G
ESTÃO DE
P
ROJETOS
Antonio Carlos Ferreira
antonio.carlos.ferreira@aedu.com
sites.google.com/a/aedu.com/prof-acferreira
Avaliação de
V
IABILIDADE
e Risco
Capítulo 3
A proposta inicial:
–
Quatro finalidades:
•
introduzir o conceito;
•
testar as reações dos
potenciais interessados;
•
obter apoio; e
•
estabelecer uma base para
avaliação da viabilidade.
PÁG. 45O estudo de viabilidade
• A importância do estudo de viabilidade;
• A exeqüibilidade, modos de alcançar
objetivos, opções de estratégia e
metodologia;
• A previsão dos prováveis resultados,
riscos e conseqüências de cada curso de
ação;
• Os benefícios de um estudo bem
conduzido
PÁG. 46
Pesquisando a viabilidade
1. Dados existentes;
2. Escopo, objetivos e premissas;
3. Esboço de estratégia;
4. Análise financeira (fatores externos,
quando relevante) ;
5. Análise financeira (base do projeto);
6. Avaliação do retorno sobre o investimento
e o esforço;
7. Avaliação de riscos;
PÁG. 47
Pesquisando a viabilidade
8. Fontes de apoio do projeto;
9. Avaliação tecnológica;
10.Análise política (quando cabível);
11.Avaliação de impacto ambiental (AIA);
12.Avaliação de impacto sociológico (quando
apropriada) e identificação de interessados
(stakeholders);
13.Estrutura gerencial e administração do
projeto;
14.Recursos do projeto.
Quem conduzirá o estudo de
viabilidade?
• O estudo de viabilidade é um investimento
em conhecimento;
• É de importância capital;
• Deve ser feito por pessoas capazes e
qualificadas;
• Justifica a contratação de uma equipe
especializada;
• Assessores profissionais ou consultores
administrativos como melhor opção;
PÁG. 49
Equipes de pesquisa para
propostas baseadas na lógica
• A composição da equipe e a seleção de seus
membros determina pelo tipo de projeto e a natureza da atividade;
• As discussões racionais baseadas em experiência
amadurecida, a partir de projetos e métodos similares e tecnologia bem compreendida;
• Previsão imediata dos problemas técnicos;
• O registro de dados anteriormente disponíveis para
aplicação a muitas tarefas e processos;
• As recomendações serão previsíveis e deverão
resultar em uma acurada previsão de custos, riscos e resultados;
PÁG. 50
Termos de referência para o
estudo
• Normalmente se baseiam nos
antecedentes descritos na proposta de
projeto conforme qualificados por
discussão, objetivos, direção, escopo e
foco de estudo;
• Em caso de dúvida ou preocupação com
respeito a determinado aspecto da
proposta, as questões a serem
esclarecidas deverão ser definidas;
PÁG. 50
Instruindo a equipe de
pesquisa
• A qualidade das reuniões de instrução
determinará a eficácia do estudo e a
direção em que será conduzido;
• Sessões formais de instrução
respaldadas por documentação
apropriada;
• A necessidade de autorização escrita
para conduzir o estudo.
PÁG. 51
Instruindo a equipe de
pesquisa
• As instruções devem incluir:
1. Esboço do conceito do projeto e
avaliação inicial de sua necessidade;
2. Antecedentes do projeto (incluindo a
proposta inicial);
3. Escopo, propósito e objetivos do
estudo e quando e onde ele terá lugar
(área geográfica);
4. Composição da equipe e áreas de
responsabilidade individual;
PÁG. 51
Instruindo a equipe de
pesquisa
• As instruções devem incluir:
5. Orçamento do estudo, autoridade para
envolver ou cooptar pessoal;
6. Fontes de informação (lugares,
pessoas, processos, estabelecimentos
etc.): abordagens prévias na busca de
informações; possíveis fontes de
oposição
Instruindo a equipe de
pesquisa
• As instruções devem incluir:
7. Parâmetros ou limites para o projeto —
tempo, condições financeiras, políticas,
climáticas, mercadológicas etc;
8. Necessidade de avaliação de impacto
tecnológico, político, sociológico ou
ambiental e áreas de preocupação especial
(confidencialidade, sigilo etc.);
9. Formato do relatório; a quem deve ser
dirigido; número de cópias necessárias
;
PÁG. 51
Conduzindo estudos e
viabilidade
• Princípios básicos que podem ser úteis ao estudo de viabilidade:
Obtenha o máximo possível de informações antes de
começar o estudo;
Faça um plano de estudo;
Teste preconceitos e idéias preconcebidas. Escute
opiniões, mas teste sua validade;
Não se deixe influenciar erroneamente pelo sucesso
aparente de alguém;
Saiba diferenciar fato e opinião;
Esteja atento à natureza e força de opiniões e
sentimentos intensamente defendidos que poderiam resultar em oposição ou atraso na consecução do projeto;
PÁG. 51
Conduzindo estudos e
viabilidade
• Princípios básicos que podem ser úteis ao estudo de viabilidade:
Obtenha e registre fatos sempre que for possível;
Esteja ciente dos possíveis riscos;
Lembre-se de que você é um embaixador do projeto e que sua cortesia, aceitabilidade e imagem podem produzir um efeito poderoso no sucesso futuro;
Não tenha medo de considerar alternativas; dê uma opinião honesta e imparcial;
PÁG. 52
Abrangência de relatório de
viabilidade
• A abrangência e layout do
relatório de um estudo de
viabilidade é uma questão
de bom senso e será
determinada pelas
circunstâncias do estudo.
PÁG. 52Abrangência de relatório de
viabilidade
• Na prática, uma lista de subtítulos, via de regra, incluiria:
1. Informações de identificação;
2. Resumo executivo;
3. Corpo do relatório;
4. Conclusões;
5. Recomendações;
6. Anexos e demonstrativos;
PÁG. 52Riscos do projeto
• Antes de se envolverem em um projeto, proprietários,
patrocinadores e potenciais financiadores desejarão:
certificar-se da viabilidade do
projeto;
avaliar a possibilidade de ameaça ao
resultado desejado;
considerar as conseqüências de
risco potencial ao projeto e
certificar-se de sua administrabilidade;
Riscos do projeto
• A administração dos riscos é um processo contínuo ao longo da vida de todos os projetos; • A administração de riscos ocorre em quatro
fases:
1.identificação;
2.avaliação;
3.análise;
4.eliminação
.
PÁG. 54Identificação do risco
• Os riscos podem ter origem:
no próprio projeto;
em ocorrências não
planejadas;
em causas externas.
PÁG. 54
Identificação do risco
• As conseqüências de uma variação de
risco entre o mínimo e o traumático
afetarão:
o resultado do projeto e a
consecução dos objetivos (o
projeto fracassará em parte
ou completamente);
a duração;
PÁG. 54
Avaliação do risco
• As técnicas de identificação de risco;
• Uma avaliação de risco leva em conta:
a natureza do(s) possível(is)
risco(s);
a probabilidade do risco;
as conseqüências do risco;
recursos, custos e conseqüências
de se minimizarem ou subscrever
riscos (underwriting risks).
PÁG. 55
Volume e Impacto do risco
Impacto Médio
e baixo:
Volume 20%
Impacto 80%
Impacto Alto:
Impacto 20%
Volume 80%
Análise de risco
• As técnicas de avaliação de riscos incluem:
análise de redes de atividade
(PERT, CPM, redes de
precedência etc.);
árvores de decisão;
estimativa de valor esperado;
análise de sensibilidade.
PERT/CPM
• As técnicas denominadas PERT e
CPM foram independentemente
desenvolvidas para o Planejamento e
Controle de Projetos em torno de
1950, porém a grande semelhança
entre estas fez com que o termo
PERT/CPM seja utilizado
corriqueiramente como apenas uma
técnica.
PÁG. 56PERT/CPM
• Os termos PERT e CPM são
acrônimos de Program
Evaluation and Review
Technique (PERT) e Critical
Path Method (CPM).
PÁG. 56
PERT/CPM
1. Construção de uma planta
2. Pesquisa e desenvolvimento de um
produto
3. Produção de filmes
4. Construção de navios
5. Instalação de um sistema de
informações
6. Condução de campanhas
publicitárias, entre outras.
PÁG. 56PERT/CPM
• PERT e CPM utilizam principalmente
os conceitos de Redes (grafos) para
planejar e visualizar a coordenação
das atividades do projeto.
• Um exemplo clássico de aplicação de
PERT/CPM é o planejamento e
gerenciamento da
• construção civil.
PÁG. 56Caminho crítico
A D E B C F G 15 30 10 5 60 20 60 55 140 AtividadeDepende deDuração
(dias)
Custo diário da mão-de-obra (1 turno) Custo diário de máquinas (por turno) Custo diário da mão-de-obra (2 turnos)A
-
30
4.000
2.000
10.000
B
-
60
6.000
1.000
15.000
C
B
20
2.000
1.000
5.000
D
A
15
4.000
2.000
10.000
E
D
10
2.000
-
5.000
F
C
60
8.000
3.000
20.000
G
E&F
5
5.000
1.000
10.000
Construção da rede
• Construa a rede para
essas atividades!
• Com o uso do CPM,
identifique o Caminho
Crítico (Critical Path)
–Quantos são os dias?
Custo da Compressão
Para antecipar a entrega do projeto, vamos calcular o custo de compressão (acelerar as atividades criticas mediante o aumento de recursos) da atividade B! 1) Calcule o custo da atividade B sem compressão! 2) Qual seria o custo da atividade B com uma
compressão para 1/3 do tempo em relação a duração normal?
3) Calcule o percentual (%) desse custo em relação ao original!
4) Faça nova rede e identifique o novo Caminho Crítico. 1) Obs.: Não esquecer de incluir o custo de máquinas!
1) O consumo de material não é alterado pela atividade acelerada!
Custo planejado dias $ $ Custo compressão dias $ $ Mão-de-obra 60 6.000 360.000 Mão-de-obra 20 6.000 120.000 Custo de máquina 60 1.000 60.000 Mão-de-obra 2º Turno 20 15.000 300.000 Custo de máquina 40 1.000 40.000 TOTAL 420.000 TOTAL 460.000 40.000 9,524%
O consumo de material não é alterado pela atividade acelerada Custo de compressão de 20 dias da Atividade B
Portanto, o custo de redução da atividade B para 40 dias seria de:
Atividade Tempo Normal (dias) Tempo de compressão (dias) Tempo custo normal $ Custo total da compressão $ Redução máxima do tempo (dias) Custo diário de compressão $
310
21
12
2.100
4.800
9
300
322
30
20
4.000
6.500
10
250
313
60
40
6.000
9.000
20
150
420
30
10
3.000
4.500
20
150
430
20
10
2.000
3.000
10
100
Totais
17.100 27.800
Custo total de compressão das atividades
10.700
PERT/CPM
• Suponha que uma empreiteira ganhou uma concorrência de $5,4 milhões para construir uma planta industrial. O contrato inclui:
– Uma penalidade de $300.000,00 se a empreiteira não completar a construção em 47 semanas.
– Um bônus de $150.000,00 se a empreiteira completar a construção em 40 semanas. • De acordo com a experiência da empreiteira, a
seguinte lista foi elaborada para este projeto:
PÁG. 56
Tabela 1 - Atividades, Atividades Precedentes e Duração Estimada 0
Atividade Descrição Atividades Precedentes Duração Estimada (semanas) A Escavação - 2 B Fundação A 4 C Paredes B 10 D Telhado C 6 E Encanamento Exterior C 4 F Encanamento Interior E 5 G Muros D 7
H Pintura Exterior E,G 9
I Instalação Elétrica C 7 J Divisórias F,I 8 K Piso J 4 L Pintura Interior J 5 M Acabamento Exterior H 2 N Acabamento Interior K,L 6
PERT/CPM
• A duração para a execução da obra é
79 semanas se cada atividade for
realizada uma por vez. No entanto,
existem atividades que podem ser
realizadas simultaneamente com
outras atividades, podendo com isso,
reduzir a duração da execução da
obra.
• Construção da rede
PÁG. 56 Atividade Descrição Atividades Precedentes Duração Estimada (semanas) A Escavação - 2 B Fundação A 4 C Paredes B 10 D Telhado C 6 E Encanamento Exterior C 4 F Encanamento Interior E 5 G Muros D 7H Pintura Exterior E,G 9 I Instalação Elétrica C 7 J Divisórias F,I 8 K Piso J 4 L Pintura Interior J 5 M Acabamento Exterior H 2 N Acabamento Interior K,L 6
Construção
da rede
Tabela 2 - Caminhos e seus respectivos Comprimentos Caminho Comprimento (semanas) Inicio-A-B-C-D-G-H-M-Fim 2 + 4 + 10 + 6 + 7 + 9 + 2 = 40 Inicio-A-B-C-E-H-M-Fim 2 + 4 + 10 + 4 + 9 + 2 = 31 Inicio-A-B-C-E-F-J-K-N-Fim 2 + 4 + 10 + 4 + 5 + 8 + 4 + 6 = 43 Inicio-A-B-C-E-F-J-L-N-Fim 2 + 4 + 10 + 4 + 5 + 8 + 5 + 6 = 44 Inicio-A-B-C-I-J-K-N-Fim 2 + 4 + 10 + 7 + 8 + 4 + 6 = 41 Inicio-A-B-C-I-J-L-N-Fim 2 + 4 + 10 + 7 + 8 + 5 + 6 = 42
Tabela 2 - Caminhos e seus respectivos Comprimentos
Caminho Comprimento (semanas) Inicio-A-B-C-D-G-H-M-Fim 2 + 4 + 10 + 6 + 7 + 9 + 2 = 40 Inicio-A-B-C-E-H-M-Fim 2 + 4 + 10 + 4 + 9 + 2 = 31 Inicio-A-B-C-E-F-J-K-N-Fim 2 + 4 + 10 + 4 + 5 + 8 + 4 + 6 = 43 Inicio-A-B-C-E-F-J-L-N-Fim 2 + 4 + 10 + 4 + 5 + 8 + 5 + 6 = 44 Inicio-A-B-C-I-J-K-N-Fim 2 + 4 + 10 + 7 + 8 + 4 + 6 = 41 Inicio-A-B-C-I-J-L-N-Fim 2 + 4 + 10 + 7 + 8 + 5 + 6 = 42
Redes e análises e atividades
• Usadas principalmente para isolar
atividades e eventos que possam
causar demora significativa, e
para estimar o custo do processo
de “compressão” ou aceleração
para levar o projeto de volta ao
cronograma;
PÁG. 56
Redes e análises e atividades
• Técnica de Avaliação e Revisão de
Programas (PERT), o Método do
Caminho Crítico (CPM) ou rede de
precedência;
• Esse métodos traçam a seqüência
lógica de atividades do projeto,
mostrando interdependências, e a
duração esperada de cada atividade;
Árvores de decisão e valores
esperados
• Traçam caminhos alternativos utilizando
custos e valores conhecidos e
estimados sob uma classe de
circunstâncias possíveis;
• São freqüentemente utilizadas com
relação a valores esperados e tornam-se
progressivamente eficazes à medida que
melhora a exatidão das informações
estatísticas e a previsão;
PÁG. 59
Árvores de decisão e valores
esperados
• A árvore de decisão é um diagrama que
descreve uma decisão que está sendo
considerada e as implicações da escolha
de uma ou outra das alternativas
disponíveis.
• Ela incorpora probabilidades ou riscos e
os custos ou recompensas de cada
caminho lógico dos eventos e decisões
futuras.
PÁG. 59Árvores de decisão
PÁG. 59 Decisões Valores de Investimentos Valores de Investimentos Valores de Investimentos Incerteza Incerteza as probabilidades as probabilidades as probabilidades Retorno Retorno Retorno RetornoÁrvores de decisão
Análise de sensibilidade
• Se concentra no efeito de risco
derivado de mudanças que poderiam
acontecer durante a implementação
do projeto;
• Os fatores para análise do projeto
podem variar desde a instabilidade
econômica regional até a
efervescência política;
PÁG. 60
Análise de sensibilidade
• A análise de sensibilidade é um método de
decisão assente num estudo técnico de
caráter financeiro com o objetivo de
determinar qual a viabilidade ou sucesso
de um determinado projeto, quer ele seja
de investimento, um projeto de
reorganização empresarial, os aspectos
relacionados com o lançamento de um
novo produto ou mesmo a antevisão do
eventual sucesso num novo mercado.
Administrando riscos
• Tratar primeiro as ameaças graves
– Os erros de prioridade 1, são de dois tipos:
Com potencial de danos mais
graves;
Individualmente menos
traumáticos, porém mais
numerosos e dotados de um
coeficiente de alta probabilidade
de ocorrência;
PÁG. 61
Administrando riscos
• Ao lidar com essas ameaças deve-se considerar:
Mudança de estratégia para
reduzir a probabilidade ou
amenizar seu impacto potencial;
Planos de contingência para
lidar com as conseqüências,
caso ocorram;
PÁG. 61
Administrando riscos
Organização de planos para que os
problemas previsíveis surjam logo no
início do ciclo de vida do projeto;
Medidas especiais para fornecer
alerta antecipado do perigo;
Previsão de tempo adicional para
acomodar as conseqüências da
variação;
PÁG. 61
Administrando riscos
• Reduzir as ameaças de nível inferior
por meio do planejamento
Minimizar a ameaça na fase
de planejamento mediante a
eliminação dos riscos que
podem ser evitados a um
custo moderado;
PÁG. 62
Administrando riscos
• As áreas de pequenos problemas –
riscos de prioridade 3
Se não for contido, o efeito
cumulativo de muitas
dificuldades de baixo
impacto pode tornar-se
bastante grave;
PÁG. 62
Antecipando o risco externo
• A resistência inesperada por
parte dos empregados ou
organizações de empregados
que prevêem uma ameaça ao
emprego, condições de
trabalho ou rotina pessoal;
Equipes de pesquisa para novos
projetos
• A viabilidade de uma proposta que
abre novos caminhos ou exige o
desenvolvimento de novos conceitos
ou métodos não testados merece
exame detalhado e especializado;
• A equipe de estudo deve contar com o
melhor know-how profissional
disponível;
PÁG. 64Prevendo a sustentabilidade
(ou auto-sustentação)
• A preocupação constante de
prestadores de assistência
nacionais e internacionais, que
têm uma consciência aguda de
que os benefícios de projetos em
países em desenvolvimento são,
quase sempre, de vida curta.
PÁG. 68