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ANALISE COMPLEMENTAR DE PARÂMETROS FISICOS REFERENTES AO NUMERO DE PASSADAS DO TRATOR EM PLANTIO DIRETO

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

HALERRANDRO DE OLIVEIRA DANTAS

ANALISE COMPLEMENTAR DE PARÂMETROS FISICOS REFERENTES AO NUMERO DE PASSADAS DO TRATOR EM PLANTIO DIRETO

MOSSORÓ-RN

2018

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HALERRANDRO DE OLIVEIRA DANTAS

ANALISE COMPLEMENTAR DE PARÂMETROS FISICOS REFERENTES AO NUMERO DE PASSADAS DO TRATOR EM PLANTIO DIRETO

Trabalho de conclusão de curso apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA campus Mossoró para obtenção do título Bacharel em Ciência e Tecnologia

Orientador: Prof. Dr. Joaquim Odilon Pereira – Ufersa

MOSSORÓ/RN

2018

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HALERRANDRO DE OLIVEIRA DANTAS

ANALISE COMPLEMENTAR DE PARÂMETROS FISICOS REFERENTES AO NUMERO DE PASSADAS DO TRATOR EM PLANTIO DIRETO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA campus Mossoró para obtenção do título Bacharel em Ciência e Tecnologia.

APROVADA EM: 17/09/2018

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Sc. Joaquim Odilon Pereira - UFERSA Presidente

Prof. Dr. Sc. Valter Bezerra Dantas - UFERSA Primeiro Membro

Segundo Membro

Bacharel Aline Daniele Lucena de Melo Medeiros - UFERSA

Terceiro Membro

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A Deus que me fortaleceu durante essa jornada, dando em momentos difíceis dessa graduação.

A minha mãe Luzia Cristina Barbosa de

Oliveira, por todo cuidado, amor e paciência,

A minha avó Maria Djalma de Oliveira por

conselhos e cuidados, ao meu irmão Alef

Willamy Barbosa de Oliveira por todo apoio,

a minha esposa Celiany Maria Lima de

Oliveira por paciência e cuidados mostrando o

valor da família.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus, o perfeito criador. Tudo o que sou e tenho vem de ti.

A minha mãe, Luzia Cristina Barbosa de Oliveira , pelo amor e carinho e principalmente pelos ensinamentos que me guiaram até aqui.

A minha Avó Maria Djalma de Oliveira , que tem sido meu amparo e fonte de inspiração a cada decisão tomada.

À meu irmão Alef Willamy Barbosa de Oliveira, pelo apoio concedido, pelo amor compartilhado e por sempre ter me incentivado a seguir em frente com palavras de motivação.

À minha esposa Celiany Maria Lima de Oliveira, pelos momentos de alegria, por estar sempre ao meu lado sendo uma companheira de todas as horas e de infinitas ajudas, a ti devo a minha admiração e respeito.

Ao Prof. Dr. Sc. Joaquim Odilon Pereira . Obrigado por ser um orientador e um amigo, pelos concelhos e ensinamentos de grande valor.

A todos os professores, muito obrigado pelo conhecimento compartilhado.

A todos que de alguma forma contribuíram com essa conquista, o meu muito obrigado!

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RESUMO

O trafego de forma não planejada proporciona o crescimento da resistência mecânica do solo a penetração, prejudicando o crescimento radicular da planta, absorção de nutrientes e de agua, comprometendo assim a produção e gerando maiores gastos financeiros para o cultivo da terra. O objetivo deste trabalho é uma análise complementar de parâmetros físicos referentes ao número de passadas do trator e um plantio direto. Quantificando a interação da resistência a penetração do solo, induzida pelo tráfego de um trator agrícola em dois sistemas de plantio direto: (a) solo com cultura de milho e (b) solo com cultura de feijoeiro. Um experimento de campo foi conduzido em um Latossolo Vermelho Distroférrico, no Núcleo Experimental de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, em delineamento inteiramente casualizado, para determinar a compactação das camadas do solo em função de diferentes passadas de um trator FORD 7630 4x2 TDA com peso de 61 kN. O número de passagens foi 1, 5 e 10. A densidade do solo, o teor de água e a resistência do solo à penetração foram medidas para determinar a compactação em 8 intervalos iguais de 5 cm abaixo da superfície do solo, antes da passagem, após a passagem e após a colheita da cultura instalada. As culturas de milho e feijoeiro foram utilizadas no experimento. O impacto de maior número de passadas na compactação foi mais efetivo na profundidade do solo de até 20 cm. Na camada de profundidade de 20-40 cm, a resistência do solo à penetração também aumentou com o aumento do número de passadas, mas em menor grau. Os valores de resistência do solo à penetração, obtidos após a colheita, aumentaram apenas no experimento com feijoeiro nas profundidades de 10 a 25 cm quando comparados com 10 passadas do trator, revelando a ausência ou pouco efeito de elementos externos na compactação do solo durante o ciclo da cultura após as passadas.

Palavras-chave: Compactação. Resistencia. tráfego. Umidade. Solo.

(8)

ABSTRACT

Unplanned traffic is an alternative to mechanical growth, hampering the root development of the plant, absorbing nutrients and water, committing to produce and generate greater financial costs for the cultivation of the land. The present work is a complementary analysis of the recall program on the number of tractor passes and no-till. Quantifying an interaction of soil penetration, induced by the traffic of a tractor, the action in two no-tillage systems: (a) soil with maize crop and (b) soil with bean crop. A field experiment was conducted in a completely randomized design in a Red Latosol at the Experimental Nucleus of Agricultural Engineering of the University of the West of Paraná - UNIOESTE, to determine the compacting of the soil layers due to different passes of a FORD 7630 tractor 4x2 TDA with weight of 61 kN. The number of passages was 1, 5 and 10. Soil density, water content and soil penetration resistance were measured for compaction at 8 equal intervals of 5 cm below the soil surface before passage , after a passage and after a harvest of the installed culture. Corn and bean crops were used in the experiment. The impact of the greater number of passes in the compaction was more effective in the depth of the ground up to 20 cm. At depth of 20-40 cm, soil resistance to penetration also increased with increasing number of passes, but to a lesser extent. The values of soil resistance to penetration, after a harvest, only increased the experiment with the bean to depths of 10 to 25 cm when compared to 10 passes of the tractor, revealing an absence or effect of small elements in soil compaction during the crop cycle after as passes.

Keywords: Compaction. Resistance. traffic. Moisture. Ground.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização geográfica da área experimental ...18

Figura 2 - Croqui da área experimental ... 19

Figura 3 - Penetrômetro eletrônico de haste... 21

Figura 4 - Resistência do solo à penetração em diferentes profundidades como função da

passada do trator, para solos cultivados com A)milho e B)feijão...22

Figuras 5A/B- Resistencia do solo à penetração em experimento com culturas de milho e

feijoeiro em função do número de passadas de trator e após a colheita...24

Figuras 5C/D- Resistencia do solo à penetração em experimento com culturas de milho e

feijoeiro em função do número de passadas de trator e após a colheita...25

Figuras 5 E/F - Resistencia do solo à penetração em experimento com culturas de milho e

feijoeiro em função do número de passadas de trator e após a colheita...26

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Densidade e teor de água do solo em ensaios com passadas de trator

agrícola... 23

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SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas RPS – Resistencia de Pressão no Solo

Ds – Densidade do Solo Ta – Teor de Agua

UFERSA – Universidade Federal Rural do Semi-Árido

EMBRAPA -Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

NEEA- Núcleo Experimental de Engenharia Agrícola

SPD - Sistema plantio direto

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13

1.1. Objetivo ... 13

1.1.1. Objetivo Geral ... 13

1.1.2. Objetivos Específicos ... 14

2. REVISÃO DE LITERATURA ... 14

2.1. Compactação do solo ... 14

2.2 Resistencia Mecânica a Penetração do Solo (RPS) ... 15

2.3 Densidade do Solo...16

2.4 Teor de água (Ta)...17

3. MATERIAIS E MÉTODOS ... 18

3.1. Localização da Área Experimental ... 18

3.2. Solo ... 19

3.3 Delineamento do Experimento...20

3.4 Desenvolvimento e Coleta dos Dados...20

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 22

5. CONCLUSÕES ... 26

6. REFERÊNCIAS ... 28

(13)

13

1. INTRODUÇÃO

Em busca de maior produção, a mecanização de processos de cultivo agrícola acentua- se com o passar dos anos, a utilização de maquinas mais pesadas e de maiores dimensões adicionada de um trafego intenso, ocasionam ao solo danos em sua estrutura, o solo estudado nesse trabalho é um do tipo Latossolo Vermelho Distroférrico de acordo com (EMBRAPA,1999), este solo tem como características uma baixa fertilidade e altos teores de ferro, comparados ao Latossolo Eutroférricos que contem uma alta fertilidade e altos teores de ferro. Ser comparamos os latossolos com o solo da região nordeste do brasil, veremos a que o solo predominante na região e do tipo arenoso que tem como características uma grande quantidade de areia, sendo esse geralmente pobre de nutrientes. O sistema utilizado foi o de plantio direto que tem como princípios o conservacionismo, nesse sistema o manejo do solo reque alguns cuidados antecipados, como aplicação de forma superficial do calcário. O manejo do solo de forma não planejada contribuir para a alteração das características essências para a cultura. Os fatores mais afetados pelo efeito da compactação, são aqueles que controlam o teor e a transmissão de agua, ar, calor e nutrientes (BALASTREIRE,1987). A resistência penetração do solo (RPS) é uma característica que o solo detém de forma natural, sua acentuação e decorrente de processo de aplicação de pressão ao solo por forças diversas, nesse trabalho iremos mostra a influência exercida pela força de compressão do rodado de um trator no solo, e sua relações com o teor de agua e densidade do solo.

1.1. Objetivo

1.1.1. Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos da compactação do solo em uma

analise complementar de parâmetros físicos relacionados ao número de passadas do rodado do

(14)

14

trator em uma plantio do tipo direto, observando as características desse solo conforme intensificação das passadas e a influência de culturas como forma de atenua essa resistência a penetração.

1.1.2. Objetivos Específicos

Analise de gráficos de Resistencia a penetração do solo relacionados a profundidade, observando seu comportamento conforme o aumento das passadas do rodado, correlacionando com suas respetivas densidades e teores de umidade, também analisando os efeitos de cultivos distintos, como diminuidores dessa resistência a penetração.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Compactação do solo

A compactação pode ser definida como sendo a alteração na estrutura física do solo de modo a reduzir os espaços internos que normalmente são ocupados por água e ar. Em decorrência disso, a disponibilidade desses elementos no solo torna-se reduzida, dificultando, assim, o bom desenvolvimento das culturas (ASSIS et al., 2009).

A compactação do solo e influenciada por fatores distintos que podem ser

classificados em internos e externos, como o tipo de solo que está sendo compactado, o tipo

de força que esta sendo exercida sobre o solo, a energia que essa força transfere para o solo, o

teor de umidade naquele estante (interação solo-força) e a densidade do solo a ser

compactado, textura, teor de carbono.

(15)

15

A compactação do solo pode ocasionar efeitos maléficos e benéficos para produção, por um lado positivo se consideramos que essa ira proporciona um maior contato semente- solo, facilitando assim a germinação da planta.

De acordo com Alakukku e Elomen (1994), conforme citado no trabalho de Richart et al. (2005) afirmam que a compactação do solo tem se destacado em nível mundial como sendo um dos fatores limitantes da qualidade física das terras agrícolas, prejudicando a obtenção de maiores índices de produtividade, esses efeitos são resultados da diminuição dos poros que armazenariam agua e ar para a planta.

O transito intensivo e indiscriminado de maquinário agrícola é segundo Richart et al.

(2005) é a principal causa da compactação do solo, que foi intensificada pela modernização da Compactação do solo: causas e efeitos agricultura, com o aumento do peso das máquinas e equipamentos e da intensidade de uso do solo.

Segundo as ideias de Kondo & Dias Junior (1999) as propriedades do solo que exercem influência em seu desempenho compressivo são afetadas pelo manejo, em que a densidade do solo, a estrutura, o teor da água e a matéria orgânica são exemplos disso.

Podemos considera um processo de descompactação, ou seja, redução da compactação do solo através de cultivos de plantas em solos com compactação acentuada, esse processo de descompactação do solo segundo Kochhann, Denardmn e Berton (2000) é um processo biológico de descompactação do solo que está associado ao desenvolvimento de raízes de plantas, cujo sistema radicular seja suficientemente vigoroso para penetrar e romper camadas compactadas, deixando, após sua morte e decomposição, macroporas no solo. Plantas com raízes pivotantes são as mais indicadas para promover esse processo.

2.2 Resistencia Mecânica a Penetração do Solo (RPS)

A resistência Mecânica a penetração do solo ou resistência a penetração do solo é uma

característica física do solo que consiste em forças contrarias a penetração. Essa propriedade e

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consequência da compactação do solo devido forças dinâmicas excedidas na sua maioria pelo rodado do trator, que provocam prejuízos no crescimento da planta em cultivos, uma vez que planta terá uma resistência a penetração das raízes e associado a uma menor oxigenação e umidade devido ao estreitamento dos poros do solo.

Segundo Pelegrini (2008) para um mesmo solo, quanto maior for à densidade, maior será a resistência à penetração e menor será a sua macro porosidade, que é o principal espaço para o crescimento das raízes. Podemos relaciona a resistência a penetração do solo a um efeito consequente do adensamento das partículas, logo de acordo com Torres & Saraiva (1999) citado na pagina 8 de Pelegrini (2008)

Por essa razão, muitos trabalhos que objetivam caracterizar o efeito da compactação sobre o desenvolvimento radicular e produtividade das culturas, utilizam a densidade do solo como parâmetro de referência, tendo em vista que, quanto maior for a densidade do solo maior será seu estado de compactação.

Utilização de maquinaria pesadas em preparo de cultivos e colheitas, proporcionam o agravamento dessa força de resistência dessas forma condições inadequadas de preparo ocasionam prejuízos ao desenvolvimento satisfatório da planta, logo

Segundo Bonini (2006) citado por Pelegrini (2008) Quando há um mal manejo do solo, associado a condições inadequadas e com operações inferiores a faixa de friabilidade, como maquinarias pesadas e de grandes dimensões , podem ocasionar mudanças na estrutura do solo, causando sérios problemas de compactação, levando à perda da sustentabilidade e à redução do rendimento agrícola.

2.3 Densidade do Solo

(17)

17

Podemos de forma simplificada definir o conceito de densidade de uma amostra de solo, como a relação entre a massa dessa amostra dividido pelo seu volume, a determinação dessa massa e feita através de cálculos e pesagem, deve se prepara essa amostra de forma que essa esteja e seca em uma temperatura de 105º C.

A degradação da qualidade do solo, de acordo com Assis e Lanças (2005), tem sido um item fundamental no estudo da ciências do solo, visto que a extração da cobertura vegetal e a aplicação excessiva da mecanização em todos os procedimentos de cultivo do solo, como os tratos culturais, a semeadura e a colheita, podem ocasionar na redução da sua eficiência produtiva.

De acordo com Kiehl (1979) citado na obra de Stefanoski et al. (2013), a densidade do solo tem maior rendimento quando permanecer no intervalo entre 1,1 a 1,6 Mgmˉ³ em solos minerais, atingindo valores superiores a 1,6 Mg m ˉ³ em solos de textura arenosa, já Camargo & Alleoni (1997) citado na obra de Stefanoski et al. (2013) que solos variando de franco-argilosos a argilosos, o valor de densidade está em torno de 1,55 Mg m ˉ³. Podemos obter a densidade de uma amostra através de vários métodos, sendo um dos mais utilizados o método do anel volumétrico, Teixeira et al. (2017) afirma que “a obtenção da massa por pesagem e do volume pela coleta de amostras de solo com estrutura indeformada por meio de um cilindro de volume interno conhecido”. Logo interligando a compactação do solo, observamos que essas são proporcionais, logo quanto maior a densidade do solo, maior será o nível de compactação e consequentemente a porosidade total do solo, restringindo assim o crescimento radicular e o desenvolvimento da planta.

2.4 Teor de água (Ta)

Para Buske et al. (2014) a umidade do solo é o indicado das condições hídricas que ser

encontra o solo, sendo vários os métodos utilizados para sua determinação, logo a umidade de

(18)

18

uma solo ou Teor de agua é a quantidade de agua que encontra se nos grãos desse solo, o método tradicional é a secagem em estufa, onde observa se a diferença entre a massa de um a amostra seca (após a secagem em uma estufa a 105ºC) e a massa dessa mesma amostra antes da secagem, logo através dessa diferença através de métodos matemáticos podemos encontra o percentual de umidade dessa amostra. A porcentagem de umidade esta relacionado diretamente compactação e resistência a penetração de um solo, podemos observa que em solo com uma alta porcentagem de umidade reflete de forma significativa na compactação.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Localização da Área Experimental

O experimento foi realizado no segundo semestre de 2006 e primeiro semestre de 2007,

no Núcleo Experimental de Engenharia Agrícola - NEEA, da Universidade Estadual do Oeste

do Paraná - Unioeste, localizado na BR 467, km 45, Cascavel - PR, geograficamente situado

nas coordenadas 24°48' de latitude sul e 53°26' de longitude oeste com altitude média de 760

metros por Pelegrini (2008).

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Figura1. Localização geográfica da área experimental. Fonte: Google Earth, acessado em setembro de 2018.

3.2. Solo

Solo local é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico de acordo com Embrapa (1999). A área de estudo estava sendo cultivada com o sistema de plantio direto, principalmente com as culturas de aveia ou trigo no inverno e milho ou soja no verão.

A área foi dividida ao acaso em nove parcelas, cada uma com 10 m de comprimento

por 3,5 m de largura, totalizando 35 m² de área útil para cada parcela. O espaçamento entre

elas foi de 5 m. Na Figura 2 é apresentado o croqui da área experimental, mostrando a

distribuição das parcelas, de acordo com o número de passadas do rodado do trator, e as

culturas analisadas.

(20)

20

Figura 2 - Croqui da área experimental. Fonte: Adaptada de Pelegrini (2008)

3.3. Delineamento do Experimento

A analise foi divididas em 3 etapas, sendo essas:

 Primeira etapa: Analise antes da passadas do rodado do Trator.

 Segunda etapa: Analise depois das passadas do rodado do trator

 Terceira etapa: Analise depois do cultivo do milho e feijão.

No estudo da compactação do solo medida pela resistência mecânica do solo à penetração, por meio do penetrômetro de haste foram realizadas cinco repetições por tratamento (r =5), totalizando 45 ensaios e para a determinação da densidade e teor de água do solo foram coletadas quatro amostras de cada tratamento (r=4), totalizando 36 ensaios.

(PELEGRINI, 2008, p.16).

(21)

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3.4. Desenvolvimento e Coleta dos Dados

Nos dias 4, 5 e 6 de dezembro de 2006 teve início a coleta dos dados, determinando-se a RSP (MPa) com o uso do penetrômetro eletrônico de haste desenvolvido por TIEPPO (2004), armazenando os dados em um sistema do tipo Datalogger (PELEGRINI, 2008, p.16).

utilizando-se cone de diâmetro de 12,83 mm e ângulo de 30º. Foram realizadas cinco repetições por tratamento, sendo as amostragens realizadas até 0,40 m de profundidade, e que foram analisadas posteriormente em oito camadas de: 0 - 0,05 m, 0,05 - 0,10 m, 0,10 - 0,15 m, 0,15 - 0,20 m, 0,20 - 0,25 m, 0,25 - 0,30 m, 0,30 - 0,35 m e 0,35 a 0,40 m de profundidade, conforme TIEPPO (2004), em testes realizados para validação do 18 equipamento. Na Figura 3 é apresentada a utilização do penetrômetro eletrônico de haste (PELEGRINI, 2008, p.17).

Figura 3. Penetrômetro eletrônico de haste. Fonte: Pelegrini (2008).

(22)

22

Dia 8 de dezembro foram realizadas as passadas com o rodado do trator agrícola no solo. O trator utilizado para o processo de compactação do solo foi da marca1 Ford, Série 7630 com tração dianteira auxiliar, potência 75,8 kW (103 cv) no motor a 2100 rpm e massa de 6196 kg com lastragem máxima. O rodado do trator passou em linhas lado a lado atingindo toda a área da parcela. Posterior a isso, nos dias 9, 10 e 11 de dezembro coletaram-se novamente os dados de resistência do solo à penetração, densidade e teor de água no solo (PELEGRINI, 2008, p.20). Após a colheita das culturas, os dados de resistência do solo à penetração, densidade e teor de água no solo, foram novamente coletados, o que ocorreu nos dias 10 e 11 de março de 2007 para a cultura de feijão, e nos dias 11, 12 e 13 de abril de 2007 para as cultura de milho.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O número de passadas e os tipos de culturas foram as duas principais variáveis que

influenciaram a compactação do solo, medida em termos de resistência do solo à penetração

em diferentes profundidades do solo, porque ela afeta as características físicas do solo (Figura

1). A compactação do solo afeta a penetração das raízes, o que, por sua vez, influencia

negativamente o crescimento da cultura, resultando no seu baixo rendimento. Na área de solo

para o cultivo de milho a resistência inicial do solo à penetração até a profundidade de 40 cm

com intervalo de 5 cm variou de 1,05 a 1,47 MPa. A maior resistência foi observada na

profundidade 5 cm enquanto a menor foi observada na profundidade de 35 cm. No intervalo

de de 10 a 30 cm de profundidade a resistência do solo variou de 1,28 a 1,35 MPa. Na área

para cultura do feijoeiro a resistência do solo variou de 1,12 a 1,59 MPa. A maior resistência

foi observada na profundidade de 15 cm (1,59 MPa) e a menor foi observada na profundidade

de 5 cm (1,12 MPa). Para área do milho o teor de água médio foi de 26,8% com densidade

media do solo de 1,03 g/cm

3

(Tabela 1), enquanto na área do feijoeiro foi observado um teor

(23)

23

de água médio foi de 27,9% para uma densidade media do solo de 1,07 g/cm

3

durante a caracterização inicial do experimento.

Figura 4. Resistência do solo à penetração, em diferentes profundidades, como função da passada do trator, em solos cultivados com as seguintes culturas: A) milho, B) feijão.

O número de passadas do trator causaram diferentes níveis de compactação em diferentes profundidades. Foi observado pequena diferença na resistência do solo à penetração produzida por uma passada do trator com relação a condição inicial do solo em ambas as áreas. Na área experimental do milho verificou-se acréscimo a partir da profundidade de 25 cm. Observou-se redução do acréscimo com a profundidade, variando de 0,13; 0,16; 0,15 e 0,09 kPa. Na área do Feijoeiro ocorreu o processo inverso ocorreu pequeno acréscimo até a profundidade de 10 cm e revelou valores de resistência inferiores a partir dessa profundidade.

Esta menor resistência produzida por uma passada do trator na área do feijoeiro pode está relacionada ao elevado teor médio de água (37,1%) comparado com aquele apresentado na condição inicial do solo (27,9%) para esta mesma área.

A resistência do solo à penetração revelou maior crescimento na profundidade de 0 a 15 cm com 5 e 10 passadas do trator, indicando maior efeito na camada superficial que nas camadas abaixo de 15cm. Em ambas as áreas a resistência nesta profundidade verificou-se aumento progressivo com o numero de 5 e 10 passadas, podendo se observar que existe forte correlação positiva entre passada do trator e resistência do solo à penetração para ambas as áreas. Abaixo de 15 cm de profundidade ocorreu redução progressiva da resistência do solo com a profundidade, com maiores valores para 5 e 10 passadas.

A B

(24)

24

Tabela 1. Densidade e teor de água do solo em ensaios com passadas de trator agrícola.

Característica inicial do solo antes das passadas do trator

Milho Feijão

P1 P5 P10 Média P1 P5 P10 Média

Densidade g/cm

3

1,05 1,03 1,02 1,03 1,08 1,05 1,09 1,07 T agua (%) 27,6 24,0 28,7 26,8 25,4 30,7 27,6 27,9

Característica do solo depois das passadas do trator

Densidade g/cm

3

1,06 1,08 1,16 1,10 1,05 1,15 1,17 1,12 T agua (%) 35,4 31,5 33,0 33,3 37,1 42,2 31,9 37,1

Característica do solo após a colheita das culturas

Densidade g/cm

3

1,34 1,26 1,34 1,31 0,96 1,04 1,22 1,07

T agua (%) 29,5 30,3 30,7 30,2 9,3 8,5 8,4 8,7

Resultados com mesmo comportamento foram obtidos por Patel e Mani (2011) indicando que em geral a resistência do solo na profundidade de 0 a 15 cm aumenta com o número de passadas do trator. Embora A área com feijoeiro tenha mostrado valores menores de resistência do solo que a área cultivada com milho, nesta profundidade, 1,67 e 1,96 MPa, respectivamente, para 5 e 10 passadas e 2,05 e 2,32 MPa, respectivamente, 5 e 10 passadas, solo cultivado com milho, verificou-se que ocorreu acréscimo similar (0,29 MPa), maior diferença (Figura 4). Estes resultados estão de acordos com os obtidos por Botta et al (2009) avaliando os parâmetros de resistência do solo a penetração e densidade do solo utilizando dois tratores agrícolas (pesado e leve) com 1, 3 e 5 passadas em sistema de cultivo convencional e plantio direto.

Nas figuras a seguir mostramos a evolução da resistência do solo à penetração no experimento com 1, 5 e 10 passadas do trator, antes das passadas (instalação do experimento), após as passadas e após a colheita das culturas.

No experimento com uma passada, se verifica, ao longo do ciclo, de ambas as culturas

(Figura 5 A e B), o aumento da resistência do solo a penetração na profundidade de 5 a 15 cm

e reduzindo abaixo dessa profundidade, com valores de maior impacto para o solo com a

(25)

25

cultura de milho comparado com o valor obtido no experimento com feijoeiro, (1,98 kPa e 1,73 kPa, respectivamente). As profundidades abaixo de 25 cm não foram afetadas por 1 passada do trator, não ocorrendo propagação de carga nessas profundidades abaixo de 25 cm.

Figuras 5A/B. Resistencia do solo à penetração em experimento com culturas de milho e feijoeiro em função do número de passadas de trator e após a colheita.

No experimento com 5 passadas para no solo com ambas as culturas (Figura 5 C e D), pode-se verificar que a resistência do solo se manteve estável ao longo do ciclo das culturas tendendo a reduzir na profundidade abaixo de 25 cm conforme resultado de resistência do solo obtido após a colheita (Figura 5).

Figuras 5C/D. Resistencia do solo à penetração em experimento com culturas de milho e feijoeiro em função do número de passadas de trator e após a colheita.

A B

C D

(26)

26

No experimento com 10 passadas verificou-se comportamento similar, com exceção do solo cultivado com feijoeiro, que mostrou maior resistência do solo a penetração nas profundidades de 10 a 25 cm, e aproximando dos valores obtidos nos outros períodos para profundidade abaixo de 25 cm. Esses resultados foram contrários aos obtidos por Botta et al (2002) que estudando a resposta do solo ao trafego em camadas mais profundas (200 a 600mm) revelou que a compactação do solo aumenta a medida que a intensidade do tráfego aumenta. Pode-se observar que para o trafego com 10 passadas a resistência do solo tendeu a 2,25 kPa na profundidade de 20 cm no experimento com feijoeiro após a colheita. Este forte aumento pode ser explicado pelo baixo teor de água no período da coleta (média de 8,7%

tabela 1) indicando que o teor de água é fator importante como indicador para o aumento da resistência do solo.

Figuras 5 E/F. Resistencia do solo à penetração em experimento com culturas de milho e feijoeiro em função do número de passadas de trator e após a colheita.

5. CONCLUSÕES

O solo não se mostrou sensível à compactação do solo com uma passada do trator, em ambas as culturas, com relação sua condição natural; A compactação do solo revelou aumento progressivo da profundidade de 0 a 15 cm com o número de 5 e 10 passadas do trator, em ambas as culturas, ocorrendo redução da compactação a partir dessa profundidade; O impacto

E F

(27)

27

de maior número de passadas na compactação foi mais efetivo na profundidade do solo de até

20 cm. Na camada de profundidade de 20-40 cm, a resistência do solo à penetração também

aumentou com o aumento do número de passadas, mas em menor grau; Os valores de

resistência do solo à penetração, obtidos após a colheita, aumentaram apenas no experimento

com feijoeiro nas profundidades de 10 a 25 cm quando comparados com 10 passadas do

trator, revelando a ausência ou pouco efeito de elementos externos na compactação do solo

durante o ciclo da cultura após as passadas.

(28)

28

6. REFERÊNCIAS Artigo científico

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