Aula 2: O sistema colonial português na América
2.4. Rebeliões coloniais e Movimentos emancipacionistas
Preparatório ESA História do Brasil
O que vamos ver nessa aula...
1. As rebeliões coloniais
2. Os movimentos emancipacionistas
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1. As rebeliões coloniais
Aclamação de Amador Bueno da Ribeira
• 1641: São Paulo
• Paulistas vêem com receio a Restauração e o possível fim do comércio com os espanhois
• Paulistas organizam um motim e declaram Amador Bueno,
proprietário de terras e administrador colonial, como rei do “país”
• Amador Bueno, com receio da repressão metropolitana, recusa a oferta, jura fidelidade à Portugal e acaba sendo perseguido pelos paulistas
Derrotados, os paulistas reconhecem a subordinação à Portugal
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1. As rebeliões coloniais Revolta de Beckman (I)
• 1684: Maranhão
• Liderança: Manuel e Tomás Beckman
• Divergência entre colonos locais e a Cia Geral de Comércio do Maranhão
• A Companhia devia comprar a produção agrícola local, fornecer escravos e vender manufaturas
• Rebelião contra:
• os abusos da Cia. de Comércio
• os jesuítas, que se opunham à escravidão indígena
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1. As rebeliões coloniais Revolta de Beckman (II)
• Os revoltosos prenderam o governador interino, saquearam os galpões da Cia de Comércio e criaram uma junta revolucionária
• Manuel Beckman comandou a junta revolucionária
• Tomás Beckman foi à Portugal jurar lealdade à Coroa e denunciar os abusos da Companhia de Comércio
• A Coroa envia um novo governador para o MA, junto de tropas que deviam sufocar o movimento
• Os irmãos Beckman são presos e enforcados
• Em 1685 a Coroa confirma as denúncias e extingue a Companhia de Comércio
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1. As rebeliões coloniais Guerra dos Emboabas (I)
• 1708-1709: Minas Gerais
• Choques entre paulistas e emboabas (estrangeiros) pelo controle da região aurífera recém-descoberta
• Paulistas se achavam no direito de explorar a região, pelo seu pioneirismo
• Os emboabas organizaram várias expedições para enfraquecer os paulistas, como a do Capão da Traição
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1. As rebeliões coloniais Guerra dos Emboabas (II)
• A Coroa portuguesa deu razão para os emboabas, que se fixaram na região
• Os bandeirantes se dirigiram para MT e GO, encontrando novas jazidas de ouro
• A Coroa determinou a criação da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, fundindo o ramo sul da Capitania de São Vicente e a Capitania de Santana
• António de Albuquerque Coelho de Carvalho, o pacificador do conflito, foi o primeiro Governador da nova capitania
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1. As rebeliões coloniais Guerra dos Mascates (I)
• 1710-12: Pernambuco
• Rivalidade entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses do Recife (os mascates)
• Olinda detinha o protagonismo comercial do PE, até a expulsão dos holandeses em 1654
• Recife, melhorada pelos holandeses mas ainda subordinada à Olinda, desponta como polo de desenvolvimento econômico- comercial
• As tensões aumentam quando os olindenses contraem empréstimos em Recife para manter o negócio açucareiro
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1. As rebeliões coloniais Guerra dos Mascates (II)
• A crise econômica prejudicou o comércio de açúcar e Olinda não conseguia honrar suas dívidas
• Aumentando a tensão, a Câmara de Olinda resolveu aumentar os impostos para reconstruir a cidade, sucateada após a expulsão dos holandeses
• Os recifenses, inconformados, começam a conspirar pela autonomia política do povoado
• Os “mascates” conseguiram elevar o Recife a categoria de Vila, o que permitia a formação de uma Câmara Municipal autônoma
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1. As rebeliões coloniais Guerra dos Mascates (III)
• Olinda viu a Câmara do Recife como uma ameaça e usou a
definição da fronteira entre os 2 municípios como estopim para um conflito
• Olinda toma a frente dos conflitos, que ocupa e controla o Recife, que reage e consegue expulsar os olindenses
• Em 1711 a Coroa intervém e nomeia um novo governador
• O novo governador apoia os mascates, que determina a alternância de capital entre Recife e Olinda
• Em 1712 Recife passa a ser a capital oficial de Pernambuco
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1. As rebeliões coloniais
Revolta de Filipe dos Santos (ou de Vila Rica)
• 1720: Minas Gerais
• Reivindicações
• Redução dos impostos
• Abolição dos monopólios comerciais portugueses
• Extinção da Casa de Fundição
• Os revoltosos se dirigiram para Vila do Carmo (sede do governo) para pressionar o Conde de Assumar, governador da Capitania
• O governador prometeu atender as demandas, organizou-se contra os revoltosos e reprimiu o movimento
• Vários participantes foram presos e executados. Filipe dos Santos, considerado o líder do movimento, foi executado e esquartejado
• A Coroa separou a Capitania de São Paulo e Minas do Ouro em duas (São Paulo e Minas Gerais)
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2. Os movimentos emancipacionistas A Conjuração Mineira
• Movimento formado por letrados, em maioria
• Motivações
• Abuso do fiscalismo português
• Aumento da dominação político-militar
• Influências de ideias liberais
• Intenções
• Emancipação da região mineradora, sede em São João Del Rey
• Adoção da república como forma de governo
• Ações marcadas para o dia da Derrama, mas denunciado em Maio/1789
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2. Os movimentos emancipacionistas A Conjuração Mineira (1789)
• Movimento formado por letrados, em maioria
• Motivações
• Abuso do fiscalismo português
• Aumento da dominação político-militar
• Influências de ideias liberais
• Intenções
• Emancipação da região mineradora, sede em São João Del Rey
• Adoção da república como forma de governo
• Ações marcadas para o dia da Derrama, mas denunciado em Maio/1789
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2. Os movimentos emancipacionistas A Conjuração Baiana (1798-1799) (I)
• Movimento intelectualizado (Loja Maçônica dos Cavaleiros da Luz) mas com participação popular
• Pode aparecer também o nome Revolução dos Búzios
• Influência dos princípios da Revolução Francesa
• Motivações
• Má administração colonial (desabastecimento e carestia)
• Efeitos da transferência da capital para o Rio (1753)
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2. Os movimentos emancipacionistas A Conjuração Baiana (1798-1799) (II)
• Intenções
• Implementação de um governo de inspiração jacobina
• Transformação do sistema tributário
• Melhoria dos salários dos oficiais
• Liberdade econômica e intelectual
• Abolição da escravidão
• Demandas populares afastam a elite.
• Denúncias e investigações punem os líderes populares
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2. Os movimentos emancipacionistas A Conjuração Carioca (1792)
• Não havia plano de tomar o poder ou estoque de armas ou convocação da população
• Fundação da Sociedade Literária
• Membros liam e discutiam autores franceses e iluministas
• A Coroa, ao notar o movimento, reprime e prende os participantes
• Alguns tiveram contato com Tiradentes e a Conjuração Mineira
• 3 anos depois o julgamento não condena nenhum dos membros, que são libertados