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Palavras-chave: Animais. Atropelados. Rodovia. Mortalidade.

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Academic year: 2022

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ATROPELAMENTO DE MAMIFEROS E VERTEBRADOS

SILVESTRES NA ESTRADA PARA O CAMPUS DA UNIVERSIDADE UNICRUZ – CRUZ ALTA - RS, QUANTIFICAÇÃO DO IMPACTO E

ANÁLISE DE FATORES ENVOLVIDOS

HASAN, Jamile Amaral1; WOLKMER, Patrícia2; SIQUEIRA, Lucas Carvalho2; FAVARETTO, Bruna Peruzzo3; FRASSON, Letícia3; MORAES, Bibiana Telo3; WILGES, Carlos 2.

Palavras-chave: Animais. Atropelados. Rodovia. Mortalidade.

INTRODUÇÃO

O atropelamento de animais em estradas é um fator de grande impacto sobre a fauna, podendo ser uma das principais causas de mortalidade, inclusive para espécies ameaçadas de extinção. Para algumas espécies, as taxas de atropelamento podem ser significativas. Até 1991, a mortalidade anual do puma da Flórida (Puma concolor coryi) em estradas era de cerca de 10% de sua população. Esforços de mitigação reduziram este número para 2%. Para o cervo Odocoileus virginianus clavium, também na Flórida, a taxa de atropelamento é de cerca de 16% de sua população (FORMAN; ALEXANDER, 1998). No sul do Brasil, levantamentos de mamíferos atropelados têm sido conduzidos em alguns locais, como próximo do Parque Nacional do Iguaçu, no Estado do Paraná (LIMA; OBARA, 2004), e na rodovia RS 040, no Estado do Rio Grande do Sul (ROSA; MAUHS, 2004).

A cidade de Cruz Alta, localizada na região noroeste do Rio Grande do Sul possui um bioma predominante é o pampa e a economia do município baseia-se em um forte setor primário, através da produção do trigo, soja e milho. O centro da Cidade de Cruz Alta se liga a Universidade de Cruz alta pela Rodovia Municipal Jacob Della Méa em uma extensão de 7Km a qual passa por bairro residências, estabelecimentos comerciais e áreas destinadas a agricultura os quais possuem animais de companhia (cães e gatos), e animais tração (cavalos)

1 Bolsista PROBIC/FAPERGS - 2015/2016. Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta. Email: jamylehasan@hotmail.com

2 Professores do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta. Email: pwolkmer@unicruz.edu.br

3 Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta.

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sendo muitos deles criados soltos, com acesso a estrada. Além disso, muito próximo a rodovia, estão localizado duas áreas de preservação ambiental, sendo locais de preservação da vida silvestre, incluindo animais em risco de extinção. No quilometro final da estrada está localizado o Campus Universitário onde o qual atende mais de 2.600 alunos distribuídos entre graduação e pós-graduação, e aproximadamente 500 funcionários. Isso leva a um intenso fluxo de carros, por ser o único trajeto para o campus da UNICRUZ, sendo grande parte das atividades da instituição a noite, o que dificulta a visualização de animais na estrada. Alem disso, ao longo do trajeto a estrada possui poucas vias de intersecções, poucas curvas e não possui fiscalização constante, o que leva, muitas vezes a imprudência e excesso de velocidade dos motoristas.

Contudo, é de grande importância o monitoramento dos atropelamento de mamíferos e vertebrados silvestres ocorridos na rodovia, buscando identificar os fatores que o influenciam, a taxa de atropelamentos, os tipos de animais que são atropelados localizando os principais pontos de acidentes.

MATERIAIS E MÉTODOS

A Rodovia Municipal Jacob Della Méa (Cruz Alta – RS) possui faixa de rolagem para cada sentido do deslocamento, asfalto conservado, não possui trechos com terceira faixa. O acostamento é estreito com trechos ruim. Vegetação da área lateral não é podada com freqüência. Possui três pontos de cruzamentos, todos localizados no primeiro km.

Durante um período de 12 meses (maio de 2015 a abril de 2016) o trecho fora percorrido diariamente pela manha e a tarde, com finalidade de localizar os mamíferos ou vertebrados silvestres que possam ter vindo a óbito. Sendo realizado registro detalhado da carcaça, registro fotográfico dos animais, identificação da espécie, registro da área em que ocorreu o atropelamento e registro das condições climáticas. Também foi realizada a classificação dos animais atropelados em categorias: domésticos; silvestres; silvestres em risco de extinção. Identificação das áreas com maior risco de acidente ao longo do ano.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os animais, em sua maioria, encontravam-se no acostamento da pista em uma reta da rodovia no sentido campus/centro. Não havia sinal de comida em nenhum dos locais onde foram encontrados cada um dos animais, mas a vegetação após o acostamento acompanha

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todo o percurso. Um relevante para os acidentes foi o clima, os casos obtidos, mostram uma pré-disposição maior após noites de chuva e/ou neblina. Pode-se notar, também, que os acidentes acontecerem em sua maioria em uma descida, provavelmente, por ser trechos onde já índices de velocidades maiores. Outro fator agravante notável, que pode-se obter a partir das datas dos acontecimentos, foi o índice de maior ocorrência nas estações mais frias onde os dias acabam sendo mais curtos.

Também pode-se notar que os acidentes estão interligados aos locais de preservação ecológica, pois na rodovia nos deparamos com uma rota ecológica, estando as matas interligadas, o que predispondo atropelamentos nestes pontos. Acredita-se que os animais tem seu território natural reduzido, vão em busca de alimentos e acabam sofrendo com os impactos da urbanização. Com os dados observou-se que menos de 10% dos acidentes aconteceram com animais domésticos, em sua maioria foram animais silvestres, com grande diversidade em espécies. Em alguns acasos houve que, devido ao reatropelamento tendo a deformações dos corpos, não foi possível identificar o sexo.

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Tabela 1: Animais atropelados Rod. Jacobe Dela Meia, Cruz Alta – RS, durante os meses de maio de 2015 abril de 2016.

Nº Espécie animal Sexo Reatropelado Sentido Curv

a ou reta

Sudida, descida ou plano?

01 Canina (Canis lupus familiaris) Fêmea Não Centro/Campus Reta Subida 02 Canina (Canis lupus familiaris) Macho Não Centro/Campus Curva Plano 03 Preá(Cavia aperea) Macho Não Centro/Campus Reta Plano 04 Graxaim-do-campo (Lycalopex

gymnocercus)

Fêmea Não Centro/ Campus Curva Plano 05 Anfíbio (Amphibian) Macho Sim Campus/Centro Reta Descida 06 Gambá (Didelphis) Macho Não Centro/ Campus Reta Descida 07 Gambá (Didelphis) Macho Não Centro/ Campus Reta Descida 08 Canino (Canis lupus familiaris) Fêmea Não Campus/Centro Curva Descida 09 Gambá (Didelphis) Fêmea Sim Campus/Centro Curva Descida 10 Lebre européia (Lepus

capensis)

Femea Não Centro/ Campus Reta Plano 11 Felino (Felis catus) Macho Não Na faixa Curva Descida 12 Gambá (Didelphis) Macho Não Centro/ Campus Reta Descida 13 Canino (Canis lupus familiaris) Macho Não Campus/Centro Reta Plano 14 Réptil (Lacertilia) ___ Sim Campus/Centro Curva Descida 15 Gambá (Didelphis) Fêmea Sim Campus/Centro Curva Descida 16 Veado (Cervus elaphus) Fêmea Não Campus/Centro Reta Subida 17 Galinha (Gallus gallus

domesticus)

Fêmea Sim Campus/Centro Curva Plano 18 Veado (Cervus elaphus) ____ Sim Centro/Campus Reta Descida 19 Galinha (Gallus gallus

domesticus)

____ Sim Campus/centro Reta Plano 20 Pássaro (Passeriformes) ____ Sim Campus/centro Reta Subida 21 Gamba (Didelphis) Fêmea Não Centro/campus Reta Plano 22 Preá (Cavia aperea) ____ Sim Centro/campus Reta Subida 23 Réptil (Lacertilia) ____ Sim Campus/ cento Curva Plano 24 Mão pelada (Procyon

cancrivorus)

Macho Não Centro/Campus Reta Descida 25 Preá (Cavia aperea) Fêmea Sim No meio da faixa Curva Plano 26 Gamba (Didelphis) Macho Não Campus/centro Reta Plano 27 Gamba (Didelphis) Fêmea Sim Campus/centro Reta

28 Felino (Felis catus) Macho Não No meio da faixa Reta Descida 29 Preá (Cavia aperea) Fêmea Sim Centro/campus Reta Subida 30 Preá (Cavia aperea) Macho Não Centro/campus Curva Subida 31 Gamba (Didelphis) Macho Sim Campus/centro Curva Descida 32 Zorrilho (Conepatus chinga) ____ Sim Centro/campus Reta Subida 33 Felino (Felis catus) ____ Sim Centro/campus Curva Subida 34 Gamba (Didelphis) ___ Sim Campus/centro Reta Plano 35 Preá (Cavia aperea) ___ Sim Campus/ centro Curva Subida 36 Preá (Cavia aperea) ___ Sim Campus/ centro Curva Descida 37 Cavalo (Equus caballus) Macho Não Centro/campus Reta Subida

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CONCLUSÃO

Em geral os result determinantes dos atropelamentos de animais e mostram que medidas mitigadoras precisam ser executadas. O monitoramento destes atropelamentos foi realizado durante 12 meses e os resultados foram preocupantes, ocorrendo atropelamento de animais silvestres e domésticos.

Algumas medidas de controle foram sugeridas há Universidade para alertar os motoristas, como placas de sinalizações nas áreas demarcadas com maiores índices de acontecimentos, sensibilização sobre redução de velocidade e educação no transito bem como sinalizações eletrônicas de velocidade no local. Para que ocorra a sensibilização de alunos, professores e funcionários da Universidade, que são os motoristas que transitam pela rodovia, foi proposto campanhas de conscientização com folders informativos e demonstrações dos dados tabelados. Ainda durante a apresentação da conclusão do projeto serão distribuídos panfletos para os visitantes do Seminário. Contudo é necessário que essas medidas sejam efetuadas visando à queda dos dados encontrados, preservando a biodiversidade.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FORMAN, R. T. T.; ALEXANDER, L. E. 1998. Roads and their major ecological effects.

Annual Reviews in Ecology and Systematics, 29: 207-231.

LIMA, S. F.; OBARA, A. T. 2004. Levantamento de animais silvestres atropelados na BR- 277 às margens do Parque Nacional do Iguaçu: subsídios ao programa multidisciplinar de proteção à fauna.

ROSA, A. O.; MAUHS, J. Atropelamento de animais silvestres na rodovia RS - 040. Caderno de Pesquisa, Série Biologia, 1 v.6 n.1 p.35-42, 2004

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