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Dissertação sobre a histheria

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(1)

.

!

> J JJ . $ á \D

^ ^ J

XI I IU K

T K —

J Î""S

. -

THESE

APRESENTADA

A FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO

,

e «intentadaf m16 de dezembro de 1848,

POR

3tttouto iilartiuo fjttihciro ,

rasoLEGITIMODK dut'jvaaj)uiAXjja£ ,

Notaral do Rio drJtoriro,

DOUTOR EM MEDICINA PELA MESMA FACULDADE

,

EMOÇO DA CAMARA DE S

.

M.OIMPERADOR.

rjfejkî

31

- >v

RIO DE

JANEIRO

,

TÏPOCRAPHIA IMPERIAL ECONSTITUCIONALDE J

.

VILLENEUVEECOMP

.

« Rua do Ouvidor,n

.

65

.

18&8

.

(2)

i

v < U b

\

m : n i ; u i n u m DO mao D

2umxitio

.

DIRECTOR

OSR

.

I»H.JOSHMARTINSDAIRIZ JOBIM.

LENTES PROPRIETÁRIOS.

osSas

.

DOITORFS: 1

.

"AN AO

.

PhysieaMedico

.

llolânica MedicaeprincípioselementaresdeZoologia.

I

.

DEP.CâNDIDO F

.

F

.

ALLE MAO

...

2.°ANNO

.

J

.

V

.

TORRES HOMEM

J

.

M

.

NINESGARCIA ChymicaMedica eprincí pioselementaresde Mineralogia Anatomiagerale descripiIva.

3

.

« ANNO

.

Anatomiageral

.

edescriptiva.

Physiologie

.

J.M

.

MNESGARCIA

...

L

.

DKA.P.DA Cl MlV I.®ANNO

.

Pathologinexterna

.

Pathologie inierna

.

Pliai macia

.

Meteria Medica, especialmenteRrasilelra

.

ThcrapeutlcaeArtedeformular

.

L

.

F

.

FERREIRA J.J.DASILVA

J.J.DECARVALHO

.

Examinador.

5

.

®ANNO

.

Operações

.

Anatomialopographfca eapparelhos.

Partos, Moléstias de mulherespejadascparidas,e ia meninosrecem

-

nascidos

C

.

R

.

MONTEIRO F

.

1

.

XAVIER

... .

6

.

"ANNO

.

HygienecHistoria de Medicina

.

Medicinalegal.

Clinica externa eAnatomiaPathologien respeciiva.

Clinicainternae AnatomiaPathologien respective.

LENTES SDBSTITUTOS.

' }SecçãodasSeiendesaccessories.

J

Secção Medica.

jSecçãoClrurglca.

T

.

(i

.

DOSSANTOS

j.M

.

DAC.JODIM

2®aoA®M.F

.

P

.

DECARVALHO,Examinador

.

5®ao c®M

.

DEV

.

PIMENTEL,Presidente

...

.

F

.

G

.

DAROCHA FREIRE

.

Examinador

A

.

M

.

DEMIRANDAKCASTRO J.I».DAROSA A .F

.

MARTINS

IC M.DF.A.AMERICANO

.

Examí mdor

L

.

DAC

.

FEIJO

SECRET/ARIO DH.LlIZ CARLOSDAFONSECA.

\

AFaculdadenloapproTinem reprovaasopiniões emHildasnas Theses,que lhe são apresentada».

(3)

A MEMORIA

JJ

'

JJ ü rt Ü UfcJ ä li

!

> < ùà S& &

jL

Descansai em paz

,

ó minha mãi

!

satisfeita é a vossa von

-

tade

.

Da morada dos Justos

,

onde habitais

,

aceitai este meu primeiro trabalho como prova de minha obediência

,

c as lagri

-

masque hojederramo como testemunho da mais

verdadeira

c eterna saudade

.

ii mm MI s mum ® mm .

Senhor . — 15 sómente

a vós a

quem

eu

devo a minha edu -

ca

çã

o litteraria

:

nem

a

trabalhos , nem

a

sacrif í cios vos pou - pastes para

me

assegurar uma posi

çã

o

na

sociedade

, e

me

tornar

assim digno dos homens . V

ó

s

o

conseguistes

:

preon -

chidos

são

os

vossos

mais ardentes

votos

. Dignai - vos pois ,

ó

meu pai , aceitar

o

fructo das fadigas

e

sacrif ícios com que tendes constantemente amparado minha carreira escolar , signal de respeito , gratid

ã

o e amor que vos consagra o

em

VOSSO ODliWEMK FILHO

A .

ill

. jJinlinro .

(4)

As MUIYUIA8 WUSliiUlDiiiJ maiAiiS .

TKIBUTO III'

.

AMOK FHATE KNAI

..

\ M E I S PREZADOSTIOS

,

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o j f csf

6

ai//n o 6fiin/ietio

,

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&

. tyf

ê

az/n

Ç uyozta

a f/ctsf

ê

izan/a//

^

in/uut

Dignai

-

vos,senhores, acolherestefraco penhor de respeito, eternagratidao

e verdadeira amizade quevosconsagro

.

AOMEUMUI DISTINCTO MESTREEAMIGO,

cO Í lltn

,

Sv. 23 r .

jil

. Tiiod be

Î

L

'

aUbâo {Jimcutcl .

HOMKJAGKMIM)MAISl'BOKODOUKMIJTO, CORDIALAMIZADE,AGRADEcIMtSTO»< <»MDKRAÇÃO

.

X ill

. pinlirtro .

(5)

\ TODOS OS MEUS PARENTES .

PROVA DKSINCERA AMI/.ADK

AMEUSVERDADEIROS AMHiOS

,

SINCKRA OFFKHTA DKESTIMA K AFERIÇÃOQI'E VOSGONSAGRA

o vnssoamigo

.

X m . piitlirirtf .

(6)

D I S S E R T A Ç Ã O

SOIIHK

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--»

CONSIDERA

çõ

ESGERAES

.

A hystheria é uma affecçâoappireclica que ordinariamentealacaas mulheres, accessos bem caractcrisados,por convulsõesgeraes, forteso uma aprcscntando-scpor

irregulares,corn perd»maioroumenor de conliccimcnto,pela sensaçúode Lola quepartindodobaixoventrecaminhaatéocsophago,produzindo ahiumaper

-

tocomo o decstrangulação csullocaçao

.

Ahystheriaentranonumero dasmoléstias que jámesmoem muitas obras de Hypocratcs forão descriptas e mencionadas

.

Medicos cphilosophoscmitlirüo juízosbem extravagantesácercadascausasqueproduziriaoestanevrose ;porém Galenoosrefutouecombateusuasopiniões

.

Todavia, aindahojeobserva

-

seque a historia dahystheria poucoounadapódcesclareceropratico, c anteso envolve emumabysmo de duvidaseincertezas;porque não só esta nevrosetemsido con

-

fundida com muitasoutras,principalmenlccomahypocondria, comoofez Side

-

nliam, mas lambemimputão-lhe,comoquerWillis,tudooqueas outrasmolés

-

tias apresentao de extraordinário,extravagante , vicioso, etc

.

;demaneiraquenos escriplos anteriores a Hoffmannse encontrasobreahystheriaum sem numerode symptomas pertencentes aenfermidades bem differentes

.

Comtudo, depois de Hoffmannfoiahystheriaencarada porvários medicos debaixo deumpontode vista maisphilosophico: entre outrosWhylt, Tissot,Astruc,Loyer Willermay, Geor

-

gcl

.

Duboisd’Amiens,apresentárãoidéasnovasemais razoaveis, que melhor elu

-

cid árao alguns pontosdahistoriadestanevrose

.

ETIOLOGIA

.

Dividiremosascausasdahystheriaempredisponentesedeterminantes

.

rnKMSrOKEXTKS

.

Seestudarmosamulher noseuestadophysiologico,observaremos quantoasua organisaçaose prestafacilmenteaumsoffrimento como ahystheria, qoeéespe ciaiaseusexo

.

Occiipando

-

nos desta,admillimosa predisposição, ouheredita

-

riaouadquirida

.

(7)

-

2

-

Hereditaria,((liando ncriança arecebedovenirematernoelaherançadaíaei.

ma condiçãodotuamai, quo cmalgunscasos pódo1ersidoacommetlidadeum ou maisataqueahyslhoricosduranteagravidez

.

E mesmo pódoser umatrans

-

missãodoambos ospais,poracaso dotados do umaconstituiçãonervosa,aqual pódobemsorIransmillidaóprole.

Adquirida,seacriançaainda quebemconstitu í datornar-sodepoisnervosapor influencia dccausasque tenliãoprofundamentemodificadooseuorganismo.

Ahyslheria acoinmcllcas mulheresdo preferencia na puberdade, época em que oflereccm cilas condiçõesmais favoráveis parasoflrê-la, oqueécon

-

firmado pela observação. A educaçãomuito influenoapparecimenlo das cau- i sas predisponenlcs:aindolência,o pouco trabalhoc todasascondiçõeshygie- nicas tornão-sccausa,sempreque obrarem sobreosystema nervoso,modificando asuasensibilidadecmobilidade nervosa. Oamor, essesentimentomoralque por si sómcthamorfosêa os seres daespcciehumana imprimindo-lhes modificações cm seus hábitos, costumes e natureza, sendo contrariadocnãosatisfeito,é talvez acausamaispoderosapara desenvolverapredisposiçãoemindivíduosaté entãoprivilegiadospor suaorganisação. Aleitura de romancesque tantoexalta a imaginação, sobretudo quando hapredominaçãodesusceptibilidade nervosa;

oabuso dc alimentos irritanteseexcitantes;as secressõesabundantescanormaei temsidoigualmentc consideradascomo causasquepodem predispor paraestamo

-

léstia: outrotantodiremos decertasprofissões,quandocilasdemandãoumavida sedentária, augmentando porestemodoasensibilidadecmobilidadenervosa.0 celibato parece tambémdeversercomprchcndidoentre estos causas:vemosmoçaj j solteiras bem constituídas, gozando saudeaté certa épocadavida,tornarem-s* depoisnervosas epredispostasáhyslheria

.

O temperamentonervoso éaquclle que mais predispõe as mulheres paraa hyslheria, aindamesmo asquesãodotadas dcconstituição forte. Emfim podem ser causasparapredisposição, apassagem de umclima frio para outroexcessi- vamentoquente,osespectaculos,amusica,asvigilias,ctudo aquillo que fòrcapar demodificaro systema nervoso cactivarodesenvolvimentodapredisposiçãoncr- vosa.

DETERMINANTES

.

Seacausa predisponentetemactuado sobreapredisposição nervosa, pódctor* nar-sccausadeterminantecproduziramoléstia

.

Apermanênciadas causaspredis

-

ponentespódc determinarahyslheria;outrasvezes,existindoapredisposição,uma causaoccasionalébastante para semanifestarem todosos symptomas desta né

-

vrose. Podem ser causa determinante nsemoçõesfortesc repentinasdaalma

.

asupprcssão da menstruação, osexcessosvencrcos, os sustos, umaquéda

.

oi

cheiros penetrantes, a vista do umamulher que ó acommetlida de umat*' qne dehyslheria, oresfriamento subito, aingestão,do umabebidaglacial

. *

*

(8)

3

-

percussãod« um exanthema, a exikluncia de vermes inteslinae»,etc

.

Tod*»

estas causas sfto mais que snflicicntcs para quea hystlicria M:inanifetle; e uma vex conhecidas, po$»arcmosaoestudo de sens efleitos

.

SYMPTOMATOLOlil

O ataquehyslhericomuito raras vezes invaderepenlinamcnle;é

,

namaiorparle outrasporéminesperadamenlo appareccpor influencia dequalqueremoçãoforte, como a do terror, etc

.

Quan- doprecedem phenomenosprecursores, muitosdiasou muitas horas antes do ataque asmulheres ficao tristes, melancólicas, preoccupadas, raivosase irritáveis; são acommettidas dovertigens, indisposições, peso do cabeça,emicrancas, cho

-

o semmotivo,algumasaocontrariotemvontadedcrir, eoriso é entãohem caraclcrislico

.

Finalmcnle,na occasiãomais próxima do ataqueellassentem aperto maior nopeito,boccjão, hainchaçãodeventre,desenvolvimentodegazes no estomago cintestinos

.

1

ódcacontecer que,apezar dc todosestesprodomos,

o ataquenSochegueadeclarar

-

se, aborte; porém a mór partodas vezesestes signacs continuandoaprogredir,saoseguidosdo ataque;oqualnemsempre apre

-

sentaomesmo caractcr e o mesmo cortejo dc symplomas

.

Se o acccsso é muito forte,adoentecabe muitas vezes dando um grito mui particular, movendocom os membros,dc uma maneira irregular,do extensão, de flexão,de addução cabdução: otroncose voltaparalodos os lados;seadoen

-

te antesdo ataque seachavasentada , cabe cm terra,rolla pelo chso,moven

-

do

-

sccom uma facilidadeespantosa, eadquiretanta força que muitos homens fortes nãoapodem conter

.

Durantetodaesta desordt m,osolhosconservão

-

so

fixos numponto, meio fechados,c aspálpebrasapresentão um tremorcontinuo; opeito,assim como o collo, so entumece momentaneamente

.

Arespiraçãoé difficultosa;anxicdadc notável atormenta a doente; parece soflrer de grande constricção na garganta, pressãono estomagoepeito, produzidas pelaascensão daLola hyslhcrica:algumas vezes leva amão aopescoço,comoparaarrancar algumacousa :aface empallidecc,e raras vezes é avermelhada;cmfimoaspecto dadoenteóassustador

.

No augeda aíllicção cmqueseacha,arranha

-

se, morde- se, rasgaosvestidos,omesmofaz áspessoasque acercão, quandoestas nãotem bastanteforçaparaaconter:opulsonãosealtera, adquire apenas aquclla frequên

-

ciasubordinadaáagitaçãogeral

.

Obscrvão-sc aindaalgumas alteraçõesqueexpcrimenlão osorgãos scxuaes;o comquanloosphenomenosquenellessenotão nãosejão constantes, todaviaem muitasoccasiõcs semanifesto

.

A baciatornando

-

soent ãoinclinadaparadiante, osorgãos scxuacs adquiremuma excitaçãomuiconsiderável,como nosprovao desenvolvimento extraordinário doclitoris,c aconstricção da vulva

.

Domai»

.

doscasos,precedidodesignacs precursores;em

um

(9)

-

4

-

quandoo accessovai declinando, encontra-se nestesorgãosal>uri<iantc»ecrcnão deumhumorsem allianteáqnclleproduzido peloespasmo vencreo

.

Pòdeacontecer que nnlugarde todos estesphenomenosdeexcitação, de movimentosdesordena

-

dos, as doentes cáião repenlinamenle privadasde

.

conhecimento, sentimentoc movimentocomo cmsincopo completa

,

e pcrmaneçSo neste estado poruiuito tempo

.

Alora os phenomenos mencionados , outros ha quecaracterisãomais fre- quentementoahysthcria:tarssaoasensaçãodcumholo ascendente,que,percor

-

rendo todo o canaldigestivo,scvemfixar,como dissemos, nocsophago

.

provo

-

candoumaperto semelhante ao dc sufiocação, aoqualsctem dado onomedc globoou bolahystherica

.

Georgetaltrihuiaestasensaçãoáconvulsãosuccessifs dosniusculos ahdominacs,dodiaphragma,dos musculosthoracicos,edocsophago: outros o attribucm á modificaçãoparticulardonervotrisplanchino

.

Nomeiode talincerteza mencionaremosoquecmtalcasonosmostraaobservação;asaber: pela apalpaçãosentc

-

sc nohypogaslricoumacspeciedemovimento vermicular, cdilTercntes tumores pequenoscmoveis

,

quenadamaissãodo queosmovimentos convulsivos dos intestinos;ometeorismorápidodeventre

,

aexpulsãodegazes letidos

.

Arespiração torna

-

sedifiicilcmuitofrequente,demodoque se pódecon

-

tar cincocnta asessenta inspirações porminuto

.

Podemopparecerpalpitações, vertigense perda momentâneadeconhecimento;porém de ordinárioossentidos funccionSo,embora exista toda estaperturbaçãodoorganismo:asdoentespare

-

cem alheiasatudoque as cerca, porém esta insensibilidadeétodaapparente: quandotornão asi, contã o tudoquanto virãoeouvirã o, pelo que, sempre queuma doente fôracommettidadcumataquehyslhcrico, tèndo

-

scmesmocertezadcque ella nãoouve,éprudência não fallarjuntodellacmcousaqueapossaaílligirc con- trariar

.

Sejaqual fòr a fórma doaccesso dchysthcria, ellesemprediminuepoucoa pouco, asconvulsões acabão primeiro, a sensação doglobolcntamcnle desap

-

parcce;porémasdoentesalgumasvezesnãorecuperãologoavozeaintclligencia; quasi sempreno fim dcumataque ha eflusãodc abundanteslagrimas, soluços acompanhadosdorisadas,cemissãode ourina claraclimpida

.

Ordinariamenteo fimdcumaccesso não cmaisdoqueumaremissão ;depois de alguns minutosdc quietação scguc

-

selhooutro,cpodem screproduzir maisou menosvezes

.

Quando

ointervnlloégrande

,

asdoentes folião,recuperão oconhecimento,porém lição inquietas cmuitoimpressionáveis physicaemoralmcnlc;queixão

-

sodcuniadòr forte olancilante circumscripta numpontoqualquerda cabeça,aquoosautores dãoo nomedeprego hystlierico

.

Estoestadodeinquietaçãoindicaaos doentesque ainda nãose temterminadode todooataque,oque deordinárioscverifica

.

Depois de terminadooaccesso dehystheriaasdoentesfallãocconhecema todosqueascercão,seguindo

-

seimmcdiatamcntcprostraçãodeforçascabatimento

(10)

-

5

-

geral

.

Podementãoperder temporariamenteousode algunsdossentidos:muitas lição comosurdas,outrascomcertasregiõesdostegumentos insensíveis, algumas paralysadasde um oumais membros

.

Estes accidentes podemteruma duração persistir poralguns diascmais tempo,assimcomodissi

-

IIum ou n’outro caso elles ephemera

,

muitas vezes

espontaneamente, ou após um novo2,Iaque: n cessãorapidae nãogradualmente

.

Quando oataqueéfraco,asdoentestornüo empoucashorasao seuestadopri

-

mitivo;mas seelleéforte, aconvalescençademora

-

scpor muitos dias,durantea qual íicãoinquietas,liainappetencia,tympanilc,insomniaou somnoperturbado,e algumas vezes umacspccicdesomnambulisuio

.

Quando se reproduz com longos

intcrvallos

,

a saude screstabelece completamenle,cxcepto seas doentesfòrcm muitoimpressionáveis

.

Muitas não sepodem entregaraumaoccnpaçã oséria,são melancólicasetristes,etc

.

;outrasficaomuito alegres oupassaorapidamenteda parse

alegriaátristeza; sãosujeitas a aflecçõcs nervosas comoenxaqueca,palpitações, nevralgias,clc

.

;osmenstruesappareceincom diíliculdadee

.

irregularidade

.

Entre

-

tanto ashysthcricaspodemserIãobem fecundadascomo asquesaoisentas desta enfermidade ,c agravidezscoperanellnspelomesmo modo

.

Nüoha regularidade navolta dosataques hyslhcricos,saoquasi sempre espon

-

tâneosouproduzidos por influenciadascausasjámencionadas;cmqoantoestas os podem determinar,aprenhez, bem como as moléstias agudas ouchronicas, sao capazesdefazercessar esta névrose

.

DIAGNOSTICO DIFFERENCIAL

.

Os caracteresquetemos apresentado destaenfermidadenos podemguiarao seudiagnostico,ebem diflicilseráconfundi

-

la com outraqualquer:nao obstante, apresentaremosas moléstias que podemser confundidas com esta moléstia e as suasdiflerenças

.

A cpihpsiacahypocondria saoosenfermidades quescpodem assemelhar com ahysthcrin;porémaprimeirascdistinguedestaultima névroseporaccommelter a ambosos sexos,pela invasãorapidadosataques,pelasconvulsões fortes, sendo niaisnotável dcumlado; pelo aspecto horrendodnface,a qual toma côr aver- melhada; pelo grandeembaraço darespiração, pelostcrlorecollapsoemque ficaoos doentesdepoisdas convulsões, pelodeliriocestadodcestupidezque suc

-

cède aos acccssos, efinalmcnlc pela influencia funesta que exercemos alaqucs so

-

bre asfaculdades intellectuacs;oquenaoacontecenahysthcria,emqueas con

-

vulsõessãodesordenadas:aface,quandoavermelhada, nao adquireacôr violacca, lívidacomonaepilepsia;nahysthcrianolão

-

scestremecimentosmusculares,porém nuncasaocomo as convulsões, que dcsíigurao completamenle os epilépticos

.

Naquellanaose vêaespumapela Loca ,nem ostcrlorqueapparcccnofim do ac

-

cesso epilépticoo aestupidezque lhe succédé;pelo contrario,asdoentes,depoi»

(11)

-

6

-

ilo ataque,adquiremmaispromptamcnle ousoplenoe livre daintelligencía

.

Nio

sepóde confundirnepilepsiacomahyslheria porscr caraclcressencial dcslaoses

.

timenlo docstrangulaçflo produzido pelaasccnçflodobololiystericocpelodesen

-

volvimentodogazesnotubodigestivo

.

Finahncntc,pòde

-

sc ainda apontaradu

-

ração dc um access«hyslhcrico,que, sendo maisprolongadodoqueo epiléptico, serveaindapara fazer descriminarestasduasalTecçõcs

.

Muitos autores, cprincipalmente Sydenham,contundirãoesta

hypocondria;noentretantonãoexiste entre cilas nenhumaanalogia

.

Ahyslheriaé moléstia especialdas mulheres,emquantoahypocondriaalacaa ambos os

.

Aprimeira, principiandopor signacsprecursores, elles,tem curtaduração c sereproduzcom

nevrose coma

uma

mesmoem alguns sexos ou

ou menosfrequência, casossem mais

aopasso que a segundaprincipialcntamcnlcesc nãomanifestaem fôrma deata

-

ques

.

Nos hypocondriacosha ainquietaçãosobreo seuestado desande,concen

-

tração daallcnçãosobreumou outroorgao, nãoha convulsões;e, apezar de existirncllcs ometeorismoeasuffocação, todavia nãoseobservajãmaisopheno

-

meno doglobohysthcrico

.

Convémadvertirquepóde acontecer queappareçãotodososaccidentes de quelemosfalladoem umamulher,semque a hyslheria realmcnlc exista;cila póde sersimulada,masapcricia domedico,depoisdcalgumaattenção, descrimina a astúcia deumamulhercaprichosa,deum ataquereal dchyslheria

.

PliOGXOSTICO.

É diíTicilimo fazeremgeral umprognostico seguro; porémcomo a innior partedosautoresdizem queahyslheria émaisespantosa doque perigosa, nós com elles concordaremos , cdiremoscomo Rcviére : JUc affcctus non

(egrotantes

.

Louyer Wilermayreconhece pouco perigonestamoléstia , citaapenas

um factomortal

.

Osantigos lizerão umprognostico mui severo, talvezpelavio

-

lênciadamoléstia nesses tempos,ouporquea reputavãosimples

,

quandoaocon

-

trarioeracomplicadacom moléstia mais grave

.

hmgeral,ahyslherianão émortal

.

Sc alguns observadores asseverão ocontra

-

rio,éporqueaobservárão cmcasosdecomplicação,c entãoa morte erao eíleito delia

.

Porém, nãosendoahyslheriapor sisófunesta, todaviaémuitoincommoda, aterradora porseusaccessos,ealgumasvezespóde trazer consequências dentesgraves

.

Se a causaqueadetermina é eventual ehapouca predisposição , pódohaverum sóataque;porémscacausa époderosaemuitasvezes

renovada

,

osaccessosscreproduzirão c seprolongarãoindefinidnmcnte

.

Esta nevroseserá tantomais gravequanto maissc prolongar,tornando

-

senestecaso(segundo Brä

-

chet) chronicaonconstitucional,c entãoa curaserã

interficit

eaca

-

maisdillicit

.

N*é

poca

dl puberdadeémaisintensacdelonga duração : osdifferentes

temperamentos

tem

(12)

-

7

-

grande influencia na suaintensidade;poré msempre queotemperamentolimpha ticoseassocia ao nervoso, amoléstia passarámais facilmenteparaoestadochro

-

nico, easuacura serámuito mais diíficil

.

Ascomplicaçõesaggravão oprognosticodahysteria

,

sendo aepilepsiaa molés

-

tia mais tcmivcl que apossa complicar;quandomesmonãoproduza terminaçãofu

-

nesta,didicultará acura da hystheria ou determinarádesarranjosdasfuneçõesda intelligence

.

SÉDE

.

Asédcdahystheriatemsidooobjectodograndesestudos, desdeHippocrates atéoséculoactual,c ainda hojeosmedicos quesetem occupado desta moléstia não estão acordesneste ponto

.

Tem

-

se altribuido aexistênciado mal aoutero, aosystemanervoso coutrosorgãos ,comoavéa

-

porta, otubodigestivo, íigado, sangue, etc

.

Estaultima opiniãonãocontahoje defensor algum,estáinteiramen

-

toabandonada

.

Foi Willis quemse lembrou delocalisar ahystheriano systema nervoso;sendoigualmentedestaopiniãoLepois,eutlimamente Georget,dando

-

lheo nomedeenccphalia spasmodica

.

Paracomproveito podermos determinar adedahystheria,bem como a de outraqualquer moléstia,nenhum outro meiotemos á nossadisposição senãoo exame das lesõesquenosfornecea anatomia pathologica, cigualmenteaanalyse physiologicados symptomas

.

Primeiramenteainvestigaçãocadavéricadasmulhe

-

res mortas dohystheria nadanosrevela deapreciável,poronde sepossa concluir qual sejaoorgão canaturezada lesãoespecial, namoléstia quenosoccupa

.

A maior parte dosantigos procurá rãosempre por meiodaautopsiaencontraralterado oorgãoonde suppunhãoresidira lesão, chegando

-

scportal modo avariarcmul

-

tiplicarasédede uma mesma moléstia, llavòc encontrouhumoresacresnos ova

-

rios;Vesaleosobservou maisgrossos do queumabala, cheios deumliquido féti

-

doecolorido;Rauhinachou oclusãodoorifíciodo utero;Piorry reconheceu a des

-

organisaçãodeumaparte douteroc ov

^

ios,coutravez estes volumosos, acinzen

-

tadosecom alguns fócoshemorrhagicos;Scccrrcumtumorfibrosodouterocom um cancro norectum;M

.

Dupareque vioumengorgitamentodouterocom augmcnlode volume;Bonctoconfirma, eLisfranc attribueesteengorgitamentoaphlegmasia chronica;Willisachouumderramamentoseroso nocerebrocalterações nome- sentereo;M

.

Oliviersd’Angers,inflammaçãodas membranasda basedocerebro, eumkislo nocentrodo bulborachidiano

.

Emsumma, seria fastidiosorepetiro grandenumerode observações anatomopalhologicas feitas por diversosautores differentes épocas, com ofim dedeterminaraséde enaturezadamoléstia,ven

-

dosempreemtaes alterações c nosorgãos cmque estas existião,nsédo enatureza destaenfermidade

.

Detodos estes factos podemos concluir que: i\ a hystheria na mórparledas em

(13)

-

8

vete» existe semquo percebamosalteraçãoalguma; que cila p6de%t:prolongar por muito tempo »em mesmo deixarvestigios dcqualquer lesflo apraciarel;3*, muitas vezes determinalesõesorganicas,sendonestecaso mais frequentes asalte

-

raçõesdotecidodo uteroodeseusanncxos;4°, estas alterações,existindo prirni

-

tivamente, ahyslheria pôde a ellasunir

-

seou seroseuresultado,o queseobserva

rarasvezes;5*, cmlim,estasduasmoléstias, a névrosécalesãoorganicadoutero

.

umacomplicação

.

idéaapresentada por Willis,dc podem

-

sereunir,porémentãojáconstituem

Pelossymptomas desta moléstiavemosque

serosystema nervoso nsédc dahysthcria, poderia ter lugarseesta enfermi

-

dadefossosòmentc caracterisada porconvulsões cdesarranjo completoda in

-

tclligencia; porémquasi sempre o ccrcbro6 alheioaoataque:ainchaçãode ventre, aoppressão,asensaçã o do globo bystherico, aconslricção da gargan

-

ta,sãopbenomenosque muitas vezes opparcccmsem convulsões cperturbação cerebral

.

Portanto nãolocalisaremos nocerebro as perturbaçõesque sollrcm asvísceras, cujo ponto dc partida édifferente

.

A consideraçãodcque abys

-

theriaéumaaffccçãopropriada mulher,nosinduziriajácom muitaprobabilidade aadmittir agrande influencia que exerce outeronasuamanifestaçãosobre o systcmanervosocerebro eespinal

.

Sabc

-

scqueemmuitasmulheres o ataqueé

acompanhado deexcitação dos orgãosgenilacscdomovimento da bacia; na remissão dofluxo que lubreficacmquantidade osorgãos sexnacs :cmiim encon

-

tra

-

se num accesso de hyslheria quasios mesmos pbenomenos quen'nmes

-

pasmo vencreo

.

Logo indubitavelmente pareceserno uteroaséde,oumelhor,o ponto de partida da hyslheria: porém amodificaçãodainncrvaçãouterinase irradiaapontos bemdifferentes e remotos, pelointermédiodosystcmanervoso cerebroespinal,ondefixando

-

sedesenvolvo os pbenomenos variaveisecspeciaes que a caractcrisão

.

Os movimentos desordenados dos membrossãodevidos, ao contrario,áperturbaçãocerebral;poré m esta éconsecutiva,c

.

comobem diz M

.

DuboisdAmiens,existe pelasucccssão dospbenomenos morbidos umaanalogia com asconvulsõesquealililação c oorgr

^ ^

niovencreoproduzem

.

Finalmenlo,pelo quetemosditodesta moléstia, concluiremos que cila nada apresentadeinflammatorio:éuma nevrose especial bem caracterisada

.

TRATAMENTO

.

Ouando omedico óchamado ácabeceira deumabystherico,deveantesdc tudo observa

-

la,ever seha ou nãocomplicação: não havendo,lançarámão de

todosnqucllesmeios queestãoaoalcance daarte

.

Para facilitarmos o estudo do tratamento desta moléstia, o dividiremos em duaspartes:i\ nquclleque ao deveempregar duranteoaccesso;a*,«quelle quesc deveempregardurante o seuintervalle

.

(14)

9

-

Durante o accesso

.

0ataquehyslhcricopódo1erum«intensidadevariavel, ««

poriaiooa

medicamentos a empregar

-

se devem scr maisoumenosactivos

.

Se

onccessoópassageiro, porsi só sedissipa, ouentão cederá aoemprego do»

meios mais simples;porém sendo forte,oprocederdo medicoseráoseguinte:de»c afastarde perlodadoente todos «quellesobjectosque a possãooffender; fará todoo possivclpor obstar osmovimentos desordenados que quasisempreacom

-

panháoos ataques; escolherá medicamentos enérgicos que fação immcdiala

-

mente cederosacccssos

.

Muitasvezesacontecenão sepoder tirar vantagem dos meios lembrados pelo medicoemconsequênciadoespasmodoesophagoque obstaa deglutição

.

Durante o ataqueénecessário afastar oscuriosos para longe da doente,cnãofallarcm vozalta diantedelia, mórmente do»eu estado; porque quandonãoperdemosentidodaaudição, a menor palavra as irrita einquieta; cpor esta razão a minima indiscriçãopóde causarum novoaccesso

.

Quando

setenhãotomado estasprecauções,o medicofará a doenterespirar oar li

-

vre,desapertaros vestidos, tirar do corpo tudoque sejacapazdediflicullara respiraçãoc osmovimentos;laràrespirar todas assubstanciasfortesouletidas, empregandoaomesmo tempo os linimentos narcóticos,fumigações aromaticas

,

poções calmantes, clystcrcs de igual natureza, etc

.

Tantonoaccessoforte como nofraco,a doentedeve estar deitada esegura domelhor modopossivclpor pessoasdeforça,oupormeiode umacamisolla;para que deste modo ella íiquena impossibilidadede cahirou arrancar os cabellos, arranhar

-

se, atirar

-

sedc encontro a corposduros,morder

-

sc asieaoscircumslnntcs,etc

.

Convém advertirquesede\c deixarumpoucolivresos movimentos,por isso queos doentesíicão tantomenos fatigados depoisde umataque,quantomenosdifiicullososforão os seusmovimentos

.

Como dissemos,num accesso fortedcvc

-

sc fazerrespirar as doentes oether sulphurico,oalcali volatil,ovinagrenromatico,osácidos fortescomo osulphurico, acético,olicoranodinodeHoffmann, a agua dc Colonia,osvaporesdechifre e pcnna queimada,aassafetida,etc

.

Emmuitoscasostemseobservado queoappa

-

recimento rápido de luz mais forte ,,4ou a completa escuridão são capazes dcfazerpassarumaccessodehysthcria:cmoutros,umgritomaisforte, o estam

-

pido,ou vice

-

versa,avozsuave de um individuo dcsuaprcdilccção, os sonsmelo

-

diosos do um instrumento, ou do canto, etc

.

Quando oespasmodoesophago difficultaoempregodos remédios,M

.

Curvclieraconselha, como ummeio capaz deovencer,algumasgottasdeumlicor ethercoou alcoolico por approximadas vezes,sóou combinado com umcháaromatico

.

Alguns autores aconselhão a cvulsão dos cabellos, cspccialmcnlenas têmporas; fricções nasplantas dos pés feitas comescova ou(lanclla ,podendoser aseccooucomdifferentessubstancias acidasouespirituosas;as fricções de soluçõescalmantes,opiaceas,etc

.

Loyerde Wilcrmaypréconisa muitoumlinimentocompostode oleo dcamêndoas,canfora

.

laudanodeKousscaucether sulphurico

.

í

(15)

10

-

l

'

otlom aproveitar o»opithcmas calmantes

,

embora ;i sua ncção sejalenta; uspaiuiosaquecidos em alfazema applicndos sobrooabdomen ,bemcomoaap

-

plicabledocataplasmasemolientesouhypcgnoticas: oarlivre

,

aagua fria atirada áfaceda doentepodem fazer pararonccesso

.

Alem dos meios externos,omedico empregaráao mesmotempomedicamen

-

tosinternos, quandoadeglutiçãotor possivel:lemos asbebidas calmantes, anti

.

spasmodicas,osestimulantesdiOtisiveis, etc

.

oschásde tilia,degrelosdelaran

-

geira, demilissa,erva

-

doce,orlclãa,adoçados com omelde abelhas, ajuntando

-

lhes uma colher do ether,oulicor anodino,etc

.

Naassociaçãodos medicamentos deve

-

setercmvistaaintensidade da moléstia, ascausasqueapreçcdòrão

,

aidcosyncrasiadosdoentes,suaidade,natureza,etc

.

Sao lembrados osclisteres calmantes canli

-

spasmodicos,addicionando-lhes al

-

gumas gottas de landano liquido deSydenham, datintura decastorco,assafetida, etc

.

Se ahyslheria é dependente dasuspensãoou diíliculdadedos menstruos,

convémprovoca-losporaquellcs meios quenos sãoconhecidos;porémseédevida aumapletorasanguíneabem manifesta,então terálugaraapplicaçãode bichas nosmembrosabdominacs, ouasangriadepé;seexistiroestado de pletora, ainda queaevacuaçãomenstrualcorraabundanlcmcnle,éindicada a sangriadobraço por vezesrepetida:mas seaatoniapresideatodoestequadro,deve

-

seprescrever

oregimen restaurante ,ostonicos,comoaquina,quassia,genciana,asinfusões aroinaticas, osvinhosamargos,osmarciaes combinadoscomacanella,ele

.

Podem tambémserapplicadasexternamente ao redor da baciaas fricções aromáticas, sinapismos, etc

.

Se o ataquefòrpassando,não devemosporissodesamparar a doente;conti

-

nuaremos a usar dosremedios empregados;porquanto muitasvezescedeopri

-

meiro acccsso,cn estesegundocterceiro pódemsuccéder;pelo que, aproveitare

-

mos a facilidade queentão tem asdoentesdedeglutir,para selhesdaros medi

-

camentos internamento

.

Neste estadodeve

-

sedirigir ádoente palavrasconso

-

ladoras, dislrahi

-

la, afastar de perto della aspessoas a quem aborrece, mes

-

moaquellasque lhesãocaras,inórmentesealguma éporcilaamada:deve

-

se

tiraradoente dolugarque temsidoollicntro ordinário deseus padecimentos, leva-la para outromaisespaçoso, ondepossarespiraroar livre ,e entreter a imaginaçãocomobjeclosmais interessanteseagradaveis

.

Tal deveser ocomportamentodomedico duranteoaccesso dehyslheria

.

No entretantopóde acontecer queoataquenãosetenha totalmcntu declarado, existao sómenteossignacsprecursores

,

e façãosuppôr a invasão próximadoaccesso; entãodeve-sefazertodo opossivel parapreveni

-

lo,empregando

-

seospreservativos queamateriamedicanosfornece, como os calmantes,anli

-

spasmodicos, cainda com masproveitoahygiene moral

.

Durante ointnruUo(loataque

.

Humavez cessada toda estaexplosão,asdo

-

(16)

11

cutes quasi sempre(icflo muito abatidas,comoaborrecida#ccaprichosa*;pouro apouco tornão asi; seusolhos espantados so dirigem iiidistinctniienlcparaH U M ououtra parle,atéquo detodosoccgão

.

Recommcnda

-

sclodoodescanso,adistrac

ção,para queii üobaja reincidência do ataque ,c acontinuaçãodealgumanti

-

spasmodico

.

Muitasvezesointervallo doprimeiro accesso,oumesmodosegundo eterceiro,pódo scrseguidodccura,quando ellessão o resultado dcuma causa enérgico, cesta não volte outra vez : porém nem sempre assim acontece, a moléstia púde tornar

-

se chronicaouconstitucional,peladisposiçãoorganicado individno,ou pelaprolongaçãoreiteradadascausase dosacccssos

.

Istoacon-

tecendo,omedicotemdc lutarcommil diíTicnldades,por issoquenão vai curar sómente a moléstia,massimtodaaeconomiaprofundamentemodificada

.

Mestas circumstnnciaselle deveprocurarpenetrarocoraçãohumano para bem certificar

-

sedacausaquo deuorigemaestanévrose;indagará daspessoasdafamilinoque deu lugaráqucllcacccsso,sca doentetevealgum susto,seébemregulada, se snspeitãoalguma inclinação amorosa,etc

.

Seadoentelhe depositaconfiança, clic ainterrogaráminuciosamenlc sobreomotivo deseussofTriínentos, oque llies deulugar;cmíim fará todo o possível por descobriracansa determinante da hystheria ,ccombatê

-

la com energia

.

Sc forpreciso modifica-lapor meiode conselhos, devem aproveitar asconsolações de amizade, a religião,que nunca é tãopreciosa como junto dos infelizes, ca estescilanunca osdesampara

.

Quando

oataque é causadopelotrabalhoda natureza para a primeira apparição «los menstruos, recommenda

-

seo exercício,uma vida activa,a dansa, passeiosnpé, o usodc banhos irritantespelascadeiras ,osdcvapores, fricçõesdeescovadesde as plantas dos pés até as coxas ccadeiras, c internamentooschásligeiramente aromáticos, como ode fiôrcs dc tília, deerva

-

doce,etc, Se avida sedentária fòr causa,sãoindicados os passeios, thcalros, reuniões,e qualquerdistraeçãoque possa desviaraimaginação detodaapreoccupação

.

Osmeios quesedevemempregar podem variar segundoascontrariedades dc familin ,asrivalidades dcsentimento ou dc ambição,desgostosdomésticos,perdasdo fortuna, dcamigos, parentesc outras,comocausas que possãoobrnr sobreoseumoral

.

Quandoadoente tem umapaixão forte,eesta não póde scrsatisfeita, omedico devetergrande arte cdelicadezapara combatê

-

ln, mostrandoaimpossibilidade «juc a condcmna e prohibe,ouentãoajudar

-

lhe asupportarasprivações queexperimenta,esperando o momentofelizcmque laçoslegí timosvenhão darfim aseus males :porémn ão sãoestes os sentimentos que mais difiiculdadesaprescnlãoavencer;umainda mais temível,a respeito do qualosmaiores racioc í niostornão

-

scinfructileros,cnada ha que possa conter,éociumc

.

Nomomentoemque se julga 1er vencido algumacousa,umapalavra,umolhar,uma lembrança vem trnlo destruirotorturar viclimas, provocando continuados acccssos

.

Tantoparaestacomoparatodas aspaixões,omedico usará daqtu

-

lla prudência que « > conhecimentodocoração suas

(17)

-

12

-

humanooos seussentimentos lhediclarem para por estemodo debelloresta alïecçao

.

Felizdellose assim poder moderar asdiíliculdades dotratamento! A hygieneserá oguardafielda doente;osalimentosdevem variarcmquali

-

dadecquantidade;deve tersccm vista adisposiçãodoestomagodaenferma

,

afim depurelle poder-seguiaromedico sobreaalimentação

.

Não ébomousode be

-

bidas excitantes, comoovinho,chá, café, etc

.

Rccommenda

-

sc ádoenteorepou

-

sonecessário,poucaestabilidadenolcilo,levantar

-

secèdoepassearcomafresca damanhna, trazer osvestidos largos,livrar

-

sede apertoseafastar paralonge desitodososperfumes fortes, osquaes bastãopara desenvolverem moléstias: enifiiu, a senhoranervosadeve excluirdeseusaposentos tudo quepossadifiicultar osmovimentosdocorpoc olivreexcrcicio das funeções

.

Duranteo intcrvallo dos ataquesocrclhismonervosopódcpersistireopparc

-

ceremosphenomenos já indicados;para vencê

-

lo, usaremos dos refrigerantes ccalmantes:sãoempregadososcozimentos de linhaça, cevada , a infusão dc ílôrcs dc violas,dc malvas,ajunlando

-

scumaromalico,adoçado commel de abe

-

lhascalgumas gottas de ether siilphurico,etc

.

Em todoo

per

íodo docrclhismo convémapplicar comreserva osanti

-

spasmodi

-

cos, para queo seucffeilo excitantenüo seaugmente quando déliesse use amiu

-

dadas vozes; porém seos acccssos sesucccdcmcomfrequência,empregaremos comvantagemaassafelida, ocastorco,acanfora,a valeriana, oscthcrcs,etc

.

, empilulas,poções,clystcrcsou cmbanhos

.

Podem também associar

-

scaoscal

-

mantespara activar por este meioasua acçAo ;porémseocrethismo augmentar , põde

-

scsnbstitni

-

lospelos tempérantes, caestesse ajuntaros anti

-

spasmodicos para diminuiro seucffeilo estimulante

.

Estes medicamentos devem applicar

-

se

cm tempoconveniente, porque, secllespodcm augmentar ocrclhismo nervoso,nao aconteceráassim quando houver fraqueza,atonia dctecidos,allcraçAoda compo

-

sição dosangue, etc

.

;entaopodemaproveitar, ajuntando

-

sc

-

lhcsoslonicos,como aquina,quassia , camomilla , simaruba ,osferruginosos , etc

.

, segundo sequer obrar sobre os tecidosou sobre osliquidos

.

Muitasvezesos tonicos produzemo cffeito queseesperados calmantescanti

-

spasmodicos,sendo amobilidadener

-

vosa resultado da atoniadosorgaosou doempobrecimento dosangue:ostonicos vaoenlAocorrigirestevicioaslhcnicodossolidoscdosliquidos

.

Os banhossaolembrados como um calmante poderosodosystema nervoso;

podemsermornosoufrios,dcsubstancias aromaticasougelatinosas; porém são preferí veisosdcaguacorrenteou os domar

.

As aguas gazosas tem sidoaconse

-

lhadaspelasuaacçãotónicaouexcitante,quepódc «crutil:das muitas quo exis

-

tem sã orccomincndavcisasdc Sells,Spa, Vicchy, Bourbonc,Forges, Bareges

.

Pyrmont, das caldas,etc

.

Ocasamentofoi aconselhadopor Hyppocratcs comoum dos meios capazes do curara hyslheria:sãoacordescomelleBocrhavc,Tissot, Lowycrdc Yillermay

.

(18)

13

-

Forestus,

Dein,Hoffmann

,

Reid, etc

.

, otodos íirmão

-

sona expcricncia

.

Nãoso mosde

differente pensar

; pelocontrario

,

ocasamentocmmuitas occasiõcséo único meio capazde restituir a saudoaumasenhorahystherica; julgamosporém que paraobom resultado deste meiomuitoinfluirão algumas circumstanciasin

-

dividuaes;maisdeuma vez,longedemoderar osaccessos

,

o casamento tem nos aggravado eaugmentado ospadecimentos daqucllas senhoras quesoffremdesta névrose

.

Detodos osmeios capazes deprevenira invasão dahysthcria

,

occupaopri

-

meiro lugara boaeducaçãophysicaemoral das meninas, acalmando a sensibilida

-

decmoderandoossentidosouaimaginação ;oempregobemdirigidode meios hygicnicos;cmfim, afastarparabemlonge deliastodasascausascapazesde amea

-

çardesarranjosnasfuneçõesda economia:tacssãoosmeios pelos quaes scpóde

prevenir

oinsultoereincidência desta moléstia

.

(19)

Ao terminar

este

nosso imperfeito trabalho ,

o

sentimento que em

nó

s predomina é a gratid

ã

o para com

o

nosso mes -

tre

o III . ,

no

Sr . Dr . Manoel de Valad

ã

o Pimentel, pela bondade que para comnosco

leve

, aceitando

a

presid

ê

ncia de

nossa

these

;

e já que nos falt

ã

o

outros

meios de lhe sermos grato ,

sirva ao menos

este

publico testemunho , como prova do nosso

sincero agradecimento .

(20)

HYK - M

.

R - A

'

XI SL £ . VKMIZWl

»

I

.

Miilicri inuterogcrcnli,tenesmus superveniens,aborlirc facit

. —

Sect

.

VII,

Aph

.

»7

.

II

.

Mulicri hysthericæ autdilficultcr parienti stermitamentum superveniens, bo

-

num

. —

Sect

.

V,Aph

.

56

.

III

.

SiIluxui muliebriconvultio etanimi deliquium superveniat, malum

. —

Sect

.

V,Aph,56

.

IV

.

Lassiludincs spon

^

oborlæ,morl

^

denuntiant

.

Sect II,Aph

.

5

.

V

.

Menstruis abundantibus, rnorbieveniuntetsubsistentibus,acccduntab utero morbi

. —

Seel

.

V,Aph

. 57 .

VI

.

Mulicri sanguinem evomenti , menstruiserumpenlibus,solutio fit

. —

Sect V,

Aph

.

3a

.

IRIS

.

Rio de Janeiro

.

Typ,Imp

.

eConst,deJ

.

VILLENEUVE« C

.

*,rua do Ouvidorn

.

65

.

i

(21)

Esta these está conformeos estatutos

.

Escola demedicina

,

25de novembro de

1848 .

Dr

.

Manoel de V alladão Pimentel

.

\

>

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