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λ( ψ + φ ) = λ ψ + λ φ 1 ψ = ψ,

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(1)

Bloh

- Visualização em Maple-

Virginia S. Costa

∗∗

Luiz M. Carvalho

Resumo

AEsferadeBlohéumarepresentaçãopossível,em

R 3

,paraumbitquântio(q-bit). Noentanto, livrosemateriaisdeestudoquasenãoexpliamessarepresentaão. Oobjetivodestetrabalhoédis-

utirsobreaEsferadeBlohesuaspropriedades,utilizandoomoferramentaosoftwarematemátio

Mapleparaavisualizaçãodevetores(vetoresdeBloh)eexeuçãodetransformaçõesunitárias(por-

tas quântias).

Abstrat

TheBlohsphereprovidesausefulmeansofvisualizingthestateofasinglequbit. However,Quan-

tumComputingbooksrarelyexplain somethingaboutit. Inthistext, we presentamathematial

desriptionoftheBlohsphereanddisusssomeofitsproperties,usingMaplesoftware tovisualize

theBlohvetors andexeuteunitarytransformations(quantumgates).

Monograa submetidaaoorpo doente doInstitutode MatemátiaeEstatístiada UniversidadedoEstadodoRio

deJaneiro -UERJ, Agosto de2005,(apresentado omoposter noXXVIII CNMAC,Setembro de2005,SENAC,Santo

Amaro-SP)

Palavrashave:Bloh,ComputaãoQuântia,VetoresdeBloh.

∗∗

AlunadeIniiaçãoCientíaVoluntária,DepartamentodeMatemátiaApliada, IME/UERJ, virsostagmail.om

ProfessorAdjunto,DepartamentodeMatemátiaApliada, IME/UERJ, luizmime.uerj.br

(2)

1 Introdução

1.1 Objetivo

A Esfera de Bloh é uma representação possível para um Bit Quântio (q-bit) em

R 3

. No entanto, a maioriadoslivrosquetêmomotemaaComputaçãoQuântiapouoomentasobreessarepresentação,

isto é, sobre sua onstrução e suas propriedades. O presente trabalho tem omo objetivo prinipal

a apresentação de um programa (um Maplet) desenvolvido em Maple que tem omo base para seus

algoritmosateoriaestudadaaera daEsferadeBloh. Porém,parahegarmosaoobjetivoprinipal,

teremosqueanalisaruidadosamentealgunsdetalhesmatemátiosembutidosnestarepresentaçãoe,para

isso,épreiso quesaibamosalgunsoneitosoriundosdaMatemátiaedaMeâniaQuântiaquedão

sustentaçãoàTeoriadaComputaçãoQuântia. Nasseçõesaseguir,faremosumabreveintroduçãoaos

prinipais oneitos que serão utilizados ao longo deste texto: na seção 2, será apresentado um breve

resumodealgumas deniçõesdaÁlgebraLinearedaNotaçãode Dira,naseção3,seráintroduzidoo

oneitodebitquântioapartirdeumdospostuladosdaMeâniaQuântia,naseção4,serádadauma

pequenanoçãosobreevoluçãodeumsistemaquântioe,apartirdaseção5,omeçaremosadesenvolver

oraioínioqueserviráomobaseparaoalgoritmotemadestetrabalho.

2 Álgebra Linear

2.1 Notação de Dira

ATabelaabaixomostraalgunssímbolosdaNotaçãodeDiramuitoutilizadosnaComputaçãoQuântia:

Notação Desrição

| ψ i

"ket",isto é,

| ψ i = (c 0 , c 1 , c 2 , ...) T

h ψ |

vetordual,"bra",istoé,

| ψ i = (c 0 , c 1 , c 2 , ...)

| n i

n-ésimovetordabase omputaional

N = {| 0 i , | 1 i , ... } h φ | ψ i

produtointerno entre

| φ i

e

| ψ i

.

| φ i ⊗ | ψ i

produtotensorialentre

| φ i

e

| ψ i

.

| φ i| ψ i

produtotensorialabreviadoentre

| φ i

e

| ψ i

.

| i, j i

produtotensorialentredoisvetoresdabase omputaional.

M

operadoradjunto,

M = (M T )

.

h φ | M | ψ i

produtointerno entre

| φ i

e

M | ψ i

.

k ψ k

normadovetor

| ψ i

.

(3)

2.2 Espaço de Hilbert

Denição 2.1. Um onjunto

V

éhamadoespaçovetorial sobreum orpo

F

seesomenteseasopera- ções

+ : V × V → V

(adição devetores) e

· : F × V → V

(multipliaçãoporum esalar pela esquerda) forembem denidase obedeeremàsseguintes propriedades:

(i)

( V , +)

éum grupoabeliano,

(ii)

λ(µ | ψ i ) = (λµ) | ψ i

,

(iii)

(λ + µ) | ψ i = λ | ψ i + µ | ψ i

,

(iv)

λ( | ψ i + | φ i ) = λ | ψ i + λ | φ i

,

(v)

1 | ψ i = | ψ i ,

onde

λ

,

µ ∈

F.

Denição 2.2. Seja

V

um espaço vetorial omplexo. Afunção

h·|·i : V × V → C

éhamada Produto Interno seesomente se

(i)

h ψ | (λ | φ i + µ | φ i ) = λ h ψ | φ i + µ h ψ | φ i

,

(ii)

h ψ | φ i = h φ | ψ i

,

(iii)

h ψ | ψ i ∈ R , h ψ | ψ i ≥ 0, h ψ | ψ i = 0 ⇔ | ψ i = 0

.

onde

λ

,

µ ∈ C

.

OProdutoInternotambémdeneanormadeumvetor:

k ψ k = p

h ψ | ψ i

. Easseguintesdesigualdades sãoverdadeiras:

|h ψ | φ i| ≤ k ψ k k φ k

(Desigualdade de Shwarz)

k| ψ i + | φ ik ≤ k ψ k + k φ k

(DesigualdadeTriangular)

Denição2.3. Umespaçovetorialompleto

H

omProdutoInterno

h·|·i

enormaiguala

k ψ k = p h ψ | ψ i

éhamado EspaçodeHilbert.

2.3 Operadores Lineares

Denição2.4. Seja

V

umespaçovetorialsobreumorpoFe

A

umafunção

A : V → V

.

A

éhamada de OperadorLinearem

V

seesomente se

A(λ | ψ i + µ | φ i ) = λA( | ψ i ) + µA( | φ i ) = λA | ψ i + µA | φ i .

onde

λ

,

µ ∈

F.

(4)

Em

C n

,umoperadorlinear

A

podeseresritoomouma matriz

n × n

deelementos

a ij

,istoé,

A =

 

 

a 0,0 . . . a 0,n− 1

.

.

. .

.

. .

.

.

a n− 1,0 . . . a n− 1,n− 1

 

  = X

i,j

a ij | i ih j | .

Denição 2.5. Considere dois operadores lineares, A e B, denidos nos espaços vetoriais

V

e

W

, respetivamente. O ProdutoTensorial

A ⊗ B

édado por

A ⊗ B =

 

 

a 1,1 B . . . a 1,m B

.

.

. .

.

. .

.

.

a n,1 B . . . a n,n B

 

  ,

onde A é uma matriz

n × n

e Bé uma matriz

m × m

. Neste aso,

A ⊗ B

é uma matriz

nm × nm

.

Pode-sealular oprodutotensorial tambémentrevetores(ex.:

| 0 i ⊗ | 0 i

).

Denição 2.6. Ooperador

A = (A T ) = P

ij a ji | i ih j |

édenominado OperadorAdjuntode A.

Denição 2.7. Um operador linear

A

é hamado

(i) auto-adjunto ouHermitiano se

A = A

,

(ii) unitário se

A A = AA = I

,onde

I

éamatrizidentidade.

3 O Bit Quântio

Para entendermosmelhor oque é umBit Quântio ou q-bit, é preisoque seja enuniado nesta seção

umdospostuladosdaMeâniaQuântiaqueservedesustentaçãoaesteoneito: opostuladoquese

refereaoEspaço de Estado. Então,vejamos:

Postulado 3.1 (Espaço de Estado). Assoiado a qualquer sistema físio isolado, existe um espaço

vetorialomplexoomprodutointerno(EspaçodeHilbert)onheidoomo EspaçodeEstadodosistema.

Osistema físioemquestão éompletamentedesritoporum vetorunitário(vetorde estadoouestado)

pertenente aesseespaçovetorial.

InterpretandooPostulado 3.1, temos oq-bit omoum sistema quântio assoiado aumespaçode

estadobi-dimensional

B = C 2 ( C )

,ujabase ortonormaléformadapelosvetores

| 0 i =

 1 0

 e | 1 i =

 0 1

 .

Assim, umvetor deestado (ouestado) querepresenta o espaçode estadoassoiadoao q-bit podeser

esritoomo

| ψ i = α | 0 i + β | 1 i ,

(3.1)

(5)

onde

α

e

β

sãonúmerosomplexos. SegundooPostulado3.1,

| ψ i

éumvetorunitário,ouseja,

h ψ | ψ i = 1

ou,ainda,deformaequivalente,

| α | 2 + | β | 2 = 1.

(3.2)

Intuitivamente,poderíamosompararosvetoresdabase(quehamaremosbase omputaional),

| 0 i

e

| 1 i

, om osvalores 0e 1 atribuídosao bit lássio. Noentanto, oque diferenia umbit lássiode

umq-bitéofatodeexistir superposições dosestados

| 0 i

e

| 1 i

,naformadaEquação3.1,oquenãonos

permitearmarseumq-bitestánoestado

| 0 i

ounoestado

| 1 i

. Assim,podemosterosestados

| 0 i

,

| 1 i

ou,

ainda,oestado

| ψ i = α | 0 i + β | 1 i

representandoumq-bit. Esteúltimo, omojáfoiditoanteriormente,é umasuperposiçãodosestadosdabaseomputaional,istoé,éumaombinaçãolinearujosoeientes,

α

e

β

, são denominados amplitudes. As amplitudes estão relaionadas às probabilidades de um q-bit apresentaroestado

| 0 i

ou

| 1 i

daseguinteforma:

| α | 2

éaprobabilidadedeoq-bitestarnoestado

| 0 i

e

| β | 2

éaprobabilidadedeoq-bit estarnoestado

| 1 i

.

Agoraquesabemosqueaprobabilidadedeumq-bitestaremumdeterminadoestadoédadaatravés

desuasamplitudes,éfáilonluirqueaalteraçãodoestadodeumq-bitdependerádaalteraçãodesuas

amplitudes. Logo, surge então uma nova questão: omo se alteraas amplitudes de um estadode um

q-bit? Pararespondermosaessapergunta,épreisoreorreraopostuladoenuniadonapróximaseção.

4 Evolução de um Sistema Quântio

Postulado 4.1 (Evolução de um Sistema Quântio). A evolução de um sistema quântio fehado é

desrita por umatransformação unitária. Assim,se noinstante

t 1

um sistema estánoestado

| ψ i

eno

instante

t 2

omesmo sistema estiver no estado

| ψ i

, então o estado

| ψ i

está relaionado ao estado

| ψ i

através de umoperador unitário

U

quedependesomente dosinstantes

t 1

e

t 2

,ouseja,

| ψ i = U | ψ i .

(4.3)

Comopodemos vernoPostulado4.1, aMeânia Quântianosgarantequeaevoluçãodequalquer

sistemaquântiofehadosedáatravésdeumoperadorunitário,porémnãoalaroquaisoperadores

devemosusarparadesreverumadeterminadamodiaçãonosistema. Aesolhadooperadordependerá

dequal respostasedesejaobter. Umexemplodisso, nonossosistema quântio(o q-bit), seriaquando

desejamosalterarasamplitudesparaseobteromorespostaamplitudesiguaisparatodososelementos

dabaseomputaional(istoé,

α = β

naEquação3.1). Paraessasmodiaçõesdeestado,existemalguns

operadoresqueserãovistosommaisdetalhesnaseção7.

(6)

5 Representação de um Q-Bit na Esfera

5.1 Modelo para um Q-Bit

A Meânia Quântia armaque, quandomedimos oq-bit, embora este possa estarem um estadode

superposição,obtemosomoresultadoo

| 0 i

,omprobabilidadeiguala

| α | 2

,ouo

| 1 i

,omprobabilidade iguala

| β | 2

,onde

α

e

β ∈ C

. Logo,podemosesrever

| α | 2 + | β | 2 = 1.

DoPostulado3.1,temosque

| ψ i

(Equação3.1)éunitárioepertenea

C 2 ( C )

. Esrevendoosnúmeros

α

e

β

omo

a + ıb (a, b ∈ R )

e

c + ıd (c, d ∈ R )

,respetivamente,temosque

| α | 2 = a 2 + b 2

e

| β | 2 = c 2 + d 2

.

Assim,aEquação3.2 seapresentadaseguinte forma:

a 2 + b 2 + c 2 + d 2 = 1

(5.4)

ApartirdaEquação5.4,interpretamosoq-bitomoumvetorunitário

(a, b, c, d) ∈ R 4

eaesferaunitária

S 3

de

R 4

omoolugargeométriodosq-bits(segundo[2℄).

5.2 Forma Polar de um Q-Bit

Sabendo que as amplitudes

α

e

β

da Equação 3.1 são números omplexos, podemos expressá-las em oordenadaspolares. Assim,

α = | α | e ı Arg(α) e β = | β | e ı Arg(β) ,

onde

0 ≤ Arg(z) < 2π

éoargumentodoomplexoz e

| z |

éoseumódulo.

Podemosainda,denir

γ = Arg(α)

e

φ = Arg(β) − Arg(α)

(ondeasoperaçõesentreângulosdevem

seronsideradasemaritmétiamódulo

)ereesreveraEquação3.1omo

| ψ i = | α | e ıγ | 0 i + | β | e ı(γ+φ) | 1 i .

(5.5)

E, assim, sendo

| α | ≥ 0

,

| β | ≥ 0

e

| α | 2 + | β | 2 = 1

, podemos denirtambém

ξ

pormeio das equações

cos(ξ) = | α |

e

sen(ξ) = | β |

(noteque

0 ≤ ξ ≤ π 2

).

Fazendo

θ = 2ξ

,

θ ∈ [0, π]

,ereesrevendoaEquação5.5,temosaformapolardeumq-bit

| ψ i = e ıγ [cos( θ

2 ) | 0 i + e ıφ sen( θ

2 ) | 1 i ],

(5.6)

onde

θ = 2 arccos( | α | ) = 2 arcsen( | β | ), φ = Arg(β) − Arg(α),

γ = Arg(α)

e

θ ∈ [0, π]

,

φ ∈ [0, 2π)

e

γ ∈ [0, 2π)

.

(7)

5.3 A Esfera de Bloh

Sabemosqueaequaçãodeumaesferado

R 3

deraio

R ∈ R

edeentronaorigem

(0, 0, 0)

é

x 2 +y 2 +z 2 = R 2

. Usandoomo parâmetros dois ângulos,

φ ∈ [0, 2π)

e

θ ∈ [0, π]

, e oraio

R

, podemos representar todosospontosdaesferado

R 3

deformavetorial,assim:

 

 x y z

 

 =

 

R cos(φ) sen(θ) R sen(φ) sen(θ)

R cos(θ)

 

 .

Sabemos,também,queoq-bitpodeseresritoemsuaformapolar,omomostraaEquação5.6,em

funçãodosângulos

θ ∈ [0, π]

,

φ ∈ [0, 2π)

e

γ ∈ [0, 2π)

.

Então,serianaturalseomparássemososângulosdasoordenadasesfériasomosângulosdaforma

polardoq-bit.

Observe que, se tentarmos modiar o q-bit expresso pela Equação 5.6 através de um operador

unitário,ofator

e ıγ

nãosealtera:

U | ψ i = e ıγ U[cos( θ

2 ) | 0 i + e ıφ sen( θ 2 ) | 1 i ]

onde

U

éooperadorunitáriode1(um)q-bit(istoé,umamatrizunitária

2 × 2

). Observetambémque,

ofator

e

não alteraaprobabilidadedeseobter

| 0 i

ou

| 1 i

nomomentodamedida,pois

| e ıγ cos( θ

2 ) | = | e ıγ || cos( θ

2 ) | = | cos( θ 2 ) | ,

assimomo,

| e ı(γ+φ) cos( θ

2 ) | = | e ıγ || e ıφ cos( θ

2 ) | = | e ıφ cos( θ 2 ) | .

Devidoaessaspropriedades,podemosdesprezarofator

e ıγ

(hamadofatorde fase global)eesrever

| ψ i B = cos( θ

2 ) | 0 i + e ıφ sen( θ

2 ) | 1 i .

(5.7)

Apartirdaí,tentaremosenontraruma representaçãogeométriaparaoq-bitem

R 3

. Noteque

| ψ i B

podeserreesritoomo

| ψ i B = cos( θ

2 ) | 0 i + cos(φ) sen( θ

2 ) | 1 i + sen(φ) sen( θ 2 ) | ı i ,

isto é,ovetor

| ψ i B

perteneaumsubespaçovetorial

( V )

de

C 2 ( R )

dedimensão3ebase

{| 0 i , | 1 i , | ı i}

.

Comoestesubespaçoestádenidosobreoorpodosreais,eleéisomorfoa

R 3

(segundo[2℄). Considerando entãoumisomorsmo

T

entre

V

e

R 3

,talque

T

 0 1

 =

 

 1 0 0

 

 , T

 0 ı

 =

 

 0 1 0

 

 , T

 1 0

 =

 

 0 0 1

 

 ,

(8)

deaordoom[2℄, teremosque

T ( | ψ i B ) = cos( θ 2 )

 

 0 0 1

 

 + cos(φ) sen( θ 2 )

 

 1 0 0

 

 + sen(φ) sen( θ 2 )

 

 0 1 0

 

 .

Note que, seusássemosa transformação

T

para representar

| ψ i B

em

R 3

, teríamosuma semi-esfera (denominada

SE 2

)omentronaorigemeraioiguala1,pois

φ ∈ [0, 2π)

e

θ ∈ [0, π]

. Porém,denindo

afunção

f

(bijeçãoretiradade[2℄,ondefoidenida edemonstrada)omo:

f : Q → SE 2

(θ, φ) 7→ (cos(φ) sen( θ 2 ), sen(φ) sen( θ 2 ), cos( θ 2 )),

onde

SE 2 = SE 2 − { (0, 0, 1), (x, y, 0) }

e

Q = (0, π) × [0, 2π)

,temosque

f

éinjetora,pois

 

cos(φ 1 ) sen( θ 2 1 ) sen(φ 1 ) sen( θ 2 1 )

cos( θ 2 1 )

 

 =

 

cos(φ 2 ) sen( θ 2 2 ) sen(φ 2 ) sen( θ 2 2 )

cos( θ 2 2 )

 

 ⇒ cos( θ 1

2 ) = cos( θ 2

2 ) ⇒ θ 1

2 = θ 2

2 ⇒ θ 1 = θ 2 .

Como

θ 1 ∈ (0, π) ⇒ sen( θ 2 1 ) 6 = 0

,temos:

cos(φ 1 ) sen( θ 2 1 ) = cos(φ 2 ) sen( θ 2 1 )

sen(φ 1 ) sen( θ 2 1 ) = sen(φ 2 ) sen( θ 2 1 ) ⇒ cos(φ 1 ) = cos(φ 2 )

sen(φ 1 ) = sen(φ 2 ) ⇒ φ 1 = φ 2 .

Temos,também,que

f

ésobrejetora,pois,sejam

(x, y, z) ∈ SE 2

,

θ 1 = 2 arccos(z)

e

φ 1

étalque,

φ 1 = arccos

x

sen(arccos(z))

e φ 1 = arcsen

y

sen(arccos(z))

. θ 1

estábemdenido,pois

θ 1

2 ∈ (0, π 2 )

e

z ∈ (0, 1)

,eomo

z 6 = 1 ⇒ sen(arccos(z)) 6 = 0

,temos

cos 2 (φ 1 ) + sen 2 (φ 1 ) = x 2 + y 2

sen 2 (arccos(z)) = x 2 + y 2

1 − cos 2 (arccos(z)) = x 2 + y 2 1 − z 2 = 1,

pois

x 2 + y 2 + z 2 = 1

. Desteúltimoresultado,veriamosque,dadoumponto

(x, y, z) ∈ SE 2

,obtemos

umângulo

φ 1 ∈ [0, 2π)

quesatisfazaidentidadefundamentaltrigonométria. Logo,temos:

f (θ 1 , φ 1 ) =

 

  cos

arccos

x sen(arccos(z))

sen(arccos(z)) sen

arcsen

z sen(arccos(z))

sen(arccos(z)) cos(arccos(z))

 

  =

 

 x y z

 

Contudo, se

f

é injetora e sobrejetora, então ela é bijetora. Agora, denindo a função

g

(bijeção

retiradade[2℄),omo

g : Q → S 2

(θ, φ) 7→ (cos(φ) sen(θ), sen(φ) sen(θ), cos(θ)),

(9)

onde

S 2 = S 2 − { (0, 0, 1), (0, 0, − 1) }

e

Q = (0, π) × [0, 2π)

,temosque

g

tambémébijetora(demonstração semelhanteàde

f

). Levando-seemonsideraçãoque

f

e

g

sãobijetoras,podemosdenirumafunção

ν

(deniçãoretiradade[2℄)queéaomposiçãode

g

omainversade

f

,assim

ν : SE 2 → S 2

(x, y, z) 7→ g(f 1 (x, y, z)) (0, 0, 1) 7→ (0, 0, 1) (x, y, 0) 7→ (0, 0, − 1).

Noteque

ν

éumafunçãobijetorapara

z 6 = 0

, poisodomíniode

g

éigualaoontra-domíniode

f 1

e

g ◦ f 1

éumaomposição defunçõesbijetoras.

Contudo, apartirdessas bijeções enontradas, podemos utilizaraesfera

S 2

de

R 3

(Figura 1) para representarumq-bit, nolugardeseutilizarasemi-esfera

SE 2

.

x

y z

| 0 i

| 1 i

|ψi

ϕ θ

Figura1: Representaçãodeumq-bitnaEsferadeBloh.

5.4 O Vetor de Bloh

Cadaelementoda imagemdafunção

ν

éonheidoomo vetordeBloh eaEsferadeBloh éolugar

geométriodessesvetores(Figura1). Considerandoaformapolardeumq-bit,expressanaEquação5.6,

dizemosqueoVetordeBloh édadopor

B | ψ i B =

 

cos(φ) sen(θ) sen(φ) sen(θ)

cos(θ)

 

 , φ ∈ [0, 2π), θ ∈ [0, π].

(5.8)

6 Propriedades da Esfera de Bloh

Nestaseção,serãodisutidasalgumaspropriedadesquepodemservistasapartirdavisualizaçãodeum

q-bitnaEsfera.

(10)

Propriedade6.1. (Q-bitsEquiprováveis)NaesferadeBloh,usandoaparametrizaçãoapresentadana

Equação5.8, quaisquer doisvetoresde Bloh quepertençamaum mesmo plano, paralelo aoplano XY,

representamq-bitsquetêmprobabilidadesiguaisdeproduzirem

| 0 i

ou

| 1 i

,aoseremmedidos (propriedade demonstrada em[2℄).

Figura2: Q-BitsEquiprováveis.

Propriedade 6.2. (Vetores Antípodas e Ortogonais) Na esfera de Bloh, usando a parametrização

apresentadanaEquação5.8, quaisquerdois vetores deBloh antípodas sãorepresentantesde doisq-bits

ortogonais(propriedadedemonstrada em[2 ℄).

Figura3: Vetoresantípodaseortogonais.

Propriedade6.3. (Q-bitsomVetoresdeBlohiguais)Considerandodoisq-bits,

| ψ i 1 = α 1 | 0 i + β 1 | 1 i

e

| ψ i 2 = α 2 | 0 i + β 2 | 1 i

,e seusvetoresde Bloh

B | ψ i 1

e

B | ψ i 2

(utilizando aparametrização proposta na Equação5.8), temosque

| ψ i 2 = e ıδ | ψ i 1 ⇔ B | ψ i 1 = B | ψ i 2 ,

onde

0 ≤ δ < 2π

.

(11)

Demonstração:

(i) | ψ i 2 = e ıδ | ψ i 1 ⇒ B | ψ i 1 = B | ψ i 2

Porhipótese,temos

| α 2 | = | e ıδ α 1 | = | e ıδ || α 1 | = | α 1 | .

PelaEq. (5.6),temos

θ 1 = 2 arccos( | α 1 | ) ⇒ | α 1 | = cos( θ 1

2 ), θ 2 = 2 arccos( | α 2 | ) ⇒ | α 2 | = cos( θ 2

2 ).

Assim,

| α 1 | = | α 2 | ⇒ cos( θ 1

2 ) = cos( θ 2

2 )

E,sabendoque

θ n ∈ [0, π]

(Eq. (5.6)),temosque

θ 1

2 = θ 2

2 ⇒ θ 1 = θ 2 .

Utilizandoahipóteseeesrevendo

α 1

e

β 1

emformapolar,temos

α 2 = e ıδ α 1 = | α 1 | e ı(δ+Arg(α 1 )) β 2 = e ıδ β 1 = | β 1 | e ı(δ+Arg(β 1 )) ,

epelaEq. (5.6),levando-seemonsideraçãoqueasoperaçõesomângulosserãoexeutadasemaritmétia

módulo

(ouseja,

− δ = 2π − δ

),temos

φ 2 = Arg(β 2 ) − Arg(α 2 ) = (δ + Arg(β 1 )) − (δ + Arg(α 1 )) = φ 1 .

Logo,pela Eq. (5.8),

 

cos(φ 1 ) sen(θ 1 ) sen(φ 1 ) sen(θ 1 )

cos(θ 1 )

 

 =

 

cos(φ 2 ) sen(θ 2 ) sen(φ 2 ) sen(θ 2 )

cos(θ 2 )

 

 ⇒

⇒ B | ψ i 1 = B | ψ i 2 .

(ii) B | ψ i 1 = B | ψ i 2 ⇒ | ψ i 2 = e ıδ | ψ i 1

Para

B | ψ i 1 = B | ψ i 2 6 = (0, 0, ± , 1)

,temos

 

cos(φ 1 ) sen(θ 1 ) sen(φ 1 ) sen(θ 1 )

cos(θ 1 )

 

 =

 

cos(φ 2 ) sen(θ 2 ) sen(φ 2 ) sen(θ 2 )

cos(θ 2 )

 

 ⇒

(12)

cos(θ 1 ) = cos(θ 2 ), θ n ∈ (0, π) sen(φ 1 ) sen(θ 1 ) = sen(φ 2 ) sen(θ 2 ) ⇒ cos(φ 1 ) sen(θ 1 ) = cos(φ 2 ) sen(θ 2 )

⇒ θ 1 = θ 2 e φ 1 = φ 2 .

PelaEq.(5.6),

| ψ i 1 = e ıγ 1 [cos( θ 1

2 ) | 0 i + e ıφ 1 sen( θ 1

2 ) | 1 i ] ⇒

⇒ e ıγ 1 | ψ i 1 = cos( θ 1

2 ) | 0 i + e ıφ 1 sen( θ 1

2 ) | 1 i =

= cos( θ 2

2 ) | 0 i + e ıφ 2 sen( θ 2

2 ) | 1 i = e ıγ 2 | ψ i 2 ⇒

⇒ | ψ i 2 = e ı(γ 2 −γ 1 ) | ψ i 1 ⇒ | ψ i 2 = e ıδ | ψ i 1 ,

onde

(δ ∈ [0, 2π))

.

Para

B | ψ i 1 = B | ψ i 2 = (0, 0, 1)

, temos

θ 1 = θ 2 = 0 ⇒ | ψ i 1 = e ıγ 1 | 0 i ⇒ e ıγ 1 | ψ i 1 = | 0 i = e ıγ 2 | ψ i 2 ⇒ | ψ i 2 = e ı(γ 2 γ 1 ) | ψ i 1 ⇒ | ψ i 2 = e ıδ | ψ i 1

e,para

B | ψ i 1 = B | ψ i 2 = (0, 0, − 1)

,temos

θ 1 = θ 2 = π ⇒ | ψ i 1 = e ı(γ 1 1 ) | 1 i ⇒ e ı(γ 1 1 ) | ψ i 1 = | 1 i = e ı(γ 2 2 ) | ψ i 2 ⇒ | ψ i 2 = e ı((γ 2 2 ) 1 1 )) | ψ i 1 ⇒

| ψ i 2 = e ıδ | ψ i 1

. Ou seja, esta propriedade diz que ada vetor de Bloh

B | ψ i B

está assoiado a um

onjunto de q-bits do tipo

e ıδ | ψ i B (δ ∈ [0, 2π))

e todos os vetores deste onjunto têm uma únia

representaçãonaEsferadeBloh.

7 Portas Quântias de um Q-Bit

Umomputadorlássioproessabitse,paraisto,éequipadoomumonjuntonitodeportaslógias

quesãoapliadasemumonjuntonitodebits. Jáumomputadorquântioproessaq-bitse,deforma

análoga ao omputador lássio, está equipadoom um onjunto nito de omponentes fundamentais

hamadosportas quântias. Cadaportaquântiaéuma transformaçãounitáriaqueageemumnúmero

xodeq-bits. Nestaseção,onsideraremosapenasaaçãodessasportasemumúnioq-bit.

7.1 Matrizes de Pauli

Umq-bit éumvetorunitárionaforma

| ψ i = α | 0 i + β | 1 i

,onde

α

e

β

sãonúmerosomplexostais que

| α | 2 + | β | 2 = 1

. Isto signiaque, ao apliarmosum operador em um q-bit, temos que preservarsua

normaparaque ovetoralterado ontinueobedeendoaestaondição. Poreste motivo,operadoresde

umq-bit são desritospor matrizes unitárias2x 2. Destes operadoresunitários,podemos destaaras

matrizesde Pauli (veja[3℄, p.174),denidas por

X ≡

 0 1 1 0

 , Y ≡

 0 − ı ı 0

 e Z ≡

 1 0 0 − 1

 .

(13)

EstastrêsmatrizessãoHermitianas(vejaadenição2.7)esatisfazemasseguintesregrasdemultipliação:

X 2 = Y 2 = Z 2 = I,

XY = − Y X = ıZ, Y Z = − ZY = ıX, ZX = − XZ = ıY,

onde

I

éamatrizidentidade

2 × 2

.

Éimportanteressaltarqueosauto-vetoresnormalizadosdasmatrizesdePauli,quandotransformados

emvetoresdeBloh, resultamemvetorespertenentes aoseixos. Assim,osauto-vetoresnormalizados

dooperadorXsão

v x 1 = 1

√ 2

 − 1 1

 e v x 2 = 1

√ 2

 1 1

 .

EosvetoresdeBlohassoiadosaelessão

B(v x 1 ) =

 

− 1 0 0

 

 e B(v x 2 ) =

 

 1 0 0

 

 ,

quepertenemaoeixo

x

daesfera. Temostambémque

v y 1 = 1

√ 2

 − ı 1

 e v y 2 = 1

√ 2

 ı 1

 .

sãoosauto-vetoresnormalizadosde

Y

, quesãorepresentadosnaesferapelosseguintesvetores:

B(v y 1 ) =

 

 0 1 0

 

 e B(v y 2 ) =

 

 0

− 1 0

 

 .

Epara

Z

, temosomoauto-vetores

v z 1 =

 1 0

 e v z 2 =

 0 1

 ,

quejásãounitáriosesãorepresentadospelosvetores

B(v z 1 ) =

 

 0 0 1

 

 e B(v z 2 ) =

 

 0 0

− 1

 

naesferadeBloh.

(14)

7.2 Matrizes de Rotação

DasmatrizesdePauli,surgeumaoutralassedematrizes,asMatrizesde Rotação sobreoseixos

x ˆ

,

y ˆ

e

ˆ

z

,denidasomo

R x (θ) ≡ e ıθX 2 , R y (θ) ≡ e ıθY 2 e R z (θ) ≡ e ıθZ 2 .

Porém,paraasmatrizes

A

taisque

A 2 = I

,temosque

e ıAx =

X ∞

k=0

x k (Ai) k

k! = I + ixA − x 2 I

2! − ix 3 IA 3! + x 4 I

4! + ... = cos(x)I + ıA sen(x).

Eomesseresultado,podemosreesreverasmatrizesderotação,dessaforma:

R x (θ) ≡ e ıθX 2 = cos( θ

2 )I − ıX sen( θ 2 ) =

 cos( θ 2 ) − ı sen( θ 2 )

− ı sen( θ 2 ) cos( θ 2 )

(7.9)

R y (θ) ≡ e ıθY 2 = cos( θ

2 )I − ıY sen( θ 2 ) =

 cos( θ 2 ) − sen( θ 2 ) sen( θ 2 ) cos( θ 2 )

(7.10)

R z (θ) ≡ e ıθZ 2 = cos( θ

2 )I − ıZ sen( θ 2 ) =

 e ıθ 2 0 0 e ıθ 2

 .

(7.11)

Estasmatrizesrepresentamrotaçõesemtornodoseixos

x

,

y

e

z

naesferaunitáriado

R 3

.

Apartirdasmatrizesderotação,podemosrepresentarqualqueroperadorunitário(

U

)deumq-bit,

pois,seja

b n = (n x , n y , n z ) ∈ R 3

umvetorunitário,podemosgeneralizarasdeniçõesanterioresdenindo umarotaçãode

θ

emtornodoeixo

b n

atravésdaseguinteequação:

R b n (θ) ≡ e −ıθb 2 n·σ = cos( θ

2 )I − ı sen( θ

2 )(n x X + n y Y + n z Z ),

onde

σ = (X, Y, Z)

é o vetor formado pelas matrizes de Pauli. Esta equação simplia o seguinte

resultado:

Teorema 7.1. Seja

U

umoperador unitáriode um q-bit,então

U = e ıα R n b (θ),

onde

α, θ ∈ R

e

n b = (n x , n y , n z ) ∈ R 3

é um vetorunitário(enuniado em [3 ℄etestado noprograma da seção 9).

Vejamos,aseguir,doisteoremasquenosajudarãoaentendermelhoroomportamento dealgumas

portasquântiasdeumq-bitnaEsferadeBloh.

(15)

Teorema7.2. (Deomposição Z-Y)Seja

U

umoperadorunitáriodeumq-bit,entãoexistem

α, β, γ, δ ∈ R

tais que

U = e ıα R z (β)R y (γ)R z (δ).

Demonstração:

Seja

U =

 u 11 u 12

u 21 u 22

 ,

umamatriz unitária,temosque

u ij ∈ C

,logopodemosesrever

U =

 | u 11 | e ıϕ 11 | u 12 | e ıϕ 12

| u 21 | e ıϕ 21 | u 22 | e ıϕ 22

 .

Alémdisso,temosque

U U = U U = I

(onde

I

éamatrizidentidade) e,assim,

u 11 u ¯ 11 + u 12 u ¯ 12 = 1, u 21 u ¯ 21 + u 22 u ¯ 22 = 1, u 11 u ¯ 11 + u 21 u ¯ 21 = 1, u 12 u ¯ 12 + u 22 u ¯ 22 = 1, u 11 u ¯ 12 + u 21 u ¯ 22 = 0, u 11 u ¯ 21 + u 12 u ¯ 22 = 0.

(7.12)

Lembrando-seque

z z ¯ = | z |

,onde

z ∈ C

, por(7.12),podemosesrever

| u 11 | 2 + | u 12 | 2 = 1, | u 21 | 2 + | u 22 | 2 = 1, | u 11 | 2 + | u 21 | 2 = 1, | u 12 | 2 + | u 22 | 2 = 1.

(7.13)

Lembrando-sequeoângulo

γ

derotaçãoem

R 3

étal que

γ ∈ [0, π]

,temos:

| u 11 | = cos( γ

2 ), | u 21 | = sen( γ

2 ), | u 12 | = sen( γ

2 ), | u 22 | = cos( γ

2 ).

(7.14)

Logo,temosentão

U =

 cos( γ 2 ) e ıϕ 11 sen( γ 2 ) e ıϕ 12 sen( γ 2 ) e ıϕ 21 cos( γ 2 ) e ıϕ 22

 .

Desenvolvendo

e ıα R z (β)R y (γ)R z (δ) =

 e ı(α β 2 δ 2 ) cos( γ 2 ) − e ı(α β 2 + δ 2 ) sen( γ 2 ) e ı(α+ β 2 δ 2 ) sen( γ 2 ) e ı(α+ β 2 + δ 2 ) cos( γ 2 )

eigualandoàmatriz

U

,queremos esrever

 cos( γ 2 ) e ıϕ 11 sen( γ 2 ) e ıϕ 12 sen( γ 2 ) e ıϕ 21 cos( γ 2 ) e ıϕ 22

 =

 e ı(α β 2 δ 2 ) cos( γ 2 ) − e ı(α β 2 + δ 2 ) sen( γ 2 ) e ı(α+ β 2 δ 2 ) sen( γ 2 ) e ı(α+ β 2 + δ 2 ) cos( γ 2 )

 ,

oquenosremete aum sistemade 4equaçõese4variáveis. Essesistemaserá resolvidoem3etapas,a

primeiraetapaépara

γ ∈ (0, π)

,asegundapara

γ = 0

eatereirapara

γ = π

.

(16)

1 a

Etapa -

γ ∈ (0, π)

:

Temos

cos( γ 2 ) e ıϕ 11 = e ı(α− β 2 δ 2 ) cos( γ 2 ), sen( γ 2 ) e ıϕ 12 = − e ı(α− β 2 + δ 2 ) sen( γ 2 ), sen( γ 2 ) e ıϕ 21 = e ı(α+ β 2 δ 2 ) sen( γ 2 ), cos( γ 2 ) e ıϕ 22 = e ı(α+ β 2 + δ 2 ) cos( γ 2 ),

Eassim,

ϕ 11 = α − β 2δ 2 , ϕ 12 = π + α − β 2 + δ 2 , ϕ 21 = α + β 2δ 2 , ϕ 22 = α + β 2 + δ 2 .

Eassimtemos,

α = ϕ 11 2 22 , β = π − (ϕ 12 − ϕ 22 ), δ = − π − (ϕ 11 − ϕ 12 )

γ = 2 arcsen( | u ij | ), para i 6 = j, ou γ = 2 arccos( | u ij | ), para i = j.

Logo,

∃ α, β, γ, δ ∈ R

taisque

U = e ıα R z (β )R y (γ)R z (δ)

para

γ ∈ (0, π)

.

2 a

Etapa -

γ = 0

:

 e ıϕ 11 0 0 e ıϕ 22

 =

 e ı(α β 2 δ 2 ) 0 0 e ı(α+ β 2 + δ 2 )

 .

Nesteaso,teríamosumsistemapossíveleindeterminado, onde

α = ϕ 11 + ϕ 22

2 , β + δ = ϕ 22 − ϕ 11 , γ = 0.

Logo,

∃ α, β, γ, δ ∈ R

taisque

U = e ıα R z (β )R y (γ)R z (δ)

para

γ = 0

.

3 a

Etapa -

γ = π

:

 0 e ıϕ 12 e ıϕ 21 0

 =

 0 − e ı(α β 2 + δ 2 ) e ı(α+ β 2 δ 2 ) 0

 ,

Nesteaso,teríamosumsistemapossíveleindeterminado, onde

α = ϕ 12 + ϕ 21 − π

2 , δ − β = ϕ 12 − ϕ 21 − π, γ = π.

Logo,

∃ α, β, γ, δ ∈ R

taisque

U = e ıα R z (β )R y (γ)R z (δ)

para

γ = π

.

Teorema7.3. (DeomposiçãoX-Y)Seja

U

umoperadorunitáriodeumq-bit,entãoexistem

α, β, γ, δ ∈ R

tais que

U = e ıα R x (β)R y (γ)R x (δ).

Demonstração:Análogaaoteoremaanteriorsegundo[3℄.

7.3 Porta de Hadamard (H)

APortadeHadamardéumadasmaisusadasnaComputação Quântia. Esteoperador,denidopor

H = 1

√ 2

 1 1 1 − 1

 ,

(17)

apliadonosestadosdabaseomputaional,resultaem

H | 0 i = 1

√ 2 ( | 0 i + | 1 i )

H | 1 i = 1

√ 2 ( | 0 i − | 1 i ).

Noteque,apliando-seaportaHnoestadodesritopela Equação3.1,tem-se

H | ψ i = α | 0 i + | 1 i

√ 2 + β | 0 i − | 1 i

√ 2 .

Como a porta de Hadamard é um operador unitário, podemos esrevê-lo na forma do Teorema 7.1.

Assim,

H = e ı π 2 R n b (π),

onde

b n = ( 1 2 , 0, 1 2 ).

Ouseja,aportadeHadamard,naEsferadeBloh,seomportaomoumarotação

de180 o

emtornodovetor

b n = ( 1 2 , 0, 1 2 )

.

Também podemosesreveraporta

H

emfunção dasmatrizesderotaçãoemtornodoseixos

z

e

y

,

segundooTeorema7.2. Assim,

H = e ı π 2 R z (0)R y ( π

2 )R z (π),

ou,tendoem vistaque

R z (0) = I

,

H = e ı π 2 R y ( π

2 )R z (π),

oque,na Esferade Bloh, araterizaumarotaçãode90 o

em tornodoeixo

y

seguida deuma rotação

de180

emtornodoeixo

z

.

7.4 Porta S (Phase Gate)

Esteoperador,denido por

S =

 1 0 0 ı

 ,

apliadonosestadosdabaseomputaional,resultaem

S | 0 i = | 0 i S | 1 i = i | 1 i .

Apliando-seaportaSnoestadodesritopela Equação3.1,tem-se

S | ψ i = α | 0 i + ıβ | 1 i .

Notequehouveumaalteraçãonofatordefaserelativo.

(18)

A portaS, porserumoperadorunitário,também pode seresritanaformadesritapelo Teorema

7.1. Assim,

S = e ı π 4 R b n ( π 2 ),

onde

b n = (0, 0, 1)

. Ou seja, a porta S, na Esferade Bloh, seomportaom uma rotaçãode 90o em

tornodoeixo

z

. TambémpodemosreesreverooperadorSsegundooTeorema7.2:

S = e ı π 4 R z ( π 2 ).

7.5 Porta

π 8

(T)

Esteoperador,denido por

T =

 1 0 0 e ıπ 4

ou

T = e ıπ 8

 e −ıπ 8 0 0 e ıπ 8

 ,

oqueexplia onome

π

8

,apliadonosestadosdabaseomputaionalresulta em

T | 0 i = | 0 i T | 1 i = e ıπ 4 | 1 i .

AportaTapliadanoestadodaEquação3.1,resultaem

T | ψ i = α | 0 i + e ıπ 4 β | 1 i .

Assimomoas portasS edeHadamard,aporta Ttambémpode seresritaem funçãodematrizesde

rotação. Assim,

T = e ıπ 8 R n b ( π

4 ), n b = (0, 0, 1)

ou

T = e ıπ 8 R z ( π 4 ),

istoé,aportaTrepresentauma rotaçãode45 o

emtornodoeixo

z

daesfera.

Naseção9.2,serãovistosalgunsexemplosdessasrotaçõesnoMapletQuantumView.

8 Maple

8.1 Paote Maplets

UmMapletéuma interfae gráadoMapleomousuário. Estereursopermiteaousuárioombinar

paoteseproedimentosomjanelasinterativaseaixasdediálogo.

(19)

ParaonstruirumMapletépreisodelararnaláusulawithdoMapleumpaotehamadoMaplets

quesedivide nosseguintessub-paotes:

Elements,

Exemples,

Tools.

EumafunçãoparaparaexibiçãodoMaplet: Display.

Nestaseção,serádesritoapenas osub-paoteElementsquefoi utilizadonoprojeto.

Elements

Este sub-paote ontém todos os omponentes utilizados na riação do Maplet. Neste projeto, foram

usadosquatrotiposdeomponentesdoPaoteElements:

ComponentesWindowBody

Button

MathMLViewer

Plotter

Slider

TextField

ComponentesLayout

BoxLayout

BoxColumn

BoxRow

ComponentesMenubar

ButtonGroup

RadioButtonMenuItem

MenuItem

ComponentesCommand

CloseWindow

(20)

Evaluate

RunWindow

Shutdown

OBS. (1): O omponente maissigniativoque podeserinserido em umMaplet é oomponente

Window, queontémos omponentes Layout,Menubar eCommand. Essaestrutura podeservista no

HelpdoMaple.

OBS.(2): Asintaxedosomandosquesereferemaosomponentesaquiitadospodeservistano

HelpdoMaple.

9 Projeto Quantum View

A partir da Equação5.6 eda Equação 5.8, nota-se que é possívelesreverum algoritmoque exeute

a transformação de um q-bit

| ψ i B

em um vetor de Bloh. A nalidade do projeto Quantum View

é explorar essa possibilidade, failitando álulos omplexos e repetitivos e ajudando om a exibição

de gráos. O objetivo é simples: desenvolver um onjunto de funções e proedimentos ligados às

representaçõesexistentesnaComputaçãoQuântia. Aprinípio,oprojetodáênfaseàrepresentaçãode

umbit quântiona Esferade Bloh, porém, posteriormente,pretendemos ampliá-loe,assim, englobar

outrasrepresentações.

Oprojetoenontra-sedivididoemduaspartes:

EstudodaTeoriadaComputaçãoQuântiaedetodasasferramentasmatemátiasneessáriaspara oentendimentodestateoria.

EstudodalinguagemdeomputaçãoMapleemtodososseusaspetose,prinipalmente,onfeção deMapletsqueauxiliemosestudos daTeoriadaComputação Quântia.

QuantoaoqueserefereàonfeçãodeMaplets, iremosapresentar,nesta seção,oMapletQuantum

View.

9.1 Detalhes do Maplet Quantum View

OQuantum View é umMapletfáil de usar. Para isso,bastainserir omoentradaasoordenadasde

umvetoromplexo, noformato a + b*Ireonheidopelo Maple, e umoperadorunitáriode ordem2.

Ovetorinseridonãopreisaserunitário,apesardesabermosqueumq-bitérepresentadoporumvetor

uja normaéiguala1. Istosedeveaofato de oMaplet normalizarovetorautomatiamente. Então,

vejamosumexemplo:

(21)

Figura4: ExibiçãodosvetoresdeBlohdentrodasEsferas.

Vetor de Entrada:

v =

 2 + i 3 − 4i

Operador Unitário:

M =

1

2 − √

3

√ 2 3 2

1 2

Entrada no Maplet:

Agora, ésóliar no botão Exibir Esferas para obter oresultado expostona Figura 4. Noteque, o

gráodoladoesquerdo éovetordeBloh assoiadoao vetor

v

kvk

eográodoladodireito éovetor

deBlohassoiadoàtransformação

M ( kvk v )

.

(22)

Figura5: MenuPrinipaldoMaplet.

Detalhes do Menu Prinipal:

OMapletQuantumView éomposto,também,porumMenuPrinipal(Figura5),ujasfunçõesserão

espeiadasaseguir:

Ações: Exeutaasmesmastarefasdosbotõesdoladosuperiordireito dateladaFigura4

Eixos: Modiaotipode eixoaserexibido nosgráosdasesferas. Com estaopçãoé possível

oloaros gráosemaixa,porexemplo.

Estilo: Mudaaaparêniadasesferas,deixando-aspontilhas,omgradesouexibindoapenasseus paralelos.

Cores: Modiaasoresdasesferas.

Iluminação: Modia,deformasutil, opontodeiluminaçãodasesferas.

Estilo da Linha: Modiaoestilodotraço dedesenhodasesferas. Podesermodiadoparaos

estilosSÓLIDO,PONTILHADO,TRACEJADOouTRACEJADOEPONTILHADO.

Portas: Preenhe os ampos reservados para os elementos da matriz unitária om uma porta

quântia(umadasportasitadasnaseção7).

Informações: Composto pelo subitem "Operadorese Vetores", este item abre uma janelaom informaçõesdeentradaesaídadedados. Ex.: qualovetordigitadoiniialmente(vetordeentrada),

qualovetordeBlohretornado,et. EstajanelapodeservistanaFigura6.

9.2 Quantum View em Ação

EstaseçãosedediaráàexibiçãodealgumasoisasquepodemserfeitasomoQuantumView.Comofoi

vistonaseção7,dasmatrizesdePauli,surgealassedasmatrizesderotação. ComoMapletQuantum

View,épossívelenxergaromo oorremessasrotações. Esolhemosovetor

| ψ i = √ 1

2 | 0 i + √ 1

2 | 1 i

omo

exemplo. Neste vetor, seráapliadoooperadordesritonaEquação7.9,onsiderandooângulo

θ = π 2

.

AFigura7,mostraoresultadodestatransformação,ondedoladoesquerdotemosovetor

| ψ i

edolado

direito temos

R x ( π 2 ) | ψ i

. Note que, nada oorre. Isto sedeveao fato de ovetorter amesma direção

(23)

Figura6: JaneladeInformaçõessobreaTransformaçãoUnitáriaexeutada.

Figura7: Rotaçãode90 o

dovetor

| ψ i

emtornodoeixo

x

.

(24)

Figura8: Rotaçãode90 o

dovetor

| ψ i

emtornodoeixo

y

.

Figura9: Rotaçãode90 o

dovetor

| ψ i

emtornodoeixo

z

.

do eixo

x

. Porém, se apliarmos ooperador de rotaçãodesrito na Equação7.10, neste mesmo vetor

e onsiderarmoso mesmo ângulo

θ

, veremos um outro resultado, exposto na Figura 8, onde, do lado

direito,temos

R y ( π 2 ) | ψ i

. Noteque,houveumarotaçãodovetor

| ψ i

de90oemtornodoeixo

y

.

Agora, podemos ver, também, a apliação do operador desrito na Equação7.11 (Figura 9 ), que

representaumarotaçãodovetor

| ψ i

de90oemtornodoeixo

z

,

R y ( π 2 ) | ψ i

. ApartirdoMaplet,também

podemos veriar a apliação dasportas H, S e T. Para veriarmos essas transformaçõesna Esfera,

onsideraremosovetor

| ψ i = cos( π 8 ) | 0 i +ı sen( π 8 ) | 1 i

,querepresentaovetordeBloh

B | ψ i = (0, 1 2 , √ 1 2 )

pertenente aoplano

y Oz b

.

Primeiramente,apliaremosaportadeHadamard. Coloando-seessesvaloresnoMaplet, seobteve

oseguinteresultado:

B(H | ψ i ) = 1

√ 2

 

 1

− 1 0

 

Observequeosvetores

B | ψ i

,

b n = 1 2 (1, 0, 1)

e

B(H | ψ i )

estãonomesmoplanodeequação

x 2 + y 2z 2 = 0

.

Calulando-seosseguintesprodutosinternos

hb n | B | ψ i = 1

2 = cos(δ) e hb n | B(H | ψ i ) = 1

2 = cos(δ ),

(25)

Figura10: Rotaçãode90 o

dovetor

B | ψ i

emtornodoeixo

z

-vistadopólodaesfera.

onde

δ ∈ [0, π]

é o ângulo formado pelos vetores

|b n i

e

B | ψ i

e

δ ∈ [0, π]

é o ângulo formado entre os

vetores

|b n i

e

B(H | ψ i )

, temos que

δ = δ

, oque ilustraa rotaçãode 180

em torno de

n b

propostana

seção7.3.

Agora, apliaremos a porta S em

| ψ i

. Coloando-se omo entrada ovetor

| ψ i

e o operador

S

, o

Mapletretornouoseguinteresultado:

B(S | ψ i ) = 1

√ 2

 

− 1 0 1

 

 .

A Figura 10 mostra oque oorreu omo vetor

B | ψ i

após aapliação de

S

. Do lado esquerdo temos

B | ψ i

edoladodireitotemos

B(S | ψ i )

. Note quehouveuma rotaçãode90oemtornodoeixo

z

.

Finalmente,veremosos resultadosparaaporta

T

. Para

B(T | ψ i )

temos

B(T | ψ i ) = 1 2

 

− 1

√ 1 2

 

 .

AFigura11mostraquehouveumarotaçãode45 o

emtornodoeixo

z

,omosugereaseção7.5.

10 Considerações Finais

OprojetoQuantumView éumaexelenteoportunidadeparaseestudarnãosóaTeoriadaComputação

Quântia,mas,também,váriostópiosdaMatemátia. Nestetrabalho,foifeitaumatentativaderelatar

adapassodoprojeto,desdeseuiníio,omoestudodoMapleeadesobertadosMaplets,atéoestudo

da Esferade Bloh e das Matrizes de Rotação. Porém, oprojeto pretende ir alémdestes relatos ese

extenderrumoaoutrasrepresentações,amdequesetenhaumabiblioteadefunçõeseproedimentos

(26)

Figura11: Rotaçãode45 o

dovetor

B | ψ i

emtornodoeixo

z

-vistadopólodaesfera.

quefailite amaioriados álulosedemonstraçõesque aindahão de apareer. É importante destaar

quetodososvetoresdeBlohitadosnestetrabalhoforamaluladospeloMapletQuantumView.

(27)

Referênias

[1℄ Mapletsbeginner'sguide. Waterloo,Canadá,2001.WaterlooMapleIn.

[2℄ L.M.Carvalho,C.C.Lavor,andV.S.Motta.Caraterizaçãomatemátiadaesferadebloh.submetido

aTEMA, 2004.

[3℄ M.A. NielsenandI.L.Chuang. QuantumComputation andQuantumInformation. CambridgeUni-

versityPress,Cambridge,2000.

[4℄ R.Portugal. Introduçãoaomaple. LNCC,Petrópolis,2002.

[5℄ R.Portugal,C.Lavor,L.M.Carvalho,andN.Maulan. Umaintroduçãoàomputaçãoquântia. In

Notas de MatemátiaApliada, volume8,SBMAC,SãoCarlos,2004.

[6℄ J. Preskill. Leture Notes for Physis 229: Quantum Information and Computation. California

InstituteofTehnology,1998.

(28)

Referências

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