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228/2009/COGES/DENOP/SRH/MP. Referência: Processos nºs / , / , / e

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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Recursos Humanos

Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais

Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas

Nota Técnica n

o

228/2009/COGES/DENOP/SRH/MP

ASSUNTO: Transposição do Cargo de Médico do Trabalho para a Carreira de Auditor-Fiscal do Trabalho, por força de decisão.

Referência: Processos nºs 46000.000981/2005-17, 46000.017763/2003-41, 46215.033874/2004-61 e 47694.002691/2007-36

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Tratam os presentes processos de cópia de sentença proferida nos autos da Ação Ordinária nº 99.00609921, da 29ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, determinando que seja transposto o cargo de Médico do Trabalho ocupado pelos servidores Ebenezer Soares Ferreira Junior, Jackson Moacyr Hamdan Siquara e Paulo Roberto de Oliveira, para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho.

2. Os autores pertencem ao Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, ocupantes do cargo de Médico do Trabalho, e exercem cumulativamente cargo de Médico no Ministério da Saúde, ocasionando crítica imperativa junto ao Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos- SIAPE, do cumprimento da citada decisão judicial.

ANÁLISE

3. De acordo com o disposto na Medida Provisória nº 1.915, editada e reeditada sob as

versões MP 1.915-1, MP 1.915-2, MP 1.915-3, MP 1.915-4, de 29.07.1999, 28.08.1999, 24.09.1999 e

26.10.1999, respectivamente, que trata da reestruturação da Carreira Auditoria do Tesouro Nacional e

organização da Carreira Auditoria-Fiscal da Previdência Social e da Carreira Auditoria Fiscal do

Trabalho, permitiu-se aos ocupantes do cargo de Médico do Trabalho serem transpostos para o cargo

de Auditor-Fiscal do Trabalho.

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Fls. 02 da Nota Técnica /2009/COGES/DENOP/SRH/MP

4. A Consultoria Jurídica do Ministério do Trabalho e Emprego, mediante NOTA/CONJUR/MTE Nº 026/2008, (fls. 14 a 16 do Proc. 47694.002961/2007-37), esclarece que o pedido dos autores tinha sido analisado em datas anteriores, e baseado em outros casos similares já deferidos por aquele Setor, vislumbra a possibilidade do atendimento do pedido. Contudo, diante do fato de terem ingressado na justiça postulando aquele direito, havia necessidade de aguardar o pronunciamento do Poder Judiciário, para dar fiel cumprimento ao caso em exame.

5. De acordo com o relatório contido em Sentença da Ação Ordinária nº 99.0060992-1, a MM. Juíza da 29ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro anexada às fls. 173 a 177, do Processo nº 46215.033874/2004-61, os autores fazem jus à transposição para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, concluindo:

“Isto posto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, nos termos da fundamentação supra, condenando a Ré a regularizar a situação funcional dos autores no cargo de Auditor Fiscal do Trabalho, bem como sejam pagas as parcelas atrasadas a partir de agosto de 1999, corrigidas monetariamente a partir da citação”.

6. Vale acrescentar que a matéria, por diversas vezes, foi objeto de análise dos Órgãos competentes do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como por esta Coordenação-Geral, conforme documento de fls. 48 a 50, constante do Processo nº 47694.002961/2007-36, onde por último, em Despacho datado de 30 de janeiro de 2009, fls. 89 a 91, do citado Processo no item 10 desse expediente informou o seguinte:

“10. Dessa forma, para que seja cumprida a decisão judicial contemplando o direito de acumulação de cargo, os servidores abrangidos pela citada Ação Ordinária nº 99.0060992-1, deverão declarar a inexistência de conflito de interesses”.

7. Em que pese a decisão judicial determinando regularizar a situação funcional dos

autores no cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, surgiram dúvidas por parte da CGRH daquele

Ministério, tendo em vista que os ocupantes das carreiras que percebem salário na forma de subsídio,

caso dos servidores em comento, não podem acumular cargos, exceto de magistério, se houver

compatibilidade de horários, conforme o disposto no art. 3º da Medida Provisória nº 440, de 29 de

agosto de 2008, convertida na Lei nº 11.890, de 24 de dezembro de 2008, que dispõe, verbis:

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Fls. 03 da Nota Técnica /2009/COGES/DENOP/SRH/MP

“Art. 3º Aos titulares dos cargos integrantes das Carreiras de que trata o art. 1º da Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, aplica-se o regime de dedicação exclusiva, com o impedimento do exercício de outra atividade remunerada, pública ou privada, potencialmente causadora de conflito de interesses, ressalvado o exercício do magistério, havendo compatibilidade de horários”.

8. Assim, retornaram os autos ao Órgão de origem, a fim de que os interessados anexassem as respectivas declarações de inexistência de conflito de interesses. A exigência foi atendida por parte dos interessados conforme documento de fls. 108, 109 e 109v.

9.. A Consultoria Jurídica deste Ministério discorreu sobre assunto de acumulação remunerada de cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, com outros cargos públicos, conforme PARECER/MP/CONJUR/AVS/Nº 0850-3.2/2006.

10. De acordo com o citado PARECER Nº 0850-3.2/2006 2.9/2006, em seu item 3, ressalta:

3: “Na instrução ficou evidenciado, no entanto, que o Cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, na especialidade focada (Medicina do Trabalho), é somente ocupado por quem detenha a condição de médico, ou seja, o cargo é privativo de médico. O Ministério do Trabalho e Emprego assevera que houve uma mudança de denominação ente os antigos cargos de Médico do Trabalho e Auditor-Fiscal do Trabalho/Especialidade Medicina do Trabalho, pontuando que “na essência nada mudou quanto às atribuições, que somente podem ser exercidas por um profissional de medicina, conforme afirma o inciso I, do art. 11 da MP nº 2.175-29, de 24 de agosto de 2001...”.

11. No Parecer supramencionado, a douta Consultoria Jurídica/MP, menciona que a Constituição Federal

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teceu por regra que é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

Existem, no entanto, exceções, possibilitando-se a acumulação remunerada de cargos privativos de

profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, quando houver compatibilidade de horários e

observado o teto remuneratório do serviço público. Exigem-se, portanto, três condições para a

acumulação excepcional: a) que os cargos em acumulação sejam privativos de profissionais de saúde

(em relação ao seu preenchimento) e que esta profissão seja regulamentada; b) que seja possível a

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compatibilização de horários no exercício dos cargos; c) que seja obedecido o teto remuneratório máximo do serviço público (art. 37, XI da CF/88).

Fls. 04 da Nota Técnica /2009/COGES/DENOP/SRH/MP

CONCLUSÃO

12. Assim, tendo em vista as declarações anexadas às fls. 108 e 109, bem como o entendimento da Consultoria Jurídica, consubstanciado no PARECER/MP/CONJUR/AVS/Nº 0850- 3.2/2006, a respeito da admissibilidade de acumulação de cargos, observadas as condições exigidas pela Constituição Federal citada no item 10, propomos a restituição dos presentes processos à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério do Trabalho e Emprego, para os procedimentos administrativos de cumprimento da determinação judicial, de competência desse Órgão.

Outrossim, a acumulação de cargos está vinculada à jornada de trabalho de no máximo 60 horas semanais, sendo um de 40 horas e outro de 20 horas.

Brasília, 14 de setembro de 2009.

MARIA DO SOCORRO DE O. MOURÃO Administrador

EMERÍUDA BORGES DOS SANTOS Chefe de Divisão/COGES/SRH

De acordo. À consideração da Senhora Diretora do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais.

Brasília, 14 de setembro de 2009.

OTÁVIO CORREA PAES

Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas – Substituto

Aprovo. Restitua-se à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério do Trabalho e Emprego, com as informações supra.

Brasília, 14 de setembro de 2009.

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DANIELE RUSSO BARBOSA FEIJÓ Diretora do Departamento de Normas e

Procedimentos Judiciais

Referências

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