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SESC UNIDADE PIRACICABA DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO PIRACICABA. Mini Curso: CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS CONTEÚDO DO MINI CURSO:

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Academic year: 2021

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SESC – UNIDADE PIRACICABA

DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO PIRACICABA

Mini Curso: “CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS”

CONTEÚDO DO MINI CURSO: Parte 1:

CONCEITOS

O SUPORTE PAPEL E SUA HISTÓRIA FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL:

Internos (Composição do papel; Acidez do papel);

Externos:

– AGENTES FÍSICOS (Luz natural e artificial; Temperatura e umidade relativa) – AGENTES QUÍMICOS ( Poluição ambiental; Poeira)

– AGENTES FÍSICOS MECÂNICOS/ANTRÓPICOS (Guarda inadequada; Manuseio incorreto; Mudanças)

– AGENTES BIOLÓGICOS (Microrganismos: bactérias e fungos; Insetos: traças, baratas, cupins, brocas e piolhos; Roedores)

_ CATÁSTROFES (Inundações; Terremotos; Furacões; Incêndios; Guerras, etc.) COMO HIGIENIZAR LIVROS

CUIDADOS COM OS LIVROS LIMPEZA DAS ESTANTES LIMPEZA DO ESPAÇO FÍSICO REFERÊNCIAS

Parte 2: Demonstração prática sobre higienização de livros;

CONCEITOS:

ACONDICIONAMENTO – Embalagem destinada a proteger os documentos e a facilitar seu manuseio. ARMAZENAMENTO – Guarda de documentos em mobiliário ou equipamentos próprios, em áreas que lhes são destinadas.

CONSERVAÇÃO - É o levantamento, estudo e controle das causas de degradação, permitindo a adoção de medidas de prevenção. É um procedimento prático aplicado na preservação. Ex.: Diagnóstico, monitoramento ambiental, vistoria, etc.

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CONSERVAÇÃO PREVENTIVA - São intervenções diretas, feitas com a finalidade de resguardar o objeto, prevenindo possíveis malefícios. Ex.: higienização, pequenos reparos, acondicionamento, etc. Corresponde, basicamente , à “retirada da poeira e outros resíduos estranhos aos documentos, por meio de técnicas apropriadas, com vistas à sua preservação” (BELLOTTO & CAMARGO, 1996) e pode ser definida como “conjunto de procedimentos e medidas destinadas a assegurar a proteção física dos arquivos contra agentes de deterioração” (BELLOTTO & CAMARGO, 1996).

HIGIENIZAÇÂO - Consiste na redução da poeira, partículas sólidas, incrustações, resíduos de excrementos de insetos e outros depósitos de superfície.

PAPEL NEUTRO – Papel não ácido ou ligeiramente alcalino e que, portanto, não se deteriora com facilidade.

pH – Medida da acidez ou alcalinidade de uma substância. A escala de pH varia de pH 1 (acidez máxima) a pH 14 (alcalinidade máxima), sendo o pH 7 considerado neutro.

PRESERVAÇÃO - É uma consciência, mentalidade, política (individual ou coletiva, particular ou institucional) com o objetivo de proteger e salvaguardar o Patrimônio. Resguardar o bem cultural, prevenindo possíveis malefícios e proporcionando a este condições adequadas de “saúde”. É o controle ambiental, composto por técnicas preventivas que envolvam o manuseio, acondicionamento, transporte e exposição;

QUALIDADE ARQUIVÍSTICA - É a denominação dada aos materiais usados na conservação e no restauro que são física e/ou quimicamente estáveis, e que oferecem melhores condições de preservação aos documentos.

RESTAURAÇÃO - É um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer sua integridade e seu caráter histórico.

SUPORTE - Material sobre o qual as informações são registradas (papel, disco, fita magnética, filme, pergaminho etc.)

UMIDADE RELATIVA - Relação expressa em % entre a quantidade de vapor d’água contida no ar e a quantidade máxima que o ar poderá conter à mesma temperatura.

O SUPORTE PAPEL E SUA HISTÓRIA:

Alguns suportes utilizados pelo homem para registrar a informação:

PINTURAS RUPESTRES; ARGILA; CASCOS DE TARTARUGAS;

PAPIRO; PERGAMINHO; PAPEL DE TRAPOS DE LINHO/ALGODÃO; PAPEL ATUAL

O papel que conhecemos hoje teve sua origem na China, por Ts'ai Lun no ano 105 a.C.

Ts’ai Lun fez uma mistura umedecida de fontes de fibras vegetais contidas na casca de amoreira, cânhamo, restos de roupas, e outros. Bateu a massa até formar uma pasta. Após, peneirou, tendo uma fina camada que foi deixada para secar ao sol. Após secagem, a folha de papel estava pronta, tornando-se um bem muito lucrativo. 500 anos após sua descoberta, os japonetornando-ses conheceram o papel graças aos monges budistas coreanos que lá estiveram.

Após derrota frente aos árabes, em 751 d.C, os chineses tiveram alguns artesãos capturados e a tecnologia da fabricação de papel deixou de ser um monopólio chinês.

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A celulose é uma das principais fibras utilizadas para o fabrico do papel. A mesma pode ser usada para a fabricação de tecidos quando extraída do algodão, cânhamo, chita ou do linho. Potencialmente, qualquer planta produtora de celulose é fonte de matéria-prima para a produção de papel.

Papel de trapos de linho/algodão

Gutenberg (*1393 +1405) e a invenção da imprensa com tipos móveis

A Bíblia de Gutenberg é o incunábulo impresso da tradução em latim da Bíblia, por Johann Gutenberg, em Mogúncia, Alemanha. A produção da Bíblia começou em 1450, tendo Gutenberg usado uma prensa de tipos móveis.

O nascimento de Gutenberg é estimado: por volta de 1400. Nasceu entre 1393 e 1405, filho do comerciante Friele Gensf leisch, em Mainz.

A MATÉRIA-PRIMA DO PAPEL NA ATUALIDADE

A produção de papel industrial usa duas espécies de árvores cultivadas em larga escala: o pinheiro (Pinus sp.) e o eucalipto (Eucalyptus sp), ambas originárias, respectivamente da Europa e da Austrália. O reflorestamento ajuda a amenizar as práticas de desmatamento e ajuda a preservar as florestas naturais.

FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL

FATORES INTERNOS OU INTRÍNSECOS: ligados diretamente a composição do papel tais como: tipo de fibras, tipo de encolagem, resíduos químicos não eliminados, partículas metálicas, ou seja, todos os componentes que constituem a parte física do papel. Outros fatores: degradação da celulose, acidez e a oxidação que aceleram a deterioração química da celulose.

FATORES EXTERNOS OU EXTRÍNSECOS: AGENTES FÍSICOS:

Iluminação natural – sol (interfere na coloração , degradação da lignina); Iluminação artificial – lâmpadas fluorescentes;

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AGENTES QUÍMICOS:

Poluição atmosférica; Ozônio; Poeira; Sujidade; Acidez; Tintas; Contato com outros materiais instáveis quimicamente;

AGENTES BIOLÓGICOS:

Microrganismos (bactérias e fungos); Insetos (traças, baratas, cupins, brocas, piolhos); Roedores.

AGENTES FÍSICOS MECÂNICOS/ ANTRÓPICOS:

Manuseio e armazenamento incorretos; Exposição incorreta;Guarda inadequada; Desastres (mudanças, transporte e outros); Vandalismo; Roubos.

CATÁSTROFES: Inundações; Terremotos; Furacões; Incêndios; Guerras.

Os incêndios e as inundações estão entre as primeiras causas dos desastres em bibliotecas. Estes danos podem ser evitados ou minimizados a medida que as bibliotecas tenham um planejamento adequado com programas de proteção contra incêndios e inundações.

Algumas regras básicas de procedimento para estas ocasiões: a) No caso de inundações

 Manter os volumes fechados até que toda a sujidade seja retirada;

 Secar a obra através da circulação do ar;

 Não expor os livros ao sol;

 Envolver os livros e/ou documentos mais encharcados com papéis mata borrão;

 Não tentar abrir os volumes enquanto estiverem molhados. b) No caso de incêndios

 Não permitir que fume em prédios que guardam acervos;

 Verificar sempre o sistema de eletricidade do prédio;

 Instalar equipamentos de detecção de fumaça e realizar a sua manutenção constante;

 Ter a mão o número do telefone do Corpo de Bombeiro local;

 Adotar normas que priorizem a retirada do acervo;

 Sinalizar as dependências da biblioteca;

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COMO HIGIENIZAR LIVROS:

. Avaliar primeiramente o volume a ser higienizado;

. Preencher a Ficha de Avalição com os dados referentes à obra; . Limpar com a trincha a capa, contracapa e cortes do livro; . Remover sujidade mais espessa com bisturí;

. Utilizar o pó de borracha quando o suporte permitir, menos nas áreas impressas; . Internamente, limpar folha a folha, utilizando a trincha, retirando o pó de borracha; . Oxigenar o livro;

. Passar a flanela branca em toda área externa do livro;

. Quando o livro tiver a capa plastificada, poderá ser limpo com uma solução de água + álcool a 50%; . Secar totalmente a obra com uma flanela;

. Depositar a obra higienizada em área também já higienizada. CUIDADOS COM OS LIVROS:

 Não manusear livros ou documentos com as mãos sujas;

 Não manter plantas aquáticas, guarda-chuvas e capas molhadas junto ao acervo;

 Evitar infiltrações e goteiras junto à coleção;

 Em dias muito úmidos, evitar abrir as janelas;

 Não fumar e realizar refeições em prédios que guardam acervos;

 Não usar fitas adesivas, colas plásticas (use metilcelulose), grampos e clipes metálicos nos livros;

 Nunca usar carimbos sobre ilustrações e/ou textos. Jamais usar caneta tinteiro ou esferográfica nas anotações. Quando necessário, usar lápis de grafite macio;

 Não dobrar as folhas do livro, formando orelhas, pois ocasiona o rompimento das fibras;

 Usar marcadores próprios evitando efetuar marcas e dobras;

 Não retirar o livro da estante puxando-o pela borda superior da lombada;

 Os livros devem permanecer em posição vertical. Nunca acondicioná-los com a lombada para baixo ou para cima;

 Usar bibliocanto para evitar o tombamento dos livros;

 Nunca manter as estantes campactadas;

 Fazer o transporte dos livros em carrinhos especialmente construídos para este fim. Não superlotá-los no ato do transporte;

 Nunca umedecer os dedos com líquidos para virar as páginas do livro. O ideal é virar pela parte superior da folha;

 Não apoiar cotovelos sobre os volumes de grande porte durante a leitura;

 Não fazer anotações particulares em papéis avulsos e colocá-los entre as páginas de um livro. Eles deixarão marcas;

 Evitar tirar cópias de livros encadernados. Esta prática, danifica não só a encadernação como também o papel;

 Não utilizar espanador e produtos químicos para a limpeza do acervo e área física da biblioteca, use trincha em local afastado das estantes;

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LIMPEZA DAS ESTANTES:

 Nas estantes a limpeza das prateleiras e volumes deverá ser de cima para baixo e da esquerda para direita;

 As prateleiras com volumes deverão ser limpas com um pano levemente umedecido em uma solução de água (70%) e álcool , e em seguida, deve-se passar outro pano seco;

 Aguardar a secagem total para depositar novamente os livros na prateleira;

 Não utilizar qualquer tipo de produto químico, como lustra-móveis, detergentes, óleo de peroba, etc. pois os mesmos transferem oleosidade e odor aos livros;

 Manter as estantes ao menos 5cm. de distância das paredes a fim de possibilitar a circulação de ar e distanciar da umidade das paredes.

LIMPEZA DO ESPAÇO FÍSICO:

A limpeza das salas dos acervos, sala de conservação e de restauração deve se restringir ao espaço físico, pois a higienização do material bibliográfico/arquivístico será contemplado durante a higienização do acervo.

A equipe de limpeza deve receber orientações para os procedimentos, observando o cuidado necessário exigido para a ação. O responsável, sempre que possível, deve acompanhar os serviços.

O profissional da limpeza, quando bem orientado, torna-se um aliado na identificação de problemas e nas ações de conservação.

Recomenda-se os seguintes cuidados na execução dos trabalhos:

 A limpeza do espaço físico compreende desde o vasculho do forro para a remoção de teias de aranha, insetos que porventura estejam nas dependências, entre outros;

 Usar aspirador de pó para não levantar poeira. Caso necessite do uso de pano úmido, este deve ser bem torcido;

 Não apoiar nas estantes, mobiliário e paredes, tendo cuidado com o uso de escadas e outros objetos quando se vai fazer alguma manutenção;

 Avisar o responsável caso observe manchas de umidade, goteiras, vazamentos e rachaduras;

 Observar a presença de excrementos de insetos xilófagos, asas de insetos, traças e pequenos orifícios próximos às obras, mobiliários ou no piso do prédio;

 Não utilizar cêras e outros produtos no espaço da Biblioteca ou Arquivo já que são compostos por elementos gordurosos e liberam partículas químicas na atmosfera;

 Atentar para a limpeza do piso rente à última prateleira da estante, sendo essa área mais sujeita à umidade, poeira e respingos.

Sequência das ações para higienização dos livros: 1. Limpeza externa da cabeça, corte e pé do livro, com trincha;

2. Limpeza interna com trincha;

3. Limpeza de sujidade mais espessa, com bisturi;

4. Limpeza com pó de borracha e trouxinha de pó de borracha; 5. Limpeza com lápis borracha;

6. Uso da flanela; 7. Uso do álcool; 8. Oxigenação do livro;

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

CAMARGO, Ana Maria de Almeida (org.). Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros - Núcleo Regional de São Paulo: Secr. Estado da Cultura, 1996.

CARVALHO, Cláudia S. Rodrigues de. O espaço como elemento de preservação dos acervos com suporte em papel. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1998. (Comunicação Técnica, 2).

CASSARES, Norma Cianflone. Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. São Paulo : Arquivo Público, 2000. 78p.

CÓSCIA, Vera Lucia. Um pouco das coleções especiais da Biblioteca Comunitária da UFSCar. Disponível em: http://www.versaobeta.ufscar.br/index.php/vb/article/viewFile/98/52. Acesso em 01.07.2015.

COSTA, Marilene Fragas. Noções básicas de conservação preventiva de documentos. Disponível em:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/normas_conservacao_fio_cruz_1358966008.pdf. Acesso em 08.07.2015

LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma proposta para preservação de documentos em bibliotecas.

Brasília: Thesaurus, 1995.

REMÉDIO, Maria Aparecida. Conservação preventiva e higienização de documentos. AFPU/UNICAMP, Campinas, nov.2002. (Apostila de Curso).

SILVA FILHO, José Tavares; ALMEIDA, Marilene S. F. de; GONÇALVES, Paulo Roberto. Manual de conservação de acervos bibliográficos. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Sistema de Bibliotecas e Informação-SiBI, 1994.

SPINELLIi, Jayme. Introdução à conservação de acervos bibliográficos. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Dep. Nacional do Livro, 1995.

TEIXEIRA, L. C. T.; GHIZONI, V. R. Conservação preventiva de acervos. Disponível em: http://www.fcc.sc.gov.br/patrimoniocultural/arquivosSGC/DOWN_151904Conservacao_Preventiva_1.pdf. Acesso em 01.07.2015. THOMÉ, Lúcia Elena. Conservação preventiva e higienização de documentos.

Ref.: disponível em: http://biblioteca.forum.ufrj.br/index.php/producao-bibliografica/conservacao-preventiva. Acesso em 08.07.2015

Vera Lúcia Cóscia

Referências

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