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TELI: Teclado Estrutural da Libras

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADEFEDERALDO RIO GRANDE DO NORTE

Departamento de Computa¸c˜ao e Tecnologia – DCT Bacharelado em Sistemas de Informa¸c˜ao – BSI

TELI: Teclado Estrutural da Libras

Jaiane J´

ulia Dantas

Orientador: Prof. Dr. Jo˜ao Paulo de Souza Medeiros

Trabalho de Conclus˜ao apresentado ao Curso de Bacharelado em Sistemas de In-forma¸c˜ao - UFRN, Campus Caic´o, como re-quisito b´asico para o cumprimento do com-ponente curricular obrigat´orio Trabalho de Conclus˜ao de Curso II.

Laborat´orio de Elementos do Processamento da Informa¸c˜ao – LabEPI Caic´o, RN, 16 de fevereiro de 2018

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Orientador: Dr. João Paulo de Souza Medeiros.

1. Libras. 2. Teclado Estrutural. 3. Linguagem Formal. I. Medeiros, João Paulo de Souza. II. Título.

RN/UF/BS-CAICÓ CDU 004.5:376

Elaborado por -

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Jaiane J´

ulia Dantas

Monografia aprovada em 08 de dezembro de 2017 pela banca examinadora composta pelos seguintes membros:

Prof. Dr. Jo˜ao Paulo de Souza Medeiros (orientador) . . . DCT/UFRN

Prof. MSc. Luiz Paulo de Assis Barbosa . . . DCT/UFRN

Prof. MSc. Jo˜ao Batista Borges Neto . . . DCT/UFRN

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(5)

...

Inicio os agradecimentos deste documento invocando a Sant´ıssima Trindade, Maria m˜ae de Jesus e os anjos de Deus, que me concederam for¸ca di´aria para encarar a rotina da vida e para continuar sem desistir.

Agrade¸co aos meus Pais, irm˜aos e familiares, em especial, Josefa J´ulia Dantas Neta, Jos´e Francisco Dantas, Jos´e Jailton Dantas e Jakson Jair Dantas, que sempre me apoiam nas decis˜oes e s˜ao respons´aveis pela base, educa¸c˜ao e ensinamentos que recebi para a vivˆencia social e humana.

Ao meu namorado, Dorgivan da Silva Ara´ujo, que estava de perto a todo o momento me dando carinho, aten¸c˜ao e me ajudando a superar muitos perrengues psicol´ogicos.

Aos meus professores, em especial, ao meu orientador e professor Dr. Jo˜ao Paulo de Souza Medeiros pela paciˆencia e ensinamentos para comigo e meu projeto, agrade¸co tamb´em minha amiga e int´erprete de Libras, Claudiane Vasconcelos, pelos ensinamentos e disponibilidade a cerca da Libras e da comunidade Surda.

Aos meus colegas de Trabalho da Madecol Dantas, Coordena¸c˜ao dos Cursos da UFRN e da Disbecol, que estiveram diretamente envolvidos em minhas decis˜oes, principalmente aqueles que se tornaram grandes amigos, me mostraram uma vis˜ao de mundo e me deram “pux˜oes de orelhas” quando realmente precisava deles.

Aos colegas de curso, em especial, Andr´e, ´Atila, D´ebora, Jefferson, Jucylene, Luan e Tallyson. As colegas de quarto, da Casa de Estudante Feminina de Caic´o e da Residˆencia Universit´aria, Mista de Caic´o, em especial, Ana Santana, Fl´avia, Jaciara, Mona´ıra, Suelly, T´abatha e Vick e a todas minhas amigas e amigos que constru´ı e construirei na minha jornada, vocˆes s˜ao importantes e especiais para mim.

A todos que Direta e Indiretamente torcem pelo meu sucesso e a mim, pois mesmo no ch˜ao consegui levantar sorrisos, mesmo na tristeza consegui dizer qu˜ao bem estava e consegui aproveitar todos momentos felizes que vivi ao lado de todos, sabendo que, esta jornada est´a apenas come¸cando.

Finalmente, sou grata pela oportunidade de desenvolver este trabalho no Laborat´ o-rio de Elementos do Processamento da Informa¸c˜ao (LabEPI), sediado Centro de Ensino Superior do Serid´o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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quando se trata de acessibilidade. Visando isto, o trabalho apresenta o desenvolvimento de um teclado tradutor LIBRAS-Portuguˆes. ´E notoriamente importante o di´alogo escrito entre surdos e ouvintes (leitores) em meios digitais, mas h´a uma dificuldade na comuni-ca¸c˜ao, pois, ambos possuem l´ınguas com regras gramaticais distintas que influenciam, por exemplo, na ordem das palavras e na estrutura de um texto. O teclado tradutor tem como objetivo permitir ao surdo o uso escrito da sua l´ıngua. No presente trabalho, aborda-se tanto sobre a L´ıngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), quanto sobre as particularidades de uma linguagem.

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With the growth of technology and the need for its everyday use for the communication of people, it has become necessary to use tools in order to easier data access and exchange of information between users, especially when considering accessibility. At this goal, the document apresent for the development of a keyboard from LIBRAS to Portuguese. The dialogue between deaf and listeners (readers) in digital media is important, but commu-nication between them is tough because their languages have different grammatical rules, inplying in differences the order of words and structure of a text. The translator keyboard is intended to allow the deaf, write according to their native language. This document, presents the L´ıngua Brasileira de Sinais (Libras) and the peculiarities of a language.

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Sum´

ario

Lista de Figuras 6 Lista de Tabelas 7 1 Introdu¸c˜ao 8 1.1 Defini¸c˜ao do problema . . . 9 1.2 Solu¸c˜ao proposta . . . 9 1.3 Delimita¸c˜ao de estudo . . . 9 1.4 Motiva¸c˜ao e justificativa . . . 9 1.5 Objetivos . . . 10 1.5.1 Objetivos Gerais . . . 10 1.5.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 10 1.6 Trabalhos relacionados . . . 10

1.7 Procedimentos Metodol´ogicos . . . 11

1.8 Caracteriza¸c˜ao da Pesquisa . . . 11

1.9 Escopo da aplica¸c˜ao . . . 11

1.10 Organiza¸c˜ao do trabalho . . . 12

2 Levantamento bibliogr´afico 13 2.1 Defini¸c˜ao linguagens . . . 13

2.1.1 Processamento Sint´atico . . . 14

2.1.2 Linguagem formal . . . 14

2.1.3 Classifica¸c˜ao das gram´aticas . . . 14

2.1.4 Autˆomatos . . . 17

2.2 A L´ıngua Brasileira de Sinais . . . 17

2.2.1 Particularidades da Libras . . . 17

2.2.2 Compara¸c˜ao da l´ıngua oral e visuoespacial. . . 18

2.2.3 Sintaxe da Libras. . . 18

2.3 A L´ıngua Portuguesa . . . 19

3 Desenvolvimento e Resultados do Trabalho 20 3.1 Desenvolvimento . . . 20

3.1.1 Design Thinking . . . 20

3.1.2 Ferramentas para Implementa¸c˜ao . . . 21

3.2 Requisitos . . . 21

3.3 Valida¸c˜ao do Prot´otipo. . . 22

(9)

3.5 Resultados. . . 23

4 Conclus˜oes 28

4.1 Contribui¸c˜oes . . . 28

4.2 Trabalhos futuros. . . 28

Referˆencias Bibliogr´aficas 32

A Apˆendice 33

A.1 Di´alogos realizados . . . 33

(10)

Lista de Figuras

2.1 Hierarquia das Linguagens. . . 15

2.2 Exemplo de um autˆomato, sendo Σ = {a,b} . . . 17

2.3 Rela¸c˜ao sint´atica da frase em Libras(OSV) para o portuguˆes. . . 18

2.4 Rela¸c˜ao sint´atica da frase em Libras(SOV) para o portuguˆes. . . 19

2.5 Rela¸c˜ao sint´atica da frase em Libras(SVO) para o portuguˆes. . . 19

3.1 Caso de Uso da ferramenta. . . 22

3.2 Telas do aplicativo TELI criada. . . 23

3.3 Tela de di´alogo para inserir idade. . . 24

3.4 L´ogica de funcionalidades do aplicativo. . . 25

(11)

Lista de Tabelas

1.1 Comparativo de ferramentas desenvolvidas por outros autores com o modelo

proposto. . . 10

A.1 Di´alogo 1. . . 33

A.2 Di´alogo 2. . . 34

A.3 Di´alogo 3. . . 34

(12)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

“If knowledge can create problems, it is not through ignorance that we can solve them.”

Isaac Asimov A L´ıngua Brasileira de Sinais - Libras foi reconhecida no Brasil, atrav´es do decreto da Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002. SegundoBRASIL (2002),

Entende-se como L´ıngua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunica¸c˜ao e express˜ao, em que o sistema lingu´ıstico de natureza visual-motora, com es-trutura gramatical pr´opria, constituem um sistema lingu´ıstico de transmiss˜ao de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

A Libras possui uma gram´atica diferenciada em rela¸c˜ao `a L´ıngua Portuguesa e in-depende da linguagem oral, pois a ordem na forma¸c˜ao de um enunciado obedece regras pr´oprias que refletem a forma de um surdo processar suas ideias e descrevˆe-las (Strobel e Fernandes,1998).

De acordo com o Decreto No 5.626, de 22 de dezembro de 2005, “considera-se pes-soa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiˆencias visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da L´ıngua Brasileira de Sinais” (BRASIL,2005).

No Brasil, determina-se que a escrita do surdo seja baseada na L´ıngua Portuguesa. No entanto, h´a uma grande dificuldade dos surdos em rela¸c˜ao ao aprendizado da L´ıngua Portuguesa, pois, trata-se de uma l´ıngua baseada em fonemas, que respondem a associa¸c˜oes com unidades sonoras da l´ıngua, o que impossibilita ao surdo a liga¸c˜ao desta associa¸c˜ao (Janu´ario et al.,2010).

Visando a acessibilidade do surdo, a ferramenta criada o auxilia a compreender um texto em portuguˆes e seu texto ser compreendido por um usu´ario da l´ıngua Portuguesa, facilita a comunica¸c˜ao entre o surdo e o ouvinte, quando ambos sabem apenas regras do idioma nativos. Al´em disso, dar a liberdade ao surdo de se comunicar e descrever suas ideias escrita, atrav´es da gram´atica disposta na sua linguagem materna com menos interferˆencia de terceiros ao discurso.

Este trabalho aborda o estudo baseado na cria¸c˜ao de um teclado tradutor de texto Libras-Portuguˆes, tem como finalidade de facilitar cada vez mais a comunica¸c˜ao escrita entre surdos e ouvintes, como tamb´em para uma melhor compreens˜ao do surdo em rela¸c˜ao a textos encontrados no dia-a-dia, destacando tamb´em as ferramentas j´a desenvolvidas por outros pesquisadores com prop´ositos semelhantes.

(13)

1.1

Defini¸

ao do problema

O surdo possui uma grande dificuldade na escrita da L´ıngua Portuguesa e sofre precon-ceitos diariamente devido a isto, descrito no t´opico a cerca das particularidades da Libras. Frequentemente surgem sistemas que visam completar a acessibilidade de usu´arios surdos, levando-os `a independˆencia de comunica¸c˜ao. Muitas das ferramentas j´a desenvolvidas s˜ao voltadas para os ouvintes se comunicarem com os surdos, n˜ao o contr´ario, veremos no t´opico sobre trabalhos relacionados.

1.2

Solu¸

ao proposta

Foi percebida a necessidade do surdo ter a liberdade de utilizar sua gram´atica pr´opria e, quando preferir, utilizar uma ferramenta que converta seu discurso, antes atrelado `a gram´atica pr´opria da Libras, para o portuguˆes.

1.3

Delimita¸

ao de estudo

Esta pesquisa consiste na cria¸c˜ao de um teclado baseado em Libras, n˜ao levando em considera¸c˜ao express˜ao facial, ambiguidade, ironia ou qualquer outro elemento n˜ao escla-recido na frase.

O teclado transcreve os sinais para textos da L´ıngua Portuguesa, baseando-se na es-trutura frasal, de forma parcial, na L´ıngua Portuguesa. No entanto, as pesquisas a cerca da estrutura gramatical da Libras ainda s˜ao poucas e n˜ao foram suficientes para aplicar a um teclado tradutor.

O sistema operacional escolhido foi o Android, pois, de abrangente e acess´ıvel. Por Java ser uma linguagem Nativa do Android, o desenvolvimento foi aplicado nesta linguagem de programa¸c˜ao, utilizando o ambiente de desenvolvimento integrado Android Studio.

A an´alise necess´aria para o desenvolvimento foi iniciado a priori, por interm´edio de leituras em livros, jornais, artigos e trabalhos cient´ıficos e ap´os um estudo amplo sobre os assuntos envolvidos, partiu para o desenvolvimento.

1.4

Motiva¸

ao e justificativa

No Brasil, a escrita do surdo deve ser utilizando a gram´atica da l´ıngua portuguesa. No entanto h´a uma grande dificuldade no aprendizado na escrita do portuguˆes devido a falta de sentido do racioc´ınio baseado na associa¸c˜ao entre fonema e grafema, associa¸c˜ao esta, completamente arbitr´aria ao surdo. (Janu´ario et al.,2010)

O interesse sobre o tema se deu como forma de incentivar outros pesquisadores, para o desenvolvimento pessoal e para contribuir para a comunidade surda. A pesquisa tem como intuito abordar a necessidade de uma ferramenta que diminua este impacto e bloqueio de comunica¸c˜ao.

Devido ao interesse em projetos sociais, o presente trabalho impulsionou, de forma particular, ao questionamento sobre a Libras e a acessibilidade do surdo no Brasil. Como foco destaca-se a inten¸c˜ao de levar `a frente principalmente atrav´es de publica¸c˜oes em eventos desse meio. Academicamente, almeja-se resultados, para que este trabalho possa servir como base para muitos pesquisadores. Profissionalmente, objetiva-se contribuir para

(14)

1.5.1 Objetivos Gerais

Desenvolver um teclado de Sinais Libras para Textos da L´ıngua Portuguesa.

1.5.2 Objetivos Espec´ıficos

• Desenvolver um teclado tradutor Libras-Portuguˆes;

• Converter imagens de sinais Libras para frases semelhantes a escrita da l´ıngua por-tuguesa;

• Comparar e relacionar o texto convertido pelo tradutor com a sa´ıda esperada. • Desenvolver um aplicativo funcional para o Surdo a ser usado em plataformas

An-droid.

1.6

Trabalhos relacionados

Com o avan¸co tecnol´ogico e com o objetivo de inserir cada vez mais os surdos na sociedade foram criados, por outros autores, diferentes aplicativos/programas que auxiliam a comunica¸c˜ao entre o surdo e o ouvinte (Tabela 1.1). Na maioria deles tratam-se de tradutores do portuguˆes(escrito) para a Libras, que, assim como o proposto neste trabalho consideram a estrutura gramatical da frase, tanto da l´ıngua oral, quanto da visuoespacial. Por´em, a frase ´e inserida em portuguˆes, n˜ao o oposto e a sa´ıda ´e feita de forma animada, atrav´es de um avatar que realiza uma tradu¸c˜ao sinalizada, como ´e o caso do Poli-libras. Alguns, desses programas s˜ao bastantes usuais e funcionais, como por exemplo, o ProDeaf e o HandTalk, que traduzem para Libras, atrav´es de um avatar, textos presentes em sites ou escritos no pr´oprio aplicativo (Janu´ario et al.,2010).

F err amen tas D es k to p W eb T ex to -T ex to T ex to -Si n ais S in ai s-T ex to ´ Au d io -S in ai s S in ai s-´ Au d io L ib r as-P o rtu g u ˆes P o r tu g u ˆes-Li b ras Ryben´a X X X Prodeaf-WebLibras X X X X X Handtalk X X X X X Poli-Libras X X X Luva Quiros X X X X MODELO PROPOSTO X X X X X X

Tabela 1.1: Comparativo de ferramentas desenvolvidas por outros autores com o modelo proposto.

(15)

Em 2014, foi criada, por alunos do Instituto Tecnol´ogico Aeroespacial (ITA), uma luva eletrˆonica, batizada de “Quiros”, capaz de traduzir sinais da Libras para ´audio e texto. Para que a tradu¸c˜ao em portuguˆes seja realizada ´e feita uma compara¸c˜ao com os textos presentes em um banco de dados e portanto, apenas as frases nele inseridas s˜ao identificadas. [i]

1.7

Procedimentos Metodol´

ogicos

O prop´osito deste trabalho consiste em elaborar uma ferramenta capaz de intervir na comunica¸c˜ao entre o surdo e o ouvinte, com o intuito de facilitar o canal de comunica¸c˜ao entre os mesmos. Baseando-se principalmente na ideia de contextualiza¸c˜ao e dos princ´ıpios da forma¸c˜ao de frases dos ind´ıviduos, bem como o canal de comunica¸c˜ao, que tamb´em diverge.

A ferramenta desenvolvida possibilita exibir sinais da Libras e traduzir para palavras da L´ıngua portuguesa. Para o desenvolvimento foi necess´ario extrair as necessidades en-contradas no usu´ario, que at´e ent˜ao destaca-se a comunica¸c˜ao, para al´em disso, idealizar um prot´otipo de aplica¸c˜ao que unisse os sinais `as palavras.

Foi escolhida portanto, a programa¸c˜ao para dispositivos m´oveis, mais especificamente o sistema operacional Android, por oferecer facilidade de acesso aos usu´arios. Para o desenvolvimento, foi utilizada, `a a linguagem de programa¸c˜ao nativa Java e a plataforma de desenvolvimento Android Studio para concretizar o projeto[ii]

Para a elabora¸c˜ao da ferramenta foram observadas algumas restri¸c˜oes do usu´ario como, a possibilidade de n˜ao utilizar a l´ıngua portuguesa, a necessidade de um aplicativo que funcione sem internet, a presen¸ca de imagens que constituem os sinais e a presen¸ca da voz, que facilita ainda mais o canal de comunica¸c˜ao dos usu´arios.

1.8

Caracteriza¸

ao da Pesquisa

Considerando a o tipo de pesquisa deste, aplicam-se:

• 1. Bibliogr´afica, por haver a necessidade de analisar o estado da arte do assunto, bem como analisar e aplicar conhecimentos de autores especializados no assunto. • 2. Aplicada, pois investiga problemas reais e aplica solu¸c˜oes para um problema

externo, envolvendo portanto a aplica¸c˜ao pr´atica da ciˆencia.

• 3. Design Science, pelo fato de desenvolver artefatos que poder˜ao ser usados por outros profissionais.

1.9

Escopo da aplica¸

ao

O processo de tradu¸c˜ao da ferramenta proposta neste trabalho ter´a as seguintes etapas: • Constru¸c˜ao de um aplicativo para dispositivos m´oveis;

• Forma¸c˜ao de frases em Libras atrav´es de imagens de sinais formadas por avatares;

[i]

Artigo escrito n˜ao divulgado, Mat´eria referente ao Jornal Nacional - Globo, acessado em https://globoplay.globo.com/v/3697073/

(16)

1.10

Organiza¸

ao do trabalho

Al´em deste cap´ıtulo, ser˜ao apresentadas outras sess˜oes deste trabalho, levantamento bibliogr´afico, desenvolvimento e resultados, conclus˜ao e apˆendices. O Cap´ıtulo 2 expressa conceitos b´asicos que foram usados como base para este trabalho, apresentando concei-tos b´asicos sobre L´ıngua e Linguagem e particularidades da Libras. No Cap´ıtulo 3 uma apresenta¸c˜ao da ferramenta desenvolvida.

(17)

Cap´ıtulo 2

Levantamento bibliogr´

afico

“We can only see a short distance ahead, but we can see plenty there that needs to be done.”

Alan Mathison Turing A Organiza¸c˜ao deste cap´ıtulo dar-se primeiramente na Se¸c˜ao 2.1, no qual, apresenta uma breve explica¸c˜ao sobre linguagens e os conceitos necess´arios para compreender a complexidade de uma determinada l´ıngua.

As se¸c˜oes 2.1.3 e 2.1.4 apresentam conte´udos estudados que ajudaram a compreender a complexidade de um programa relacionado a linguagem Natural para o quesito tradu¸c˜ao e compila¸c˜ao de um texto.

As demais se¸c˜oes deste cap´ıtulo apresentam defini¸c˜oes das l´ınguas estudadas.

2.1

Defini¸

ao linguagens

Segundo Quadros e Karnopp (2004, p. 16), “a linguagem ´e restringida por determinados princ´ıpios (regras) que fazem parte do conhecimento humano e determinam a produ¸c˜ao oral ou visuoespacial, dependendo da modalidade das l´ınguas, da forma¸c˜ao das palavras, da constru¸c˜ao das senten¸cas e da constru¸c˜ao dos textos”.

Atrav´es do estudo das linguagens naturais, as usadas na comunica¸c˜ao entre pessoas, como o inglˆes, portuguˆes, espanhol, se deu origem atrav´es das no¸c˜oes sobre a gram´atica, onde os linguistas procuravam estruturar e representar a gram´atica atrav´es de senten¸cas v´alidas de linguagens. Por´em, a defini¸c˜ao de linguagem natural ainda n˜ao pode ser definida com exatid˜ao e apresenta caracter´ısticas extensas e complexas (Rodrigues,1993).

Baseando-se em Janu´ario et al. (2010), uma gram´atica ´e basicamente um conjunto de regras que definem a forma¸c˜ao de cadeias de palavras em uma linguagem formal e, portanto, expressa uma forte correla¸c˜ao entre gram´atica e linguagens. Uma gram´atica deve produzir apenas senten¸cas sintaticamente poss´ıveis de uma determinada linguagem. No entanto, devido a complexidade das linguagens naturais, existe apenas uma aproxima-¸c˜ao da realidade, ou seja, em algum momento, principalmente dentro de uma linguagem natural, as senten¸cas geradas e reconhecidas poder˜ao ser inv´alidas.

A gram´atica irrestrita ou simplesmente gram´atica, definida por Chomsky (1956), ´e uma qu´adrupla ordenada G = (V, T, P, S), sendo, G a gram´atica, na qual, sucede de um conjunto finito de s´ımbolos vari´aveis ou n˜ao-terminais (V), um conjunto finito de s´ımbolos terminais (T) disjunto de V, um conjunto finitos de pares denominados de regras

(18)

O processamento sint´atico ´e uma ´area de interface entre a Sintaxe e a Lingu´ıstica Computacional. Esta ´ultima ´e a ´area da ciˆencia Lingu´ıstica preocupada com o tratamento computacional da linguagem e das l´ınguas naturais. Ela envolve diversos campos de estudo da Lingu´ıstica Te´orica e Aplicada, e seus primeiros desenvolvimentos datam dos anos 1950. A ´area teve grande impulso principalmente gra¸cas a esfor¸cos para o desenvolvimento de programas de tradu¸c˜ao autom´atica nas d´ecadas de 1950 e 1960 (Avila Othero´ ,2009).

A liga¸c˜ao entre a Lingu´ıstica Computacional e a sintaxe chama-se processamento sin-t´atico. A lingu´ıstica computacional insere o processamento das linguagens naturais, que envolvem campos de estudo da Lingu´ıstica Te´orica e aplicada, avan¸cando principalmente a partir de 1950 quando os programas de tradu¸c˜ao come¸caram ser desenvolvidos, intrin-secamente ligados `a ´area de Inteligˆencia Artificial (Avila Othero´ ,2009).

Segundo Chomsky (1965), o sistema de regras de uma gram´atica generativa pode ser analisado atrav´es dos componentes sint´aticos, l´ogicos e semˆanticos. O componente sin-t´atico especifica um conjunto infinito de objetos formais abstratos, cada um incorpora informa¸c˜oes relevantes para uma interpreta¸c˜ao de uma determinada senten¸ca. O compo-nente l´ogico determina as formas fon´eticas de uma senten¸ca atrav´es de regras sint´aticas. Esta, por sua vez, est´a relacionada com a estrutura gerada de um componente sint´atico para um sinal representado foneticamente. J´a o componente semˆantico determina a inter-preta¸c˜ao semˆantica de uma senten¸ca, ou seja, relaciona a estrutura gerada pelo componente sint´atico de uma determinada representa¸c˜ao semˆantica.

2.1.2 Linguagem formal

A origem da gram´atica deu-se atrav´es do estudo de linguagem natural, no intuito de definir senten¸cas v´alidas para encontrar forma estruturais para represent´a-la. Por´em, de-vido `a complexidade das linguagens naturais o estudo ainda n˜ao foi conclu´ıdo de maneira totalit´aria. Apesar de nem todas as senten¸cas de uma linguagem natural poderem ser ana-lisadas, o mesmo, por exemplo, n˜ao se aplica a uma linguagem de programa¸c˜ao, pois estas s˜ao mais simples e sua estrutura seguem an´alises de senten¸ca bem definidas (Rodrigues,

1993).

As linguagens formais se preocupam com problemas l´exicos, de sintaxe e de semˆantica. Uma an´alise l´exica pode ser vista como parte da an´alise sint´atica, a qual divide a entrada em s´ımbolos significativos, a sintaxe trata das propriedades livres de uma linguagem, atribuindo-lhes uma estrutura e a semˆantica objetiva interpretar a linguagem, atribuindo valor l´ogico `as senten¸cas existentes. (Levine,2009) (Menezes,2011)

2.1.3 Classifica¸c˜ao das gram´aticas

Chomsky (1956) classificou as linguagens e suas respectivas gram´aticas geradoras de forma hier´arquica ( Figura2.1) .

(19)

i

ii

iii

iv

Figura 2.1: Hierarquia das Linguagens.

Fonte: Chomsky(1956)

As gram´aticas enumer´aveis ou irrestritas cessam qualquer restri¸c˜ao de com-primento do lado direito, s˜ao equivalentes a m´aquinas de Turing e podem calcular qualquer fun¸c˜ao calcul´avel (Tucker e Noonan,2007)

Baseado emMenezes(2011) a linguagem irrestrita do tipo { a,b,c | anbncn | n > 0 }, considerando conjuntos vazios (ε), ´e gerada pela gram´atica -G = {{S, C}, {a, b, c}, P, S} | P = {S → abc | ε, ab → aabbC, → abc | ε, ab → aabbC, Cb → bC, Cc → cc}

ii. Sens´ıveis ao contexto:

Classes de linguagens que podem ser geradas por gram´aticas sens´ıveis ao contexto, chama-se as linguagens sens´ıveis ao contexto. Considerando que cada gram´atica livre de contexto ´e um caso especial de gram´aticas sens´ı-veis ao contexto (considerando vazio), n˜ao quer dizer que toda gram´atica livre de contexto seja sens´ıvel ao contexto, mas que as linguagens livres de contexto est˜ao contidos no conjunto das sens´ıveis ao contexto. Trata-se de uma hierarquia de classes de linguagens, as linguagens regulares s˜ao devi-damente contidas nas linguagens livres de contexto, que est˜ao devidamente contidas nas l´ınguas sens´ıveis ao contexto. Estes, por sua vez, s˜ao conheci-dos por ser adequadamente contida no conjunto de linguagens irrestrita e demais universo de linguagens (Wintner,2001).

Uma gram´atica sens´ıvel ao contexto ´e uma gram´atica com restri¸c˜ao de que qualquer regra de produ¸c˜ao (P), e P ´e da forma α → β. β ´e a uni˜ao de um conjunto finito de vari´aveis (V) com um conjunto finito de terminais (T), incluindo o conjunto dos vazios, ou seja, (V ∪ T )∗. E α ´e a uni˜ao de um conjunto finito de vari´aveis (V) com um conjunto finito de terminais (T), exceto o conjunto dos vazios, ou seja, (V ∪ T )+,. Tal que, | α |< β, excetuando-se, eventualmente, quando S for vazio. (Menezes,2011).

iii. Livres de contexto:

(20)

pertence a um conjunto de estados alternativos. Atrav´es de express˜oes, conjuntos (linguagens) b´asicos e opera¸c˜oes de concatena¸c˜ao e uni˜ao, dar-se a forma¸c˜ao dos autˆomatos finitos ou infinitos capazes de reconhecer uma linguagem livre do contexto. (Goebel e Cordenonsi,2001).

Segundo Menezes (2011), o nome “livre do contexto” deve-se ao fato de representar a mais geral classe de linguagens cuja forma de produ¸c˜ao ´e da forma A → α. Ou seja, em uma deriva¸c˜ao, a vari´avel A deriva α sem depender de qualquer an´alise dos s´ımbolos que antecedem ou sucedem A na palavra derivada, sendo que, uma gram´atica livre de contexto ´e uma gram´atica na qual o lado esquerdo cont´em exatamente uma vari´avel. A seguinte gram´atica ´e livre de contexto:

G = ({S,A,B}, {a,b}, P, S)

P = {S → aA | A, A → B | aS, B → b | baS}

Este exemplo gera infinitas produ¸c˜oes, como por exemplo, aaaaab, ab, b, aaaabaaababaaab, baaaaaaaab, entre outras e impossibilita produ¸c˜oes do tipo abbbb, abbbbba, bbbbbb, aaaaa.

iv. Regulares:

Definimos linguagens regulares como sendo linguagens que pode ser especifi-cada atrav´es de express˜oes regulares. Uma express˜ao regular ´e basicamente conjuntos(linguagens) b´asicos e opera¸c˜oes de concatena¸c˜ao e uni˜ao, ´uteis para comunica¸c˜ao tanto de humano x humano, quanto para a comunica¸c˜ao de humano x m´aquina. Uma linguagem regular, pode se dizer que ´e uma descri¸c˜ao de uma express˜ao regular, podendo ser considerado tamb´em de gerador, capaz de gerar as palavras de uma linguagem (Menezes,2011). Quando discutimos sobre linguagens, h´a propriedades interessantes a serem investigadas, como os fechamentos da classes de linguagem, que destacam-se por operadores como uni˜ao, concatena¸c˜ao, intersec¸c˜ao, fecho de Kleene, entre outros. Dada uma opera¸c˜ao, podemos dizer que a classe de linguagem regular ´e fechada sobre ela. (Wintner,2001).

Se diz que uma linguagem regular ´e fechada por uma opera¸c˜ao de uni˜ao, por exemplo, quando se quer dizer que a uni˜ao de duas linguagens regulares, o resultado - que ´e uma linguagem - ´e garantido como sendo uma linguagem regular. Geralmente uma classe de linguagem L ´e dito para ser fechada sob alguma opera¸c˜ao ‘·’ se e somente se duas linguagens L1, L2 estiverem na classe (L1, L2 ∈ L ), com isso, o resultado da execu¸c˜ao da opera¸c˜ao nas duas l´ınguas ´e a classe: (L1· L2∈ L). (Wintner,2001)

(21)

2.1.4 Autˆomatos

Teoria de autˆomatos ´e o estudo de dispositivos de computa¸c˜ao abstrata. Em meados de 1930, A. Turing estudou uma m´aquina abstrata que tinha todas as capacidades dos computadores de hoje, pelo menos no que podiam calcular. O objetivo de Turing foi descrever com precis˜ao a fronteira entre o que uma m´aquina de computa¸c˜ao poderia fazer e o que n˜ao podia fazer, suas conclus˜oes se aplicam tanto `as m´aquinas abstratas de Turing, quanto `as m´aquinas reais de hoje. (Hopcroft et al.,2007)

Existem conceitos muito importantes que permeiam a teoria de autˆomatos, estes con-ceitos incluem o ‘alfabeto’(Um conjunto de s´ımbolos), ‘strings’(um conjunto finitos de s´ımbolos escolhidos a partir de algum alfabeto) e ‘linguagens’(uma cadeia de strings no mesmo alfabeto).

Um alfabeto, representado pelo s´ımbolo Σ, ´e um conjunto de s´ımbolos. Podendo ser um alfabeto bin´ario (Σ = {0,1}), um conjunto de letras (Σ = {a,b, . . . ,z}) ou um conjunto de todos os caracteres ASCII (American Standard Code for Information Interchange ou C´odigo Padr˜ao Americano para o Intercˆambio de Informa¸c˜ao). (Hopcroft et al.,2007)

Segundo Menezes (2011), autˆomatos finitos (Figura 2.2) pertencem `a classe de al-goritmos mais eficientes em termos de tempo de processamento, visto que toda e qualquer entrada necessita ser lida. De fato, qualquer autˆomato finito que solucione um problema ´e igualmente eficiente, a menos de eventual redundˆancia de estados (q), a qual n˜ao influi no tempo de processamento.

Figura 2.2: Exemplo de um autˆomato, sendo Σ = {a,b}

Fonte: Produzida pelo autor, baseado em (Hopcroft et al.,2007)

A Figura 2.2 apresenta do lado esquerdo uma representa¸c˜ao em autˆomato de uma liguagem livre de contexto, composta de um alfabeto (Σ) apenas do conjunto a,b. Do lado direito, a express˜ao regular capaz form(S)ar a mesma senten¸ca. A vari´avel inicial desta senten¸ca ´e ’a’ e a terminal(T) ’b’ Neste cen´ario ´e poss´ıvel fazer in´umeras senten¸cas, na qual, sempre se termina com o ’b’.

2.2

A L´ıngua Brasileira de Sinais

2.2.1 Particularidades da Libras

Como visto no cap´ıtulo anterior, a estrutura¸c˜ao de frases em Libras quando realizada manualmente, utiliza padr˜oes diferentes da L´ıngua Portuguesa. ´E bastante comum na escrita do surdo o uso da topicaliza¸c˜ao, isso no entanto, faz com que os textos gerados e transcritos por estes n˜ao sejam suficientemente claros, gerando incompreens˜ao das infor-ma¸c˜oes (Goebel e Cordenonsi,2001).

(22)

´e a l´ıngua materna e natural dos mesmos (Gesser,2009).

2.2.2 Compara¸c˜ao da l´ıngua oral e visuoespacial

Diferentemente da Libras, que ´e uma l´ıngua visuoespacial, o portuguˆes ´e uma l´ıngua oral, onde, a escrita tem uma forte rela¸c˜ao fˆonica e geralmente ´e desenvolvida quando se recebe uma instru¸c˜ao formal. Esta rela¸c˜ao, no entanto, dificulta o aprendizado do surdo, pois trata-se de uma realidade que n˜ao lhe ´e familiar (Gesser,2009).

Ao comparar l´ınguas de sinais com l´ınguas orais, trˆes importantes aspectos podem ser investigados, sendo eles (Quadros e Karnopp,2004):

1. Princ´ıpios universais lingu´ısticos compartilhados entre l´ınguas de sinais e l´ınguas orais;

2. Especialidades de cada l´ıngua;

3. Restri¸c˜oes devidas `a modalidade de percep¸c˜ao e produ¸c˜ao.

A diferen¸ca fonol´ogica entre as duas l´ınguas ´e dif´ıcil de ser estabelecida, visto que a l´ıngua de sinais ainda est´a sendo pesquisada e muitas rela¸c˜oes fonol´ogicas ainda n˜ao foram investigadas (Quadros e Karnopp,2004).

Uma importante diferen¸ca, mais especificamente entre a Libras e o Portuguˆes, ´e que a Libras ´e uma l´ıngua visuoespacial, caracterizada dentro de um espa¸co atrav´es de gestos, express˜oes e movimentos com m˜aos, cabe¸ca e corpo. J´a o Portuguˆes ´e uma l´ıngua oral-auditiva, caracterizada por sons percept´ıveis a audi¸c˜ao (Janu´ario et al.,2010).

2.2.3 Sintaxe da Libras

A estrutura frasal proposta na L´ıngua Brasileira de Sinais combina duas diferentes abordagens: (a) as proje¸c˜oes funcionais de concordˆancia e tempo para flexionar verbos e (b) a proje¸c˜ao funcional de apenas uma categoria flexional para verbos simples (Quadros,

2003).

A Libras permite trˆes combina¸c˜oes de frase envolvendo Sujeito–Verbo–Objeto (SVO), no qual, podem ser SVO, SOV e OSV (Quadros, 2003). Nas Figuras 2.3 , 2.4 e 2.5 ´e pos´ıvel observar um exemplo da estrutura frasal em Libras nas diferentes combina¸c˜oes citadasQuadros (2003), bem como a rela¸c˜ao com a L´ıngua Portuguesa.

Figura 2.3: Rela¸c˜ao sint´atica da frase em Libras(OSV) para o portuguˆes.

(23)

Figura 2.4: Rela¸c˜ao sint´atica da frase em Libras(SOV) para o portuguˆes.

Fonte: Produzida pelo autor, baseado em Quadros(2003)

Figura 2.5: Rela¸c˜ao sint´atica da frase em Libras(SVO) para o portuguˆes

Fonte: Produzida pelo autor, baseado em Quadros(2003)

As formas OSV e SOV s˜ao ordens de palavras permitidas apenas quando h´a alguma caracter´ıstica especial, como gestos n˜ao-manuais, incluindo olhar ou acene com a cabe¸ca.

2.3

A L´ıngua Portuguesa

Segundo Souza (2016) Na L´ıngua Portuguesa, as conex˜oes subordinativas se d˜ao por meio das preposi¸c˜oes e das conjun¸c˜oes, sendo que as preposi¸c˜oes subordinam um voc´abulo formal a outro e as conjun¸c˜oes estabelecem a rela¸c˜ao de subordina¸c˜ao entre senten¸cas. Contudo, existem tamb´em as conjun¸c˜oes subordinativas que fazem referˆencia a um nome ou pronome, substituindo na ora¸c˜ao o espa¸co que lhe ´e pr´oprio.

A L´ıngua Portuguesa ´e composta por uma complexa estrutura que organiza as cons-tru¸c˜oes sint´aticas dessa l´ıngua, tendo `a sua disposi¸c˜ao elementos primordiais para que a articula¸c˜ao das senten¸cas seja obediente `as regras que a comp˜oem, considerando as possi-bilidades de uso dos voc´abulos lexicais e dos voc´abulos gramaticais que, relacionados entre si, ir˜ao formar frases do tipo oracional ou n˜ao. No entanto, no processo de an´alise de produ¸c˜oes textuais, ´e preciso considerar que o contexto ´e relevante para a compreens˜ao do lugar social que o produtor ocupa e do texto como lugar de intera¸c˜ao social, considerando, assim, a vis˜ao funcionalista da l´ıngua, que prevˆe a an´alise para al´em dos constituintes sint´aticos (Souza,2016).

(24)

Cap´ıtulo 3

Desenvolvimento e Resultados do

Trabalho

“E eu continuo indo, seguindo meu caminho. Mudando, errando, mas principalmente, aprendendo com o que eu erro. N˜ao me preocupo se minha evolu¸c˜ao lenta, contanto que ela seja pra melhor.”

Tati Bernardi

3.1

Desenvolvimento

3.1.1 Design Thinking

O Design Thinking (DT) pode ser entendido como “um processo de inova¸c˜ao centrado no ser-humano que enfatiza observa¸c˜ao, colabora¸c˜ao, r´apido aprendizado, visualiza¸c˜ao de ideias e an´alise do neg´ocio para alcan¸car inova¸c˜ao” (Lockwood, 2009, apud, Nascimento, 2016).

Segundodo Nascimento(2016) Design Thinking ´e uma vis˜ao cr´ıtica sobre projetos, afim de extrair li¸c˜oes, conhecer e apreder com os erros, para produzir um conhecimento relevante. Reflete em uma mistura diversas ´areas como Psicologia, Marketing e Comunica-¸c˜ao, estando relacionada a uma ciˆencia flex´ıvel que n˜ao se baseia em respostas definitivas, mas procura uma base s´olida de evidˆencias e argumentos para o auxilio do desenvolvimento de artefatos mais eficazes.

O Design Thinking ´e aplicado para desenvolver produtos inovadores, t´ecnicas criativas e de inova¸c˜ao (Marques et al., 2015). Segundo Brown (2008), citado por Marques et al.

(2015) ´e uma t´ecnica centrada no usu´ario, afim de fomentar a inova¸c˜ao, considerando m´etodos como observa¸c˜ao, colabora¸c˜ao, aprendizado, prototipa¸c˜ao de ideias e testes.

Com base emMarques et al. (2015) o Design Thinking foi aplicado neste trabalho no cen´ario prototipa¸c˜ao e fase inicial do trabalho, atrav´es de trˆes etapas:

Imers˜ao: Atrav´es da empatia que ´e imaginar e observar cen´arios e da An´alise e S´ıntese, onde s˜ao analisadas as informa¸c˜oes necess´arias para propor o cen´ario de solu¸c˜oes.

Idea¸c˜ao: Atrav´es das solu¸c˜oes colhidas na etapa da Imers˜ao, as ideias foram formadas e estruturadas para solucionar os problemas observados.

Prototipagem: Em paralelo com as etapas de Imers˜ao e Idea¸c˜ao. Valida¸c˜ao das ideias atrav´es da prototipa¸c˜ao, que ´e uma amostra de usu´arios e a antecipa¸c˜ao de problemas

(25)

decorrentes do uso da solu¸c˜ao (Brown, 2008, apud, Marques, at al., 2015).

3.1.2 Ferramentas para Implementa¸c˜ao

Java ´e uma linguagem de programa¸c˜ao desenvolvida pela Sun Microsystems, mas atu-almente pertence `a Oracle[i]. Esta linguagem possuem algumas das caracter´ısticas impor-tantes, pois pode ser independente de plataforma/multiplataforma, ´e orientada a objetos e as aplica¸c˜oes Android por sua vez, podem ser desenvolvidas utilizando-a (da Silva e Bov´erio,n.d.).

O processo de desenvolvimento de aplicativos Android torna-se mais pr´atico atrav´es do Android Studio. O Android Studio fornece duas maneiras de adicionar interface do usu´ario no aplicativo, que ´e por c´odigo-fonte escrito diretamente na plataforma ou atrav´es do recurso de desenho de telas. Todas as bibliotecas e arquivos necess´arios para qualquer aplicativo Android j´a est˜ao presentes na ferramenta e ao clicar apenas em um bot˜ao na barra de ferramentas, o Kit de Desenvolvimento de Software (SDK) do Android pode ser acessado (Manohar et al.,2017).

O Android Studio tamb´em fornece o gerenciador de dispositivos virtuais, o Android Virtual Device Manager, que permite configurar dispositivos virtuais do Android para testar aplicativos. O tamanho do dispositivo, a arquitetura do conjunto de instru¸c˜oes, entre outros, podem ser configurados para o dispositivo Android. Usando o Android Device Monitor, um usu´ario pode monitorar qualquer coisa que esteja acontecendo no dispositivo em qualquer instˆancia, o que torna a depura¸c˜ao dos aplicativos mais f´acil (Manohar et al.,

2017).

3.2

Requisitos

Esta sess˜ao consiste em descrever e especificar os requisitos do aplicativo criado, de forma a satisfazer as necessidades do usu´ario(surdos).

1. P´ublico-Alvo: Surdos/comunidade surda, usu´arios da Libras ou pesquisadores 2. Componente Principal: Aplicativo para smartphones Android.

3. Miss˜ao do Produto: Traduzir sinais para Frases/Voz na l´ıngua Portuguesa. 4. Limita¸c˜oes desta vers˜ao: N˜ao h´a recursos gramaticais, n˜ao h´a detec¸c˜ao por

ges-tos, n˜ao h´a tratamento de banco de dados.

5. Benef´ıcios: Facilitar e melhorar a comunica¸c˜ao entre surdo e ouvinte; Propor in-dependˆencia ao surdo; Facilitar trabalho dos int´erpretes; Propor futuros estudo da gram´atica Libras.

6. Materiais de Referˆencia: Dicion´ario de Sinais;

7. Caso de Uso: Para descrever a unidade funcional do aplicativo criado, foi elaborado um caso de uso conforme a Figura 3.1.

[i]

(26)

Surdo Ouvinte Modi (O Escut Po fi

Figura 3.1: Caso de Uso da ferramenta.

Fonte: Produzida pelo autor.

3.3

Valida¸

ao do Prot´

otipo

A Figura 3.2apresenta o prot´otipo desenvolvido neste trabalho. O modelo criado pode ser definido atrav´es de componentes presente no aplicativo e atrelado a interface do mesmo.

1. Componentes do Aplicativo:

(a) Tela Splash: Tela de apresenta¸c˜ao contendo ´ıcone principal do programa; (b) Sinais: Conjunto telas contendo sinais a serem inseridos pelo usu´ario.

(c) Campo de texto: Informa¸c˜oes inseridas pelo usu´ario, seja clicando nos sinais, seja inserindo manualmente.

(d) Bot˜oes de configura¸c˜ao: Bot˜ao para recurso de voz; Bot˜ao editar campo de texto; Bot˜ao Limpar campo de texto;

(e) Bot˜ao de sequˆencia: Bot˜ao para exibir novos sinais, anterior ou pr´oximo do sinal apresentado na tela .

(f ) Imagem sinal/Texto sinal: Imagem e texto ilustrando o sinal a ser inserido no campo de texto, ou seja, clicando na imagem ou no texto, a frase correspon-dente ´e inserida no campo de texto acima.

(g) Barra de pesquisa por categorias: Os sinais est˜ao sequenciados por categorias, e portanto, o usu´ario pode escolher qual categoria ser´a exibida na tela, facilitando a pesquisa por sinais.

(27)

Figura 3.2: Telas do aplicativo TELI criada.

Fonte: Produzida pelo autor.

3.4

Pesquisa de Campo

O estudo de campo foi realizado na cidade de Carna´uba dos Dantas/RN, com a par-ticipa¸c˜ao da usu´aria Cinthya Emilliany Dantas, 21 anos, surda, estudante no Instituto Federal da Para´ıba - Picu´ı, al´em da usu´aria, houve a participa¸c˜ao de trˆes ouvintes, Edson, 28 anos, Wilma, 17 anos, Jos´e Jailton, 31 anos e Josefa J´ulia, 55 anos, que n˜ao conheciam a Libras. O di´alogo entre os usu´arios deu-se, para os ouvintes atrav´es de um aplicativo j´a criado por outro autor, o HandTalk, que converte frases do portuguˆes para Libras e para a usu´aria surda, atrav´es do aplicativo criado neste trabalho, o Teli, que converte os sinais em frases e ´audio.

Inicialmente houve um impacto e rejei¸c˜ao a interface do programa desenvolvido, o Teli, visto ser um programa com o prop´osito diferenciado dos programas at´e ent˜ao criados. Para isso, foi necess´ario exemplificar o di´alogo e apresentar os benef´ıcios da ferramenta para que a usu´aria conseguisse entender a finalidade do mesmo e se familiarizar com a ferramenta. A partir de v´arias tentativas, a usu´aria j´a se sentia adaptada a utilizar a ferramenta e foi poss´ıvel conhecer os ouvintes presentes no local, que at´e ent˜ao eram desconhecidas ou a mesma n˜ao sabia o nome. Ao final, foi realizado um question´ario para obter as melhorias encontradas pela usu´aria.

3.5

Resultados

Os resultados do presente trabalho possibilitou ampliar e explorar a necessidade de um novo recurso de acessibilidade. Por se tratar do primeiro aplicativo direcionado a vertente de Libras para portuguˆes, foi necess´ario um estudo da realidade dos futuros usu´arios e entender a fundo um prot´otipo que melhor encaixasse a realidade dos mesmos. Al´em

(28)

Figura 3.3: Tela de di´alogo para inserir idade.

Fonte: Produzida pelo autor.

disso, trata-se de um recurso barato, que possibilita comunica¸c˜ao m´utua, considerando a dificuldade de comunica¸c˜ao entre o surdo e ouvinte.

A Libras possui infinidades de Sinais que sofrem transforma¸c˜oes entre regi˜oes e de pessoa para pessoa, no entanto, foi desenvolvido um prot´otipo simples e com o objetivo funcional. Na l´ogica da aplica¸c˜ao (Figura 3.4), h´a uma associa¸c˜ao entre imagem e texto, respons´avel pelo conte´udo a ser inserido no campo de texto. Atrav´es de um conjunto de imagens, ´e poss´ıvel formar frases simples como: ”Oi, tudo bem”, ”Eu estou bem”, al´em de frases como ”Minha idade ´e <22 anos>”, ”Me chamo <Jaiane>”que possuem um Di´alogo de inser¸c˜ao de texto Figura 3.3, possibilitando assim o usu´ario informar seus dados e completar a frase.

N˜ao foi aplicado nenhum algoritmo de tradu¸c˜ao atrav´es das ´arvores gramaticais, pois, a Libras n˜ao possui uma estrutura definida e a estrutura¸c˜ao entre as linguagens torna-se um estudo duradouro que necessita de um conhecimento mais amplo e com profissionais de v´arias ´areas envolvidas. ´E necess´ario estruturar tempos verbais, posi¸c˜ao dos verbos, sequenciamento de palavras e conex˜ao entre sinais, relacionando gramaticalmente e estru-turalmente com o portuguˆes.

O processo de tradu¸c˜ao de um aplicativo resulta em sua maioria em um resultado aproximado da realidade e exige uma estrutura¸c˜ao gramatical, por n˜ao haver este quesito

(29)

Atividade do usuário Encerra Aplicação Clica no botão Limpar texto Clica no botão Modi car texto Clica no da

Botão voz Clica no botão Voltar/próximo

Clica

sinal/Texto Con guração de inserção ? Não Sim Insere Texto na tela Apresenta Caixa de Diálogo Voz relacionada ao texto é executada Processa texto e som Usuário interage com o teclado nativo android Elimina texto inserido Habilita Modi cação Escolhe

Categorias ApresentaSinais

Usuário Insere texto

Figura 3.4: L´ogica de funcionalidades do aplicativo.

Fonte: Produzida pelo autor.

de forma clara na Libras foi percebida esta deficiˆencia no aplicativo TELI, pois n˜ao faz uma tradu¸c˜ao e o resultado sai traduzido apenas para algumas frases configuradas. A Libras possui intensificadores de palavras e os mesmos n˜ao foram implementados nesta vers˜ao, pois foram percebidos no teste com o usu´ario.

O aplicativo atingiu di´alogos simples para a apresenta¸c˜ao entre dois usu´arios, surdo e ouvinte, sem muita deficiˆencia, mas o di´alogo ´e bastante limitado. O recurso da voz auxilia chamar a aten¸c˜ao de ouvintes, sem a necessidade de est´a perto e auxiliou o surdo na comunica¸c˜ao com idosos, analfabetos e com necessidades b´asicas, como pedir ´agua ou ir ao banheiro.

Para exemplificar a pesquisas pelos sinais, as imagens foram sequenciados atrav´es de 12 categorias, cada uma com seus respectivos sinais:

1. Saudac˜oes: Bem vindos! Bom dia! Boa Tarde Boa Noite! Sim N˜ao Tudo Bem 2. Perguntas: Oi, Tudo bem? Qual o seu nome? Qual a sua Idade? Vocˆe aprendeu? Oi, Tudo bem?

(30)

4. Sentimentos: Bobo! Brincadeira! Conhecer Cuidar Desculpas! Parab´ens! Namorar N˜ao Gostei! Te amo! Triste! 5. Outros: Porque Aprender Avisar Casa Facebook Falar Festa Libras Pensar Sinalizar Sorrir Ter Trabalho Vida 6. Pessoas: Surdo Adultos Amigo Avˆo Crian¸ca Crian¸cas Espir´ıto Santo Eu Fam´ılia Irm˜a M˜ae Namorado 7. Calend´ario: Segunda-feira Ter¸ca-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Domingo S´abado Agora Ontem Amanh˜a Ano Horas Semana Minutos 8. Alimentos: A¸c´ucar ´ Agua Caf´e Carne Ovo P˜ao 9. Educa¸c˜ao: Aprende Escrever Estudar Ler Libras Livro 10. Clima: ´ Agua Calor Chuva Falta Seco

(31)

Temperatura 11. Transporte: Bicicleta Carro ˆ Onibus 12. Vestu´ario: Cal¸ca Camiseta Sapato Vestido Cal¸ca

(32)

Cap´ıtulo 4

Conclus˜

oes

Nesse trabalho foi criado um teclado Libras-Portuguˆes, nomeado de Teli – Teclado Estrutural da Libras. Teli tem como cor principal o azul por ser considerada mundialmente a cor do surdo e como avatar um sapo, por se tratar de um animal que geneticamente n˜ao possui audi¸c˜ao externa.

O mesmo foi desenvolvido em sua primeira vers˜ao e necessita de aperfei¸coamento. Atrav´es de um estudo de campo, foi percebido que a ferramenta atende o que foi proposto, mais n˜ao possui sinais suficientes para um di´alogo completo, bem como tamb´em n˜ao encontra-se em uma vers˜ao usual, no qual, o usu´ario sente dificuldades em encontrar sinais. Al´em disso, ´e necess´ario um banco de dados que armazene os sinais inseridos e a frase traduzida, para possibilitar uma poss´ıvel estrutura¸c˜ao da gram´atica Libras, melhorar o processo de tradu¸c˜ao e servir como estudo para futuros pesquisadores, inclusive da lingu´ıstica.

No entanto, a gram´atica da Libras ainda est´a em estudos e portanto, n˜ao h´a uma defini¸c˜ao clara para a cria¸c˜ao de um compilador da linguagem, sendo necess´ario um foco na lingu´ıstica e anos de pesquisa. Visto isso, n˜ao foi criado algoritmos de convers˜ao de uma gram´atica para outra, pois o trabalho abordaria uma linha de pesquisa diferenciada e muito complexa. Sendo assim, o foco resultou mais na cria¸c˜ao do prot´otipo pela abordagem do curso e ´area de atua¸c˜ao.

Conclui-se portanto, que o trabalho ´e relevante para a sociedade e para a ´area tec-nol´ogica, foi desenvolvido e servir´a como incentivo para futuros pesquisadores da mesma vertente. Conclui-se, tamb´em, que a uni˜ao de todas essas atividades proporcionaram uma rica experiˆencia, tendo em vista que inclui, entre outras coisas, uma maior familiaridade na ´area de desenvolvimento de sistemas.

4.1

Contribui¸

oes

Como contribui¸c˜ao desse trabalho tem-se a elabora¸c˜ao da ferramenta desenvolvida, um aplicativo android nomeado de Teli, que funciona como um teclado Libras-Portuguˆes, com o prop´osito de proporcionar um leque ainda maior na comunica¸c˜ao entre surdos e ouvintes.

4.2

Trabalhos futuros

Com base nos resultados obtidos tem-se a necessidade de estender esse trabalho com o intuito de considerar aspectos inexplorados nessa vers˜ao, como por exemplo, usabilidade da

(33)

ferramenta e o cadastramento de frases para a possibilidade de crescimento do dicion´ario de sinais. ´E necess´ario tamb´em melhorar a qualidade do sinais, ou quem sabe detect´a-los atrav´es de gestos, onde o usu´ario necessite apenas gesticular atrav´es da cˆamera.

N˜ao desconsiderando tamb´em o uso futuro de novas linguagens de programa¸c˜ao, como Ionic[i], para a ferramenta em si e Flex e Bison[ii], para a cria¸c˜ao das bibliotecas de regras gramaticais. Al´em disso, melhorar na performace, na usabilidade e atribuir novas funci-onalidades, como cadastrar sinais, novos bot˜oes, adicionar contatos, enviar mensagem e compartilhar em redes sociais, para atender a necessidade do usu´ario por completo.

[i]

Ionic ´e uma linguagem de programa¸c˜ao h´ıbrida, utilizada para programa¸c˜ao mobile multiplataforma -https://ionicframework.com/

[ii]Flex ´e uma linguagem de an´alise e gera¸ao de recursos l´exicos e Bison converte

nota-¸

c˜oes gramaticais livre de contexto, atrav´es dos recursos gerados em Flex. - Livro FlexBison: http://web.iitd.ac.in/ sumeet/flexbison.pdf

(34)

Referˆ

encias Bibliogr´

aficas

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(Citado na p´agina8)

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(Citado na p´agina8)

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URL: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/23112/1/2016JosAntonioM achadodoN ascimento.pdf (Citadonapgina 20)

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(35)

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Souza, Viviana (2016), ‘O uso de voc´abulos gramaticais na escrita da L´ıngua Portuguesa por surdos de amargosa - BA’. Trabalho de Conclus˜ao de Curso, UFRB - Amargosa/BA. URL: http://www.repositoriodigital.ufrb.edu.br

(Citado na p´agina19)

Strobel, Karin Lilian e Sueli Fernandes (1998), ‘Aspectos Ling¨u´ısticos da LIBRAS’. Curi-tiba: SEED/SUED/DEE.

(36)

partment of Computer Science University of Haifa 31905. Haifa, Israel. (Citado nas p´aginas15 e 16)

´

Avila Othero, Gabriel (2009), A gram´atica da frase em Portuguˆes, algumas reflex˜oes para a formaliza¸c˜ao da estrutura frasal em portuguˆes, Porto Alegre: idiPUCRS.

(37)

Apˆ

endice A

Apˆ

endice

Nesse apˆendice s˜ao apresentados os resultados colhidos no experimento.

A.1

Di´

alogos realizados

Os di´alogos apresentados abaixo ´e o resultado da conversa¸c˜ao dos usu´arios atrav´es dos aplicativos HandTalk para ouvintes e Teli para a usu´aria surda.

Na Tabela A.1´e apresentado um di´alogo simples entre duas pessoas, obtido no ato do teste com usu´ario.

Wilma estudou com Cinthya, mas ela n˜ao lembrava seu nome. Cinthya (Teli): Qual o seu nome?

Wilma (HandTalk): Wilma.

Tabela A.1: Di´alogo 1.

Fonte: Produzido pelos usu´arios.

Na tabelaA.2´e apresentado um di´alogo de apresenta¸c˜ao, atrav´es do aplicativo, o di´ a-logo em quest˜ao, n˜ao apresentou dificuldade entre os usu´arios e atingiu satisfatoriamente um patamar funcional, por´em, os di´alogos a partir da´ı sofrem dificuldades entre os usu´arios e a comunica¸c˜ao ´e interrompida.

A tabelaA.3 apresenta a mesma quest˜ao da tabela A.1.

A tabela A.4 explora novos di´alogos, a usu´aria utiliza palavras como ”velho”e ”pre-gui¸coso”na op¸c˜ao de editar texto presente no aplicativo. Por´em, a partir deste di´alogo a comunica¸c˜ao passou a ficar escassa, com palavras soltas nas quais o ouvinte n˜ao conseguia assimilar.

A.2

Question´

ario Aplicado

Nesta ocasi˜ao, foi aplicado um breve question´ario de satisfa¸c˜ao, apresentado na Figura

(38)

Edson (HandTalk): N˜ao, estou gripado. E vocˆe? Cinthya (Teli): Estou bem.

Cinthya (Teli): Qual o seu nome?

Edson (HandTalk): Meu nome ´e Edson e o seu? Cinthya (Teli): Me chamo Chinthya. Minha idade ´e 21 anos.

Edson (HandTalk): Tenho 28 anos.

Tabela A.2: Di´alogo 2.

Fonte: Produzido pelos usu´arios.

Josefa J´ulia j´a conhecia Cinthya, mas ela tamb´em n˜ao lembrava seu nome. Cinthya (Teli): Qual o seu nome?

J. J´ulia (HandTalk): Meu nome ´e Josefa. Cinthya, confimou entender utilizando sinais.

Tabela A.3: Di´alogo 3.

Fonte: Produzido pelos usu´arios.

J. Jailton e Cinthya, se conheciam, com o di´alogo mais limitado.

Com o Teli, Cinthya escreveu algumas palavras n˜ao presentes nas imagens do aplicativo. Cinthya (Teli): Amigo Bobo.

J. Jailton (HandTalk): Vocˆe tamb´em ´e boba. Cinthya (Teli): Qual a sua idade?

J. Jailton (HandTalk): 31 anos Cinthya (Teli): Vocˆe velho.

J. Jailton (HandTalk): vocˆe tem quantos anos? Cinthya (Teli): Minha idade ´e 21 anos. J. Jailton (HandTalk): Vocˆe n˜ao ´e t˜ao nova.

Cinthya (Teli): N˜ao Gostei! N˜ao gostei! Cinthya (Teli): Sorrir. Trabalho. J. Jailton (HandTalk): Trabalho aqui.

Cinthya (Teli): Vocˆe pregui¸coso.

Tabela A.4: Di´alogo 4.

(39)

QUESTIONÁRIO DE USABILIDADE

TELI: Teclado Estrutural da LIBRAS

Usuário(a): Cinthya Emilliany Dantas, 21 anos, surda. Cidade: Carnaúba dos Dantas

Ferramenta de Comunicação usuária: Teli

Aplicação do Questionário: Jaiane Júlia Dantas, 24 anos, desenvolvedora. Cidade: Carnaúba dos Dantas

Data: 03/11/2017

Ferramenta de comunicação: HandTalk Intérprete: Não houve

1. Você gostou da ferramenta? ( ) Sim

( ) Não

(x) Mais ou menos. Porquê? Achei difícil, poucos sinais.

2. A ferramenta te ajudou na comunicação? (x) Sim

( ) Não

( ) Mais ou menos. Porquê?

3. Você vai utilizar a Ferramenta no seu dia-a-dia? Sim. (x) Sim

( ) Não

( ) Mais ou menos. Porquê?

• Feedback observado nos diálogos apontados como melhorias: ✓ Facilitar usuário a encontrar sinais

✓ Acrescentar sinais ✓ Sinais intensificadores

✓ Detectar sinais através de gestos ✓ Interface

Figura A.1: Question´ario aplicado.

Referências

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