• Nenhum resultado encontrado

Download/Open

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Download/Open"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO PROGRAMA DE PÓS -GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. BELEZA, SEDUÇÃO E MORTE Uma leitura exegética de Judite 16,1-12. Maria Antônia Marques. SÃO BERNARDO DO CAMPO 2008.

(2) UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO PROGRAMA DE PÓS -GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. BELEZA, SEDUÇÃO E MORTE Uma leitura exegética de Judite 16,1-12. por Maria Antônia Marques. Prof. Dr. Archibald Mulford Woodruff Tese de Doutorado apresentada em cumprimento parcial às exigências do Programa. de. Pós-Graduação. em. Ciências da Religião para obtenção do grau de doutora.. São Bernardo do Campo, junho de 2008.

(3) BANCA EXAMINADORA. ________________________________________________ Prof. Dr. Archibald Mulford Woodruff (Presidente) - UMESP. Primeiro/a Examinador/a: __________________________________________. Segundo/a Examinador/a: __________________________________________. Terceiro/a Exami nador/a: __________________________________________. Quarto/a Examinador/a: ___________________________________________.

(4) MARQUES, Maria Antônia. Beleza, sedução e morte: uma análise exegética de Judite 16,1-12. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2008.. SINOPSE. O cântico de Judite 16,1-12, síntese da parte em prosa do livro, faz memória da ação do Deus de Israel em favor dos oprimidos, libertando-os do poder dos impérios opressores. No centro do poema (v. 5), situa-se a ação do Todo-poderoso por mão de fêmea. A vitória de Judite é uma ironia não só à guerra, mas também às mulheres. Por um lado, as armas utilizadas pela mulher, para matar o comandante-em-chefe – beleza do rosto, perfumes, veste festiva, sandália, diadema nos cabelos –, são aparentemente insignificantes diante do poderio do exército inimigo, o que representa a vitória dos fracos sobre os fortes. Por outro, numa sociedade patriarcal e androcêntrica, beleza e sedução são consideradas como armas essencialmente femininas. Assim, enquanto a narrativa diverte a audiência, ela adverte aos homens que a mulher bela é perigosa, e, por sua causa, até o general mais poderoso pode perder a cabeça. Entre os séculos 4 a.C. e 2 d.C., há muitas narrativas judaicas que ressaltam o perigo de se olhar para uma mulher bela. No contexto dos movimentos. sociais. de. resistência. do. período. helenista,. a. literatura. historiográfica acentua o protagonismo dos homens, enquanto a ação da mulher como protagonista só aparece no campo da ficção, e ainda para reforçar a atuação masculina. Ler Judite 16,1-12 a partir da ótica de gênero nos desafia a compreender os mecanismos que continuam expropriando o corpo e o desejo de mulheres e homens. É um convite para entoarmos novos cânticos, pautados por relações entre iguais, numa vivência solidária e de reciprocidade..

(5) MARQUES, Maria Antônia. Beauty, seduction and death : An Exegetical Analysis of Judith 16,1-12. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2008.. ABSTRACT. The canticle of Judith 16,1-12, a synthesis of the prose part of the book, reminds us of the action of the God of Israel on behalf of the oppressed, liberating them from the power of the imperial oppressors. In the centre of the poem, (v. 5) is placed the action of the All-powerful through the hand of the female. The victory of Judith is an irony not only of war, but also of women. On one side, the weapons used by the woman to kill the commander-in-chief – the facial beauty, the festive dress, the sandals, the tiara in her hair –, are apparently insignificant before the might of the enemy, which represent the victory of the weak over the strong. On the other hand, in a patriarchal and male-dominated society, beauty and seduction are considered as essential feminine weapons. Thus while the narrative distracts the audience, it warns the men that the beauiful woman is dangerous, and for this reason even the most powerful general can lose his head. Between the centuries 4BC and 2AD, there are many Judaic narratives which project the danger of looking at a beautiful woman. In the context of social resistence movements of the Helenistic period, to such an extent that historiographic literature accentuates the protagonism of men, whereas the action of the woman as protagonist only appears in the field of activity of fiction and furthermore to reinforce male action. To read Judith 16, 1-12 from the optic of gender challenges us to comprehend the mechanisms which continue expropriating the body and desires of women and men. It is an invitation to sing new canticles based on relations among equals in a mutual and reciprocal manner of living..

(6) MARQUES, Maria Antônia. Belleza, seducción y muerte: un análisis exegético de Judit 16,1 -12. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2008.. SINOPSIS. El cántico de Judit 16,1-12, síntesis de la parte en prosa del libro, trae la memoria de la acción del Dios de Israel en favor de los oprimidos, liberándolos del poder de los imperios opresores. En el centro del poema (v. 5), se encuentra la acción del Todopoderoso por mano de una mujer / hembra. La victoria de Judit es una ironía no solamente de la guerra, sino que también de las mujeres. Por un lado, las armas utilizadas por la mujer, para matar al comandante en jefe – belleza de su rostro, perfumes, ropas de fiesta, sandalias y diademas en el cabello -, son aparentemente insignificantes delante del poderío del ejército enemigo, lo que representa la victoria de los débiles sobre los fuertes. Por otro, en una sociedad patriarcal y androcéntrica, belleza y seducción son consideradas como armas esencialmente femeninas. Así, mientras la narrativa alegra a la audiencia, ésta advierte a los hombres que la mujer bonita es peligrosa, y, por su causa, hasta el general más poderoso puede perder la cabeza. Entre los siglos 4 a.C. y 2 d.C., existen muchas narraciones judías que advierten el peligro de mirar para una mujer bonita. En el contexto de los movimientos sociales de resistencia del periodo helenista, la literatura historiográfica acentúa el protagonismo de los hombres, mientras que la acción de la mujer como protagonista aparece sólo en el campo de la ficción, y aún para reforzar la actuación masculina. Leer Judit 16,1-12 a partir de la óptica de género nos desafía a comprender los mecanismos que continúan expropiando el cuerpo y el deseo de mujeres y hombres. Es una invitación para entonar nuevos cánticos, orientados por relaciones entre iguales, en una convivencia solidaria y de reciprocidad..

(7) Dedico esta pesquisa à minha mãe, Maria Aparecida Marques, por seu testemunho de fé, sua admiração e seu incentivo ao meu trabalho. Quanta saudade!.

(8) "Agradece aquela irmã, aquele irmão que te ajudou, te deu a mão..." Agradeço a todas as pessoas que fazem parte da minha vida e que acreditam no meu trabalho. De maneira especial, quero agradecer: - A Deus, pela vida e por todas as bênçãos cotidianas. - Ao professor Archibald Mulford Woodruff, por suas exigências científicas, mas também por sua amizade e sua sabedoria. - Ao professor Milton Schwantes, por ter me desafiado a fazer essa caminhada, e ao professor Paulo Augusto de Souza Nogueira, pelos encontros e desencontros. - Ao meu pai, por ter me contado muitas histórias, a Lourdes, minha irmã, e a Marilda Lemos, irmã d o coração. - A todos que fazem parte da família do Centro Bíblico Verbo, especialmente. Enilda. de. Paula. Pedro,. Heloísa. Carvalho,. Maristela Tezza, Terezinha Veroneze, Fernando Doren, José Ademar Kaefer e Shigeyuki Nakanose, pelo apoio e incentivo. - À professora Nancy Cardoso Pereira e ao professor Shigeyuki Nakanose, pela presença em minha caminhada desde 1993. - Às funcionárias e aos funcionários do Seminário do Espírito Santo, pelo carinho, compreensão e acolhida. - A Mônica Ottermann, pela disponibilidade e pelo empréstimo de bibliografia. - À Faculdade Dehoniana, à Escola Dominicana de Teologia e ao Instituto Teologia Setor Sé, pelo espaço de reflexão, estudo e aprofundamento da Bíblia. - A Cecília Toseli, por sua cuidadosa correção e por seus questionamentos. - Ao IEPG, à Fundação Porticus e a Adveniat pela ajuda financeira..

(9) SUMÁRIO INTRODUÇÃO Retalhos da minha história...............................................................................................12 Sinalizando o caminho percorrido ..................................................................................14 Uma palavra sobre o método ..........................................................................................17. CAPÍTULO I ERA UMA VEZ... OUTRA VEZ... A HISTÓRIA DE JUDITE .......................................23 1.1 – Situando o livro de Judite ......................................................................................24 1.2 – Síntese da narrativa ...............................................................................................28 1.3 – Estrutura do livro e do Cântico .............................................................................30 1.4 – Diferentes compreensões sobre o gênero literário ...........................................36 1.5 – Diversas formas de "olhar" a narrativa de Judite ...............................................39 1.5.1 – Raízes antigas e novas ...................................................................................39 1.5.2 – Em busca de outras fontes ............................................................................41 1.5.3 – Uma história portadora de muitas memórias ..............................................45 1.5.4 – Uma novela helenística? Indícios da influência grega ..............................51 1.5.5 – Olhando o texto como literatura ....................................................................53 1.5.6 – Judite como modelo de heroína ....................................................................58 1.5.7 – Elementos patriarcais e feministas na história de Judite ...........................66 1.5.8 – Judite: uma história patriarcal e antifeminista .............................................71. CAPÍTULO II LEITURA DO CÂNTICO DE JUDITE ............................................................................77 2.1 – Tradução própria .....................................................................................................78 2.2 – Alguns marcos do texto .........................................................................................79 2.3 – Composição e estruturação do cântico de Judite 16,1-12 ...............................80 2.3.1 – Sudivisões internas e coesão ........................................................................83 2.3.1.1 – Ele é um Deus que esmaga as guerras (v.1-2) ...................................83.

(10) 2.3.1.2 – O poderio do exército assírio e seu projeto (v.3-4) ..............................84 2.3.1.3 – O todo-poderoso e a mão de uma fêmea (v.5-10) ..............................86 2.3.1.4 – O grito de guerra e a derrota dos poderosos (v.11-12b) ....................90 2.3.1.5 – A batalha do meu Senhor (v.12c) ...........................................................91 2.3.2 – Coesão entre as subdivisões .......................................................................92 2.3.3 – Estrutura do texto ............................................................................................95 2.4 – Ententendo o cântico de Judite: comentário ao texto .......................................97 2.4.1 – Cantai ao Senhor .............................................................................................97 2.4.2 – Deus esmaga as guerras ............................................................................ 111 2.4.3 – O poderio e a força do inimigo ................................................................... 122 2.4.4 – O projeto do inimigo ..................................................................................... 134 2.4.5 – Por mão de fêmea ........................................................................................ 144 2.4.6 – A beleza que enfraquece ............................................................................ 148 2.4.7 – Preparação para a batalha .......................................................................... 158 2.4.8 – A derrota do inimigo ..................................................................................... 169 2.4.9 – A ousadia da mulher perturba os inimigos ............................................... 175 2.4.10 – O grito de guerra ........................................................................................ 178 2.4.11 – A batalha é do Senhor ............................................................................... 190 2.5 – Enfeixando memórias .......................................................................................... 193 CAPÍTULO III UMA BREVE HISTÓRIA DO PERÍODO HELENÍSTICO ........................................ 196 3.1 – Domínio grego: de Alexandre Magno até os Ptolomeus ............................... 197 3.2 – A helenização na Judéia e o empobrecimento da população ...................... 203 3.3 – O seguimento da Torá e os escribas ................................................................ 208 3.4 – O período dos Selêucidas e a intensificação da helenização ...................... 212 3.5 – O grupo dos hasidim ........................................................................................... 218 3.6 – Tempo dos Macabeus... Nova etapa da resistência ...................................... 223 3.7 – Fim da resistência e a origem de uma nova dinastia ..................................... 228 3.8 – Diferentes compreensões da realidade: 1Enoque e Daniel ........................ 235 3.8.1 – Narrativas gregas em Daniel e sua relação com 1Enoque 6 -11 ......... 236.

(11) 3.8.2 – O Mito dos Vigilantes como advertência aos helenistas ........................ 240 3.8.3 – O livro aramaico de Daniel e sua mensagem .......................................... 242 3.8.4 – O livro hebraico de Daniel e o Apocalipse Animal: novos rumos ......... 245 3.8.5 – Epístola de Enoque/Apocalispe das Semanas e estado Asmoneu ...... 249 3.9 – "Judite, filha de Merari, com beleza do seu rosto, debilitou-o."..................... 253 CAPÍTULO IV JUDITE E OUTRAS TRADIÇÕES DE MULHERES BELAS .................................. 257 4.1 – Poder do corpo versus submissão social ........................................................ 259 4.2 – "Muitos se perderam por causa da beleza da mulher." (Sir 9,8c)................. 260 4.3 – As filhas dos homens eram belas e formosas ................................................ 268 4.4 – "Não presteis atenção à formosura das mulheres." (TestRub 4,1) ............. 277 4.5 – "Era mui to bela e se adornava para me seduzir." (TestJos 9,5) ................... 282 4.6 – "Susana era muito bela e delicada de aspecto." (Dn 13,31) ........................ 288 4.7 – "Ester conquistava o favor de todos os que a viam." (Est 2,15b) ................. 293 4.8 – Judite paralisou o inimigo com a beleza do seu rosto. (Jt 16,6e) ................ 298 4.8.1 – "Ungiu o seu rosto com ungüento." (Jt 16,7b) .......................................... 303 4.9 – Retomando a história de Judite e a de outras mulheres ............................... 305 CONCLUSÃO Eu e Judite ...................................................................................................................... 309 Refazendo o caminho ................................................................................................... 311 Ouvindo o canto do pássaro ........................................................................................ 321. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 324.

(12)

Referências

Documentos relacionados

Depois do aceite do anexo 01 pelo coordenador de curso, o estagiário/aluno deverá indicar seu professor supervisor o qual deverá aceitar orientar o aluno (Anexo

A relação com os movimentos sociais camponeses demonstra, entre outros aspectos, as seguintes características do Curso: a relação direta estabelecida com a

Em regiões com poucas estruturas deformacionais, onde os refletores sísmicos são paralelos ao fundo submarino, fica bastante difícil a identificação dos BSR´s e por outro

Desta forma, a pesquisa que esta em andamento, parte da investigação da história pessoal e profissional dos artistas da cidade de Ponta Grossa, PR., da construção da autobiografia

inglês, francês, alemão e espanhol. Alunos estrangeiros poderão fazer o exame de proficiência em língua materna, desde que integre as opções oferecidas. Candidatos para

O Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Me- todista de São Paulo – METODISTA faz saber que se encontram abertas as ins-

 Segurança não intrusiva, não invasiva, mais natural.. Problemas: Risco, Identidade na rede x multiplicidade

O saldo de conta de seu Plano de Aposentadoria é aplicado e rentabilizado mensalmente, conforme o perfil de investimento escolhido por você.*..