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Mecânica Quântica. Carlos Eduardo Aguiar. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Instituto de Física - UFRJ. 1º período letivo de 2010

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(1)

Mecânica Quântica

Carlos Eduardo Aguiar

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física

Instituto de Física - UFRJ

(2)

Plano do curso

1. A física clássica em dificuldades.

2. Os princípios da mecânica quântica: sistemas de dois estados.

3. Sistemas de dois estados: aplicações.

4. Sistemas de N estados.

5. Partículas idênticas.

6. Simetrias.

7. Posição e momentum.

8. Equação de Schroedinger em 1 dimensão: aplicações.

9. A soma sobre caminhos.

(3)

Leituras recomendadas

• M. Le Bellac, Quantum Physics, Cambridge, 2006.

• H.M. Nussenzveig, Curso de Física Básica: Ótica, Relatividade, Física Quântica, Blucher, 2002.

• R.P. Feynman, R.B. Leighton, M. Sands, Lições de Física de Feynman, vol. III, Bookman, 2008.

• R.P. Feynman, QED - A estranha teoria da luz e da matéria, Gradiva, 1988.

• T.F. Jordan, Quantum Mechanics in Simple Matrix Form, Dover, 2005.

• D.F. Styer, The Strange World of Quantum Mechanics, Cambridge, 2000.

• J.S. Townsend, A Modern Approach to Quantum Mechanics, USB, 2000.

• O. Pessoa Jr, Conceitos de Física Quântica, Livraria da Física, 2003.

• A. Zeilinger, A Face Oculta da Natureza, Globo, 2005.

(4)

Sobre o ensino de mecânica quântica:

• M. A. Moreira, I. M. Greca, Uma revisão da literatura sobre estudos relativos ao ensino da mecânica quântica introdutória, Investigações em Ensino de Ciências, 6 (2001) 29-56.

• I. M. Greca, M. A. Moreira, V.E. Herscovitz, Uma proposta para o ensino de mecânica quântica, Revista Brasileira de Ensino de Física, 33 (2001) 444.

• R. Müller, H. Wiesner, Teaching quantum mechanics on an introductory level, American Journal of Physics 70 (2002) 200; ver também a discussão em AJP 70 (2002) 887.

• I. D. Johnston, K. Crawford, P. R. Fletcher, Student difficulties in learning quantum mechanics, International Journal of Science Education 20 (1998) 427-446.

• I. M. Greca, O. Freire Jr, Does an Emphasis on the Concept of Quantum States Enhance Students’ Understanding of Quantum Mechanics?, Science & Education 12 (2003) 541–557.

• D. F. Styer, Common Misconceptions Regarding Quantum Mechanics, American Journal of Physics 64 (1996) 31-34.

• C. R. Rocha, V. E. Herscovitz, M. A. Moreira, O Ensino de Mecânica Quântica sob a Perspectiva dos Referenciais Teóricos da Aprendizagem Significativa e dos Campos Conceituais, Anais do XVIII SNEF (2009).

• L. D. Carr, S. B. McKagan, Graduate Quantum Mechanics Reform, arxiv.org: 0806.2628

(5)

A física clássica em dificuldades

(6)

A Quantização da Energia

(7)

Espalhamento inelástico

E

E - ε

ε

ε

N

projétil

alvo

detector

(8)

Espalhamento por moléculas, átomos, ...

E

E - ε

ε

ε

N

Quantização da energia.

O alvo ganha apenas

certas energias.

(9)

Espalhamento inelástico pela molécula de CO

e + CO

(10)

Espalhamento inelástico pelo átomo de He

e + He

(11)

Espalhamento inelástico pelo núcleo de 12 C

(12)

Espalhamento inelástico pelo próton

(13)

Em suma:

A energia de

- moléculas, - átomos,

- núcleos atômicos, - hádrons,

- ...

é quantizada.

(14)

O quantum de Planck

Max Planck: the reluctant revolutionary Helge Kragh, Physics World (Dec. 2000)

http://physicsworld.com/cws/article/print/373

(15)

O quantum de Planck

, K 2 , 1 , 0 n

, h n

E = ν =

Um oscilador harmônico de freqüência ν pode ter apenas as energias

hν = quantum de energia

h = constante de Planck = 6,626069×10 −34 Js

(16)

O quantum de Planck

E

clássico quântico

E

h ν

(17)

h-cortado

Js 10

6 571 1,054

2

h - 34

× π =

h = (constante de Planck reduzida)

ν π

=

ω 2 h ω = h ν

freqüência angular do oscilador

(18)

Osciladores moleculares

CO ↔

e + CO

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0

0 1 2 3 4 5 6 7 8

n

E n er gi a ganha pel a m o lé cu la ( e V )

Planck: ∆E = n ħω

(19)

Osciladores moleculares

H 2

D 2

7 , 2 0

1 )

( ) ( )

(

) (

2

2 = = ≈

D m

H m H

D ω

ω h h

8 , ) 0

(

) ( 2

H E

D E

µ ω = k /

m k m

k

p + H 2

p + D 2 Dados:

Planck:

(20)

Partículas de luz

Albert Einstein

(21)

O efeito fotoelétrico

luz

metal

elétrons

(22)

O efeito fotoelétrico

Energia máxima dos elétrons (eV)

Freqüência (10 14 Hz)

(23)

Fótons

hν hν

ν

= n h E

Planck:

oscilador quantizado

Einstein:

n = número de fótons

hν = energia de um fóton

(24)

O efeito fotoelétrico

metal

elétron:

E = hν − ∆ fóton:

E = hν

min ≡ W ↔ função trabalho E max = hν − W

ν 0 = W/h = freqüência de corte

(25)

O efeito fotoelétrico

R.A. Millikan, A Direct Photoelectric Determination of Planck's "h“, Physical Review 7, 355 - 388 (1916)

potencial de contato (Na-Cu) = 2,51 V

constante de Planck

Sódio metálico

(26)

Massa do fóton

2 2

2

c / v 1

E mc

= −

2 2 / c v

1 p mv

= −

4 2 2

2

2 c p m c

E = +

cp E

0 m

c

v = ⇒ = ⇒ =

(27)

Momentum do fóton

h c c

p E ν

=

= = λ h

p

λ

= 2 π

k p = h k

(28)

O efeito Compton

p

p’

fóton elétron

λ

>

λ′

′ < p

p

(29)

O efeito Compton

) cos 1

c ( m

h

e

θ

= λ

− λ′

p

p’

fóton elétron

θ

conservação da

energia e momentum

(30)

Ondas de matéria

Louis de Broglie

(Louis-Victor-Pierre-Raymond,

(31)

Relações de de Broglie

= λ

ν

= p h

h E

Einstein

λ ν

eletromagnética onda partícula

h

= E E ν

onda partícula

(1905)

(32)

Interferência de partículas

interferência construtiva: L − L = n λ

Experimento de Young

L 2

L 1

(33)

Experimento de Young: elétrons

1 fenda 2 fendas 5 fendas

(34)

Elétrons (um a um)

A. Tonomura et al., Demonstration of single-electron build-up

of an interference pattern, Am. J. Phys. 57, 117 (1989)

(35)

Experimento de Young: nêutrons

(36)

Experimento de Young : átomos de neônio

(37)

Experimento de Young : moléculas de C-60

(38)

Em suma:

• Ondas eletromagnéticas podem ter comportamento corpuscular

• Partículas podem ter comportamento

ondulatório

(39)

Dois “mistérios”

• Quantização da energia

• Dualidade onda-partícula

Esses dois “mistérios” estão relacionados.

(40)

A Dualidade Onda-Partícula e a Quantização

(41)

A energia do átomo de hidrogênio

λ π r = n 2

p n h r = π

2

h h n

n

pr = = π 2

interferência construtiva (onda estacionária)

próton

elétron

(42)

A energia do átomo de hidrogênio

2 2

2 2 2

e r

r mv e r

m v = ⇒ =

mecânica clássica (F = ma):

2 2

4

2 2 1 me 1

e E 1 mv

E = − ⇒ = −

⎭ ⇒

⎬ ⎫

=

= n h mvr

e r

mv 2 2

2 2

2

me n r = h

n 1 v e

2

= h

(43)

A energia do átomo de hidrogênio

2

2 2

4

n

eV 6

, 13

n 1 me

2 E 1

=

= h

(44)

O espectro do hidrogênio

E i E f

fóton com energia hν = E i - E f

⎟⎟ ⎠

⎜⎜ ⎞

⎛ −

=

ν 2

i 2

f 2

4

n 1 n

1 me

2 h 1

h

⎟⎟ ⎠

⎜⎜ ⎞

⎛ −

λ = 3 f 2 i 2

4

n 1 n

1 c

me 2

1 1

Bohr, 1913 h

(45)

O espectro do hidrogênio

⎟⎟ ⎠

⎜⎜ ⎞

⎛ −

λ = H 2 n i 2 1 2

R 1 Balmer: 1

me

1 4

espectro visível

R H = 109,677 cm -1

constante de Rydberg

(46)

O espectro do hidrogênio

(47)

Partícula em uma caixa

L

m p

L

= λ h

p L = n λ 2

h n p =

de Broglie: onda estacionária:

2 2 2

n h n

E = p =

(48)

Partícula em um potencial V(x)

E

x

V(x) ( )

2

2

x m V

E = p +

) ( x p p = ±

)]

( [

2 )

( x m E V x

p = −

(49)

Partícula em um potencial V(x)

)]

( [

2 )

) (

( m E V x

h x

p x h

= − λ =

)]

( 2 [

) ) (

( p x m 2 E V x

x

k = = −

h h

Caixa:

2 n L =

λ

E

a b

π

n

kL =

(50)

Regra de quantização de Bohr-Sommerfeld π

n dx

x

b k

a =

( )

p

a b x

+ p(x)

− p(x)

) 2

( nh

n dx

x

b p

a = =

π h

nh dx

p =

(51)

Regra de quantização de Bohr-Sommerfeld

p

x ∫ p dx = nh

área = n h

p

x área = h

área no espaço de fase = “ação”

a ação é quantizada órbitas

permitidas

(52)

Oscilador harmônico via Bohr-Sommerfeld

A x -A

E 2

2 ) 1

( x K x

V =

2 2

2 1

2 K x

m E = p +

/ 1 2

2 2

2 2

2 2

2 + x = p + x =

p elipse no

espaço de fase

(53)

Oscilador harmônico via Bohr-Sommerfeld

nh dx

p =

x p

-A A

elipse B

-B

área da elipse = π A B = nh

nh K E

mE m K

E = π =

π 2 2 2

mE B

K E

A = 2 / = 2

(54)

Momento angular via Bohr-Sommerfeld

nh dq

p =

h n

L = postulado de Bohr

nh d

L θ =

nh L × 2 π =

p e q: variáveis “conjugadas”

(55)

Partícula quicando via Bohr-Sommerfeld

nh dz

p =

g

H

z mgz

m mgH p

E = = +

2

2

nh H

g

m 2 3 / 2 = 3 2

4

(56)

Nêutrons no campo gravitacional da Terra

3 /

n 2

a H =

3 / 1 2

2

32

9 ⎟

⎜ ⎞

= ⎛

g m

a h

m H

m H

m a

µ µ µ µ

3 , 34

2 , 26

5 , 16

5 , 16

2 1

=

=

=

=

(57)

Nêutrons no campo gravitacional da Terra

(58)

Mais Consequências da Dualidade Onda-Partícula

(59)

Tunelamento

x V(x)

E

V 0 V 1

) (

2 0

0 m E V

p = −

(60)

Tunelamento

) (

2 0

0 m E V

p = −

) (

2 1

1 m E V

p = −

/ h ) (

2 0

0 m E V

k = −

) cos(

) sen(

Broglie de

de

onda = A k 0 x + B k 0 x

) exp(

' )

exp(

'

) cos(

) sen(

Broglie de

de onda

1 1

1 1

x ik B

x ik A

x k B

x k A

− +

=

+

=

h

h , 2 ( ) /

/ ) (

2 1 1 1 1

1 m E V i m V E

k = − = κ κ = −

(61)

Tunelamento

A onda de de Broglie penetra em regiões onde, pela física clássica, a partícula não poderia ir.

x E

V 0 V 1

senóide

exponencial

exponencial

(62)

Tunelamento

⎟ ⎠

⎜ ⎞

⎛ − −

=

− h

) (

exp 2 )

exp(

~ a m V E

κ a

x E

V

m a

atenuação da onda

de de Brolglie:

(63)

Decaimento alfa

α α α

Z, A Z, A Z, A

r r Ze

V

2 2

) ( =

) ( R V E α <<

Z+2, A+2

(64)

Decaimento alfa

gH v << 2

H

v

(65)

Microscopia de tunelamento

e

superfície do material V

ponta de prova

(66)

Microscopia de tunelamento

E W

-eV vácuo

superfície

ponta de prova

(67)

Microscopia de tunelamento

(68)

Microscopia de tunelamento

ondas de elétrons em

superfície de cobre

(69)

Elétrons numa caixa circular

(70)

Elétrons numa caixa retangular

(71)

O único mistério

(72)

Experimento de dupla fenda com partículas

1

2

N 1

(73)

Experimento de dupla fenda com partículas

1

2

N 2

(74)

Experimento de dupla fenda com partículas

Partículas “clássicas”

1

2

N 1 N 2

N

(75)

Partículas clássicas

apenas a fenda 1 aberta

apenas a fenda 2 aberta Cada partícula passa ou pela fenda 1 ou pela fenda 2 ⇒ N = N 1 + N 2

x N

1

(x)

x N

2

(x)

) x ( N ) x ( N ) x (

N =

1

+

2

(76)

Experimento de dupla fenda com partículas

Elétrons, nêutrons, átomos, ...

1

2

N

N ≠ N + N

(77)

Experimento de dupla fenda com partículas

Elétrons, nêutrons, átomos, ...

(78)

Elétrons, nêutrons, átomos, ...

apenas a fenda 1 aberta

apenas a fenda 2 aberta

fendas 1 e 2 abertas

x N

1

(x)

x N

2

(x)

x

N(x) N ( x ) ≠ N 1 ( x ) + N 2 ( x )

(79)

Elétrons, nêutrons, átomos, ...

N(x) ≠ N 1 (x) + N 2 (x)

A afirmativa

“cada partícula passa ou pela fenda 1 ou pela fenda 2”

é falsa.

… a phenomenon which is impossible, absolutely impossible, to explain

(80)

E se observarmos por onde passa a partícula?

1

2

(81)

E se observarmos por onde passa a partícula?

1

2

(82)

E se observarmos por onde passa a partícula?

x N(x)

) x ( N )

x ( N )

x (

N = 1 + 2

(83)

Experimento sobre a complementaridade

molas

(84)

Experimento sobre a complementaridade

impulso no

anteparo M = massa do

anteparo superior

(85)

Experimento sobre a complementaridade

M → ∞

(86)

Experimento sobre a complementaridade

M → 0

(87)

Experimento sobre a complementaridade

diferença de caminhos (ajustável)

(88)

Experimento sobre a complementaridade

N ↔ massa M

• M = 0

• caminho identificado

• não há padrão de interferência

• M → ∞

• caminho não identificado

• padrão de

interferência

(89)

Experimento sobre a complementaridade

impossível determinar o caminho

interferência

(90)

Próximos passos (não estão em ppt)

2. Os princípios da mecânica quântica: sistemas de dois estados.

3. Sistemas de dois estados: aplicações.

4. Sistemas de N estados.

5. Partículas idênticas.

6. Simetrias.

7. Posição e momentum.

8. Equação de Schroedinger em 1 dimensão: aplicações.

9. A soma sobre caminhos.

Referências

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