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A urologia na febre amarilla

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Academic year: 2017

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OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

taes, muitas vezes se observa um abaixamento mais rapido e mais intenso da coagulabilidade. Em alguns casos muito graves e principalmente nas fórmas mortaes no periodo organito, o sangue póde permanecer indefinidamente fluido in vitre sem que, para isso, seja necessario juntar qualquer substancia anti- coagulante. Esta notavel diminui@o da coagulabilidade nao 6 devida a altera- @es do fibrinogcnio, mas ao apparecimento na circulaeão de grandes quantidades de anti-thrombina. A curva das anti-thrombinas acompanha qunsi sempre de muito perto a da coagulahilidade. Em tres casos sórnente, entre 37, observaram urna pequena discordancia coincidindo com urna pequena diminuipão do fibri- nogenio, além da presenta de anti-thrombinas. Essas alteracoes sanguineas existiam mesmo nas fórmss benignas, sendo porêm, mais accentuadas nos casos em que se observavam hsmorrhagias mais abundantes, na produccão das quaes aquellas neccssariamente intervinham. Nas fórmas cardiacas, ccrebraes e supra-renaes, cssas alterapões hematicas eram menos accentuadas. Sob o ponto de vista pratico, o estudo dessas modificacoes de coagula;ão do sangue na febre amarella, modificaoões de que nao se encontra o equivalente em outros estados morbidos, ncm mesmo nas ictericias graves ou nas differentes affeccoes hepaticas, apresenta um intercsse para o diagnostico precoce do typho icteroide. Em todos os casos suspeitos estudados, o estudo da coagulacao do sangue permittiu aos auctores firmar ou afastar o diagnostico de febre amarella, suas conclusóes vindo finalmente sempre a ser confirmadas pela observa@0 clinica ou pela autopsia.

Degenera@0 Hepatica na Febre Amarella

9 prescnr;a de inclusões acidophilas extra-nucleares (degeneracao oxychro- matica) da cellula hepatica na febre amarella verificada nos macacos experi- mentalmente infectados (Macacus rhesu~) por Torres que foi o primeiro a assig- nalar sua existencia, foram logo depois encontradas no figado humano em casos dc infeccáo amarillica natural pelo cytologista americano Cowdry. Revendo os preparados microscopicos dos casos de febre amarella autopsiados no Institut,o Oswaldo Cruz, Magarinos Torres 2 veio a encontrar tambem aqui no homem a degenera@0 oxychromatica das cellulas hepaticas a qual, parece, s6 nas phases iniciaes da molestia póde ser observada. Luto discutiu essa communica@o lembrando a possibilidade de urna evolu@o apyretica da febre amarella nos pri- meiros dias da molestia, de modo que, quando fosse at,tingida a phase febril, já. se tivesse chegado a um estadio mais adeantado do processo morbido. Essa possibilidade talvez deva ser admittida para os raros casos em que a morte occorre no 20 dia após apparecimento da febre.

A Urologia na F’ebre Amarella

Ferrari 3 conclue que a presenta de albumina na urina nos primeiros tres dias de urna pyrexia e a ausencia da diazo-reaccáo autorizarn o diagnostico da febre amarella. A quantidade de albumina náo influe no prognostico da febre amarella. Grande quantidade de uratos na urina no comeco do segundo periodo é um signa1 de prognostico favoravel. A choluria na febre amarella 6 revelada apenas pelo espectroscopio, na maioria dos casos, apezar da cholemia durante o segundo periodo. A albuminuria augmenta no segundo periodo e desapparece rapida- mente durante a convalescenga. A clinica nao registra casos frequentes de nephrites chronicas consequentes á febre amarella. A glycosuria náo se observa na febre amarella, devido ao regimen de abstinencia do doente. A clinica nao registra casos de cirrose hepatica consequentes B febre amarella. As lesões degenerativas do figado, do pancreas e do rim explicam o retardamento da eli-

2 Magarinas, Torres: Rev. Med-Cir Bras. 6: 233 (junho) 1929. 8 Ferrari, Antonino: Brasil Med., maio 18, 1929.

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NOTICIARIO BRASILEIRO 1151

minacáo da glycose, do salol e do azul de methylemo nas experiencias. 0 augmento consideravcl do acido na urina do doente de febre amarella justifica o uso dos saes alcalinos de sodio, parecendo ser mais vantajoso o bicarbonato de sodio. A oliguria 6 constante na febre amarella do 20 ao 40 dia; a anuria manifesta-se depois de 40 dia, é excepcional no primeiro periodo. A dysuria é frequente no primeiro periodo da febre amarella em virtude da paresia da bexiga.

Classificacão do Agente da Proteomycose

Moses e Vianna descreveram tambem f6rmas filtraveis dum cogumelo, desco- berto num doente, e para elle crearam um novo genero, Proteomyces, e urna nova especie, Proteomyces infestans. Os caracteres microscopicos referidos suggeriram a Fonseca,4 a idéa de fazer urna revisáo do estudo morphologico do parasito e verificar as affinidades por acaso existentes entre elle e OS representantes do genero

Mycoderma. 0 genero Mycoderma foi creado em 1822 por Persoon que nelle

descreveu quatro especies caracterisadas exclusivamente pela apparencia macros- copica das colonias encontradas na natureza, o que náo foi sufficiente para sua ulterior identificacão. A partir do anno seguinte, Desmazières comecou a referir os caracteres microscopicos de diversos cogumelos incluidos neste grupo e, em 1826, descreveu o Mycoderma malti juniperini ennumerando suas particu- laridades mais salientes, entre outras o contorno parallelogrammico dos arthros- póros. Esse organismo, assim nitidamente caracterisado, parece dever se consi- derar a especie typo do genero.

É

elle tambem que Fresenius em 1850 inclue no genero Oidium sob o nome de Oidium lactis. Ora, o genero Oidium foi creado em 1809 por Link para designar cogumelos phytoparasitos que hoje se sabe serem nada mais que fórmas conidianas de ascomycetos, quasi todos da familia das

Erysiphaceas. Ficam esses oidios verdadeiros, em todas

as

classificacóes,

muito afastados dos cogumelos que Persoon e Desmazières incluiam no genero

Mycoderma, náo se justificando, portanto, a applicacáo táo generalisada do nome

Oidium para as Athrosporadas que aqui estudamos. Quanto á denomina@0 es- pecifica Zactis, consagrada por um usò prolongado apezar de contraria ás bôas regras de nomenclatura e á lei de prioridade, Vuillemin, que muito profunda- mente estudou a questáo, pensa que em rigor ella poderia ser adoptada para urna serie de fórmas mal definidas, proximas da especie typo do genero Mycoderma da qual difficilmente se poderáo distinguir. Os cogumelos deste genero sáo bastante espalhados na natureza. Das substancias alimentares, os Mycoderma passam ao tubo digestivo onde facilmente se implantam. Vuillemin refere que sáo habituaes nas fezes humanas, na cavidade buccal, no apparelho respiratorio, neste ultimo sendo particularmente abundantes nas cavernas pulmonares dos tuberculosos. Entre as f6rmas collocadas neste genero esta o Mycoderma derma- titidis agente de urna grave entidade morbida denominada molestia de Gilchrist, blastomycose systemica ou dermatite blastomycetica, de occorencia frequente na America. 0 M. cutaneum e o M. pulmoneum têm sido assignalados na Franca como agentes etiologicos de dermatoses raras geralmente graves pelo exito lethal ou pela duracáo prolongada da molestia. Do est.udo morphologico, o auctor ‘tira a conclusáo de que a especie pathogenica descripta como typo do genero

Proteomyces deve na realidade ser incluida no genero Mycoderma sob o nome de

M. infestans. (Moses et Vianna, 1913.)

,

Accidentes da Arsenotherapia

Em um total de 3,400 injeccóes de arsenicaes, Souza de Coelho5 tivera 177 accidentes, o que dá, frizo bem, a porcentagem minima de 5.10. Desses accidentes,

Referências

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