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ANO 5 NÚMERO 38 JUNHO DE 2015 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

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ANO 5 – NÚMERO 38 – JUNHO DE 2015 • PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

– EXPEDIENTE –

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais: Grão-Chanceler – Dom Walmor Oliveira de Azevedo | Reitor – Professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães | Vice-Reitora – Professora Patrícia Bernardes | Assessor Especial da Reitoria – Professor José Tarcísio Amorim | Chefe de Gabinete do Reitor – Professor Paulo Roberto Souza | Chefia do Departamento de Economia – Professora Ana Maria Botelho | Coordenação do Curso de Ciências Econômicas – Professora Ana Maria Botelho | Coordenação Geral – Professor Flávio Riani e Professor Ricardo F. Rabelo

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais: Prédio 14, sala 103 | Avenida Dom José Gaspar, 500 | Bairro Coração Eucarístico CEP: 30535-901 | Tel: 3319.4309 | www.pucminas.br/iceg/conjuntura | icegdigital@pucminas.br

1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As políticas de ajustes fiscais em curso tendem a provocar efeitos recessivos nas atividades econômias do pais uma vez que, ao elevar a carga tributária e diminuir os gastos, provocam impactos diretos negativos na demanda agregada.

Nesse sentido, são preocupantes os dados econômicos divulgados a respeito do PIB, ainda no primeiro trimestre de 2015, que apresentaram quedas ainda sem os efeitos das políticas mencionadas. Chama a atenção especificamente o caso de Minas Gerais cuja queda no PIB no primeiro trimestre de 2015 foi superior à do país. Alguma expectativa de melhora poderá vir no mercado externo em função do câmbio.

A produção industrial, que havia crescido em janeiro, voltou a apresentar expressivas quedas, afetando os principais setores e em todas bases de comparação. A indústria enfrenta uma desaceleração na economia mundial, mas o desempenho negativo brasileiro é um dos maiores em termos internacionais. A possibilidade de recuperação , em curto e médio e prazo, depende também da melhoria do mercado internacional, pois a política econômica em curso terá impacto ainda mais negativo na indústria.

2 – QUEDA NO PIB MINEIRO É MAIS DE TRÊS VEZES SUPERIOR À NACIONAL

Prof. Flávio Riani A recente divulgação do desempenho do PIB mineiro e nacional revelou quedas nas

atividades econômicas no primeiro trimestre de 2015 comparativamente ao trimestre anterior.

Conforme destaca o gráfico 1, enquanto no Brasil a queda atingiu -0,2% , em Minas Gerais ela alcançou -0,7%.

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Os resultados do PIB apresentados em 2014 e nesse primeiro trimestre de 2015 refletem comportamento da economia mineira em patamares inferiores aos do país quando ele é positivo e maiores quando ele é negativo, à exceção do primeiro trimestre de 2014.

Tais comportamentos podem ser visualizados através das tabelas e gráficos seguintes.

Inicialmente a tabela 1 destaca as taxas de crescimento do PIB brasileiro e mineiro, tomando-se por base as relações do trimestre com o trimestre imediatamente anterior. Os valores que compõem a referida tabela mostram taxas maiores de crescimento do PIB nacional.

Tab.1 - PIB a preços de Mercado

Variação Trimestre / Trimestre Anterior 2014 e 2015

Agregados 2015

Macroeconômicos Iº 2º 3º 4º 1º

Brasil 0,7 -1,4 0,2 0,3 -0,2

MG 1,2 -4,2 0 0 -0,7

Fonte: Fundação João Pinheiro

Trimestres 2014

Tais variações podem ser visualizadas com o auxílio do gráfico 3 que expõe as taxas de crescimento mencionadas na tabela 1.

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2

Gráfico 2 - PIB - Brasil e M.Gerais Taxa crescimento - Trim/Trim.Anterior 2015/2014

Brasil MG

Fonte: Fundação João Pinheiro

Quando se comparam as taxas de crescimento entre o trimestre atual com o mesmo trimestre do ano anterior percebe-se que as relações são parecidas com as da tabela anterior, porém ocorrem em intensidades diferentes. Isto é, nesse critério de comparação as taxas apuradas em Minas Gerais são menores do que as nacionais, novamente à exceção do primeiro trimestre de 2014 quando elas foram positivas e iguais.

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.

Tab.2 - PIB a preços de Mercado

Variação Trimestre / Mesmo Trimestre Ano Anterior 2014 e 2015

Agregados 2015

Iº 2º 3º 4º 1º

Brasil 2,7 -1,2 -0,6 -0,2 -1,6

MG 2,7 -1,9 -2,2 -2,9 -4,8

Fonte: Fundação João Pinheiro

Trimestres 2014

As magnitudes das diferenteças mencionadas podem ser melhores destacadas através do gráfico 3.

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

Gráfico 3 - PIB Brasil e M.Gerais

Taxa de crescimento Trim./mesmo trim.Ano anterior 2015/2014

Brasil MG

Fonte: Fundação João Pinheiro

Os resultados apresentados em relação às variações no PIB demonstram um efeito negativo muito mais significativo nas atividades econômicas mineiras nesses últimos períodos. Atraves das informações divulgadas pelo Informativo CEI, da Fundação João Pinheiro, pode-se perceber que tal quadro é padrão nos três segmentos macroeconômicos básicos; agropecuária, indústria e serviços. Em todos eles o estado mineiro teve desempenho inferior ao nacional.

3 – A DESACELERAÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL DE FEVEREIRO A ABRIL Prof. Ricardo Rabelo No último número desta Carta em que abordamos a trajetória da indústria, analisando os dados referentes a janeiro de 2015, buscamos identificar os traços de uma possível retomada do crescimento da produção industrial ainda este ano, com base em alguns setores que apresentavam potencial de crescimento.

Nesses últimos três meses de 2015, no entanto, estes setores , como o conjunto da indústria, apresentaram apenas resultados negativos, mostrando incapacidade de superar a crise Ao analisarmos os dados deste período recente, que refletem o atual desempenho negativo da

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indústria, buscamos mostrar que ele atinge a maioria dos setores mais importantes, tornando improvável uma retomada em curto ou médio prazo.

3.1 - O DESEMPENHO MENSAL DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA DE FEVEREIRO A ABRIL

Analisando os dados disponíveis do período fevereiro a abril de 2015, constata-se a característica principal que é de crescimento negativo da indústria.

Em fevereiro, a produção industrial teve queda de 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior, revertendo o ensaio de recuperação desenhado pelo crescimento de 0,3% em janeiro após dois meses consecutivos de variações taxas negativas: -1,2% em novembro e -1,6% em dezembro. Comparando-se com o mesmo mês de 2014, houve queda de 9,1%.

A queda 0,9% da produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro refletiu-se em variações negativas em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Os setores mais atingidos foram: Veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), produtos do fumo (-24,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%). Os setores com crescimento foram:

perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (2,0%), indústrias extrativas (0,9%), produtos de metal (2,9%), produtos têxteis (4,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%) e máquinas e equipamentos (1,2%).

Gráfico 4

-1,20 -1,00 -0,80 -0,60 -0,40 -0,20 0,00

Percentual ( %)

fevereiro março abril

Meses

Produção Industrial Fevereiro/abril - Mês/mês anterior

Fonte: IBGE

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Houve desempenho negativo das grandes categorias econômicas, na comparação com o mês imediatamente anterior, tendo o setor de bens de capital apresentado queda de 4,1%, resultado da redução da produção de caminhões, influenciada ainda pela concessão de férias coletivas em vários fábricas. No setor de bens de consumo apresentou o pior resultado o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%) seguido pelos setores de bens de consumo duráveis (-0,4%) e de bens intermediários (-0,1%).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a indústria recuou 9,1% em fevereiro de 2015, com ampla gama de desempenhos negativos que atingem as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 70,2% dos 805 produtos pesquisados. A indústria automobilística não só teve uma expressiva redução da produção de 30,4%, como favoreceu a queda da média da indústria em geral , afetada pela forte queda da produção de cerca de 97% dos produtos do setor. O grande setor com crescimento foi a indústria extrativa (11,9%), seguido pela produção de papel, celulose e produtos de papel que apresentou variação positiva de apenas 0,2% .

A indústria de bens de consumo duráveis teve queda de 25,8% comparando-se com mesmo mês do ano anterior, ficando com o décimo segundo resultado negativo seguido e o maior desde junho de 2014 (-32,8%). Teve muita importância neste número a redução da produção de automóveis (-27,2%), resultado dos sucessivos cortes nas jornadas de trabalho e a ocorrência de férias coletivas em fábricas. Os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,9%) e de bens intermediários (-4,0%) mostraram também resultados negativos nesse mês, tendo, no entanto, um valor de queda reduzido em comparação com a média nacional (-9,1%).

Gráfico 5

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0

Percentual (%)

Capital Intermediários Consumo Duráveis Semi e não Duráveis

Indústria Geral Categorias/Tipos de Bens

Produção Industrial Grandes Categorias Abril/Março 2015

Fonte: IBGE

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Neste contexto ganha importância o péssimo desempenho do setor de bens de capital, com queda de 25,7% em fevereiro de 2015, significando a décima segunda variação negativa seguida no índice mensal e se constituindo na maior redução desde abril de 2009 (-27,4%).

Em março de 2015, novamente temos uma queda significativa da produção industrial tanto em comparação com o mês anterior, de 0,8%, como na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em que a redução da produção foi de 3,5%, menor, portanto, que a queda em fevereiro nesta base de comparação . Em qualquer base de comparação esse péssimo desempenho está disseminado pela maior parte dos subsetores. Os dados revelam variações negativas em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 14 dos 24 ramos pesquisados O que mostra que a questão não se refere apenas à deficiências da própria indústria, mas que há uma grande influência do ambiente macroeconômico brasileiro e do mercado externo.

Isso fica claro quando se constata que a maior queda - 4,2% - se dá na indústria automobilística o setor que historicamente tem “puxado” os demais , impulsionando o dinamismo da indústria como um todo. As outras atividades importantes com desempenho negativo são as máquinas e equipamentos (-3,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (- 8,1%), bebidas (-4,9%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,7%) e de metalurgia (- 1,3%).

Os resultados positivos vieram dos produtos alimentícios, que cresceu 2,1%, produtos do fumo . (26,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%) e da indústria . extrativa (0,5%).

Gráfico 6

-10,00 -9,00 -8,00 -7,00 -6,00 -5,00 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00

Percentual (%)

fevereiro março abril

Meses

Produção Industrial - Fevereiro/ Abril - Mês/mesmo mês do ano anterior

Fonte: IBGE

Considerando as grandes categorias econômicas tiveram reduções de produção mais expressivas o setor de bens de capital (-4,4%), e bens de consumo duráveis (-3,1%), respectivamente, pela menor produção de caminhões e automóveis, ainda afetadas pelas férias coletivas em várias fábricas. Apresentaram menores quedas de produção os setores de bens de

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consumo semi e não-duráveis (-0,3%) e de bens intermediários (-0,2%) mas mantém nos últimos meses essa tendência de queda de produção. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis teve o sexto mês consecutivo de redução na produção , enquanto que o de bens intermediários teve igual nível de queda verificado no mês anterior (-0,2%).

Comparando-se com março de 2014 não há grandes mudanças no que ocorreu em fevereiro: a indústria teve queda de 3,5% em março de 2015, sendo este resultado verificado em todas categorias econômicas , 16 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 53,3% dos 805 produtos pesquisados.

Novamente os mesmos segmentos influenciam esta tendência: indústria automobilística (- 12%) e extrativa mineral (-9,8%), na exploração de óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica, querosenes para aviação e asfalto de petróleo. As atividades que aumentaram a produção também fazem parte da indústria extrativa (8,9%), quais sejam as de minério de ferro pelotizados e os óleos brutos de petróleo.

Também não há grandes alterações quando se analisam as categorias econômicas comparando-se março de 2015 com março de 2014. Embora permaneça como maior queda o setor de bens de capital a redução na produção foi menor (-12,4%) que no mês anterior (-25,3%).

O setor de bens duráveis é o segundo da lista, como queda de 6,6% ainda na comparação com mesmo mês do ano anterior. Os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,1%) e de bens intermediários (-2,1%) registraram quedas menores que no período anterior, e também tiveram resultados negativos nesse mês, mas com queda menor do que a média nacional (-3,5%).

Gráfico 7

-25 -20 -15 -10 -5 0

Percentual (%)

Capital Intermediários Consumo Duráveis Semi e não

Duráveis

Indústria Geral

Categorias / Tipos de Bens

Produção Industrial Grandes Categorias Abril 2015/Abril 2014

Fonte: IBGE

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Em abril de 2015, pode-se perceber um aprofundamento da desaceleração da indústria pois a produção industrial nacional reduziu-se 1,2% em relação ao mês imediatamente anterior contra 0,8% em Março. Já na comparação com igual mês do ano . anterior, o total da indústria apresentou queda de 7,6% em abril de 2015, também pior que a de março que foi de -3,5%.

Dessa forma, o setor industrial acumulou queda de 6,3% nos quatro primeiros meses de 2015. A variação anualizada, valor negativo acumulado nos últimos doze meses foi de 4,8%. Esses resultados demonstram a grave crise por que passa a indústria no país, já que este número só é menor que o registrado em dezembro de 2009 (-7,11%) no auge do impacto da crise internacional iniciada em 2008.

Em abril manteve-se o mesmo perfil dos resultados de março, com resultados negativos em todas as quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 24 ramos pesquisados, seno o principal setor atingido a indústria automobilística (-2,5%) seguida pelas atividades de perfumaria, sabões, . detergentes e produtos de limpeza (-3,3%). Também se mantiveram resultados positivos - de crescimento de 1,5% - a indústria extrativa e coque e produtos derivados do Petróleo e biocombustíveis.

Considerando as grandes categorias econômicas, na comparação com o mês . imediatamente anterior, temos como pior performance o setor de bens de capital, que apresentou queda na produção de 5,1%, continuidade de um processo em que esta é a terceira variação negativa seguida. Apesar de terem resultados menores do que o setor de bens de capital, os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-2,2%) e de bens de consumo duráveis (-1,8%) . também mostraram números negativos maiores do que a média nacional de - 1,2%. Finalmente, o setor de bens intermediários foi o que teve menor queda neste mês com taxa de -0,2%.

Com os resultados de abril, podemos consolidar uma análise geral do período. Tanto na comparação com o mês imediatamente anterior como com o mesmo mês de 2014, a indústria continua reduzindo a produção , sendo que em abril esta redução foi de 7,6%, na comparação com igual mês do ano anterior.Também temos outra característica geral, que é a de ampla difusão dos resultados negativos sendo que em abril de 2015, ela abrange as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 69,7% dos 805 produtos pesquisados.

Temos também, nas atividades industriais, uma grande queda da produção da indústria automobilística cujo recuo em abril foi de 23,2%, com amplo impacto negativo na média da indústria. Outro setor que vem, ao longo do ano, demonstrando ampla queda de produção éo relevante setor de bens de capital (-24,0%) seguido pelo de bens de consumo duráveis (-17,1%) . Esses resultados mostram uma grande perda de dinamismo da indústria já que seus principais setores impulsionadores apresentam constantes e expressivas quedas, sem capacidade para retomar o crescimento a curto ou a médio prazo. Isso faz com que os setores subsidiários, que ensaiavam nos meses anteriores uma menor redução da produção, passem também a apresentar expressivos resultados negativos. A redução da produção de bens de consumo semi e não-duráveis em abril de 2015 foi de 9,3% bem maior que a queda verificada em março último (- 3,0%). Já a produção de bens intermediários, com redução de 3,2% em abril de 2015, que foi também superior à verificada no mês anterior (-2,0%).

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3-2 A PRODUÇÃO INDUSTRIAL NO ACUMULADO DO PERÍODO JANEIRO-ABRIL

A análise feita até aqui ganha maior reforço quando se considera o índice acumulado para o período janeiro-abril de 2015, frente a igual período do ano anterior. Nesse enfoque, o setor industrial registrou redução da produção de 6,3%, abrangendo as quatro grandes. categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 68,9% dos 805 produtos pesquisados

Entre os setores, a indústria automobilística teve a maior queda da produção de -21,3%.

Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal Influência foi observada em indústrias extrativas (10,5%), impulsionada, em grande parte, pelos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.

Considerando as grandes categorias econômicas, o conjunto dos resultados para o primeiro quadrimestre de 2015 mostrou os principais setores da indústria com forte e expressiva queda da produção. O setor mais atingido foi o de bens de . capital (-19,7%) seguido novamente pelo de bens de consumo duráveis (-16,0%). O setor de bens de consumo semi e não-duráveis registrou redução de 6,8% e o de bens intermediários teve queda de 2,9% mostrando performance pior do que nos períodos anteriores.

Gráfico 8

-20 -18 -16 -14 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0

Percentual (%)

Capital Intermediários Consumo Duráveis Semi e não

Duráveis

Indústria Geral

Categorias/Tipos de Bens

Produção Industrial Acumulado Janeiro - Abril 2015

Fonte: IBGE

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, considerando-se os quatro primeiros meses de 2015, o resultado geral da indústria teve queda de 6,3% maior do que o registrado no último quadrimestre de 2014 (-3,5%) Considerando o quadrimestre, o setor industrial registrou a quarta taxa negativa seguida e teve a maior redução desde o período maio-agosto de 2009 (-

9,6%).

Analisando-se as grandes categorias econômicas, as maiores perdas de dinamismo foram verificadas em bens de capital, que passou de -11,1% no último quadrimestre de 2014 para - 19,7% nos quatro primeiros meses de 2015, e em bens de consumo duráveis . (de -8,0% para -

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16,0%). O setor de . bens de consumo semi e não-duráveis (de -0,6% para -6,8%) também registrou perda acentuada entre os dois períodos, enquanto o setor produtor de bens . intermediários (de -3,0% para -2,9%) foi o único que registrou menor queda , mas manteve a sequência de resultados negativos iniciada no último quadrimestre de 2013.

3 -3 - A INDÚSTRIA BRASILEIRA NO CONTEXTO DA INDÚSTRIA MUNDIAL

Os dados do último relatório da Organização de Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (ONUDI), mostram que o crescimento da indústria no mundo é lento e pouco expressivo e está em curso uma desaceleração ao longo dos trimestres desde o primeiro trimestre de 2014, quando a produção evoluiu 4,8%. A desaceleração mundial abrange países de economias mais maduras — aumento de 1,3% no primeiro trimestre de 2015 — e países em desenvolvimento e emergentes, onde o crescimento de 5,3% ainda pode ser considerado robusto, mas muito aquém de taxas entre 7,5% e 8,5% do início do ano passado.

No primeiro trimestre de 2015, a indústria mundial cresceu apenas 2,8%, por uma tendência geral de recuo na produção industrial. O crescimento industrial na China caiu para 7,2%, a menor taxa da última década. Em outras economias emergentes, a produção industrial cresceu a uma taxa modesta de 1,3%, causada principalmente por uma diminuição da produção na América Latina que caiu 2,1% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. Dentro da região, a produção industrial também teve queda de 1,5% também na Argentina e de 4,2% no Peru. Por outro lado, economias emergentes da Ásia tiveram um expressivo crescimento da produção industrial. A produção industrial da Índia cresceu 3,6%, devido ao aumento do investimento. Um crescimento excepcional de 5,0% foi observado na Indonésia e 9,0% no Vietnã. Embora a redução da produção industrial brasileira ocorra neste contexto de desaceleração da produção industrial, o nível de queda da produção - de 6, 8% no 1o.quadrimestre de 2015- destaca-se negativamente no contexto mundial.

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