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PETRÓLEO, GÁS E BIOCOMBUSTÍVEIS

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Academic year: 2021

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Julho de 2014

O Decreto n° 8.266, de 16 de junho de 2014, promoveu alterações nas regras para permanência de mercadorias estrangeiras dentro do regime de Entreposto Aduaneiro na Importação (i) nos casos de plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão no País, contratadas por empresas sediadas no exterior, e (ii) situada em estaleiros navais ou em outras instalações industriais localizadas à beira-mar, destinadas à construção de estruturas marítimas, plataformas de petróleo e módulos para plataformas.

De acordo com o Decreto, quando ocorrer rescisão de contrato ou sua não prorrogação por motivos alheios à vontade do beneficiário para as hipóteses mencionadas acima, a Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá autorizar a permanência das mercadorias no regime de Entreposto Aduaneiro na Importação até que haja formalização de novo contrato com empresa sediada no exterior, limitado ao prazo de até dois anos, contado da data de rescisão ou do termo final do prazo de vigência não prorrogado.

O Boletim Informa Infraestrutura apresenta periodicamente um resumo das principais alterações legislativas e das decisões judiciais e administrativas aplicáveis a projetos de infraestrutura no Brasil.

Destina-se aos clientes e integrantes do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Este Boletim não tem por objetivo prover aconselhamento legal sobre as matérias aqui tratadas e não deve ser interpretado como tal.

São Paulo:

Luis Antonio Semeghini de Souza luis.souza@scbf.com.br

Ronald Herscovici

ronald.herscovici@scbf.com.br Joaquim José Aceturi Oliveira joaquim.oliveira@scbf.com.br Alexandre Barreto

alexandre.barreto@scbf.com.br Roberto Mario Amaral Lima Neto roberto.lima@scbf.com.br Karin Yamauti Hatanaka karin.yamauti@scbf.com.br Fernando de Melo Gomes fernando.gomes@scbf.com.br

Rio de Janeiro:

Maurício Teixeira dos Santos mauricio.santos@scbf.com.br

ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO ENTREPOSTO ADUANEIRO NA IMPORTAÇÃO APLICÁVEL À INDÚSTRIA DE O&G

PETRÓLEO, GÁS E BIOCOMBUSTÍVEIS

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AUMENTO DO PERCENTUAL DE BIODIESEL ADICIONADO AO ÓLEO DIESEL

Em 28 de maio de 2014, foi publicada a Medida Provisória nº 647 que dispõe sobre a adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final. Essa MP estabelece percentual de adição de 6%, a partir de 1º de julho de 2014, e de 7%, a partir de 1º de novembro de 2014. Como ferramenta de ajuste, contudo, permite que o Conselho Nacional de Política Energética altere o percentual obrigatório, a qualquer tempo, entre os limites de 5%

(mínimo) e 7% (máximo), por motivo de interesse público.

A edição da MP ocorre em um momento de perspectiva de ampliação da próxima safra de soja e busca sinalizar demanda interna para tal safra a fim de reduzir negociação

antecipada da safra para exportação. A MP determina que o biodiesel utilizado na adição deverá ser fabricado, preferencialmente, a partir de matérias-primas oriundas da agricultura familiar, cabendo ao Poder Executivo federal estabelecer mecanismos para assegurar sua participação prioritária na comercialização no mercado interno.

Além disso, caberá à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível – ANP: (i) estabelecer os limites de variação admissíveis para efeito de medição do percentual de adição de biodiesel ao óleo diesel; e (ii) autorizar a dispensa, em caráter excepcional, de adição mínima obrigatória de biodiesel ao óleo diesel.

MARÍTIMO

ACORDO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA ENTRE A AUTORIDADE MARÍTIMA BRASILEIRA E LLOYD’S

Em 14 de maio de 2014, conforme Portaria 134 do Departamento de Portos e Costas (“DPC”), a Autoridade Marítima Brasileira celebrou acordo de delegação de competência com a sociedade classificadora Lloyd’s Register do Brasil Ltda. (“Classificadora”). O acordo terá a validade de cinco anos e é celebrado em consonância com o estabelecido na NORMAM 06/DPC para “Reconhecimento de Sociedade Classificadora para atuar em nome do Governo Brasileiro”.

O propósito do acordo é delegar competência à Classificadora para atuar em nome do Governo Brasileiro na implementação

e fiscalização das Convenções e Códigos Internacionais e Normas Nacionais relativas à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição ambiental, cujos serviços terão aceitação idêntica àqueles prestados pela DPC.

De acordo com a Portaria, a remuneração será diretamente cobrada pela Classificadora à parte que tiver solicitado seus serviços e caberá à DPC efetuar auditorias para verificar se os serviços estão sendo prestados em conformidade com as Convenções e Códigos Internacionais.

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PORTOS

REDEFININDO AS FRONTEIRAS DE PORTOS ORGANIZADOS

Conforme reportado em nosso Informa Extra do dia 11 de junho de 2014, http://www.scbf.com.br/arquivos/14024906780.pdf, a Secretaria dos Portos da Presidência da República (“SEP”) submeteu à consulta pública proposta de alteração de limites geográficos (poligonais) de 17 portos organizados.

A definição dos limites das poligonais passou a ter grande

importância a partir da edição da Nova Lei de Portos, uma vez que a localização geográfica (dentro ou fora da poligonal) passou a ser o critério para distinção entre terminais públicos e privados.

A consulta pública, todavia, não abrange importantes portos brasileiros, como os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO E NOVAS LICITAÇÕES PORTUÁRIAS

Depende ainda de manifestação do Tribunal de Contas da União (“TCU”) o lançamento da licitação das áreas integrantes do Bloco I do Programa de Arrendamentos Portuários. Em dezembro de 2013, o TCU impôs 19 condicionantes para o lançamento dos editais, das quais 15 foram acatadas e quatro

foram contestadas pelo Governo Federal. O Bloco I abrange áreas nos portos organizados de Santos, no Estado de São Paulo, e os portos de Belém, Santarém, Vila do Conde e Terminais de Outeiro e Miramar, no Estado do Pará.

LICITAÇÃO PARA DRAGAGEM EM SANTOS

A SEP conduz licitação para obras de dragagem do Porto de Santos. O vencedor da licitação ficará responsável pela manutenção da profundidade do canal e dos berços de

atracação. A entrega de propostas deverá ocorrer até o dia 27 de junho de 2014.

RODOVIAS

TOMADA DE SUBSÍDIOS PARA NOVOS TRECHOS RODOVIÁRIOS

Foi iniciado, em 16 de junho de 2014, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”) procedimento de Tomada de

da soja”); (iii) BR-364 GO/MG entre Jataí e a entrada da BR-153;

e (iv) BRs-476, 153, 282 e 480, ligando Lapa (PR) à divisa entre

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FERROVIAS

DIVULGADO REGULAMENTO DO OPERADOR FERROVIÁRIO INDEPENDENTE

Foi publicada a Resolução nº 4.348, de 5 de junho de 2014 (“Resolução 4348”), que aprova o regulamento do Operador Ferroviário Independente (“OFI”), pessoa jurídica autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT a prestar serviço de transporte ferroviário de carga não associado à exploração da infraestrutura ferroviária.

De acordo com o novo modelo regulatório do Setor Ferroviário divulgado em 2013, a VALEC adquirirá a totalidade da capacidade operacional das novas concessionárias (responsáveis pela infraestrutura ferroviária), por meio do Contrato de Cessão Onerosa do Direito de Uso da Capacidade Operacional, pagando, como contrapartida, à respectiva concessionária, a Tarifa de Direito de Uso da Capacidade Operacional.

A VALEC realizará oferta pública da capacidade operacional adquirida, da qual poderão participar somente OFIs, e da qual resultará a celebração do Contrato de Cessão de Uso da Capacidade de Tráfego, cuja contrapartida é a Tarifa de Capacidade de Tráfego.

Uma vez adquirida a capacidade operacional, os OFIs celebrarão com as concessionárias o Contrato Operacional de Transporte, no qual serão previstas as obrigações e direitos das partes. Nesta relação, haverá o pagamento da Tarifa de Fruição às concessionárias, em decorrência do uso da via.

Por fim, os OFIs celebrarão Contratos de Transporte com os Usuários Finais, sendo as Tarifas de Transporte livremente negociadas entre as partes.

De acordo com a Resolução 4348, para atuar como OFI, o interessado deverá encaminhar solicitação à ANTT, acompanhada de documentação atestando habilitação jurídica, econômico-financeira, fiscal e técnica. O requisito de habilitação técnica poderá ser cumprido mediante apresentação de termo de compromisso, pelo qual o

interessado comprometer-se-á a possuir, em até 30 dias antes do início das operações de transporte, organização apta às operações de transporte.

A autorização será outorgada pela ANTT por prazo indeterminado, sendo que, a cada cinco anos, o OFI deverá apresentar requerimento de recadastramento.

Publicados Editais de Chamamento Público de Estudos Foram publicados, em 10 de junho de 2014, editais de chamamento público para apresentação de estudos de viabilidade técnica dos seguintes trechos ferroviários integrantes do Plano de Investimento em Logística:

1. Açailândia (MA) e Barcarena (PA) – Edital nº 06/14;

2. Anápolis (GO) e Corinto (MG) – Edital nº 07/14;

3. Belo Horizonte (MG) e Guanambi (BA) – Edital nº 08/14;

4. Estrela D’Oeste (SP) e Dourados (MS) – Edital nº 09/14;

5. Sapezal (MT) e Porto Velho (RO) – Edital nº 10/14;

6. Sinop (MT) e Mirituba – Itatuba (PA) – Edital nº 11/14.

Os interessados deverão protocolar, em até 20 dias úteis após a publicação do edital, requerimento junto ao Ministério de Transportes. Após aprovação da requisição, haverá um prazo de 180 dias para apresentação dos estudos de viabilidade.

Será assegurado ao participante que tenha seu estudo selecionado para a confecção do Edital ressarcimento de custos incorridos na preparação dos estudos, limitado a 2,5% do valor do investimento estimado para o empreendimento.

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RODOVIAS E FERROVIAS

CONDIÇÕES DE APOIO FINANCEIRO ÀS CONCESSÕES FERROVIÁRIAS E RODOVIÁRIAS

Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e Caixa Econômica Federal divulgaram, em 10 e 11 de junho de 2014, as condições de apoio aos investimentos relacionados às futuras concessões ferroviárias e rodoviárias, com exceção da Ponte Rio Niterói. As condições referentes às concessões rodoviárias ainda poderão sofrer alterações, dependendo das diretrizes fixadas pelo Poder Concedente para os respectivos Editais.

A participação dos bancos públicos no financiamento de longo prazo será limitada a até 70% do volume de investimentos obrigatórios previstos no plano de negócios. Os valores do empréstimo ponte estão limitados a 30% do valor do financiamento de longo prazo e contarão, preferencialmente, com fiança corporativa ou bancária.

No caso das concessões ferroviárias, o financiamento de longo prazo terá prazo de 30 anos, com prazo de carência de até cinco anos e 25 anos de amortização, e taxa de juros à Taxa de Juros a Longo Prazo (“TJLP”) mais, no máximo, 2% ao ano.

No caso das concessões rodoviárias, o financiamento de longo prazo terá prazo de 25 anos, com carência de até cinco anos

e 20 anos de amortização, e taxa de juros à TJLP mais 2%

ao ano. As garantias exigidas para o longo prazo variam de acordo com a fase do projeto, e deverão envolver as garantias típicas de projeto, como direitos emergentes da concessão, recebíveis e ações, bem como, até a conclusão do projeto (fase pré-completion), fiança corporativa ou bancária e Contrato de Suporte de Acionistas (o chamado ESA). Os financiamentos às concessões ferroviárias também contarão com garantias oriundas de créditos da Valec. Um lote exclusivo desses créditos será segregado para o financiamento e deverá, a todo o momento durante o financiamento, manter-se em valor correspondente a cinco anos de Tarifa de Disponibilidade da Capacidade Operacional - tarifa paga pela Valec à Concessionária pela compra da totalidade da capacidade operacional.

Riscos não gerenciáveis deverão contar com garantia a ser emitida pelo Fundo Garantidor de Projetos de Infraestrutura, gerido pela Agência Gestora de Fundos Garantidores e de Garantias S.A. ou outros mecanismos equivalentes, ainda a serem detalhados.

ENERGIA ELÉTRICA

COMISSÃO DO SENADO APROVA PROJETO DE ISENÇÃO PARA EQUIPAMENTOS DE ENERGIA SOLAR

A Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado Federal aprovou em 4 de junho de 2014 o projeto de lei PLS 317/2013

equipamentos e componentes utilizados para a geração de energia solar que não tenham um equivalente produzido

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MME PUBLICA PORTARIA COM DIRETRIZES DO LEILÃO DE ENERGIA RESERVA DE OUTUBRO DE 2014

O Ministério de Minas e Energia, por meio da Portaria 236 de 30 de maio de 2014, publicou portaria especificando diversos pontos do leilão de energia reserva a ser realizado em outubro de 2014 para fontes solar fotovoltaica, biomassa por resíduos, e eólica.

Um destaque importante dessa Portaria é o estabelecimento de métricas para a remuneração de empreendimentos que tenham como base a produção de energia fotovoltaica: são definidos limites mínimos e máximos de produção de energia que podem gerar bônus e penalidades para o gerador. Essas diretrizes devem ser refletidas no edital do leilão de energia reserva.

ANEEL APROVA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA METODOLOGIA DO 4º CICLO DE REVISÃO TARIFÁRIA

A Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel aprovou a abertura de audiência pública, no período de 11 de junho a 1o de setembro de 2014, para consultas sobre a metodologia a ser

utilizada no 4º ciclo de revisão tarifária das distribuidoras que será realizado em 2015, no qual está incluída a AES Eletropaulo.

SANEAMENTO

CONVÊNIO PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO

Por meio de um convênio, a Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC assessorará a Fundação Nacional de Saúde – FUNASA na elaboração dos planos de saneamento básico para 12 municípios catarinenses. Após 31 de dezembro de 2015, o plano de saneamento básico é requisito para que

municípios recebam recursos da União ou de financiamentos geridos por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico, conforme o Decreto nº 7.217/10.

Referências

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