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EFICIÊNCIA DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO EM SEMENTES DE ALFACE 1

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EFICIÊNCIA DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO EM SEMENTES DE ALFACE

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1Aceito para publicação em 23.04.2001.

2Enga Agra, estudante de Pós-Graduação em Produção e Tecnologia de Sementes, FCAV/UNESP, 14884-900. Campus de Jaboticabal-SP; bolsista da FAPESP; e-mail: sifessel@fcav.unesp.br

SIMONE APARECIDA FESSEL2, ROBERVAL DAITON VIEIRA3, TERESINHA DE JESUS DELÉO RODRIGUES4, MARCELO FAGIOLI2 E RINALDO CESAR DE PAULA5

RESUMO - O desempenho germinativo de sementes, especialmente, de algumas espécies de hortaliças, pode ser melhorado com a técnica do condicionamento osmótico. Assim, foi conduzido um experimento com o objetivo de verificar a eficiência do condicionamento osmótico de sementes de alface na germinação e no armazenamento. Para tanto, sementes de dois cultivares, Brasil 303 e Elisa, após avaliação inicial (germinação e teor de água), foram submetidas ao condicionamento osmótico em solução de manitol 0,35mol por períodos de zero, 3, 4, 5 e 6 dias, com temperatura constante de 20oC e na presença de luz. A seguir, as sementes foram submetidas à secagem, por 12 horas, em estufa com circulação de ar, regulada a temperatura de 32ºC. As sementes foram avaliadas pelo teste de germinação, logo após o condicionamento seguido de secagem (zero dias) e no decorrer dos períodos de armazenamento de 10, 20, 30, 60 e 90 dias. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes, sendo os dados submetidos à análise de variância e de regressão com tratamentos dispostos em esquema fatorial 2x5x6, (dois níveis de vigor; cinco períodos de condicionamento osmótico e seis períodos de armazenamento após secagem). Constatou-se que o condicionamento osmótico aumentou a porcentagem de germinação das sementes de baixo vigor, quando as mesmas foram condicionadas na solução de manitol por três e quatro dias, porém a reduziu nos períodos de cinco e seis dias de tratamento. Foram observadas variações em função do cultivar e do nível de vigor das sementes. Conclui-se que o a resposta de sementes de alface ao condicio- namento osmótico varia em função do cultivar, do nível de vigor das sementes e do período de embebição na solução de manitol. Efeitos benéficos do tratamento de condicionamento osmótico só foram constatados para o cultivar Elisa.

Termos para indexação: Lactuca sativa L., germinação, manitol, armazenamento.

EFFICIENCY OF THE OSMOTIC OSMOPRIMING ON LETTUCE SEEDS

ABSTRACT - The germination performance of seeds, especially, of some vegetable species, can be improved with the osmopriming. Thus, this research was conducted in order to verify the efficiency of osmopriming on lettuce seeds germination and on the storage periods. Seeds of cultivars Brasil 303 and Elisa, after initial evaluation (germination and moisture content) were submitted to osmopriming using mannitol solution (0,35mol.), for periods of 3, 4, 5 and 6 days, at temperature of 20oC and light. After priming the seeds were dried, for 12 hours, in oven with temperature of 32oC. The evaluations were performed, using standard germination test, after six periods of storage (0, 10, 20, 30, 60 and 90 days) after priming and storage of the seeds. The experimental design was a complete randomized with four replications of 50 seeds. The data were submitted to analysis of variance in factorial arrangement 2×5×6 (two levels of vigor; five periods of osmopriming and six periods of storage after drying). The osmopriming increased the germination percentage of low vigour seeds, when osmoprimed for three and four days, but reduced when the

3Prof. Titular do Depto. de Produção Vegetal - FCAV/UNESP; bolsista do CNPq; e-mail: rdvieira@fcav.unesp.br

4Profa., Dra. do Depto. de Biologia Aplicada à Agropecuária - FCAV/

UNESP.

5Prof., Dr. do Depto. de Produção Vegetal - FCAV/UNESP.

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INTRODUÇÃO

A alface, além de apresentar diferenças de comportamen- to entre cultivares, apresenta diversos problemas relativos à germinação, tais como: dormência, sensibilidade à luz, e exi- gências de condições específicas de umidade e de temperatu- ra. Esses aspectos fazem com que a avaliação da germinação de sementes de alface, muitas vezes seja problemática, prin- cipalmente, para os menos experientes com a cultura.

Um dos sintomas mais importantes do declínio da quali- dade fisiológica é a lentidão do processo de germinação, acom- panhada pelo aumento do período decorrido entre a germina- ção da primeira e da última semente de um lote e, conseqüen- temente, a não uniformidade entre plântulas de um mesmo lote (Eira & Marcos-Filho, 1990). Desse modo, a utilização de técnicas que acelerem e uniformizem a germinação das sementes poderá propiciar grandes benefícios aos produto- res de mudas.

O condicionamento fisiológico das sementes, por meio de técnicas de pré-hidratação ou condicionamento osmótico, seguido pela secagem, resulta, normalmente, em germinação mais rápida e uniforme (Bradford, 1986 e Khan, 1992).

Os fundamentos do condicionamento osmótico, segun- do Bewley & Black (1995), sugerem que nos ciclos de umedecimento e secagem, os processos metabólicos iniciais da germinação iniciam durante a embebição e são interrom- pidos, mas não são revertidas pela subseqüente secagem, de tal maneira que as sementes ao serem recolocadas em ambi- ente favorável à germinação, concluirão o processo mais ra- pidamente.

Sementes de alface e de tomate, apresentaram germina- ção mais rápida, quando foram submetidas inicialmente a um tratamento de pré-hidratação ou pré-condicionamento (Dahal

& Bradford, 1990 e Somasco & Bradford (s/d), citados por Bradford, 1995).

A técnica do condicionamento osmótico de sementes, consiste na pré-embebição numa solução de potencial osmótico conhecido, de modo a permitir o controle da dispo- nibilidade de água, com conseqüente ocorrência das etapas iniciais do processo de germinação, evitando ultrapassar o final da fase II da curva trifásica de embebição. Desta forma, após a semeadura, a emergência das plântulas ocorreria mais rápida e uniformemente, com maiores possibilidades de su-

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes, do Departamento de Produção Vegetal da Fa- culdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP - Câmpus de Jaboticabal, usando-se sementes de alface, safra 1996/97, cultivares: Brasil 303 (IAC) e Elisa (Agroflora), obtidas no Instituto Agronômico de Campinas e no comér- cio, respectivamente.

Após a recepção, as sementes foram retiradas da emba- lagem hermética, homogeneizadas, colocadas em embalagem porosa (sacos de papel Kraft) e mantidas em condições de laboratório (sem controle de temperatura e umidade), com temperatura de 25 a 30oC e umidade relativa de 60-70%. Em seguida, o material correspondente a cada lote foi amostrado para as determinações iniciais de germinação e teor de água, com a finalidade de avaliar a qualidade inicial. No caso do cultivar Brasil 303 as sementes foram tratadas no laborató- rio, com fungicida Vitavax-Thiram 200 SC, na dosagem de 2,5ml por kg de semente, uma vez que foram obtidas junto ao IAC, sem tratamento prévio. Com a finalidade de obter se- mentes com diferentes níveis de vigor, algumas amostras fo- ram submetidas ao envelhecimento acelerado. As sementes, em camada única, dentro de caixas plásticas tipo gerbox fo- ram submetidas a temperatura de 42oC, com aproximadamente 100% de UR do ar, por 12 horas. Esse período, foi baseado em testes preliminares, realizados com cada cultivar, usando- se câmara de envelhecimento (modelo “water jacketed”).

Após a realização das determinações iniciais, as semen- tes foram armazenadas em sacos de papel Kraft em condi- ções de laboratório, durante o período de realização do traba- lho (março a outubro de 1997).

Germinação (TG) - conduzido com quatro repetições de 50 sementes para cada tratamento, semeadas sobre papel toalha, umedecido com quantidade de água equivalente a três vezes o seu peso seco e mantidas em câmara de germina- ção à temperatura constante de 18ºC, com oito horas de luz exposure to mannitol was five and six days. The lettuce seeds response to the osmopriming was

variable depending on cultivar and seed vigour.

Index terms: Lactuca sativa L., germination, mannitol, storage.

cesso no estabelecimento da cultura (Eira & Marcos-Filho, 1990).

Assim, conduziu-se o presente trabalho com o objetivo de avaliar a eficiência do condicionamento osmótico na ger- minação de sementes de alface, durante o armazenamento.

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por dia. A contagem de plântulas normais foi efetuada no sétimo dia após a instalação do teste, considerando-se os cri- térios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992); teor de água (TA) - determinado pelo méto- do da estufa a 105±3ºC, por 24 horas, utilizando-se duas subamostras de cada lote, conforme as Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992). Os resultados foram expressos em porcentagem; condicionamento osmótico - realizado com solução de manitol na concentração 0,35mol, que segundo Georghiou et al. (1983) suprime totalmente a germinação de sementes de alface, durante o processo. O cálculo do poten- cial osmótico no qual as sementes foram submetidas durante o condicionamento em solução de manitol foi efetuado utili- zando-se a fórmula de Van´t Hoff, ou seja: Y osm = - RTC, onde: Y osm = potencial osmótico (atmosfera); R = constan- te geral dos gases = 0,082atm.L.mol-1.grau-1; T = temperatura (ok); C = concentração molal (moles de soluto/1000g de água).

Assim, o potencial osmótico da solução a 0,35mol de manitol à temperatura de 20ºC (293ºK) é equivalente a -8,41 atmos- feras, ou seja, -0,841MPa. O processo de condicionamento osmótico das sementes consistiu na imersão de amostras de 10 gramas de sementes de cada lote em 150ml de solução de manitol no interior de copos plásticos e colocados em um germinador regulado a temperatura constante de 20ºC, na presença de luz. Foram considerados quatro períodos de con- dicionamento (3, 4, 5 e 6 dias), após os quais as sementes foram retiradas da solução, lavadas em água corrente e sub- metidas a secagem. As sementes não foram submetidas a ne- nhum método de aeração durante o condicionamento osmótico; secagem e armazenamento das sementes - após o condicionamento osmótico as sementes foram secas em estufa com circulação de ar, a temperatura de 32ºC, por 12 horas, como indicado por Guedes (1979). As sementes foram colocadas sobre papel de filtro no interior de bandejas metá- licas, ocupando-se apenas a prateleira central da estufa. As sementes, assim condicionadas, constituíram os cinco trata- mentos, considerando-se como testemunha as sementes não condicionadas. Estas foram armazenadas em sacos de papel Kraft e mantidas em condições de laboratório, sem controle de temperatura e umidade. As avaliações foram realizadas logo após a secagem e após os períodos de armazenamento de 10, 20, 30, 60 e 90 dias.

Os dados de porcentagem de germinação foram ana- lisados, para cada cultivar individualmente, segundo o de- lineamento inteiramente ao acaso, com quatro repetições de 50 sementes, no esquema fatorial 2x5x6, sendo dois níveis de vigor (alto e baixo), cinco períodos de condicio- namento osmótico (zero, 3, 4, 5 e 6 dias) e seis períodos

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 encontram-se os resultados obtidos na ava- liação preliminar, esses dados permitiram a caracterização de lotes de baixo e de alto vigor.

As médias obtidas para o efeito do condicionamento osmótico e do nível de vigor das sementes, dos cultivares Brasil 303 e Elisa, encontram-se na Tabela 2 e Figura 1. Com- parando-se a porcentagem de germinação das sementes de baixo vigor em relação à testemunha, verifica-se que o estresse causado nas sementes pelo envelhecimento acelerado por de armazenamento após a secagem das sementes (zero, 10, 20, 30, 60 e 90 dias), procedendo-se a análise de re- gressão polinomial, para cada nível de vigor, em função do período de condicionamento osmótico e do período de armazenamento. Para o estudo conjunto dos efeitos do perío- do de condicionamento osmótico e do período de arma- zenamento, procedeu-se a análise por modelos de superfí- cie de resposta, selecionando-se aquele em que todas as vari- áveis do modelo apresentaram contribuição significativa.

TABELA 1. Germinação e teor de água obtidos nas de- terminações iniciais, para verificar a quali- dade das sementes.

Alto vigor Baixo vigor Cultivar

Germinação (%)

Teor de água (%)

Brasil 303 100 47 5,5

Elisa 100 47 6,5

TABELA 2. Germinação de sementes de alface, cultiva- res Brasil 303 e Elisa, e desdobramento da interação entre nível de vigor e período de condicionamento osmótico.

Brasil 303 Elisa

Vigor Vigor

Alto Baixo Alto Baixo Período de

condicionamento (dias)

Germinação (%)

zero 96 92 98 67

3 97 92 99 82

4 96 91 99 80

5 98 85 99 76

6 98 78 98 73

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ocasião do teste preliminar, foi superado pelo armazenamento das sementes nas condições ambientais do laboratório até a época da realização dos testes após condicionamento, ou seja, um mês.

Popinigis (1977) relata que, de acordo com o cultivar, a dormência das sementes de alface pode ser superada depois de três a nove meses. Porém, neste trabalho, as sementes das cultivares usadas não apresentaram nenhuma dormência pri- mária (Tabela 1).

Nos dois cultivares para sementes de alto vigor, não hou- ve diferença significativa entre os diferentes períodos de con- dicionamento fisiológico, porém para aquelas de baixo vi- gor, houve diferença significativa. Para o cultivar Brasil 303, cinco e seis dias de condicionamento osmótico foi considera- do excessivo, passando a ser prejudicial para a germinação.

Para o cultivar Elisa o condicionamento osmótico com mani- tol, por três, quatro, cinco e seis dias, melhorou o desempe- nho germinativo das sementes em relação à testemunha, sen- do melhor com três e quatro dias (Tabela 2 e Figura 1).

Na Tabela 3 encontram-se os dados da interação dos pe- ríodos de armazenamento após o período de embebição na solução de manitol e o vigor das sementes dos cultivares Bra- sil 303 e Elisa. Para sementes de alto vigor, cultivar Brasil 303, ao longo do período de armazenamento a germinação apresentou pequena redução. No cultivar Elisa não houve diferença significativa entre os diferentes períodos de armaze- namento. Já para sementes de baixo vigor, nos dois cultiva- res, verifica-se que não houve diferença nos primeiros vinte dias, mas à partir de trinta dias houve queda na germinação, indicando uma reversão do efeito do condicionamento fisio- lógico das sementes (Figura 2).

FIG. 1. Germinação, de sementes de alface, cultivares Brasil 303 e Elisa, vigor alto (AV) e baixo (BV), em função do período de condicionamento osmótico (dias).

ns = não significativo.

0 20 40 60 80 100

0 1 2 3 4 5 6

Período de condicionamento (dias)

Germinação (%)

BRASIL 303 AV BRASIL 303 BV ELISA AV ELISA BV BRASIL AV= 96,93 (ns)

BRASIL BV= 91,4461 + 3,263998x - 0,9106489x2 R2 = 0,98 ELISA AV= 98,50 (ns)

ELISA BV= 66,85897 + 8,31097x - 1,246795x2 R2= 0,98

Os dados apresentados na Tabela 4, demonstram, tam- bém, que a partir dos trinta dias de armazenamento houve queda na germinação das sementes, para ambos os cultiva- res. Para o cultivar Brasil 303 ao efeito do período de condi- cionamento fisiológico das sementes, verifica-se que até vin- te dias de armazenamento, não se constatou efeito do período de condicionamento, porém com trinta, sessenta e noventa dias os resultados já não apresentaram a mesma consistência.

Parece claro que, com o armazenamento, noventa dias por exemplo, o efeito de longos períodos (seis dias) de condicio- namento das sementes passa a ser prejudicial, ou seja, reverte o efeito do pré-tratamento das sementes (Tabela 4, Figura 3).

Para o cultivar Elisa não houve diferença significativa entre os períodos de condicionamento fisiológico, até 10 dias

0 20 40 60 80 100

0 30 60 90

Período de armazenamento (dias)

Germinação (%)

BRASIL 303 AV BRASIL 303 BV ELISA AV ELISA BV BRASIL AV= 97,9829 - 0,03713043x R2= 0,59

BRASIL BV= 95,30409 - 0,35059937x + 0,00206108x2 R2 = 0,94 ELISA AV= 98,40 (ns)

ELISA BV= 85,93305 - 0,5745147x + 0,004354947x2 R2= 0,67

FIG. 2. Germinação, de sementes de alface, cultivares Brasil 303 e Elisa, vigor alto (AV) e baixo (BV), em função do período de armazenamento (dias), após o condicionamento osmótico.

ns = não significativo.

TABELA 3. Germinação de sementes de alface, cultiva- res Brasil 303 e Elisa, e desdobramento da interação entre nível de vigor e período de armazenamento, após o condicionamento osmótico .

Brasil 303 Elisa

Vigor Vigor

Alto Baixo Alto Baixo Período de

armazenamento (dias)

Germinação (%)

zero 99 95 99 83

10 98 93 99 85

20 98 91 98 80

30 96 84 97 64

60 95 82 99 70

90 96 80 99 69

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de armazenamento. A partir de 20 dias, verifica variações significativas entre os períodos de condicionamento, porém observa-se um efeito benéfico do condicionamento por 3, 4 e 5 dias (Tabela 4, Figura 4).

TABELA 4. Germinação de sementes de alface, cultivares Brasil 303 e Elisa, e desdobramento da interação entre períodos de armazenamento, após o condicionamento osmótico e de condicionamento.

Períodos de armazenamento (dias)

zero 10 20 30 60 90

Período de condicionamento (dias)

... Germinação (%) ...

... Brasil 303 ...

zero 98 97 95 97 86 92

3 98 97 95 98 90 89

4 98 96 95 88 88 95

5 94 94 93 89 89 90

6 97 94 94 78 90 76

... Elisa ...

zero 89 93 86 71 82 73

3 93 94 94 80 92 89

4 89 92 95 90 86 85

5 95 93 83 84 84 87

6 89 90 88 80 81 85

Germ (%) = 98,9698+1,34803*(TC)-0,385239*(TC^2)-0,244269*(TA)-0,001585*(TA^2)

Germ (%)=87,6419+4,55756*(TC)-0,686916*(TC^2)-0,292293*(TA)+0,00225011*(TA^2)

FIG. 3. Porcentagem de germinação de sementes de alface, cultivar Brasil 303, em função do período de condicio- namento osmótico com Manitol (dias) e do período de armazenamento (dias).

FIG. 4. Porcentagem de germinação de sementes de alface, cultivar Elisa, em função do período de condicio- namento osmótico com Manitol (dias) e do período de armazenamento (dias).

Em geral, para os dois cultivares observou-se que o con- dicionamento osmótico trouxe vantagem quanto a germina- ção, mas apenas nos lotes de menor vigor. Esses dados com- provam as observações feitas por Heydecker & Coolbear

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CONCLUSÃO

! A resposta de sementes de alface ao condicionamento osmótico varia em função do cultivar, do nível de vigor das sementes e do período de embebição na solução de manitol;

! efeitos benéficos do tratamento de condicionamento osmótico só foram constatados para o cultivar Elisa.

REFERÊNCIAS

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BRADFORD, K.J. Water relations in seed germination. In: KIGEL, J. & GALILI, G. (eds.). Seed development and germination.

New York: Marcel Dekker, 1995. p.351-396.

BRADFORD, K.J. Manipulation of seed water relations via osmotic priming to improve germination under stress conditions.

Hortscience, Alexandria, v.21, n.5, p.1105-1112, 1986.

BRASIL. Ministério da Agricultura e da Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV, 1992. 365p.

DAHAL, P. & BRADFORD, K.J. Effects of priming and endosperm integrity on seed germination rates of tomato genotypes. II Germination at reduced water potential. Journal of Experimental Botany, Oxford, v.41, n.232, p.1441-1453, 1990.

EIRA, M.T.S. & MARCOS-FILHO, J. Condicionamento osmótico de sementes de alface. I. Efeitos sobre a germinação. Revista Brasileira Sementes, Brasília, v.12, n.1, p.9-27, 1990.

GUEDES, A.C. The use of seed priming to hasten germination of lettuce seeds at high temperature. Gainesville: University of Florida, 1979. 169p. (Tese Doutorado).

GEORGHIOU, K.; PSARAS, G. & MITRAKOS, K. Lettuce endosperm structural changes during germination under different light, temperature, and hydration conditions.

Botanical Gazette, Chicago, v.144, n.2, p.207-211,1983.

HEYDECKER, W. & COOLBEAR, P. Seed treatments for improved performance survey and attempted prognosis. Seed Science and Techology, Zürich, v.5, n.2, p.353-425, 1977.

KHAN, A.A. Preplant physiological seed conditioning. In: JANICK, J. (ed.). Horticultural reviews. New York: John Wiley, 1992.

v.13, p.131-173.

POPINIGIS, F. Fisiologia da semente. Brasília: AGIPLAN, 1977.

289p.

TARQUIS, A.M. & BRADFORD, K.J. Prehydration and priming treatments that advance germination also increase the rate of deterioration of lettuce seed. Journal of Experimental Botany, Oxford, v.43, n.248, p.307-317, 1992.

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(1997), de que os lotes com qualidade fisiológica diferente, respondem diferentemente ao condicionamento osmótico e ressaltam a importância de se relacionar as vantagens do con- dicionamento osmótico à qualidade fisiológica das sementes.

Os resultados indicam que a qualidade fisiológica das sementes dos diferentes tratamentos decresceu com o decor- rer do armazenamento, ocorrendo uma possível reversão do tratamento, ou mesmo deterioração das sementes em função do período de armazenamento. Dados similares foram relata- dos por Tarquis & Bradford (1992).

Parece evidente, também, que ao se estudar o condicio- namento osmótico, o cultivar em questão é um fator impor- tante a ser considerado.

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