17.12.2014 B8-0375/2014 } B8-0376/2014 } B8-0377/2014 }
B8-0379/2014 } RC1/Am. 1 Alteração 1
Javier Couso Permuy, Marina Albiol Guzmán, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou
em nome do Grupo GUE/NGL Proposta de resolução comum PPE, S&D, ECR, ALDE
sobre a perseguição da oposição democrática na Venezuela Proposta de resolução comum
Considerando A
Proposta de resolução comum Alteração
A. Considerando que a crise económica, as elevadas taxas de corrupção, a escassez crónica de produtos básicos, a violência e as divisões políticas desencadearam protestos pacíficos contra o Governo do Presidente Nicolas Maduro desde fevereiro de 2014, que ainda estão em curso; que os manifestantes têm sido vítimas do recurso desproporcionado à força e à violência pela polícia, por membro da Guarda Nacional Republicana e membros de grupos pró-governamentais armados, violentos e desgovernados; que, de acordo com organizações locais e internacionais, mais de 1700 manifestantes aguardam
julgamento, mais de 69 continuam encarcerados e pelo menos 40 pessoas foram mortas no decurso dos protestos, não tendo os seus assassinos sido
responsabilizados; que o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos do Homem confirma que recebeu relatos de mais de 150 de casos de maus tratos durante o período de detenção, incluindo
A. Considerando que, em 12 de fevereiro de 2014, foi organizada uma
manifestação na sequência de um apelo de estudantes ligados a partidos de direita e de extrema-direita; que, depois dessa manifestação, um grupo de manifestantes violentos atacou com armas e objetos cortantes o edifício do gabinete do Procurador-Geral e diversos edifícios governamentais em Caracas e noutras cidades da Venezuela, cometendo atos de violência e de destruição contra
propriedades públicas e bloqueando a principal artéria de trânsito de Caracas;
que, nessa noite, morreram três pessoas durante os confrontos; que a violência prosseguiu durante vários meses com o objetivo claro de desestabilizar o governo democraticamente eleito da Venezuela;
que, entre os fevereiro e junho do corrente ano, 43 pessoas foram mortas e 878 ficaram feridas; que esta estratégia não é nova, pois o cenário é idêntico ao do golpe de Estado de 2002 e à violência que se seguiu à eleição democrática do
segurança ainda continua; resultados eleitorais e alimentaram repetidamente a violência; que, na noite das eleições, 11 venezuelanos morreram na sequência de ataques às
comemorações bolivarianas;
Or. en
17.12.2014 B8-0375/2014 } B8-0376/2014 } B8-0377/2014 }
B8-0379/2014 } RC1/Am. 2 Alteração 2
Javier Couso Permuy, Marina Albiol Guzmán, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou
em nome do Grupo GUE/NGL Proposta de resolução comum PPE, S&D, ECR, ALDE
sobre a perseguição da oposição democrática na Venezuela Proposta de resolução comum
Considerando A-A (novo)
Proposta de resolução comum Alteração
A-A. Considerando que o Comité das
Vítimas da Desordem Social e do Golpe Continuado na Venezuela («Comité de Víctimas de la guarimba y el golpe continuado»), constituído pelas vítimas desta violência e seus familiares, apelou à comunidade internacional para que se abstenha de usar os Direitos Humanos para fins políticos e para que não coopere com os intervenientes políticos
venezuelanos que procuram mascarar ou manipular as ações de violência e ódio que atingiram a Venezuela de fevereiro a junho de 2014; que os familiares das vítimas solicitaram que os responsáveis sejam processados e que se ponha termo à impunidade das violações dos Direitos Humanos perpetradas no país;
Or. en
17.12.2014 B8-0375/2014 } B8-0376/2014 } B8-0377/2014 }
B8-0379/2014 } RC1/Am. 3 Alteração 3
Javier Couso Permuy, Marina Albiol Guzmán, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou
em nome do Grupo GUE/NGL Proposta de resolução comum PPE, S&D, ECR, ALDE
sobre a perseguição da oposição democrática na Venezuela Proposta de resolução comum
Considerando J
Proposta de resolução comum Alteração
J. Considerando que, em março de 2014, María Corina Machado, o membro da Assembleia Nacional que obteve o maior número de votos populares na Venezuela, foi ilegal e arbitrariamente exonerada, destituída do seu mandato e expulsa do Parlamento pelo Presidente da
Assembleia Nacional, Diosado Cabello, que a acusou de traição por esta se ter manifestado contra as maciças e sistemáticas violações dos Direitos Humanos na Venezuela perante o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos;
J. Considerando que Procurador venezuelano abriu um inquérito contra María Corina Machado, acusada de conspiração, porque esta teria
alegadamente discutido com funcionários do Departamento de Estado dos Estados Unidos uma conspiração para derrubar o Governo venezuelano; que, em 2002, María Corina Machado assinou o decreto Carmona durante a sua participação no golpe de Estado contra o Presidente Hugo Chávez; que a mesma beneficiou de amnistia presidencial, se candidatou às eleições e, em 2010, foi eleita membro da Assembleia Nacional; que, em março de 2014, ao surgir como enviada suplente do Panamá à OEA (Organização dos Estados Americanos), foi destituída do seu cargo de membro da Assembleia Nacional, em aplicação dos artigos 149.º e 191.º da Constituição venezuelana;
17.12.2014 B8-0375/2014 } B8-0376/2014 } B8-0377/2014 }
B8-0379/2014 } RC1/Am. 4 Alteração 4
Javier Couso Permuy, Marina Albiol Guzmán, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou
em nome do Grupo GUE/NGL Proposta de resolução comum PPE, S&D, ECR, ALDE
sobre a perseguição da oposição democrática na Venezuela Proposta de resolução comum
Considerando C
Proposta de resolução comum Alteração
C. Considerando que o líder da oposição, Leopoldo López, foi arbitrariamente detido em 18 de fevereiro de 2014, acusado de conspiração, de instigar manifestações violentas, de fogo posto e de danos patrimoniais; que, desde a sua detenção, foi sujeito a tortura física e psicológica e colocado em isolamento;
que os autarcas da oposição, Daniel Ceballos e Vincenco Scarano, bem como o agente de polícia Salvatore Lucchese, foram presos por não terem posto termo aos protestos e à rebelião civil nas suas cidades, tendo sido condenados a vários anos de prisão; que os congressistas da oposição Juan Carlos Caldera, Ismael Garcia e Richard Mardo são alvo de inquérito e de julgamento, para serem suspensos e destituídos dos seus cargos;
C. Considerando que o coordenador da
«Voluntad Popular», Leopoldo López, continua preso, acusado de incitação à violência numa manifestação contra o Governo legítimo da Venezuela em 12 de fevereiro; que a manifestação teve lugar após os apelos veementes de López para derrubar o governo e que os membros do seu partido lançaram cocktails Molotov contra o edifício do Procurador-Geral;
que o Procurador-Geral acusou López de incitamento à violência, intimidação pública, homicídio, prejuízos graves e terrorismo; que López desempenhou um papel importante durante o golpe de Estado em 2002, após o que foi objeto de um processo penal e, mais tarde, em 2007, ilibado ao abrigo de uma amnistia
decretada pelo Presidente Chávez;
Or. en
17.12.2014 B8-0375/2014 } B8-0376/2014 } B8-0377/2014 }
B8-0379/2014 } RC1/Am. 5 Alteração 5
Javier Couso Permuy, Marina Albiol Guzmán, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou
em nome do Grupo GUE/NGL Proposta de resolução comum PPE, S&D, ECR, ALDE
sobre a perseguição da oposição democrática na Venezuela Proposta de resolução comum
N.º 1
Proposta de resolução comum Alteração
1. Manifesta-se profundamente preocupado com o agravamento da situação na Venezuela e condena a detenção de manifestantes pacíficos, estudantes e líderes da oposição; insta à libertação imediata das pessoas detidas arbitrariamente, em consonância com os pedidos expressos por várias organizações internacionais e das Nações Unidas;
1. Lamenta a perda de vidas e expressa as suas sinceras condolências às famílias das vítimas; insta à responsabilização de quem cometeu ou instigou estes crimes;
manifesta o seu respeito pelo sistema judicial da República Bolivariana da Venezuela, rejeitando, por conseguinte, qualquer interferência nos processos judiciais em curso a nível nacional;
condena veementemente as tentativas de golpe de Estado e a violência continuada entre fevereiro e junho de 2014 por grupos oposicionistas de direita e de extrema-direita na Venezuela;
Or. en
17.12.2014 B8-0375/2014 } B8-0376/2014 } B8-0377/2014 }
B8-0379/2014 } RC1/Am. 6 Alteração 6
Javier Couso Permuy, Marina Albiol Guzmán, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou
em nome do Grupo GUE/NGL Proposta de resolução comum PPE, S&D, ECR, ALDE
sobre a perseguição da oposição democrática na Venezuela Proposta de resolução comum
N.º 1-A (novo)
Proposta de resolução comum Alteração
1-A. Reitera o seu pleno respeito pelo
princípio de não-ingerência nos assuntos internos dos Estados, em conformidade com o Direito internacional; lamenta profundamente qualquer interferência da UE ou de qualquer país nos assuntos internos de países terceiros; deplora, igualmente, o anúncio feito pelos EUA de que vão impor sanções à Venezuela;
Or. en
17.12.2014 B8-0375/2014 } B8-0376/2014 } B8-0377/2014 }
B8-0379/2014 } RC1/Am. 7 Alteração 7
Javier Couso Permuy, Marina Albiol Guzmán, Inês Cristina Zuber, João Ferreira, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou
em nome do Grupo GUE/NGL Proposta de resolução comum PPE, S&D, ECR, ALDE
sobre a perseguição da oposição democrática na Venezuela Proposta de resolução comum
N.º 8-A (novo)
Proposta de resolução comum Alteração
8-A. Salienta que o diálogo com países
terceiros não deve, em nenhuma
circunstância, traduzir-se na imposição de restrições ao direito dos povos à
autodeterminação; lamenta que, com demasiada frequência, a UE e os seus Estados-Membros deem prioridade a considerações diplomáticas, políticas ou económicas em detrimento dos Direitos Humanos - uma abordagem que, além disso, dá origem a uma política caracterizada por uma dualidade de critérios, incompatível com uma perspetiva universal dos Direitos
Humanos; denuncia a utilização espúria dos Direitos do Homem com fins políticos pelo Parlamento Europeu, em especial no caso da Venezuela; recorda que estamos perante a oitava resolução urgente nos termos do artigo 135.º sobre este país, desde 2007, tendo a maioria das resoluções sido aprovadas antes das