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EFEITO DO MÉTODO DE PREPARO NA QUALIDADE DO CAFÉ PRODUZIDO NA REGIÃO DO CERRADO MINEIRO

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Academic year: 2022

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  EFEITO DO MÉTODO DE PREPARO NA QUALIDADE DO CAFÉ PRODUZIDO NA  REGIÃO DO CERRADO MINEIRO 

M.  R.  Malta  DSc,  Pesquisador  da  EPAMIG,  Lavras‐MG.  E‐mail:  marcelomalta@epamig.br  ;  S.J.  de  R.  Chagas  DSc, Pesquisador da EPAMIG Lavras‐MG.  

Após colhido, o café pode ser preparado de duas formas: por via seca e via úmida. Na forma de preparo por via seca, o fruto é seco na sua forma integral (com casca e mucilagem), dando origem aos cafés denominados coco ou de terreiro. Na forma de preparo por via úmida, originam-se os cafés despolpados, descascados e desmucilados. O preparo por via úmida consiste na retirada da casca e ou da mucilagem do fruto maduro, que são substratos propícios ao desenvolvimento de microrganismos que podem provocar fermentações prejudiciais à qualidade do café.

Esse trabalho teve como objetivo verificar o efeito de diferentes formas de preparo na  composição  físico‐química,  química  e  na  qualidade  do  café  produzido  na  região  do  cerrado  mineiro.  O  experimento  foi  conduzido  na  Fazenda  experimental  de  Patrocínio  da  Empresa  de  Pesquisa  Agropecuária  de  Minas  Gerais,  localizada  no  município  de  Patrocínio,MG,  durante  a  safra 2006/2007. Cafés da cultivar Topázio MG 1190, foram colhidos no pano, divididos em três  lotes, para a obtenção de diferentes formas de preparo. O primeiro lote de café colhido foi levado  imediatamente para o terreiro de secagem sem nenhum tratamento prévio para a obtenção do  café  da  roça  (café  com  todos  os  estádios  de  maturação).  O  segundo  lote  foi  lavado  e  os  frutos  foram separados por diferença de densidade, obtendo‐se então as parcelas de cafés cereja+verde. 

Finalmente,  o  terceiro  lote  foi  lavado,  descascado  e  despolpado  para  a  obtenção  do  café  cereja  despolpado.  Após  a  obtenção  destas  diferentes  formas  de  preparo,  os  cafés  foram  secados  em  terreiro  de  concreto,  até  atingirem  cerca  de  11‐12  %  de  umidade  para  em  seguida  serem  beneficiados.  Depois  de  beneficiados  foram  então  submetidos  às  análises  físico‐químicas,  químicas e sensorial. 

 

 

Figura 1. Atributos sensoriais do café em função da utilização de diferentes métodos de preparo

.   

(2)

 

 

Figura 2. Somatório dos atributos sensoriais do café em função da utilização de diferentes métodos de preparo

.   

Tabela 1. Condutividade elétrica (µS.cm‐1.g‐1 de amostra), lixiviação de potássio (ppm), número de defeitos, catação (%) e  percentual de grãos com peneira 16 e acima, de cafés submetidos a diferentes métodos de preparo no cerrado mineiro. 

EPAMIG, Lavras, MG, 2008. 

Métodos Preparo  Condutividade  Elétrica 

Lixiviação   Potássio 

Número  Defeitos 

Catação  P>16 

Despolpado  140,59 c  50,69 b  184 c  22 c  53 a 

Cereja+verde  228,53 a  60,78 a  240 b  26 b  44 b 

Roça  209,81 b  59,31 a  287 a  29 a  41 c 

CV (%)  7,15  7,32  15,55  12,92  9,39 

 

Tabela 2. Açúcares totais (%), açúcares redutores (%), acidez total titulável (mL NaOH 0,1 N. 100g‐1 de amostra), sólidos  solúveis (%) e polifenóis (%) de cafés submetidos a diferentes métodos de preparo no cerrado mineiro. EPAMIG, Lavras,  MG, 2008. 

Métodos   Preparo 

Açúcares Totais  Açúcares Redutores  Acidez  Titulável 

Sólidos  Solúveis 

Polifenóis 

Despolpado  10,71 a  0,74 a  202,88 c  34,18 a  6,06 c 

Cereja+verde  8,32 b  0,69 b  218,97 b  35,03 a  6,75 a 

Roça  7,74 c  0,63 c  235,56 a  29,54 b  6,41 b 

CV (%)  9,10  9,30  8,94  13,34  6,40 

 

 

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Resultados e conclusões 

Conforme se observa nos resultados de composição físico‐química, química e sensorial  de  café,  a  forma  de  preparo  para  obtenção  do  café  cereja  despolpado  não  impossibilitou  que  compostos  desejáveis  deixassem  de  migrar  para  os  frutos  do  cafeeiro  com  o  descascamento  e  despolpamento  dos  frutos,  provavelmente  porque  no  despolpamento  os  frutos  do  cafeeiro  já  atingiram o estádio de maturação ideal para a colheita do café. 

Dentre  as  formas  de  preparo  avaliadas,  a  que  apresentou  melhores  resultados  em  termos qualitativos para a região do cerrado foi o café cereja despolpado. 

 

 

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