• Nenhum resultado encontrado

I&D internacional : perspectivas da indústria farmacêutica

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "I&D internacional : perspectivas da indústria farmacêutica"

Copied!
343
0
0

Texto

(1)Universidade de Aveiro Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial 2009. Irina Adriana Saur Amaral. I&D Internacional: Farmacêutica. Perspectivas. da. Indústria.

(2) Universidade de Aveiro Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial 2009. Irina Adriana Saur Amaral. I&D Internacional: Farmacêutica. Perspectivas. da. Indústria. dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Gestão Industrial, realizada sob a orientação científica do Prof. Doutor Joaquim José Borges Gouveia, Professor Catedrático do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro. Apoio financeiro da Fundação da Ciência e Tecnologia – fundos nacionais do MCTES (01/02/2008 – 13/11/2009) Bolsa SFRH/BD/36007/2007. Apoio financeiro da Universidade de Aveiro – Instituto de Investigação (01/02/2006 – 31/01/2008).

(3) Dedico este trabalho ao Paulo, pelo seu incessante apoio, por estar sempre ao meu lado e por conseguir fazer-me sempre sorrir, às nossas filhas, Ana e Rita, pela sua fantástica forma de ser e pela mudança extraordinária que trouxeram nas nossas vidas, e ao meu avô, “Hopi”, que faleceu no passado mês de Agosto depois de 93 anos dedicados a fazer-nos felizes, com uma paz de alma quase alentejana que nos inspirava sempre calma e bem-estar..

(4) o júri presidente. Doutor Eduardo Anselmo Ferreira da Silva Professor Catedrático da Universidade de Aveiro. Doutor Joaquim José Borges Gouveia Professor Catedrático da Universidade de Aveiro (orientador). Doutor Carlos Henrique Figueiredo e Melo de Brito Professor Associado com Agregação da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Doutora Leonor Maria Gonçalves Pacheco Pais Andrade Cardoso Professora Auxiliar da Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra. Doutor Manuel Duarte Mendes Monteiro Laranja Professor Auxiliar do Instituto Superior de Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Doutor Henrique Manuel Morais Diz Professor Catedrático da Universidade de Aveiro. Doutor António Carrizo Moreira Professor Auxiliar da Universidade de Aveiro. Doutor Joaquim Carlos da Costa Pinho Professor Auxiliar Convidado da Universidade de Aveiro.

(5) agradecimentos. O presente trabalho não teria sido possível sem as conversas entusiásticas com muitas pessoas que tiveram a paciência e o interesse em discutir o tema estudado, quer em Portugal, quer nas várias conferências internacionais em que participei nos últimos três anos. Agradeço a todas porque os seus contributos e críticas foram fundamentais para encontrar um caminho válido para realizar uma investigação de qualidade e realista. Agradeço em particular: •. Ao professor Joaquim Borges Gouveia, pela sua simpatia, disponibilidade, comentários críticos sobre o trabalho realizado e pela possibilidade que me deu de realizar um trabalho como eu queria, livre mas rigoroso, com os pés vincados na realidade empresarial;. •. A todos os colaboradores da PharmaEU que participaram no estudo empírico, pela sua abertura, simpatia e tempo dispendido com a presente investigação, deixando uma particular palavra de apreço ao Administrador responsável pela minha presença na empresa, que me permitiu desenvolver a investigação com maior celeridade e qualidade;. •. Ao Paulo, que teve a paciência de reler inúmeras vezes o meu trabalho, em várias fases de desenvolvimento, à procura de falhas que eu já não conseguia encontrar…e que me entregou sempre uma lista significativa de alterações por realizar;. •. Ao resto da minha família (romena e portuguesa) por nunca terem deixado de acreditar que consigo superar os mais ambiciosos desafios....

(6) palavras-chave. internacionalização, I&D internacional, indústria farmacêutica, estudo de caso. resumo. A teoria da internacionalização, já consolidada, tem como ponto de partida a internacionalização da produção e das vendas, e alguns dos investigadores desta área procuram aplicar os modelos existentes à internacionalização de I&D. Na presente dissertação, considera-se que as actividades de produção e vendas e as actividades de I&D têm características distintas e devem ser analisadas de acordo com as suas especificidades. A internacionalização de I&D, como actividade distinta da produção e das vendas, começou a ser estudada nos anos oitenta, e desde então foram propostos alguns modelos de organização de I&D internacional (estruturas centralizadas, policêntricas, redes heterárquicas, ou estruturas híbridas mais recentes que começam a considerar os conceitos de Inovação Aberta e Indústria de Investigação). Contudo, os contributos científicos existentes são ainda limitados e apresentam um grau elevado de heterogeneidade nas respectivas abordagens, o que pode sugerir a existência de um quadro conceptual ainda pouco consolidado e limita a sua aplicabilidade. No caso da indústria farmacêutica, que se confronta com a necessidade de aumentar a eficiência do processo de I&D, desenvolvido internacionalmente, a literatura académica carece de modelos de organização de I&D internacional que possam ser avaliados e aplicados pelos gestores que trabalham nesta indústria. Falta no quadro conceptual relacionado com a internacionalização de I&D, tanto uma compreensão clara sobre os modelos que podem ser utilizados para este efeito, como uma indicação sobre as possíveis variáveis que podem ser relevantes no contexto da I&D farmacêutica internacional. A presente investigação procura colmatar esta lacuna e responde a duas perguntas de investigação: a) Que modelos de organização de I&D internacional são aplicáveis à indústria farmacêutica? e b) Como gerir a I&D internacional na indústria farmacêutica? Para responder a estas questões, o trabalho foi organizado como se segue. Depois da revisão crítica da literatura sobre internacionalização e sobre internacionalização de I&D, desenvolveu-se um modelo holístico que permitia ultrapassar as insuficiências do quadro conceptual existente no sentido de proporcionar um quadro integrador das variáveis aplicáveis e das formas de organização associadas. Este modelo holístico de organização de I&D internacional representa um contributo conceptual importante da presente investigação..

(7) Seguiu-se uma análise das principais características da indústria farmacêutica, que foram utilizadas para desenvolver, a partir do modelo holístico, um modelo proposto de organização de I&D internacional aplicável nesta indústria. A estratégia de investigação utilizada para testar empiricamente o modelo proposto enquadrou-se no paradigma pragmático e consistiu na realização de um estudo de caso único, aprofundado e holístico, numa empresa farmacêutica. A recolha e a subsequente análise de dados basearam-se no modelo proposto de organização de I&D internacional na indústria farmacêutica. Os principais resultados do trabalho de investigação prendem-se com: a) confirmação do modelo proposto de organização de I&D internacional na indústria farmacêutica; b) identificação de variáveis relacionadas com a Inovação Aberta que devem ser incluídas em estudos futuros; c) necessidade de abordar a organização de I&D internacional de forma separada caso existam na mesma empresa tipos de I&D distintos, com sinergias mínimas; d) necessidade de abordar as redes de I&D internas e externas numa perspectiva integrada, numa óptica holística que permita gerir todas as interacções relevantes para as actividades de I&D. A investigação desenvolvida sugere, no âmbito de implicações para a gestão, a possibilidade de utilizar quer o modelo holístico, quer o modelo proposto para a indústria farmacêutica, como ferramenta de simulação de possíveis formas de organização de I&D internacional, escolhendo as variáveis dos respectivos modelos de acordo com a realidade de cada empresa ou sector de actividade. As medidas de política apontadas prendem-se com a regulamentação, e aplicam-se especificamente à indústria farmacêutica, uma vez que este aspecto foi confirmado no estudo empírico como sendo importante para a organização de I&D farmacêutica a nível internacional. A nível nacional, essas medidas passam por aumentar a celeridade e a clareza dos processos regulamentares, com vista a atrair empresas farmacêuticas que pretendem realizar ensaios no âmbito do processo de I&D e a ter um efeito positivo na redução do tempo de desenvolvimento. A nível internacional, as medidas de política mais eficazes relacionam-se com o desenvolvimento dos processos de normalização da regulamentação aplicável aos ensaios e à comercialização de medicamentos em vários países, com vista a reduzir o tempo despendido na compreensão de regulamentações diferentes e com vista a permitir um melhor planeamento e obtenção de dados nos ensaios clínicos. O modelo holístico de organização de I&D internacional e o modelo proposto para a indústria farmacêutica representam contributos úteis e originais para o quadro teórico existente. Estes modelos podem ser utilizados e desenvolvidos em estudos futuros por investigadores que pretendam analisar a temática da internacionalização de I&D, e podem evoluir para incluir novas variáveis. Futuras direcções de investigação devem incluir o teste dos modelos noutros sectores de actividade ou com outros métodos de investigação, com vista a validar a sua aplicabilidade noutras situações..

(8) keywords. Internationalization, international R&D, pharmaceutical industry, case study. abstract. The internationalization theory is based on internationalization of production and sales, yet some of the scholars associated to this area look to apply the internationalization models to internationalization of R&D. In this thesis, it is assumed that production and sales have different characteristics than R&D, and they should be studied according to their specificities. The internationalization of R&D, as specific firm activity, has been studied since the eighties, and ever since models of international R&D organization have been proposed (centralized or polycentric structures, heterarchical networks, or hybrid structures that start considering the concepts of Open Innovation and Research Industry). However, the scientific contributions to date are limited and are characterized by high heterogeneity in terms of approaches, which may indicate an insofar unconsolidated theory and limit its applicability. Regarding the pharmaceutical industry, which needs to increase the efficiency of its R&D process, developed internationally, there is a gap in academic models of international R&D organization that could be evaluated and applied by practitioners working in that industry. There is a lack of understanding of models that can be used, as well as of possible variables that can be used to study the internationalization of pharmaceutical R&D. This research looks to fill this gap and answers to two research questions: a) What models of international R&D organization apply pharmaceutical industry? b) How can we manage international pharmaceutical R&D?. to. To answer those questions, the research was organized as follows. After a critical literature review on internationalization and internationalization of R&D, a holistic model was developed. This model allows overcoming theoretical insufficiencies and integrates relevant variables and organization structures. This is an important conceptual contribution of the current research. Next, followed an analysis of key characteristics of the pharmaceutical industry. These were used to adapt the holistic model to the reality of that industry and resulted in a proposed model of international R&D organization in the pharmaceutical industry..

(9) The research strategy used to test empirically the proposed model fell into the pragmatic paradigm, and involved the development of a single in-depth case study in a pharmaceutical firm. The data collection and analysis were performed so as to inform the proposed model. The main results of the research are: a) confirmation of the proposed model of international R&D organization in the pharmaceutical industry; b) identification of variables related to Open Innovation that should be included in future studies; c) need to approach international R&D organization in different ways if there are distinct non-synergic types of R&D developed in the same firm; d) need to approach internal and external R&D networks in an integrated way, in a holistic approach that allows managing all interactions that are relevant for R&D. The research suggests that both the holistic and the proposed model can be used as a simulation tool to identify possible structures of international R&D organization in a specific firm, by choosing the variables according to the reality of each firm or industrial sector. Policy measures relate to regulation, and apply specifically to the pharmaceutical industry. At national level, there is need and space to increase the easiness and clearness of regulatory procedures, so as to attract pharmaceutical firms that intend to develop trials for their R&D process and to have a positive impact into the development time. At international level, there is a need to continue to develop the standardization procedures linked to pharmaceutical R&D in such a way that trials can be performed in safe and similar ways in most countries and reduce the necessity to perform additional tests for specific regulatory authorities. Both the holistic and the proposed model for international R&D organization are useful and original contributions to the current theory. Those models can be used and developed in future studies by scholars that intend to study internationalization of R&D and can evolve to include new variables. So, future studies should include testing the holistic model in other industrial sectors or using different research strategies, so as to validate their relevance in other situations..

(10)

(11) ÍNDICE GERAL. PREFÁCIO ........................................................................................................................ 1. 1.. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 5. 2.. TEORIAS E MODELOS PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO................................... 11 2.1.. Contéudo e lógica do capítulo .......................................................................... 11. 2.2.. Linhas de pensamento científico associadas à internacionalização.................. 11. 2.3.. Modelos de internacionalização ....................................................................... 14 2.3.1. Modelo Ciclo de Vida................................................................................ 15 2.3.2. Modelo Uppsala........................................................................................ 16 2.3.3. Modelo Ecléctico....................................................................................... 20 2.3.4. Modelo International New Ventures .......................................................... 23 2.3.5. Modelo Holístico ....................................................................................... 25 2.3.6. Análise comparativa dos modelos de internacionalização ....................... 27. 2.4.. 3.. Síntese das principais ilações .......................................................................... 31. TEORIAS E MODELOS PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DE I&D...................... 33 3.1.. Contéudo e lógica do capítulo .......................................................................... 33. 3.2.. Linhas de pensamento científico associadas à internacionalização de I&D...... 34. 3.3.. Principais razões para a internacionalização de I&D ........................................ 36. 3.4.. Actores envolvidos na internacionalização de I&D ........................................... 41. 3.5.. Metodologias de estudo de internacionalização de I&D.................................... 44. 3.6.. Indicadores de internacionalização de I&D....................................................... 46.

(12) 3.7.. Formas/Modelos de organização de I&D internacional..................................... 48 3.7.1. Modelo de Ronstadt (1984) ...................................................................... 52 3.7.2. Modelo de Bartlett e Ghoshal (1990) ........................................................ 56 3.7.3. Modelo de Hakanson (1990)..................................................................... 61 3.7.4. Modelo de Kuemmerle (1999)................................................................... 63 3.7.5. Modelo de Pearce e Papanastassiou (1999) ............................................ 67 3.7.6. Modelo de Gerybadze e Reger (1999)...................................................... 71 3.7.7. Modelo de Gassmann e von Zedtwitz (1999)............................................ 75 3.7.8. Modelo de Niosi e Godin (1999) ............................................................... 82 3.7.9. Modelo de Zander (1999) ......................................................................... 86 3.7.10. Modelo de Archibugi e Iammarino (2002) ................................................. 91 3.7.11. Análise comparativa dos modelos de organização de I&D internacional... 94. 3.8.. Modelo holístico de organização de I&D internacional...................................... 98 3.8.1. Construção do modelo.............................................................................. 98 3.8.1. Caracterização do modelo ...................................................................... 105. 3.9.. 4.. Síntese das principais ilações ........................................................................ 108. A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE. MEDICAMENTOS ......................................................................................................... 111 4.1.. Indústria farmacêutica .................................................................................... 111 4.1.1. Produtos farmacêuticos .......................................................................... 112 4.1.2. Principais características do mercado..................................................... 115. 4.2.. I&D na indústria farmacêutica......................................................................... 120 4.2.1. Processo de desenvolvimento de medicamentos ................................... 121 4.2.2. Modelos recentes de inovação/I&D farmacêutica ................................... 124. 4.3.. Síntese das principais ilações ........................................................................ 129.

(13) 5.. MODELO DE ORGANIZAÇÃO DE I&D INTERNACIONAL NA INDÚSTRIA. FARMACÊUTICA .......................................................................................................... 131 5.1.. Modelo proposto............................................................................................. 132 5.1.1. Síntese da informação relevante para a construção do modelo.............. 132 5.1.2. Construção do modelo............................................................................ 133. 5.2.. 6.. 7.. Discussão do modelo proposto e da sua aplicabilidade.................................. 143. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO ................................................................... 145 6.1.. Paradigmas, estratégias e métodos de investigação científica ....................... 145. 6.2.. Escolhas metodológicas relevantes para a investigação ................................ 150. 6.3.. Estratégia de investigação escolhida: Estudo de caso ................................... 152. 6.4.. O protocolo de investigação ........................................................................... 156. ESTUDO DE CASO E VERIFICAÇÃO EMPÍRICA DO MODELO PROPOSTO ..... 161 7.1.. Descrição do estudo de caso PharmaEU ....................................................... 161 7.1.1. Caracterização da empresa PharmaEU.................................................. 161 7.1.2. Características da recolha de dados realizada ....................................... 162 7.1.3. Sumário dos resultados obtidos da codificação das variáveis................. 165. 7.2.. Apresentação dos resultados obtidos no estudo de caso PharmaEU............. 175 7.2.1. Organização de I&D internacional na PharmaEU ................................... 177 7.2.2. Vantagens/boas práticas e desvantagens identificadas no que respeita à organização de I&D internacional ........................................................... 192 7.2.3. Gestão de I&D na PharmaEU ................................................................. 194 7.2.4. Vantagens/boas práticas e desvantagens identificadas no que respeita à gestão de I&D......................................................................................... 207.

(14) 7.3.. Análise comparativa dos resultados obtidos relativamente ao modelo proposto. para organização de I&D internacional ...................................................................... 210 7.3.1. Análise comparativa com base na importância dada às variáveis contempladas no modelo conceptual e empírico .................................... 211 7.3.2. Análise comparativa com base na presença de variáveis diferentes no modelo proposto para a indústria farmacêutica e o modelo empírico...... 225 7.4.. Implicações do estudo empírico realizado sobre as teorias e modelos de. internacionalização de I&D......................................................................................... 230 7.5.. Síntese das principais ilações ........................................................................ 239. 8.. CONCLUSÕES...................................................................................................... 247. 9.. LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 259.

(15) ÍNDICE DE FIGURAS. Figura 1 – Esquema da investigação realizada.................................................................. 9 Figura 2 – Modelo Uppsala (adaptado de Johanson & Vahlne, 1977, Fig. 1, p. 26 ) ........ 17 Figura 3 – Uma abordagem holística à internacionalização (adaptado de Fletcher, 2001)26 Figura 4 – Formas de internacionalização de I&D: uma perspectiva histórica.................. 50 Figura 5 – Tipologias de estruturas de I&D internacional e a sua evolução (representação própria das tipologias propostas por Ronstadt, 1984) ...................................................... 53 Figura 6 – Tipos de unidades de I&D (exploração de activos e aumento de activos) e respectivos fluxos de informação (adaptado de Kuemmerle, 1999) ................................. 65 Figura 7 – I&D centralizada e etnocêntrica (adaptado de Gassmann & von Zedtwitz, 1999)75 Figura 8 – I&D centralizada e geocêntrica (adaptado de Gassmann & von Zedtwitz, 1999)76 Figura 9 – I&D descentralizada e policêntrica (adaptado de Gassmann & von Zedtwitz, 1999) ............................................................................................................................... 76 Figura 10 – I&D tipo Hub (adaptado de Gassmann & von Zedtwitz, 1999)....................... 77 Figura 11 – Rede integrada de I&D (adaptado de Gassmann & von Zedtwitz, 1999)....... 77 Figura 12 – Tendências de evolução entre as formas de organização da I&D internacional (adaptado de Gassmann & von Zedtwitz, 1999) .............................................................. 79 Figura 13 – Classificação de redes de inovação internacionais (adaptado de Ivo Zander, 1999) ............................................................................................................................... 87 Figura 14 – Categorias de variáveis utilizadas nos modelos de organização de I&D internacional sintetizados e no metamodelo .................................................................... 99 Figura 15 – Apresentação gráfica da taxonomia proposta para as variáveis utilizadas nos modelos de organização de I&D internacional ............................................................... 103 Figura 16 – Modelo holístico de organização de I&D internacional ................................ 106 Figura 17 – O circuito do medicamento para uso humano (adaptado de Infarmed, 2007)114 Figura 18 – Processo de I&D na indústria farmacêutica................................................. 122.

(16) Figura 19 – O modelo da inovação farmacêutica antes de 1990 (adaptado de Attridge, 2007) ............................................................................................................................. 125 Figura 20 – Relações nas redes de inovação farmacêutica (adaptado de Attridge, 2007)126 Figura 21 – O modelo da inovação farmacêutica depois de 2000 (adaptado de Attridge, 2007) ............................................................................................................................. 127 Figura 22 – Modelo de organização de I&D internacional na indústria farmacêutica: variáveis mais relevantes............................................................................................... 137 Figura 23 – Modelo de organização de I&D internacional na indústria farmacêutica...... 142 Figura 24 – Estrutura de variáveis codificadas utilizada no NVivo.................................. 164 Figura 25 – Representação gráfica da codificação das variáveis: Nível 1 de codificação (fontes de informação) ................................................................................................... 166 Figura 26 – Representação gráfica da codificação das variáveis: Nível 1 de codificação (referências) .................................................................................................................. 167 Figura 27 – Representação gráfica da codificação das variáveis: Nível 2 de codificação (fontes de informação) ................................................................................................... 168 Figura 28 – Representação gráfica da codificação das variáveis: Nível 2 de codificação (referências) .................................................................................................................. 169 Figura 29 - Representação gráfica da codificação das variáveis: Nível 3 de codificação (fontes de informação) ................................................................................................... 172 Figura 30 - Representação gráfica da codificação das variáveis: Nível 3 de codificação (referências) .................................................................................................................. 173 Figura 31 – Organização de I&D internacional no caso PharmaEU ............................... 180 Figura 32 – Organização interna da componente de I&D no caso PharmaEU ............... 182 Figura 33 – Organização externa da componente de I&D no caso PharmaEU .............. 183 Figura 34 – Organização externa da componente de investigação no caso PharmaEU 184 Figura 35 – Organização externa da componente de desenvolvimento no caso PharmaEU186 Figura 36 – Níveis de gestão de I&D no caso PharmaEU.............................................. 194 Figura 37 – Representação gráfica da importância relativa das variáveis de nível 1 no modelo conceptual e no modelo empírico...................................................................... 217.

(17) Figura 38 – Representação gráfica da importância relativa das variáveis de nível 2 no modelo conceptual e no modelo empírico: TCN - Tecnologia ........................................ 218 Figura 39 – Representação gráfica da importância relativa das variáveis de nível 3 no modelo conceptual e no modelo empírico: TCN - Tecnologia ........................................ 219 Figura 40 – Representação gráfica da importância relativa das variáveis de nível 2 no modelo conceptual e no modelo empírico: RD - Ligações (redes) ................................. 221 Figura 41 – Representação gráfica da importância relativa das variáveis de nível 3 no modelo conceptual e no modelo empírico: RD - Ligações (redes) ................................. 222 Figura 42 – Representação gráfica da importância relativa das variáveis de nível 2 no modelo conceptual e no modelo empírico: MCD - Mercado ........................................... 223 Figura 43 – Representação gráfica da importância relativa das variáveis de nível 3 no modelo conceptual e no modelo empírico: MCD - Mercado ........................................... 224 Figura 44 – Modelo de organização de I&D para a indústria farmacêutica: variáveis a considerar em estudos futuros....................................................................................... 236 Figura 45 – Modelo de organização de I&D para a indústria farmacêutica: representação gráfica da estrutura de organização a considerar em estudos futuros ........................... 237.

(18) ÍNDICE DE TABELAS. Tabela 1 – Modelos de internacionalização sintetizados na dissertação..........................15 Tabela 2 – Tipologia de actores envolvidos em I&D internacional ...................................41 Tabela 3 – Principais indicadores de internacionalização de I&D ....................................46 Tabela 4 – Principais modelos de organização de I&D internacional considerados .........48 Tabela 5 - Variáveis consideradas no modelo de Ronstadt .............................................55 Tabela 6 – Boas práticas nos processos de inovação internacional (síntese própria de Bartlett & Ghoshal, 1990).................................................................................................57 Tabela 7 - Variáveis consideradas no modelo de Bartlett e Ghoshal ...............................59 Tabela 8 – Modelos de organização de I&D internacional (adaptado de H. Hakanson, 1990, Figura 10.2.) ..........................................................................................................61 Tabela 9 - Variáveis consideradas no modelo de Hakanson............................................62 Tabela 10 - Variáveis consideradas no modelo de Kuemmerle........................................66 Tabela 11 – Variáveis consideradas no modelo de Pearce e Papanastassiou.................70 Tabela 12 – Tipos de inovação transnacional (adaptado de Gerybadze & Reger, 1999) .72 Tabela 13 - Variáveis consideradas no modelo de Gerybadze e Reger...........................73 Tabela 14 – Comparação entre os cinco tipos de organização de I&D internacional (adaptado de Gassmann & von Zedtwitz, 1999) ..............................................................78 Tabela 15 – Variáveis consideradas no modelo de Gassmann e von Zedtwitz ................80 Tabela 16 - Variáveis consideradas no modelo de Niosi e Godîn ....................................83 Tabela 17 – Variáveis consideradas no modelo de Zander..............................................88 Tabela 18 - Variáveis consideradas no modelo de Archibugi e Iammarino ......................92 Tabela 19 – Taxonomia proposta para as variáveis utilizadas nos modelos de organização de I&D internacional ..................................................................................100 Tabela 20 – Tipologias de produtos na indústria farmacêutica.......................................112 Tabela 21 – Evolução do mercado farmacêutico global entre 1998-2005 (IMS, 2006)...116 Tabela 22 – Distribuição geográfica das vendas no mercado farmacêutico global em 2005 (IMS, 2006)....................................................................................................................116 Tabela 23 – Primeiros 10 mercados nacionais no mercado farmacêutico em 2001 e previsão para 2009 (IMS, 2006).....................................................................................117 Tabela 24 – Vendas das primeiras 10 marcas no mercado farmacêutico global em 2005 (IMS, 2006)....................................................................................................................118.

(19) Tabela 25 – Vendas das primeiras 10 empresas no mercado farmacêutico global em 2005 (IMS, 2006) ...........................................................................................................118 Tabela 26 – Formas de organização de I&D internacional relevantes para a indústria farmacêutica ..................................................................................................................139 Tabela 27 – Fontes de informação previstas para recolha no estudo de caso ...............159 Tabela 28 – Colaboradores entrevistados na PharmaEU: Principais características......163 Tabela 29 – Sumário dos resultados de codificação das variáveis: Nível 1 de codificação ......................................................................................................................................166 Tabela 30 – Sumário dos resultados de codificação das variáveis: Nível 2 de codificação ......................................................................................................................................168 Tabela 31 – Sumário dos resultados de codificação das variáveis: Nível 3 de codificação ......................................................................................................................................170 Tabela 32 – Funções internas e entidades externas que aparecem na organização de I&D internacional da empresa PharmaEU ............................................................................178 Tabela 33 – Fluxos de informação, produtos e tecnologia que aparecem na organização de I&D internacional da empresa PharmaEU.................................................................179 Tabela 34 – Síntese das variáveis consideradas no modelo conceptual proposto, com indicação do número de fontes de informação por cada variável de nível 3...................212 Tabela 35 – Síntese das variáveis consideradas no modelo conceptual proposto, com indicação do número de fontes de informação por cada variável de nível 2...................214 Tabela 36 – Síntese das variáveis consideradas no modelo conceptual proposto, com indicação do número de fontes de informação por cada variável de nível 1...................215 Tabela 37 – Variáveis que foram consideradas no modelo conceptual e não apareceram no modelo empírico .......................................................................................................225 Tabela 38 – Variáveis que não foram consideradas no modelo conceptual e apareceram no modelo empírico .......................................................................................................227.

(20) ÍNDICE DE ANEXOS. Anexo 1 – Conceito de internacionalização ....................................................................... I Anexo 2 – Conceito de inovação aberta........................................................................... III Anexo 3 – Análise comparativa dos modelos de internacionalização............................... IX Anexo 4 – Domínios de conhecimento relacionados à internacionalização de I&D........ XIII Anexo 5 – Teorias de internacionalização de Perlmutter e Hedlund .............................XVII Anexo 6 - Análise comparativa dos modelos de organização de I&D internacional........XXI Anexo 7 – Definição das variáveis incluídas no modelo holístico e das subcategorias XXV Anexo 8 – Descrição dos fluxos entre as várias entidades envolvidas na I&D farmacêutica internacional ............................................................................................................... XXIX Anexo 9 – Tabelas de recolha de dados utilizadas no estudo de caso ....................... XXXI Anexo 10 – Descrição dos fluxos entre as várias entidades envolvidas no processo de I&D internacional da PharmaEU ................................................................................ XXXV Anexo 11 - Variáveis consideradas no modelo conceptual proposto, com indicação do número de fontes de informação por cada variável.................................................. XXXVII Anexo 12 - Comparação das variáveis consideradas no modelo conceptual proposto com as encontradas no estudo empírico ............................................................................... XLI Anexo 13 – Comparação entre o modelo conceptual e o modelo empírico: frequências para as variáveis de nível 3 ......................................................................................... XLIII Anexo 14 – Comparação entre o modelo conceptual e o modelo empírico: frequências para as variáveis de nível 2 ..........................................................................................XLV Anexo 15 – Comparação entre o modelo conceptual e o modelo empírico: frequências para as variáveis de nível 1 ........................................................................................XLVII.

(21) 1. PREFÁCIO Em Julho de 2005, encontrava-me na conferência R&D Management onde vou todos os anos, à procura de ideias cativantes, actuais e potenciamente relevantes, para fazer o meu doutoramento. Queria fazer algo útil, com implicações práticas e cientificamente interessantes para mim e para uma comunidade científica mais alargada. Não me imaginava a trabalhar sozinha, fechada no meu gabinete durante vários anos, mas perto do mundo empresarial e a trocar ideias com colegas investigadores para testar constantemente o meu trabalho. Depois de assistir a várias apresentações interessantes, e incentivada pelo calor de Pisa naquela altura, saí para uma esplanada perto da Scuola Superiore Sant’Anna à procura de uma bebida refrescante. Encontrei um colega e amigo, excelente investigador, Phil Cooke, com o qual comecei uma conversa animada, da qual acabaria por surgir a ideia de estudar a indústria farmacêutica. Devo ao Phil o interesse por esta indústria, e fico contente que ele teve razão pois gostei de a estudar. De regresso a Portugal, procurei mais informação, validei e organizei algumas ideias, e foi com a ajuda do professor Borges Gouveia que a ideia inicial se transformou num projecto realista. Delineámos em conjunto aquilo que havia de ser um primeiro esboço da investigação apresentada nesta dissertação e tivemos uma primeira conversa com o responsável máximo de uma grande empresa farmacêutica para validar a abordagem. Mais uns acertos, e estava pronta para iniciar, em Fevereiro de 2006, o projecto de investigação mais interessante que desenvolvi até à data, e certamente o mais envolvente. Mal comecei a trabalhar na dissertação, procurei logo compreender as questões metodológicas. Queria ter algo que guiasse o processo de desenvolvimento da tese e que me desse uma razoável certeza de que estava a seguir o caminho certo. Descobri que a minha forma de ver o mundo é pragmática, e que para mim não há só uma verdade, mas várias perspectivas subjectivas sobre o mesmo evento. Não acredito que só uma perspectiva pode ser a certa, porque acredito que as pessoas têm limitações na sua capacidade de compreender e descrever o mundo. O universo é muito grande e complexo para o conseguirmos desvendar e descrever sozinhos. Pelo menos por enquanto.. 1.

(22) Uma consequência visível desta ontologia pragmática é a abordagem crítica (construtiva e sustentada) da literatura analisada e do meu próprio contributo. Uma outra é a escolha dos caminhos mistos para atingir o objectivo final, de acordo com as necessidades, à medida que o trabalho avança, e escolhidos de entre os vários caminhos possíveis. E se não acredito que só uma perspectiva é a certa, acredito vivamente que devemos fazer o nosso trabalho (neste caso, a nossa investigação) com o máximo rigor, método e honestidade, tornando-o claro para quem o analisa, e permitindo a identificação de limitações e possibilidades de melhoria. No fundo, permitindo que o trabalho feito seja alvo de crítica. Foi isso que me guiou na realização da dissertação, pelo que espero que as próximas páginas lhe permitam compreender o que foi feito, porquê e como, com a maior clareza e transparência. Ao longo dos três anos em que desenvolvi a dissertação, descobri que fazer investigação de qualidade sobre a organização de I&D internacional é um desafio. E que fazer investigação sobre a organização de I&D internacional na indústria farmacêutica é um desafio ainda maior. Em primeiro lugar, porque a área de investigação é recente (começou nos anos oitenta) e porque os contributos são multidisciplinares. Há poucos estudos sobre a forma como a I&D se organiza ao nível internacional, realizados por investigadores ligados à economia, gestão estratégica, gestão da tecnologia, entre outros. Os estudos empíricos com amostras relevantes escasseiam e a investigação qualitativa que ajudaria à compreensão do fenómeno estudado é praticamente inexistente. A literatura sobre internacionalização da empresa reflecte-se insuficientemente, no meu entender, nas abordagens utilizadas para a I&D internacional. Podia haver mais integração; há muito que se podia aprender pelo cruzamento das perspectivas dos investigadores destas duas áreas. Em suma, há pouca informação estruturada e organizada que permita a identificação de melhores práticas nesta área e dos principais desafios associados, de uma forma holística. Em segundo lugar, porque a indústria farmacêutica tem uma reputação de secretismo, particularmente no que respeita ao seu processo de I&D (isto é, de desenvolvimento de medicamentos e processos de fabrico), e a informação que a esta diz respeito é um bem privado e caro (incluída, por exemplo, em relatórios de Business Intelligence). Trata-se de uma indústria de tecnologia intensiva cujo mercado é global e. 2.

(23) em que o principal factor de competitividade é a inovação (por norma baseada no desenvolvimento de produtos novos para áreas terapêuticas muito diversas, protegidos por patentes). As primeiras dez empresas detinham 40% do mercado global em 2005 e não há sinais de que esta situação se possa estar a alterar significativamente. Acresce que em Portugal e países vizinhos há poucas empresas farmacêuticas a fazerem I&D. Resumindo, nem a área de estudo está consolidada, nem a informação ou as empresas farmacêuticas estão facilmente acessíveis, o que levanta desafios e cria oportunidades. Foi por causa das oportunidades identificadas que comecei este trabalho, e, também, dos desafios, porque nunca gostei de projectos fáceis. Esperava encontrar dificuldades pelo caminho e encontrei-as. Consegui contorná-las com o apoio de muitas pessoas amigas, às quais agradeci na altura e volto a fazê-lo agora porque nunca é demais. Tive a sorte de realizar um trabalho de que gostei e de que gosto. Foi um trabalho individual e simultaneamente de equipa, com o professor Borges Gouveia. Tivemos conversas enriquecedoras que me ajudaram a abordar melhor a investigação. Recebi excelente feedback sobre aquilo que estava a descobrir (ou pensar que estava a descobrir!). Tive o apoio de que precisava, na altura em que precisava dele. Tive a liberdade de escolher os caminhos e de os testar. Tive a oportunidade de trocar opiniões com investigadores e profissionais de muitas áreas disciplinares. E, mais importante de tudo, tive a possibilidade de aprender muito e de trazer algum contributo para a área de investigação que analisei, por mais pequeno que este seja, o que me deixa satisfeita. Não trabalhei em vão. Foi uma excelente experiência e somente espero encontrar no futuro oportunidades para me envolver em projectos igualmente (ou mais) desafiantes. Tenho a noção de que muito mais podia ter sido feito, com melhor acesso à informação, com mais tempo ou com mais recursos financeiros. Mas a ciência avança passo a passo e partilhar resultados pequenos faz parte do seu progresso... Irina Saur-Amaral. Aveiro, Junho de 2009. 3.

(24)

(25) 2. INTRODUÇÃO A internacionalização1 tem sido estudada desde os anos sessenta, como resultado da abertura da economia americana e início das exportações para a Europa (Vernon, 1966). Os vários autores que analisaram a internacionalização têm uma abordagem baseada na internacionalização da produção e das vendas, e o desenvolvimento da teoria das multinacionais, entre outros, levantou algumas questões sobre a transferência de conhecimento e a internacionalização de I&D, mas baseadas no corpo teórico desenvolvido com base na internacionalização da produção e das vendas (Dunning & Narula, 1995; Narula & Santangelo, 2009; Narula & Zanfei, 2005). Os primeiros estudos que contemplam a internacionalização das actividades de I&D partindo do pressuposto que estas têm dinâmicas diferentes das actividades de produção e vendas, e que apresentam especificidades suficientemente importantes para as estudar separadamente, começam a aparecer com alguma frequência nos anos oitenta (por exemplo: Ronstadt, 1984). Desde então, o desenvolvimento do corpo teórico associado à internacionalização de I&D considerou: •. as razões para a internacionalização de I&D (por exemplo: Dunning & Narula, 1995; Gammeltoft, 2005; Gassmann & Reepmeyer, 2005; Gerybadze & Reger, 1999; Kuemmerle, 1996; Narula & Zanfei, 2005; Walsh, 2002);. •. os actores envolvidos na internacionalização de I&D (por exemplo: Archibugi & Iammarino, 2002; Gammeltoft, 2005; Gerybadze & Reger, 1999);. •. as metodologias de estudo e os indicadores para a medição do grau de internacionalização de I&D (por exemplo: Archibugi & Iammarino, 2002; Gammeltoft, 2005; Gerybadze & Reger, 1999; Narula & Zanfei, 2005; Niosi, 1999);. •. as formas de organização de I&D internacional (por exemplo: Archibugi & Iammarino, 2002; Bartlett & Ghoshal, 1990; Gammeltoft, 2005; Gassmann & von Zedtwitz, 1999; Gerybadze & Reger, 1999; H. Hakanson, 1990; Kuemmerle, 1999; Niosi, 1999; Niosi & Godin, 1999; Patel & Vega, 1999; Pearce & Papanastassiou, 1999; Ronstadt, 1984; Zander, 1999).. 1. Ver no Anexo 1 a definição do conceito de internacionalização e as principais abordagens. teóricas.. 5.

(26) Há uma concentração significativa dos estudos sobre a internacionalização de I&D que focam na componente de organização de I&D internacional e um número limitado de estudos sobre as principais razões que levam à internacionalização de I&D e sobre os actores envolvidos no processo. As principais metodologias utilizadas até à data para estudar a internacionalização de I&D e os indicadores utilizados para fins de medição da dimensão deste processo também foram pouco estudados (Niosi, 1999). No presente doutoramento, a internacionalização de I&D é analisada na perspectiva de organização de I&D internacional, que representa a área mais desenvolvida desde os anos oitenta. Relativamente à componente associada à organização de I&D internacional, alguns modelos foram propostos na literatura (desde estruturas centralizadas até redes heterárquicas, e mais recentemente abordagens híbridas que consideram questões associadas à inovação aberta2 (Chesbrough, 2003a; Cooke, 2006)) (Archibugi & Iammarino, 2002; Bartlett & Ghoshal, 1990; Gammeltoft, 2005; Gassmann & von Zedtwitz, 1999; Gerybadze & Reger, 1999; H. Hakanson, 1990; Kuemmerle, 1999; Niosi, 1999; Niosi & Godin, 1999; Pearce & Papanastassiou, 1999; Ronstadt, 1984; Zander, 1999). Numa perspectiva histórica, as formas de organização de I&D internacional começaram com estruturas centralizadas, dominadas pela empresa mãe e evoluiram durante os anos noventa para estruturas tipo redes, mais “democráticas”, com estratégias alinhadas e objectivos globais (Niosi, 1999; Saur-Amaral & Borges Gouveia, 2008a, 2008b). Alguns autores identificaram uma tendência actual na direcção de um aumento do controlo hierárquico nas estruturas tipo rede, devido à complexidade associada à coordenação da rede e aos custos acrescidos (Gammeltoft, 2005; Gassmann & von Zedtwitz, 1999), mas as evidências ainda escasseiam. Porém, muitos dos modelos de organização de I&D internacional propostos na literatura são limitados, por não terem sido validados devidamente ou não se aplicarem a sectores industriais específicos (o que representa um aspecto fundamental no presente doutoramento). Por exemplo, a indústria farmacêutica confronta-se com a necessidade de aumentar a eficiência do seu processo de I&D, que é desenvolvido a nível internacional. Faltam soluções concretas para gerir a I&D internacional nesta 2. Ver no Anexo 2 a definição do conceito de inovação aberta e as principais abordagens teóricas.. 6.

(27) indústria e é necessário compreender que modelos de organização de I&D internacional se aplicam na indústria farmacêutica e em que contexto (Gassmann, et al., 2004; ICH, 2007; IFPMA & FIIM, 2004; IMS, 2006, 2007; Saur-Amaral & Borges Gouveia, 2008a, 2008b; Staropoli, 1998). Na presente investigação, pretende-se preencher essas lacunas respondendo às seguintes questões de investigação: •. Que modelos de organização de I&D internacional se aplicam na indústria farmacêutica?. •. Como se gere a I&D internacional na indústria farmacêutica?. A tese do presente doutoramento é ser possível identificar um modelo de organização de I&D internacional aplicável na indústria farmacêutica, e determinar os respectivos actores e forma de gerir a I&D. A metodologia utilizada é pragmática, utilizando a revisão da literatura como ponto de partida para a construção de um modelo, que é subsequentemente testado empiricamente no contexto de um estudo de caso. Os contributos esperados da dissertação são: •. desenvolvimento de um modelo de I&D internacional com características sectoriais, que falta no actual corpo teórico;. •. desenvolvimento de de uma ferramenta potencialmente útil para os gestores de I&D da indústria farmacêutica ou fazedores de política.. Para responder às questões de investigação e permitir alcançar os resultados desejados, a investigação foi organizada como se descreve de seguida (ver, também, a Figura 1). Começou-se por fazer a revisão da literatura sobre a internacionalização em geral (apresentada no capítulo 2) e sobre a internacionalização de I&D em particular (apresentada no capítulo 3). Definem-se os principais conceitos e identificadas as principais linhas de pensamento, sempre numa perspectiva crítica sobre a literatura analisada, com vista a identificar pontos fortes e limitações da mesma. No final do capítulo 3, desenvolve-se um modelo holístico de organização de I&D internacional, como resultado da inexistência de um modelo teórico suficientemente completo para ser aplicado num estudo empírico sectorial.. 7.

(28) De seguida, no capítulo 4, apresentam-se algumas características da indústria farmacêutica, ao nível do seu enquadramento, principais factores de competitividade e importância da inovação/I&D farmacêutica. Utilizando as ilações da caracterização da indústria farmacêutica, adaptou-se o modelo holístico desenvolvido no capítulo 3 à realidade da indústria farmacêutica. Identificam-se as formas de organização de I&D internacional mais susceptíveis de se aplicar no caso desta indústria e, também, as variáveis do modelo holístico que têm à partida mais probabilidade de desempenhar um papel relevante na organização da I&D internacional farmacêutica. Resulta um modelo de organização de I&D internacional com aplicabilidade potencial na indústria farmacêutica, designado por modelo proposto para a organização de I&D internacional na indústria farmacêutica e apresentado no capítulo 5. Este modelo proposto serve de base para a verificação empírica realizada no próximo capítulo. No capítulo 6, apresentam-se as principais questões metodológicas. A investigação enquadra-se no paradigma pragmático e utilizam-se métodos mistos. A estratégia de investigação utilizada é o estudo de caso, que permite responder às questões de investigação, no contexto das especificidades da indústria farmacêutica. Este capítulo apresenta em pormenor as decisões metodológicas tomadas e as razões subjacentes e, também, o protocolo de investigação que orienta o estudo empírico. A componente empírica é apresentada no capítulo 7 e contempla uma breve caracterização do estudo de caso realizado e da recolha de dados, seguida por um relato narrativo da forma de organização de I&D internacional identificada e da respectiva gestão de I&D. Apresenta-se uma análise comparativa entre os resultados obtidos na componente empírica e o modelo proposto para organização de I&D internacional na indústria farmacêutica. No final deste capítulo faz-se a discussão das implicações do estudo empírico sobre o corpo teórico associado à organização de I&D internacional, com indicação das principais variáveis, aspectos de gestão e outras questões chave que pode ser importante validar em estudos empíricos futuros. Acaba-se com as conclusões da investigação, apresentadas no capítulo 8. Analisa-se a forma como foram respondidas as questões de investigação colocadas e a medida em que foram alcançados os resultados esperados. Incluem-se algumas implicações para gestão, políticas e futuras direcções de investigação relacionadas com a presente investigação.. 8.

(29) Figura 1 – Esquema da investigação realizada. 9.

(30)

(31) 3. TEORIAS E MODELOS PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO. 3.1.. CONTÉUDO E LÓGICA DO CAPÍTULO. O presente capítulo aborda o conceito de internacionalização e as principais linhas de pensamento associadas à internacionalização, e tem como objectivo compreender o quadro de referência abrangente para a internacionalização de I&D, o principal enfoque da dissertação. O capítulo está estruturado como se segue. Primeiro, apresentam-se as principais linhas de pensamento científico associadas à internacionalização. Segundo, apresenta-se uma síntese dos principais modelos de internacionalização e efectua-se um análise comparativa dos mesmos com vista a delinear as principais vantagens e insuficiências de cada modelo. Por fim, reflecte-se sobre as principais características da literatura revista sobre a internacionalização e as suas implicações sobre o estudo da internacionalização de I&D.. 3.2.. LINHAS DE PENSAMENTO CIENTÍFICO ASSOCIADAS À INTERNACIONALIZAÇÃO. Sabe-se que a internacionalização da empresa é um processo de envolvimento internacional de uma empresa, num ou vários países. É um processo através do qual parte das actividades de uma empresa passam a ser desempenhadas fora do país de origem, seja em unidades de negócio associadas à empresa mãe e localizadas no estrangeiro (por exemplo, subsidiárias), seja através de terceiros (por exemplo, subcontratação, representantes), seja utilizando uma combinação das duas soluções anteriores (Archibugi & Iammarino, 2002; Havila, et al., 2002a; Saur-Amaral & Borges Gouveia, 2006). Como brevemente especificado na introdução (ver capítulo 1), no contexto da presente dissertação e por uma questão de parcimónia, quando se referir à internacionalização da empresa vai ser utilizado o termo de internacionalização. Sabe-se, também, que a internacionalização de I&D tem sido objecto de uma literatura específica (por exemplo, Archibugi & Iammarino, 2002; Dunning, 1998; Dunning & Narula, 1995; H. Hakanson, 1990; L. Hakanson & Nobel, 1993a; Kuemmerle, 1996, 1999; Niosi, 1999; Roper & Hewitt-Dundas, 2006; von Zedtwitz, 2007; von Zedtwitz &. 11.

(32) Gassmann, 2002; Wolff, 2006; Zander, 2002), tratada de forma distinta das actividades de. produção. ou. de. vendas,. e. alegadamente. influenciada. pelas. teorias. de. internacionalização da empresa, um aspecto a abordar com mais pormenor na síntese conclusiva do presente capítulo. Refere-se que a literatura específica relativa à internacionalização da actividade de investigação e desenvolvimento, o principal enfoque da presente dissertação, é abordada em capítulo aparte (ver capítulo 3). A internacionalização tem sido intensamente estudada desde os anos sessenta (na perspectiva dos factores responsáveis pela internacionalização e do processo propriamente dito). Há vários modelos de internacionalização propostos na literatura e há, também, várias linhas de pensamento associadas, que foram alvo de análise e classificação de vários investigadores (Fletcher, 2001; Havila, et al., 2002a; Malhotra, et al., 2003; Ruzzier, et al., 2006, entre outros). Virpi Havila, Mats Forsgren e Hakan Hakanson (2002b) apresentam na sua monografia uma síntese interessante das várias linhas de pensamento associadas à internacionalização, que classificam em duas categorias: •. internacionalização na perspectiva da empresa;. •. internacionalização na perspectiva das redes.. A linha de pensamento da internacionalização na perspectiva da empresa considera que a empresa desenvolveu certas características internas (por exemplo: recursos disponíveis, estrutura da empresa, objectivos especiais, experiência específica) que podem desencadear o processo de mudança. Trata-se de razões endógenas para a internacionalização. A internacionalização é encarada como uma reacção a um estímulo endógeno, “um processo em que o conhecimento acumulado junta-se aos compromissos sucessivos em mercados estrangeiros” (Havila, et al., 2002a, p. 202). O enfoque é dado aos factores endógenos, enquanto se considera que o ambiente em que a empresa se insere é responsável, essencialmente, por criar oportunidades (Havila, et al., 2002a). O modelo de internacionalização de Uppsala (Johanson & Vahlne, 1977) enquadra-se nesta categoria. Uma abordagem enquadrada na linha de pensamento da internacionalização na perspectiva das redes considera que a razão principal para a internacionalização é. 12.

(33) representada por uma variável exógena (por exemplo: clientes, fornecedores, desenvolvimento do país de origem, evolução do mercado) que obriga a empresa a reagir e adaptar-se às novas condições (Havila, et al., 2002a). O modelo de Vernon (1966), que foca no ciclo de vida dos produtos, enquadra-se nesta categoria e a internacionalização é encarada como uma reacção a um estímulo exógeno (Havila, et al., 2002a). Ainda uma outra abordagem associada à perspectiva das redes considera que os factores endógenos e exógenos se relacionam uns com os outros sistemática e activamente, e podem ser analisados de uma perspectiva de interacção empresa – ambiente/actores exógenos (Havila, et al., 2002a). A internacionalização é encarada como um processo, seja este independente (que deve ser estudado e compreendido à parte), seja este uma consequência de um outro processo (que deve ser analisado da perspectiva da interacção com este outro processo) e define-se como “um processo relacionado com o desenvolvimento global da interface entre uma empresa e o ambiente em que se insere, visto à luz da rede da qual faz parte” (Havila, et al., 2002a, p. 203). Fazendo a ligação com a secção seguinte, menciona-se que grande parte dos modelos de internacionalização assume haver interacção entre a empresa e o ambiente em que se insere. Muitos destes modelos consideram haver interacção e influência entre um determinado aspecto/componente da empresa e um determinado factor exógeno, analisando a internacionalização genericamente. Uma alternativa mais rica e mais complexa é considerar que a interface entre a empresa e o ambiente em que se insere é constituída por um conjunto dinâmico de relações, parte de uma rede maior, dinâmica, de relações (Fletcher, 2001; Havila, et al., 2002a, 2002b; Havila & Salmi, 2002).. 13.

(34) 3.3.. MODELOS DE INTERNACIONALIZAÇÃO. Na literatura associada à internacionalização podem ser encontrados vários modelos interessantes, que têm sido referidos e validados nas últimas décadas (Cantwell, 1995; Cavusgil, 1980; Dunning, 1980, 1988; Fletcher, 2001; Hymer, 1976; Johanson & Mattson, 1993; Johanson & Vahlne, 1977; Johanson & Wiedersheim-Paul, 1975; McDougall, et al., 1994; Oviatt & McDougall, 1994, 2005b; Vernon, 1966, 1979; Williamson, 1985, entre outros) . Os modelos podem ser divididos em (Ambos, et al., 2006; Bilkey & Tesar, 1977; Cerrato, 2006; Eisenhardt & Martin, 2000; Foss & Pedersen, 2002; Ghauri & Buckley, 2002; Hill, 2005; Kogut & Zander, 2003; Malhotra, et al., 2003; Miozzo, et al., 2005; Perlmutter, 1969; Prahalad & Hamel, 1990; Tornroos, 2002; Welch & Welch, 1996; Zollo & Winter, 2002): •. modelos associados a uma perspectiva económica (modelo da integração3 de Hymer, do ciclo de vida dos produtos de Vernon, dos custos de transacção de Williamson ou modelo ecléctico de Dunning, entre outros),. •. modelos associados a perspectivas de gestão estratégica ou gestão de fluxos de conhecimento (modelo de Uppsala de Johanson e Vahlne, modelo das redes de Johanson e Mattson ou modelo International New Ventures de Oviatt e McDougall, entre outros).. Apresentam-se na Tabela 1 os modelos de internacionalização considerados mais citados (Hill, 2005; Jacobs, et al., 1997; Malhotra, et al., 2003; Tornroos, 2002) por ordem cronológica da primeira publicação associada a cada modelo. Inclui-se nessa tabela informação actualizada sobre o número de citações da primeira publicação associada a cada modelo, que foi recolhida no dia 14 de Janeiro de 2009 de ISI Web of Knowledge para as publicações incluídas nessa base de dados, e de Elsevier/ScienceDirect para as restantes publicações.. 3. O termo inglês é “internalization”, e foi traduzido na presente dissertação por “integração”.. 14.

(35) Tabela 1 – Modelos de internacionalização sintetizados na dissertação Modelo. Primeira publicação. N.º de citações. Citações / ano (relativas a 2008). Base de dados. Secção da dissertação. Ciclo de vida. (Vernon, 1966). 1136. 27.04. ISI Web of Knowledge. 2.3.1. Uppsala. (Johanson & WiedersheimPaul, 1975). 234. 7.09. ISI Web of Knowledge. 2.3.2. Ecléctico. (Dunning, 1980). 173. 6.18. ISI Web of Knowledge. 2.3.3. International new ventures. (Oviatt & McDougall, 1994). 217. 15.5. ISI Web of Knowledge. 2.3.4. Holístico. (Fletcher, 2001). 13. 1.86. Elsevier/ ScienceDirect. 2.3.5. Estes modelos são descritos nas próximas secções da dissertação, pela ordem apresentada e no fim do capítulo apresenta-se uma análise comparativa dos mesmos.. 3.3.1.. MODELO CICLO DE VIDA. O modelo de Vernon foi criado nos anos sessenta, com base na observação de que grande parte dos produtos novos a nível mundial tinham sido desenvolvidos nos Estados Unidos e vendidos primeiro nesse mercado. De acordo com este autor, a dimensão e a riqueza deste mercado incentivava as empresas americanas a desenvolverem novos produtos que, devido às características da procura, podiam ter no início um preço relativamente elevado (que permitia ultrapassar os custos elevados de mão-de-obra nos EUA) (Vernon, 1966). No início do ciclo de vida dos produtos, a procura ao nível do mercado americano era elevada, enquanto nos países desenvolvidos havia procura reduzida e somente na classe média-alta de consumidores. As empresas americanas não tinham justificação para produzir nestes países, mas faziam exportações. Mas à medida que a procura aumenta nos países desenvolvidos, as empresas americanas optam por criar unidades produtivas nesses países, para melhor satisfazer os clientes (Jacobs, et al., 1997; Tornroos, 2002; Vernon, 1966). Mais tarde, quando o mercado americano amadureceu, o produto ficou mais estandardizado, e o preço tornou-se um factor competitivo importante. É nesta fase que. 15.

(36) as empresas americanas deslocalizaram a produção para países com baixo custo de mão-de-obra e começaram a importar produtos para os EUA (Jacobs, et al., 1997; Vernon, 1966). O modelo de ciclo de vida do produto aborda a internacionalização como um processo faseado, específico a cada empresa, e considera os mercados domésticos e estrangeiros como principais factores impulsionadores (Tornroos, 2002; Vernon, 1966), enquadrando-se por esta razão na linha de pensamento da internacionalização na perspectiva das redes. Trata-se de um modelo que está limitado pelas variáveis incluídas na análise, e que poderá ainda aplicar-se somente em circunstâncias específicas, por exemplo, quando se quer analisar a internacionalização do ponto de vista das diferenças tecnológicas entre várias partes do mundo (Malhotra, et al., 2003; Tornroos, 2002). Hill (2005) considera o modelo pouco relevante para o mundo moderno e o próprio Vernon escreveu uma crítica em 1979 (Vernon, 1979), mas o modelo Ciclo de Vida continua. a. representar. uma. referência. importante. na. literatura. associada. à. internacionalização, com 1136 citações em 14 de Janeiro de 2009 (ver Tabela 1).. 3.3.2.. MODELO UPPSALA. O modelo Uppsala foi criado por Johanson e Wiedersheim-Paul (1975) e desenvolvido por Johanson e Vahlne (1977). Este modelo analisa o processo de internacionalização das pequenas e médias empresas, partindo do pressuposto de que a empresa é um sistema em que actores diferentes têm interesses e ideias diferentes sobre o desenvolvimento da empresa; que assume poucos riscos; e que maximiza a obtenção de lucros a longo prazo com base no conhecimento limitado sobre os mercados em que actuam. Na óptica de Johanson e Vahlne (1977), o processo de internacionalização é o resultado da interacção entre aspectos estáticos (conhecimento sobre o mercado e comprometimento. no. mercado). e. aspectos. dinâmicos. (decisões. comprometimento e actividades correntes), tal como se revela na Figura 2.. 16. de.

Referências

Documentos relacionados

Sendo os resultados experimentais (verde) obtidos nas amostras sem desvolatilizacão da Figura 37, fizeram-se a descrição feita acima onde a media final serviu

As IMagens e o texto da Comunicação (com as legendas incluídas) devem ser enviadas por correio eletrônico. Comitê

esta espécie foi encontrada em borda de mata ciliar, savana graminosa, savana parque e área de transição mata ciliar e savana.. Observações: Esta espécie ocorre

Dessa forma, os níveis de pressão sonora equivalente dos gabinetes dos professores, para o período diurno, para a condição de medição – portas e janelas abertas e equipamentos

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Analysis of relief and toponymy of the landscape based on the interpretation of the military topographic survey: Altimetry, Hypsometry, Hydrography, Slopes, Solar orientation,

Organizar formações sobre análise, meto- dologia e modelos para a simulação de reformas fiscais a fim de reforçar as capacidades das direções competentes das Comissões da CEDEAO

Por estar intimamente relacionada à correlação entre escalas da transformada wavelet, a propriedade de regularidade pode ser utilizada para a definição de um critério de decisão em