• Nenhum resultado encontrado

Universidade Federal de Viçosa

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Universidade Federal de Viçosa"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Universidade Federal de Vi¸cosa

Departamento de Matem´

atica

Lista de Taxas Relacionadas - MAT 140 - ´Impares entre 9 e 23

9 - Uma pessoa que solta um papagaio(uma pipa) segura a corda a 1,5m do solo. A corda ´e liberada a raz˜ao de 0.6 m/s na medida em que o papagaio(a pipa) se move horizontalmente a uma altura de 33,5m. Supondo que a corda fique sempre tensa, determine a taxa na qual o papagaio(a pipa) est´a se movendo no instante em que foram liberados 38m de corda.

Resolu¸c˜ao: Vamos inicialmente identificar os dados do problema (essa ´e a primeira coisa a se fazer em exerc´ıcios de taxas relacionadas). Foram dados a distˆancia entre o in´ıcio da corda (na m˜ao da pessoa) e o ch˜ao que ´e de 1,5m. A distˆancia entre a pipa e o ch˜ao que ´e de 33,5m e tamb´em a varia¸c˜ao no tempo com que a corda ´e liberada da mao da pessoa, que ´e 0,6m/s e se pede a varia¸c˜ao do movimento horizontal da pipa, no tempo.

Como vimos, a segunda parte em resolver problemas de taxas consiste em modelar o problema ”geometricamente” a partir dos dados informados. O modelo geom´etrico aqui, ´e compat´ıvel com um triˆangulo retˆangulo. Vamos denotar por z a fun¸c˜ao que nos d´a a cada tempo t o tamanho de corda entre a mao da pessoa e a pipa (seria a hipotenusa do nosso triˆangulo) e desse modo a frase ”A corda ´e liberada a raz˜ao de 0.6 m/s” ´e descrita como dz

dt = 0, 6m/s. Por x a fun¸c˜ao que nos d´a a cada tempo t a distˆancia entre a pessoa e a proje¸c˜ao vertical da pipa no ch˜ao (ser´a o cateto adjacente do nosso triaˆangulo) — Perceba que ao movimentar-se horizontalmente, estamos variando ”o x no tempo t”, logo estamos interessados em calcular dx

dt, quando z = 38 — O cateto oposto do nosso triˆangulo ser´a (33,5-1,5)m = 32m.

(2)

Por Pit´agoras segue que z2 = x2 + y2. E aqui que vamos derivar em rela¸c˜´ ao ao tempo t,

observando que estamos supondo apenas as varia¸c˜oes de z e x no tempo t enquanto que y que ´e a altura da pipa est´a constante. Logo, dy

dt = 0.

Derivando a igualdade z2 = x2+ y2 (implicitamente) em termos de t, temos:

2zdz dt = 2x dx dt + 2y.0 = 2x dx dt Quando z = 38m devemos saber quanto vale x. Temos,

382 = x2+ 322 ⇒ x =√382− 322 = 2210

Assim, podemos substituir os valores de dz

dt = 0, 6m/s, z = 38m e x = 2 √ 210 na equa¸c˜ao 2zdz dt = 2x dx dt, donde dz dt = 2√210m 38.(0, 6)m2/s = 5√210 57 m/s

11 - Considere um avi˜ao em voo horizontal, a uma altura h em rela¸c˜ao ao solo, com velocidade constante v afastando-se de um observador A que se encontra em terra firme. Seja θ a eleva¸c˜ao angular do avi˜ao, em rela¸c˜ao ao solo, a partir do observador. Determine em fun¸c˜ao de θ a taxa de variacao de θ em rela¸c˜ao ao tempo.

Resolu¸c˜ao: Inicialmente, quais s˜ao os dados do problema? Temos a altura h do avi˜ao que voa horizontalmente com velocidade constante (lembre-se que velocidade ´e a varia¸c˜ao de espa¸co no tempo) e tamb´em o ˆangulo θ que ´e a eleva¸c˜ao angular do avi˜ao em rela¸c˜ao ao solo, a partir do observador. Vamos modelar o problema. Novamente, o problema sugere um modelo triangular, onde o cateto oposto ao ˆangulo θ ´e h e podemos definir como x a distancia entre a proje¸c˜ao vertical do avi˜ao e o observador. Vamos orientar nossa positividade para a direita e para cima. Nesses moldes, os dados s˜ao reescritos como: h, dx

dt = −v (pois como no nosso desenho, o avi˜ao est´a indo para a esquerda do observador, que ´e o sentido negativo do nosso referencial) e queremos encontrar

(3)

A pergunta chave: a deriva¸c˜ao implicita ser´a feita em qual igualdade envolvendo as fun¸c˜oes dependentes do tempo t (θ(t) e x(t))?

Podemos usar que tan(θ) = h

x e derivando implicitamente, temos

sec2(θ)dθ dt = − h x2 dx dt

Observe que na deriva¸c˜ao acima, foi usado que o h ´e constante pois n˜ao estamos variando a altura do avi˜ao, apenas seu movimento horizontal e angular em rela¸c˜ao ao observador. Ent˜ao substituindo

dx dt = −v, segue que sec2(θ)dθ dt = − h x2 dx dt = vh x2 . Mas x = h

tan(θ). Substituindo esse x em sec

2(θ)

dt = vh

x2 e passando o sec

2(θ) dividindo para

o lado direito, se tem que

dθ dt = vh x2 1 sec2(θ) = tan2(θ)v hsec2(θ).

(4)

13 - Num instante de tempo dado o comprimento de um cateto de um triˆangulo retˆangulo ´e de 10m e esta aumentando a uma raz˜ao de 1m/s, enquanto o outro cateto tem comprimento de 12m,e diminui a raz˜ao de 2m/s. Determine a taxa de varia¸c˜ao em relac˜ao ao tempo do ˆangulo oposto ao cateto que nesse instante mede 12m.

Resolu¸c˜ao: Foram dados os comprimentos dos catetos de um triˆangulo retˆangulo num deter-minado momento de tempo t e bem como as varia¸c˜oes de crescimento ou descrescimento no tempo de cada um. Modelando como na figura, e orientando a positividadoe no nosso referencial para a direita e para cima, nossos dados se tornam: 12m de cateto oposto a um ˆangulo θ (ˆangulo este que varia com o tempo t), 10m de cateto adjacente e sendo y e x as fun¸c˜oes que nos d˜ao os valores dos catetos oposto e adjacente respectivamente, conforme o tempo t vai passando, temos dx

dt = 1m/s e dy

dt = −2m/s.

Podemos usar a equa¸c˜ao tan(θ) = y

x para modelar nosso problema. Derivando implicitamente, temos sec2(θ)dθ dt = x.dy dt − y. dx dt x2

Como sec2(θ) = 1 + tan2(θ) = 1 + y 2

x2 =

x2+ y2

x2 . Da´ı, substituindo sec

2(θ) em dθ dt = x. dy dt − y. dx dt x2  1 sec2(θ) Temos, dθ dt =  x2 x2+ y2 x. dy dt − y. dx dt x2 

E agora, jogando os dados x = 10m,y = 12m,dx

dt = 1m/s e dy

dt = −2m/s ´e possivel calcular o que quer´ıamos que era dθ

dtrad/s [Lembre-se que usamos rad/s para unidade de medida angular.]

15 - Um cabo de 48m de comprimento passa por uma polia que esta a 23m do ch˜ao. Num dos extremos ´e fixado um corpo, o outro extremo ´e mantido a 5m do ch˜ao por um homem que se afasta da vertical da polia a 5m/s. Qual a rapidez de eleva¸c˜ao do corpo quando o homem se encontra a 24m da vertical que cont´em a polia.

Resolu¸c˜ao: Foram dados o comprimento da corda(48m), a altura da polia(23m), a distˆancia da corda na m˜ao do homem at´e o solo (5m) e a velocidade (lembre-se, velocidade ´e espa¸co por tempo(t) percorrido) com que o homem se movimenta (5m/s).

(5)

Nosso modelo tem um triˆangulo retˆangulo como caracteriza¸c˜ao geometrica. Seja y descrevendo a altura do corpo, x o movimento horizontal do homem.

Desse modo,a velocidade com que o homem se movimenta ´e dada por dx

dt = 5m/s enquanto que o que queremos encontrar(a rapidez de eleva¸c˜ao do corpo quando o homem se encontra a 24m da vertical que cont´em a polia) ´e dado por dy

(6)

homem n˜ao est´a parado, puxando a cabo. Logo dz dt = 0

Por P´ıtagoras, segue que z2 = x2+ y2 e derivando em termos de t, temos

2zdz dt = 2x dx dt + 2y dy dt ⇒ 0 = 2x dx dt + 2y dy dt ⇒ dy dt = − x y dx dt

Como y = 18m e x = 24m, resulta que dy dt = −

24m

18m5m/s = − 20

3 m/s

17 - Uma roda gira de tal modo que o ˆangulo de giro ´e proporcional ao quadrado do tempo. A primeira volta foi feita em 8s. Determinar a velocidade angular ω depois de 32s de iniciado o movimento

Resolu¸c˜ao:

Seja θ o ˆangulo de giro. Inicialmente perceba que θ varia conforme o tempo t, sendo assim podemos escrever θ como uma fun¸c˜ao, ou seja, θ(t). Ser proporcional ao quadrado do tempo, significa que existe um n´umero k, de modo que θ(t) = kt2, onde t denota o tempo. Se para dar uma volta completa (2πrad) foram gastos 8 segundos, ent˜ao a constante k pode ser determinada da seguinte forma:

θ(8s) = k(8s)2 ⇒ k = π 32rad/s

2

Queremos saber a velocidade ˆangular ω. Lembremos que a velocidade ˆangular ´e dada por ω = dθ

dt. Derivando a equa¸c˜ao θ(t) = kt

2 em termos de t temos:

(7)

Substituindo os valores de t = 32s e k = π 32rad/s 2 segue que: dθ dt = π 322.32s.rad/s 2 dθ dt = 2πrad/s

19 - As arestas de um tetraedro regular medem 10 cm e crescem a uma raz˜ao de 0,1cm/min. Qual a taxa de varia¸c˜ao do seu volume?

Resolu¸c˜ao:

Foram dados a medida dos lados do tretrad´edro regular que ´e de 10cm (o tetraedro regular tem 6 arestas congruentes e 4 faces congruentes, logo, todas suas arestas tem o mesmo valor) e a taxa de varia¸c˜ao que elas crescem, que ´e de 0,1cm/min. Seja x denominando o crescimento de

cada aresta no tempo t. O volume de um tetraedro ´e dado por Vtetraedroregular =

a3√2

12 , onde a ´e denota as arestas deste tetraedro. Perceba que o volume depende do tempo, assim como o pr´oprio x. Derivando-a, temos dVtetraedroregular dt = 3x2√2 12 dx dt Substituindo os valores dados, temos

(8)

21 - A um reservat´orio semiesf´erico de raio 10m est´a sendo bombeada ´agua a uma taxa constante de 4,3 m3/min. Qual a velocidade com a qual o n´ıvel da ´agua sobe quando

a profundidade ´e de 5m ?

Resolu¸c˜ao:Esse exerc´ıcio ´e bem parecido com o que veremos a seguir, o de n´umero 23. Foram nos informado o formato do reservat´orio, o raio da ”tampa” do reservat´orio(ele ´e semiesf´erico, ou seja, metade de um esfera) que ´e de 10m, o n´ıvel de ´agua suposto que ´e de 5m e que diminui a uma taxa constante de 4,3 m3/min. Isso nada mais ´e do que uma varia¸c˜ao de volume no tempo. Ou seja, dV

dt = 4, 3m

3/min.

´

E justamente o volume V que vamos usar para encontrar a equa¸c˜ao que precisamos para derivar implicitamente em termos do tempo t.

Seja y a altura da ´agua dentro do reservat´orio. Estamos querendo saber quanto ´e dy

dt, quando y ´e 5m.

Por se tratar de uma figura geometrica semiesf´erica vamos usar na modelagem a metade do volume de uma esfera.

Ou seja, V = 1 2 4 3πr 3 = 2 3πr

3. Mas a princ´ıpio n˜ao sabemos como podemos escrever esse raio r

em fun¸c˜ao de y. Por semelhan¸cade de triˆangulos temos: 10/y = 10/r. Donde y = r. Substituindo no lugar de r, o y da altura, temos:

dV dt = dV dy dy dt = 2πy 2dy dt .

Ao substituir agora os valores dados, dV

dt = 4, 3m 3/min e y = 5m. Tem-se, 4, 3m3/min = dV dt = dV dy. dy dt = 2πy 2dy dt = 2π(5m) 2dy dt ⇒ dy dt = 4, 3m3/min 50πm2 = 4, 3 50πm/min

(9)

23 - Um reservat´orio esf´erico de raio 10m esta sendo esvaziado. Se n´ıvel da ´agua do reservat´orio est´a em 5m e est´a diminuindo a uma taxa constante de 3m3/s, como

diminui o raio da superf´ıcie da ´agua?

Resolu¸c˜ao: Como j´a fizemos anteriormente, vamos reunir informa¸c˜oes sobre a situ¸c˜ao. Sabe-mos que por se tratar de uma figura geom´etrica esf´erica (formato do reservat´orio), devemos saber informa¸c˜oes sobre tal s´olido, em particular, nesse caso devemos saber seu volume, que ´e dado por Vesf era= V =

4 3πr

3, onde r ´e o raio da esfera. Perceba que ao esvaziar a esfera, o raio da superficie

circular de ´agua contida na esfera, varia. Ou seja, para cada tempo t, temos um raio r diferente. Foram dados o raio da esfera r = 10m, o n´ıvel de ´agua que ´e de 5m e foi dada tamb´em a varia¸c˜ao de volume que diminui no tempo que ´e de 3m3/s, ou seja, dV

dt = −3m

3/s(O sinal de negativo

´

e advindo do fato do volume estar diminuindo). Queremos saber a que taxa diminui o raio da supericie no tempo. Ou seja, encontrar dr

dt.

J´a falamos que as taxas relacionadas s˜ao aplica¸c˜oes das derivadas implicitas. Nesse caso, nossa vari´avel implicita ´e o tempo t, e ao derivar a fun¸c˜ao volume, temos:

dV dt = dV dr dr dt.

Falta saber quem ´e esse dV

dr . Basta derivar a fun¸c˜ao volume em termos de r. Ou seja, dV

dr =  4

πr3 0

Referências

Documentos relacionados

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

A Tabela 3 apresenta os resultados de resistência ao impacto Izod e as caracterizações térmicas apresentadas em função dos ensaios de HDT, temperatura Vicat e a taxa de queima do

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos

segmentação, de modo a segmentar somente as regiões da imagem que possuem temperatura acima de um limiar pré- estabelecido no software, bem como desenvolver um algoritmo

Para fabricar produtos em série, como elementos de parede de grandes dimensões para projetos de edifícios industriais, mas também peças arquitetônicas de concreto ou paredes