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Historia da minha vida

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Academic year: 2021

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Historia da minha vida

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Anticoncepcional e negligência médica...

Hoje eu resolvi contar o meu caso. Tudo começou em janeiro de 2011 (eu tinha 36 anos), com uma dor de cabeça muito forte. Eu estava de férias da faculdade e do trabalho, então estava descansada, dormindo bem.

Achei estranho, pois nunca tive nenhum problema de saúde, e nunca tive enxaqueca. Fui até o Centro Clínico da Intermédica de Porto Alegre. Passei por consulta e fui diagnosticada com enxaqueca. Fui medicada e retornei pra casa, ainda com dores.

Passaram 2 dias e retornei ao mesmo centro médico (18/01/11), pois a dor continuava. Fui medicada e

retornei pra casa. Mais uma vez fui diagnosticada com enxaqueca, porém, a médica Adriana Lima Sanches me pediu para procurar um hospital maior que tivesse

tomografia ou ressonância, e foi o que eu fiz. A dor era constante e comecei a ter vômito.

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Eu e meu esposo fomos até o Hospital Santa Cecília (no dia 19/01/2011), e fui atendida pela Dra. Luiza Hama. Ela me examinou e disse que era enxaqueca.

Meu marido mostrou o encaminhamento médico do dia anterior e nele constava: dor atípica a enxaqueca, e constava toda a medicação que eu já havia tomado. A médica se negou a fazer uma tomografia ou me

encaminhar para o neurologista, que sempre tem plantão nesse hospital. Dois dias depois (21/01/2011) liguei para o meu marido falando que eu não estava bem e quando ele chegou em casa eu estava toda descabelada sem saber dizer o que tinha acontecido.

Eu estava sangrando no supercílio e no pé. Então ele me levou novamente ao Centro Clínico da Intermédica em Porto Alegre.

Ao chegarmos lá fomos atendidos pelo Doutor Elinaldo de Carvalho. Meu esposo explicou o caso das dores de cabeça, da carta ignorada pela Doutora Luiza e de como havia me encontrado, e então ele fez outra carta de encaminhamento, e ao tocar na minha cabeça me queixei de dores fortes.

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Na madrugada do dia 22/01/2011, por volta das

05h30m da manhã, tive uma convulsão muito forte e cheguei até a sangrar pela boca e em seguida fui levada para o Hospital e fiquei internada por 24 dias, sendo 12 dias na UTI em coma. O médico do trabalho nos disse depois que eu estava com um edema

cerebral, em decorrência de uma trombose cerebral, no dia em que fui ao Hospital Santa Cecília, e se a médica tivesse solicitado uma tomografia, já teria me

internado e evitaria o AVC Hemorrágico. Fui

diagnosticada com trombose venosa cerebral, e em seguida um AVC Hemorrágico. Fiquei com sequelas. Sai do hospital acamada, usando fralda, sem mexer nada do lado esquerdo, com o rosto torto, com problema na fala. Depois fiquei na cadeira de rodas. Hoje tenho epilepsia, pressão alta, obesidade, depressão, ando com bengala, não mexo o braço esquerdo. Eu fazia minha segunda faculdade, trabalhava, fazia

hidroginástica, não fumava, não bebia, era vegetariana, fazia exames clínicos anuais.

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Hoje tenho um processo contra a médica no Cremesp de RS e outro processo civil. A médica era residente e era formada há 01 ano, na Unicid. Foi feita a

investigação do “possível” porque da trombose/AVC e o meu neurologista (Dr. Marcelo Calderaro neurologista do Programa Bem Estar da Rede Globo, do Einstein e das Clínicas) disse que foi devido ao uso do

anticoncepcional (Yasmim) e histórico familiar por parte de pai. Usei o anticoncepcional durante uns 6 anos consecutivos, com prescrição médica da minha ginecologista, e nunca me foi pedido nenhum exame para saber se poderia ter algum problema futuro. Faço uso de Captopril (pressão), Sertralina (depressão), AAS (anticoagulante), Omeoprazol (estômago), Fenitoína (epilepsia), Amitripilina (relaxante muscular), Dipirona (dor). Hoje só espero que haja justiça e que eu volte a andar e movimentar o braço sem sequelas.

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Dia 22/01/2015 fez 04 anos que a minha vida mudou completamente, onde muitos sonhos ficaram pra trás.

Faço parte de um grupo chamado Vítimas de Anticoncepcionais e outro da Associação de Erros Médicos, e diante do meu relato foi contatada por um repórter da TV Brasil, onde a pauta é sobre erros

médicos, e então ontem dei uma entrevista em minha casa, onde irá ao ar na próxima semana. E segunda- feira, 13/04/2015, às 15h, tenho uma segunda

audiência no Cremesp com a médica envolvida. Só quem passa por um AVC sabe como mexe com nossa vida, nossa família. Eu quero lutar até o fim por justiça, mesmo que nada traga de volta tudo o que perdi.

Referências

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