreensão não só da cadeia de valor de uma empresa, mas também do modo como a ela se enquadra no sistema de valores geral. Em termos competitivos, Porter (1985), define valor como o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa lhes fornece. O valor é medido pela receita total. Uma empresa é rentável, se o valor que ela impõe.

(28) 27. ultrapassa os custos envolvidos na criação, desenvolvimento e entrega do produto ao seu mercado consumidor e a margem é a diferença entre o preço e o custo. Lucht (2004), ainda cita que o modelo clássico da cadeia de valor apresenta que a informação é um componente de suporte às atividades que adicionam valor, e não uma fonte de valor em si mesma. Entretanto, algumas empresas desenvolveram iniciativas que contrariam esta proposta. Um exemplo interessante são as empresas de transporte de cargas, onde os clientes podem acompanhar o trajeto de suas encomendas em tempo real, criando valores a partir de informações disponibilizadas pela empresa..

(29) 28. 2. A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A SUA UTILIDADE PARA A CADEIA DE SUPRIMENTOS 2.1. INFORMAÇÃO, DADOS E CONHECIMENTO Um dado deve ter significado e utilidade para. tornar-se uma informação,. dependendo da utilidade e do contexto. Segundo O’Brien (2004), dados são fatos ou observações cruas, como imagens ou sons, que podem ser usados. Laudon e Laudon (2004), definem dados como sendo fatos brutos que representam eventos, antes de serem organizados e arranjados para serem utilizados. Um dado não tem nenhum valor se não tem um significado para um contexto isto é, um dado deve ter sentido para ser utilizado, deve responder uma questão. Drucker (2001) define informação como um conjunto de dados que possuem significado e utilidade. Pode-se definir conhecimento como a capacidade de interpretar e contextualizar a informação, dotando-a de significado. Por essa definição, pode-se entender que o conhecimento é uma característica inerentemente humana. Um processo que se pode chamar de aprendizagem, que depende da experiência pessoal pelo qual o indivíduo constrói uma estrutura mental permitindo a compreensão, incorporação e utilização daquele determinado fato para a tomada de decisões ou ainda elaboração de novas informações (SOUZA, 2004). 2.2. CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO. Para Chopra e Meindl (2004, p.342) “A informação é a chave para o sucesso de uma cadeia de suprimentos porque permite que a gerência tome decisões sobre o amplo escopo que abrange funções nas empresas”. A estratégia da cadeia de suprimentos é bem sucedida quando é vista como um todo e não como estágios individuais fragmentados maximizando o lucro total da cadeia, que eleva os lucros individualmente das empresas dessa cadeia. As informações necessárias para.

(30) 29. gerenciar uma cadeia de suprimentos podem ser divididas nos seguintes itens básicos: (CHOPRA e MEINDL 2004) 1. Informações do Fornecedor: que produtos podem ser comprados, a que preço e onde podem ser entregues. As informações do fornecedor incluem ainda a situação de pedido, as modificações e os modos de pagamento; 2. Informações de Fabricação: que produtos podem ser fabricados, em que quantidade, em quais instalações, a que custo e em lotes de que tamanho. 3. Informações de Distribuição e Varejo: o que deve ser transportado, de que lugar, em que quantidade, por qual meio, a que preço, quanto deve ser armazenado em cada localidade. 4. Informações sobre Demanda: quem está comprando o que, a que preço, onde e em que quantidade. As informações sobre demanda incluem ainda informações sobre previsão e distribuição de demanda. Alguns autores apontam as principais características que uma informação deve possuir para torná-la útil. Essas características são agrupadas em três principais dimensões: (O’BRIEN, 2004; CHOPRA e MEINDL, 2004). 1. Tempo: uma informação de qualidade deve ser fornecida quando necessária, e deve estar atualizada, disponível e poder retratar períodos passados, presentes ou futuros; 2. Conteúdo: a informação deve ser precisa, útil, específica (relevante), estar completa (íntegra), ou seja, toda a informação necessária deve ser fornecida, ter finalidade, ser íntegra e concisa; e 3. Forma: a informação deve ser clara, resumida ou detalhada, ser seqüencial e ter uma forma de apresentação (vídeo, impressa, numérica, gráfica). Para O’Brien (2004), tais características são essenciais para que se tenha uma informação de qualidade..

(31) 30. 2.3. GESTÃO DA INFORMAÇÃO Segundo McGee e Prusak (1994) e Davenport (2000) a gestão da informação é um conjunto estruturado de quatro atividades: como as empresas definem, obtêm, distribuem e utilizam a informação. 1. A definição consiste na identificação das necessidades e exigências de informações e envolve identificar como é percebida a informação. Esta é a etapa mais importante da gestão da informação. 2. A obtenção das informações consiste em explorar a informação, ou seja, buscar as informações que atendam às necessidades pré-definidas na etapa anterior, classificar a informação agrupando-as de forma a atender a estas necessidades e formatar estruturando-as. Para assegurar a qualidade da informação, deve-se observar as características das informações definidas na Seção (tempo, conteúdo e forma). 3. A distribuição da informação se refere às formas de comunicação e divulgação (compartilhamento) utilizadas, 4. O uso da informação que consiste na interpretação e utilização da informação que envolve também tarefas de análise do desempenho. As etapas apresentadas são etapas-chave da gestão da informação e, como em qualquer outro processo, podem variar de uma empresa para outra, conforme cita (DAVENPORT 2000).. 2.4. A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI). Para Turban, Mclean e Wetherbe (2004), a TI envolve todos os aspectos de computadores (hardware e software), sistemas de informação, telecomunicação e automação de escritórios. Uma boa definição de Tecnologia da informação é a citada por (SOUZA, 2004). “Assim, a TI engloba os computadores dos diversos portes e tamanhos (dos mainframes aos palmtop), os sistemas.

(32) 31. operacionais necessários ao funcionamento dos computadores, as linguagens de programação, os aplicativos de automação de escritórios, as tecnologias de armazenamento de dados (os sistemas bancos de dados e os sistemas de armazenagem física dos dados), as tecnologias de comunicação de dados (redes de pequena e longa distância e toda a tecnologia envolvida nessas redes, redes sem fio, a Internet), bem como dispositivos relacionados à coleta (leitores de códigos de barras, câmeras digitais, scanners e as recentes etiquetas RFID - radio frequence identification) e distribuição de informações (terminais de vídeo, painéis eletrônicos, alto-falantes) nos seus diversos tipos e formatos de maneira digital”. (SOUZA, 2004. P. 31).. 2.5. DIFERENTES TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Segundo Laudon e Laudon (2004), existem quatro principais tipos de sistemas que atendem aos diferentes níveis organizacionais conforme a figura 6:. Figura 6 - Tipo de Sistemas de Informação Fonte: Laudon e Laudon (2004). As definições propostas pelos autores são: 1. Sistemas do Nível Operacional: dão suporte aos gerentes operacionais, acompanhando atividades e transações elementares da organização. O.

(33) 32. principal propósito de um sistema desse nível é responder a perguntas de rotina e acompanhar o fluxo de transações pela organização; 2. Sistemas do Nível de Conhecimento: dão suporte aos trabalhadores do conhecimento e dados da organização. O propósito desses sistemas é auxiliar a empresa comercial a integrar novas tecnologias ao negócio e ajudar a organização a controlar o fluxo de documentos; 3. Sistema do Nível gerencial: atende as atividades de monitoração, controle, tomada de decisões e procedimentos administrativos dos gerentes médios. Os sistemas gerenciais têm a característica de produzir relatórios periódicos sobre as operações, em vez de informações instantâneas; 4. Sistema do Nível estratégico: ajuda a enfrentar questões estratégicas e tendências de longo prazo tanto na empresa quanto no ambiente externo. Sua principal preocupação é compatibilizar as mudanças do ambiente externo com a capacidade da organização.. 2.6. CADEIA DE SUPRIMENTOS E TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO. A Gestão da Cadeia de Suprimentos tem como base a eficiência da distribuição e o planejamento conjunto entre seus diversos participantes com o compartilhamento de informações. A tecnologia da informação é a principal ferramenta de melhoria, produtividade e competitividade na cadeia de suprimentos, aumentando a velocidade e a capacidade de transmissão da informação e, ao mesmo tempo, diminuindo seu custo. (BOWERSOX, CLOSS, 2001). 2.6.1. O Uso da Informação em uma Cadeia de Suprimentos. Segundo Chopra e Meindl (2004, p.345), a informação é utilizada para decisões sobre estoques, transporte e instalações na cadeia de suprimentos, como apresentamos aqui:.

(34) 33. 1. Estoque: incluem padrões de demanda, custos de manutenção de estoque, custos de esgotamento de estoque e custo de pedido; 2. Transporte: as decisões sobre redes de transporte (rotas, meios, remessas e fornecedores) exigem informações sobre custos, localizações dos clientes e tamanhos dos carregamentos para que sejam eficazes; 3. Instalações: a determinação da localização, capacidade e cronogramas de uma instalação requerem informações sobre as demandas, taxas de câmbio e impostos etc. 2.7. E-SUPPLY CHAIN Segundo Christopher (2001), as transformações econômicas globais que vêm ocorrendo na última década, colocaram finalmente o cliente onde sempre deveria ter estado, ou seja, no centro dos negócios. Assim sendo, deve-se procurar a melhor forma de satisfazê-lo. O e-Supply Chain é parte desta revolução e vêm ao encontro das mais rigorosas exigências do cliente. Esse modelo de cadeia de suprimento proporciona uma fabricação maleável e econômica. Para isto, utiliza informações digitais para movimentar rapidamente os produtos, desviando-os das dispendiosas etapas de distribuição e adaptando-os às constantes mudanças. Assim, é possível oferecer soluções sob medida, conectando inclusive os fornecedores e elevando o sistema operacional a um nível estratégico. A mesma revolução que os primeiros MRP (Material Requiriment Planning Planejamento das Necessidades de Materiais), MRPII (Manifacturing Resources Planning - Planejamento dos Recursos de Manufatura) e ERP (Enterprise Resources Planning - Planejamento de Recursos da Corporação) causaram dentro dos limites das organizações, será proporcionada pelo e-Supply Chain fora dos limites destas mesmas organizações. O que muitas empresas estão fazendo é lançar ferramentas dedicadas que automatizam e flexibilizam partes da cadeia de suprimentos. Dentre estas ferramentas podemos citar o EDI (Electronic Data Interchange – Troca Eletrônica de Informações), o Web EDI, o B2B (business-to-business negócios entre empresas), o B2C (business-to-consumer - negócios entre empresa e.

(35) 34. consumidor) e o CRM (Customer Relationship Management - Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente). Outra forma de implementar o e-Supply Chain para cadeia de organizações bem específicas, é através da criação de um site (endereço na Internet) dedicado. Assim, cada um dos participantes da cadeia tem acesso às informações que lhe dizem respeito devendo fornecer uma série de informações de sua responsabilidade, sob pena de perder a sua posição na cadeia, por força de contrato. Esta solução mostra-se bastante interessante, pois permite integrar grandes empresas com numerosas pequenas e médias empresas e, até mesmo com consumidores finais, como tem sido o caso dos grandes supermercados e outras redes de lojas.. 2.8. O EFEITO CHICOTE (THE BULL-WHIP EFFECT) Luch (2004), cita que um exemplo de problema associado à falta de coordenação na cadeia de suprimentos é o fenômeno da distorção da informação de demanda, que começou a ser estudado na década de 60 por Forrester, que chegou à seguinte conclusão: quando a demanda de um produto é transmitida ao longo de uma série de empresas, por meio de pedidos, a variação entre a demanda conhecida na empresa-cliente (a que envia o pedido) e a demanda conhecida na empresa-fornecedora (a que recebe o pedido) cresce a cada transferência. As causas do efeito chicote estão relacionadas com a estrutura de gestão descentralizada observada em grande parte das cadeias de suprimento, a qual nem sempre distribui a informação adequadamente a todos os elementos da cadeia (SIMCHI-LEVI; KAMINSKY; SIMCHI-LEVI, 2000). Ainda para Simchi-levi, Kaminsky e Simchi-levi (2000), são cinco os principais fatores que contribuem para o aumento da variabilidade: as técnicas de previsão de demanda, o lead time, os pedidos por lote, às flutuações de preço e os pedidos que são muito grandes (muito acima da média). Por outro lado, as alternativas que podem auxiliar na redução deste efeito maléfico são:.

(36) 35. 1. A redução da incerteza pela utilização de informações centralizadas de demanda; 2. A redução do lead time; 3. A integração dos processos e o fomento de relações colaborativas entre os elos da cadeia. 4. Possíveis. soluções. para. contornar. o. efeito. chicote. passam. pelo. desenvolvimento de mecanismos de auxílio à tomada de decisão que considerem restrições e interesses individuais de cada empresa, buscando, ao mesmo tempo, um ponto de operação que torne competitivos os produtos da cadeia. 2.9. METAS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Segundo Simchi-levi, Kaminsky e Simchi-levi (2003) para utilizar a informação precisamos coletá-las, acessá-las e analisá-las: São elas: 1. Coletar informação de cada produto, do ponto de produção até a entrega ou compra e proporcionar visibilidade completa para todas as partes envolvidas; 2. Acessar qualquer dado no sistema a partir de um ponto-único-de-contato, ou seja, toda informação possa ser acessada de formas diferentes (web, fax, telefone etc) e ter o mesmo conteúdo; 3. Analisar, planejar atividades e realizar trade-offs baseados na cadeia de suprimentos como um todo. A principal meta da Tecnologia da Informação na Cadeia de Suprimentos consiste em vincular de forma natural o ponto de produção com o ponto de entrega ou compra. A idéia consiste em ter todas as informações que seguem a seqüência física do produto. Tudo isso requer acesso a dados que estão em sistemas de outras empresas, bem como as informações devem estar numa linguagem acessível, um exemplo é uma empresa de parafusos ter acesso à informação de fabricação de motores, então dentro do sistema tabelas de tradução transformarão motor em quantidade de parafusos para o mesmo. (SIMCHI-LEVI; kAMINSKY e SIMCHI-LEVI , 2003).

(37) 36. Segundo os autores algumas vantagens da Tecnologia da Informação dentro da cadeia de suprimentos são: 1. Padronização: os padrões de Ti permitem aos sistemas funcionar em conjunto, eles direcionam os custos e, algumas vezes, a viabilidade de implementação; 2. Infra-estrutura de TI: interna ou externa, sendo um componente básico das capacidades e habilidades do sistema; 3. Comércio Eletrônico (CE): o campo emergente do CE está atraindo muita atenção, refere-se a todas as formas de transações que envolvem organizações e indivíduos no processamento e transmissão de dados digitais; 4. Componentes do Sistema da Cadeia de Suprimentos: os diversos sistemas que são envolvidos diretamente no planejamento, que são geralmente sistemas combinados com sistemas de apoio à decisão (SAD); 5. Aspectos relacionados à integração: como devem ser estabelecidas as prioridades para alcançar as metas, que tipos de investimentos devem ser realizados. Os sistemas de TI podem ser segmentados de acordo com os estágios da cadeia de suprimentos nos quais se concentra (fornecedor, fabricante, distribuidor, varejista e cliente) e com a fase de decisões da cadeia de suprimentos para as quais serão. utilizados. (operacional,. planejamento. e. estratégico).. Essas. duas. segmentações podem ser utilizadas para a criação de uma matriz, onde se pode classificar como os sistemas de informação estão sendo aplicados nos diferentes tipos de segmentos (Figura 7). (CHOPRA e MEINDL, 2004 p. 345).

(38) 37. Figura 7 – Mapa da TI na Cadeia de Suprimentos. Fonte: Chopra E Meindl (2004). 2.10. ANÁLISE DO MAPA DE TI Os sistemas de TI podem ser segmentados de acordo com os estágios da cadeia de suprimentos nos quais se concentra e com a fase de decisões da cadeia de suprimentos para as quais serão utilizados. Essas duas segmentações podem ser usadas para criar uma matriz para que qualquer sistema de TI utilizado na cadeia de suprimentos possa ser mapeado. Essa matriz está denominada na Figura 7 – Mapa da TI na Cadeia de Suprimentos onde o eixo horizontal corresponde ao estágio da cadeia de suprimentos e o eixo vertical corresponde ao nível de funcionalidade que os sistemas desempenham. 1. Nível Estratégico: onde a utilidade da informação está relacionada com decisões de investimentos, volumes e localização de demanda para decisões de localização de centros de distribuição, categorias de produtos a fabricar ou comercializar, para que sejam desenvolvidos fornecedores, etc. 2. Nível do Planejamento: onde as informações são utilizadas por gerentes e supervisores para a alocação de recursos disponíveis para o atendimento das demandas, níveis de estoque em cada ponto da cadeia, etc..

(39) 38. 3. Nível Operacional: onde temos as operações da empresa como a evolução das ordens de produção no chão de fábrica, a entrada de pedidos de clientes, o faturamento das vendas efetuadas, etc. 2.11. INFRA-ESTRUTURA E APLICAÇÕES DE TI NA CADEIA DE SUPRIMENTOS Segundo Kalakota e Robinson (2002), a cadeia de suprimentos refere-se à complexa rede de relações que as organizações mantêm com parceiros de comércio de matérias-primas, fabricação e entrega de produtos. A Gestão de cadeia de suprimentos é a coordenação dos fluxos de material, informação e finanças entre todas as empresas que participam de uma transação de negócios, onde cada uma envolve processos diferentes: 1.. O fluxo de Material envolve produtos físicos fluindo de fornecedores a. clientes através da cadeia, como também fluxos inversos de material como devolução de produtos, serviços, reciclagem e descarte. 2.. Os. Fluxos. de. Informação. envolvem. previsão. de. demanda,. transmissão de pedidos e relatórios de situação de entrega. 3.. Os Fluxos Financeiros envolvem informações sobre cartões de. crédito, condições de crédito e programação de pagamentos e títulos.. 2.12. TENDÊNCIAS DE INVESTIMENTO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS As companhias tendem a ampliar a colaboração da cadeia de suprimentos através da Internet com parceiros de negócios por quatro motivos diferentes: o primeiro é A tendência para dispersão mundial de instalações de fábrica e distribuição com o aumento da demanda por produtos customizados para mercados locais; o segundo é a imprevisibilidade de canal, onde novas tecnologias estão permitindo que as empresas gerenciem a demanda local e regional, exigindo coordenação sofisticada de vários canais de distribuição; em terceiro resposta mais que eficiente com a necessidade de entregas mais rápidas e mais customizadas rompendo as políticas tradicionais de gerenciamento de estoques e escolhas de.

(40) 39. transportes; e por último as empresas estão dispostas a aceitar margens mais baixas para manter e aumentar a participação de mercado, onde muitas companhias estão reprojetando a Cadeia de Suprimentos para descartar trabalho improdutivo e, conseqüentemente, eliminar demoras, erros, custos elevados e inflexibilidade. (KALAKOTA E ROBINSON 2002).

(41) 40. 3. OS TIPOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADOS NA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Segundo Monteiro e Bezerra (2003), as empresas estão recorrendo à aplicação de TI nas cadeias de suprimento visando à obtenção de vantagem competitiva através da automatização dos processos produtivos. De acordo com Bowersox e Closs (2001), gestores envolvidos na cadeia de suprimentos que vêem a TI como a principal fonte de melhorias na produtividade e na capacidade competitiva. Esses autores defendem que a TI é empregada diferentemente de outros recursos, já que possibilita um aumento de velocidade de transmissão, capacidade de dados, e, simultaneamente, reduz custos. Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos administrativos é a aplicação de tecnologia de informação, pois proporciona um grande aumento de eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que a tecnologia disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de informação de uma organização (BALLOU, 1993). Patterson, Grimm e Corsi (2003) apontaram as tecnologias que mais apóiam a gestão das cadeias de suprimento utilizadas nas empresas. Baseando-se nessas tecnologias, a pesquisa realizada por Feldens e Maçada (2004), sobre o impacto da TI na gestão da cadeia de suprimentos, constatou que o ERP, o WIS, o EDI e o CAD são os sistemas mais utilizados nas empresas do ramo metal-mecânico do Rio Grande do Sul. Considerando, as tecnologias apontadas por Patterson, Grimm e Corsi (2003), que serão descritas nesse capitulo, somadas com as descritas em outras pesquisas, abordaremos todas as tecnologias para definir as mais utilizadas nas empresas paulistas em geral..

(42) 41. 3.1. O PASSADO – SISTEMAS LEGADOS. São sistemas de TI baseados em tecnologia mainframe que normalmente funcionam em nível operacional em apenas um estágio ou mesmo em uma função dentro de um estágio da cadeia de suprimentos. Muitos sistemas legados duraram mais tempo do que havia sido inicialmente planejado e são modificados continuamente conforme a necessidade. Esse processo de modificações constantes pode torná-los complicados, especialmente considerando-se que por natureza nunca foram amigáveis e tornam-se muito complexos após as sucessivas alterações de código. (CHOPRA E MEINDL 2004). No eixo vertical os sistemas legados apresentam pouca capacidade analítica e costumam interferir em transações operacionais que ocorrem na função que estão focadas. Chopra e Meindl (2004)m, apontam as vantagens e desvantagens dos sistemas legados : Vantagens: 1. Os sistemas legados costumam conseguir realizar suas operações. Podem não ser muito eficientes e serem lentos, mas como os sistemas legados estão em operação a mais de uma década, provam que funcionam. 2. Os sistemas legados, por já existirem, às vezes requerem menos investimentos para serem operados do que instalação de um novo sistema. Desvantagens: 1. Concentram-se em apenas uma pequena parte de um estágio da cadeia de suprimentos; 2. Normalmente possuem apenas capacidades transacionais, o que os reserva a um papel operacional em vez de estratégico ou de planejamento..

Referências

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