Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Ciências Médicas –NOVA Medical School
Relatório Final do Mestrado Integrado
em Medicina
Vasco Miguel Sousa Silva Marques Gaspar
Nº aluno 2009336
Ano Letivo 2015/2016
Lisboa, 13 de junho de 2016
1
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2
2. RESUMOS DOS ESTÁGIOS CLÍNICOS
2
2.1
Medicina Geral e Familiar
2
2.2
Pediatria
3
2.3
Obstetrícia e Ginecologia
3
2.4
Saúde Mental
4
2.5
Medicina
4
2.6
Cirurgia
5
2.7
Atividades Extra-Curriculares
6
3. REFLEXÃO CRÍTICA FINAL
7
ANEXOS
1.
INTRODUÇÃO
O presente relatório pretende sumarizar todas as atividades e competências adquiridas
durante o Estágio Profissionalizante (EP) do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM),
correspondente ao ano letivo 2015/2016.
O papel do EP assenta sobretudo na integração e consolidação de uma aprendizagem
contínua desenvolvida ao longo dos cinco primeiros anos na Faculdade de Ciências Médicas
(FCM), culminando na aplicação de conteúdos e competências básicas e clínicas. Consiste,
portanto num ano de transição em que o aluno é confrontado com uma componente mais
prática, assumido um carácter de preparação para o futuro enquanto médico não especialista.
Este relatório contem uma breve introdução, na qual serão descritos os diferentes
objectivos do EP; o corpo de trabalho, onde serão sintetizados os elementos representativos do
EP; e termina com uma reflexão crítica acerca do mesmo. Em anexo encontram-se os
certificados de formações, participações em projectos de investigação, comunicações orais e
posters apresentados e outras actividades extra-curriculares que considerei relevantes.
O EP engloba uma vertente mais prática e profissional do curso, em que o aluno tem a
oportunidade de aplicar, sob orientação e tutela, os conhecimentos científicos e deontológicos
adquiridos durante o seu percursso de formação, pretendendo-se uma transição para as
responsabilidades e autonomia profissionais do futuro médico. Assim, um dos principais
objetivos é o desenvolvimento e aperfeiçoamento de competências médicas, como o raciocínio
clínico, diagnóstico, procedimentos e tomada de decisões; sempre num contexto multidisciplinar,
com uma abordagem biopsicossocial e atenção à relação médico-doente, procurando assim
adquirir capacidades fundamentais para a prática médica com autonomia.
2.
ELEMENTOS REPRESENTATIVOS DO ESTÁGIO
2.1 Medicina Geral e Familiar (MGF)
Tive oportunidade de assistir a consultas de doença aguda, bem como a consultas
programadas de planeamento familiar, saúde materna, saúde de adultos, saúde infantil,
acompanhamento de hipertensão e de diabetes, cessação tabágica, consultas no domicílio e
pequenas cirurgias. Tive uma autonomia e responsabilidade crescentes sendo que no fim do
estágio fazia todos os passos da consulta sozinho, sendo que depois a discutia com a minha
orientadora e decidiamos a proposta terapêutica. Participei ainda nas I
asJornadas de Internos
ACES Lisboa Norte entre 2 e 3 de outubro, no Hospital de Santa Maria.
2.2 Pediatria
Este estágio curricular teve também 4 semanas (12-10-2015 a 06-11-2015), sob regência
do Prof. Dr. Luís Varandas e orientação da Dra. Leonor Sassetti no Hospital Dona Estefânia. A
maior parte do tempo estive na enfermaria e na consulta de Adolescentes onde contactei com
as mais diversas patologias, fiz registos e notas de alta e assisti às reuniões de serviço. Tive
duas aulas teórico-práticas de Imunoalergologia e estive um dia nesta consulta onde presenciei
consultas de crianças com asma e rinite alérgica. Estive também no serviço de Ortopedia
Infantil e no Serviço de Urgência (SU). Assisti às várias reuniões da Pediatria Médica e às
Sessões de Formação para Internos. No final do estágio houve um seminário onde os alunos
apresentaram vários temas, o do meu grupo foi “Treino de Natação e Asma em Crianças”.
Pude também participar noutras sessões de formação, nomeadamente na Conferência
sobre a “Bioética na Prática Clínica”, pelo Prof. Dr. Walter Osswald, no dia 22 de Outubro no
Hospital Santo António dos Capuchos (HSAC); e numa aula aberta sobre “Multiculturalidade”,
integrada numa Pós-graduação sobre o mesmo tema, no dia 23 de Outubro, pela especialista
Dra. Marie Rose Moro da Universidade de Sorbonne, na Universidade Católica Portuguesa.
2.3 Obstetrícia e Ginecologia
Senologia, Ecografia, Exames de Ginecologia, Consulta de Uro-Ginecologia, Urgência e Bloco
Operatório; e pelas valências obstétricas: Consulta de Obstetrícia, Enfermaria, Ecografia
obstétrica e ainda pelo SU. Assisti às reuniões de serviço quer de Obstetrícia, como de
Ginecologia. Apresentei uma história clínica de uma doente observada em consulta. No último
dia de estágio os aluno organizaram um seminário onde apresentaram vários temas, o do meu
grupo intitulou-se “O arando nas infeções do trato urinário”.
2.4 Saúde Mental
O estágio teve uma duração de 4 semanas (07-12-2015 a 15-01-2016) sob regência do
Prof. Dr. Miguel Xavier e orientação do Dr. José Salgado. A sua organização contempla uma
componente teórico-prática, lecionada no primeiro dia de estágio na FCM, com 3 casos clínicos
no contexto de SU (síndrome de abstinência a opiáceos, tentativa de suicídio e alteração do
comportamento com agitação psicomotora associada a agressividade); uma componente
prática no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) todas as segundas quartas e
sextas-feiras; e uma componente de investigação terças e quintas-feiras, que consistiu numa tabulação
sistemática para um artigo de revisão de um tema, no caso do meu grupo sobre «
Padrão de
internamento no tratamento da Esquizofrenia»,
sendo que tivémos duas reuníiões para
esclarecimento de dúvidas com o Prof. Dr. Miguel Xavier. No CHPL tive o privilégio de
acompanhar a Drª Ana Ramos nas suas atividades assistenciais no SETA (Serviço de
Estabilização e Tratamento de Agudos) e na sua consulta externa. Pude acompanhar a
consulta externa de Sexologia do Dr. José Salgado. Tive ainda oportunidade de assistir às
várias reuniões de serviço do SETA e a seminários integrados na formação para Internos do
Ano Comum e Internos de Psiquiatria.
2.5 Medicina Interna
na enfermaria, onde acompanhei os doentes e a sua evolução de forma autónoma, realizando
notas de entrada, diários clínicos, exame objetivo, notas de alta, requisição e realização de
exames complementares de diagnóstico, nomeadamente colheitas venosas e gasimetrias
arteriais. Pude assistir a consultas de Diabetes e de Avaliação de Risco Cardiovascular. No SU
pude observar doentes de forma autónoma e discutir com o meu tutor quais as hipóteses
diagnósticas e subsequente abordagem. Pude ainda estar presente no Serviço de Observação
(SO), onde assisti à abordagem de patologias em doentes mais instáveis e cuja rápida
abordagem é mandatória. Participei nas reuniões do serviço que decorriam uma vez por
semana, nas reuniões diárias onde todos os doentes eram discutidos e nas quais apresentei os
doentes sob os meus cuidados. Durante o estágio frequentei também os seminários
teórico-práticos lecionados na FCM, uma tarde por semana.
No dia 19 de Fevereiro, tive oportunidade de participar nas III
asJornadas da Saúde do
Hospital Vila Franca de Xira, no Auditório Municipal de Samora Correia.
2.6 Cirurgia
O estágio profissionalizante de Cirurgia teve uma duração de 8 semanas (28/03/16 a
20/05/16) sob regência do Prof. Dr. Rui Maio e orientação do Dr. Gonçalo Luz, no HBA. Na 1ª
semana do estágio decorreram sessões teórico-práticas, seguindo-se 4 semanas dedicadas à
Cirurgia Geral, sob a orientação do Dr. Gonçalo Luz, 1 semana de SU e, por fim, 2 semanas de
estágio opcional, em Gastrenterologia.
Na Cirurgia Geral acompanhei o meu orientador na enfermaria durante a avaliação do
pós-operatório dos doentes, reavaliação/remoção de pensos, drenos, suturas e agrafos; na consulta
externa, vimos doentes em pré e pós-operatório donde destaco a possibilidade de ter assistido
à intervenção da Cirurgia Geral na Consulta de Obesidade Mórbida e avaliação de doentes
em status pós-sleeve gástrico; e no bloco operatório, onde assisti a várias cirugias e tive a
oportunidade de participar em diversas cirurgias no bloco operatório como 2º/3º assistente em
18 cirurgias. Ainda dentro da vertente prática, frequentei a Pequena Cirurgia, SU e SO. Na
No final do estágio organizou-se um mini-congresso, com a exposição de comunicações
orais por grupos de alunos do 6º ano. O trabalho do meu grupo intitulou-se “Timing Cirúrgico” e
abordou o caso de uma mulher de 66 anos que acompanhei em consulta com um Aneurisma da
Aorta Abdominal e uma oclusão intestinal por diverticulite que careciam intervenção cirúrgica.
Estive presente nas 4
asJornadas do Departamento de Cirurgia do HBA, entre 6 e 7 de Maio.
2.7 Atividades Extracurriculares
Além das actividades formativas já descritas acima, considero relevante referir outras
actividades. Durante o meu 3º e 4º anos participei no projeto de investigação GERIA,
incialmente como voluntário e depois fui convidado para ser colaborador da equipa de
investigação. Este projeto GERIA é um Estudo Geriátrico dos Efeitos na Saúde da Qualidade do
Ar Interior em Lares da 3ª idade de Portugal foi financiado pela FCT (Faculdade de Ciências e
Tecnologia) e envolveu muitas outras instituições como o Instituto de Saúde Pública da
Universidade do Porto (ISP/UP), o CEDOC (Centro de Estudos de Doenças
Crónicas/FCM/UNL), o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), o Scientific institute for
motor and sensory rehabilitation de San Raffaele (Roma) e o Instituto Nacional de Saúde Dr.
Ricardo Jorge. Com a participação neste projeto participei na elaboração dos vários artigos,
alguns dos quais apresentados sob a forma de poster e outros como comunicações orais, um
deles com menção honrosa, que junto em anexo. Todo este trabalho culminou na apresentação
de Guidelines sobre a Qualidade do Ar publicadas pela DGS em Dezembro de 2016.
Durante este ano, colaborei com a Unidade de Medicina Desportiva e Controlo do Treino
(UMDCT) do Centro de Alto Rendimento do Jamor (CAR Jamor) num projecto de investigação
onde se pretendia esclarecer qual o efeito das refeições pré-treino no desempenho dos atletas.
Para tal, ajudei na recolha de dados das provas de esforço cardio-pulmonares (PECP) com
análise de gases, e especificamente na recolha de lactatémia, glicémia, cetonémia e
trigliceridémia, e colaborei na interpretação das PECP para a determinação de VO2máx, e dos
teste. A propósito desta colaboração, tive ainda a oportunidade de assistir às I
asJornadas de
Medicina Desportiva e do Exercício a 15 e 16 de Abril, realizadas no Centro de Medicina
Desportiva de Lisboa. Para estas Jornadas submeti dois artigos (em Anexo) para apresentação
em poster referentes ao projeto de investigação referido. Um destes trabalhos foi selecionado
para ser apresentado em Comunicação Oral.
Além da minha actividade académica desenvolvi ao longo destes anos, com muito sacríficio
pessoal, uma actividade desportiva de alto-rendimento na área da natação. Isto levou-me a ter
que conciliar muito bem o meu tempo livre e agendas para conseguir realizar as duas atividades
tão exigentes. Além de ser nadador de nível Internacional e de ter conseguido estar presente no
apuramento para os Jogos Olímpicos de 2012 e 2016 na modalidade de 10km de Àguas
Abertas, representei também a FCM e a NOVA em vários campeonatos nacionais universitários,
sendo que me apurei para os Campeonatos Europeus Universitários de Piscina Longa que se
vão realizar em Julho na Croácia onde vou representar a FCM e Portugal.
3.
REFLEXÃO CRÍTICA FINAL
Terminado o 6º ano do MIM, é importante fazer uma reflexão crítica acerca do trabalho
desenvolvido no EP, estágio fundamental para a formação prática pré-graduada. Ainda assim é
impossível esquecer todo o percurso académico anterior, que sedimentou e integrou
conhecimentos, que ensinou aptidões, valores e atitudes essenciais para um futuro médico.
Tinha perspectivas elevadas em relação a este ano, quer pelos objectivos de autonomia e
responsabilidade crescente a que se propõe mas também pela possibilidade de crescimento
profissional e humano. Penso que de uma forma geral atingi os objetivos a que me fui propondo
nos vários estágio clínicos, bem como aos objectivos gerais deste EP; tanto a nível da
integração e aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos, como, a nível humano e ético.
O estágio de MGF foi uma boa oportunidade de contactar com a realidade prática ao
nível dos cuidados de saúde primária e observar a influȩ̂ncia do meio social, económico e
familiar na promoção da saúde dos utentes. Tendo sid
o este o meu 1º estágio foi muito útil
assimilar a importâ̧ncia de uma medicina preventiva e integrativa assente no doente como um
todo. Este estágio marcou-me pela verdadeira proximidade ao doente, ainda maior nas
consultas ao domicílio. Penso que a duração demasiado curta para uma aprendizagem global e
cimentada de todo o espectro da MGF.
O estágio de Pediatria apesar de útil foi limitativo pelo facto de o rácio aluno/tutor ser
muito elevado e pelo facto de existirem poucos doentea para tantos Pediatras, Internos de
Pediatria, Inernos do Ano Comum e aluno. A minha relação com a natação levou-me a propor
trabalhar o tema “Treino de Natação em Crianças e Adolescentes com Asma”, gostei bastante
pelo facto de a minha tutora ter sido aceite.
Quanto ao estágio de Ginecologia e Obstetrícia permitiu-me adquirir conhecimentos
acerca de patologias e gestos clínicos básicos e específicos desta especialidade que devem
fazer parte da formação médica geral de qualquer médico. A rotação pelas várias
subespecialidades no HBA foi bastante positivo e mostrou a versatilidade desta especialidade.
O estágio de Saúde Mental permitiu-me ter uma perspetiva mais realista e abrangente da
realidade da Psiquiatria. Considero que os casos clínicos apresentados na 1ª sessão foram
fundamentais para o meu futuro como Interno do Ano Comum. O facto de ter estado no SETA
permitiu-me ter contacto com várias patologias (ao contrários de alguns dos meus colegas que,
fora a Consulta Externa, ficaram restringidos a um único tipo de patologia) e permitiu-me
especialmente desenvolver e sedimentar a parte do diagnóstico diferencial. A Consulta de
Sexualidade permitiu-se ter contacto com casos de Transexualismo, Disfunção Sexual, Distímia
e Abuso Sexual, considero que esta foi uma mais valia no meu estágio uma vez que esta é uma
consulta rara e a maioria dos meus colegas não teve oportunidade de passar pela mesma.
Como ponto meno positivo tenho a destacar a frequência prática do estágio ser apenas em dias
alternados para que o serviço possa acolher nos restantes dias os alunos do 5º ano que têm um
novo plano currícular; penso que este problema será resolvido com o passar dos anos.
O
estágio de Medicina Interna foi muito produtivo. O facto de ter realizado no 5º ano o
estágio de Medicina no mesmo serviço e com a mesma tutora ajudou facilitou bastante a
aperceber do normal funcionamento e rotinas do serviço e facilitou confiança da Equipa em mim
e nas minhas capacidades, o que fez com que me tornasse mais um membro da equipa e não
um aluno. Quer os seminários na faculdade, quer sessões clínicas foram, na minha opinião,
bastante positivos, no sentido em que foram sobre temas verdadeiramente práticos.
No estágio de Cirurgia beneficiei bastante pelo facto de rotação do meu grupo não
coincidir com a dos aluno atríbuidos à outra médica da equipa, o que nos acabou por
proporcionar na prática um rácio de 2 assistentes para 3 alunos e fez com que tivéssemos tido
uma melhor aprendizagem e mais oportunidades de assistir nas cirurgias. Penso que as
semanas de Cirurgia Geral são poucas e que a semana de SU não faz muito sentido pelo
pouco aproveitamento Cirurgico que daí retiramos.
Durante o curso e durante este ano tive a possibilidade de integrar vários projectos e
grupos de investigação que culminaram em vários artigos e comunicações. Esta é uma área da
Medicina que me atrai não só pelos temas estudados mas pelo processo de investigação em si.
Isso ajudou-me a melhorar as minhas capacidades na área da comunicação oral e a perceber
melhor não só a forma de construir um artigo mas também a perceber o real significado da
medicina baseada na evidência científica.
Muito mais haveria a reflectir sobre a difícil conciliação entre o meu percurso desportivo,
com treinos bi-diários, por vezes com uma carga de 30 horas semanais, sem nunca abdicar ou
comprometer aquilo que a meu ver é o mais importante, que é o meu futuro como médico.
Por último, agradeço a todos os tutores, restantes médicos, e membros da equipa
multidisciplinar com quem tive o privilégio de contactar durantes estes anos e que tiveram um
TÍTULO: EFEITO DE DIFERENTES REFEIÇÕES PRÉ-PROVA NA POTÊNCIA AERÓBIA MÁXIMA E NO RENDIMENTO
Gaspar, V.1, Faustino, M.2, Inácio, J.2,Silvestre, R.3 1- NOVA Medical School
2- Universidade Lusófona das Humanidades e Tecnologias
3- Unidade de Medicina Desportiva e Controlo de Treino, IPDJ, I.P.
gaspar.vasco@gmail.com – Preferência para poster
Objectivo: O consumo máximo de O2 (VO2máx) e o rendimento aeróbio (ou o seu
inverso, o custo de O2 por Watt (O2/W)), são determinantes fisiológicos do
desempenho em atividades de duração superior a 5minutos. O substrato energético preferencial para a obtencão da potência aeróbia máxima é de grande importância no rendimento. É pertinente estudar as diferenças no VO2máx e O2/W numa prova de
esforço cardiopulmonar (PECP) progressiva máxima por patamares, perante duas condições alimentares pré-PECP diferentes: uma rica em hidratos de carbono e outra pobre (rHC vs pHC).
Métodos: Treze homens (36,9±6,4anos), normoponderais (74,7±7,8Kg) e ativos (critério ACSM), participaram num estudo cruzado com duas refeições ingeridas 30minutos antes da PECP: rHC (383±28kcal; 51,8±6,3g HC; 6,4±1,0g proteína), e pHC (383±28kcal; 15,3±0,4g HC; 29,0±1,1g proteína). A PECP foi uma prova progressiva máxima, em tapete rolante, com início a 8Km/h, e patamares de 3minutos com incrementos de 2Km/h, até à velocidade 16Km/h, passando a incrementos de 1Km/h/minuto. Os hábitos alimentares e as sessões de exercício físico foram caracterizados nos três dias prévios à primeira intervenção e replicados na segunda. Os registos alimentares foram analisados através do software Food Processor (ESHA,v10.10) e o dispêndio energético do exercício foi calculado com a tabela de intensidades de Ainsworth (2000). O VO2máx foi determinado num
intervalo de tempo de 20 a 30segundos com analisador de gases (Jaeger CPX,Carefusion).
Resultados: Em média, na condição rHC, atingiu-se VO2máx de 4000,2mL/min, aos
18,1min, e com 14,3 de O2/W; e na condição pHC de 3898,6mL/min, aos 19,5min,
com 13,6 de O2/W. Não se encontraram diferenças significativas entre as duas
condições no VO2máx, tempo no VO2máx, e O2/W.
Conclusão: A composição da refeição pré-PECP não influenciou o VO2máx, o
tempo no VO2máx, ou o O2/W; pelo que, o paradigma clássico “hidratos de carbono e
1
Titulo:
OXIDAÇÃO DE SUBSTRATOS ENERGÉTICOS DURANTE UMA PROVA MÁXIMA PROGRESSIVA POR
PATAMARES APÓS A INGESTÃO DE REFEIÇÕES RICAS OU POBRES EM HIDRATOS DE CARBONO.
Silvestre, R.
1, Gaspar, V.
2, Faustino, M.
3, Inácio, J.
31 - Unidade de Medicina Desportiva e Controlo de Treino, CAR-Jamor, IPDJ, I.P. 2 – NOVA – Medical School
3 – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
E-mail do autor principal: ricardo.silvestre@ipdj.pt (preferência para poster)
Objetivos:
Comparar uma ingestão preferencial de hidratos de carbono (HC), como prática comum antes
de uma sessão de exercício ou uma prova desportiva, com outra opção alimentar, para melhor
compreensão da oxidação de substratos energéticos.
Material e métodos:
Treze homens (36,4+6,4anos), normoponderais (74,3+9,1Kg), ativos (critério ACSM),
participaram num estudo cruzado com duas refeições: HC(383+28kcal;51,8+6,3HC;6,4+1,0gPRO), e
PRO(383+28kcal;15,3+0,4gHC;29,0+1,1gPRO), 30 minutos antes de um exercício máximo progressivo em
tapete rolante, com patamares de 3 minutos; 8km/h+10km/h=M2,12km/h=M3,14km/h=M4,16km/h=M5,
seguido de aumento de 1km/h/min até à exaustão, e dois patamares de 3 minutos a 4,5km/h (M6,M7).
Determinação da glicémia (
Accutrend Plus
,Roche) em jejum, 25 min pós refeição (M1) e no final de cada
patamar. Os hábitos alimentares e a prática de exercício físico foram caracterizados nos três dias prévios à
primeira intervenção, e replicados pré segunda intervenção. A análise alimentar foi realizada com registos
alimentares de 3 dias (
software
Food Processor
-ESHA10.10), e o dispêndio energético das sessões de
exercício através do compêndio de intensidades de Ainsworth (2000). Quociente respiratório (QR) foi
obtido por Jaeger CPX-
Carefusion
. Limiares de transição (L1=limiar aeróbio ventilatório, L2=compensação
respiratória e VO
2Max=consumo máximo) foram obtidos com análise de equivalentes respiratórios,
VO
2Max por média num intervalo 25seg.
Resultados:
Não houve diferenças significativas nos comportamentos alimentares e prática de exercício
nos 3 dias pré intervenção. A intervenção HC causou um aumento significativo da glicémia em
M1(HC=114,3+17,1mg/dL;PRO=81,8+16,2mg/dL), que se manteve em M2 e M3. No QR houve diferença
significativa em M1(HC=0,83;PRO=0,76) que se manteve em M2, passando a não ser observada nos
patamares seguintes. Não houve diferenças significativas para QR em L1(HC=0,89+0,03;PRO=0,90+0,05),
L2(HC=1,00+0,02;PRO=0,99+0,04) e VO2Max(HC=1,07+0,05;PRO=1,08+0,06).
Conclusões:
Apesar de glicémias diferentes, os valores de QR indiciam uma oxidação preferencial de
glicose durante o exercício, nas duas intervenções. Na ótica de oxidação de ácidos gordos, uma refeição
rica em HC pode ser contraproducente, mesmo em domínios moderados.
Health and Quality of life in residents of Elderly Care Centers
in Lisbon and Oporto – GERIA Study
Background
Background
Demographic aging and higher longevity are important subjects to our days reality. At present about 5% of the elderly live in elderly care centers (ECC) and they have challenging social and health characteristics. In a holistic approach of the person, quality of life should be taken into account. This way, are different self-rated quality of life associated to the physical and psychological state in elders living in ECC?
Gaspar V., Caires I., Girao A., Palmeiro T., Rocha A., Botelho A. CEDOC, NOVA Medical School , November 2013
Results
Results
The sample was of 803 subjects, from a universe of 2110, 85% from Lisbon, 78% were women. Mean age was 84,1 ±7,1 years (65-105 years) and the median was 85 years.
Female Male Total
Gender 78 22 100
Marital status - no partner 88 69 84 Scholing - 1st or none 69 59 67 Blue collar workers 76 69 74 Residency time < 5 years 57 55 57
Table 1 -Sociodemographic Data (%)
Aim
Aim
To characterize the respondent population, resident in ECC in Lisbon and Oporto, from sociodemographic, health and quality of life points of view.
Methods
Methods
! In the 1st wave of the longitudinal GERIA study, 53 ECC were randomized through the Social Charter, (33 Lisbon and 20 Oporto).
! Residents, who consented to participate and were able to respond to a questionnaire, were evaluated from September 2012 - April 2013.
! Self-rated health was assessed according to the National Health Survey.
! Health information was collected from respiratory health inquiry (BOLD) and individual processes information. ! Self-rated quality of life was evaluated with the question of the
1%
26%
73% Figure 2
Health Problems (%)
Just Mental Just Physical Both 89 64 52 48
Cardio-Circ Digest Endoc-Metab Locom Figure 3
Physical systems affected (%)
58
28 37
Psychological Depression Dementia Figure 4
Mental function affected (%)
26% Figure 6 Physical Domain 23% Figure 7 Psychological Domain 1% Figure 5
Self-rated Quality of Life
44 32 24 31 41 28
Unfavorable Favorable No opinion Figure 1
Self-rated health (%)
Female Male
Self-rated QoL Physical Domain Psychological Domain
Unfavorable Favorable No opinion
Conclusion
Conclusion
Most respondents of the ECC were women, with more than 84 years old, had no partner, scarce schooling and were blue collar workers. Women self-rated health was mostly as unfavorable or not defined contrasting men that self-rated their health as favorable. Most of respondents had mental disorder and almost all had physical disorder, highlighting cardio-circulatory system. Self-rated quality of life was mostly considered favorable or not defined. Thus, considering self-rated health and quality of life, there were more favorable data in physical than in psychological domains. This reinforces the importance of considering health and quality of life components in a holistic approach of the person.
REFERENCES
Instituto Nacional de Estatística –Censos 2011 -Estatísticas demográficas e projeções demográficas. Lisboa, 2011.
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge/ Instituto Nacional de Estatística - Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006). Lisboa, 2009.
World Health Organization Quality of Life Group. Development of the world health organization WHOQoL-BREF quality of life assessment. Psychol Med.1998;28:551–558.
! Self-rated quality of life was evaluated with the question of the WHOQoL-BREF, from which the physic and psychological
domains were analyzed. 29%
45%
28% 49%
*UJTIFSFCZDFSUJöFEUIBU
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Saúde e Qualidade de Vida em residentes de lares de idosos de Lisboa e Porto – Estudo GERIA
Modelos Integrados de Saúde e Envelhecimento
Gaspar V, Girão A, Rocha A, Palmeiro T, Caires I, Botelho A.
vasco_gaspar225@hotmail.com, adrianaocgirao@gmail.com, adelia.rocha.fcm@gmail.com,
teresa.palmeiro@fcm.unl.pt, iolanda.caires@fcm.unl.pt, amalia.botelho@fcm.unl.pt
CEDOC, Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Nova de Lisboa
Introdução: A importância do envelhecimento demográfico e do aumento da longevidade é um dado relevante para a realidade atual. A diversidade das pessoas idosas é superior à das faixas etárias mais novas, sendo moldada no decurso da vida por fatores ambientais, genéticos, estilos de vida e saúde. Importa conhecer características desses fatores e como os indivíduos idosos os consideram. Cerca de 5% dos idosos residem em lares apresentam necessidades de natureza social e de saúde. Numa abordagem integral da pessoa, a sua qualidade de vida é um aspeto complementar e imprescindível a ter em conta. Deste modo, diferentes perceções de qualidade de vida estarão associadas ao estado de saúde físico e/ou mental nos idosos residentes em lares em Portugal?
Objetivo: Caracterizar a população idosa respondente, residente em lares de Lisboa e Porto, sob os pontos de vista sociodemográfico, saúde e qualidade de vida.
Metodologia: Realizou-se uma análise transversal da 1ª fase de um estudo longitudinal, em que, através da Carta Social, foram aleatorizados 33 lares de Lisboa e 20 do Porto, dos quais dispomos de informação relativa à perceção de saúde e de qualidade de vida de todos os idosos que tenham consentido participar e capazes de responder ao questionário. Para a perceção do estado saúde procedeu-se à inquirição da autoavaliação de saúde, de acordo com o Inquérito Nacional de Saúde, bem como à recolha do estado de saúde físico e mental, através da consulta dos processos dos utentes, onde se fez o levantamento das doenças crónicas e da medicação regular. Para a perceção da qualidade de vida procedeu-se à aplicação do questionário WHOQoL-BREF, do qual foram analisadas as questões dos domínios da saúde física e psicológica.
Resultados: O estudo decorreu entre setembro de 2012 e março de 2013. De um universo de 2110 utentes, obtiveram-se dados de 839, destes 85% eram do sexo feminino. A média de idades foi de 84,3 anos (SD=7,0 anos), dos 65 aos 102 anos, sendo a moda de 88 e a mediana de 85 anos. Quanto ao estado civil, 84% não tinha companheiro e relativamente à escolaridade, 67% tinha pouca ou nenhuma instrução, sendo estas prevalências maiores nas mulheres. Em relação à perceção de saúde consideraram desfavorável 35%, favorável 29% e sem opinião definida 36% utentes. Quanto ao estado de saúde, 99% (834) apresentavam perturbações físicas, 74% perturbações mentais e 74% ambas. Os órgãos mais afetados foram os dos sistemas cardio-circulatório (89%), digestivo (64%), psicológico (58%), endócrino-metabólico (52%) e locomotor (48%). Em relação à perceção de qualidade de vida consideraram desfavorável 20% (170), favorável 42% e sem opinião definida 37% utentes. A qualidade de vida no domínio da saúde física foi considerada como desfavorável em 28%, favorável em 25% e sem opinião definida em 48%. No domínio da saúde mental, esta foi considerada como desfavorável em 27%, favorável em 22% e sem uma opinião definida em 51% utentes.
Tabela 1. Dados de Saúde e Qualidade de Vida (n = 839)
Mulheres (n=656) Homens (n=183) Total (n=839)
Estado Civíl Sozinho 88% 69% 84%
Acompanhado 11% 30% 15%
Escolaridade Pouca ou nenhuma instrução 69% 60% 67%
Ensino Secudário e superior 30% 40% 32%
Conclusões: Dos idosos respondentes, a maioria eram mulheres, com média de idade de 84 anos, maritalmente sozinha e com pouca ou nenhuma escolaridade. Com perceção de saúde desfavorável ou sem opinião, doença física em praticamente todos e mental na maioria, destacaram-se as doenças cardio-circulatórias, a qualidade de vida foi maioritariamente considerada favorável ou sem opinião. Esta análise permite constatar que, em relação à perceção de saúde e qualidade de vida, existiam dados mais favoráveis nos aspetos psicológicos relativamente aos físicos, o que está de acordo com o registo do seu estado de saúde.
Palavras-Chave: idosos, lares de idosos, saúde, qualidade de vida
Agradecimentos: Estudo GERIA – Estudo Geriátrico dos Efeitos na Saúde da Qualidade do Ar Interior em Lares da 3ª Idade de Portugal (PTDC/SAU-SAP/116563/2010), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Referências:
INE – Censos 2011 - Estatísticas demográficas e projeções demográficas. Lisboa, 2011. INSA/ INE - Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006). Lisboa, 2009.
Financiamento
PTDC/SAU-SAP/116563/2010
Recomendações para a Melhoria
da Saúde Respiratória em
Residentes em Equipamentos
Residenciais para Pessoas Idosas
O Projeto GERIA teve lugar em Lisboa e Porto, tendo como objetivocontribuir para a promoção da saúde das pessoas que residem em equipamentos residenciais para pessoas idosas (ERPI).
Foi feita a identificação de fatores que afetam a saúde e a qualidade de vida dos residentes, a quantificação da sua exposição a poluentes e a avaliação da resposta individual a estes estímulos.
Tendo em conta a relação entre a qualidade do ar interior e a
vulnerabilidade respiratória encontrada, as recomendações
propostas pretendem contribuir para a melhoria da saúde e qualidade de vida dos idosos residentes em ERPI.
Estão disponíveis mais informações e e-book em:
http://geria.webnode.com/
Agradecimentos:
• aos idosos participantes
• às equipas das instituições participantes
• às autoridades envolvidas
R
ECOMENDAÇÕES PARA A
M
ELHORIA NA
S
AÚDE
R
ESPIRATÓRIA EM
R
ESIDENTES EM
E
QUIPAMENTOS
R
ESIDENCIAIS PARA
P
ESSOAS
I
DOSAS
(ERPI):
AREJAMENTO
• Abrir as janelas exteriores diariamente,
em todas as divisões, durante cerca de uma hora, fechando as portas interiores de forma a evitar correntes de ar.
oNos dias de mau tempo, arejar nunca
menos de 15 minutos;
oDurante a primavera, arejar no início
da tarde, quando os pólens estão nas camadas altas da atmosfera, fechando as janelas pelas 18 horas, quando os pólens voltam ao solo;
oO arejamento deve ser feito quando
não há ocupantes nessas divisões, preferindo o período de almoço, quando os residentes estejam na sala de refeições;
oPara que o ar renovado possa alcançar
o equilíbrio de temperatura, fechar as janelas algum tempo antes do regresso dos ocupantes.
• Manter as portas interiores abertas,
sempre que compatível com a privacidade dos residentes.
TEMPERATURA
• Manter uma temperatura ambiente de
conforto, que deve ter em conta a atividade desempenhada pelos residentes:
oNa ausência de atividade física,
próxima dos 25°C;
oNa presença de atividade física,
temperatura mais baixa, contudo superior a 20°C.
POEIRAS, VAPORES, ODORES
• Evitar o uso de termoventilador, pois
promove a suspensão do pó no ar, preferindo o uso de termoconvectores;
• Caso exista ar condicionado fazer a
manutenção dos filtros;
• Depois dos banhos, fechar sempre a porta
das casas de banho e abrir a janela ou ligar o extrator, evitando que o vapor de água se espalhe pelo edifício;
• Durante a confeção dos alimentos, fechar
sempre a porta e abrir as janelas da cozinha, evitando que vapores e odores se espalhem pelo edifício. Caso exista exaustor, ligá-lo sempre e limpar os filtros com regularidade;
• É aconselhável a colocação de extratores
forçados nas casas de banho interiores, na cozinha e em salas com fontes de poluição elevada (p.ex. onde seja permitido fumar,…), evitando a contaminação para outras divisões;
• Passar a roupa a ferro num local que
disponha de extração forçada ou janela, fechando sempre a porta, evitando que o vapor de água e partículas em suspensão se espalhem pelo edifício. Não passar a roupa a ferro nos quartos nem nas salas.
ROUPAS DE CAMA
• Lavar as roupas das camas semanalmente,
a 60°C;
• Lavar as almofadas, os edredões e os
cobertores trimestralmente, se possível a 60°C;
• Evitar lençóis de flanela, cobertores de lã
e edredões de penas, optando por roupa de algodão e edredões sintéticos, que possam ser lavados a 60°C.
LIMPEZA
A limpeza deve ser feita quando não há ocupantes nas divisões, encontrando-se noutros compartimentos.
• Limpar o pó com um pano ligeiramente
húmido;
• Evitar a aplicação de “sprays”,
ambientadores e detergentes com cheiro intenso, por serem irritantes para as vias respiratórias. Promover o arejamento após a limpeza;
• Limpar bem o pó das estantes, retirando
os livros regularmente. É preferível guardar os livros em armários fechados para evitar acumulação de pó;
• Aspirar frequentemente tapetes, alcatifas
e sofás;
• Lavar tapetes e cortinados
trimestralmente, se possível a 60°C;
• Lavar frequentemente carpetes, alcatifas
e sofás, pelo menos 2 vezes por ano, se possível a 60°C;
• Preferir aspirar a varrer;
• Trocar o filtro do aspirador regularmente
e, se possível, utilizar um aspirador com filtro de alta eficiência (HEPA);
FACILITAÇÃO DA LIMPEZA
• Evitar o excesso de artigos de decoração
que dificultem a limpeza;
• Evitar armazenamento debaixo das camas,
pois dificulta a limpeza;
• Evitar o excesso de tapetes, alcatifas,
mantas nos sofás e reposteiros;
• Evitar o papel de parede, pois é um foco
de desenvolvimento de ácaros e fungos. Se houver papel de parede, deve ser substituído assim que ficar deteriorado.
HUMIDADE
•Manter a humidade relativa entre 25% e
55%.
Caso existam pontos de humidade nas paredes e tetos, após detetar e resolver os fatores desencadeantes:
• Lavar as paredes e tetos com lixívia diluída
em água na proporção de 1 medida de lixívia para 10 de água, e arejar bem a divisão em seguida;
• Pintar as paredes e tetos com tintas
antifúngicas e arejar bem a divisão.
• Não é aconselhável a existência de plantas
e aquários no interior, principalmente junto aos quartos, uma vez que são foco de humidade.
ANIMAIS E ALERGIAS
• Nos idosos com vulnerabilidade
respiratória evitar o contacto de animais com pêlo ou penas.
OBRAS NO ERPI
• Em caso de obras no edifício, manter as
divisões não intervencionadas com as portas fechadas.
Na reabilitação dos edifícios antigos e na construção de novos edifícios:
• Os quartos e as salas devem ser equipados
com sistemas de ventilação;
• Preferir janelas de batente ou