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1 MEMORANDO SOBRE A PROBLEMÁTICA DA
ESTRADA 255
(troço entre km 1,0 e 2,0)
“Segurança e Crescimento Sustentado do
Concelho”
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Introdução
O presente memorando não é mais do que uma breve resenha das diversas reuniões informais de trabalho havidas desde há tempos entre os industriais com a Direcção Regional de Economia do Alentejo (DREAL) e mais recentemente com as reuniões de trabalho informais realizadas com o Executivo da Câmara Municipal de Borba.
Enquadramento
Há muitos anos que os exploradores das pedreiras contiguas à actual Estrada Municipal 255 , anteriormente designada por Estrada Nacional 255, e a Direcção Regional de Economia do Alentejo (DREAL) vêm debatendo as questões de segurança da referida via ( para os utentes e utilizadores indiferenciados da mesma) e dos trabalhadores das explorações, atendendo ás características geológicas que o maciço apresenta nesta zona (aproximadamente entre km 1,2 e 1,9), nomeadamente no que concerne á sua fracturação e características. Aliás, foi neste contexto que foi decidido há anos a construção da Variante (actual EN 255) para que a antiga estrada passasse para apoio ás pedreiras.
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Os estudos realizados pelas empresas e pela DREAL aos taludes indiciam quanto á sua instabilidade, a impossibilidade de estabilidade correctiva dos mesmos pela sua dimensão, implicando elevados investimentos na sua concretização sem certezas da sua operacionalidade.
Assim, as questões da segurança de pessoas ( utentes da via e trabalhadores das explorações) e bens , levam a que a lavra nesta zona esteja reduzida ou mesmo parada, sendo que, em qualquer dos casos, se afigura uma situação de difícil sustentação pois este enquadramento é economicamente inviável.
A exploração do recurso geológico Mármore regrediu em todo o anticlinal , com redução significativa de empresas e explorações em laboração, sendo que esta situação é ainda mais significativa e preocupante no Concelho de Borba, sendo que existem em actividade nesta área apenas 4 explorações.
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A revitalização económica do Concelho e das empresas passa pela capacidade de valorização do recurso mármore, de excelente qualidade e com procura crescente nos diversos mercados internacionais, pelo que se torna imperativo a resolução da problemática com a EM 255, para que seja possível assim reabilitar a exploração nestas pedreiras e consequentemente contribuir para o crescimento dos postos de trabalho (em algumas dezenas de pessoas numa fase inicial) nas referidas explorações e empresas.
Noble Mineral (Novamarmores,lda) 7 Magratex SA
2 Solubema SA 8 Plácido José Simões SA
3 Marmetal SA 9 Ala Almeida LDA
4 José Artur Lopes Batanete 10 Margrimar SA
5 Fabrimar SA 11 Italchrono
6 Lameiras Lda 12 Marlovi,Lda
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A solução trabalhada e apresentada mais adiante parece-nos ser a mais adequada, embora seja sempre de considerar e de valorizar todas as opiniões que contribuam para uma solução técnica e financeira equilibrada e sustentada, preservando e salvaguardando sempre a segurança de pessoas e bens.
Na realidade, a desclassificação da estrada de nacional para municipal – pela construção da variante - traz para A Câmara Municipal de Borba todas as hipóteses de resolução deste problema, mitigando assim por um lado as responsabilidades decorrentes da sua posse por um qualquer acidente e por outros os benefícios inerentes á solução preconizada.
Procurando, com base em imagens, sintetizar e sustentar a nossa solução:
O problema
Na imagem seguinte evidencia-se o problema na Estrada Municipal 255 com a indicação da zona a interditar, bem como das cotas actuais e da inclinação da fracturação.
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Atente-se á largura dos taludes
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Os acessos alternativos
Como referido, a solução trabalhada procura apresentar, para lá da Variante (a EN 255), as alternativas mais próximas e com menor impacto junto da população para a superação da interrupção da estrada Municipal 255 como se apresenta nas imagens seguintes:
Para a população
A estrada alternativa já existe (nº2), sendo que uma parte da mesma precisará de um alargamento, sendo que o mesmo poderá ser realizado numa parceria entre a CMB e os industriais da zona.
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Para as explorações
Existem alternativas para as explorações (nº3), sendo que em alguns dos casos terão que ser efectuados pequenos ajustamentos aos traçados, que serão realizados em conjunto pelas empresas e pela CMB.
Individualmente:
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Conclusão
Como referido nas reuniões de trabalho, ficou entendido que a abordagem desta questão será efectuada como um todo -Entidades, Edilidade e Empresas- em equipa, estando todos do mesmo lado do”problema”, na busca da “melhor” solução numa lógica de equilíbrio e sustentabilidade.
A “resolução” deste problema implicará a eliminação do enorme factor de risco da via, em função do exposto, garantindo a segurança da população e dos trabalhadores.
Complementarmente, possibilitará a revitalização das explorações existentes, tornando viáveis as mesmas, concorrendo não só para o recrutamento de trabalhadores por parte das empresas, evitando que, caso nada seja feito, o número de desempregados cresça, pelo facto de as empresas que ainda laboram tenham que vir a cessar a exploração pelo facto de ser insegura a laboração nas actuais condições sendo que a realização de investimentos extremamente avultados na tentativa de estabilização dos taludes, sejam economicamente inviáveis face á incerteza dos resultados.
Para lá disto tudo, e para a Câmara Municipal de Borba, proprietária da estrada, será transferido todo o ónus decorrente do que possa suceder em termos de um “colapso do talude que sustenta a estrada”.
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De forma sintética:
• A implementação de uma solução para este problema será urgente;
• Que a sua execução retirará de cima da CMB os actuais deficits de segurança para com utentes e trabalhadores das explorações localizadas na envolvente;
• Que deverá, depois desta fase inicial, ser constituído um pequeno grupo de trabalho que se encarregará :
Da preparação do projecto final a ser apresentado a quem de direito;
A coordenar toda a comunicação, já que será aspecto relevante e a ter especial atenção;
• Que a mesma irá possibilitar mais condições para a revitalização do tecido económico da região;
• Que a solução encontrada irá enquadrar-se em termos dos Planos de Ordenamento e de Pormenor para o local;
• Que os industriais irão desenvolver processos articulados de lavra, á semelhança do que sucede em outras áreas próximas e em outras explorações;
• Que a CMB, como proprietária do recurso, auferirá, por direito, benefícios económicos pela disponibilização de um recurso que lhe pertence;
• Que será difícil “agradar a gregos e a troianos”;
• Que haverá sempre cépticos e críticos em relação à solução;
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• Que serão trazidos á colação sempre subjacente os “interesses”
económicos – quer dos industriais quer da Camara - ;
• Que os principais “opositores” da solução serão os primeiros, em caso de algum acidente, que esperemos não suceda, a “ mostrarem-se revoltados pela existência da estrada referindo que desde sempre estavam indignados pelo perigo da estrada e por ninguém fazer nada!”
Factores críticos de sucesso
Para que seja possível ter sucesso neste projecto, poderemos considerar como factores críticos de sucesso do mesmo:
• A criação de um grupo trabalho dinâmico, multidisciplinar e facilitador para uma rápido desenvolvimento do projecto / solução;
• A capacidade de cada uma das forças políticas representadas no
executivo da CMB em “vender” o projecto à sua bancada na Assembleia Municipal;
• A existência de uma politica de comunicação extremamente articulada e única ;
• A celeridade na concretização do projecto;
Elaborado por:
Marmetal SA
Margrimar SA
José Artur L. Batanete
Plácido José Simões SA
Borba, 27 de Junho de 2014 Plácido José Simões SA
Borba, 27 de Junho de 2014
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