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PERCURSOS EM DANÇA NA CENA PAULISTA. DANCERS ROUTES IN SÃO PAULO s SCENE

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Academic year: 2021

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PERCURSOS EM DANÇA NA CENA PAULISTA

RENATA FERREIRA XAVIER (UNESP)

RESUMO

História, memória, testemunho e registro de depoimentos de oito intérpretes-criadores atuantes na cena paulistana. Parte da história da dança contemporânea da cidade de São Paulo pode ser contada pelos testemunhos e memória dos bailarinos entrevistados. Com percursos distintos, esses intérpretes-criadores vêm construindo há pelo menos duas décadas (1990-2010) suas pesquisas/ processos de criação e constituem uma referência para a história da dança paulistana e brasileira. Como criadores independentes, são formadores e multiplicadores de conhecimento em dança. Contribuem para essa reflexão teórica os historiadores de dança – Louppe (2007), Dupuy (2007), Launay (2007), Huxley (1994) e Layson (1994), entre outros e autores que abordam a questão do testemunho, da memória, do esquecimento e do registro documental - Nora (2013), Agamben (2008), Meneses (2007), Roussier e Sebillotte (2004).

PALAVRAS-CHAVE: Dança, História, Memória, Testemunho.

DANCERS ROUTES IN SÃO PAULO’s SCENE

ABSTRACT

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Desde o século XX a história da Dança também pode ser contada através de seus registros feitos pela fotografia, filme e vídeo (OSWALD, 2007).

História, memória, testemunho e registro - registrar depoimentos de alguns bailarinos atuantes na cena atual paulistana permite acessar, pelo viés da memória, parte da história da dança da cidade de São Paulo. Gerar conhecimento pelas narrativas da memória possibilita testemunhar o que foi ou está sendo vivido na construção dessa história. Com percursos distintos, esses intérpretes-criadores vêm construindo, há pelo menos duas décadas (1990-2010), suas pesquisas/ processos de criação, são formadores e multiplicadores de conhecimento em dança e constituem uma referência para a história da dança paulistana e brasileira. E ainda, visando manter a pesquisa, a produção e a circulação de seus trabalhos coreográficos, esses artistas têm contado com o subsídio da Lei de Fomento à Dança da Secretaria Municipal de Cultura (SMC)/ Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) e participado ativamente da Cooperativa Paulista de Dança. Também são ganhadores de prêmios, como o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e/ou outras instituições. Ao coletar memória a partir do registro dos depoimentos espera-se que a pesquisa possa contribuir não só com a história da dança paulistana, mas também com a dança brasileira.

Dança e os Rastros da sua Impermanência

A tarefa documental é a de coletar restos (LIMA, 2002, p.20).

Como seres sociais e culturais, não só recebemos e transmitimos informações, mas temos também a habilidade de armazená-las de diversos modos. Na dança, essa possibilidade tem sido constrangida pela noção de que seu objeto é efêmero, ou seja, dura enquanto dura sua existência in loco. Mas, como a informação pode perdurar em nossos cérebros, o constrangimento perde força. A dança pode e pede o registro dos fósseis informacionais.

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MICHEL, 2002). A “não-dança”, segundo Louppe (2007) e Lepecki (2006), evidentemente não deixa de ser dança, mas apresenta novos modos de organização não mais atados aos parâmetros em uso. Segundo Rousier e Sebillote (2004), o estudo da dança compreende as obras, o processo e as práticas de transmissão. Para isso, conta-se, de um lado, com a memória inscrita no corpo do bailarino, com as estruturas coreográficas; de outro, há as fontes escritas, iconográficas e audiovisuais.

Discutimos a complexa questão do registro em Dança no doutorado (PUC/SP – PPG Comunicação e Semiótica), intitulado - O (não) lugar da dança

na imprensa e nos acervos públicos da cidade de São Paulo: um estudo sobre

as ambivalências da memória e da documentação (XAVIER, 2009). O foco da pesquisa foi constituído a partir do trabalho como pesquisadora e documentadora de Dança durante anos na Equipe de Artes Cênicas da Divisão de Pesquisas (IDART) do Centro Cultural São Paulo (CCSP)/ Secretaria Municipal de Cultura (SMC). O trabalho do pesquisador era o de documentar a dança, produzir e coletar material de memória para a constituição de um acervo de Dança. Todo o material identificado pelos pesquisadores está disponível para consulta no Arquivo do CCSP. Esse trabalho possibilitou-me acompanhar a história da Dança e a carreira dos bailarinos e coreógrafos atuantes na cidade de São Paulo e também mapear certa “comunidade da dança”.

O filósofo italiano Giorgio Agamben (2008, p.27), em seu livro O que

resta de Auschwitz define um dos significados de testemunha: aquele que

viveu algo, atravessou até o final um evento e pode, portanto, dar testemunho disso. A partir dessa experiência e como testemunha de uma história (AGAMBEN, 2008) é que se insere o interesse desta pesquisa: mapear e contextualizar a carreira de alguns bailarinos da cidade de São Paulo.

A Dança como Área de Conhecimento e a Questão da Memória

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pesquisa, no processo de construção de uma possível história e o papel dos acervos de dança como processadores dessa memória.

Segundo o professor Ulpiano Meneses (2007: 23), a crise da memória, na sociedade ocidental, data do século XVIII (Revolução Francesa), com a “descoberta do tempo histórico”, e coincidentemente, é a partir do mesmo século XVIII que surgem formalmente organizadas as instituições da memória – o museu moderno data daí. Em outras palavras, o museu é um sintoma da crise da memória (op. cit., p. 23).

O autor destaca, ainda, os seguintes aspectos relativos à memória: retenção, registro, depósito de informações, conhecimento ou experiências. E afirma que se trata, também, de um mecanismo de seleção, de descarte, de eliminação: a memória é um mecanismo de esquecimento programado (op. cit., p. 23).

A memória não é o que gostaríamos que fosse, algo a ser preservado e guardado. A memória está sempre ativa, sempre se transformando, e o esquecimento faz parte do processo de lembrar.

Michel Bernard (2001), filósofo francês especialista em Dança, também discorre acerca do conceito de memória. Para o autor, o desejo de memorizá-la pode ser realizado de cinco maneiras distintas: pela notação coreográfica, pela fotografia, pelo vídeo, pelo filme cinematográfico e pelos testemunhos – falados e/ou escritos.

O Nexo entre o Feito e o Visto à Memória

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testemunho visual, com os distintos aparatos tecnológicos que nos ajudam a lembrar do que muitas vezes foi esquecido – ganham importância obrigatória para o estabelecimento do nexo entre o que é feito e o que é visto.

A pesquisadora francesa Isabelle Launay (2007), por sua vez, responsável pelo projeto de recuperação das obras do coreógrafo francês Dominique Bagouet (1951-1992), a partir da memória e dos acervos pessoais de seus assistentes e/ou dançarinos, amplia essa discussão. O projeto/publicação Les Carnets Bagouet (2007) focaliza o debate em questões do tipo: como uma obra coreográfica sobrevive a sua desaparição? Como pode ser transferida de um corpo a outro, de um grupo a outro, de um olhar a outro? A autora enfatiza que uma peça coreográfica, não importa se clássica ou contemporânea, é criada, dançada, recuperada de tempos em tempos, e, logo depois, esquecida.

Dentro desse eixo, a filósofa francesa Véronique Fabbri (2007) define a pesquisa em dança como pensamento em construção que se defronta de forma continuada com a problemática da desaparição do corpo em movimento, mais precisamente a desaparição da figura à qual se articulam os diferentes momentos do movimento (2007: 145). Ao abordar a questão do desaparecimento da dança, do corpo e da obra, a autora ressalta que expor-se à desaparição é aceitar a ideia de uma atividade volátil, não a produção de obras ou monumentos, mas a transformação recíproca de um projeto, de um público (op. cit., p. 156).

No Brasil, a professora e crítica de dança Helena Katz (http://www.helenakatz.pro.br) ressalta a forma de transmissão da dança oral e privada, considerando-a parecida com a constituição dos acervos; ou seja, uma vez que o poder público deixa de investir em acervos documentais, os acervos privados - de artistas, colecionadores, críticos – passam a ser “públicos”, ocupando assim espaços e lacunas, constituindo parte da memória da dança.

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Tomando os autores acima citados como referência, pretendo, ao coletar memória, contar a história recortada pelos depoimentos dos bailarinos entrevistados. Os relatos permitem um acesso singular à memória e à história diferentemente das demais formas de registro - notação coreográfica, fotografia, vídeo e filme cinematográfico, por exemplo (LAYSON, 1994).

Breve Panorama da Dança Contemporânea em São Paulo

Foi no eixo Rio de Janeiro - São Paulo que a Dança contemporânea se instalou no Brasil, embora a primeira faculdade tenha sido criada em Salvador na Universidade Federal da Bahia (UFBA), nos anos 1950, com a forte presença de traços da dança moderna alemã, associados às danças populares e ao sincretismo religioso, presente na Bahia.

Nos anos 1970, houve uma mudança de entendimento do corpo através dos trabalhos de artistas como – Renée Gumiel, Maria Duschenes, Klauss Vianna, Angel Vianna, Takao Kusuno, Ruth Rachou. Em 1975, foi inaugurado na cidade de São Paulo o Teatro Galpão (Secretaria Estadual da Cultura). O Galpão, localizado no Teatro Ruth Escobar, era o Teatro de Dança idealizado por Marilena Ansaldi, tido como local de experimentação e criação, ligado ao contemporâneo. Foi palco para bailarinos interessados em fazer e pensar a dança, como: Célia Gouvêa, que estudou no Mudra de Maurice Bejart, Takao Kusuno, Denilto Gomes, Umberto da Silva, Ana Mondini, Ismael Ivo, Sonia Mota, Clarice Abujamra. Esses artistas foram os precursores de um movimento que se ampliou nos anos 1990 e 2000.

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As iniciativas sedimentaram o CCSP como uma das primeiras casas de espetáculo com propósitos de continuidade (nos moldes de casas estrangeiras) e um dos primeiros lugares a investir na exposição continuada de projetos artísticos e no lançamento de novos dançarinos.

Os intérpretes-criadores, escolhidos para pesquisa, compõem o cenário atual da Dança paulistana, e não coincidentemente, fizeram parte das mostras de Dança do CCSP - O Feminino na Dança/ O Masculino na Dança e/ ou Semanas de Dança, e esse fato define um dos denominadores comuns dessa geração: a inquietação artístico-conceitual, por meio da pesquisa de linguagem, embebida pela perspectiva política da ação artística. Isso possibilita o processo de construção de uma dramaturgia da Dança no trânsito corpo-ambiente (GREINER e KATZ, 2005), isto é, o corpo inserido num ambiente do qual ele é parte, vivendo em negociação permanente: o corpo vive no estado do sempre-presente, o que impede a noção do corpo recipiente. O corpo não é um lugar aonde as informações que vêm do mundo são processadas para serem depois devolvidas ao mundo (op. cit., p.130).

Nesse panorama, as diversas ações políticas dessa geração podem ser observadas, sendo o agente principal a própria comunidade da dança. Assim, em 2005, após muitos debates entre os artistas e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (SMC/ PMSP), foi criada a Lei de Fomento à Dança, com a participação ativa da Cooperativa Paulista de Dança. O 1º. Fomento à Dança da cidade de São Paulo aconteceu em 2006, atualmente (2013) estamos no 14º. Fomento à Dança.

Essa lei possibilita a disponibilização de verba para a formação de pequenos núcleos de pesquisa em Dança, espaço de trabalho para os artistas-criadores independentes e também para a circulação de espetáculos.

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Cultural São Paulo (CCSP) quis dar continuidade ao trabalho de registro, agora entrevistando outros intérpretes-criadores da cena paulistana contemporânea. Os Entrevistados

Sandro Borelli: bailarino, coreógrafo, diretor da Cia. Borelli de Dança, do Espaço Kasulo e da Cooperativa Paulista de Dança.

Marta Soares: bailarina, coreógrafa, Doutora em Psicologia Clínica (PUC/SP). Cristian Duarte: cofundador da Associação Desaba, curador do Projeto Lote #. Tica Lemos: cofundadora/ diretora do Estúdio Nova Dança, integrante da Cia. Nova Dança 4.

João Andreazzi: diretor da Cia. Corpos Nômades e do Espaço Lugar.

Vera Sala: bailarina, coreógrafa, professora do Curso de Comunicação das Artes do Corpo (PUC/SP).

Helena Bastos e Raul Rachou: fundaram a Cia. Musicanoar em 1993. Raul Rachou – codiretor, professor do Estúdio Ruth Rachou; Helena Bastos - Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC/SP), professora da Escola de Comunicação e Artes (ECA/USP).

Para Meneses (2007), o tempo da construção da memória está no presente, que sincroniza várias temporalidades. Sendo assim, os depoimentos-testemunhos desses artistas – intérpretes criadores – permitirão construir um recorte da história-pensamento da Dança contemporânea paulistana (assim como a brasileira), bem como refletir sobre o trânsito que se dá entre a dança (cênica) e a (im)possibilidade de acesso a sua memória documental. Trata-se de uma questão sempre debatida por artistas e pesquisadores.

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A investigação está inserida num determinado contexto sócio-político-cultural emoldurado pela cidade de São Paulo, cujo vértice pressupõe que a complexidade da história da Dança reside justamente na paradoxal efemeridade de seu corpomídia (GREINER e KATZ, 2005), sempre em uma relação coevolutiva com os diversos ambientes.

Contar a história da dança que vem sendo dançada no Brasil é também se deparar com a ausência de registros. Resta a esperança de contarmos com a memória de seus testemunhos.

Referências

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BERNARD, Michel. De la création chorégraphique. Pantin: Centre National de la Danse, 2001.

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DUPUY, Dominique. Le 3 coups. Quant à la danse. Images en Manoeuvres/ Les mas de la danse, 5, 2007, 5-11.

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LAYSON, June. Dance history source materials. In: ADSHEAD-LANSDALE, Janet and LAYSON, June (ed). Dance history: an introduction, London: Routledge, 1994, 18-31.

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XAVIER, Renata. O (não) lugar da dança na imprensa e nos acervos públicos

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Sites

Centre National de la Danse: http://www.cnd.fr

Centro Cultural São Paulo: http://www.centrocultural.sp.gov.br Helena Katz: http://www.helenakatz.pro.br

Renata Xavier

Referências

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