PROGRAMA NACIONAL DO CONTROLE DO TABAGISMO NO BRASIL
PNCT
Valeria Longanezi
Assistente Farmacêutica do Programa Estadual de Tabagismo SES-SP Mestre em Saúde Coletiva – IS/SES-SP
Cursando Especialização em Dependência Química – UNIFESP
Programa Nacional de Controle do Tabagismo
• Criado em 1985 pelo Ministério da Saúde frente e INCA visando reduzir o alto índice de fumantes no país;
• Portarias e normas do INCA;
• Cada estado tem seu representante - o coordenador estadual;
• São Paulo (CRATOD): Dra. Sandra Silva Marques.
Coordenação Estadual (CRATOD)
DRSs
Coordenadores municipaisGestores/
Secretários
Centros de tratamento
Outras
secretarias
INCA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ANOS 90 35% da população
brasileira com mais de 15 anos era fumante
2007 o índice de fumantes
baixou para 16,4%,
2014 11,3%
(Fonte: Vigitel - Pesquisa - Ministério da Saúde)
Ações Estratégicas Nacionais do Controle do Tabagismo - desde 1989
Essa queda de porcentagem se deve a:
Ações Articuladas pelo Ministério da Saúde e INCA
Objetivo geral:
reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbi-mortalidade relacionada ao tabagismo no Brasil.
Objetivos estratégicos:
• reduzir a aceitação social do ato de fumar,
• reduzir os estímulos sociais e econômicos para o consumo
• prevenir a iniciação no tabagismo,
• proteger a população contra a exposição ambiental à fumaça de tabaco,
• promover e apoiar a cessação de fumar.
DATAS COMEMORATIVAS
• Brasil, 1986 – Dia Nacional de Combate ao Fumo 29 de agosto (primeira lei federal para o controle do tabagismo: nº7.488 de 11/06/86).
• OMS 1987 - Dia Mundial Sem Tabaco
31 de maio
Ambientes de Trabalho
Unidades de Saúde Escolas
Acesso ao tratamento
para cessação do
tabagismo Campanhas
Eventos Mídia Ações educativas
+ promoção da cessação do
tabagismo
Objetivo:
Aumentar o acesso do fumante ao apoio
para cessação do fumar
Capacitação profissional
tratamento do fumante (SUS) Organização da
rede de saúde
Controle e Fiscalização dos Derivados do Tabaco
Restrição à Publicidade Proteção à Exposição
Tabagística Ambiental
Divulgação dos riscos
Portaria 571 de 5 de abril de 2013
• Atenção às pessoas tabagistas deverá ser
realizada em todos os pontos de atenção do SUS, prioritariamente nos serviços de Atenção Básica;
• Portanto, a rede básica deve se preparar para oferecer tratamento de tabagismo (ainda em fase de implantação);
• Antes dessa portaria, o tratamento aos
tabagistas era oferecido apenas nas unidades de média e alta complexidade ( ambulatórios especializados, hospitais...)
Quem pode atender tabagismo no SUS - Sistema Único de Saúde?
• Profissionais capacitados pelas coordenações estaduais;
• Capacitação de 16 horas, voltada para profissionais de nível superior (médico,
dentista, psicólogo, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico, assistente social) que poderão capacitar profissionais de nível médio;
• Unidade credenciada recebe medicação, material didático e informativo.
2005 a 2011 2012 2013 2014 TOTAL
Capacitações 38 07 07 02 54
MUNICÍPIOS
CAPACITADOS 198 97 42 34 371
UNIDADES
CAPACITADAS 451 299 173 140 1063
PROFISSIONAIS
CAPACITADOS 1870 848 535 547 3600
UNIDADES
CREDENCIADAS 158 63 107 28 356
UNIDADES EM ATENDIMENTO capital e interior
137 87 94 10 328
LEVANTAMENTO TABAGISMO ANUAL do Estado de São Paulo
Prevalência de Fumantes adultos
VIGITEL
São Paulo: 19% (2011) . 14,9% ( 2014) No Brasil: 14,8% (2011)
11,3% (2014)
Tabaco e psicopatologias futuras
• Tabagismo na adolescência parece ser um marcador para psicopatologias futuras, pois esta fase da vida é o período de maior
vulnerabilidade neuronal para os efeitos da nicotina sobre a função sináptica e o
desenvolvimento cerebral.
( Slotkin, T.A., 2002 )
Lemos,T. e Gigliotti A de P. : Tabagismo e comorbidades psiquiátricas. ABP saúde . In Atualização no tratamento do tabagismo . Gigliotti A. de P. e Presman S., 2006
AIDS 12 mil mortes/ano (DST/AIDS)
Tuberculose 6 mil mortes/ano (CVS / MS)
Trânsito 59 mil mortes/ano (D.E.R)
Tabagismo 130 mil mortes/ano (Inca)
NO BRASIL
Mortes por drogas ilícitas
Mortes por álcool Mortes por tabaco 250 mil/ano 3,3 milhões/ano 5 milhões /ano
NO MUNDO
ONU, 2011.
Tabagismo Dietas
prejudiciais à saúde
Falta de atividade física
Uso de bebida alcoolica
Doença
cardiovascular
* * * *
Diabetes * * * *
Câncer * * * *
Doença
Respiratória Crônica
*
Tabaco é o único fator de risco para as
quatro doenças crônicas não transmissíveis
Fonte: Tabacco Atlas( 2012) . www.tabacoatlas.org
OMS 2012
Convenção Quadro para Controle do Tabaco (CQCT)
• Tratado internacional de saúde pública
ratificado pelo Congresso nacional do Brasil em 2005;
• Já foi ratificado por 172 países.
• Tem por objetivo conter a epidemia global do Tabagismo;
• No Brasil a CONICQ (Comissão Nacional para Implementação da Convenção -Quadro) foi criada para que os itens da CQ sejam
implantados no Brasil.
Principais pontos abordados pela CQ
• Ambientes livres de tabaco / legislação
• Proteção ao fumante e não fumante
• Preços e impostos
• Regulação dos produtos
• Rotulagem das embalagens
• Educação e conscientização
• Mercado ilegal
• Fumicultura
• Vigilância e pesquisa
• Tratamento
Mortes e problemas ocasionados pelo tabagismo – mundo
• Principal causa de morte evitável em todo o mundo;
• Cinco milhões de mortes ao ano no mundo, mais de 10 mil mortes por dia, uma morte a cada 6 segundos;
• O tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool;
• 7 pessoas morrem por dia no Brasil por conviverem com fumantes em residências (INCA 2008).
BRASIL: 4º maior produtor de tabaco Maior exportador mundial
• Quarto maior produtor de tabaco no mundo;
• Desde 1993, é o maior exportador mundial de tabaco;
• Brasil exporta 87% da sua produção de tabaco.
4% da
PRODUÇÃO
96% DA
PRODUÇÃO
Desafios
• Os cigarros brasileiros são um dos mais baratos do mundo;
• Maior concentração do tabagismo na população de menor escolaridade, menor renda e na população rural;
• Acesso ao tratamento para cessação de fumar ainda insuficiente;
• Curso de graduação de profissionais de saúde não insere tabagismo na grade curricular;
• Regulamentação da lei que proíbe aditivos no cigarro;
• Proibição de publicidade do tabaco (pontos de venda);
• Colocar em prática os itens da Convenção-Quadro do Controle do Tabaco de 2005.
Desafios
• No Brasil há 200 mil famílias de pequenos agricultores inseridas na cadeia produtiva do fumo encontram-se em situação de grande vulnerabilidade econômica e sanitária. (Mulheres e crianças trabalham na lavoura, Dependência exclusiva do fumo para sobreviver, uso excessivo de agrotóxicos)
• Ações da indústria do tabaco para impedir medidas efetivas para controle do tabagismo ou para reverter medidas já adotadas.
(INCA)
2001
OBRIGADA!!!
Programa Estadual de Controle do Tabagismo