UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA ÇATARINA
CENTRO
DE
CI-ENCIASDA
SAUDE
CURSO
DE GRADUAÇÃO*
EM
ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO
DE
ENFERMAGEM
›~
EDAUACAÇÃQA
SAAÚDEzA
UMA
ESTRATÉGIA
NA
PRQMQÇAQ Do
AUTocUn)ADoFcoMf
PESSOAS
EM
CONDIÇÃO
DE
CRONICIDADE
RENAL.
IAINE
SAVI SILVEIRA
PATRICIA
CECHINEL
VIz$NA
VEVIANI
FERNANDES
EDUCAÇÃO EMSAÚDE;
UMAiEsTRATÉ¿G1ANA
BRQMQÇÃO
no
AUíEoc.U1DADo
COM
PEssoA-s-EM
ÇQNDIÇAQ DE
‹_:RoN1c11aADEzRENAL.
N.Chz-m. Tcc UFSC ENF 0447 'g 4.¿ uma estra e ve ra Iane Sav Educação em saúde ._. ._. .›-‹ -‹ .¢_| Au or:
S
T'tu 0:-am
aa
68 248
Ac 972492775 CCSM TCC UFSC ENF 0447 Ex UFSC BSCCSM CCSM Ex _ Relatórioda
DisciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicadado Curso de
Graduação
em
Enfermagem da
UniversidadeFederal de Santa Catarina.
Orientadora: Dra. Denise
Mana
Guerreiro Vieira da SilvaSupervisora:
Rozanea
Maciel VieiraImagine
uma
lagartaPassa grande parte da sua vida
no
chão, olhando os pássaros indignadacom
o seu destino ecom
suaforma
“Sou
a mais desprezível das criaturas”, pensa7
“Feia, repulsiva,
condenada
a rastejar pela terra.”Um
dia, entretanto, a Natureza pedeque
façaum
casuloA
lagarta se assusta -jamais fizeraum
casulo antesPensa
que
está construindoo
seu túmulo, e prepara-se para morrerEmbora
indignadacom
a vidaque
levou até então, reclamanovamente
com
Deus.“Quando
finalmenteme
acostumei, o Senhorme
tira opouco que
tenho.”Desesperada, tranca-se
no
seu casulo e aguarda Qfim
Alguns dias depois, ve-se transformada
numa
linda borboleta.Pode
passear pelos céus, e ser admirada pelos homens.Surpreende-se
com
o sentidoda
vida ecom
os desígnios deDeus
AGRADECENDO
AOS COMPANHEIROS
DA
AVENTURA...
“Se
Deus
é por nós,quem
será contra nós?”(Romanos
8: 31).Às
pessoas. em. tratamento hemodialítico na.Unidade de
Rime
à.Patrícia. Rosa...Obrigada
pela paciência, participação» e ensinamentostransmitidos» aznós-.Vocês
foram arazão-
de
nossa escolha.Àzfitnúonâúzs.
‹1z.Uzúâz¢‹zâe.n¿m...Obrigada por abrirem as portas
do
grupo e as portasdo
coração...Vocês ficarãoem
nossas lembranças! Valeu pela participação, pelo carinho e pelas festas...
À
Zuleica, enfermeira da.Unidade,
pela participaçãoe
contribuição especial ao nossotrabalho.
À_Rozanea,
supervisora_do estágio, por cuidar tão direitinho de nós nesse período. ..Obrigada
por dividir tanto- conhecimento conosco- e por nos incentivara
almoçarcomida
ao- invés de lanche...Não~ poderíamos encontrar supervisora melhor; pois sentimos* todo
o
carinho e atenção dispensados a nós!
À
Denise, nossa. querida orientadora...Que
durante todo0
tempo-~ direcionou» da- melhor maneira nossos pensamentos» e idéias.'
Seus
bom'
humor
e carisma- servirãode
exemplo na
continuaçãode
nossa caminhada.Enfim,
vivemos
um
casamento perfeito!Às
professoras; Margareth,Maria
Inês, Tânia,Rosângelae
Vera. Radünz. _.Pela colaboração especial.
Às
professoras.da
graduaçãoque
cruzaram nossos caminhos ecom
certeza. servem deexemploparanós,
até hoje! _Iane
agradece... 'Aos
meus
pais Joice e Willy...Pelo amor,
compreensão
e por acreditaremem
mim,
para serquem
sou hoje.Ao
meu
irrnão Lucas...Por tomar
aminha
vida mais alegre.Àminha.
avó Iosefina...Por
serminha etema
paciente.Às
minhas. amigasque sempre
estiveram ao meu. lado...Principalmente Gisa, por
me
mostrar às coisas-boas
da
vida e por estarsempre ao
meu
Mãe:
“Atua
presença é qualquer coisacomo
luz e a vida, e sinto que,em
meu
gesto, existe oteu gesto e
em
minha
voz, a tua voz.” (Vinícios de Morais)Mais
uma
vezme
espelheiem
você, a melhor de todas naminha
opinião!E
não tinhacomo
ser diferente...Né colegal?Patrícia agradece...
Aos meus
pais Luiz e Sandra...Por
me
presentearemcom
a vida, por plantarem e regarem a sementinha até que elaflorescesse...Obrigada por guiarem tão
bem
a formaçãodo
meu
caráter.À
avó
Ana...Por
desdeo
começo
acreditar e apoiar aminha
escolha, sua ajuda foi fundamental paraque
eu chegasse até aqui.Dedico
esta vitória a ti!~
Aos
meus
irmaos Luiz e Laís...Por cederem
seus músculosem
minhas primeiras injeções, valeu!Ao
meu
amado
Júlio César...Fonte inesgotável de
amor
e compreensão.Teus
ensinamentos, elogios e criticasforam
essenciais para
minha
formação. Esta conquistatambém
é tua!À
A1nalia...-minl1a' irmã de coração!E
um
presente teruma
melhor ami-ga»como
você!Aos
amigos
e amigas... ,Parceiros
de
todas as horas, a vidanão
seria tão coloridasem
vocês.Veviani
agradece...Aos
meus
pais Verônica e Aníbal...A
vidanão
seria possívelsem
vocês! Obrigada pelo estímulo, por acreditaremem
minha
capacidade e por apoiarem minhas decisões.
Amo
vocês!~
Ao
meu
irmao Eduardo...Pelos inúmeros depósitos bancários realizados
em
minha
conta...Ao
Rafa...Obrigada por ser, antes de
meu
namorado,
um
amigo.A
sua presença e disponibilidadeajudam-me
a navegar pela vida. Estarcom
você
me
tomou
uma
pessoa melhor.Às
minhas. amigas...Pelo- apoio- moral, principalmente Cyntia, pelas palavras sábias de estímu-lo› e Cláudia
Resumo
Trata
do
relatoda
prática assistencial, desenvolvidacomo
requisito da disciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicada.O
objetivo foi “prestar assistência deEnfermagem
à pessoacom
insuficiência renal crônica (IRC),
em
tratamento dialítico, visandopromover o
autocuidado ea qualidade de vida dessas pessoas”.
A
prática foi realizadana Unidade
deRim
do
HospitalGovernador
CelsoRamos
no
períodode
12 de junho aO9
de agosto de 2002. Utilizacomo
marco
conceitual a Teoriado
autocuidado deDorothea
E.Orem
ecomo
conceitos norteadores: serhumano,
saúde/doença, enfermagem, sociedade/meio ambiente, autocuidado,educação
em
saúde e qualidadede
vida.A
educaçãoem
saúde, teveuma
abordagem
orientadapela proposta de Paulo Freire,
numa
perspectiva de educação popular. Atravésdo
histórico deenfermagem foram
coletados os dados sobreo
autocuidadoque
orientam nossa proposta de educaçãoem
saúde. Dentre os déficits de autocuidado identificados os mais freqüentes foram os relacionados à alimentação, ingesta hídrica, cuidadoscom
a fistula e aderência aotratamento medicamentoso. Realizou-se durante o periodo de estágio duas oficinas
de
integração, seis atividades educativas, utilizando bingo
como
instrumento, para educaçãoem
saúdecom
as pessoascom
insuficiência renal crônica. Cinco atividades educativascom
família/acompanhantes
na
sala de espera e quatro atividades voltadas para o cuidado de si das fiincionárias deste serviço.Os
objetivosforam
alcançados, pois conseguimos realizar todas as atividades previstasno
cronograma.Obtivemos
respostas verbais sobre a conseqüência darealização de nossas atividades por parte das pessoas
com
IRC,
familiares e funcioná,_rias,evidenciando a contribuição para
promoção
do
autocuidado. Isto inclui a troca de informações para subsidiar atomada
conscientede
decisão.SUMÁRIO
1_
INTRODUÇÃQ
01 II-
OBJETIVOS
04
111-
R1‹1v1sÃo
DA_L1TERAT_URA
os
3.1-
Anatomia
Renal05
3.2-
Fisiologia Renal07
3.3-
Fisiopatologia Renal08
3.4-
Insuficiê11ciaRenal.Crônica
09
3.5-
Qualidade deVida
22
3.6
-
Educação
em
Saúde na
Insuficiência Renal Crônica23
IV -
MARCO
CONCEITUAL
26
4.1
-
Pressupostosda
Teoriado Autocuidado
deDorothea
Orem
26
4.2
-
Conhecendo
aAutora
28
4.3
-
Teoria Geral deEnfennagem
deOrem
e Conceitos _28
4.4
-
Processo deEnfermagem
35
V
-
METODOLOGIA
38
5.1
-
Local de Estágio38
5.2
-
Clie_ntela_39
5.3
-
Plano de Atividades42
VI -
E.COMO
TUDO
ACONTECEU...
46
VH
-
E
O
INESPERADO
ACONTECEU...
75
Vl]I
-CRONOGRAMA
96
IX -
CQNSIDERAÇÕES
FINAIS
102
x.-
REFERÊNCLAS
BIBLIOGRÁFICAS.
.104
1 -
INTRODUÇÃO
O
relatórioque
apresentamoscompreende
a prática assistencial, desenvolvidana
disciplina deEnfermagem
Assistencial Aplicadada
oitava unidade curriculardo
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC). Teve
como
proposta assistir
educando
a pessoacom
insuficiência renal crônica (IRC)em
uma
unidade detratamento hemodialítico.
A
decisãode
assistir pessoascom
este tipo específico dedoença
surgiu duranteo estágio
na
clínica médica,da
quinta unidade curricular da graduação,no
ano de 2000.Nos
deparamos
com
uma
doença
crônica,que
provocava alteraçõesno
cotidiano das pessoas, emuitas vezes, indignação diante de sua condição.
Nos
perguntamos:Como
é parauma
pessoamudar
drasticamente alguns hábitos de vida e de repente necessitar deuma
máquinapara
sobreviver?
Percebemos que
aenfermagem fica
muitotempo
em
contatocom
estas pessoas, pois cada sessão de hemodiálise duraem
média
quatro horasque
asmesmas
são realizadasduas a três vezes
por
semana,e então,vimos
à possibilidade de fazeralguma
diferença nestemomento.
de. suas. vidas.Assim que
decidimosem
realizar a prática assistencialda
oitava unidade nestaárea, aproveitamos
o
período de greve dos professores e servidores daUFSC,
no
segundo semestre de 2001, para realizarmos estágio extracurricularem
uma
unidade de atendimento apessoas
em
tratamento dialítico,onde
o interesse cresceu ainda mais. Durante esse estágio acolocação feita por
uma
pessoaque
estavaem
tratamento,afirmando que
“amáquina
foi feita para servi-la enão
para ela servir a máquina”, foi estimulante aponto
de acreditamros ainda mais,que
outras pessoas nestamesma
situaçãotambém
podem
pensar assim.Segundo o
Ministérioda Saúde
a taxa de prevalência de pessoasem
diálise éde 35,8 por 100.000 habitantes
no
território brasileiro, perfazendoum
total de 60.796 pessoas,prevalência é de 53,85 por 100.000 habitantes, perfazendo
um
total de 1920 pessoasem
diálise,
de
uma
população de 5.356.360 habitantes.A
IRC,
apesardo
número
significativo de pessoas portadoras, ainda éum
assunto; que. precisa. ser. divulgado.-no restante. ~da'po.pulaç.ão_ É.'ne.c.essá1ío que; se. faça
divulgação
de
algumas informaçõesque permitam o
reconhecimento deste tipo de problema.O
aumento
significativo de doenças crônico-degenerativas, de maneira geral,vem
em
conjunto
com
a informação deque
a expectativa de vida destas pessoas está aumentando,em
virtude das drogas disponiveis, e dos equipamentos mais sofisticados.
A
deficiência deum
atendimento interdisciplinar a estas pessoas,tem
abertouma
fendana
assistência que, muitas vezes, é suprida pela enfermeira. Isto reforça a necessidadeda
enfermeira terum
amplo
conhecimento e saber utilizar a educação
em
saúde parapromoção
do
autocuidado dessas pessoas,que
será exercido especialmente forado
ambiente hospitalar.Outra informação sobre as pessoas
que vivem
com IRC
é o fato de muitos,independente de idade, estarem aposentados
ou
afastadosdo
serviço,sem
uma
atividade laboralo que
pode
leva-los a repensar os valores sobre liberdade e sentido da vida..
Segundo
Stork (1977,p. 223),a pergunta sobre o sentido da vida e do mundo surge quando se perdeu o sentido
de orientação e o uso da própria liberdade, quando não se tem
uma
idéia clara deonde conduzem as tarefas que a vida a todos nos impõe, e sobretudo quando
diminuem o nível médio de felicidade de
uma
sociedade.Acreditamos
que
a educaçãoem
saúde éuma
atividade centraldo
enfermeiro, pois ele éo
membro
da
equipede
saúdeque
mais convivecom
as pessoas e possuium
conhecimentoadequado
para este tipo de atividade. Esta convivência lhe possibilitaidentificar a melhor maneira de compartilhar certas informações específicas a este grupo
de
pessoas. Acreditamos
que
o
conhecimentoque
as pessoastêm
sobre o tratamento e a doença,facilita
o
entendimento dos cuidadosque
devem
sertomados
e estimula a práticado
autocuidado.
Segundo
Smeltzer eBare
(1999), o maior grupo de pessoas que necessita de educação para a saúde hoje, é o daquelascom
doenças crônicas.A
educaçãoem
saúdepode
auxiliar estas pessoas a se adaptarem a doença, prevenir complicações, aderir à terapia prescrita e aprender a resolver os problemas
quando
se depararemcom
novas situações, dePara guiar nossa prática assistencial utilizamos a Teoria
do
Autocuidado deDorothea
E.Orem,
pois acreditamosque
a pessoacom IRC
é capaz de realizaro
autocuidadoe
com
isso vivermelhor
com
sua condição de saúde. Atravésda
educaçãoem
saúde a pessoa aprimora seus conhecimentos eganha
autonomia para levaruma
vida saudável. UtilizamosPaulo Freire para aprimorar o conceito de educação
em
saúde, afim
de complementar o sistema de apoio-educaçãode Qrem.
O
local de realizaçãodo
estágio foi aUnidade
deRim
do
HospitalGovernador
Celso
Ramos,
no
período de 12 de ,junho aO9
de agosto de 2002,obedecendo
auma
carga horáriade 220
horas,conforme o
estabelecido pela disciplinaEnfermagem
AssistencialAplicada.
A
orientação deste projeto será executada pela professora doutora DeniseMaria
Guerreiro Vieira
da
Silva, a supervisão pela especialistaem
nefrologia e coordenadora daUnidade do
Rim
enfermeiraRozanea
.Maciel Vieira.~s
aUnidade
de
Rim
destainstituição por ser
um
serviçoque
dispõe deuma
infra-estruturaadequada
eum
grandenúmero
de pessoas,formando
assimuma
população
heterogênia.O
presente estudo visa melhorar a assistência deenfermagem
para as pessoascom
IRC, mostrando
a realidade deum
determinadogrupo
de pessoas, o processo de vida apartir
do
convíviocom
o
tratamento hemodialítico e a condição crônica de saúde. .Visatambém
a troca de informaçõespara
apromoção
do
autocuidado,promovendo
assimII-
OBJETIVOS
2.1 -
OBJETIVO GERAL:
Prestar assistência de
enfermagem
à pessoacom
insuficiência renal crônica?em
tratamento dialítico, visando
promover o
autocuidado e a qualidade de vida dessas pessoas,baseando-se na teoria
do
autocuidado deQrem.
2.2. -
oBJE1¬Ivos. Esrmcílircoszt
1. Desenvolver educação
em
saúde, individualmente eem
grupo,buscando
promover
autocuidado das pessoascom
insuficiência renal crônica.2.
Aprofundar
conhecimentos teóricos e práticos sobre o viverem
estadode
cronicidade, renal.
3. Participar das atividades administrativas
da Unidade do
Rim
demodo
compreender
a dinâmica de funcionamento desse serviço.l]I -
REVISÃO
DE.
LITERATURA
3.1
ANATOMIA
RENAL
O
rim éum
órgão duplo,que
lembraum
grão de feijão,com
coloraçãomarrom-
avermelhada, situando-se
no
espaço retroperitoneal,um
de cada ladoda
coluna vertebral.O
rimde
uma
pessoa adultamede
de
ll a 13cm
de comprimento, 5 a 7,5cm
de largura e 2,5 a 3cm
deespessura, pesando entre 125 e 170 gramas,
no
homem
e 115 a 155gramas
na mulher.Com
o envelhecimentohá
uma
diminuiçãodo
peso renal(RIELLA
et al, 1996).Na
partecôncava de
cada rim está localizadoo
hilo renal, localonde
se encontram a artéria e a veia renal, vasos linfáticos, plexos nervosos e ureter, estendendo-se dentro do.seiorenal
fonnando
a pelve.O
rim está envolvido na sua superficie pelamembrana
fibro
elástica que_é muito
fina
e brilhante,chamada
cápsula renal. Esta adere a pelve e aos vasos sangüíneos naregião
do
hilo.Sendo o
rim sadio, consegue-se definircom
facilidade a cápsula renaldo
restodo
órgão, o
mesmo
não
ocorreno
rim doente.No
espaço retroperitoneal localizado ao redor dosrins, ocorre
uma
condensação de tecido conjuntivodenominada
facia renal(RIELLA
et al, 1996).O
parênquima renal apresentauma
porção cortical euma
porção medular.Na
porção medular encontram-se várias projeções piramidais
chamadas
pirâmides renais.O
conjunto, pirâmide renal e seu córtex associado é
chamado
lobo renal.A
parte localizadalateralmente a pirâmide renal é
o
septo renal, a união destesformam
as colunas renaisque
separam
uma
pirâmide da outra(RIELLA
et al, 1996).A
região medular éformada
por túbulos e divide-seem
zona
medular interna,onde
estão contidos os dúctos coletores, parte ascendente e descendente, as alçasde Henle
e asvasa recta.
A
zona
medularextema
é constituída por duas faixas: aextema formada
pela porçãoterminal reta dos túbulos
contomados
proximais, segmentos espessos da alça de Henle e ductoscoletores.
A
intemaformada
pelosramos
ascendentes espessos e descendentes das alças deHenle
e os ductos coletores(RIELLA
et al, 1996).A
região cortical éformada
pelos túbulos e glomérulos,onde
estão localizados osraios medulares.
Alguns
túbulosunem-se
para formar os dúctos coletores. Estes abrem-seno
ápice
da
pirâmide,_ na papila renal, sendo esta regiãouma
área crivosacom
perfiarações.A
urinaque
daí drena cainum
receptáculodenominado
cálice menor.A
união dos cálicesmenores vão
formar os cálices maiores,
em
número
de dois a quatro. Estesunem-se
para formar a pelve renal,que
se curvano
sentido medial e caudal para transformar-seem
ureternum
pontochamado
junção ureteropélvica
(RIELLA
et al, 1996).Néfron
Esta é a unidade funcional
do
rim, constituída pelo corpúsculo renal, representado pelo glomérulo e cápsula deBowman,
túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal euma
porção
do
ducto coletor.Há
aproximadamente 700
mil a 1,2 milhão de néfronsem
cada rim.(RIELLA
et al, 1996).O
glomérulo é a porçãodo
néfron responsável pela produção de filtrado a partirdo
plasma.. É-formado
poruma
rede. de. capilares especializados chamado. tufo, glomerular,nutridos pela arteríola aferente e drenados pela arteríola eferente
(RIELLA
et al, 1996).O
túbulo proximal inicia-seno
polo urináriodo
glomérulo,O
túbulo proximalpromove
reabsorção quase isosmótica, de dois terçosdo
filtrado, acoplada a transporte ativo desódio. Qualquer
doença que
atinja essa região causa desequilíbrio hidroeletrolítico importante.Este é importante
na formação
deamônia
e na secreção de íons de hidrogênio(RIELLA
et al, 1996).O
segmento
delgadoda
alça deHenle
tem
grande importânciano mecanismo
de concentraçãoda
urina, participandono mecanismo
de contra corrente gerandoum
interstíciomedular hipertônico.
O
segmento
ascendente é impenneávelà água,mas
bastante penneável asódio e cloro.
Enquanto no segmento
descendente aágua
passa passivamente para o interstíciohipertônico, sódio e cloro praticamente
não
passam.(RIELLA
et al, 1996).O
túbulo distal éum
complexo
estrutural e funcionalque
participam filetesporção
do
néfron e participa ativamente das funções de regulaçãohemodinâmica
e hormonal(PENA
apud
CRUZ
et al, 1994).O
dueto coletortem
várias funções, sendo dificil separá-las das funçõesdo
túbulodistal,.
que
inclui: reabsorção de bicarbonato, secreção de hidrogênio, reabsorção e secreção depotássio, amônia, reabsorção de
água
etc.3.2
-
FISIOLOGIA
RENAL
O
sistema urinário é constituído por rins, ureteres, bexiga e uretra.As
principaisfimções
dos rins são deremover
os produtos finaisdo
metabolismoe controlar . as concentrações da maior parte das substâncias iônicas
no
líquido extracelular,inclusive
de
íonscomo
o
íon sódio, o íon potássio e o íon hidrogênio.A
pressãodo
sangueno
interior
do
glomérulo é cerca de60
mmI-Ig, oque
fazcom
que
grandes quantidades de líquidossejam filtradas para fora
do
capilar e coletadas pela cápsula deBowman,
sendochamado
filtrado glomerulari..É nesseque
se encontram. a. maioria. dos produtos. finaisdo
metabolismoque devem
ser eliminados dos líquidos orgânicos
(GUYTON,
1988). iO
filtrado glomerular saida
cápsula deBowman
pelo túbulo renal.A
medida que
o
filtrado passa pelo sistema tubular as partes desse filtrado,que
são necessárias ao organismo(nutrientes,
como
a glicose e os aminoácidos, aágua
e a maior parte dos íons), são reabsorvidas pelos túbulosretomando
aos capilares peritubulares localizadosem
volta dos túbulos.,Os
produtos finais
do
metabolismo quasenão
são reabsorvidos, sendo estes eliminados atravésda
urina
(GUYTON,
1988).Desta maneira a teoria
da
fimção
renal é de filtrar grandes quantidades de líquidodo
plasma, reabsorvendo as substânciasque
são necessárias ao organismo, enão
reabsorvendo asque não
são necessárias. Cerca de 180 litros de filtrado glomerular são constituídosem
24
horas,mas menos
de1%
desta quantidade cerca de 1,5 litro por dia é eliminadocomo
urina. Entretantoesse
pequeno volume
ainda éformado
pela maior parte dos produtos finaisdo
metabolismo,altamente concentrados. Alguns desses produtos finais
do
metabolismotem
maior importância e são: a uréia, ácido úrico, creatinina, fosfatos, sulfatos e o excesso de ácidos.(GUYTON,
1988).3.3
-
FISIOPATOLOGIA
RENAL
De
acordocom
Riella (1996) a insuficiência renal crônica é constituída de quatrofases:
a)
na
primeira fase ocorre a diminuição da função renal,embora
haja redução dafiltração glomerular (25%),
não
há habitualmente azotemia, e os balanços de sódio, potássio,cálcio, fósforo e ácido-básico são mantidos devido a
um
aumento do
processo fimcionaladaptativo dos néfrons remanescentes. Vários fatores interagem nesta fase para produzir esclerose glomerular progressiva e fibrose intersticial: hipertensão intraglomerular, deposição de lipídios, fatores de crescimento, citocinas, hormônios.
As
alterações histológicasvem
acompanhadas
deaumento
progressivo de proteinúria e azotemia;b)
na
segunda fase ocorre a reduçãoda
função renal de até75%
e o rim já não écapaz de manter a homeostasia interna.
A
pessoa apresenta nictúria refletindona
concentraçãourinária, acontece anemia e
moderada
elevação da uréia plasmática;u
c) na terceira fase as anormalidades
do meio
interno são mais evidentes: azoternia intensa, anemia, acidose metabólica, hiperfosfatemia, hipercalcemia e hiponatremia.Geralmente a função renal está abaixo de
20%;
d)
na
quarta fase é a fase terminalem
que
se destacam os sinais e sintomasda
uremia (síndrome urêmica) indicando a necessidade da realização de terapia substutiva de
diálise e transplante;
Segundo
Smeltzer&
Bare
(1999), “àmedida
que a função renal diminui, os produtos finaisdo
metabolismo protéicoacumulam-se no
sangue”.Mecanismo
este,onde
auremia desenvolve-se, afetando os sistemas corpóreos, sendo
que
muitos dos sintomas. sãoreversíveis
com
a diálise.Os
problemasque
acometem
o organismoem
decorrênciada
insuficiência renal crônica, são:
a)
comprometimento da
depuração renal: o qual ocorre devido à reduçãodo
número
de glomérulos funcionantesno
corpo.A
creatinina sérica é o indicador mais sensívelda
função renal
em
razãoda
sua constanteprodução
pelo organismo.A
diminuiçãoda
taxa defiltração glomerular acarreta
na
diminuiçãoda
depuraçãoda
creatinina,aumentando
a creatininasérica,
bem como
o
nívelde
nitrogênio uréico sangüíneo.Sendo
este último,não
só afetado pelab) retenção
de
sódio e água: ocorre por não haver respostas apropriadasdo
rim às alteraçõesna
ingestão deágua
e etetrólitos.O
corpo retém estas substâncias,aumentando
o riscode
edema,
insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão. Episódios de vômito e diarréiapodem
produzir depleção
de
sódio e água,o que
agrava o estado urêmico;c) acidose metabólica: resulta
da
diminuição da capacidadedo
rim de excretar ascargas crescentes de ácido, levando primariamente, a incapacidade dos túbulos renais de secretar
amônia, de reabsorver bicarbonato de sódio, de excretar fosfatos e outros ácidos orgânicos; d) anemia: desenvolve-se
como
resultado daprodução
inadequada de eritropoetina(substância
normalmente
produzida pelos rins), há redução da vidamédia
das hemácias,deficiência nutricional e tendência
da
pessoa urêmica ao sangramento,~
e) distúrbio
no
metabolismodo
cálcio edo
fósforo: os níveis séricos destes saoinversamente proporcionais.
Com
a reduçãoda
filtração atravésdo
glomérulo renal,há
um
aumento do
nível sérico de fosfato, devido à insuficiente excreção de fosfato proporcional aonúmero
de néfrons, euma
reduçãodo
nível sérico de cálcio.A
concentração diminuída de cálcioionizado plasmático estimula a atividade das paratireóides.
Com
a insuficiência renal,o
corponão
respondenormalmente ao
aumento da
secreção de paratormônio, sendoo
cálcio liberadodo
osso e freqüentemente produzindo alterações e doenças ósseas
como
a ostcodistrofia renal. ,Esta éuma
doença
óssea urêmica,que
desenvolve-se a partir de complexas alteraçõesno
equilíbriodo
cálcio, fósforo e paratormônio. Ocorre,
também
a diminuiçãodo
metabolismo ativoda
vitaminaD, que
énormalmente
realizado pelo rim;Í) conseqüências neurológicas: assemelham-se a outros distúrbios metabólicos e
tóxicos sobre o sistema nervoso central.
O
substrato anatomopatológico da encefalopatia urêrnicaé representado por áreas de desmielinização e necroses focais
no
córtex.Na
neuropatiaperiférica,
que acomete
cerca de65%
das pessoascom
IRC,
ocorre a degeneração axonal edesmielinização segmentar das células
do
como
anterior.3.4.
_
1NsUFIcIÊNc¡A.RENAL,cRÔN1cA,
Os
rins são órgãos destinados a mantero
equilíbriodo meio
intemo, garantindoum
graude
liberdade cuja extensão é claramente evidenciadaquando
estamos diante de .uma pessoacom
falência renal.Os
graus de restrição referentes a água, sais e proteínasdemonstram
o9
papel importante destes órgãos
na manutenção da
homeostase(REBOLÇAS
apud
CRUZ
et al,1994)
Quando
amanutenção do
regime estacionáriodo meio
internodo
organismo éinterrompida, ocorre a diminuição
da
excreção dos produtos finaisdo
metabolismo. Dentro dasanormalidades
que
acometem
os rins estão: a pielonefrite,que
éuma
infecçãodo
rim e a glomerulonefiite,que
éuma
inflamação
do
glomérulo. Estes quadros de insuficiência renalaguda
podem
ser revertidosou
evoluírem para a insuficiência renal crônica.3.4.1.
CONCEITO
DE.
INSUFICIÊNCIA
RENALCRÔNICA.
Segundo
Smeltzer&
Bare
(1999, p. 1021) “a insuficiência renal crônica, éuma
deterioração progressiva, irreversível, dafimção
renal, na qual a capacidadedo
organismo de manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico falha resultandoem
uremia”.3.4.2.-
ETIOLQÇIA
A
insuficiência renal crônicapode
tercomo
causas doençascomo
o
diabetesmellitus, glomerulonefrite crônica, pielonefrite, hipertensão não-controlada, lesões hereditárias
como
adoença
renal policistica e a hipoplasia renal, obstruçãodo
trato urinário, distúrbiosvasculares, intoxicação por metais pesados (chumbo, cádmio, ouro), tuberculose renal, anemia
falciforme,
doença
isquêmica bilateraldo
rim, hiperglobulinemias, acidose tubular renal,nefropatia da radiação crônica e uso indiscriminado de alguns
medicamentos
nefrotóxicos(SMELTZER
&
BARE,
1999).3.4.3
_
MANIEESTAÇÓES..
CLÍNICAS
A
intensidade dos sinais e sintomasda
insuficiência renal crônica, é dependente,em
parte,do
grau decomprometimento
renal, de outras condições subjacentes e da idadeda
As
manifestações geralmente encontradas são: hipertensão, proteinúria,hematúria, nictúria,
edema
com
cacifo,edema
periorbital, atrito pericárdico, insuficiênciacardíaca congestiva, pericardite
em
uremia crônica, pelecom
coloração cinza-bronze, ressecada,escamosa, pmrido, equimoses, unhas finas e quebradiças, cabelo
fino
e áspero. Crepitaçõespulmonares, escarro espesso e denso, dispnéia e respirações tipo Kussmaul. Respiração
com
odor de amônia, sabor metálico desagradável, soluço incômodo, ulcerações naboca
e sangramento,anorexia, náuseas, vômitos, constipação
ou
diarréia e sangramentosdo
trato gastrointestinal.Fraqueza
ou
fadiga, confusão mental, desorientação, convulsões, cefaléia, distúrbios visuais, cansaço naspemas, queimação
na planta dos pés, alteraçõesno
comportamento. Câimbrasmusculares, perda
da
força muscular, fraturas ósseas. Arnenorréia e atrofia testicular.3.4.4.-
AVALIAÇÃQ
CLÍNICA E LABORATORI-AL_DA.FUNÇÃ0
RENAL
O
diagnóstico deuma
enfermidadedo
aparelho urináriodepende
das informaçõesque
são obtidasna
avaliação de qualquer outra enfermidade: dados subjetivos da pessoa, dadosobjetivos, obtidos pelo
médico
porexames
fisicos e laboratoriaisGUELLA,
1996).Segundo
Riella, (1996) dentro dos dados subjetivos estão:a) alterações na micção: polaciúria, urgência miccional, disúria, noctúria e
incontinência urinária;
b) alterações
no volume
urinário: oligúria, poliúria e anúria;c) alterções
na
corda
urina: urina turva, hematúria, hemoglobinúria,mioglobinúria, bilirmbinúria;
d) dor renal: localiza-se
no flanco ou
região lombar entre adécima
segunda costela e a crista ilíaca, às vezes,pode
irradiar-se anteriormente;e) edema:
pode
ser generalizadoou
edema
demenor
intensidade,predominando
no
rosto,Í) história pregressa: vários dados são importantes,
como
a presençade
hipertensão arterial e doenças sistêmicas, procedência da pessoa e traumatismo
ou
cimrgiaprévia;
g) história familiar.
a) hálito
do
paciente: a pessoa urêrnica encontra-secom
odor
amoniacal, descritocomo
odor de
peixe;b) pele: é pálida, e muitas vezes, amarelada.
Em
pessoas intensamente urêmicaspode
haver deposição de cristais de uréiana
face, descritocomo
orvalho urêmico;c) unhas:
10%
das pessoascom
insuficiência renal crônica, aproximadamente, apresentam unhas cujametade
proximal é pálida e distal é rósea;d) pressão arterial:
quando
amédia
de três determinações separadas excede 145mmHg
(sistólica)ou
95mmHg
(diastólica) é considerado hipertensão arterial;e) fundo de olho: verifica-se lesões na retina, decorrentes da arteriosclerose e
hipertensão;
Í) aparelho cardiopulmonar: derrame pleural
ou
congestãopulmonar
sãocomuns
a várias doenças,no
coração observa-se sinais clássicos de sobrecarga devolume
circulanteou
de pericardite urêmica;
g)
exame
dos rins: palpação, ausculta e percussão.Uma
importante avaliação renal é a urinálise.O
exame
de urina constituiuma
avaliação qualitativa
de
certos constituintes químicos eo
exame
microscópico de sedimento.:São
observados e avaliados nos
exames
laboratoriais opH,
bilirrubina e urobilinogênio, estearase leucocitária e nitritos, glicose, corpos eetônicos, hemoglobina e mioglobina, densidade urinária,proteinúria, sedimento urinário e prova de
fimçao
renal.(RIELLA,
1996).3.4.5-
TRATAMENTO
Tratamento
DietéticoSegundo
Barros et al (1999), a nutrição influenciano
prognóstico das pessoascom
insuficiência renal crônicaem
hemodiálise. É.comum
essas pessoas apresentaremdesnutrição protéico-calórica.
Causas da
desnutrição são: ingestão inadequadade
nutrientes, restrições gravesna
dieta, distúrbios gastrointestinais e hormonais, perdas de nutrientes durante o tratamento dialítico, diálise inadequada, acidose metabólica,o
procedimento de hemodiálise,medicamentos que
interferemna
absorção gastrintestinal de alimentos e enfermidadesreabilitação.
Em
geral, pacientesbem
dialisados sentem-se melhor e alimentam-se -maisadequadamente.
O
tratamento dietéticoadequado tem
influênciana
prevenção eno
tratamento de complicações urêrnicas,como
hipertensão, edema, osteodistrofia renal, acidose, hiperpotassemia, anemia,doença
vascular e outras(BARROS
et al, 1999).Os
objetivosda
terapêutica nutricional na hemodiálise direcionam-se na adaptaçãoda
dieta a cada indivíduo visando a(BARROS
et al, 1999) :0 manter o equilíbrio protéico-calórico
0 evitar a desidratação e a sobrecarga de fluidos
0 manter os níveis sangüíneos normais de sódio e potássio 0 manter níveis aceitáveis de fósforo e. cálcio
0 adaptar à situação financeira e aos hábitos alimentares
Para cada pessoa
em
diálise, a prescriçãoda
dieta necessita ser individualizada eflexível.
A
assistência deum
nutricionistaque
seja experiente nesta área, é importante para queas. orientações
dadas
aos pacientes. sejam c.oerentes.com
a. situação.que
estão vivendo... É. precisolembrar
que
a restrição dietética excessiva, nestas pessoasou
a restriçãoque
não corresponda ao padrão alimentar habitualou
cultural,pode
resultar na falha de ingestão de quantidadeadequada
de calorias totais e/ou proteína
(BLUMENKRANTZ,
apud
DAURGIDAS
eING,
1991).Quantidade de calorias:
uma
ingestaadequada
de calorias éum
pré-requisito .paraa utilização eficiente da proteína dietética e permitir a
manutenção
e reposição de reservascorporais de nutrientes.
Uma
pessoa sedentária, estávelem
diálise, a quantidadede
calorias totais(de todas as fontes, inclusive a absorção de glicose
do
dialisado) deve ser maioraproximadamente
de 35kcal/kg/dia(BLUMENKRANTZ,
apud
DAURGIDAS
eING,
1991).Alimentos livres: arroz, macarrão, farinhas, biscoitos, bolachas, bolos, pães simples
sem
sal, óleo de canola e oliva e de outros vegetais, margarina, manteigasem
sal(MARTINS,
1999).Distribuição de calorias por carboidratos e gorduras: pessoas
em
diálise, cerca de40-55%
das calorias totaisdevem
ser provenientes de carboidratos,com
o objetivo de reduzir oaparecimento
da
hipertrigliceridemia. Esta limitação é dificil de ser seguida.As
pessoasem
hemodiálise
que
apresentam anorexia toleram melhor os alimentosque
tem
carboidratosque
oscom
gordura.O
beneficio deuma
leve reduçãono
nível sérico de triglicerídeos resultante darestrição de carboidratos precisa ser observado
em
relação de piorada
desnutrição.Uma
restriçãodo
carboidrato total a50%
das calorias totais é mais realista(BLUMENKRANTZ,
apud
DAURGIDAS
eING
1991).Restrição
de
colesterolNos
casoscom
colesterol sérico elevado, recomenda-se diminuir gordurassaturadas (gorduras animais) e alimentos ricos
em
colesterol,como
gordura animal (manteiga,creme de leite, nata, figado, coração, moela, salame, mortadela, etc).
A
proporçãorecomendada
de gorduras poliinsaturadas (óleos de origem vegetal) por saturadas (origem animal) deve ser de1.5/1.0
(BARROS
et al, 1999).A
restrição de colesterol deve ser feitacom
cautela, pois muitos alimentos quecontêm
colesterol,como
cames
e ovos, sãotambém
fontes de proteínas de elevado valor biológico.As
pessoaspodem
limitar a ingestão de colesterol e obtervantagem do
elevado valor protéico dos ovos,consumindo
somente a clarado
ovo.A
ingestão de peixesou
carne branca deaves é preferível
em
relação aoconsumo
decame
vermelha(BLUMENKRANTZ,
apud
DAURGIDAS
eING,
1991).Proteínas
A
basedo
tratamento é a restrição protéica, que melhora ahemodinâmica
glomerular e preserva sua função. Essa restrição deve prever
um
fornecimento rnínimo de aminoácidos essenciais eum
aporte calóricoadequado
para manter o balanço nitrogenado.(BARROS
et al,l999).A
recomendação
de protéinas para pacientescom
taxa da filtração glomerularmaior
ou
igual a 70ml/min é de 0.8 a 1.0/kg/dia.Quando
formenor
que 70ml/min, é indicadarestrição protéica, necessária para manter o balanço nitrogenado neutro, de 0.6/kg/dia (carnes,
ovos e leite e derivados).
Uma
dieta hipopróteicatem
o valor de impedir a deterioração dafiltração glomerular
(BARROS
et al,l999).Produtos de origem animal
como
aves, peixes,cames
e clara deovo possuem
maior quantidade e melhor qualidade de proteínas.
As
proteínas de origem vegetal encontradasem
frutas, verduras, pães, arroz e massas são proteínas de mais baixa qualidade, pois não sãobem
aproveitadas pelo corpo. Esses alimentos entram na dietacom
a finalidade de fornecer outros elementoscomo
vitaminas e minerais.(MARTINS,
1999).Sais minerais
Sódio
A
recomendação
de sódio variaconforme o
paciente e a presença de hipertensão,retenção de líquidos
com
alteraçõesno
peso e aparecimento de edema.Além
disso,o
usoabusivo de sal
em
pacientescom
baixa diurese provoca mais sede e excessode
líquidos entresessões de hemodiálise.
Os
níveis de sódio séricopodem
estar normais, reduzidosou
aumentados,havendo
ajustesna
ingestãoconforme
o paciente.Exemplos
de alimentos ricosem
sódio: tomate,rabanete, palmito, nabo, aipo, laranja, amora, maracujá, melão,
mamão,
abacate, banana, ameixa, coco, uva, alimentos integrais, chocolate,amendoim,
nozes, castanha, caldo decame
concentrado, feijão, ervilha, erva mate, café preto, chá preto, lentilha, grão-de-bico
(BARRQS
etai, 1999).
Fósforo
A
restriçãode
fósforobem como
a utilização de quelante intestinal de fosfato, saisde cálcio, importantes para prevenir e tratar o paciente
com
hiperparatireoidismo secundárioda
insuficiência renal crônica.
Deve-se
mantero
fósforo séricomenor
que
6.0mg_/dl e evitarque
oproduto cálcio-fósforo ultrapasse 70. Alimentos ricos
em
fósforo: farinha de trigo, pipoca,pão
decenteio, milho verde,
pão
branco, pinhão, farofa, nozes,coco
ralado, leite, queijo, «leite condensado, melado, achocolatados, sardinha, atum, frango, gado, porco, salame, patê de figado,salsichão,
ovo
(BARROS
et al, 1999).Cálcio
A
ingestarecomendada
para pessoas não-urêmicas sadias é de lgldia.As
pessoasem
diálisetêm
requerimento dietético de cálcioaumentado
devido à deficiência de vitaminaD
eà resistência à ação
da
vitamina D.A
dieta renal tende a ser baixaem
cálcioem
razãoda
restrição
da
ingesta de produtos derivadosdo
leite ser usualmenteempregada
com
objetivo dereduzir a ingesta de fósforo. Para obter o balanço de cálcio, as pessoas
em
diáliserequerem
suplementação de cálcio e vitamina
D,
estamedida
deve ser realizadacom
cuidado pois,pode
ocorrer hipercalcemia severa
(BLUMENKRANTZ,
apud
DAURGIDAS
eING,
1991).Potássio
A
ingesta normalde
potássioda
pessoa sadia varia entre 50/l50mEq_/dia (2- 6g/dia).Somente
uma
leve restrição de potássio é necessária nas pessoasem
diáliseque
continuam a apresentar
um
débito urinário residual substancial. Estas pessoasem
diálisepodem
manifestar hipocalemia
em
vez de hipercalemia se a ingesta protéica (e portanto de potássio) for baixa.Pode
ser necessária arecomendação
de alimentos ricosem
potássio(BLUMENKRANTZ,
apud
DAURGIDAS
eING,
1991).Os
alimentos mais ricosem
potássio são fiutas e hortaliças,como
tambémseus
sucos. Leite,
came,
batata, chocolate,doce
de leite, cereais integrais,amendoim,
castanha, caldode
carne,de
galinha, de legumes,massa
emolho de
tomate, feijão, café solúvel.Nenhum
alimento deve ser totalmente retirado
da
dieta, sendoque
algunsdevem
serconsumidos
com
precaução
em
quantidades limitadas.(MARTINS,
1999).Ferro
A
anemia éuma
complicação da insuficiência renal crônica, sendo causas deficiência de ferro e de eritropoetina. Geralmente, é necessário suplementar ferro nas pessoasem
hemodiálise,em
que
as perdas sangüíneas sãocomuns
durante o procedimento dialítico e noscasos tratados
com
eritropoetinahumana
recombinante.Uma
das causas de irresponsividade àeritropoetina é a deficiência de ferro
(BARROS
et al, 1999).As
melhores fontesde
ferro são ascames
eovos
(gema) peixes, aves e alguns vegetais.(MARTIN
S,1999).Vitaminas
Deficiências de vitaminas
em
pessoascom
insuficiência renal crônicaocorrem
principalmente por ingestão inadequada, alteração
no
metabolismoou
perdasno
dialisado.As
vitaminas lipossolúveis ( A,
E
eK)
não
necessitam de suplementação.A
suplementaçãoda
vitamina
K
érecomendada
em
presença de anorexia, baixa ingestão alimentar euso
prolongado de antibióticos. VitaminaD,
como
calcitrol, está indicada na prevenção e tratamento daostiodistrofia renal.
As
vitaminas hidrossolúveis são dialisadas ehá
necessidade e suplementação,diminuição dos níveis
de
homocisteína, fator de risco paradoença
vascular(BARROS
et al,1999)
Ingesta
Hídrica
As
necessidades deágua
variam entre os pacientes.Como
o rim insuficientetem
suacapacidade de concentração e diluição estreitada, é importante avaliar o
volume
habitualda
diurese e de outras perdas e adequar a essas a ingestão hídrica.
Nas
pessoasem
hemodiálise, a ingesta de líquidos deve ser de500
a800ml
mais ovolume
residual nas 24h.No
verão a ingestapode
ser maior.No
período interdialítico é toleradoaumento
de peso de até Zkg, considerar diferenças individuaiscomo
peso seco, tolerabilidade, funçao cardiopulmonar e estrutura fisicada
pessoa(BARROS
et al, 1999).Tratamento Medicamentoso
Controle
da
Pressao ArterialA
hipertensão éum
dos fatores de piora dafimção
renal quemerece
destaque por sua capacidade de causardano
renal e progressão da doença, independenteda
causa básica desta.O
controle rigoroso e prolongadoda
pressão arterialpode
contribuir para melhora da função renal.. É_~imp.ortai1tev_-lembrar. que- pessoasda. raçanegra têm;mais
sensibilidade 'ao.s~efeitos.-danxososrenais hipertensão.
(BARROS
et al, 1999).l
O
controle dos níveis pressóricos elevadospode
ser dificil e envolve: dieta .comrestrição de sódio, uso de diuréticos e uso de
medicamentos
anti-hipertensivos.O
controledo
equilíbrio hidrossalino é importante para o controleda
hipertensão.A
hipervolemia éo componente de
maior destaquena
hipertensão.Sendo
assim, a restrição desal é fundamental,
mas
a ingesta de salnão
pode
sermenor
que
a perda renal obrigatóriado
riminsuficiente.
Quando
a restrição hidrossalina é insuficiente para controlar a hipertensão _e oedema,
o uso de diuréticos está indicado. Furosernida,em
doses orais de 120 a l60mg/diapode
ser usada
em
pessoascom
depuraçãode
creatinina inferiores a l8n1l/min,quando
outrosdiuréticos
não
tem
ação.Em
casosde
edema
resistente, metolazona (10 a 25mg_/dia)ou
tiazídicospodem
ser usados sinergeticamente aos diuréticos de alça,mas
deve-se ter cuidado para evitarhipovolemia, piora
da
função renalou
hipocalemia. Diuréticos poupadores de potássio, diuréticos osmóticos são contra-indicados(BARROS
et al, 1999).Medicamentos
Estudos realizados
sugerem que
a capacidade da hipertensãoem
danificaro
glomérulo
depende do
balanço das resistências das arteríolas pré e pós-glomerulares.Na
hipertensão essencial,um
aumento na
resistência pré-glomerular protegeo
capilar glomerular dapressão sistêmica.
Na
insuficiência renal crônica avançada esta resistência está diminuída,expondo o
glomérulo aos efeitos danososda
hipertensão.Um
anti-hipertensivoque
diminua aresistência pré-glomerular e
não
a pós-glomerularpode
exporo
glomérulo auma
hemodinâmica
prejudicial.Por
outro lado, beta-bloqueadores e inibidoresda
enzima de conversãoda
angiotensina(ECA)
poderiam
serum
protetor ao glomérulo.O
envolvimentodo
sistema renina-angiotensina
na
hipertensãopode
sugerir o uso preferencial desses agentes.(BARRos
et ai, 1999).Métodos
DialíticosA
dialise éum
processousado na remoção
de líquidos e produtosdo
metabolismodo
organismoquando
os rins são incapazes de fazer.Os
objetivos da diálise são: manter a vida eo
bem
estar das pessoas atéque
a função renal seja restabelecida.Os
métodos
de tratamentoincluem hemodiálise, hemofiltração e diálise peritoneal.
(SMELTZER
eBARE,
1999).Devido o
enfoquedo
presente trabalho ser a pessoacom IRC
em
tratamento hemodialitico, a seguir discorreremos sobre a hemodiálise.Hemodiálise
“A
hemodiálise éum
procedimentoque tem
por finalidade suprir as funções deexcreção e de regulação
do
equilíbrio hidroeletrolítico de rins insuficientes”.(FERRAZ,
1980, p.61).
Essas fiinções são executadas por
meio
de trocas descontínuas de solutos e deágua
entreo
plasmada
pessoa euma
solução de diálise, separados poruma
membrana
sernipermeável.
Os
solutos são trocados por difusão passiva enquantoque
aágua
é removida porNa
prática a hemodiálise é realizada poruma
máquina,onde
os dialisadorespennitem
a realizaçãoda
diálise. Neles se localizam asmembranas
sernipermeáveisque
separamo
sanguedo banho
de diáliseque
por aí circulam.Segundo
SMELTZER
eBARE
(1999) a açãoda
hemodiálise é regulada por trêsprincípios:
H
4 a) difusão: é a
passagem
deum
soluto deuma
áreaonde
a sua. concentração émais alta para outra concentração mais baixa.Consiste
no
deslocamento das toxinas e escóriaspresentes
no
sangue deuma
área de maior concentraçãono
sangue parauma
área demenor
concentração
na
máquina de
hemodiálise.O
banho de
diálise écomposto
de todos os importanteseletrólitos e
de
suas concentrações extracelulares ideais;b) osmose: é a
passagem da água
através deuma
membrana,
deuma
áreacom
concentração mais, alta.
para
outraonde.a
concentração é. mais baixa-Éresponsável pelaremoção
do
excesso deágua no
sangue.A
água move-se
uma
área de alta pressão para deuma
baixa pressão, isto é,da
pessoacom
insuficiência renal crônica para obanho
de diálise;'
c) Ultrafiltração: é a
passagem
deum
líquido atravésde
uma
membrana,
provocada por
um
gradiente.de
pressão- É_ a. adição de pressão negativa à.máquina,
aumentando
assim, este . gradiente de concentração. Esta pressão negativa é
uma
força de aspiração aplicada àmembrana, que
facilita a retiradada água
e assim, obtendo o equilíbrio hídrico (isovolemia).\
A
hemodiálise interrnitente éuma
modalidadeem
que osfluxos
desangue
são relativamente altos (respectivamente300
e500
ml/min). Realizam-seem
média
sessões de 4horas de tratamento duas a três vezes por semana,
conforme
as necessidadesdo
paciente(GONÇALVES
et al, 1998).Há
vários .tipos demáquinas de
hemodiálise disponíveisno
mercado. Estasmáquinas
podem
sercom
reservatórioou
proporcionadoras, pela forma de preparaçãodo
líquido,e individuais
ou
coletivas,quando
se considera a forma de distribuiçãodo
líquido.A
escolhado
equipamento vai depender de variáveis financeiras e técnicas.
Deve
haver normatização técnica,em
relação aos equipamentosde
uma
unidade de diálise, para garantir eficiência e segurançano
tratamento dialítico
(BARROS
et al, 1999).As
normas
preconizamque
os equipamentos para hemodiálise,devem
tercondições
de
realizar diálisecom
soluçãode
bicarbonato de sódio, ter monitoresde
temperatura,monitores de pressão
do
compartimentode
sangue e de diálise, monitor de condutividade e deruptura de
membrana,
detector de bolhas,módulo
de ultrafiltração, sistemade
by-pass dasolução de diálise
em
condições insatisfatórias (bloqueio da solução de diálise,quando
oequipamento estiver
em
desinfecção, apresentar alterações de condutividade e temperatura)(BARROS
et al, 1999).O
método
de acesso à circulação para a hemodiálise mais seguro, durável, prático econfortável é a fistula arteriovenosa interna. Esta técnica consiste
na
anastomose deuma
artéria auma
veia periférica, geralmente artéria radial e veia cefálica, próximas ao pulso.Após
criada afistula, aguarda-se
um
período de 2 a 3 semanas para a cicatrização e dilatação das veiasperiféricas.
3.4.6
-VIVEREIVI.
CONDIÇÃO
CRÔNICADE.
INSUFICIÊNCIA
RENAL
Viver
em
condição crônica de saúde requer muitodo
lado emocional da pessoa.Qualquer
que
seja a alteraçãodo
cotidiano este geraum
componente
estressor, este estressor seagrava
quando
se trata deuma
doença
de caráter crônico.A
condição renal crônica requer alémda
mudança
de hábitos, a ida ao serviço de hemodiálise algumas vezes na semana. Estecompromisso
acaba interferindo na vida pessoal e profissional desta pessoa.Esta situação gera alguns problemas psicológicos
comuns
encontrados naspessoas
em
diálise, sendo os mais freqüentes depressão (incluindo o suicídio),comportamento
não-cooperativo, disfunção sexual e dificuldades pertinentes a ocupações e reabilitação.
Segundo
Levy,apud
Daugirdas e Ing (1991) a depressão é a complicaçãopsicológica mais
comum
nas pessoasem
diálise, é usualmenteuma
resposta a perda renal,ameaçadora
ou
fantasiada.As
manifestações incluemhumor
depressivo persistente,imagem
própria desfavorecida e sentimentos de desesperança.
As
queixas clínicas incluem distúrbiodo
sono, alteração de apetite e peso, secura
da boca
e constipação e diminuição da capacidade .edo
interesse sexual.
A
causa psicológica deuma
queixa clínica não deve ser assumida até queo
sinal
ou
sintoma tenha recebidouma
avaliaçãomédica
adequada.Aproximadamente
um
em
cada500
pessoasem
diálise irá realmente cometer suicídio.O
alto risco de suicídio nesta populaçãonão pode
ser esquecido.No
comportamento
não-cooperativo, a raiva écomum
entre as pessoascom
doenças crônicas,
não
sendo surpresaque
uma
minoria substancial das pessoasem
diálise ~sentir
provocado
por tal comportamento,mas
tentar escutar o paciente e tentar entendê-lo.Freqüentemente as razões para raiva e
o
comportamento
não-cooperativonão
são percebidaspelapessoa, necessitando ser atenciosamente investigado
no
contextodo
lar e das situações detrabalho. Entretanto,
em
nenhum
momento
deve ser toleradoum
comportamento que
possa serdanoso
a pessoacom
insuficiência renalou
aos profissionais de saúdeque atuam
nadiálise.(LEVY,
apud
DAUGIRDAS
eING,
1991).Levy,
apud
Daugirdas e Ing (1991) relata-seque
as pessoas deambos
os sexosem
diálise freqüentemente apresentam dificuldades sexuais.
Aproximadamente
70%
doshomens
em
diálise apresentam esta dificuldade, e as mulheres
tem
diminuição da freqüência deorgasmo
durante o ato.
As
pessoas deambos
os sexosassumem
o
ato sexualcom
muitomenos
freqüênciado que
antes de setomarem
urêmicos.A
causa da disfunção sexual é mal compreendida e osfatores psicológicos
fieqüentemente
influenciam.No
homem,
a depressão, a inversão de papéisna
família devido à perda de trabalho, e o impactoda
interrupção da diurese (iá que órgão dadiurese é
também
o órgãoda
sexualidade)podem
também
contribuir para a disfunção sexual.Entretanto, a causa de impotência nas pessoas
em
diálisecom
freqüência ,é primariamente orgânica, relacionada as alterações hormonais associadas a uremia, a diabetes, insuficiência vascularou ao
uso de medicações anti-hipertensivas.Cerca
de dois terços das pessoasem
diálisenão
retomam
aoemprego que
tinhamantes
do
inícioda
insuficiência renal.A
capacidade dos indivíduosem
retornar ao trabalho depende; enítmaiorv graude
sua;situação s.ó.cio-econômica..:É necessário utilizar objetivos. __reaispara reabilitação.
A
gratificaçãoou
a necessidade que era obtidacom
o trabalho antes dadoença
é muito importante. Aquelas pessoas
que nunca
gostaram de seu trabalho tenderão a reduzir suaatividade de trabalho após o início da diálise
(LEVY,
apud
DAUGIRDAS
eING,
1991).Na
condição renal crônica o transplante renal é significado de cura para muitas pessoas,mas
no
Brasil ainda é relativamentepequeno
onúmero
de transplantes, devido ao baixonúmero
de doadores e necessidade deque
se encontreum
doador
histo-compatívelem
poucashoras. Esta esperança de viver saudável
no
paciente renal crôniconão
deve se perder,mas
também
o
longotempo
de esperanão
deve afetar estebem
estar causado.Faz-se necessário criar
uma
estrutura emocional familiar paraque
esta pessoaconsiga levar
uma
vida normal.A
existênciade
um
membro
da
famíliaque
compartilhe ossentimentos,