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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, ESTADO E POLÍTICA SOCIAL: ENSAIOS TEÓRICOS SOBRE O CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER EDNALVA BEZERRA

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Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2017, ISSN 2179-510X

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, ESTADO E POLÍTICA SOCIAL: ENSAIOS TEÓRICOS SOBRE O CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER EDNALVA BEZERRA

Rosângela Cavalcanti da Silva1 Nivia Cristiane Pereira da Silva2

Resumo: Este trabalho é fruto de reflexões teóricas e de pesquisas realizadas junto ao Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Serviço Social e Política Social na Contemporaneidade da UFPB – Linha de Pesquisa: Serviço Social e Políticas Públicas para Mulheres cujas bases teóricas alicerçam-se na teoria social crítica e norteiam nossas reflexões. Neste trabalho, propomos uma reflexão acerca da Política Nacional de Enfrento à Violência contra às Mulheres, questionando-nos sobre o papel assumido pelo Estado brasileiro no enfrentamento à violência doméstica e apontando a importância dos Centros de Referência da Mulher, mais especificamente o Ednalva Bezerra, localizado na cidade de João Pessoa/PB. Com o advento da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, os serviços de combate e enfrentamento à violência doméstica no Brasil, tais quais os Centro de Referência da Mulher, passaram a ser instrumentos cuja importância dizem respeito à própria existência das mulheres que estão em situação de violência doméstica, pois esses são espaços de acesso à rede de serviços buscados afim de romper com o ciclo da violência. Por fim, reunimos concomitantemente discussões sobre patriarcado, Estado, políticas sociais e feminismo, para evidenciar o cenário ao qual está inserida nossa reflexão.

Palavras-chave: Patriarcado. Feminismo. Estado. Políticas sociais. Violência doméstica.

Introdução

O atual estágio de desenvolvimento do capitalismo, revela como as relações se complexificaram ao longo da história. Imbricado a este processo, têm-se o desenvolvimento de relações desiguais entre mulheres e homens, para além da produção material de mercadorias. Ou seja, para além do processo de exploração das relações de trabalho, existe no seio da sociedade, a exploração que advém das contradições e das relações de poder entre homem x mulher, cujos antagonismos se expressam através da opressão masculina sobre às mulheres. É preciso ainda, conceber, como aponta Cisne (2014), a centralidade que o racismo possui para desvelar as relações contemporâneas de dominação e exploração. Sendo assim, não é possível, sob a nossa ótica, tecer quaisquer críticas ou apontamentos sobre às relações que oprimem às mulheres, dissociando ou

1 Bacharela em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (2016). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – PPGSS/UFRN.

2 Doutora em Serviço Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Professora do Curso de Serviço Social da UFPB e Coordenadora do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Políticas Sociais na Contemporaneidade.

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fragmentando estas três categorias que se apresentam como centrais: capitalismo, patriarcado e o racismo.

A violência contra às mulheres é posta neste cenário, como resultado contraditório e material das relações sociais. Se, por um lado, acompanhamos o aprofundamento das desigualdades, seja entre os sexos, seja entre as classes sociais ou entre raça/etnia, por outro, vimos o desenvolvimento de políticas sociais, cujas finalidades não são capazes de superar o fundamento que lhes concebe, no entanto, têm-se mostrado necessárias diante o aprofundamento da opressão. No Brasil, as políticas sociais específicas sobre os direitos das mulheres, bem como as que são destinadas exclusivamente ao combate à violência contra às mulheres, são muito recentes, datadas do final da década de 1980, quando surgiram as primeiras Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (DEAM) e posteriormente, as Casa Abrigo.

O Estado, no capitalismo, essencialmente no capitalismo a partir da fase dos monopólios, assume o papel de regulação das relações sociais, para além das relações de mercado. Essa configuração de Estado, permite que haja a ampliação da oferta das políticas sociais. Envolta de lutas históricas da classe trabalhadora, essas políticas são objeto de disputas e apresentam o caráter de atender aos interesses tanto da classe proletária, quanto da burguesia, uma vez que não superam as contradições que a fundam, no entanto, apazigua determinada situação de opressão.

Ao que toca às políticas para mulheres em situação de violência, vimos que a expansão dos serviços ocorreu em um momento histórico da economia brasileira, cujas evidências do neoliberalismo são notáveis. O Estado brasileiro, ao mesmo tempo em que apresenta posições claras de sua desresponsabilização, evidencia quão necessárias são estas políticas para milhares de mulheres que cotidianamente enfrentam diversas situações de violências. A dualidade existente entre a necessidade e a efetivação destas políticas, é tal que só a partir de 2006, serviços como os Centros de Referência são criados e nota-se que o público de usuários é extenso.

Apresentamos sinteticamente neste trabalho, o percurso que se deu para a criação do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, localizado no município de João Pessoa/PB, tendo como ponto central, a discussão de sua necessidade para as usuárias do serviço, bem como o mesmo se articula dentre os eixos que estruturam a política nacional de enfrentamento à violência contra às mulheres.

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Entre a necessidade e a resistência: análises críticas do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra

A partir da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, o Estado brasileiro adotou medidas, no que tange à violência doméstica, como por exemplo, a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra à Mulher; medidas de prevenção, punição e erradicação deste mesmo tipo de violência. Em decorrência da Lei 11.340/2006, surgiram serviços para compor a rede de enfrentamento de violência contra à mulher, que tem por objetivo “efetivar os quatro eixos previstos na Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres - combate, prevenção, assistência e garantia de direitos - e dar conta da complexidade do fenômeno da violência contra as mulheres” (SPM, 2011: 13).

Por violência contra às mulheres, o Plano Nacional de Combate e Enfrentamento à Violência contra às Mulheres (2011), conceitua como “qualquer ação ou conduta, baseado no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público, como âmbito privado”. Esta conceituação, por sua vez, ainda se subdivide e dentro desta, encontra-se a violência doméstica. Por ocasião da Lei 11.340/2006, a violência doméstica obteve definição legal e sua generalidade às mulheres, é tal que, classifica os tipos de agressão e abrange seu alcance à todas as mulheres, independente de raça/etnia, religião, orientação sexual, classe, renda, cultura, idade, dentre outros.

Devemos, no entanto, compreender como se dá a articulação entre a Secretaria de Política para Mulheres, a Política Nacional de Enfrentamento a Violência Contra às Mulheres, os serviços que compõem a rede de enfrentamento e o Plano Nacional de políticas para mulheres, para que haja melhor compreensão do significado social do CRMEB. A SPM, surge em 2003, com status de Ministério no segundo ano do governo Lula, mas apenas em junho de 2013, já no governo Dilma, através do Decreto 8.030/2013, que a SPM teve sua estrutura organizacional regulamentada e dentro desta estruturação, enquanto órgão específico interino à SPM, foi criada a Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, além do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, órgão colegiado que possui caráter de controle social. Com a Reforma Ministerial de 2015, a SPM

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foi extinta3, evidenciando que a governabilidade do mais alto escalão da política nacional, o Poder Executivo, está voltada ao capital e não às reais e urgentes demandas da classe trabalhadora.

O Plano Nacional de Política para Mulheres (PNPM) e a Política Nacional de Enfrentamento a Violência Contra às Mulheres (PNEVCM), que fazem parte das políticas que compõem o quadro de enfrentamento à violência e as questões específicas das mulheres, devem ser entendidos relacionados um ao outro. O último PNPM, com vigência para os anos de 2013 a 2015, é oriundo da sistematização das discussões da 3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, realizada no ano de 2011, e tem entre os seus princípios orientadores, “a autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida” (SPM, 2011: 09). Nesse sentido, enquanto objetivo no que tange ao enfrentamento da violência contra às mulheres, o PNPM 2013-2015 visa a redução dos índices de todas as formas de violência contra à mulher e entre as ações está a “ampliação e fortalecimento da rede de serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência” (SPM, 2011:

44) do qual se encontram os Centros de Referência.

A Política Nacional de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres, possui um novo ordenamento com a promulgação da Lei 11.340/2006 e recebe maior adensamento com o Pacto Nacional de Enfrentamento a Violência Contra às Mulheres, em 2007, pois até então, as ações eram concentradas e isoladas nas DEAMs, em Casas Abrigo e em capacitações para profissionais.

A Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres tem por finalidade estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional (SPM, 2011, p. 9).

No município de João Pessoa, em 2005, através da Lei 10.429/2005, foi criada a Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres e em 2010, foi alterada pela Lei 11.902/2010 que criou a Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para Mulheres (SEPPM). Posterior a criação da Coordenadoria, em setembro de 2007, foi criado no Município, o Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, que a priori atendia mulheres da região metropolitana de João Pessoa e

3 Problematizar o surgimento e a extinção de um serviço é sobretudo uma tarefa que exige compreensão do que envolve

a temática abordada. Diante dessa afirmação, trazemos a questão da SPM, que como dito, surgiu no mandato de um homem (o Lula, em 2003) e foi extinto no governo de uma mulher (a Dilma, em 2015). Fica claro, que o compromisso que é assumido pelo Estado através do Poder Executivo a nível da União, que não é com a classe trabalhadora e com as opressões que a circunscreve no marco do capitalismo e suas contradições, mas ao contrário, as políticas sociais possuem forte intervenção da política econômica adotada pelo governo, ou seja, o neoliberalismo e o Estado mínimo são o que regem as práticas governamentais.

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hoje, atende mulheres do município de João Pessoa. O CRMEB, é padronizado pela Norma Técnica de Uniformização dos Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, da Secretaria Especial de Política para Mulheres da Presidência da República (2006). Conta com uma equipe formada por assistentes sociais, advogadas, psicólogas, arte educadoras e pedagogas, além das coordenadoras e da equipe de apoio. Em 2012, o CRMEB passou a ter sede própria, através do Decreto Municipal 7.546/2012.

Os Centros de Referência, possuem papel de articulação de políticas da Rede de Enfrentamento a Violência contra à Mulher, na medida em que as mulheres são ouvidas e encaminhadas aos serviços. Possui para além do papel de articulador, o de fortalecedor de autonomia4 das mulheres, uma vez que, quando atendida, as mulheres têm a possibilidade de através do atendimento psicológico tomar consciência que a situação a qual ela está submetida, não é uma questão simples e que há um significado social.

Considerações Finais

Após tecermos algumas considerações a respeito das características gerais da violência contra às mulheres e mais especificamente, sobre a violência doméstica, apontamos neste ponto, já indicando nossas conclusões, a importância do fortalecimento de espaços tal qual o Centro de Referência Ednalva Bezerra. A priori, temos a compreensão de que este ou qualquer outro serviço, não é capaz de suprimir a opressão que funda a sua necessidade, que, neste caso, abarca relações de dominação de sexo, raça/etnia e classe que vimos na contemporaneidade e que foram fundadas desde o surgimento da propriedade privada, como apontado por Engels (2012). No entanto, sua funcionalidade, muito embora dúbia, tem resultados diretos na vida das mulheres.

A proposta central da Política Nacional de Enfrentamento e Combate à Violência contra às Mulheres, é articulada em quatro eixos, dos quais necessitamos retomá-los: prevenção, que se refere as “ações educativas e culturais que interfiram nos padrões sexistas”; assistência, referente as

“ações de atendimento e capacitação dos agentes públicos”; enfrentamento e combate, cujas ações se dão para o cumprimento das punições e do próprio cumprimento da Lei Maria da Penha; e, por

4 Devemos ressaltar que, embora o patriarcado, o machismo e o sexismo não sejam superados, uma vez que esta não é a

finalidade de uma política social, tendo em vista que esses são elementos estruturantes da sociedade, mas são enfrentados.

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fim, o acesso e garantia de direitos, que visa o cumprimento da legislação nacional, internacional e das iniciativas para o empoderamento das mulheres (SPM, 2011).

A partir destes eixos e estabelecendo uma relação direta do CRMEB com os mesmos, apontamos que este último possui um significado político e social para às mulheres. Político, por ainda que com limites, enfrentar o machismo e o patriarcado que se materializa sob a forma de violência na vida das mulheres usuárias deste serviço, permitindo-lhes através das ações desenvolvidas, a possibilidade de superação da situação da violência. E, concomitantemente, possui um significado social, dada a sua capacidade de fortalecimento de autonomia destas mulheres.

No entanto, é valido apontar como manter serviços tais quais o CRMEB, é complexo. A estrutura social a qual estamos inseridas(os), referente ao estágio de desenvolvimento e consolidação do capitalismo como modo de produção, do patriarcado como modo de dominação da vida e do corpo das mulheres, e do racismo como segregação entre as raças/etnias, tende a intensificar essa correlação de forças, seja entre a figura social do homem e da mulher, entre burgueses e proletários, ou ainda, entre brancos e negros, tornando-as ainda mais acirradas. Desta forma, as opressões tendem a apresentar-se de modo mais evidente, que no nosso caso de discussão, materializa-se sobre a forma de violência doméstica contra mulheres.

O que chama-nos atenção no entanto, não é exclusivamente o fato de vivermos um momento de desregulamentação das políticas sociais implementadas pelo Estado, e, no tocante às políticas para as mulheres no Brasil, acompanhamos este desmonte desde 2015, com a reforma ministerial implementada pela ex-presidenta Dilma Rousself, que extinguiu a Secretaria de Políticas para Mulheres, mas, o fato de qual política para mulheres está sendo ofertada para aquelas que dela necessita.

Parece-nos evidente, portanto, apontarmos que a saída para este cenário que descrevemos, é a construção coletiva de uma sociedade pautada em novos valores. Sociedade esta, que se baseie na liberdade e na igualdade entre homens e mulheres; que não haja opressão, seja ela de qual seguimento for; que possua relações igualitárias de distribuição e produção; que não haja sujeição.

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Feminism, State and social policy: theoretical essays on the women's reference center Ednalva Bezerra

This work is the result of theoretical reflections and research carried out with the Group of Studies, Research and Extension in Social Work and Social Policy in Contemporary UFPB - Line of Research: Social Service and Public Policies for Women whose theoretical bases are based on theory Social criticism and guide our reflections. In this work, we propose a reflection on the National Policy on Facing Violence against Women, questioning the role assumed by the Brazilian State in coping with domestic violence and pointing out the importance of Women's Reference

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Centers, specifically Ednalva Bezerra, Located in the city of João Pessoa / PB. With the advent of Law 11.340 / 2006, known as the Maria da Penha Law, the services of fighting and coping with domestic violence in Brazil, such as the Reference Center for Women, have become instruments whose importance is related to the very existence of women Who are in a situation of domestic violence, since these are spaces of access to the network of services sought in order to break with the cycle of violence. Finally, we have gathered together discussions on patriarchy, state, social policies and feminism, to highlight the scenario to which our reflection is inserted.

Keywords: Patriarchy. Feminism. State. Social policies. Domestic violence.

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