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VINTE TODO DIA GABARITO COMENTADO 16

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Academic year: 2022

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VINTE

TODO DIA

GABARITO COMENTADO 16

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GABARITO COMENTADO

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GABARITO COMENTADO

GABARITO COMENTADO DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Pontos abordados:

14. Competência. 14.1 Disposições gerais. 14.2 Da modificação da competência. 14.3 da incompetência 15 Atos processuais. 15.1 Forma dos atos. 15.2 Tempo e lugar. 15.3 Prazos. 15.4 Comunicação dos atos processuais. 15.5 Nulidades. 15.6 Distribuição e registro. 15.7 Valor da causa.

16 Tutela provisória.

QUESTÃO GABARITO

1 D

2 A

3 B

4 D

5 D

6 ERRADO

7 ERRADO

8 CERTO

9 ERRADO

10 E

11 B

12 B

13 A

14 C

15 D

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GABARITO COMENTADO

16 CERTO

17 CERTO

18 ERRADO

19 ERRADO

20 CERTO

6 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

QUESTÃO 1

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto Em matéria de competência, é correto afirmar:

a) a regra de competência estabelecida para quando o réu for incapaz, conforme critério territorial, é inderrogável e sua inobservância gera incompetência absoluta.

ERRADO.

De acordo com o art. 50, do NCPC o foro competente para julgar ação em que o incapaz for réu é o do domicílio de seu representante legal ou assistente. Trata-se de competência territorial, o que configura competência relativa, desse modo sua inobservância gera nulidade relativa. Errado, portanto, a alternativa A.

“O foro privilegiado do incapaz, nos termos do art. 98 do CPC/1973 (art. 50 do NCPC), é de competência relativa (AgRg no AREsp 332.957/GO, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/08/2016, DJe 08/08/2016).

Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.

Os critérios de competência apontados pela doutrina são:

a) critério funcional ou hierárquico (ratione personae): a competência é fixada em razão da pessoa (parte). É uma competência absoluta. Ex: competência da Justiça Federal para apreciar causas em que a União é parte.

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b) critério material (ratione materiae): a competência é fixada em razão da matéria (causa de pedir). É uma competência absoluta. Ex: ação para corrigir registro público – competência da vara da de registro público.

c) critério valorativo (ratione valoris): leva em consideração do valor da causa. É uma competência relativa.

d) critério territorial (rationi loci): define-se a competência de acordo com o local onde deve- se processar é causa. Em regra é relativa, mas existem hipóteses de competência territorial absoluta, vejamos:

1) o NCPC em seu art. 47 prevê situações em que a competência territorial é absoluta:

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.

§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.

§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

E o que está fora desse rol, isto é, quando a competência territorial para ações fundadas em direito real sobre imóvel será relativa? Usufruto, enfiteuse, direito de superfície.

2) o foro do local do dano para a Ação Civil Pública (a lei de ACP chamou de competência funcional):

Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.

O ECA, em seguida, corrigiu o equívoco não chamando de competência funcional, mas deixou claro que a competência seria absoluta nesse caso:

Art. 209, do ECA - As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas a competência da Justiça Federal e a competência originária dos tribunais superiores.

3) O Estatuto do Idoso também previu competência absoluta:

Art. 80 - As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.

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GABARITO COMENTADO

Crítica da doutrina: Aqui a competência não se restringe às ações coletivas, alcançando as individuais. Dessa forma, mesmo se o idoso não quiser a competência legal determinada, nada poderá fazer, por se tratar de competência absoluta. Essa não é a regra dentre as competências relativas para proteção da pessoa, vide competência para alimentos, para o consumidor. A regra é que o ordenamento dê ao tutelado o direito de escolha, e não a obrigatoriedade em seu favor. Isso é uma ofensa à dignidade do idoso, pois parte da premissa que o idoso não saberia escolher o que lhe seria mais favorável.

Por isso a doutrina afirma que essa competência territorial absoluta estaria restrita às causas coletivas. Para causas individuais, seria apenas relativa. Veja-se: I) Ação de alimentos (foro do domicílio do alimentando); II) Causa que envolvem o direito do consumidor (foro do domicílio do consumidor – art. 101, I, do CDC); III) Idoso no plano individual(foto do lugar de residência do idoso – art. 53, III, “e”, do NCPC).

Os critérios funcional (ou hierárquico) e material são de competência absoluta, uma vez que tutelam o interesse público, ao passo que os critérios valorativo e territorial são de competência relativa, pois mais tendentes a acobertar o interesse particular de uma das partes.

Tanto a incompetência absoluta, quanto a relativa, são arguidas em preliminar de contestação de acordo com o caput do art. 64, do NCPC.

Caso não alegada a incompetência relativa, ocorre o fenômeno da prorrogação da competência, tornando-se competente o juízo que até então era incompetente.

b) para ação fundada em direito real, em regra, será competente o foro da situação da coisa, móvel ou imóvel.

ERRADO.

A alternativa está errada, pois o NCPC prevê competência distinta em caso de ação de ação fundada em direito real sobre bem móvel e sobre bem imóvel. No caso de direito real sobre bem móvel a competência será firmada de acordo com o domicílio do réu, já no caso de direito real sobre bem imóvel a competência será do foro da situação da coisa.

#ATENÇÃO: em que pese se tratar de competência territorial, no caso de direito real sobre bem imóvel fala-se em competência absoluta, pois só é possível optar por outro foro caso o litígio não recaia sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova, nos termos do §1º do art. 47, do NCPC.

Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em

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GABARITO COMENTADO

regra, no foro de domicílio do réu.

(...)

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.

§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.

§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

c) no cumprimento de precatória, se o juiz deprecado reconhecer sua incompetência territorial, deverá devolver a carta ao juiz deprecante.

ERRADO.

Devido ao caráter itinerante da carta, é possível que o juiz deprecado ao reconhecer sua incompetência territorial encaminhe a carta a juízo diverso, a fim de que o ato seja praticado. Nesse caso deve haver imediatamente comunicação ao órgão expedidor.

Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.

Parágrafo único. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão expedidor, que intimará as partes.

d) na execução fundada em título extrajudicial, é concorrentemente competente o foro da situação dos bens sujeitos a constrição.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete o inciso I, do art. 781, do NCPC, que prevê competência concorrente entre o foro de domicílio do executado, o foro de eleição constante do título ou, ainda, o foro de situação dos bens a ela sujeitos, para as execuções fundadas em título extrajudicial.

Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:

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I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;

II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;

III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;

IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;

V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.

GABARITO: LETRA D.

QUESTÃO 2

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-MT Prova: VUNESP - 2018 - TJ-MT - Juiz Substituto

As tutelas provisórias têm como objetivo minimizar as consequências nefastas que o tempo do processo pode causar no direito da parte. No entanto, sua efetivação poderá causar prejuízos à parte adversa.

A respeito do tema, assinale a alternativa correta:

a) A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.

CERTO.

Nos termos do parágrafo único do art. 302, a indenização será liquidada nos próprios autos, sempre que possível.

Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:

I - a sentença lhe for desfavorável;

II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;

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GABARITO COMENTADO

III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;

IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.

Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.

b) A sentença que reconhece a prescrição ou decadência da pretensão do autor não tem o condão de gerar a responsabilidade daquele que se beneficiou da efetivação da tutela de urgência.

ERRADO.

A sentença que reconhece a prescrição ou decadência possui sim o condão de gerar a responsabilidade do que se beneficiou da efetivação da tutela, nos termos do art. 302, inciso IV, do NCPC, acima transcrito.

“A Segunda Seção do STJ é firme no entendimento de que os danos decorrentes da execução de tutela antecipada, assim como de tutela cautelar e execução provisória, são disciplinados pelo sistema processual vigente, independentemente da análise sobre culpa da parte, ou se esta agiu de má-fé (REsp 1767956/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/10/2018, DJe 26/10/2018)”.

c) Por se tratar de dano decorrente de decisão judicial, não há que se falar em responsabilidade pela efetivação da tutela provisória de urgência, salvo em caso de culpa do requerente.

ERRADO.

De acordo com a redação do art. 302, do NCPC e com a doutrina não se exige demonstração de culpa para a condenação daquele que se beneficiou de tutela de urgência posteriormente revogada nas hipóteses previstas nos incisos I a IV, do art. 302, do NCPC.

d) A responsabilidade do requerente pela efetivação da tutela provisória que ao final do processo foi cassada é subjetiva, depende de apuração da culpa e do prejuízo, devendo ser realizada em autos apartados.

ERRADO.

Inicialmente a alternativa está errada, pois não há responsabilidade subjetiva, mas sim responsabilidade processual objetiva: não se exige demonstração de culpa, bastando a existência do dano. Outrossim, também não deve ser realizada em autos apartados em regra. Sempre que possível será liquidada no mesmo processo em que a medida tiver sido concedida.

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GABARITO COMENTADO

e) O prejudicado pela tutela de urgência infundada necessita propor ação de indenização contra o requerente para obter o reconhecimento de seu direito e a condenação do responsável.

ERRADO.

De acordo com a redação do art. 302, do NCPC, e de acordo com o entendimento jurisprudencial não se exige o ajuizamento de ação autônoma de indenização. A indenização deverá sempre que possível ser liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida.

#DIZERODIREITO: O autor ingressa com uma ação e pede a tutela de urgência. O juiz defere. Na sentença, o juiz julga improcedente a demanda e revoga a tutela de urgência.

Ocorre que a tutela de urgência causou danos morais e materiais ao réu.

O autor da ação tem a responsabilidade objetiva de indenizar o réu quanto a esses prejuízos, independentemente de pronunciamento judicial e pedido específico da parte interessada.

STJ. 4ª Turma. REsp 1191262-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/9/2012.

Para que haja essa indenização é necessária a prova de culpa ou de má-fé do autor da ação (beneficiado pela tutela antecipada)?

NÃO. Para que haja a reparação dos danos causados por uma tutela antecipada que depois foi revogada não é necessária a discussão de culpa da parte ou se esta agiu de má-fé. Para que a indenização seja devida basta a existência do dano. Trata-se de responsabilidade processual objetiva. Se ficar provado que o autor da demanda agiu de forma maliciosa ou temerária, ele deverá, além de indenizar o réu, responder por outras sanções processuais previstas nos arts. 79, 80 e 81 do CPC.

Essa indenização pode ser fixada pelo juiz de ofício, ou seja, mesmo sem requerimento da parte prejudicada?

SIM. Para o STJ a obrigação de indenizar o dano causado pela execução de tutela antecipada posteriormente revogada é consequência natural da improcedência do pedido. Trata-se de um efeito secundário automático da sentença, produzido por força de lei. Assim, não depende de pedido da parte e nem mesmo de pronunciamento judicial.

Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/136f951362dab62e64eb8e841183c2a9>.

GABARITO: LETRA A.

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QUESTÃO 3

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto Relativamente à comunicação dos atos processuais, é correto afirmar:

a) se não for comunicada modificação de endereço da parte, a lei presume válida a intimação feita naquele constante dos autos, exceto quando se tratar de mudança temporária.

ERRADO.

Mesmo que se trate de mudança temporária, se não for comunicada a modificação do endereço da parte, presume-se válida a intimação feita no endereço constante dos autos, nos termos do art.274, parágrafo único, do NCPC.

Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.

Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.

b) a lei faculta ao advogado promover a intimação do colega adversário, desde que o faça pelo correio.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete o teor do §1º, do art. 269, do NCPC.

Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.

§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.

c) a intimação feita ao ensejo da retirada dos autos de cartório é inválida se a carga for feita por quem não seja advogado investido de mandato.

ERRADO.

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GABARITO COMENTADO

A alternativa está errada, pois o §6º do art. 272 prevê que a retirada dos autos do cartório por pessoa credenciada a pedido do advogado implica intimação de qualquer decisão contida nos autos retirados, ainda que pendente de publicação. Assim verifica-se que é possível que a intimação ocorra mesmo que a carga não seja feita pelo advogado investido de mandato.

Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.

(...)

§ 6º A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.

d) é vedado que, na intimação dirigida ao advogado, figure apenas o nome da sociedade a que pertença.

ERRADO.

A alternativa está errada, pois o §2º do art. 272 abre a possibilidade de que as intimações sejam feitas em nome da sociedade de advogados, desde que haja requerimento do advogado nesse sentido.

Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.

(...)

§ 2º Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.

GABARITO: LETRA B.

QUESTÃO 4

Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PGM - João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - PGM - João Pessoa - PB - Procurador do Município

Gabriel e Mateus envolveram-se em uma colisão no trânsito com seus respectivos veículos.

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GABARITO COMENTADO

Como eles não chegaram a um acordo, Mateus decidiu ingressar com ação judicial contra Gabriel. Conforme o Código de Processo Civil, o foro competente para processar e julgar a referida demanda é o do:

a) domicílio de Gabriel.

b) domicílio de Gabriel ou do local do fato.

c) domicílio de Gabriel ou de Mateus.

d) domicílio de Mateus ou do local do fato.

e) local de registro do veículo de Mateus.

#COMENTÁRIOS:

Regra de competência bastante cobrada em prova de concursos é a que envolve acidente de veículos automotores. De acordo com o art. 53, inciso V, do NCPC, há competência concorrente do entre o domicílio do autor da ação e do local do fato, essa prerrogativa foi prevista pelo código com o intuito de facilitar o acesso à justiça ao jurisdicionado, vítima do acidente.

#SELIGANAJURIS:

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ILÍCITO CIVIL. COMPETÊNCIA. FORO DO DOMICÍLIO DO AUTOR. ART. 100, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. PRECEDENTES.

1. A jurisprudência desta Corte sedimentou-se no sentido de que o art. 100, parágrafo único, do CPC abrange tanto os ilícitos de natureza penal quanto de natureza civil – como no caso vertente –, facultando ao autor propor a ação reparatória no local em que se deu o ato ou fato, ou no foro de seu domicílio.

2. “É digno de lembrança o fato de que dificultaria sobremaneira a defesa do recorrido exigir que ele travasse relação jurídica processual em outra comarca que não a de seu domicílio. É preciso pensar e trabalhar o Direito com atenção às situações da vida cotidiana, sincronizando-os, e não criando distanciamento entre eles. A norma que obriga a vítima de ato ilícito civil a litigar em comarca outra que não a de seu domicílio não atende aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa” (AgREsp 1.033.651/

RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 24.11.08).

3. Recurso especial não provido.

(2ª Turma, REsp. 1.180.609, rel. Ministro Castro Meira, DJe) Nas palavras de Márcio Cavalcante:

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GABARITO COMENTADO

Em regra, a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta no foro de domicílio do réu (art. 46). Assim, em regra, uma ação de indenização proposta por alguém que mora em São Paulo (SP) contra outra pessoa que mora em Florianópolis (SC) deverá ser ajuizada capital catarinense, domicílio do réu.

Como exceção a essa regra, o art. 53, V prevê que, nas ações de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.

Essa exceção foi prevista pelo legislador como uma forma de facilitar o acesso à justiça ao jurisdicionado, vítima do acidente.

Veja o que diz a doutrina:

“Dada a grande extensão territorial do País, veículos pertencentes a pessoa residente em um local causam dano em acidente ocorrido em outro, a centenas ou milhares de quilômetros. A regra geral do foro do domicílio do réu não era capaz de atender às necessidades surgidas dessa nova fonte de demandas, porque a vítima tinha de ajuizar sua ação em distantes comarcas, longe do seu domicilio e do local do fato.” (Comentários ao Código de Processo Civil. Vol. I, 13ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 351)

Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e1054bf2d703bca1e8fe101d3ac5efcd>.

Logo, verifica-se que a resposta correta é a letra D, pois contempla o domicílio de Mateus, autor da ação, e o local do fato.

GABARITO: LETRA D.

QUESTÃO 5

Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual - Gestão Tributária (Prova 3)

Em relação aos prazos processuais, considere:

I. Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

II . Ao juiz é defeso reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.

III . Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.

IV. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias o prazo para a

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GABARITO COMENTADO

prática de ato processual a cargo da parte.

Está correto o que se afirma em:

I. Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

ERRADO.

O NCPC deixou claro que não há intempestividade no ato praticado antes do termo inicial.

Abandonou-se, portanto, a ideia de extemporaneidade do ato praticado antes do início do seu prazo.

Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

(...)

§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

II. Ao juiz é defeso reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.

CERTO.

A assertiva está correta, pois reflete a redação do §1º, do art. 222, do NCPC.

Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.

§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.

III. Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.

CERTO.

A assertiva está correta, pois reflete a redação do §1º, do art. 218, do NCPC.

Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.

IV. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

CERTO.

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GABARITO COMENTADO

A assertiva está correta, pois reflete a redação do §3º, do art. 218, do NCPC.

§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

GABARITO: LETRA D. II, III e IV, apenas.

QUESTÃO 6

Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual

Acerca de normas processuais, atos processuais, tutela provisória e atuação do Ministério Público no processo civil, julgue o item subsequente:

A concessão de tutela provisória, em qualquer de suas modalidades previstas no Código de Processo Civil, depende da demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo judicial.

#COMENTÁRIOS:

A assertiva está errada, pois a tutela da evidencia não exige a demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

GABARITO: ERRADO.

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20 TODO DIA

GABARITO COMENTADO

4 QUESTÕES DO BANCO CICLOS

QUESTÃO 7

Regina, mãe de Antônio e Márcio, faleceu, deixando como herança uma casa no município de São José dos Campos - SP. Tendo em vista que Antônio e Márcio moram em Portugal, decidiram ajuizar neste país o inventário. Não houve nenhum equívoco no ajuizamento da ação.

#COMENTÁRIOS:

O art. 23, NCPC prevê os casos em que a jurisdição brasileira é competente com exclusão de qualquer outra. Assim, eventual sentença estrangeira não poderá produzir seus efeitos no território nacional, pois não há como homologá-la. São casos de:

a) imóveis situados no Brasil - não se pode permitir que uma sentença estrangeira possa atingir bens de raiz situados em nosso território sob pena de ofender a soberania nacional. A demanda pode ser tanto de natureza real como pessoal;

b) inventário e partilha de bens situados no Brasil, bem como testamento particular - mesmo que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido no exterior;

c) divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável em que haja bens no Brasil – mesmo que o titular desses bens seja estrangeiro ou tenha domicílio fora do Brasil.

#COLANARETINA:

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:

I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;

III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.

Ante o exposto, verifica-se que a alternativa está errada, pois por se tratar de imóvel situado no Brasil o foro competente é o brasileiro.

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GABARITO COMENTADO

GABARITO: ERRADO.

QUESTÃO 8

A prorrogação da competência ocorre quando a parte deixa de arguir a incompetência relativa em preliminar de contestação, sendo seu ônus. É tácita, pois a prorrogação é fruto de uma omissão do réu.

#COMENTÁRIOS:

A competência relativa foi instituída para atender o interesse das partes. O objetivo é proporcionar que a parte não tenha dificuldade em exercer o seu direito de defesa em decorrência da dificuldade de acesso ao foro do juízo quando não devidamente condicionado. Por isso, foge da esfera de interesse do Estado, não podendo ser conhecida de ofício.

#DEOLHONASÚMULA: Súmula 33, STJ – A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.

A incompetência relativa no regime anterior era arguida por meio de exceção de incompetência, que, não sendo oposta, acarretava a prorrogação da competência, sendo, pois, meio tácito da prorrogação.

Consoante dispõe o art. 337, II, CPC, a incompetência relativa deve ser alegada agora em preliminar de contestação, não mais havendo previsão da apresentação da exceção. Nada obstante, a consequência da não alegação pela parte se manteve: não alegando a incompetência, esta será prorrogada.

GABARITO: CERTO.

QUESTÃO 9

A tutela cautelar tem como característica a temporariedade a cognição exauriente.

#COMENTÁRIOS:

A assertiva está errada, pois a cognição não é exauriente, mas sim sumária na tutela cautelar. A tutela cautelar é regida pelas seguintes características:

AUTONOMIA: A tutela cautelar, apesar de voltada à tutela do processo principal, tem individualidade e finalidade próprias. Quando se fala em autonomia, objetiva referir-se à finalidade da medida. A tutela cautelar possui identidade própria, finalidade específica e autonomia procedimental, pois alberga situações

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GABARITO COMENTADO

de emergência, vedadas no rito comum.

ACESSORIEDADE: A cautelar não pode existir por si mesa, por ser vedada sua natureza satisfativa.

O resultado buscado é a segurança, a proteção do provimento principal. Assim, aquilo que se pede na tutela cautelar não pode alcançar previamente aquilo que constitui o provimento final, pois isso pertence às tutelas antecipadas satisfativas. Portanto, a cautelar é apresentada ao processo, ficando a ele ligado.

Ademais, a extinção do pedido principal sempre implica a extinção da cautelar, em decorrência da carência de ação superveniente, pois a sentença da cautelar não faz sentido isoladamente, mas sim como forma de proteção de outro provimento, este sim definitivo.

DUPLA INSTRUMENTALIDADE: A instrumentalidade não é uma característica exclusiva das cautelares, uma vez que o processo é sempre meio de se atingir um fim. A nota característica da cautelar reside no aspecto que sua instrumentalidade não presta ao direito material, mas ao próprio processo que confere este direito. Daí por que na concepção de Carnelutti o processo principal serve à tutela do direito material e o cautelar à tutela do processo.

URGÊNCIA: É pressuposto indispensável à concessão das medidas cautelares. Sempre que houver a existência de uma situação de risco a pessoas e coisas objetivadas no pedido principal.

SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO: Existem dois tipos de sumariedade: a formal e a substancial. A formal caracteriza-se por uma abreviação de rito, ou seja, um procedimento mais enxuto. Já a sumariedade substancial é a cognição do magistrado que não se funda num juízo de certeza, mas de probabilidade.

AUSÊNCIA DE COISA JULGADA MATERIAL: Coisa julgada é o fenômeno ligado às sentenças de mérito proferidas em cognição exauriente. No âmbito da cautelar não se definem nem se satisfazem direitos no plano do mérito, mas exclusivamente se verifica a existência ou não da situação de perigo apresentada. #DEOLHONOGANCHO: Exceção à regra – art. 310, CPC – apenas o indeferimento por prescrição ou decadência gera coisa julgada material.

TEMPORARIEDADE: A decisão cautelar assume feição provisória. A eficácia da medida provisória já nasce com previsão do seu termo final, pois apenas durará enquanto perdurar a necessidade de se tutelar o risco do dano.

#JÁCAIU. PROCURADOR DO ESTADO. PGE-AM. CESPE. 2016.

Acerca de tutela provisória, cumprimento de sentença e processos nos tribunais, julgue o item a seguir.

A tutela provisória antecipada poderá ser concedida em caráter antecedente, liminarmente e incidentalmente a qualquer tempo, ao passo que a tutela provisória cautelar só poderá ser concedida em caráter antecedente.

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GABARITO COMENTADO

Resposta: ERRADO.

#JÁCAIU. PROMOTOR DE JUSTIÇA. MP-RR. CESPE. 2017.

De acordo com expressa previsão do CPC, o fenômeno processual denominado estabilização da tutela provisória de urgência aplica-se apenas à tutela

a) cautelar, requerida em caráter antecedente.

b) antecipada, incidental ou antecedente.

c) cautelar, incidental ou antecedente.

d) antecipada, requerida em caráter antecedente.

Resposta: letra “D”.

GABARITO: ERRADO.

QUESTÃO 10

Assinale a alternativa incorreta de acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores e com as disposições do Código de Processo Civil de 2015:

a) As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações, só produzindo efeito, porém, quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação do §1º do art. 63, do NCPC.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.

b) Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

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GABARITO COMENTADO

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação do §1º do art. 300, do NCPC.

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

c) O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação do art. 310, do NCPC.

Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.

d) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação do art. 48, do NCPC.

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

e) É permitida a aplicação da teoria da causa madura em julgamento de agravo de instrumento e de recurso especial.

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GABARITO COMENTADO

ERRADO.

Admite-se a aplicação da teoria da causa madura (art. 515, § 3º, do CPC/1973 / art. 1.013, § 3º do CPC/2015) em julgamento de agravo de instrumento. STJ. Corte Especial. REsp 1215368-ES, Rel. Min.

Herman Benjamin, julgado em 1/6/2016 (Info 590).

Por sua vez, não é possível a aplicação da teoria da causa madura em recurso especial. STJ. 2ª Turma.

REsp 1569401/CE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 08/03/2016.

Logo a alternativa está errada.

GABARITO: LETRA E.

5 QUESTÕES INÉDITAS MULTIPLA ESCOLHA

QUESTÃO 11

João, com 17 anos de idade, mora em Maceió-AL e Maria, sua mãe, em João Pessoa-PB. Em viagem de férias para Recife-PE, João assistido por sua mãe compra um cachorro de Marcos pelo valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Houve a entrega do cachorrinho, mas de forma injustificada no dia marcado para efetuar o pagamento este não foi realizado. O contrato de compra e venda não previu foro de eleição. Dessa forma, a ação de cobrança a ser ajuizada por Marcos em face de João terá por competente o foro da comarca de:

a) Maceió, por ser o domicílio do incapaz.

b) João Pessoa, por ser o domicílio da assistente.

c) Maceió ou João Pessoa, em competência concorrente.

d) Maceió, João Pessoa ou Recife em competência concorrente.

e) Recife, por ser o local onde foi realizado o contrato.

#COMENTÁRIOS:

O foro competente será João Pessoa, pois é o domicilio da mãe do incapaz, que é a assistente deste.

Aplica-se o art. 50, do NCPC.

Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou

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GABARITO COMENTADO

GABARITO: LETRA B.

QUESTÃO 12

Mário, domiciliado em Porto Alegre-RS, alugou um carro da locadora LOCMAIS, pessoa jurídica com sede em Belo Horizonte-MG, para se locomover. Durante o uso do carro alugado sofreu um acidente causado por Joana, também domiciliada em Porto Alegre, que distraída, conversando no Whatsapp, não percebeu que o carro de Mário bem a sua frente estava parado. Mário tirou fotos dos danos causados, fez um boletim de ocorrência e repassou para a locadora, devolvendo em seguida o carro. A locadora LOCMAIS ingressou com uma ação contra Joana cobrando a reparação dos danos causados. Nesse caso, o foro competente para o julgamento da ação é:

a) Porto Alegre, uma vez que é o domicílio de Mário, vítima do acidente.

b) Porto Alegre, uma vez que é o domicílio de Joana, ré da ação.

c) Minas Gerais, uma vez que é o domicílio da LOCMAIS, autora da ação.

d) Minas Gerais, uma vez que é o domicílio da LOCMAIS, autora da ação, ou Porto Alegre, uma vez que é o local onde ocorreu o fato.

Comentários:

O art. 53 prevê uma regra especial para ação de reparação por dano sofrido em razão de acidentes de veículos, dando a opção ao autor de ajuizar a ação no seu domicilio ou no local do fato, como uma forma de facilitar o seu acesso à justiça.

Art. 53. É competente o foro:

(...)

V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

Há, portanto, uma exceção à regra geral que prevê que a ação fundada em direito pessoal é proposta no foro de domicilio do réu.

Todavia, no caso de carro alugado, sendo a ação ajuizada pela locadora de veículos, decidiu o STJ que a regra acima não se aplica, pois haveria um privilegio não razoável em favor de uma empresa especializada e aparelhada, em detrimento de pessoas que terão sérias dificuldades de se defender em

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GABARITO COMENTADO

outros Estados.

Desse modo, a alternativa correta para a questão é a letra B, pois aplica-se a regra geral de competência.

#DIZERODIREITO:

A competência para julgar ação de reparação de dano sofrido em razão de acidente de veículos é do foro do domicílio do autor ou do local do fato (art. 53, V, do CPC/2015). Contudo, essa prerrogativa de escolha do foro não beneficia a pessoa jurídica locadora de frota de veículos, em ação de reparação dos danos advindos de acidente de trânsito com o envolvimento do locatário. STJ. 4ª Turma. EDcl no AgRg no Ag 1366967-MG, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 27/4/2017 (Info 604).

Imagine a seguinte situação hipotética:

Pedro, que reside em Fortaleza (CE), estava com seu veículo no conserto e, por isso, alugou um carro para realizar suas atividades.

Determinado dia, voltando do trabalho, acabou sendo atingido na traseira por outro veículo, conduzido por João, que não viu o semáforo fechar.

Pedro tirou fotos da batida, fez um boletim de ocorrência pela internet e repassou tudo para a locadora.

Cerca de dois meses depois, João, causador do acidente, recebeu uma citação, em sua casa, em Fortaleza, a respeito de uma ação proposta pela locadora cobrando o conserto do veículo.

O susto de João foi ainda maior quando ele viu de onde veio a citação. Isso porque a locadora propôs a ação em Belo Horizonte (MG), local onde funciona a sua sede principal da pessoa jurídica.

O argumento da locadora para propor a ação em Belo Horizonte (MG), e não em Fortaleza (CE), foi o art. 53, V, do CPC/2015:

Art. 53. É competente o foro:

(...)

V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

A tese da locadora, quanto à competência, foi acolhida pelo STJ? Aplica-se, neste caso, o art. 53, V, do CPC/2015?

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GABARITO COMENTADO

NÃO.

A prerrogativa de escolha do foro, estabelecida no art. 53, V, do CPC/2015, não beneficia pessoa jurídica locadora de frota de veículos, em ação de reparação dos danos advindos de acidente de trânsito com o envolvimento do locatário.

STJ. 4ª Turma. STJ. 4ª Turma. EDcl no AgRg no Ag 1.366.967-MG, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 27/4/2017 (Info 604).

Razão de ser do art. 53, V, do CPC/2015

Em regra, a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta no foro de domicílio do réu (art. 46). Assim, em regra, uma ação de indenização proposta por alguém que mora em São Paulo (SP) contra outra pessoa que mora em Florianópolis (SC) deverá ser ajuizada capital catarinense, domicílio do réu.

Como exceção a essa regra, o art. 53, V prevê que, nas ações de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.

Essa exceção foi prevista pelo legislador como uma forma de facilitar o acesso à justiça ao jurisdicionado, vítima do acidente.

Veja o que diz a doutrina:

“Dada a grande extensão territorial do País, veículos pertencentes a pessoa residente em um local causam dano em acidente ocorrido em outro, a centenas ou milhares de quilômetros. A regra geral do foro do domicílio do réu não era capaz de atender às necessidades surgidas dessa nova fonte de demandas, porque a vítima tinha de ajuizar sua ação em distantes comarcas, longe do seu domicilio e do local do fato.” (Comentários ao Código de Processo Civil. Vol. I, 13ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 351)

Benefício do art. 53, V, do CPC/2015 não deve ser aplicado para empresas locadoras de veículos.

Como a locadora de veículos pode alugar carros que irão circular por todo o país, é algo normal ao negócio que possam ocorrer acidentes em qualquer parte do território nacional.

Assim, se fosse permitido que a autora propusesse a ação sempre no seu domicílio, haveria uma deturpação do objetivo da norma. Haveria um privilégio não razoável em favor de uma empresa especializada e aparelhada, em detrimento de pessoas que terão sérias dificuldades de se defender em outros Estados.

A escolha dada ao autor de ajuizar a ação de reparação de dano decorrente de acidente de veículos é exceção à regra geral de competência, definida pelo foro do domicílio do réu. Não se pode dar à

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GABARITO COMENTADO

exceção interpretação tão extensiva a ponto de subverter o escopo da regra legal, especialmente quando importar em privilégio à pessoa jurídica cujo negócio é alugar veículos em todo território nacional em detrimento da defesa do réu pessoa física.

Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e1054bf2d703bca1e8fe101d3ac5efcd>.

GABARITO: LETRA B.

QUESTÃO 13

A respeito dos prazos processuais assinale a alternativa errada:

a) os prazos processuais são interrompidos no período compreendido entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.

ERRADO. Cuidado! Não confundir! Os prazos processuais são suspensos, e não interrompidos, no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro.

b) o juiz proferirá decisões interlocutórias no prazo de 10 dias.

CORRETA. A alternativa reflete a redação do inciso II do art. 226, do NCPC.

Art. 226. O juiz proferirá:

I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;

II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;

III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.

c) litisconsortes com advogados distintos, que não façam parte do mesmo escritório, fazem jus ao prazo em dobro.

CORRETA. A alternativa reflete a redação do inciso II do art. 229, do NCPC. A exigência de os advogados serem de escritórios distintos foi uma novidade trazida pelo NCPC.

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal,

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GABARITO COMENTADO

d) não devolvidos os autos de um processo no prazo legal, deverá ser intimado o advogado, o qual não devolvendo os autos no prazo de 03 dias, perderá o direito à vista fora do cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário mínimo.

CORRETO. A alternativa está correta, pois reflete a redação do §2º, do art. 234, do NCPC.

Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.

§ 1º É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.

§ 2º Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.

§ 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa.

§ 4º Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.

e) o juiz poderá corrigir de ofício o valor da causa.

CORRETO. É sim possível que o juiz corrija de ofício o valor da causa, nos termos do §3º, do art.

292, do NCPC.

Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:

(...) § 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.

GABARITO: LETRA A.

QUESTÃO 14

Sobre a tutela provisória assinale a alternativa correta:

a) a tutela provisória uma vez concedida, só pode ser revogada no momento da sentença.

ERRADO.

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20 TODO DIA

GABARITO COMENTADO

A tutela provisória pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo, nos termos do art. 296, do NCPC.

Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

b) a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, só pode ser concedida em caráter incidental.

ERRADO.

A tutela provisória divide-se em tutela de urgência e tutela da evidência. A tutela de urgência divide-se em antecipada e cautelar, e cada uma dessas pode ser requerida tanto em caráter antecedente, quando incidental. Portanto, está errada a alternativa B.

A tutela provisória pode ser satisfativa (quando antecipa provisoriamente a satisfação do direito, a própria efetivação do direito) ou cautelar (quanto antecipa provisoriamente a cautela do direito afirmado, ou seja: assegura a futura satisfação do direito, protegendo-o). A tutela provisória satisfativa (que o legislador chama de tutela antecipada) antecipa os efeitos da tutela definitiva satisfativa, conferindo eficácia imediata ao direito afirmado. Ela pode ser de urgência ou de evidência. A tutela provisória cautelar, por sua vez, somente se justifica diante de uma situação de urgência do direito a ser acautelado, e serve para assegurar a futura eficácia da tutela definitiva satisfativa, na medida em que resguarda o direito a ser satisfeito.

Quanto à tutela da evidência, cumpre esclarecer que a evidência é fato jurídico processual, é o estado processual em que as afirmações de fato estão comprovadas. A evidência pode servir às tutelas definitivas ou provisórias. A evidência se caracteriza com conjugação de dois pressupostos:

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GABARITO COMENTADO

• Provas de alegações de fato;

• Probabilidade de acolhimento da pretensão processual.

Dispensa-se a demonstração de urgência ou perigo. Seu objetivo é redistribuir o ônus que advém do tempo necessário para um transcurso de um processo e a concessão da tutela definitiva (Duração razoável do processo, art. 5°, LXXVIII, CF).

A Tutela de Evidência é uma importante inovação trazida pelo CPC/2015. No entanto, na vigência do CPC anterior, já se observavam provimentos judiciais que antecipavam o bem da vida ao autor da ação sem exigir o periculum in mora como pressuposto, a exemplo da liminar possessória do art. 928 do CPC/73 e dos embargos de terceiro do art. 1.051 do CPC/73. Os incisos I a IV do art. 311 trazem o rol taxativo das espécies de tutela da evidência.

c) nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação o art. 303, do NCPC.

Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.

d) a tutela de urgência de natureza cautelar não pode ser efetivada mediante sequestro.

ERRADO.

A alternativa está errada, pois vai de encontro ao previsto no art. 301, do NCPC.

Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

GABARITO: LETRA C.

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GABARITO COMENTADO

QUESTÃO 15

Sobre a tutela provisória, assinale a alternativa errada:

a) após a estabilização da tutela é possível que qualquer das partes demande a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação o art. 304, §2º, do NCPC.

Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.

§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.

b) a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação o art. 300, §3º, do NCPC.

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

c) a tutela antecipada antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

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GABARITO COMENTADO

CERTO.

A alternativa está correta, pois reflete a redação o art. 304, do NCPC.

A tutela provisória antecipada antecedente foi concebida para aqueles casos em que a situação de urgência já é presente no momento da propositura da ação e, em razão disso, a parte não dispõe de tempo hábil para levantar os elementos necessários para formular o pedido de tutela definitiva, de modo completo e acabado.

Concedida a antecipação de tutela de forma antecedente (tutela provisória de urgência em tom liminar) e o réu, após ser intimado sobre a decisão, permanecer inerte, acarretará a estabilização dos efeitos concedidos em antecipação de tutela, sendo extinto o processo como determina o art. 304, § 1º, do CPC.

E se o réu não recorrer, mas contestar ou pedir suspensão de segurança? Nesse caso, não estabiliza (desde que tempestivamente). Se o juiz concede a medida e o autor não faz o aditamento do art. 303, o que ocorre? Estabiliza.

Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

d) a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, todavia sempre será necessária a oitiva da parte contrária antes de ser concedida a tutela.

ERRADO.

Será possível a concessão da tutela da evidência sem a oitiva da parte contrária quando:

a) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

b) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

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20 TODO DIA

GABARITO COMENTADO

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

GABARITO: LETRA D.

5 QUESTÕES INÉDITAS CERTO/ERRADO

QUESTÃO 16

De acordo com a teoria materialista, existirá conexão se a relação jurídica veiculada nas ações for a mesma, ou se existir entre elas uma vinculação. Essa concepção de conexão recebe o nome de conexão por prejudicialidade e foi expressamente prevista no NCPC.

#COMENTÁRIOS:

A assertiva está correta, pois reflete o teor do §3º, do art. 55, do NCPC. Importante frisar que a doutrina e a jurisprudência entendem que não se trata de uma faculdade o julgamento conjunto no caso em tela.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

(...)

§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

#DIZERODIREITO:

A conexão entre duas causas ocorre quando elas, apesar de não serem idênticas, possuem um vínculo de identidade entre si quanto a algum dos seus elementos caracterizadores. São duas (ou mais) ações diferentes, mas que mantêm um vínculo entre si.

Segundo o texto do CPC 1973, existe conexão quando duas ou mais ações tiverem o mesmo pedido (objeto) ou causa de pedir.

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20 TODO DIA

GABARITO COMENTADO

Quando o juiz verificar que há conexão entre duas causas, ele poderá ordenar, de ofício ou a requerimento, a reunião delas para julgamento em conjunto. Essa é a regra geral, não sendo aplicável, contudo, quando a reunião implicar em modificação da competência absoluta.

O conceito de conexão previsto na lei é conhecido como concepção tradicional (teoria tradicional) da conexão. Existem autores, contudo, que defendem que é possível que exista conexão entre duas ou mais ações mesmo que o pedido e a causa de pedir sejam diferentes. Em outras palavras, pode haver conexão em situações que não se encaixem perfeitamente no conceito legal de conexão. Tais autores defendem a chamada teoria materialista da conexão, que sustenta que, em determinadas situações, é possível identificar a conexão entre duas ações não com base no pedido ou na causa de pedir, mas sim em outros fatos que liguem uma demanda à outra. Eles sustentam, portanto, que a definição tradicional de conexão é insuficiente.

Essa teoria é chamada de materialista porque defende que, para se verificar se há ou não conexão, o ideal não é analisar apenas o objeto e a causa de pedir, mas sim a relação jurídica de direito material que é discutida em cada ação. Existirá conexão se a relação jurídica veiculada nas ações for a mesma ou se, mesmo não sendo idêntica, existir entre elas uma vinculação.

Essa concepção materialista é que fundamenta a chamada “conexão por prejudicialidade”. Podemos resumi-la em uma frase: quando a decisão de uma causa interferir na solução da outra, há conexão.

No caso concreto, havia duas ações: em uma delas o autor (empresa 1) executava uma dívida da devedora (empresa 2). A executada, por sua vez, ajuizou ação declaratória de inexistência da relação afirmando que nada deve para a empresa 1.

Nesta situação, o STJ reconheceu que havia conexão por prejudicialidade e decidiu o seguinte:

“pode ser reconhecida a conexão e determinada a reunião para julgamento conjunto de um processo executivo com um processo de conhecimento no qual se pretenda a declaração da inexistência da relação jurídica que fundamenta a execução, desde que não implique modificação de competência absoluta.”

STJ. 4ª Turma. REsp 1221941-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/2/2015 (Info 559).

Importante. Novidade do CPC 2015:

O CPC 2015 manteve, no caput do art. 55, a definição tradicional de conexão. Veja novamente:

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

No entanto, dando razão às críticas da doutrina, o novo CPC adota, em seu § 3º, a teoria materialista ao prever a conexão por prejudicialidade:

(34)

20 TODO DIA

GABARITO COMENTADO

§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

Voltando ao caso concreto:

No exemplo que dei logo no início desta explicação, a ação declaratória tem por objeto a declaração de inexistência de relação jurídica que fundamenta a execução. Neste caso, recomenda-se a reunião das ações para julgamento em conjunto por identificar-se uma conexão por prejudicialidade.

A ação declaratória negativa serve ao executado como defesa heterotópica e muito se assemelha aos embargos do devedor, que também possuem a mesma natureza declaratória.

Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/09fb05dd477d4ae6479985ca56c5a12d>.

CERTO.

QUESTÃO 17

A previsão no sentido de que serão conservados os efeitos da decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente, aplica-se tanto à hipótese de incompetência absoluta, quanto relativa.

#COMENTÁRIOS:

A assertiva está correta e reflete a redação do §4º do art. 64, do NCPC.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

(...)

§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

CERTO.

QUESTÃO 18

Horácio, idoso, foi ofendido injustamente por Pérola em um supermercado. Em face do constrangimento sofrido resolve ingressar com uma ação de indenização por danos morais contra Pérola. Para o julgamento dessa ação será competente o domicílio de Horácio, nos termos do Estatuto de Idoso.

(35)

20 TODO DIA

GABARITO COMENTADO

#COMENTÁRIOS:

A assertiva está errada, pois o foro competente no caso em tela é o lugar do fato, nos termos do art. 53, IV, a, do NCPC. O foro será o domicilio do idoso apenas nos casos previstos no art. 79, do Estatuto do Idoso.

Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de:

I – acesso às ações e serviços de saúde;

II – atendimento especializado ao idoso portador de deficiência ou com limitação incapacitante;

III – atendimento especializado ao idoso portador de doença infecto-contagiosa;

IV – serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.

Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios do idoso, protegidos em lei.

Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.

Art. 53. É competente o foro:

(...)

III - do lugar:

(...)

e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;

(...)

IV - do lugar do ato ou fato para a ação:

a) de reparação de dano;

b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;

ERRADO.

QUESTÃO 19

Referências

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