Qualquer empresa ligada a trabalhos de construção de estradas, pontes, usinas, oleodutos, barragens, linhas de transmissão, levanta· mentos para obras contra as secas e inundações, irrigaçã'o, desenvol-vimento regional, urbano e florestal, controle de produção agrícola e uso da terra, geologia, pólos de desenvolvimento, açudagem, servi· ços meteorológicos, redes de telefonia e sanitárias, prospeção mine· ral, segurança, planejamento, colonização, meio ambiente e muitos outros, necessita de materiais cartográficos para o bom desenvolvi· mento de seus trabalhos.
Faz-se necessário, portanto, tornar mais conhecida a interrela-ção existente entre os dois tipos de técnicos especializados - o biblio-tecário.e o cartógrafo - ambos responsáveis, cadaumem sua função específica, pelo enfoque dos principais aspectos da disseminação, tramitação, guarda, conservação e atualização dos dados.
AO BIBLIOTECÁRIO COMPETE:
a. O planejamento e a otimização dos sistemas nacionais de arquivos;
b. a elaboração e o cumprimento das normas legais, de acor-do com o Programa Natis - Sistemas Nacionais de Informa· ção - Paris1974;
c. o enfoque prioritário para as normas de orientação sobre conservação, defesa e utilização dos documentos, visando seu valor comi> patrimônio da nação, qualquer que seja sua propriedade, respeitados certos direitos.
AO CARTÓGRAFO COMPETE:
a.
o
planejamento técnico e análise de projetos referentes àcartografia;
b. o preparo de ecartas, em todas as suas modalidades, que ser-virão de alicerce a trabalhos cartográficos posteriores; c. a transmissão didática dos informes obtidos através de
tra-balhos de pesquisas referentes à cartografia.
Como podemos observar, o cartógrafo é o "INPUT", que
ali-mentará a Central com os mais diversos tipos de informações, que serão codifI.cadas, sistematizadas e recodificadas visando à retroa. limentação do sistema através de um repertório comum.
Esse processo, até bem pouco tempo, estava relegado àsmãos de curiosos, treinados apenas em atender aos pesquisadores até onde suas memórias pudessem alcançar. As mais simples técnicas arquivís. ticas e biblioteconômicas eram totalmente desconhecidas. Torna.se, pois, indispensável a presença do bibliotecário especializado em qual. quer empresa usuária de cartografia.
A tarefa do bibliotecário estende-se para além dos documen. tos. Possui, também, a responsabilidade de prover os investigadores dos resultados alcançados por outros no mesmo campo, de sorte que o avanço se tome mais fácil e se evite a duplicação de esforços.
O bibliotecário especializado deverá ser o preparador dos docu. mentos cartográficos, para que esses transmitam seu conteúdo eficaz. mente, utilizando-se, para isso, de meios técnicos, como classificaçã'o e arranjo, entre outros, a fun de prestar toda a atenção à estrutura da realidade que é descrita nos documentos, quando se pretender sua disposição em uma seqüência útil.
A tarefa é realmente grande. A informação manipulada nãoé só importante, como, por vezes, sigilosa.
Por que permitirmos que nossos técnicos tenham que ser trei-nados fora das faculdades para operarem um sistema, quando esta é nossa função?
Muitos debaterão esse assunto, enfocando a existência da ca. deira de material especial, obrigatória nos cursos de formação. Mas, não é este o material que os bibliotecários irão encontrar nas empre-sas. Os tipos de mapas enfocados nos cursos são a minoria existente. O grande volume está nos mapeamentos em escalas maiores que a da carta ao milionésimo, nas fotografias aéreas, fonte inicial dos traba. lhos, nos rolos de fIlmes gerados pelos aerolevantamentos efetuados, nos fotoíndices, nas imagens de sensoriamento remoto, nas ortofoto-cartas, e muitos outros.
Como pensarmos em não treinar nossos bibliotecários nesses assuntos? Já há muito passou-se a hora e não podemos mais permi-tir críticas ao nosso sistema de ensino na área.
Cartografia computada e computalizada já é fato real. Muito poucos são os bibliotecários aptos no campo, e o quase total desco-nhecimento do assunto é fato comum.
Não são mais as empresas que gritam por bibliotecários espe cializados; são eles mesmos que buscam, nos raros cursos sobre o assunto, ampliação de seus conhecimentos.
A Comissão de Cartografia, criada pelo Decreto-Lei nC? 243, '
de 28de fevereiro de 1967,incluída no âmbito da SEPLAN-PR pelo
Decreto nC? 76.086, de6de agosto de 1975,e alterado pelo Decreto
nC? 78.378, de 6 de setembro de 1976,tem por f"malidade a coorde-nação e execucão da Política Cartográfica Nacional, além de outras atribuições de acordo com os termos do Decreto-Lei, e de seu
Regi-mento Interno, aprovado pela Portaria5,de 9 de janeiro de 1979,
em substituição à Portaria85,de 20de setembro de1976.
Criada com a f"malidade de executar as atividades de apoio téc-nico e administrativo necessário ao funcionamento da Comissão de C1lrtogrll.fia, a Secretaria-Executiva da COCAR desempenhou inicial-mente suas funções a título precário pela Secretaria de Órgãos
Cole-giados do IBGE. Apenas a partir de 1C? de agosto de 1978foiinicia~
do seu funcionamento efetivo com estrutura prevista pela Portaria
COCAR nC? 1/79,da Presidência da COCAR.
O Programa de Dinamização da Cartografia, coordenado pela COCAR, com a assistência de sua Secretaria-Executiva tem por
obje-tivo básico manter o mapeamento acelerado a partir do ano de 1978,
nos próximos sete anos, para que se conclua a cobertura do território
nacion'al até, no máximo, o ano de 1985.
Quantos milhões de fotografias aéreas existirão dentro de ape-nas cinco anos, necessitando tratamento adequado? Quantos rolos de f"l1mes? Quantos fotoíndices? Quantos mapas nas mais diversas esca-las?
Já trabalham os grandes Estados efetuando seus mapas regio-nais. Para se ter uma idéia, só o levantamento aerofotogramético da
grande Rio, concluído em 1977, possui duzentos e setenta e seis
plantas e cincomilfotografias cobrindo os5.695km2 da área
metro-politana do Estado, exceto a Capital. Seu custo na época foi de Cr$ 13.000.000,00(treze milhões de cruzeiros). Cento e cinqüenta e
nove mosaicos na escala de 1:10.000foram compostos para fornecer
uma visão contínua da região metropolitana.
O intercâmbio do material aerofotogramétrico tem sido feito pela FUNDREM com diversas empresas públicas e privadas, como a PETROBRÃS, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Rede Ferroviá-ria Federal, o DNER e a PUC, entre outras.
Em 1975,já no VIII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, realizado em Brasl1ia, levava-se ao conhecimento dos bibliotecários presentes a técnica utilizada pela Companhia de Pesquisas de Recur-sos Minerais para classificar os materiais cartográficos existentes
na-quele Órgão. Em 1976e 1978, apresentou-se trabalho sobre organi- <
zação de fototecas e mapotecas temáticas.
A partir de um sistema de classificação lógico e que atende
perfeitamente àsnecessidades dos trabalhos em escalas maiores que
1: 100.000, pode-se cuidar da aplicação de técnicas catalográficas ao material.
Muito teve que ser feito para melhor atender aos trabalhos, e muito ainda está por ser elaborado, exigindo do bibliotecário espe-cializado não apenas conhecimentos técnicos adequados, mas, tam-bém, bom senso e criatividade.
O conhecimento do usuário toma-se fundamental.
Para classificação de cartas, é aproveitado e adaptado o mesmo critério de esquematização de folhas da Carta Internacional ao
Milio-nésimo, proposto pela Convenção de Londres, em1909,que permite
a interligação de todas as folhas, bem como facilita sua identificação e referência cruzada. Este esquema de classificação é perfeitamente
aplicável até a escla de 1:25.000, isto porque a articulação das
car-tas em escalas maiores, que estão afecar-tas a cartografia regional e urba-na é,atualmente, objeto de estudo para sua normatização no Conse-lho Nacional de Desenvolvimento Urbano - CNDU - e Diretoria do Serviço Geográfico do Exército - DSG.
Enquanto as propostas estão sendo debatidas e discutidas, a
Comissllo de Cartografia utiliza, para classificação de folhas em
es-calas acima de 1: 25.000, o esquema aprovado pela "DIRCIA 301"
Obs:Ver também os quadros anexos 3, 4,5 e 6.
b. cartas naúticas; c. cartas aeronaúticas. Quanto ao tipo de mapas: _
planimétrica~
a. cartas terrestres - planialtimétncas SELEÇÃO DO MATERIAL:
Os materiais deverão ser selecionados, levando-se em conside-ração os seguintes assuntos:
NOMENCLATURA INTERNACIONAL SF.23.x.C.V SF.23.x.C.Vo4 SF.23.x.C.VA.SE SF.23.x.C.Vo4.SE.F SF.23.x.C.VA.SE.IV SF.23.x.C.Vo4.SF.IV.6 SF.23.x.C.Vo4.SE.F.IV.6.D NOMENCLATURA SIMPLIFICADA 2970 2970-4 2970-44 2970-44F 2970-44Fo4 2970-44F046 2970-44F.64 ESCALAS 1: 100.000 1: 50.000 1: 25.000 1: 10.000 1: 5.000 1: 2.000
1:
1.000
turalmente da Carta Internacional ao milionésimo, adotada pelo Sistema Cartográfico Nacional.
O exemplo abaixo apresenta nomenclatura simplificada e in-ternacional até a escala de I: 1.000 proposto pelo Instituto de PIa-nejamento Econõmico e Social - IPEA.
Quanto ao caráter informativodascartas: a. cartas gerais;
b. cartas especiais; c. cartas temáticas
Outros materiais: a. fotografias; b. fotoíndices; c. fotomosaicos; 1:20.000 . 6' x 6'
1: 10.000 - 3' x 3' 1: 5.ÓOO . 1,5' x 1,5' 1: 2.000 - 36" x 36" 1: 1.000 - 18" x 18" 1: 500 . 9" x 9"
Até a escala de 1: 25 .000, o esquema apresentado já é reconhe· cido oficialmente, ficando a codificação para as demais escalas aqui propostas:
1: 1.000.000 - 40 x 60 1: 500.000 - 20 x 30 1: 250.000 - 10 x 105' 1: 100.000 - 30' x 30' 1: 50.000 - 15' xIS' 1: 25.000 - 7,5' x 7,5'
As escalas superiores aI: 25.000 são as que atendem aos traba-lhos efetuados para a cartografia regional.
e
de se notar que as regiões metropolitanas adotam outraarti·culação para as suas cartas.
Considerando-se as escalas e as projeções cartográficas UTM e LTM, esta1:>eleceu-se a subdivisão das folhas em função da origem to-mada na escala 1: 100.000 (30' x 30'), esta, por sua vez, oriunda na-De acordo com o quadro 1, podemos observar que o Brasil está dividido em quarenta e seis folhas na escala de 1: 1.000.000. As folhas ao norte do Equador .iniciam sua codificação alfabética crescente com a letra N (exemplo: NA, NB ...), e ao sul do mesmo paralelo, pela letra S (exemplo: SA, SB. ..). Todas com amplitudes idênticas de 40 x 60.
Seguindo-se
uma
ordem coerente, podemos observar no qua-dro 2 (anexo), o esquema de articulação das folhas a partir de uma folha por um milhão.d. mosaico de radar; e. ortofotocartas; f. pictomapas;
g. imagens de satélites; h. mapas-índices.
PREPARO TÉCNICO
Após efetuada a seleção dos materiais cartográficos deverão os. mesmos ser classificados de acordo com o sistema da Carta Interna-cional ao Milionésimo - CIM e o código da Diretoria do Serviço Geo-gráfico do Exército - DSG/COC.
Os mapeamentos em escalas inferiores à milionésima deverão ser classificados pelos sistemas convencionais, ou sejam: Classificação Decimal Universal - COC, Classificação Decimal de Dewey - CDD, ou pela Tabela de Classificação de Boggs, a mais apropriada para o
as-sunto, e utilizada pelo Ministério das Relações Exteriores·Ir
AMA-RATY.
Efetuada a classificação, a catalogação deverá ser executada dentro das normas existentes, ficando a critério do bibliotecário res-ponsável pelo acervo a adaptação das mesmas aos novos tipos de ma· teriais cartográficos que suIjam. O quadro 7 apresenta alguns mode-los de fichas catalográficas simplificadas de mapeamentos temáticos e sistemáticos, elaborados no Departamento Nacional da Produção Mineral· DNPM, do Ministério das Minas e Energia.
O arquivamento do material deverá ser feito em mapotecas de aço VERTICAIS, separados por escalas em ordem crescente do nú-mero de codificação.
O número da chamada será composto pelo número de codifi-cação CIM/COC/CPRM, mais o número da mapoteca em que está arquivado o material, acrescido da letra "V", que identificará o
tipoda mapoteca.
No caso de se utilizarem mapotecas horizontais, além de se-rem, as mesmas, numeradas, suas gavetas deverão ser alfabetadas de cima para baixo.
Os negativos deverão ser inseridos em envelopes pardos
apro-priados, com etiquetas aplicadas ao canto superior direito dos en-velopes, contendo o código de classificação do material.
As bordas do envelope deverão ser fixadas às tiras perfuradas
suspensas, quando se utilizar em mapo..ecas verticais.
Sacos de pano fmo, contendo sI1ica-gel, deverão ser colocadas na mapoteca, para evitar que fungos ataquem os negativos.
Mosaico é o conjunto de fotos de escala aproximada de deter-minada área, ·recortadas e montadas técnica e artisticamente, de tal forma a dar impressão de todo o conjunto é urna única fotografia.
Tanto os mosaicos de fotografias aéreas quanto os mosaicos
de radar receberão igual tratamento dos mapas sistemáticos
terres-tres; a classificação será a CIM/COC/CPRM e os mosaicos serão ar-quivados em mapotecas, de preferência verticais, contendo, quando for o caso, as cartas planimétricas de radar, logo a seguir da mesma área, em ordem numérica crescente das escalas 1: 1.000.000 e 1: 250.000. As ampliações elaboradas para as escalas 1: 100.000 e 1: 150.000 pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais.
CPRM também deverão
ser
trabalhadas igualmente. A catalogaçãosegue as regras normais de um mapeamento sistemático terrestre,
apenas sendo citado: "trata-se de um mosaico ao invés de um ma-pa".
Fotoíndice é o conjunto de fotografias de escala aproximada
de determinada área, ligadas umas àsoutras pela zona de superposi.
çã'o e reduzido o conjunto fotograficamente.
Os fotoíndices serã'o classificados pelo mesmo sistema CIM/ COC/CPRM e, após separados pelas obras a que se referem, deverão ser catalogadas segundo modelo apresentado no quadro 8.
Em vista do enorme volume de fotografias que compõem urna fototeca de aerolevantamentos, torna·se impossível e desnecessária a catalogaçl'o do material. As fotografias aéreas deverão ser arquivadas,
de preferência, em caixas apropriadas, de papelão, com abertura, em
mimero aproximado de 500 exemplares por caixa, com separações
de cem em cem, para facilitar o manuseio. Na parte lateral da caixa,
será aplicado o bolso, contendo duas fichas. A primeira, fará referh-cia ao conteúdo da caixa; e a segunda, será a ficha de empréstimo.
As caixas deverão ser dispostas em estantes de aço, em andar térreo, em vista do peso, e ordenadas por código de obras.
Uma atenção toda especial deverá ser dada ao vôo da United States Air Force· USAF, o AST·10, por ser atualmente a maior obra de aerolevantamento executada no país. Essa obra será arqui· vada separadamente das demais, levando-se em consideração o para· leIo quatorze, que limitou suas duas fases de trabalhos.
O bibliotecário de materiais cartográficos deve ter todo cuida· do com as áreas reservadas, estipuladas pelo Estado Maior das Forças Armadas - EMFA.
Os mapas serão carimbados com a expressão RESERVADOS, na parte superior, e as fotografias, em seus versos.
As fotografias reservadas deverão ser arquivadas em pastas sus-pensas em ordem numérica seqüencial das obras, e numérica da ima-gem, em arquivos de aço chaveados. Os mapas reservados, uma vez dispostos em mapotecas chaveados, não necessitam ser isolados dos ostensivos. Dever-se-á apenas ter o cuidado de mantê-las fechadas e recolher, ao fmal do dia, as chaves das mesmas.
Os mapas índices são os mapas de maior importância em um Centro Cartográfico. Suas atualizações e controles, feitos periodica-mente, são indispensáveis ao bom desenvolvimento dos trabalhos, além de servirem para o controle visual do acervo existente no Cen-tro.
Este tipo de material deverá ser solicitado às empresas
produ-torasdecartografia.
De um modo geral, não há um padrão estipulado para esses
mapas. Eles podem ser encontrados nas mais diversas escalas e for-mas.
A Diretoria do Serviço Geográfico do Exército publica, anual-mente, seu mapa-índice na escala aproximada de 1: 5.000.000. A Aerofoto Cruzeiro do Sul S.A. produz seus mapas-índices de aero-levantamentos na escala de 1: 1.000.000 e, trimestralmente, os atua-liza.
Os fotomosaicos diferem dos mosaicos de radar, pois são montagens a partir de fotografias convencionais de forma artística, para dar a impressão de um rastreamento da área fotografada de for-ma contínua. Neles, são retiradas as superposições existentes e os re-bordos das imagens. Deverão ser trabalhados como os mosaicos e ar· quivados em separado em mapotecas verticais, de preferência, presos
a tiras suspensas, e etiquetadas, tanto no canto inferior direito quan-to na tira da mapoteca, com o dígiquan-to da CIM/COC/CPRM.
As ortofotocartas são produtos originários de ortof~tografias,
que são fotografias resultantes da transformação de fotos originais em projeção cOnica para projeção ortogonal. Nasortofotocartas, complmentam-se as ortofotografias com símbolos, linhas e quadri-culagens, com ou sem legendas, podendo, ainda, conter informações planialtimétricas ou apenas planimétricas.
Esse tipo de material deverá ser tratado como os mapas siste-máticos terrestres, clasSificados conforme o esquema apresentado e catalogado normalmente, apenas indicando tratar-se de uma orto-fotocarta, ao invés de um mapa impresso, um mosaico de radar ou um fotomosaico.
O termo PICTOMAPA é uma sigla proveniente de "Photo-graphic Image Conversion by Tonal Masking Procedures". A produ-ção de cartas topogfaficas convencionais consome enorme tempo e dinheiro. Para sua obtenção são necessários vários anos, desde a fase de planejamento, fotografias aéreas, estabelecimento de apoio no terreno, restituição, até a gravação e impressão. O substituto mais comum da carta topográfica é o mosaico, cuja princip& deficiência
está na dificuldade que apresenta na identificação das formas e
p0-sicionamento incorreto. Um estudo realizado pelo Serviço de Ma-pas do Exército Americano, para que fosse sanada esta deficiência deu origem ao PICTOMAPA. O PICTOMAPA é o documento carto-gráfico resultante da transformação de imagem fotográfica de um mosaico, através de retificação e da conversão de tonalidades cinza e feições em cores interpretativas convencionais, por processos e técnicas especiais de laboratório, juntando, ainda, gravação de sím-bolos cartográficos e nomes.
Os PICTOMAPAS deverã'o ser tratados dentro do mesmo esquema apresentado para as ortofotocartas.
Como podemos observar, diversos são os materais especiais necessitando de normatização biblioteconôrnica. Não devemos mais, nós, bibliotecários e arquivistas, manter·nos ausentes desses trabalhos.
O Brasil possui mais de 8.511.965 km2 e, dentro de mais
- (. 11/250,0000x1,50
É chegada a hora de refonnular-se a cadeia de materiais es-peciais dos currículos de biblioteconomia. Campo para trabalho, existe. O que falta, são técnicos qualificados para operarem o siste-ma.
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QUADRO 2
ESQUEMA DE ARTICULACAo
1/1.000 000.4°x60
--1,/500.000 \ 2°x 30
11100.000~_
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3O'X3O') _~I~--!..---r-i - - - , - - - _ - , .
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1/25.000 7,5'x 7,5'
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1/500 9"x9"
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1/20.000 6'x 6'
111.000 lS"x lS"
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1/500 361;,2.cx;o6"
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QUADRO 3 QUADRO 4
ESQUEMAS DE ARTICULAÇAo E NOMENCLATURA DAS FOLHAS
2'30" 0'0"
1'15"
1:5.000 (1'15" x 1'52':5) SF 23-X-C-V-4-SE-F-IV oU2970.4.4.F.4 1'62':5- ~
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1:10.000 /2'30"x3'45") 3'45"
SF 23-X-C-V 2970-4
1:25.000 SF 23-X-C-V-4
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(16'x15') SF 23-X-C-Vou2970
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22'30" 1:100.000 (30'x30') 0"0'0"
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37':5
1'15" 1:2.000
(37,5"x37':5) SF 23-X-C-V-4-SE-F-IV-6 oU2970.4.4.F.4.6 37':5
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1:5.000 (1'15"x1'52",5) 1'62':5
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1:10.000 (2'30"x3'45"1 0"0'00"
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BIBLIOTECA
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37':5 18':75
1:1.000 (18';75x18';751
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0°0'0"
18';75
37';5
QUADRO·RESUMO· PROJECOES. ARTlCULACÃO E NOMENCLATURA
PROJEÇAO ESCALA SUBDIVISÃO DIMENSOES
ADOTADA DO N?
MAPEAMENTO
OLHAS FORMA LONGITUDE LATITUDE
',1.fJOO.OOO
•
6° 4°PROJEÇAO CONICA DE LAMBERT
~
1,500.000 4 30 2"
1'250.000 4
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1°30' 1°~
1: 100.000 6 30' 30'
l'il ~
PROJEÇAo
~
1:50.000 4 lS' IS'
UTM
~
',2S.OOO 4 7'30" 7'00"
so
~
1:10.000 6 C D 3'45" 2'30"
E
',S.OOO 4
~
1'52';5 l'lS"PROJEÇAO
~
1:2.000 6 37';5 37';5
4 5
LTM
1:1.000 4
~
18';75 18';75BIBLIOGRAFIA
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