• Nenhum resultado encontrado

Carlos A. F. Pint~ao et al. 49 Fig. 1 o capacitor é carregado quando a chave S faz contato com p e descarregado através de um medidor M de corrente D.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Carlos A. F. Pint~ao et al. 49 Fig. 1 o capacitor é carregado quando a chave S faz contato com p e descarregado através de um medidor M de corrente D."

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Medida do Momento de Inercia de um Disco

Measureofthemomentofinertiaofadisk

Carlos A.F. Pint~ao,Moacir P. de Souza Filho,Carlos R. Grandini

fonzar@fc.unesp.br

Departamentode Fsica,Unesp,Bauru

C.P.473,17033-360,Bauru,SP,Brasil

Roberto Hessel

Departamento deFsica,Unesp,Rio Claro

C.P.178,13500-970, RioClaro, SP,Brasil

Recebidoem16dejunho,2000. Aceitoem15desetembro,2000

Nestetrabalho,descreve-seumamontagemquepermitemedir,apartirdeumacorrenteeletrica,a

velocidadeangularalcancadaporumdisco,girandoemtornodeumeixo,quandosubmetidoaum

torquecomdurac~aode nida. Apartirdessas informac~oes, mostra-secomoe possvel determinar

omomentodeinerciadodisco,seguindoumprocedimentodiferentedaquelesmaisusuais,queem

geralenvolvemmedidadetempo. S~aotambemapresentadosalgunsresultadosexperimentaispara

ilustraratecnica. Asexperi^enciasrealizadasmostramquetantoomomentodeinerciadeumdisco

comoodeumanel,queforamtomadoscomoexemplo,podemserdeterminadoscomumerromenor

que5%.

Inthiswork,itisdescribedanassemblywhichallowsthemeasurementoftheangularspeedreached

byadisk,thatrotatesaround anaxis,submittedtoatorquewithde neddurtion. Startingfrom

thoseinformation,anelectriccurrentandusingadi erentprocedure,itisshownhowitispossible

toobtainthemomentofinertiaofthedisk. Inordertoilustratethethechnique,someexperimental

resultsarepresented. Theaccomplishedexperiencesshowthatthemomentofinertiaofadisk,as

wellasofring,aredeterminedwithinanerrorsmallerthan5%.

I Introduc~ao

Em um dos metodos tradicionais para se determinar

omomentodeinerciadeumdisco,montadocom

rola-mentoemumeixo,utiliza-seumcorposuspensoporum

oenrolado emtorno deum discomenor, conc^entrico

e preso ao primeiro, cuja nalidade e fazer girar o

disco enquanto cai. O experimento consiste em

me-dir o tempo necessario para o corpo cair de uma

al-turaconhecida ateatingir o solo. A partirdesses

da-dos, da massa do disco, de par^ametrosgeometricose

considerando o princpio da conservac~ao de energia,

determina-se o momento de inercia do disco [1, 2].

Nosusamosumamontagemsemelhante,masadotamos

umprocedimentodiferenteparadeterminaromomento

de inercia do disco. Utilizando um metodo

original-mentepropostoparamedircapacit^ancia[3,4],

determi-namosdiretamente,apartirdeumaleituradecorrente

eletrica,avelocidadeangularalcancadapelodisco

de-cida. Comisso,eliminamosanecessidadedesemediro

tempo. Conhecendo-seavelocidadeangular,obtem-se

aacelerac~aoangular. Oexperimentoeent~aorepetido,

variando-se a massa do corpo suspenso. O momento

de inercia, por suavez, edeterminadoa partirda

in-clinac~aodaretaobtidaquandoselevantaogra codo

torque(queeconhecido)contraaacelerac~aoangular. A

vantagemdometodoequen~aoprecisamosnos

preocu-parcomoatrito,umavezqueainclinac~aodaretan~ao

depende, comoveremos,dotorque associado asforcas

deatrito.

II Medida da velocidade

angu-lar

A medida da velocidade angular pode ser feita,

indi-retamente,recorrendo aum metodode medida de

(2)

Fle-Fig. 1 o capacitor e carregado quando a chave S faz

contatocomp edescarregadoatravesde ummedidor

MdecorrenteD.C.,quandofazcontatocomq.

Figura1. Circuitoparamedidadefrequ^encia.

Pode-semostrar[5]que,seestasoperac~oesdecarga

e descarga forem realizadas a uma frequ^encia

su ci-entemente alta, a capacit^ancia C sera dada porC =

i=(f:V), onde i e a corrente lida no medidor M, f e

frequ^enciade comutac~ao eV atens~ao aplicadano

ca-pacitor. Se, poroutro lado,afrequ^encia eagrandeza

desconhecida, podemos, usando a mesma montagem,

determina-laapartirdarelac~ao

f = i

CV

(1)

O elemento primordial nesta montagem e a chave

S, ou seja,o dispositivoque faz periodicamente a

co-mutac~ao entre a carga e adescarga do capacitor. Se

montarmosachaveS nopropriodiscogirante,

podere-mosrelacionarafrequ^enciadadapor (1)coma

veloci-dadeangular! dodisco. Tendoissoemmente,

dividi-mosodiscoem24setoresiguais,sendo12espelhadose

12opacosdispostosalternadamente.Emseguida,

mon-tamosumsensoropto-eletr^onico(emissorereceptorde

radiac~aoinfravermelha),faceandoasuperfciedodisco

(Fig. 3.), capaz de reconhecer atravesda re ex~ao do

feixe infravermelho a natureza da superfcie que esta

passando diante dele. Usando um CI4093, conforme

ilustradona Fig. 2, associamos onvellogico 0as

su-perfciesopacase onvel1as espelhadas. Estesnveis

(pulsosquadrados)ir~aocomandarumachaveanalogica

CMOScomutadora(CI4066),quefaraopapeldachave

S na Fig. 1,dando incio aoprocesso decarga e

des-cargadocapacitor.

Figura 2. Esquema para montagem do sensor

opto-eletr^onico.

Afrequ^enciaderotac~aododisco,nestecaso,e1/12

dafrequ^enciadecomutac~aof logo,avelocidade

angu-lar ! do disco pode ser escrita como ! = 2f=12 =

f=6,quecombinadacomaEq. 1,resulta

!= 

6CV

i (2)

Vemos, portanto, que a velocidade angular do disco

pode ser obtida diretamente a partir de uma leitura

decorrenteeletricanomedidor M.

III Medida do momento de

inercia de um disco

Paramediromomentodeinerciadeumdisco,usamos

amontagemesquematizadanaFig 3. Odiscotemum

rolamento xonocentro,demodoquepodegirarsobre

oeixo quase sem interfer^encia do atrito. Conc^entrico

aessediscoe presoa ele,existe tambem umoutro de

menor di^ametro, em torno do qual enrola-se um o.

Naextremidadelivredesse oprende-seumamassam,

que permanecera, inicialmente, auma altura h acima

dosolo.

O torqueresultante  responsavelpelo movimento

derotac~aododiscoedadopor

 = T  at =I ; (3) onde T e  at

s~ao, respectivamente, ostorques

associ-adosatrac~aoT aplicadapelo oeasforcas deatrito,

I e omomento de inercia dodisco e suaacelerac~ao

angular.

A acelerac~ao pode ser determinada a partir da

Equac~ao de Torricelli para o movimento MCUV. De

fato, a altura de queda h e dada por h = r::

Combinando este resultado com a Eq. de Torricelli,

! 2 =2 ,obtemos: = r ! 2 (4)

(3)

Figura3. Esquemadamontagemexperimentalutilizada.

Trazendoovalorde! dadopelaEq.2paraesta

ex-press~ao,resulta nalmente

=ki 2 ; (5) onde k = r 2 =72h(CV) 2

e uma constante conhecida,

uma vez que r, h, C eV s~ao par^ametrospreviamente

conhecidos.

A forca resultante sobre o corpode massa m,

en-quanto esta caindo, e mg T = ma = m r, de

modo que T = m(g r). Como 

T

= T:r, resulta



T

=m(g r)r, que,usando aEq. 5,podetambem

serexpressoemtermosdecorrentecomo

 T =mgr m(kr 2 ):i 2 : (6)

Assim, conhecendo asconstantes que comparecem

nasexpress~oes5e6,podemosdeterminartanto a

ace-lerac~aoangularcomootorque,apartirdeumaleitura

decorrente.

Variando a massa do corpo suspenso e mantendo

constantes os demais par^ametros, podemos obter um

conjunto devaloresde

T

e ecomeles construirum

gra co de 

T

versus . Pela Eq. 3, a relac~ao entre

essas grandezas deve ser lineare a inclinac~ao da reta

deveforneceromomentodeinerciaI procurado. A

in-tersec~ao da reta com o eixo vertical, por outro lado,

forneceotorqueassociadoasforcasdeatrito.

Como vemos,avantagemdeste procedimentopara

determinar I e que, em princpio, podemos ignorar o

atrito, pois a inclinac~ao da reta n~ao depende dele, se

IV Resultados experimentais

Experi^encia 1: Acelerac~aoangularconstante.

Oobjetivodestaexperi^enciaeveri car,

preliminar-mente, que odisco gira com acelerac~ao angular

cons-tanteenquantoocorposuspensoestacaindo. 

E

interes-sante comecar comesta experi^encia, porque, nasec~ao

precedente,admitimosistocomo hipoteseao

desenvol-verateoriaapresentada.

Isso pode ser comprovado experimentalmente,

ve-ri cando por exemplo se o movimento de rotac~ao do

discoobedeceaequac~aodeTorricelli. Paraisto,basta

levantarogra code! contra p

h,ouicontra p

h,uma

vezque,pelaEq.2,!eproporcionalai. Ogra codei

contra p

hnaFig. 4mostraumresultadotpico,obtido

quandoum corposuspenso de 200geabandonadode

diferentes alturas.

Figura4. Correnteeletricaemfunc~aodaraizquadradada

alturadequedaparaumtorqueconstante.

Elenosmostraque,defato,ieproporcionala p

h(ou

que ! e proporcional a p

h) como se esperava o fato

da reta,tracada pelo metododos mnimos quadrados,

n~ao passarexatamente pela origempode seratribudo

aumapequenaincertezaassociadaaozerodacorrente.

Experi^encia 2: Momento deinerciadeumdisco.

Nesta experi^encia, usamos um disco macico de

massa M = (2;3930;001)kg, raio R = (10;00

0;05)cmeodiscomenorcomraior=(4;000;01)cm.

O corpo suspenso caiu de uma altura h = (1;100

(4)

0;001)F eummicroampermetrocomfundodeescala

de50A eresist^enciainternade1k:

Oexperimentoconsisteemdeixarocorposuspenso

cair e ler a corrente no microampermetro

imediata-mente aposocorpoter atingidoosolo. A partirdessa

leitura, calcula-separa cada massa suspensa o torque

aplicadopelo oeacorrespondenteacelerac~aoangular,

usando-serespectivamenteasEqs. 5e6.

Ogra codotorqueemfunc~aodaacelerac~aoangular

naFig. 5,tracadocomoauxliodometododosmnimos

quadrados,ilustraumresultadotpico. Essesdados

fo-ramobtidosusandocorpossuspensos,cujasmassasiam

desde30ate400gramas.

Figura 5. Torque aplicado aum disco em func~aoda

ace-lerac~aoangular.

Omomentodeinerciadoconjunto(discogrande+

discopequeno), determinadoapartirda inclinac~aoda

reta,eiguala(1;240;02):10 2

kg.m 2

. Poroutrolado,

o valor previsto teoricamente para esse conjunto, que

pode sercalculado [6]pela express~ao I = (1=2)M:R 2 , vale (1;230;02):10 2 kg.m 2 . Levando em conta o

erro namedida, estevalor eaquele obtido

experimen-talmente podem serconsideradospraticamente

coinci-dentes; odesvioentreos doisvaloresecercade0,8%.

Experi^encia3: Momentodeinerciadeumanel.

Comamesmamontagem,medimos tambemo

mo-mento deinerciadeumaneldemassaM

a =(1;518 0;001)kg,raioexternoR e =(11;500;05)cm eraio internoR i

praticamenteigualaododiscousadona

Ex-peri^encia 1,no qual foi encaixadoe xado. O

experi-mentoconsisteemdeterminaromomentodeinerciado

conjuntodisco+anelapartirdainclinac~aodaretaem

umgra codotorqueemfunc~aodaacelerac~aoangular.

O momento de inercia do anel e ent~ao determinado,

subtraindo desse valor omomento de inerciado disco

noqualestaencaixado.

ProcedendodamesmaformaquenaExperi^encia1,

obtivemosogra codotorqueemfunc~aodaacelerac~ao

O momento de inercia do conjunto, obtido

calcu-lando a inclinac~ao da reta, vale (3;01 0;03):10 2

kg.m 2

. Subtraindo desse valor o momento de inercia

dodisco,obtemosparaomomentodeinerciadoanelo

valor(1;77  0;04):10 2

kg.m 2

. Essevalorpraticamente

coincidecomoteorico,(1;760;02):10 2

kg.m 2

,

cal-culadousandoaexpress~aoI

anel =(1=2)M a :(R 2 e +R 2 i ).

Adiferencaentreosdoisvaloresecerca de0,6%.

Figura 6. Torque aplicado ao conjunto disco + anel em

func~aodaacelerac~aoangular.

V Conclus~oes

Comamontagemdescritafoipossveldeterminaro

mo-mento de inercia de umdisco oude um anel comum

erromenorque1%. Oprocedimentoadotadodispensa

amedidadetempoepermiteignorarasforcasdeatrito,

aocontrario doque acontececom algunsdosmetodos

tradicionais. Nessesentido,ometodoqueestamos

pro-pondoconstituiumaalternativaparaaquelesmais

usu-aisdescritosnaliteratura.

Paracarregare descarregarocapacitor naFig. 1,

optamosporumachaveanalogicaCMOSemassociac~ao

com um sensor opto-eletr^onico, porque julgamos

de-sejavel que o aluno aprenda a conviver com tais

dis-positivos ou com dispositivos eletr^onicos em geral o

mais cedo possvel, dada a sua import^ancia na vida

moderna. Isto pode atemesmo servirde estmulo ou

motivac~aoparaoalunoqueacabadeingressaremum

cursouniversitario. Noentanto, poder-se-iausar,para

omesmo m,umdispositivomec^anicocomoumachave

del^aminasdepolo duplo(VejaRef. 5.).

Finalmente, a nossa montagem presta-se tambem

comouma ferramenta auxiliarao seintroduzir

concei-tos como torque, momento de inercia ou mesmo

mo-mentoangular. AExperi^encia1,porexemplo,vainessa

direc~ao, pois mostra que torque resultante constante

produz acelerac~ao angular constante. Em sequ^encia,

(5)

primeira-proporcionala1=I. Dessas duasrelac~oes concluir-se-a

que =I: , quee aformaapropriadade expressara

2a. Lei de Newton quando seestuda o movimento de

rotac~ao[7].

Agradecimentos

Osautoresagradecem aoProf. Dr. JoseArmando

Xavierpelas discuss~oese gurasdotexto.

References

[1] GOLDEMBERG, J. Fsica Geral e Experimental. 2a.

ed., S~ao Paulo: Companhia editora Nacional, 1970, p.

481-483,v.1

[2] TYLER, F. A Laboratory Manual of Physics. 4a. ed.,

London: EdwardArnold,1974,p.22-24.

[3] FLEMING,J.A.eCLINTON,W.C.\Onthe

Measure-mentofSmallCapacitiesandInductances".Phil.Mag.

S.6,v.5,n.29,p.493-511,1903.

[4] BENNET, G.A.G. Electricity andModernPhysics. 2a.

ed.,London: EdwardArnold,1974,p.167-168.

[5] HESSEL,R.eBUCALONA.J.\Medidadecapacit^ancia

por meio decargas e descargas periodicas". Rev.Ens.

Fs.v.8,n.1,p.9-23,1986.

[6] HALLIDAY,D.,RESNICK,R.eWALKER,J.

Funda-mentos de Fsica: Mec^anica. 4a. ed., Rio de Janeiro:

LivrosTecnicoseCient cos,1998,p.249.

[7] HESSEL, R. \Descric~ao e Uso deum aparelho parao

estudo da Din^amica da Rotac~ao". Rev.Ens. Fs. v.5,

Referências

Documentos relacionados

Ao rever todas as análises e discussões que realizamos neste trabalho, embasadas nos preceitos funcionalistas aplicados à tradução e nos paradigmas bakhtinianos,

O score de Framingham que estima o risco absoluto de um indivíduo desenvolver em dez anos DAC primária, clinicamente manifesta, utiliza variáveis clínicas e laboratoriais

São Tomé e Príncipe, pertence às seguintes organizações: Banco Africano para o Desenvolvimento, Aliança dos Pequenos Estados Insulares, União Africana, Comunidade dos Países

Foi possível, através deste trabalho, tomando como referência o estudo de caso, observar e relatar a relevância da sistematização da prática da assistência de enfermagem

- Se o estagiário, ou alguém com contacto direto, tiver sintomas sugestivos de infeção respiratória (febre, tosse, expetoração e/ou falta de ar) NÃO DEVE frequentar

Feitiço do Segredo: deposita um segredo numa pessoa de confiança, essa pessoa fica deposita um segredo numa pessoa de confiança, essa pessoa fica sendo o "Fiel do sendo o

Distribuição espectral dos sistemas de iluminação LED e do controle Observa-se na Figura 12A, a análise de componentes principais, relacionado à biometria das mudas pré-brotadas

A respeito das propostas de desregulamentação nas relações de trabalho e da seguridade social no Brasil, percebidas tanto nas defesas do Banco Mundial quanto nas