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Simples nacional: o impacto da mudança na regra de cálculo para os anexos I e II - uma análise comparativa

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DANIEL ILLO BARBOSA

SIMPLES NACIONAL: O IMPACTO DA MUDANÇA NA REGRA DE

CÁLCULO PARA OS ANEXOS I E II – UMA ANÁLISE COMPARATIVA

Natal

2018

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DANIEL ILLO BARBOSA

SIMPLES NACIONAL: O IMPACTO DA MUDANÇA NA REGRA DE

CÁLCULO PARA OS ANEXOS I E II – UMA ANÁLISE COMPARATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do curso de graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis

Orientador: Pedro Lopes de Araújo Neto

Natal 2018

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Barbosa, Daniel Illo.

Simples Nacional: o impacto da mudança na regra de cálculo para os anexos I e II - Uma análise comparativa / Daniel Illo Barbosa. - 2018.

42f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis. Natal, RN, 2018. Orientador: Prof. Me. Pedro Lopes de Araújo Neto.

1. Simples Nacional - Monografia. 2. Planejamento tributário - Monografia. 3. Lei 155/2016 - Monografia. 4. Comércio - Monografia. 5. Indústria - Monografia. I. Neto, Pedro Lopes de Araújo. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/Biblioteca do CCSA CDU 336.22 Elaborado por Eliane Leal Duarte - CRB-15/355

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DANIEL ILLO BARBOSA

SIMPLES NACIONAL: O IMPACTO DA MUDANÇA NA REGRA DE

CÁLCULO PARA OS ANEXOS I E II – UMA ANÁLISE COMPARATIVA

Monografia apresentada e aprovada pelo Departamento do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 06 de dezembro de 2018, pela banca examinadora composta pelos seguintes membros:

___________________________________________________________________

Pedro Lopes de Araújo Neto, Me. Sc. Orientador

Alexandro Barbosa, D. Sc. Examinador

João Maria Montenegro Ribeiro, Me. Sc. Examinador

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AGRADECIMENTOS

Meu sincero agradecimento à Universidade Federal do Rio Grande do Norte que ao longo desses cinco anos dispôs sua infraestrutura e profissionais não só para minha formação profissional e acadêmica, mas também para meu amadurecimento e evolução pessoais. Foram intensos e maravilhosos anos nesta casa.

Deixo meu muito obrigado ao prof. Pedro Lopes que assumiu o compromisso de me orientar na elaboração deste trabalho e que indiscutivelmente tem uma incrível contribuição no desenvolvimento de toda esta pesquisa.

Agradeço a minha família que é meu grande pilar e cujas bases moldaram quem eu sou. Obrigado por me amarem, respeitarem e terem investido na minha educação e crescimento ao longo de todos esses anos. Sem vocês eu jamais alcançaria essa vitória que também é de vocês.

Por fim, deixo meu agradecimento a todos os meus amigos e colegas que conviveram comigo ao longo dessa caminhada intensa, as vezes um tanto exaustiva, mas engrandecedora acima de tudo. Fico feliz e imensamente grato por ter conhecido e compartilhado dessa caminhada com cada um de vocês a quem desejo todo sucesso.

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RESUMO

Janeiro de 2018 marcou o início da vigência das alterações trazidas pela Lei Complementar 155/2016 para o Simples Nacional, sendo a mais visível delas a mudança substancial na regra de cálculo utilizada na apuração mensal dos tributos, que se tornou mais particularizada com a tabela não mais fixando alíquotas. Esta pesquisa objetiva formalizar uma análise comparativa entre a nova regra de cálculo e a anterior, cuja origem se deu em 2007 e que se tornou obsoleta ao final do ano passado. Pretendeu-se especificamente verificar se o impacto da mudança foi vantajoso ou desvantajoso para as empresas participantes dos anexos I e II, respectivamente os segmentos comercial e industrial. Na concepção da análise, os parâmetros utilizados para a definição dos dados foram os termos estabelecidos e estruturados para ambos os anexos pelas leis complementares nº 123/2006, em sua regra original, e a nº 155/2016 que trouxe o novo processo de apuração. Considerando o processo de redução de vinte faixas para seis na atual estrutura de anexos, na análise do impacto buscou-se a comparabilidade entre as alíquotas efetivas encontradas sob cada regra e assim, a identificação da tendência do comportamento das alíquotas para cada uma das faixas até a quinta faixa que representa o limite máximo de enquadramento permitido pelo regime até o final do ano passado. No resultado da análise verificou-se que mesmo não impacto para as empresas enquadradas na primeira faixa e apresentando esporádicos cenários onde uma pequena economia é identificada nas demais, em geral, a nova regra se apresenta desvantajosa para as empresas optantes do Simples Nacional, com alíquotas efetivas maiores que as que seriam encontradas em uma apuração realizada nos moldes anteriores.

Palavras-chave: Simples Nacional. Regra. Apuração. Lei 155/2016. Alíquotas.

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ABSTRACT

January 2018 marked the beginning of the validity of the changes introduced by Act 155/2016 for the Simples Nacional, the most visible of which was the substantial change in the calculation rule used in the monthly clearance of taxes, which became more particularized with the non-more fixing aliquots. This research aims to formalize a comparative analysis between the new calculation rule and the previous one, which originated in 2007 and became obsolete at the end of last year. It was specifically sought to ascertain whether the impact of the change was advantageous or disadvantageous for the companies participating in Annexes I and II, respectively the commercial and industrial segments. In the design of the analysis, the parameters used to define the data were the terms established and structured for both annexes by the acts nº 123/2006 - in it original rule - and nº 155/2016 that brought the new process of calculation. Considering the reduction process from twenty lines to six in the current annex structure, the impact analysis sought to compare the effective aliquots found under each rule and thus to identify the tendency of the aliquot behavior for each of the bands until the fifth band that represents the maximum framework allowed by the regime until the end of last year. In the result of the analysis, it was verified that even if it did not impact on the companies classified in the first range and presented sporadic scenarios where a small economy is identified in the others, in general, the new rule is disadvantageous for the companies opting for the Simples Nacional, with aliquots effective higher than those that would be found in a calculation carried out in the previous models.

Keywords: Simples Nacional. Rule. Calculation. Act 155/2016. Aliquots. Trade.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Alíquotas efetivas da faixa I para o anexo I. ... 35 Figura 2 - Alíquotas efetivas da faixa I para o anexo II. ... 35 Figura 3 - Comportamento da faixa I através das diferenças de alíquotas

encontradas para os anexos I e II. ... 35 Figura 4 - Alíquotas efetivas da faixa II para o anexo I. ... 36 Figura 5 - Alíquotas efetivas da faixa II para o anexo II. ... 36 Figura 6 - Comportamento da faixa II através das diferenças de alíquotas

encontradas para os anexos I e II. ... 36 Figura 7 - Alíquotas efetivas da faixa III para o anexo I. ... 37 Figura 8 - Alíquotas efetivas da faixa III para os cenários do anexo II. ... 38 Figura 9 - Comportamento da faixa III através das diferenças de alíquotas

encontradas para os anexos I e II. ... 38 Figura 10 - Alíquotas efetivas da faixa IV para os cenários do anexo I. ... 39 Figura 11 - Alíquotas efetivas da faixa IV para os cenários do anexo II. ... 39 Figura 12 - Comportamento da faixa IV através das dif. de alíquotas encontradas para os anexos I e II. ... 39 Figura 13 - Alíquotas efetivas da faixa V para os cenários do anexo I. ... 40 Figura 14 - Alíquotas efetivas da faixa V para cenários do anexo II. ... 40 Figura 15 - Comportamento da faixa V através das diferenças de alíquotas

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Anexo I: Tabela de alíquotas pela LC 123 de 2006... 19 Quadro 2 – Tabela de alíquotas nominais do anexo I, segundo a Lei Complementar nº 155 de 2016. ... 20 Quadro 4 - Tabela de alíquotas nominais do anexo II, segundo a Lei Complementar nº 155 de 2016. ... 21 Quadro 5 – Listagem e relação das faixas da antiga e atual tabela no processo de redução do número de faixas de enquadramento. ... 25 Quadro 6 - Cenários de receita acumulada de cada faixa da tabela antiga aplicadas na metodologia. ... 26 Quadro 7 - Dados de receita mensal para cada cenário de receita acumulada

aplicado na metodologia. ... 27 Quadro 8 – Resultados do primeiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo I. .. 28 Quadro 9 - Resultados do segundo cenário de cada faixa obtidos para o Anexo I. . 28 Quadro 10 - Resultados do terceiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo I. .. 29 Quadro 11 - Diferenças de alíquota e valor obtidas para os três cenários de cada faixa do anexo I. ... 30 Quadro 12 - Resultados do primeiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo II. ... 31 Quadro 13 - Resultados do segundo cenário de cada faixa obtidos para o Anexo II. ... 31 Quadro 14 - Resultados do terceiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo II. . 32 Quadro 15 - Diferenças de alíquota e valor obtidas para os três cenários de cada faixa do anexo II. ... 33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11 1.1 Contextualização do problema ... 11 1.2 Objetivos da pesquisa ... 12 1.2.1 Objetivo geral ... 12 1.2.2 Objetivos Específicos ... 12 1.3 Justificativa ... 12

2 O BRASIL TRIBUTÁRIO E O REGIME SIMPLIFICADO DE TRIBUTAÇÃO .... 13

2.1 Elementos da obrigação tributária e o conceito de tributo ... 13

2.2 Planejamento tributário e os regimes de tributação ... 15

2.3 Simples nacional – Traços principais e a LC nº 123 de 2006. ... 16

2.4 A LC nº 155/2016 e a mudança na regra de cálculo do simples. ... 17

2.5 Os anexos I e II na mudança do simples ... 19

2.5.1 Comércio (Anexo I) ... 19

2.5.2 Indústria (Anexo II) ... 20

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ... 21

3.1 Tipologia... 22

3.2 Parâmetros dos dados ... 23

3.3 Procedimentos metodológicos aplicados ... 23

4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS ... 25

4.1 A redução das faixas de enquadramento ... 25

4.2 Definição das variáveis de cálculo ... 26

4.3 Resultados obtidos – Anexo I Comércio ... 28

4.4 Resultados obtidos – Anexo II Indústria ... 30

5. INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE GRÁFICA COMPARATIVA ... 33

5.1 Considerações gerais ... 33

5.2 Análise comparativa dos resultados ... 34

5.2.1 Primeira faixa (Receita acumulada até R$ 180.000,00) ... 34

5.2.2 Segunda faixa (R$ 180.000,01 a 360.000,00) ... 35

5.2.3 Terceira faixa (R$ 360.000,01 a 720.000,00) ... 37

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5.2.5 Quinta faixa (R$ 1.800.000,01 a 3.600.000,01) ... 39

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 41

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Desde o seu surgimento, o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, popularmente conhecido como Simples Nacional passou por uma variedade de alterações, sendo alvo de forte debate ao longo de toda a sua existência pelo Legislativo brasileiro acerca de seu aprimoramento.

Neste contexto e estando em vigor desde 2007, os termos previstos originalmente pela Lei Complementar nº 123 de 2006 já eram consolidados no entendimento geral dos participantes do regime. A lei que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e que consolidou o Simples Nacional no modelo conhecido que vigorou até o final do ano passado estruturava a apuração do regime em seis anexos e alíquotas fixas de enquadramento por faixas, formando o modelo de apuração original do regime.

Contudo, em 27 de outubro de 2016 foi chancelada a Lei Complementar nº 155, com o início de sua vigência sendo estabelecida para janeiro de 2018. Esta lei, cujo objetivo se encontrava em “reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por optantes pelo Simples Nacional” (BRASIL, 2016, p.1) representou a fundamentação de um novo Simples Nacional, com alterações fundamentais no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas e consequentemente na estruturação do regime, tendo o impacto de ser o maior conjunto de alterações ocorridas no Simples Nacional desde a aprovação da LC nº 123 de 2006.

O conjunto de mudanças trazidas para o Simples não apenas abriu espaço para empresas com maior faturamento poderem usufruir dos benefícios da unificação ou previu novo cenários e agentes dentro do universo empresarial, mas sobretudo, mudou a forma de apuração que as empresas aplicam na identificação do valor que precisam desembolsar mensalmente no que se refere aos tributos unificados. Nesse sentido, o estabelecimento da nova regra de cálculo remodelou anexos, suas tabelas e também retirou o caráter fixo das alíquotas estabelecidas, inaugurando uma nova fórmula para o encontro da efetiva alíquota a ser utilizada pelas enquadradas no regime, dando caráter mais particularizado para a apuração.

Considerando a natureza não segregada das atividades dos anexos I e II, que respectivamente se referem as empresas comerciais e industriais, é interessante

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a observação do efeito da alteração sobre as alíquotas efetivas identificadas para esses segmentos que são fundamentais no universo das micro e pequenas empresas, a fim de verificar se as alterações trouxeram uma apuração mais onerosa ou mais econômica para as mesmas.

Com isso, tendo em vista o efeito trazido pela mudança substancial na forma de apuração do regime, esta pesquisa busca responder o seguinte questionamento: qual o impacto que a alteração da regra de cálculo do Simples Nacional representa, no comparativo com a forma anterior de apuração, em relação a vantagem ou desvantagem para as micro e pequenas empresas comerciais e industriais optantes do regime.

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA 1.2.1 OBJETIVO GERAL

Verificar o impacto da mudança na regra de cálculo do Simples Nacional através de análise comparativa entre a regra vigente até o final de 2017 e a atual forma de apuração instituída pela Lei Complementar nº 155 de 2016, para os anexos I e II dos respectivos segmentos Comércio e Indústria.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Revisar a legislação do Simples Nacional.

b) Verificar no comparativo das duas regras cenários onde os confrontos das alíquotas efetivas representam impacto vantajoso ou desvantajoso em relação mudança na apuração.

c) Identificar a provável tendência de comportamento das alíquotas efetivas para cada faixa dos respectivos anexos previstas pela alteração.

1.3 JUSTIFICATIVA

As alterações previstas pela Lei Complementar nº 155 de 2016 representam a fundamentação de um novo Simples Nacional. Sua expectativa enquanto projeto de lei residia na esperança de alterações que promovessem não somente uma atualização do regime, mas que sobretudo fornecessem menor impacto à realidade das empresas já enquadradas no regime e das que pelas alterações poderiam se enquadrar a partir de então.

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Essa pesquisa buscou, portanto, analisar de que modo o advento da vigência da nova lei impactou não somente sobre a legislação do Simples Nacional e seu histórico, mas principalmente sobre a obrigação principal estabelecida na efetiva prática da relação entre empresa e Estado, identificada na apuração do regime que foi alvo de expressa e intensa mudança.

A escolha do tema vem ao encontro da expectativa de uma produção acadêmica que verse sobre assuntos recentes e com impacto social visível, estando ainda mais fundamentada sob a abrangência das Ciências Sociais Aplicadas ao buscar elucidar o impacto trazido por uma regulamentação perante dois pilares fundamentais dentro do universo das micro e pequenas empresas, os segmentos de Comércio e Indústria. Não obstante, a pesquisa também procurou na análise comparativa trazer o encontro da lei com a lei, baseando todos os seus dados, variáveis e metodologia com máxima fidelidade às delimitações estritamente previstas pela legislação que estabeleceu o Simples em ambas as suas versões confrontadas por este trabalho e para cada um dos anexos objetos de estudo.

2 O BRASIL TRIBUTÁRIO E O REGIME SIMPLIFICADO DE TRIBUTAÇÃO 2.1 ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E O CONCEITO DE TRIBUTO

“A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que abrangem de maneira integral ou parcial os tributos e suas relações jurídicas” (OLIVEIRA et al.,2010, p.6).

Tributo, por sua vez, é conceituado pelo Código Tributário Nacional (CTN) em seu artigo 3º como “[...] toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” (BRASIL, 1966, p.2).

Esclarece Santos e Carvalho (2015) que é importante caracterizar o tributo como uma obrigação normatizada, ou seja, sempre legislada, e que está sempre vinculada a um ato lítico, sendo liquidada em moeda corrente, exceto por outra ordem expressa em lei. A licitude do ato que gera a obrigação segundo Oliveira (2010) é o que diferencia os tributos das penalidades ou multas decorrentes de infrações. Para o CTN

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em seu artigo 5º, as espécies de tributos existentes no país são os impostos, taxas e contribuições de melhoria (BRASIL, 1966).

Na diferenciação das espécies é importante o conhecimento sobre suas especificidades. Oliveira (2010) indica que a grande diferença entre as espécies de tributos está no contexto de incidência. O autor esclarece que enquanto impostos não estão vinculados a contraprestações imediatas do Estado para o contribuinte, taxas somente são obrigações tributárias quando o contribuinte utiliza de forma efetiva ou potencial serviços públicos identificáveis e divisíveis.

Por último, contribuições de melhoria para Santos (2015, p. 14) “possuem como critério material da hipótese de incidência a valorização imobiliária em virtude de uma obra edificada pelo Estado”.

Observando o caráter tributário de cada espécie afirma Oliveira (2010, p.10) que:

As taxas e contribuições de melhoria tem pouco significado, tanto no que se refere ao montante arrecadado, como ao impacto causado no contribuinte. Já os impostos representam, de fato, o instrumento do qual o Estado dispõe tanto para angariar recursos para gerir a Administração Pública e permitir investimentos em obras públicas, como para direcionar o comportamento da economia.

Nesse contexto é essencial a compreensão de como nasce a chamada obrigação tributária para os contribuintes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. O referido autor traz em sua definição que a obrigação tributária é uma relação jurídica de Direito Público na qual o Estado exige do contribuinte uma prestação, ou seja, nos termos plenamente legais (OLIVEIRA, 2010).

É importante ressaltar que “prestação” a que o parágrafo anterior se refere não significa unicamente o tributo em si, pois como determina o artigo 113º do CTN, a obrigação tributária pode ser principal ou acessória (BRASIL, 1966). Nos termos do código, a obrigação principal é aquela que decorre no pagamento dos tributos e consequente liquidação da exigibilidade. Já a obrigação acessória está intimamente ligada a ações requeridas por interesse do Estado que vão ao encontro da arrecadação e fiscalização dos tributos. Assim, tendo em consideração a obrigação tributária como uma relação jurídica, tanto obrigação principal quanto acessória são associadas de forma inerente.

Fundamenta-se, portanto, a geração da obrigação tributária através de três elementos constituintes da relação jurídica entre contribuinte e Estado: a lei, o objeto e fato gerador (OLIVEIRA, 2010). A Lei para o autor “é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de sua cobrança”

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(OLIVEIRA, 2010, p. 15). Ratifica Santos (2015) ao afirmar que na lei devem constar todas as fases do tributo, desde a geração da obrigação tributária, até a identificação de quem deve contribuir e para quem deve ser pago o tributo.

Não obstante, o próprio CTN em seu artigo 9º inciso I afirma que é vedado para a União, estados e municípios instituir ou majorar tributos sem formalização por lei expressa, exceto nos casos de majoração em que o poder executivo altera a base de cálculo para alinhar a tributação aos objetivos da política monetária (art. 65), da política cambial e do comércio exterior (art. 21 e 26) (BRASIL, 1966).

Em relação ao fato gerador, o artigo 114 do CTN o define para a obrigação principal como a situação necessária, suficiente, e expressamente definida em lei que autoriza e caracteriza a incidência do tributo. O artigo seguinte, por sua vez, traz para as obrigações acessórias a conceituação de fato gerador como qualquer ordem legalmente definida que impõe atos não configurados como obrigação principal, mas que se definem como obrigações tributárias (BRASIL, 1966).

Objeto da obrigação tributária, segundo Oliveira (2010), são as obrigações principais e acessórias que o contribuinte deve cumprir segundo o que está estabelecido legalmente.

Nos termos da Constituição Federal, em seu art. 145, compete a União, aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal a instituição dos tributos nas espécies vigentes na representação de suas pessoas jurídicas de Direito Público (BRASIL, 1988).

2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO

Segundo Andrade Filho (2015), a expressão “planejamento tributário” é normalmente atribuída a atividade prévia que busca, dentre alternativas lícitas, aquela que representa a menor incidência de carga tributária possível. Quando relacionamos a expressão a empresas o planejamento ganha ainda mais impacto pois o gerenciamento das obrigações tributárias pelas organizações é mais do que uma necessidade, e sim, um ponto essencial e estratégico, independentemente de seu porte ou atividade (OLIVEIRA et al., 2010).

Por buscar uma economia em relação a incidência da legislação tributária atribui-se ao planejamento tributário a expressão “elisão fiscal” como sinônimo. Para Abrahão (2011) o ato de elidir é evitar, reduzir o montante ou retardar o pagamento

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do tributo por atos ou omissões lícitas – por isso, não caracterizantes de sonegação fiscal - e anteriores à ocorrência do fato gerador.

Nesse sentido, nota-se que a fundamentação da elisão fiscal de fato se entrelaça com o objetivo essencial do planejamento tributário, e que sua licitude se encontra no fato de requerer o manejo competente do que compreende o direito positivo e da linguagem dos negócios, não se restringindo puramente utilização de lacunas ou brechas existentes na legislação para fundamentar a economia tributária (ANDRADE FILHO, 2015).

No manejo da legislação tributária, perpassa na construção do planejamento o entendimento dos regimes de tributação vigentes no país. Souza e Pavão (2012, p. 6) atribuem esse aspecto como um ponto inicial do processo estratégico empresarial ao afirmar que:

Para começar um bom planejamento, deve-se fazer a escolha do regime tributário que melhor se enquadra. Os mais utilizados no Brasil são: simples nacional, lucro presumido e lucro real, que deverão ser escolhidos de acordo com as atividades desenvolvidas.

Em consonância com as palavras do autor está a necessidade do conhecimento prévio e pleno da atividade da empresa e dos fatos administrativos para a escolha do regime que melhor se enquadre no planejamento tributário. Ratifica Oliveira (2010, p. 38) ao afirmar que:

Num planejamento tributário estratégico, a empresa passa a desenvolver suas atividades de forma estritamente preventiva. Também procura projetar de forma clara os atos e fatos administrativos, de modo a deixar transparentes para todos os envolvidos as informações sobre os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis.

Ressaltam Souza e Pavão (2012) as especificidades de cada regime tributário, que possuem legislações próprias. É essencial o conhecimento atualizado e aprofundado de cada um para que o planejamento tributário traga para a empresa o alcance da economia que almeja.

2.3 SIMPLES NACIONAL – TRAÇOS PRINCIPAIS E A LC Nº 123 DE 2006.

Segundo a Receita Federal em seu manual de apresentação do regime, Simples Nacional é “[...] o nome abreviado do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte” (BRASIL, 2018, p.14).

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Trata-se, portanto, de um regime unificado de tributos, especificamente de impostos e contribuições “[...] que implica no recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, denominado Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), no qual se refere aos tributos: IRPJ, CSLL, COFINS, PIS, INSS-CPP, ICMS, IPI, e ISS, quando necessários” (SOUZA E PAVÃO, 2012, p.7).

“O Simples foi criado pela Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, gerando incentivos tributários para micro e pequenas empresas em duas dimensões: redução da burocracia e das alíquotas dos impostos recolhidos” (CORSEUIL; MOURA, 2011, p.9). Porém, sua consolidação como regime tributário simplificado nos moldes que conhecemos foi efetuado apenas uma década depois, através da Lei Complementar nº 123 de 2006. Sobre essa lei, afirma a Secretaria da Receita Federal:

A Lei Complementar nº 123, de 2006, institui o Estatuto Nacional da Microempresa (ME) e da Empresa de Pequeno Porte (EPP). Ou seja, estabelece normas gerais relativas às ME e às EPP no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (BRASIL, 2018, p.1)

Nesse sentido, a LC nº 123/2006 trouxe como definição de microempresa e empresa de pequeno porte todas aquelas que auferissem receita bruta em cada ano-calendário de até R$ 3.600.000,00, sendo o sublimite máximo de R$ 360.000,00 para caracterizar uma microempresa (BRASIL, 2018). Somente microempresas e empresas de pequeno porte podem se enquadrar no Simples Nacional.

Seis anexos eram previstos na regulamentação do Simples Nacional pela LC nº 123 de 2006: comércio (anexo I), indústria (anexo II), e prestação de serviços (anexos III, IV, V e VI). Todos os anexos trouxeram tabela de alíquotas específicas, e no caso dos anexos relacionados a serviços, também a listagem das atividades de prestação correspondentes a cada um dos anexos do segmento.

2.4 A LC Nº 155/2016 E A MUDANÇA NA REGRA DE CÁLCULO DO SIMPLES.

A Lei Complementar nº 155 de 2016, derivada da transformação do projeto de Lei complementar PLP 25/2007, trouxe para o Simples Nacional alterações importantes em relação ao que estava em vigor desde a instituição do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte em 2006. Pontos fundamentais presentes na antiga regulamentação foram alterados e constituíram um novo formato do regime simplificado de tributação.

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A primeira alteração relevante se deu na definição de empresa de pequeno porte presente no art. 3, inciso II da LC nº 123/2006. A LC nº 155/2016 alterou o texto ao estabelecer que será considerada empresa de pequeno porte aquela que auferir “em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais)” (BRASIL, 2016, p.1).

O limite máximo de 4.800.000,00, entretanto, não abrange a tributação do ISS e ICMS pelo regime, como estabelece o art. 13-A que determina “para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS no Simples Nacional, o limite máximo de que trata o inciso II do caput do art. 3º será de R$ 3.600.000,00” (BRASIL, 2016, p.2). Portanto, as empresas que superarem esse valor de receita bruta do ano em curso devem recolher o ICMS e o ISS através do regime normal de apuração, em cálculo “por fora” do Simples Nacional e respeitando os casos previstos pela lei para incidência dessa proibição.

Outra mudança trazida pela LC nº 155/2016 foi a diminuição do número de anexos do regime de seis para cinco. Nesse sentido, evidenciam Santos e Carvalho (2017, p. 155):

Essa alteração exclui o anexo VI que relacionava receitas provenientes de prestações de serviços por meio das atividades de medicina, medicina veterinária, odontologia, psicologia, arquitetura, dentre outras, presentes no art. 18, parágrafo 5º-I da LC n° 123/2006, que agora passarão a ser tributados com base na tabela do anexo V.

O processo de redução também atingiu o número de faixas de cada anexo, que de vinte passaram para apenas seis. Essa ação deu suporte a implementação da nova regra de cálculo do regime, que representou a maior mudança desde a configuração do Simples Nacional pela LC nº 123/2006. Sobre a nova regra de cálculo, a LC nº 155/2006 estabelece em seu art.18:

O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar [...] (BRASIL, 2016, p.3).

A nova regra trouxe para o cálculo do Simples Nacional a necessidade de determinar inicialmente a alíquota efetiva incidente sobre a apuração - que não é mais simplesmente a aplicação da alíquota fixada nas tabelas sobre a receita de apuração. No que se refere ao encontro da alíquota efetiva, este se dá por uma razão onde o numerador é o resultado da multiplicação da receita bruta acumulada no

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período de doze meses (RBT12) pela alíquota nominal da faixa e posterior dedução da parcela a deduzir fixada na mesma; e o denominador é a receita bruta acumulada no período de doze meses (SANTOS; CARVALHO, 2017). A expressão matemática é determinada no texto da LC nº 155/2016:

𝐀𝐥í𝐪𝐮𝐨𝐭𝐚 𝐄𝐟𝐞𝐭𝐢𝐯𝐚 =𝐑𝐁𝐓𝟏𝟐 × 𝐀𝐥𝐪. 𝐍𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 (𝐅𝐚𝐢𝐱𝐚) − 𝐏𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐚 𝐚 𝐃𝐞𝐝𝐮𝐳𝐢𝐫 (𝐅𝐚𝐢𝐱𝐚) 𝐑𝐁𝐓𝟏𝟐

O encontro da alíquota efetiva é, portanto, passo preliminar para a efetiva apuração do regime que é dada pela aplicação desta “sobre a receita bruta auferida no mês [...] podendo tal incidência se dar, à opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário” (BRASIL, 2016, p.18).

2.5 OS ANEXOS I E II NA MUDANÇA DO SIMPLES

A mudança na regulamentação do Simples Nacional estabelecida entre os termos originais da LC nº 123/2006 e sua alteração pela LC nº 155/2016 modificou também a forma como estavam estruturadas as tabelas fixadas para os anexos I e II, respectivamente, segmentos de Comércio e Indústria. Isso ocorreu tanto em relação ao seu número de faixas padrão que passou por redução, quanto em relação a amplitude das alíquotas fixadas que agora possuem característica nominal, como mostrado a seguir.

2.5.1 COMÉRCIO (ANEXO I)

Pela Lei Complementar nº 123 de 2006 o anexo I, seguindo a estruturação padrão das tabelas de alíquotas, apresentava vinte faixas de enquadramento da receita bruta acumulada em doze meses (RBT12) – critério previsto na lei para a definição da alíquota aplicada sobre a receita mensal de apuração. As alíquotas seguiam uma progressividade de 4% a 11,23% para o segmento, conforme expõe a seguinte tabela:

Quadro 1 - Anexo I: Tabela de alíquotas pela LC nº 123 de 2006.

Limite Inicial (RBT12) Limite Final (RBT12) Alíquota Total

R$ - R$ 180.000,00 4,00%

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20 R$ 360.000,01 R$ 540.000,00 6,84% R$ 540.000,01 R$ 720.000,00 7,54% R$ 720.000,01 R$ 900.000,00 7,60% R$ 900.000,01 R$ 1.080.000,00 8,28% R$ 1.080.000,01 R$ 1.260.000,00 8,36% R$ 1.260.000,01 R$ 1.440.000,00 8,45% R$ 1.440.000,01 R$ 1.620.000,00 9,03% R$ 1.620.000,01 R$ 1.800.000,00 9,12% R$ 1.800.000,01 R$ 1.980.000,00 9,95% R$ 1.980.000,01 R$ 2.160.000,00 10,04% R$ 2.160.000,01 R$ 2.340.000,00 10,13% R$ 2.340.000,01 R$ 2.520.000,00 10,23% R$ 2.520.000,01 R$ 2.700.000,00 10,32% R$ 2.700.000,01 R$ 2.880.000,00 11,23% R$ 2.880.000,01 R$ 3.060.000,00 11,32% R$ 3.060.000,01 R$ 3.240.000,00 11,42% R$ 3.240.000,01 R$ 3.420.000,00 11,51% R$ 3.420.000,01 R$ 3.600.000,00 11,61%

Fonte: Brasil, Lei Complementar nº 123 de 2006.

Com o advento da Lei Complementar nº 155 de 2016, o anexo I foi reformulado passando por redução de faixas e adequação da tabela para a nova regra de cálculo do regime. As alíquotas - agora nominais - previstas na nova lei e aplicadas ao cálculo que determina a alíquota efetiva seguem uma progressividade que vai de 4% a 19% e são estabelecidas em apenas seis faixas de enquadramento.

Quadro 2 – Tabela de alíquotas nominais do anexo I, segundo a Lei Complementar nº 155 de 2016.

Faixas Limite Inicial Limite Final da Faixa Alíquota

Nominal Valor a Deduzir

1ª Faixa R$ - R$ 180.000,00 4,00% R$ - 2ª Faixa R$ 180.000,01 R$ 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00 3ª Faixa R$ 360.000,01 R$ 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00 4ª Faixa R$ 720.000,01 R$ 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00 5ª Faixa R$ 1.800.000,01 R$ 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00 6ª Faixa R$ 3.600.000,01 R$ 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00 Fonte: Brasil, Lei Complementar nº 155 de 2016.

2.5.2 INDÚSTRIA (ANEXO II)

Em relação ao anexo II, pela LC nº 123/2006, nas vinte faixas de enquadramento da receita bruta acumulada em doze meses as alíquotas seguiam uma

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progressividade de 4,5% a 12,11% para o segmento, conforme expõe a seguinte tabela:

Quadro 3 – Tabela de alíquotas do anexo II, segundo a Lei Complementar nº 123 de 2006.

Limite Inicial (RBT12) Limite Final (RBT12) Alíquota Total

R$ - R$ 180.000,00 4,50% R$ 180.000,01 R$ 360.000,00 5,97% R$ 360.000,01 R$ 540.000,00 7,34% R$ 540.000,01 R$ 720.000,00 8,04% R$ 720.000,01 R$ 900.000,00 8,10% R$ 900.000,01 R$ 1.080.000,00 8,78% R$ 1.080.000,01 R$ 1.260.000,00 8,86% R$ 1.260.000,01 R$ 1.440.000,00 8,95% R$ 1.440.000,01 R$ 1.620.000,00 9,53% R$ 1.620.000,01 R$ 1.800.000,00 9,62% R$ 1.800.000,01 R$ 1.980.000,00 10,45% R$ 1.980.000,01 R$ 2.160.000,00 10,54% R$ 2.160.000,01 R$ 2.340.000,00 10,63% R$ 2.340.000,01 R$ 2.520.000,00 10,73% R$ 2.520.000,01 R$ 2.700.000,00 10,82% R$ 2.700.000,01 R$ 2.880.000,00 11,73% R$ 2.880.000,01 R$ 3.060.000,00 11,82% R$ 3.060.000,01 R$ 3.240.000,00 11,92% R$ 3.240.000,01 R$ 3.420.000,00 12,01% R$ 3.420.000,01 R$ 3.600.000,00 12,11%

Fonte: Brasil, Lei Complementar nº 123 de 2006.

Assim como ocorreu com o anexo I, o II foi reformulado. Nas seis faixas da nova tabela suas alíquotas nominais foram previstas para uma progressividade que vai de 4,50% a 30%, como consta na seguinte tabela:

Quadro 3 - Tabela de alíquotas nominais do anexo II, segundo a Lei Complementar nº 155 de 2016.

Faixas Limite Inicial (RBT12) Limite Final (RBT12) Alíquota

Nominal Valor a Deduzir

1a Faixa R$ - R$ 180.000,00 4,50% R$ - 2a Faixa R$ 180.000,01 R$ 360.000,00 7,80% R$ 5.940,00 3a Faixa R$ 360.000,01 R$ 720.000,00 10,00% R$ 13.860,00 4a Faixa R$ 720.000,01 R$ 1.800.000,00 11,20% R$ 22.500,00 5a Faixa R$ 1.800.000,01 R$ 3.600.000,00 14,70% R$ 85.500,00 6a Faixa R$ 3.600.000,01 R$ 4.800.000,00 30,00% R$ 720.000,00

Fonte: Brasil, Lei Complementar nº 155 de 2016.

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3.1 TIPOLOGIA

A tipologia da pesquisa busca delinear a relação entre os procedimentos metodológicos utilizados e a finalidade a ser alcançada. Segundo Raupp e Beuren (2013) o delineamento de uma pesquisa possui um papel importante ao articular e estruturar um processo metódico que tem como finalidade a obtenção de respostas para o problema analisado. Sua definição, portanto, auxilia na identificação e compreensão das características que modelam a pesquisa.

No que tange ao presente trabalho, nota-se quanto aos seus objetivos a primazia dos traços de uma pesquisa descritiva. Em relação a esta tipologia:

A pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos. (RAUPP E

BEUREN, 2013).

Nesse sentido, ao analisar o impacto da mudança na regra de cálculo, realiza-se uma comparação entre a antiga e a nova fórmula de apuração, o que traz para o trabalho a característica descritiva do comportamento do fenômeno estudado.

Não obstante, também pode se afirmar em relação aos objetivos que há notável influência da característica investigativa presente em pesquisas exploratórias. Essa tipologia para Raupp e Beuren (2013, p. 80) “consiste no aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada temática não contemplada de modo satisfatório anteriormente”. No contexto desta pesquisa, a influência dessa tipologia se traduz na busca de um conhecimento mais aprofundado sobre o novo método de cálculo do Simples Nacional e sobre o impacto trazido por ele em relação a antiga regra para os segmentos de comércio e indústria.

Quanto aos procedimentos, a tipologia adotada na pesquisa é essencialmente quantitativa. Prodanov e Freitas (2013, p. 69) caracterizam a pesquisa quantitativa como aquela em “[...] que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las”. Os procedimentos de análise do impacto da mudança de regra realizados através da observação de variáveis numéricas que por sua vez foram concebidas através de fórmulas matemáticas fundamentam a característica quantitativa do trabalho.

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3.2 PARÂMETROS DOS DADOS

Para a aplicação nas regras de cálculo do Simples Nacional e sua efetiva comparação foi necessário definir em essência duas variáveis de dados: valores de receita tributável acumulada em doze meses – a qual nos referimos na pesquisa de RBT12 ou apenas receita acumulada - e a receita mensal apurada.

O critério adotado para a escolha dos valores de receita acumulada (RBT12) utilizadas na pesquisa foram os valores iniciais, médios e finais de cada uma das faixas da tabela de alíquotas do Simples Nacional regulamentada pela Lei Complementar 123/2006. Isso é justificado pelo maior número de faixas de enquadramento encontradas na antiga tabela e pela coerência dessa proposta com o propósito da análise comparativa em relação a atual tabela.

Em relação a definição dos dados de receita mensal apurada o parâmetro adotado foi o da proporcionalidade dos limites estabelecidos em lei com o período de doze meses. Com isso, os valores aplicados não refletem simplesmente dados definidos aleatoriamente e tampouco coletados através de bases reais, sendo de fato valores médios que alcançam cada limite e sublimite escolhidos para os cenários analisados e que são baseados na razão entre a receita acumulada aplicada e o período de doze meses, indo assim, ao encontro da regra que o regime atribui ao acúmulo do faturamento.

A outra variável atribuída ao cálculo do Simples Nacional, as alíquotas efetivas, não necessitaram de definição ou coleta prévia. Em relação a antiga regra, estas já estavam fixadas em tabela da própria regulamentação, enquanto que na atual se constituem como dados obtidos em um passo prévio ao efetivo cálculo do regime, sendo produtos, portanto, resultados da mudança de regra.

3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS APLICADOS

Em relação aos procedimentos, a metodologia utilizada foi a mesma para ambos os anexos examinados: anexo I (Comércio), anexo II (Indústria). O trabalho se apropriou das duas tabelas de alíquotas de cada anexo referentes a antiga (LC nº 123/2006) e a nova regulamentação do Simples Nacional trazida pela LC nº 155/2016, e através delas foi realizada uma análise comparativa na qual se verificou através da delimitação das faixas de enquadramento de receita acumulada como procedeu a

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redução do número de faixas na atual tabela. Esse passo inicial buscou identificar quantas e quais faixas da antiga tabela foram englobadas por cada faixa da atual tabela vigente.

Após o referente processo, foi realizada então a definição das variáveis que seriam aplicadas simultaneamente as duas regras de cálculo. A tabela antiga foi escolhida por seu maior número de faixas como referência primordial para a realização dos cálculos comparativos. Para cada uma de suas faixas foram definidos três cenários de receita acumulada:

 Cenário I – Receita Bruta Acumulada = Valor inicial das faixas

 Cenário II – Receita Bruta Acumulada = Valor médio das faixas

 Cenário III – Receita Bruta Acumulada = Valor final das faixas.

Não obstante, para cada cenário da faixa foi definida uma receita mensal de apuração que refletiria o valor médio necessário para se alcançar em doze meses a receita bruta acumulada referente ao cenário examinado. A razão do cálculo é simples e definida pela seguinte equação:

Receita Mensal de Apuração =RBT12 12

Tendo definido os valores de receita bruta acumulada (cenários) e os dados de receita mensal referentes a cada um, foram realizados os cálculos referentes a antiga regra e a regra vigente. O propósito desse procedimento foi verificar para cada cenário:

I. A alíquota efetiva da apuração em cada regra de cálculo.

II. O montante de Simples Nacional resultante de cada forma de apuração. Com os cálculos realizados e revisados foi feita reunião dos resultados obtidos em planilhas e a verificação das diferenças entre as alíquotas efetivas encontradas e o montante apurado para cada forma de cálculo. A obtenção dos dados dessas diferenças propiciara para cada anexo analisado a efetiva comparação do impacto da mudança na regra de cálculo do regime ao fornecer informações sobre como o novo Simples Nacional impactara para as empresas antes enquadradas em cada uma das antigas faixas. Foi obtido, portanto, a identificação do comportamento gráfico vantajoso ou desvantajoso das novas alíquotas efetivas da tributação em comparação

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a cada faixa existente até o final de 2017 e também o comportamento geral das atuais faixas vigentes para as o setor comercial e industrial do Simples Nacional.

4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS

4.1 A REDUÇÃO DAS FAIXAS DE ENQUADRAMENTO

Uma das grandes mudanças do Simples Nacional em relação ao modelo que esteve vigente até o final de 2017 foi a diminuição no número de faixas de enquadramento da receita acumulada, a tabela de alíquotas. O que antes era dividido em 20 faixas foi reduzido para seis na atual estrutura de tabela. Não obstante, todas as antigas faixas foram englobadas pelas cinco primeiras da atual, sendo a atual sexta faixa um acréscimo do limite máximo de receita bruta acumulada realizada pela nova regulamentação que agora delimita como limite máximo para o Simples Nacional o valor de 4.800.000,00 em faturamento.

Na análise comparativa faixa por faixa nota-se que as atuais duas primeiras se mantiveram inalteradas de uma tabela para outra. A redução propriamente se iniciou a partir da terceira faixa da recente configuração – de 360.000,01 a 720.000,00 - que resulta da união de duas faixas, respectivas terceiras e quarta da obsoleta tabela. A nova quarta faixa que vai de 720.000,01 a 1.800.000,00 é originada do englobamento das próximas seis faixas da antecessora e por último, a atual quinta faixa, que vai de 1.800.000,01 a 3.600.000,00 é derivada da junção das demais dez últimas faixas da antiga. Para melhor compreensão, segue uma tabela com a disposição das faixas no Simples Nacional 2018 em comparação com a tabela vigente até o final de 2017. A alternância de tons representa a junção de faixas no processo de redução da tabela realizada pela Lei Complementar 155 de 2016.

Quadro 4 – Listagem e relação das faixas da antiga e atual tabela no processo de redução do número de faixas de enquadramento.

SIMPLES NACIONAL 2018 ATÉ DEZEMBRO DE 2017

1ª Faixa Até 180.000,00 Até 180.000,00

2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 De 180.000,01 a 360.000,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 De 360.000,01 a 540.000,00 De 540.000,01 a 720.000,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 De 720.000,01 a 900.000,00 De 900.000,01 a 1.080.000,00 De 1.080.000,01 a 1.260.000,00

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26 De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00

Fonte: Leis Complementares 123/2006 e 155/2016.

4.2 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS DE CÁLCULO

Como já mencionado nos procedimentos metodológicos, para a definição das receitas brutas acumuladas que seriam aplicadas tanto a antiga quanto a nova regra de cálculo do Simples Nacional foi definido que cada faixa teria três cenários, sendo estes correspondentes aos valores iniciais, médios e finais da mesma, como demonstra a tabela a seguir:

Quadro 5 - Cenários de receita acumulada de cada faixa da tabela antiga aplicadas na metodologia.

1º CENÁRIO RBT12 Valores iniciais das faixas

2º CENÁRIO RBT12 Valores médios das faixas

3º CENÁRIO RBT12 Valores finais das faixas

R$ 0,00 R$ 90.000,00 R$180.000,00 R$ 180.000,01 R$ 270.000,00 R$ 360.000,00 R$ 360.000,01 R$ 450.000,00 R$ 540.000,00 R$ 540.000,01 R$ 630.000,00 R$ 720.000,00 R$ 720.000,01 R$ 810.000,00 R$ 900.000,00 R$ 900.000,01 R$ 990.000,00 R$ 1.080.000,00 R$ 1.080.000,01 R$ 1.170.000,00 R$ 1.260.000,00 R$ 1.260.000,01 R$ 1.350.000,00 R$ 1.440.000,00 R$ 1.440.000,01 R$ 1.530.000,00 R$ 1.620.000,00 R$ 1.620.000,01 R$ 1.710.000,00 R$ 1.800.000,00 R$ 1.800.000,01 R$ 1.890.000,00 R$ 1.980.000,00 R$ 1.980.000,01 R$ 2.070.000,00 R$ 2.160.000,00 R$ 2.160.000,01 R$ 2.250.000,00 R$ 2.340.000,00 R$ 2.340.000,01 R$ 2.430.000,00 R$ 2.520.000,00

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R$ 2.520.000,01 R$ 2.610.000,00 R$ 2.700.000,00 R$ 2.700.000,01 R$ 2.790.000,00 R$ 2.880.000,00 R$ 2.880.000,01 R$ 2.970.000,00 R$ 3.060.000,00 R$ 3.060.000,01 R$ 3.150.000,00 R$ 3.240.000,00 R$ 3.240.000,00 R$ 3.330.000,00 R$ 3.420.000,00 R$ 3.420.000,01 R$ 3.510.000,00 R$ 3.600.000,00

Fonte: autor da pesquisa.

Após a definição dos cenários de receita acumulada foram obtidos os dados da variável “receita mensal de apuração”. Esses dados correspondem aos valores médios de receita mensal que uma empresa deve obter dentro de um período de doze meses até alcançar o valor da receita acumulada referente a cada cenário, sendo assim, definidos também três valores por faixa vigente até o final de 2017. A tabela a seguir apresenta os dados da variável.

Quadro 6 - Dados de receita mensal para cada cenário de receita acumulada aplicado na metodologia.

RECEITA MENSAL CENÁRIO I RECEITA MENSAL CENÁRIO II RECEITA MENSAL CENÁRIO III R$ 0,00 R$ 7.500,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 R$ 22.500,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 37.500,00 R$ 45.000,00 R$ 45.000,00 R$ 52.500,00 R$ 60.000,00 R$ 60.000,00 R$ 67.500,00 R$ 75.000,00 R$ 75.000,00 R$ 82.500,00 R$ 90.000,00 R$ 90.000,00 R$ 97.500,00 R$ 105.000,00 R$ 105.000,00 R$ 112.500,00 R$ 120.000,00 R$ 120.000,00 R$ 127.500,00 R$ 135.000,00 R$ 135.000,00 R$ 142.500,00 R$ 150.000,00 R$ 150.000,00 R$ 157.500,00 R$ 165.000,00 R$ 165.000,00 R$ 172.500,00 R$ 180.000,00 R$ 180.000,00 R$ 187.500,00 R$ 195.000,00 R$ 195.000,00 R$ 202.500,00 R$ 210.000,00 R$ 210.000,00 R$ 217.500,00 R$ 225.000,00 R$ 225.000,00 R$ 232.500,00 R$ 240.000,00 R$ 240.000,00 R$ 247.500,00 R$ 255.000,00 R$ 255.000,00 R$ 262.500,00 R$ 270.000,00 R$ 270.000,00 R$ 277.500,00 R$ 285.000,00 R$ 285.000,00 R$ 292.500,00 R$ 300.000,00

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4.3 RESULTADOS OBTIDOS – ANEXO I COMÉRCIO

As seguintes tabelas apresentam os resultados referentes ao anexo I, comércio. Os dados foram obtidos através da aplicação dos três cenários de cada faixa e suas variáveis às duas regras de cálculo, antiga e atual. As colunas referidas como “Simples 2017” se referem aos números obtidos sob a fórmula de cálculo que esteve vigente até o fim de 2017.

Quadro 7 – Resultados do primeiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo I.

CENÁRIO I

RECEITA ACUMULADA = VALORES INICIAIS DAS FAIXAS

VALOR SIMPLES 2017 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2017 VALOR SIMPLES 2018 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2018 0,00 0,0000% $0,00 0,0000% 820,50 5,4700% 600,00 4,0000% 2.052,00 6,8400% 1.695,00 5,6500% 3.393,00 7,5400% 3.120,00 6,9333% 4.560,00 7,6000% 4.545,00 7,5750% 6.210,00 8,2800% 6.150,00 8,2000% 7.524,00 8,3600% 7.755,00 8,6167% 8.872,50 8,4500% 9.360,00 8,9143% 10.836,00 9,0300% 10.965,00 9,1375% 12.312,00 9,1200% 12.570,00 9,3111% 14.925,00 9,9500% 14.175,00 9,4500% 16.566,00 10,0400% 16.320,00 9,8909% 18.234,00 10,1300% 18.465,00 10,2583% 19.948,50 10,2300% 20.610,00 10,5692% 21.672,00 10,3200% 22.755,00 10,8357% 25.267,50 11,2300% 24.900,00 11,0667% 27.168,00 11,3200% 27.045,00 11,2688% 29.121,00 11,4200% 29.190,00 11,4471% 31.077,00 11,5100% 31.335,00 11,6056% 33.088,50 11,6100% 33.480,00 11,7474%

Fonte: autor da pesquisa.

Quadro 8 - Resultados do segundo cenário de cada faixa obtidos para o Anexo I. CENÁRIO II

RECEITA ACUMULADA = VALORES MÉDIOS DAS FAIXAS VALOR SIMPLES 2017 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2017 VALOR SIMPLES 2018 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2018 300,00 4,0000% 300,00 4,0000% 1.230,75 5,4700% 1.147,50 5,1000%

(30)

2.565,00 6,8400% 2.407,50 6,4200% 3.958,50 7,5400% 3.832,50 7,3000% 5.130,00 7,6000% 5.347,50 7,9222% 6.831,00 8,2800% 6.952,50 8,4273% 8.151,00 8,3600% 8.557,50 8,7769% 9.506,25 8,4500% 10.162,50 9,0333% 11.513,25 9,0300% 11.767,50 9,2294% 12.996,00 9,1200% 13.372,50 9,3842% 15.671,25 9,9500% 15.247,50 9,6810% 17.319,00 10,0400% 17.392,50 10,0826% 18.993,75 10,1300% 19.537,50 10,4200% 20.715,75 10,2300% 21.682,50 10,7074% 22.446,00 10,3200% 23.827,50 10,9552% 26.109,75 11,2300% 25.972,50 11,1710% 28.017,00 11,3200% 28.117,50 11,3606% 29.977,50 11,4200% 30.262,50 11,5286% 31.940,25 11,5100% 32.407,50 11,6784% 33.959,25 11,6100% 34.552,50 11,8128%

Fonte: autor da pesquisa.

Quadro 9 - Resultados do terceiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo I.

CENÁRIO III

RECEITA ACUMULADA = VALORES FINAIS DAS FAIXAS

VALOR SIMPLES 2017 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2017 VALOR SIMPLES 2018 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2018 600,00 4,0000% 600,00 4,0000% 1.641,00 5,4700% 1.695,00 5,6500% 3.078,00 6,8400% 3.120,00 6,9333% 4.524,00 7,5400% 4.545,00 7,5750% 5.700,00 7,6000% 6.150,00 8,2000% 7.452,00 8,2800% 7.755,00 8,6167% 8.778,00 8,3600% 9.360,00 8,9143% 10.140,00 8,4500% 10.965,00 9,1375% 12.190,50 9,0300% 12.570,00 9,3111% 13.680,00 9,1200% 14.175,00 9,4500% 16.417,50 9,9500% 16.320,00 9,8909% 18.072,00 10,0400% 18.465,00 10,2583% 19.753,50 10,1300% 20.610,00 10,5692% 21.483,00 10,2300% 22.755,00 10,8357% 23.220,00 10,3200% 24.900,00 11,0667% 26.952,00 11,2300% 27.045,00 11,2688% 28.866,00 11,3200% 29.190,00 11,4471% 30.834,00 11,4200% 31.335,00 11,6056% 32.803,50 11,5100% 33.480,00 11,7474% 34.830,00 11,6100% 35.625,00 11,8750%

(31)

30

Fonte: autor da pesquisa.

Não obstante, a próxima tabela apresenta dados provenientes das diferenças obtidas através da comparação entre os resultados frutos do novo modelo e os concernentes ao antigo cálculo para os três cenários de cada faixa. Os valores em negativo indicam cenários onde o modelo atual demonstrou ser mais vantajoso em relação ao antigo por sua alíquota efetiva identificada ser menor em relação a fixada na tabela vigente até o fim de 2017. Nesses casos, a tendência do comportamento no cenário é de economia.

Quadro 10 - Diferenças de alíquota e valor obtidas para os três cenários de cada faixa do anexo I.

ANEXO I - COMÉRCIO

DIFERENÇAS = SIMPLES NACIONAL 2018 - SIMPLES NACIONAL 2017 CENÁRIO I

Valores Iniciais das Faixas

CENÁRIO II

Valores Médio das Faixas

CENÁRIO III

Valores Finais das Faixas

DIF.

ALIQUOTA DIF. VALOR

DIF.

ALIQUOTA DIF. VALOR

DIF.

ALIQUOTA DIF. VALOR

0,0000% 0,00 0,0000% 0,00 0,0000% 0,00 -1,4700% -220,50 -0,3700% -83,25 0,1800% +54,00 -1,1900% -357,00 -0,4200% -157,50 0,0933% +42,00 -0,6067% -273,00 -0,2400% -126,00 0,0350% +21,00 -0,0250% -15,00 0,3222% +217,50 0,6000% +450,00 -0,0800% -60,00 0,1473% +121,50 0,3367% +303,00 0,2567% +231,00 0,4169% +406,50 0,5543% +582,00 0,4643% +487,50 0,5833% +656,25 0,6875% +825,00 0,1075% +129,00 0,1994% +254,25 0,2811% +379,50 0,1911% +258,00 0,2642% +376,50 0,3300% +495,00 -0,5000% -750,00 -0,2690% -423,75 -0,0591% -97,50 -0,1491% -246,00 0,0426% +73,50 0,2183% +393,00 0,1283% +231,00 0,2900% +543,75 0,4392% +856,50 0,3392% +661,50 0,4774% +966,75 0,6057% +1.272,00 0,5157% +1.083,00 0,6352% +1.381,50 0,7467% +1.680,00 -0,1633% -367,50 -0,0590% -137,25 0,0388% +93,00 -0,0512% -123,00 0,0406% +100,50 0,1271% +324,00 0,0271% +69,00 0,1086% +285,00 0,1856% +501,00 0,0956% +258,00 0,1684% +467,25 0,2374% +676,50 0,1374% +391,50 0,2028% +593,25 0,2650% +795,00

Fonte: autor da pesquisa.

(32)

Assim como apresentado para no anexo I, as próximas tabelas se referem aos resultados obtidos para cada um dos três cenários estabelecidos por faixa tanto em relação ao valor apurado, quanto a alíquota efetiva.

Quadro 11 - Resultados do primeiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo II.

CENÁRIO I

RECEITA ACUMULADA = VALORES INICIAIS DAS FAIXAS

VALOR SIMPLES 2017 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2017 VALOR SIMPLES 2018 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2018 $0,00 0,0000% 0,00 0,0000% 895,50 5,9700% 675,00 4,5000% 2.202,00 7,3400% 1.845,00 6,1500% 3.618,00 8,0400% 3.345,00 7,4333% 4.860,00 8,1000% 4.845,00 8,0750% 6.585,00 8,7800% 6.525,00 8,7000% 7.974,00 8,8600% 8.205,00 9,1167% 9.397,50 8,9500% 9.885,00 9,4143% 11.436,00 9,5300% 11.565,00 9,6375% 12.987,00 9,6200% 13.245,00 9,8111% 15.675,00 10,4500% 14.925,00 9,9500% 17.391,00 10,5400% 17.130,00 10,3818% 19.134,00 10,6300% 19.335,00 10,7417% 20.923,50 10,7300% 21.540,00 11,0462% 22.722,00 10,8300% 23.745,00 11,3071% 26.392,50 11,7300% 25.950,00 11,5333% 28.368,00 11,8200% 28.155,00 11,7313% 30.396,00 11,9200% 30.360,00 11,9059% 32.427,00 12,0100% 32.565,00 12,0611% 34.513,50 12,1100% 34.770,00 12,2000%

Fonte: autor da pesquisa.

Quadro 12 - Resultados do segundo cenário de cada faixa obtidos para o Anexo II.

CENÁRIO II

RECEITA ACUMULADA = VALORES MÉDIOS DAS FAIXAS

VALOR SIMPLES 2017 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2017 VALOR SIMPLES 2018 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2018 337,50 4,5000% 337,50 4,5000% 1.343,25 5,9700% 1.260,00 5,6000% 2.752,50 7,3400% 2.595,00 6,9200% 4.221,00 8,0400% 4.095,00 7,8000% 5.467,50 8,1000% 5.685,00 8,4222% 7.243,50 8,7800% 7.365,00 8,9273% 8.638,50 8,8600% 9.045,00 9,2769% 10.068,75 8,9500% 10.725,00 9,5333%

(33)

32 12.150,75 9,5300% 12.405,00 9,7294% 13.708,50 9,6200% 14.085,00 9,8842% 16.458,75 10,4500% 16.027,50 10,1762% 18.181,50 10,5400% 18.232,50 10,5696% 19.931,25 10,6300% 20.437,50 10,9000% 21.728,25 10,7300% 22.642,50 11,1815% 23.533,50 10,8200% 24.847,50 11,4241% 27.272,25 11,7300% 27.052,50 11,6355% 29.254,50 11,8200% 29.257,50 11,8212% 31.290,00 11,9200% 31.462,50 11,9857% 33.327,75 12,0100% 33.667,50 12,1324% 35.421,75 12,1100% 35.872,50 12,2641%

Fonte: autor da pesquisa.

Quadro 13 - Resultados do terceiro cenário de cada faixa obtidos para o Anexo II.

CENÁRIO III

RECEITA ACUMULADA = VALORES FINAIS DAS FAIXAS

VALOR SIMPLES 2017 ALÍQUOTA SIMPLES 2017 VALOR SIMPLES 2018 ALÍQUOTA EFETIVA SIMPLES 2018 675,00 4,5000% 675,00 4,5000% 1.791,00 5,9700% 1.845,00 6,1500% 3.303,00 7,3400% 3.345,00 7,4333% 4.824,00 8,0400% 4.845,00 8,0750% 6.075,00 8,1000% 6.525,00 8,7000% 7.902,00 8,7800% 8.205,00 9,1167% 9.303,00 8,8600% 9.885,00 9,4143% 10.740,00 8,9500% 11.565,00 9,6375% 12.865,50 9,5300% 13.245,00 9,8111% 14.430,00 9,6200% 14.925,00 9,9500% 17.242,50 10,4500% 17.130,00 10,3818% 18.972,00 10,5400% 19.335,00 10,7417% 20.728,50 10,6300% 21.540,00 11,0462% 22.533,00 10,7300% 23.745,00 11,3071% 24.345,00 10,8200% 25.950,00 11,5333% 28.152,00 11,7300% 28.155,00 11,7313% 30.141,00 11,8200% 30.360,00 11,9059% 32.184,00 11,9200% 32.565,00 12,0611% 34.228,50 12,0100% 34.770,00 12,2000% 36.330,00 12,1100% 36.975,00 12,3250%

Fonte: autor da pesquisa.

Na tabela seguinte, apresentaremos as diferenças identificadas em relação a cada um dos cenários estabelecidos por faixa. Essas diferenças representam o quanto a apuração muda em relação a valor e alíquota efetiva quando os dados são aplicados

(34)

na regra nova de cálculo do regime, em contraste com a apuração nos moldes utilizados até o fim do ano anterior. Os valores em negativo, assim como exposto para o anexo I, são aqueles que representam um cenário vantajoso, onde a alíquota efetiva obtida pela nova regra se apresenta menor do que a fixada pela regulamentação vigente até o final de 2017 e consequentemente, demostra uma vantagem em análise comparativa.

Quadro 14 - Diferenças de alíquota e valor obtidas para os três cenários de cada faixa do anexo II.

ANEXO II – INDÚSTRIA

DIFERENÇAS = SIMPLES NACIONAL 2018 – SIMPLES NACIONAL 2017 CENÁRIO I

Valores iniciais das faixas

CENÁRIO II

Valores médios das faixas

CENÁRIO III

Valores finais das faixas DIF.

ALIQUOTA DIF. VALOR

DIF.

ALIQUOTA DIF. VALOR

DIF.

ALIQUOTA DIF. VALOR

0,0000% 0,00 0,0000% 0,00 0,0000% 0,00 -1,4700% -220,50 -0,3700% -83,25 0,1800% +54,00 -1,1900% -357,00 -0,4200% -157,50 0,0933% +42,00 -0,6067% -273,00 -0,2400% -126,00 0,0350% +21,00 -0,0250% -15,00 0,3222% +217,50 0,6000% +450,00 -0,0800% -60,00 0,1473% +121,50 0,3367% +303,00 0,2567% +231,00 0,4169% +406,50 0,5543% +582,00 0,4643% +487,50 0,5833% +656,25 0,6875% +825,00 0,1075% +129,00 0,1994% +254,25 0,2811% +379,50 0,1911% +258,00 0,2642% +376,50 0,3300% +495,00 -0,5000% -750,00 -0,2738% -431,25 -0,0682% -112,50 -0,1582% -261,00 0,0296% +51,00 0,2017% +363,00 0,1117% +201,00 0,2700% +506,25 0,4162% +811,50 0,3162% +616,50 0,4515% +914,25 0,5771% +1.212,00 0,4771% +1.023,00 0,6041% +1.314,00 0,7133% +1.605,00 -0,1967% -442,50 -0,0945% -219,75 0,0013% +3,00 -0,0887% -213,00 0,0012% +3,00 0,0859% +219,00 -0,0141% -36,00 0,0657% +172,50 0,1411% +381,00 0,0511% +138,00 0,1224% +339,75 0,1900% +541,50 0,0900% +256,50 0,1541% +450,75 0,2150% +645,00

Fonte: autor da pesquisa.

5. INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE GRÁFICA COMPARATIVA

(35)

34

Na análise da mudança da regra de cálculo do Simples Nacional e sua comparabilidade com a regra antiga notam-se comportamentos diferentes e geralmente oscilantes quando analisamos, faixa a faixa, os momentos em que a nova regra se apresenta como vantajosa ou desvantajosa na apuração do montante a ser pago no regime.

Quando se fala em comportamento fala-se na análise gráfica da faixa através dos valores de diferenças de alíquota coletadas no confronto entre as regras de cálculo. Ratifica-se que estas são derivadas de cenários que envolvem o seu limite inicial de receita acumulada até o seu limite final. Sob esse aspecto, valores de Simples - que seriam apurados dentro de cada uma das vinte faixas da tabela sucedida ao fim de 2017 - com a efetivação da mudança de regra, apresentam crescimento ou economia em relação ao que seria desembolsado nos moldes de apuração anterior. O imput do cálculo, a receita mensal, seria a mesma caso a mudança de regra não se efetivasse e esse é principal fator colaborativo para a simulação e análise comparativa.

Ainda assim, essa diferenciação de comportamento não se repete quando comparamos as informações obtidas entre os dois anexos. Isso significa que o que se apresenta em relação a comportamento de faixas em um anexo é estritamente o mesmo para o outro ainda que os valores das diferenças não sejam os mesmos. O comportamento de cada faixa indicados por elas são exatamente iguais para comércio e indústria.

5.2 ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS

A análise dos resultados por faixas referentes a antiga tabela indica que na nova regra as empresas encontram, no geral, desvantagem ou melhor, oneração de valor, se comparado com o que despenderiam caso suas receitas acumuladas fossem enquadradas nas alíquotas fixadas pela antiga regulamentação. Ainda assim, foi possível identificar esporádicos cenários onde a nova regra se mostrou igualitária a antiga ou mesmo vantajosa.

5.2.1 PRIMEIRA FAIXA (RECEITA ACUMULADA ATÉ R$ 180.000,00)

Em apuração com receita acumulada de até 180.000,00 não houve diferenciação de valor apurado. Tanto na atual regra, quanto na antiga, qualquer valor dentro desse

(36)

1 2 3 ALQ 2017 4,5000% 4,5000% 4,5000% ALQ 2018 4,5000% 4,5000% 4,5000% 0,0000% 5,0000% PER C EN TUAL E FE TI V O A L Í Q U O T A S E F E T I V A S - F A I X A 1 A N E X O I I - I N D Ú S T R I A

Figura 1 - Alíquotas efetivas da faixa I para o anexo I.

Figura 2 - Alíquotas efetivas da faixa I para o anexo II. Fonte: autor da pesquisa.

Fonte: autor da pesquisa.

Fonte: autor da pesquisa.

limite se enquadraria na primeira faixa onde as alíquotas são fixas – 4,0% Comércio (Anexo I) e 4,5% Indústria (Anexo II). Os gráficos seguintes apresentam respectivamente a comparação de resultados para as alíquotas efetivas identificadas nos três cenários para os anexos I e II.

Como as alíquotas não se alteram, não há diferença entre o comportamento da faixa na nova regra em relação a antiga, ou seja, os valores apurados no regime são sempre os mesmos que seriam apurados pela antiga regulamentação.

5.2.2 SEGUNDA FAIXA (R$ 180.000,01 A 360.000,00)

A segunda faixa, assim como a primeira, não sofreu alteração em relação aos seus limites mínimo e máximo de faturamento. Ainda assim, é nela que se encontra a primeira diferenciação de comportamento entre as duas formas de cálculo. A alteração

1 2 3 ALQ 2017 4,0000% 4,0000% 4,0000% ALQ 2018 4,0000% 4,0000% 4,0000% 0,0000% 5,0000% PER C EN TUAL E FE TI V O A L Í Q U O T A S E F E T I V A S - F A I X A 1 A N E X O I - C O M É R C I O 0,0000% 0,0000% 0,0000% 1 2 3

DIFERENÇAS DE ALÍQUOTAS - FAIXA I COMÉRCIO E INDÚSTRIA

Figura 3 - Comportamento da faixa I através das diferenças de alíquotas encontradas para os anexos I e II.

Referências

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