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Reestruturação econômica e sustentabilidade: Ecoeconomia e consumo consciente

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Academic year: 2021

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REESTRUTURAÇÃO ECONÔMICA E SUSTENTABILIDADE:

ECOECONOMIA E CONSUMO CONSCIENTE

Isabela Thebaldi 1 Adriano Stanley Rocha Souza2

Resumo: A exploração desenfreada dos recursos naturais já demonstra seu preço e nos mostra que a vulnerabilidade dos atuais meios de produção que buscam abastecer um mercado cada vez mais consumista, que caminha para um colapso social, econômico e ambiental. Com a preocupação de manter o desenvolvimento, mas ainda sim proteger o meio ambiente, surge a necessidade de se buscar um reestruturação econômica que priorize o meio ambiente. Nesse contexto, o presente artigo busca através de uma revisão bibliográfica e pesquisa jurídico-teórica apresentar as principais diretrizes da ecoeconomia e como seus pressupostos juntamente ao consumo consciente podem solucionar o impasse entre a produção excessiva e a preservação ambiental.

Palavras-chave: Consumo Consciente. MeioAmbiente. Desenvolvimento Sustentável. Sustentabilidade. Ecoeconomia.

ECONOMIC RESTRUTURING AND SUSTAINABILIY: ECOECONOMY AND CONSCIOUS CONSUMPTION

Abstract: The excessive exploitation of natural resources already demonstrates its effects and shows us that the vulnerability of the current production means, which seek to fuel an ever-growing consumer market, headed towards a social, economic and environmental collapse. Anxious to keep developing even more, but also to protect the environment, the economic restructuring arises, which is one sides of the eco-economy, a criticism of the current production means that disregard the finiteness of natural resources. In this context, this paper searchesthrough a literature review and legal and theoretical research to present the main guidelines of eco-economy and how its assumptions alongside with conscious consumption can resolve the dead-lock between the excessive production and the environmental preservation.

Keywords: Conscious Consumption. Environment. Sustainable Development. Sustainability. Eco-economy.

1. Introdução

                                                                                                                         

1 Doutoranda e Mestre em Direito pela PUC MINAS. Professora da Faculdade UNA de Contagem.

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Mesmo sendo o desgaste ambiental uma notícia recorrente, algumas teorias econômicas ainda partem da premissa que os recursos naturais são elementos infinitos e a força de trabalho é o elemento finito, porém, a partir de 1980 com a difusão das ideias de Lester Brown surge uma nova corrente denominada ecoeconomia, que demonstra que no cenário atual a disponibilidade dos recursos têm se tornado um elemento finito, enquanto a força de trabalho adquire uma feição infinita, considerando sua disponibilidade e as novas máquinas.

Tanto o modelo econômico adotado no Estado Liberal e no Estado Social implicaram em graves consequências ao meio ambiente pois, enquanto o primeiro constituiu suas bases na Revolução Industrial, ou seja, intensificação da emissão de dióxido de carbono e desmatamento exacerbado, o Estado Social ignorou completamente as questões ambientais, buscando o crescimento a todo custo, para provar que esse modelo econômico voltado para o social seria superior àquele em todos os sentidos.

Em uma sociedade que incentiva o consumo como um indicador de sucesso e até mesmo de felicidade, o ato de consumir, de adquirir e de ter propriedade está ligado à realização pessoal, ao sucesso profissional, à ascensão social, ao prestígio, entre outras coisas. O apelo ao consumo possui várias faces, originando-se do marketing das empresas, dos meios de comunicação que sempre incutem novas prioridades e até mesmo do Estado que proporciona incentivos fiscais e de crédito para que o cidadão aumente seus bens e, consequentemente, o desenvolvimento econômico ocorra.

Apesar de atualmente existir uma consciência um pouco maior sobre a condição finita dos recursos naturais e as limitações do planeta terra. Essa consciência alcançou pouca relevância em termos práticos, não afetando, por exemplo, as teorias econômicas mundiais, que não consideram o fator meio ambiente como um elemento da equação econômica e, quando muito, o consideram como um custo que deve ser superado em razão das leis de proteção ambiental.

Em que pese a grande degradação ambiental ocasionada pelo modelo de exploração econômica, existem teorias que almejam amenizar os efeitos do colapso ambiental. A teoria da ecoeconomia, apesar de relativamente recente, possui diretrizes importantes para o atual cenário que vivenciamos, sendo que as suas principais preposições são as seguintes: que os recursos naturais são finitos e que não se pode continuar acreditando em teorias econômicas de ideologia otimista que pregam um crescimento econômico eterno, prometendo padrões de consumo insustentáveis. Estes são postulados fundamentais para a adoção de uma nova

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Nesse cenário, onde o consumo é amplamente apoiado, e até mesmo necessário para o desenvolvimento econômico, e o uso dos recursos naturais é um fator preocupante, surge a preocupação em difundir o consumo consciente.

O consumo consciente é fruto da conjugação de alguns fatores: preocupação com o

meio-ambiente; o aumento dos índices de consumo e autonomia do indivíduo. Esse é caracterizado pela escolha de produtos que atendam às necessidades do consumidor ao mesmo tempo em que respeitam o meio ambiente desde à sua fabricação até o seu descarte.

Assim, busca-se no presente trabalho através de uma revisão bibliográfica analisar a

cronologia da crise ambiental, pontuar os principais pontos da teoria da ecoeconomia e demonstrar como a mesma pode ser aplicada no consumo, buscando investigar se essa seria uma forma de sairmos da vulnerabilidade atual para um sistema sustentável de consumo. 2. A construção do desenvolvimento sustentável

No final do século XX começaram a surgir os primeiros alertas de que a globalização, a produção em massa, a agricultura extensiva e a urbanização estavam atingindo patamares de esgotamento ambientais que em pouco tempo seriam insustentáveis. Penteado (2008) relata que a natureza nunca esteve com tão pouco tempo para se restaurar, pois o uso dos recursos naturais ocorre em um ritmo tão elevado que é impossível a natureza absorvê-los. Nesse sentido, o economista Hugo Penteado questiona:

Todos os bens e serviços da economia a nossa volta vieram da natureza. Estes bens estão sendo produzidos em equilíbrio com os recursos da natureza? O descarte do nosso lixo está sendo biodegradável na velocidade de sua acumulação? Há consciência com relação à necessidade de preservar os recursos da natureza que são utilizados diariamente? Os ecossistemas onde atuamos estão se mantendo equilibrados com a nossa presença? Os recursos naturais dos quais dependemos para viver são todos eles infinitos? Os governos estão adotando políticas públicas que privilegiam as atividades mais sustentáveis do ponto de vista socioambiental? A resposta infelizmente para cada questão é ‘não”. Se você imagina um poder político onisciente cuidando para que não falte condições naturais para a sobrevivência humana da Terra num futuro próximo, pode desistir desse pensamento. (PENTEADO, 2008, p.21)

Faladori (2002) relata que a consciência da crise ambiental se consolida no final da década de 60 e no começo da década de 70, através de livros, reportagens e congressos que sentem a necessidade de discutir o desenvolvimento, devido aos danos que ele próprio estava gerando sobre a natureza.

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Em 1972, em Estocolmo, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, onde o debate gerou em torno da preocupação com o desequilíbrio ambiental e o desenvolvimento.

O Brasil que estava em pleno regime militar, não apresentou uma postura de proteção ambiental, ao contrário, pregava o crescimento a qualquer custo (Milaré, 2007). No entanto, esta postura foi significativamente modificada com a edição da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938/1981, que reconheceu o meio ambiente como bem jurídico autônomo, o que foi posteriormente reafirmado pela Constituição da República de 1988.

No campo internacional também deve-se chamar atenção ao Documento Nosso Futuro Comum ou Relatório de Brundtland, elaborado em 1987, que apresenta uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento. Folodori (2002) disserta que através deste documento o conceito de desenvolvimento sustentável ganha forças.

Redigido pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Relatório alerta para a incompatibilidade entre a proteção ambiental e os padrões de produção e consumo, demonstrando a necessidade de reconstrução da relação entre o ser humano e o meio ambiente. Ao contrário do que foi cogitado em Estocolmo em 1972, o Documento Nosso Futuro Comum não propõe a estagnação do crescimento econômico e sim uma composição entre as questões ambientais e econômicas.

Ainda no cenário internacional, no ano de 1992 foi realizado no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como RIO 92, que adotou através da Agenda 21 a preocupação com o desenvolvimento ambiental e o estabeleceu como meta a ser buscada e respeitado por todos os países. O próprio preâmbulo afirma que ela objetiva preparar o mundo para os desafios do Século XXI (MILARÉ, 2007).

Em âmbito nacional pode-se dizer que o principal alicerce normativo na busca da proteção ambiental surgiu com a Constituição da República de 1988. Rosa (2011) destaca que, após o texto constitucional, inicia-se uma fase de busca pela proteção integral ao meio ambiente, sendo que nesse momento o Direito Ambiental conquista a sua autonomia científica, com objeto e princípios próprios. A Autora considera, ainda, que a Constituição atrela a proteção ambiental a uma ordem econômica justa.

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Atualmente nenhum país adota um modelo econômico sustentável de exploração econômica, sendo que todos buscam sempre maximizar o lucro, o consumo e o crescimento econômico. Essa exploração econômica vem causando diversos impactos ambientais que, na opinião de economistas experientes como Lester Brown e Hugo Penteado, são apenas o início de uma série de catástrofes naturais. Para eles, se o modelo econômico adotado pelos países não for alterado em pouquíssimo tempo, os resultados negativos são inegáveis e inevitáveis. As teorias econômicas atuais adotam paradigmas que se fundamentam em recursos naturais infinitos, impossíveis de se exaurirem e que acarretariam em crescimento constante, assim, disserta Hugo Penteado (2008):

Do ponto de vista epistemológico, as teorias econômicas dos últimos cem anos, embora tivessem rompido com a Escola Clássica, continuaram aderindo aos princípios da Mecânica utilizados pelos clássicos. (...) O processo econômico é antes de mais nada um processo físico e o uso da Mecânica de forma indiscriminada na Economia – seja implícita ou explicitamente – levou a conclusão absurda e surrealista que o processo econômico é, pelas leis da Mecânica, totalmente reversível e com isso entendemos agora por que os economistas acreditam que os nossos sistemas de produção e consumo são neutros por natureza. Eles são reversíveis! E se são neutros por natureza e absolutamente previsíveis, uma outra consequência da visão mecanicista, eles também podem apresentar crescimento continuo e ininterrupto (essa última conclusão é mais forçada, pois a restrição de espaço físico terrestre nunca poderia ter desaparecido dentro da visão mecânica). A visão mecanicista da teoria econômica – apelidada aqui de Economicismo – está totalmente em desacordo com a realidade. Por meio dessa visão, a economia sempre voltaria ao seu ponto de partida, mesmo após ter passado por eventos terríveis como guerras, catástrofes naturais, cataclismos, terremotos, inflação, quebra na bolsa, etc. Essa é a total reversibilidade do Economicismo: se eu passar um trator gigantesco sobre a Amazônia, o mesmo utilizado pelos americanos para enterrar milhares de soldados iraquianos vivos na Guerra do Golfo em 1991, e der macha ré acontece um milagre: nada acontece à floresta. É reversível, basta dar uma macha ré e ponto final, não se discute mais isso. (PENTEADO, 2008, p. 181/182)

Lester Brown (2003) explica que a natureza possui um sistema próprio de recuperação e de regeneração, ou seja, tudo o que se extrai da natureza fatalmente voltará para ela, será reabsorvido e após um processo se transformará novamente em um recurso que possa ser utilizado pela sociedade. Na natureza o resíduo de um organismo é utilizado como sustento pelo outro, sendo que o desafio da ecoeconomia é aplicar esse desenho ao mercado econômico.

A ecoeconomia propõe que exista uma visão que inclua a natureza no fluxo circular do consumo e da produção. Hugo Penteado (2008) relata que, com base nos princípios da termodinâmica, o processo econômico considera que existe uma mudança qualitativa e irreversível na natureza, que é capaz de influenciar o equilíbrio ecológico. Assim, a visão

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mecanicista que ainda predomina deve ser superada, pois ela provocará um esgotamento dos recursos naturais não renováveis, a ocupação exagerada do solo, a degradação da água e o crescimento exponencial da população, do lixo e dos riscos ecológicos.

Penteado (2008) descreve a ecoeconomia, em síntese, como uma forma de evitar os esgotamentos dos recursos naturais, respeitando os limites físicos e ecológicos do meio ambiente. Para alcançar esse objetivo, os sistemas deverão adotar um estado estacionário, até que seja possível saber sobre os limites dos recursos naturais. Em seguida, devem ser adotados processos ecoeficientes, substituindo a mineração por reciclagem, reduzindo o esbanjamento, cuidando do consumo, fazendo uso de processos naturais de regeneração.

É essencial que a nova abordagem proposta pela ecoeconomia seja acolhida, pois a forma como os seres humanos vêm utilizando os recursos naturais de maneira irrestrita e irresponsável culminará em um desastre social, econômico e ambiental. Mesmo com o emprego de tecnologias ainda mais sofisticadas, a necessidade de recursos naturais existirá sempre e não pode ser ignorada, fazendo com que a economia pare de estar em dissonância com a Ecologia.

O aproveitamento racional dos recursos da natureza não significa que a produção sofrerá diminuições. Peters (2006) afirma que a história demonstra que, mesmo com toda a degradação ambiental desencadeada no último século, a dilapidação do meio ambiente não serviu para melhorar a situação econômica dos trabalhadores e da maior parte da população, senão para piorar, pois observou-se o aumento da miséria, da pobreza e da fome. Em contrapartida, são notórios os sinais e prejuízos que a degradação ambiental pode causar.

A adoção da ecoeconomia envolve diversas variáveis e atitudes como, por exemplo, o abandono da energia a base de carbono, a estabilização populacional, o reflorestamento intensivo, a preocupação com os recursos hídricos, a recuperação do solo e, principalmente, a conscientização do homem, para que entenda o seu papel de agente econômico e o seu dever na busca da sustentabilidade.

4. Consumo e Função Social da Propriedade

O consumo repercute em diversos setores: economicamente, pois, ao comprar um produto, existe a movimentação da produção e a distribuição de mercadorias; socialmente, pois, esse produto deve atender aos interesses particulares e coletivos, buscando, por exemplo, atender às necessidades básicas, proporcionar comodidade, integração ou comunicação; e, por

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fim, afeta a natureza, uma vez que os recursos naturais são desta extraídos para a fabricação dos produtos.

Elias Farjado (2010) explica que, a partir da década de 1970, com o crescimento do movimento ambientalista, o consumo consciente surge como alternativa na busca da preservação ambiental, tendo inclusive sido consolidado na Agenda 21, durante a Rio-92, como exposto anteriormente.

Assim, o movimento de defesa do consumidor começou a utilizar essa forma sustentável de consumo como um instrumento de preservação ambiental e exercício do direito do consumidor pois, antes de ser um adquirente, ele é habitante do planeta, logo, afetado com todas as alterações sofridas no ecossistema.

No sistema de mercado, o poder está nas mãos de quem consome ou decide não o fazer, pois o mercado se orienta pela oferta e pela demanda. Assim, caso não haja demanda para determinado segmento ou produto, sua oferta terá de ser modificada.

O poder de quem consome, analisado e valorizado pelos economistas, é hoje exercido direta e indiretamente. O poder direto está relacionado com o bem em si e envolve a preocupação com a qualidade, o preço, o fornecimento do produto, etc. O indireto diz respeito ao exercício da cidadania, que se revela na pressão contra o governo ou contra empresas por não respeitarem critérios ambientais, nos boicotes coletivos a certos produtos e na organização de entidades ou cooperativas de consumidores.

O Exercício desses poderes configura o comportamento de um consumidor que também se preocupa com o bom uso dos recursos naturais. Além de evitar gastos supérfluos e excessivos de energia, como tomar banhos quentes mais curtos, não deixar luzes acesas sem necessidade, e usar lâmpadas que economizam energia, ou de combustíveis fósseis, preferindo a bicicleta ao ônibus para pequenos percursos, o consumidor procura pensar não só no produto em si, mas na forma como ele é embalado. (FAJARDO, 2010, p. 36)

A preocupação em produzir e adquirir produtos sustentáveis é fundamental para que os recursos naturais sejam preservados e uma razoável qualidade de vida chegue às gerações futuras, considerando que algumas destruições ambientais feitas por nossa geração e pelas anteriores são irreversíveis.

A sociedade capitalista e o seu padrão de produção impôs um modelo de consumo que deteriora o meio em que vivemos e atenta contra a função social da propriedade. Isso porque, tudo o que o consumidor compra torna-se sua propriedade e, sendo assim, mesmo que pequenos e aparentemente inofensivos, todos os objetos que são adquiridos devem ser tratados com o rigor de uma propriedade, e não apenas aqueles que possuem alto valor econômico.

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Nesse sentido, em um exemplo de extremos, ao comprar uma bala ou uma lata de refrigerante, o consumidor celebra um contrato de compra e venda com o fornecedor e torna-se proprietário daquele produto, torna-sendo responsável a partir daquele momento pelo torna-seu uso e descarte. Dessa forma, todo esse processo, desde o uso ao descarte deve considerar o meio ambiente, o interesse social e a destinação adequada.

A CR ao dispor em seu artigo 5º, inciso XXIII, que a propriedade atenderá a sua função social, não faz qualquer distinção ao tipo de bem, ou seja, não importa o valor do bem, se é móvel ou imóvel, rural ou urbano, deve ser usado de acordo com sua finalidade social, com destaque no presente trabalho, ao seu aspecto ambiental.

A função social rompe com o individualismo que preconizava a existência do direito civil, afeto à esfera individual quase íntima. Portanto, o direito civil, além de ser um instrumento de tutela e promoção dos interesses individuais, é um instrumento social de harmonização das relações, de promoção de princípios e valores consagrados pelo ordenamento jurídico. (POLI, 2016, p. 141)

Para atender às diretrizes da função social da propriedade no tocante aos bens de consumo, é essencial que o consumidor assuma as responsabilidades por suas escolhas e atos, praticando uma forma de consumo mais conectada com os interesses sociais e ecológicos, que pode ser alcançada através de uma prática denominada consumo consciente.

5. Consumo Consciente

André Trigueiro (2008) relata que a onda consumista desencadeada a partir da Revolução Industrial, potencializado com o avanço tecnológico dos meios de produção e universalizada pela mídia na era da globalização, provoca grandes repercussões negativas no meio ambiente.

O consumismo é considerado como um dos maiores entraves para o alcance dos objetivos propostos pelo desenvolvimento sustentável, razão pela qual frequentemente a redução dos índices de consumo é associada à sustentabilidade. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que elaborou a Agenda 21 global também tem esta preocupação ao determinar que: “Para alcançar o desenvolvimento sustentável e uma qualidade de vida mais elevada para todos, os Estados devem reduzir e eliminar os padrões insustentáveis de produção e consumo e promover políticas demográficas adequadas.” (OLIVEIRA, 2012, p.91).

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Caracterizado como um ato solidário e responsável do consumidor, que tem consciência de que seus atos individuais provocam impactos diretos no meio ambiente, o consumo consciente, se inicia com as informações precisas do fornecedor do produto que se busca adquirir, tais como, a sua forma de produção, a mão de obra utilizada na produção do bem, o seu descarte, o nível de impacto ambiental que seu consumo produz no sistema, se aquele produto utiliza recursos renováveis na sua manufaturarão, dentre outras. Desta forma, após ter consciência destas características, sabendo se o produto é sustentável ou não, o consumidor poderá realizar a sua escolha final.

O consumo consciente é uma proposta de comportamento coletivo e de política pública, cujas atividades estão relacionadas desde incentivos a compra de produtos sustentáveis até o boicote ou sobretaxa de mercadorias que não estejam em harmonia com o desenvolvimento sustentável.

A preocupação com o consumo consciente é essencial para que os recursos naturais, assim como, uma boa qualidade de vida, cheguem às gerações futuras. E de imediato, a prática do consumo consciente constitui um passo importante, na luta contra várias mazelas de nossos dias, causadas (ou agravadas) pelo descarte e uso irracional dos bens de consumo. Haja vista, o grande número de catástrofes naturais provocadas ou agravadas pelo desequilíbrio ambiental, muitas vezes iniciadas pela falta de consciência no consumo dos produtos. Tome-se, por exemplo, as infindáveis tragédias ocasionadas por enchentes que têm, como uma de suas causas, o descarte inadequado de bens, o que ocasiona acúmulo de lixo e obstrução dos canais de drenagem da água pluvial.

Para que o impacto ambiental seja o menor possível, repita-se, deve-se pensar em todo o processo de fabricação, consumo e até mesmo no descarte do produto. Trata-se, pois,

do chamado “ciclo de vida” de um produto.Eis a razão, pela qual se defende neste artigo a

posição de que, compete ao consumidor, a responsabilidade de não apenas zelar pelo bem adquirido, como também, observar a forma adequada de seu descarte. Afinal, não pode a sociedade, assumir os dejetos, os restos daqueles que, por uma razão qualquer, não se interessa em manter um bem consigo.

Veja que a aquisição de um bem é apenas o momento intermediário de seu ciclo vital. Existem momentos anteriores a esta aquisição (desde a retirada do solo dos insumos necessários à sua manufaturação, distribuição, divulgação, venda, etc.), bem como posteriores a esta aquisição (uso do bem adquirido e seu descarte adequado).

Portanto, só se pode dizer que um consumo seja consciente, na medida em que quem o exerce (o consumidor) tiver a consciência de todo este ciclo e seja um indivíduo

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responsável por todo o tempo em que for proprietário da coisa. Afinal, toda a sociedade sentirá os efeitos (benéficos ou maléficos) do tipo de consumo que o consumidor fizer de seus bens.

Desta forma, adquirir por adquirir, sem que haja por parte do consumidor a certeza da necessidade deste ato, implica em retirar mais insumos do planeta, maior gasto de energia e de recursos naturais, uma cadeia infinita de ações, até chegar no descarte do bem que, se feito de maneira inadequada, aumentará, ainda mais os danos para toda a sociedade e o meio ambiente.

6. Reestruturação Econômica

Os problemas de ordem ambiental apresentam atualmente tamanha gravidade exatamente por terem sido ignorados durante décadas por economistas e governantes, que se preocupavam apenas com o crescimento econômico (a necessidade era produzir mais, de forma rápida e melhor), independente dos custos ambientais. Dessa forma, após anos sendo negligenciado, o desequilíbrio ambiental começa a mostrar que pode trazer significativos prejuízos para esse sistema de mercado, seja através de catástrofes naturais, secas prolongadas ou, ainda, pela falta do próprio recurso natural. Assim, é preciso que haja uma modificação nos padrões atuais econômicos, para que os mesmos estejam em sintonia com denominadores ambientais e sociais.

A raiz do problema está na natureza equivocada das empresas no seio do capitalismo: ao invés de desempenharem um papel socialmente responsável para a sociedade e para seus funcionários, as empresas são vistas como meros veículos de criação de lucros. E esses lucros têm que ser continuamente maiores e isso explica a obsessão pelo crescimento e a forma como os economistas “venderam” e “vendem” suas teorias para esses clientes. (PENTEADO, 2008, p.124)

Trigueiro (2003) e Brown (2003) são enfáticos ao observar que é necessário questionar os modelos econômicos convencionais, que enxergam um mundo com capacidade de suporte infinito e ignoram os aspectos físicos do capital, que são responsáveis por transformar energia e matéria. Uma das soluções para o cálculo do real espaço natural que é necessário para a nossa sobrevivência é através do cálculo da pegada ecológica, que pode assim ser definida:

O modelo Pegada Ecológica mede a área de terras (e águas) ecologicamente produtivas necessárias para fornecer recursos de energia e matéria consumidos por

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ecológica não despreza a valoração monetária, mas afirma que as abordagens baseadas na atribuição de preços em dinheiro são cegas às exigências de sustentabilidade ambiental – não refletem adequadamente questões como escassez biofísica, equidade social e continuidade ecológica e comportamento de sistemas complexos, por exemplo.

Análises recentes indicam que os fatores com maior probabilidade de impor restrições à atividade humana são algumas formas de capital natural e os serviços de suporte à vida que eles oferecem. Enquanto nos anos 1970 o debate sobre os limites do crescimento manteve o foco no esgotamento dos recursos não-renováveis, oque parece mais complicado hoje é a redução dos estoques de recursos renováveis como florestas e solos. É sobre estes últimos que se encontra a pegada ecológica. (TRIGUEIRO,2003, p.38)

É necessário que seja calculado o custo real do produto e da sua produção, pois não se aplica ao preço do produto o fato que este utiliza recursos finitos. Isso não quer dizer uma elevação de preços exacerbada em uma sociedade que já sofre com um custo de vida altíssimo e uma carga tributária exaustiva, mas significa que é necessário incentivar a produção e o uso de produtos renováveis.

Ademais, não adianta dizer que é necessário que os índices de produção e consumo sejam reduzidos à um nível mínimo. Existem partes do planeta, e do Brasil principalmente, que ainda vivem em situações precárias e que possuem o direito de usufruir alguns bens de consumo que realmente lhe são necessários. O grande problema encontra-se na distribuição do consumo, que é feita de maneira muito ineficiente.

Os críticos da sociedade de consumo afirmam que ela transforma o consumidor em um ser passivo diante da agressividade do marketing. Ou melhor, “não posso ser feliz se não tiver um carro da marca ‘x’ ou uma roupa da grife ‘y’. Trabalhamos desesperadamente para comprar algo que não nos é de grande utilidade e, depois da compra, temos que trabalhar mais ainda para pagar as dívidas. A sociedade contemporânea se dividiria então entre aqueles que estão angustiados por trabalharem muito e os que estão deprimidos por não conseguirem um emprego – e que por isso ficam com seu acesso ao consumo restringido.

Neste modelo de sociedade, os países menos desenvolvidos se dedicam basicamente a satisfazer o superconsumo dos países desenvolvidos, sem atender as necessidades essenciais de suas próprias populações. (FARJADO, 2010,

p.15)(grifo nosso).

Um dos exemplos dessa distribuição desigual está no lixo que, segundo Dannoritzer (2010) relatou em seu documentário, é enviado para África como produto de segunda mão, quando na verdade não passa de lixo descartado dos países desenvolvido. Ora, os locais pouco assistidos, como o continente africano e tantos outros locais em nosso planeta, também merecem desenvolver suas tecnologias e ter acesso a esses bens. Porém, os países desenvolvidos precisam saber lidar com o lixo que produzem e redefinir seus padrões de

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consumo que, de fato, tornam insustentáveis no sentido ambiental que a prática seja mantida, justamente por promoverem a falta de recursos.

O lado perverso desse consumo excessivo é que ele se restringe a uma minoria concentrada principalmente nos países ricos. Apenas 1,7 bilhão dos atuais 6,3 bilhões de pessoas que habitam o planeta têm hoje condições de consumir além das necessidades básicas. Ainda assim, a demanda por matéria-prima e energia cresce, precipitando o mundo em direção de um impasse civilizatório: ou a sociedade de consumo enfrenta o desafio da sustentabilidade ou teremos cada vez menos água doce e limpa, menos florestas, menos solos férteis, menos espaço para a monumental produção de lixo e outros efeitos colaterais desse modelo suicida de desenvolvimento.

(TRIGUEIRO, 2008, p.22).

Sem o consumo consciente é impossível falarmos até mesmo de inclusão social, pois não existe matéria prima suficiente para prover a todos os ocupantes do globo terrestre o que é considerado o básico. Na busca da inclusão social, muitos defendem a ampliação ao acesso ao consumo, mas inclusão social não é renda, não é consumo, é igualdade.

Anualmente, consome-se mais de 20% dos recursos naturais além do que o planeta Terra é capaz de regenerar e a distribuição do consumo está totalmente desigual no planeta (Trigueiro, 2008). Ou seja, enquanto poucos utilizam de maneira exacerbada os recursos naturais, a grande maioria ainda é carente de necessidades básicas, como saneamento básico, água limpa, educação, saúde e alimentos.

Brown (2003) propõe que seja realizada uma mudança no sistema fiscal, para que o custo real do produto, com a inserção da pegada ecológica, chegue ao consumidor final.

Os sistemas fiscais modernos, um misto de subsídios e impostos, refletem os objetivos de outra era, quando era do interesse das nações explorarem seus recursos naturais o mais rápido e competitivamente possível. Essa era já se foi. Hoje o capital natural é o recurso escasso. A meta é reestruturar o sistema fiscal para que os preços reflitam a verdade, protegendo os suportes naturais da economia. (BROWN, 2003, p.368).

Assim, em uma síntese simplória, haveria mais encargos para aqueles bens e serviços que são prejudiciais ao meio ambiente e em contrapartida, subsídios às iniciativas sustentáveis:

Os benefícios potenciais da reestruturação fiscal são óbvios. Política fiscal, inclusive remanejamento tanto de impostos como de subsídios, é a chave para nosso sucesso na construção de um ecoeconomia, pois é sistêmica. A redução dos subsídios à mineração não só torna os metais produzidos de minério virgem mais caros, por exemplo, como também encoraja indiretamente à reciclagem de metais. Igualmente, a elevação do preço da gasolina, através de um imposto sob o carbono que reflita o

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enviando, através do mercado, os sinais que influenciarão comportamentos mais ambientalmente responsáveis. (BROWN, 2003, p.396)

Nesse cenário, uma reestruturação econômica é essencial para que haja uma mudança no enfoque social, onde o ser humano deixa de ser encarado apenas como um instrumento econômico e passe a ser considerado como objetivo maior. Fajardo (2010) assevera que a ênfase da busca da lucratividade máxima precisa ser deslocada para a melhoria da qualidade de vida, que será alcançada através de uma economia colaborativa, solidária: “Uma economia que se propõe a levar em conta não apenas o interesse dos indivíduos, mas a colaboração e a solidariedade entre pessoas e grupos. E que enfatiza muito mais a distribuição da riqueza e da renda do que o crescimento da produção” (FARJADO, 2010, p.92).

7. Considerações Finais

A crise dos recursos naturais, sua provável escassez em tempo exíguo e o esgotamento do meio ambiente como um todo, não constituem mais segredos. Os juristas brasileiros já demonstram preocupação recorrente com este tópico, razão pela qual o tema função social ambiental já é assunto amplamente debatido e discutido. Fato que em um primeiro momento pode nos levar a questionar a pertinência de seu debate e discussão. Porém, embora amplamente aceito pela doutrina, nota-se que entre sua existência no meio acadêmico e sua aplicação no campo fático há uma grande distância, justamente por faltar mecanismos suficientes para cobrar a sua exigibilidade.

Por muito tempo, acreditou-se que, em nome do progresso e do desenvolvimento econômico, alguns sacrifícios seriam aceitáveis: não haveria problema em explorar demasiadamente a natureza, produzir bens que buscassem apenas ter o melhor preço e ser competitivo, incutir nos cidadãos à necessidade de consumo, oprimir civilizações em busca de uma mão de obra mais barata e, ainda, aumentar a desigualdade social de todo o planeta. No entanto, uma hora esse sistema de mercado apresentaria seus custos e eles hoje já são visíveis, mas ainda possuem um excelente prognóstico de reversão. Todavia, para isso é necessário que sejam promovidas uma série de alterações, que vão desde o âmbito econômico ao comportamento individual, como brevemente demonstrado no presente artigo.

A teoria da ecoeconomia, apesar de relativamente recente, possui diretrizes importantes para o atual cenário que vivenciamos, suas principais preposições: que os recursos naturais são finitos e que não se pode continuar acreditando em teorias econômicas de ideologia otimista que pregam um crescimento econômico eterno, prometendo padrões de

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consumo insustentáveis, são postulados essenciais para a adoção de uma nova postura social, ambiental e econômica.

O consumo, que foi promovido pelo desenvolvimento econômico e necessidades do mercado, é uma das razões do aumento vertiginoso da degradação ambiental, uma vez que os produtos para serem produzidos necessitam diretamente dos recursos naturais.

Como foi observado ao longo do artigo, o consumo consciente também busca a preservação ambiental, uma vez que, através dele o consumidor assume a responsabilidade sobre os bens que adquirir durante todo o seu ciclo de vida, ou seja, da sua aquisição ao descarte. E ainda vai além, pois seguindo esse ideal, o consumidor ao escolher o produto que irá comprar também deve se preocupar com os impactos diretos que este bem produziu no meio ambiente durante a sua elaboração.

Por fim, conclui-se que toda a sociedade deve compreender, e não apenas os políticos, os grandes industriais e agricultores que o meio ambiente já está em seu limite e precisa que o tema sustentabilidade deixe de ser uma palavra excêntrica no vocabulário de poucos e torne-se uma realidade, um objetivo, uma vez que é impossível sustentar os padrões uso dos recursos naturais que são finitos.

Referências Bibliográficas

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Referências

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