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Sistema de gestão ambiental: levantamento de aspectos ambientais e proposta de programas ambientais para metalúrgica Xexeumar

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Academic year: 2021

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MARCIELLY MELO FREITAS

SISTEMA DE GESTAO AMBIENTAL:

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS E PROPOSTA DE PROGRAMAS AMBIENTAIS PARA METALURGICA XEXEUMAR

Palhoça 2017

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MARCIELLY MELO FREITAS

SISTEMA DE GESTAO AMBIENTAL:

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSTA DE PROGRAMAS AMBIENTAIS PARA METALURGICA XEXEUMAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Engenheira Ambiental e Sanitarista.

Orientador: Prof. Silene Rebelo, Msc.

Palhoça 2017

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Dedico este trabalho à minha família, principalmente ao meu pai Marcio que sempre acreditou em mim.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a meu pai, Marcio, minha mãe, Claudete e meu irmão, Marcio, que sempre estiveram presentes em minha vida me oferecendo todo suporte e apoio necessário.

À minha orientadora Silene que mesmo passando por um período delicado durante a execução deste trabalho, sempre me deu toda atenção e suporte necessários.

Meu muito obrigado aos colaborados da Xexeumar, especialmente ao Antônio Pedro, sem a colaboração deles seria impossível realizar esse trabalho.

Aos meus amigos que sempre me motivaram e torceram por mim.

Enfim, agradeço a todos que de alguma forma me ajudaram direta ou indiretamente a realizar esse trabalho.

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“Se você construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora, dê-lhes alicerces.” (Henry David Thoreau)

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RESUMO

Com a intensificação dos processos industriais houve um aumento na utilização dos recursos naturais. O uso inconsciente e desenfreado dos recursos naturais acabou gerando impactos no meio ambiente. Decorrente a esses impactos as empresas estão cada vez mais buscando opções para minimizar esses impactos, procurando equilíbrio entre uso de recursos naturais e processos industriais. O sistema de gestão ambiental é uma dessas opções. Este tem sido utilizado cada vez mais pelas empresas com o objetivo de reduzir impactos ambientais e gastos devido a melhor eficácia nos processos de produção. Este trabalho teve o objetivo de levantar os aspectos e impactos ambientais e propor programas ambientais de uma metalúrgica. Para tanto, foram empregadas as ferramentas LAIA e 5W2H. Após o levantamento desses dados foi observado que os aspectos ambientais que mais podem causar dados ao meio ambiente, foram o consumo de energia devido a utilização de maquinas de baixa eficiência e o uso de produto químico no processo de lavação. Para esses e outros aspectos ambientais passíveis de impacto ambiental foi propostos programas de ação para conseguir alcançar os objetivos propostos.

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ABSTRACT

With the intensification of industrial processes there has been an increase in the use of natural resources. The unconscious and unrestrained use of natural resources ended up generating impacts on the environment. Due to these impacts, companies are increasingly seeking options to minimize these impacts, seeking a balance between the use of natural resources and industrial processes. The environmental management system is one such option. This has been increasingly used by companies with the aim of reducing environmental impacts and expenses due to better efficiency in production processes. This work had the objective of raising the environmental aspects and impacts and proposing environmental programs of a metallurgical company. For this, the tools LAIA and 5W2H were used. After the data collection, it was observed that the environmental aspects that could cause the most environmental data were the energy consumption due to the use of low efficiency machines and the use of chemical in the washing process. For these and other environmental aspects that could have an environmental impact, action programs were proposed to achieve the proposed objectives.

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Elemento de um Sistema de Gestão Ambiental – SGA. ... 24

Quadro 2 - Índices de Criticidade da ferramenta LAIA. ... 28

Quadro 3 - Diretrizes para classificar a Gravidade do Impacto (G). ... 28

Quadro 4 - Diretrizes para classificar o valor da ocorrência da causa (O). ... 29

Quadro 5 -Diretrizes para classificar o valor da ocorrência da causa (O). ... 30

Quadro 6 - Diretrizes para classificar a Facilidade de Implantação da Ação Recomendada (F). ... 30

Quadro 7 - Etapas para aplicação do 5W2H. ... 31

Quadro 8 - Levantamento dos Aspectos e Impactos Ambientais. ... 32

Quadro 9 - Levantamento de Programas e Ações. ... 33

Quadro 10 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais do escritório da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 34

Quadro 11 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais do almoxarifado da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 36

Quadro 12 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da expedição da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 37

Quadro 13 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da cozinha da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 38

Quadro 14 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da lavação da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 40

Quadro 15 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais do polimento da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 43

Quadro 16 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da solda da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 45

Quadro 17 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da usinagem/corte da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017. ... 47

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 12 1.1 JUSTIFICATIVA ... 13 1.2 OBJETIVOS ... 13 1.2.1 Objetivo Geral ... 13 1.2.2 Objetivos Específicos ... 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 15

2.1 QUESTAO AMBIENTAL NAS EMPRESAS ... 15

2.2 CERTIFICAÇAO AMBIENTAL ... 17

2.3 SETOR METALURGICO E AS PREOCUPAÇOES AMBIENTAIS ... 17

2.4 A NORMA NBR ISO 10.001/2015 ... 19 2.4.1 Requisitos da NBR 14001 ... 20 2.4.1.1 Contexto da Organização (4) ... 20 2.4.1.2 Liderança (5) ... 20 2.4.1.3 Planejamento (6) ... 21 2.4.1.4 Apoio (7) ... 21 2.4.1.5 Operação (8) ... 22 2.4.1.6 Avaliação de desempenho (9) ... 23 2.4.1.7 Melhoria (10) ... 23

2.5 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ... 23

3 MATERIAIS E METODOS ... 26

3.1 CARACTERIZAÇAO DAS ATIVIDADES ... 26

3.2 LEVANTAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS .... 26

Atribuição do valor do índice de Gravidade do Impacto (G) ... 28

Atribuição do valor da Ocorrência da causa (O) ... 29

Atribuição do Valor do Índice do Grau de Detecção (D)... 29

Atribuição do valor do Índice de Facilidade de Implantação da Ação Recomendada 30 3.2.1 Índice de Risco Ambiental – IRA... 31

3.2.2 Plano de ação ... 31

3.3 METODOLOGIA APLICADA NA METALÚRGICA XEXEUMAR ... 32

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4.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS ... 34 4.1.1 Escritório ... 34 4.1.2 Almoxarifado ... 35 4.1.3 Expedição ... 36 4.1.4 Cozinha ... 37 4.1.5 Lavação ... 38 4.1.6 Polimento ... 41 4.1.7 Solda ... 44 4.1.8 Usinagem e Corte ... 46 4.2 PROGRAMAS GERAIS ... 48

4.2.1 Gerenciamento de Resíduos Sólidos ... 48

4.2.2 Minimização do Consumo de Energia Elétrica ... 49

4.2.3 Minimização do Consumo de água ... 49

4.2.4 Melhorias na Segurança de trabalho ... 49

5 CONCLUSÃO ... 51

5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ... 52

REFERENCIAS ... 53

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1 INTRODUÇÃO

A Revolução industrial e o consumo desenfreado ocasionaram impactos negativos ao ambiente, passando a ser uma das questões mais preocupantes da atualidade. Com o passar do tempo, as indústrias começaram a se conscientizar sobre a influencia que seus processos causam ao meio ambiente com isso a inter-relação do setor produtivo e meio ambiente ficou mais forte surgindo a necessidade de incluir gestão ambiental no planejamento das organizações.

Segundo Lora (2000 apud SHIBAO; MOORI; DOS SANTOS, 2010), as indústrias estão tomando um comportamento ambiental ativo, transformando uma postura passiva em oportunidades de negócios, uma nova e benéfica forma de manter-se ou de tornarem-se competitivas no mercado de trabalho, atendendo exigências que variam de clientes a circunvizinhança.

Esse trabalho propôs um Sistema de Gestão Ambiental para uma empresa no ramo da metalúrgica. Conforme Pedrotti e Mistura (2010 apud MACHADO; SILVA; RIZK, 2014), os processos produtivos de uma indústria metalúrgica causam impactos que comprometem a qualidade do ar, ruído em nível que não causa reação ou incômodo à população do entorno; resíduos sólidos que precisam ser gerenciados para não causarem contaminação ambiental; além do consumo de recursos naturais como o consumo de água, energia elétrica, entre outros.

As metalúrgicas geram impactos ambientais como citado, com base nesses aspectos, esse trabalho criou um SGA para a metalúrgica Xexeumar.

Segundo Nascimento (2008, CONCEIÇÃO et al 2011), o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser definido como um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o meio ambiente.

Para elaboração desse trabalho foram atendidos os requisitos da norma NBR ISO 14.001/2015, a qual dispõe sobre o SGA e as instruções para elaboração deste. A finalidade da proposição de um SGA para o empreendimento,além das melhorias ambientas e econômicas, é uma possível certificação futura da empresa junto a ISO(International Organization for Standartization).

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1.1 JUSTIFICATIVA

Durante muito tempo, os recursos naturais foram utilizados de forma abusiva e sem controle, com o passar do tempo foi se percebendo o problema que isso gera ao meio ambiente e a sociedade como um todo.

Diante do cenário atual as indústrias estão cada vez mais preocupadas com os impactos gerados em seus processos, perante isso estão buscando cada vez mais alternativas para evitar ou minimizar danos ao meio ambiente.

Com esse intuito as empresas estão adotando o sistema de gestão ambiental que tem como função levantar dados e administrar processos industriais buscando otimizar seus processos, conseguindo manter um relacionamento amigável com o meio ambiente e de quebra reduzir gastos.

Segundo Morandi e Gil Morandi e Gil (1999, CORÁ, M.A.J.; CORÁ, M.J., 2007) o processo de gestão ambiental implica em um processo contínuo de análise formado de decisão, organização, controle das atividades de desenvolvimento, bem como avaliação dos resultados para melhorar a formulação de políticas e sua implementação para o futuro.

Este trabalho propôs fazer um sistema de gestão ambiental para uma metalúrgica que é um setor visto como fonte potencial de poluição ambiental. As metalúrgicas são responsáveis por: poluição atmosférica, geração de resíduos sólidos, uso de grande quantidade de água, poluição sonora, entre outros.

Neste sentido, destaca-se a importância da implementação de um sistema de gestão ambiental (SGA), visando buscar melhorais internas e externas no empreendimento estudado. Além do que, a partir deste será possível pleitear uma posterior certificação ambiental, o que se configurará um diferencial de concorrência no mercado.

1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral

Levantar aspectos e impactos ambientais e propor programas ambientais tendo como base a norma técnica (NBR) da Associação Brasileira de Normas

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Técnicas (ABNT) NBR: ISO 14.001/2015 para a Xexeumar Metalúrgica Náutica, Palhoça/SC, com vistas à implantação de um Sistema de Gestão Ambiental.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Avaliar o sistema atual de gestão adotado pela empresa;

• Analisar os impactos ambientais gerados por cada setor da empresa; • Propor programas como forma de controlar e minimizar os impactos ambientais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A revolução industrial foi marcada pela intensa mudança nos processos industriais. Esses processos de produção utilizam os recursos naturais como matéria-prima, a qual entra a indústria e sofre transformações até chegar ao produto desejado. Segundo Dias (2006, p.44).

As empresas são as principais responsáveis pelo esgotamento e pelas alterações ocorridas nos recursos naturais, de onde obtêm insumos que serão utilizados para obtenção de bens que serão utilizados pelas pessoas. No entanto, o papel de vilãs do meio ambiente que vêm desempenhando as empresas, tem sua razão de ser, pois são poucas, proporcionalmente, aquelas que se preocupam e tornam mais eficientes ecologicamente os seus processos produtivos.

Segundo Leal et. al. (2008), os países do primeiro mundo, depois de terem degradado praticamente todo o seu meio ambiente, iniciaram o processo de conscientização da necessidade de controlar os processos de industrialização, assim como de recuperar o meio ambiente degradado. Passaram a desenvolver o controle sobre os processos produtivos e suas emissões de resíduos.

O uso indiscriminado e sem nenhuma responsabilidade dos recursos naturais impulsionou a elaboração de um grande número de normas e regulamentos internacionais que foram reproduzidos e adotados por muitos países.

Como forma de compreender melhor este cenário, o presente capitulo foi elaborado a partir de um levantamento bibliográfico abordando temas relacionados ao meio ambiente, implementação de SGA e aplicação da ISO 14001.

2.1 QUESTAO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

Durante anos as empresas utilizaram os recursos naturais de forma equivocada sem nenhum tipo de controle ou planejamento. O uso desenfreado impactou de forma negativa a fauna, a flora e a vida das pessoas.

Nos últimos anos, o setor empresarial começou a se preocupar mais com as questões ambientais. Segundo Barbieri (2000 apud SOUZA 2011. p. 30), “as empresas estão incorporando procedimentos para redução de afluentes, reciclagem de materiais, atendimento a situações de emergência e até mesmo analises do ciclo de vida dos produtos e de seu impacto sobre a natureza”.

Para Andrade, Tachizawa e Carvalho (2004), o processo organizacional se origina quando surgem forças que levam a necessidade de mudanças em alguma

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parte da organização. Essas forças podem ser exógenas ou endógenas. No caso, a gestão ambiental é uma força exógena que vem provocando a necessidade de mudança por parte das organizações industriais brasileiras, visando a sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. As forças endógenas provem do ambiente, como novas tecnologias, mudanças nos valores da sociedade e novas oportunidades ou limitações do ambiente. As forças externas criam a necessidade de mudança organizacional interna.

Para haver essas mudanças dentro do setor empresarial, é necessário segundo Cultri (S.D p. 3) que haja funções administrativas de planejamento, controle, direção e execução para o controle das possíveis deformidades do ambiente.

No Brasil, o número de empresas que adotando a gestão ambiental com base na norma NBR ISO 14001 vem aumentando a cada ano. A consciência ecológica está abrindo caminhos para o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio (SILVA; MEDEIROS, 2004 apud OLIVEIRA; SERRA. p.3)

A implementação de um SGA baseado na norma NBR ISO 14.001/2015, tem benefícios e dificuldades no processo de implementação, certificado e gerenciamento do sistema.

A maior dificuldade na implantação e gerenciamento de um SGA está relacionada a barreiras orçamentárias, pois são necessários alguns investimentos para ajuste da estrutura organizacional, treinamentos, desenvolvimento de programas de conscientização, modernização de equipamentos, instituição de auditorias, etc. Outro problema enfrentado pelas empresas que desejam implantar um SGA é a falta de organização dos órgãos ambientais, pois estes, na maioria das vezes, são incoerentes nas informações e lentos em seus pareceres.

Apesar das dificuldades, o sistema de gestão ambiental tem seus benefícios. A preocupação e responsabilidade com o meio ambiente dentro da organização são mais atrativas para investidores, pois suas ações preventivas evitam risco ao meio ambiente e dados a saúde das pessoas, diminuindo a possibilidade de correr passivos ambientais que atrapalhem resultados financeiros. Do mesmo modo, ocorre melhorias no ambiente de trabalho, refletindo positivamente na qualidade de vida dos colaboradores.

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2.2 CERTIFICAÇAO AMBIENTAL

A certificação ambiental é resultado da verificação da eficácia do sistema de gestão ambiental implementado por uma empresa. Por meio de auditorias ambientais é feita a avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva do funcionamento da organização do sistema de gestão e dos processos de proteção do meio ambiente. Por meio do resultado da auditoria ambiental concede-se, mantém-se ou cancela-se o certificado ambiental de uma empresa (GODOY e BIAZIN 2000, apud VIDIGAL, S.D).

A certificação é obtida após a auditoria realizada por agências credenciadas no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Esse órgão foi criado em 1973 e sua missão é prover confiança à sociedade brasileira nas medições e nos produtos, através da metrologia e da avaliação da conformidade, promovendo a harmonização das relações de consumo, a inovação e a competitividade do País. O Inmetro possui em seu castro entidades certificadoras em atividades, as quais estão competentes a promover a emissão de certificados para empresas que estejam de acordo com a norma NBR ISO 14.001/2015.

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2015), no caso de certificação em gestão ambiental com a NBR ISO 14.00/2015, a empresa tem vantagens como: maior eficiência no consumo de energia, minimização do impacto ambiental da atividade produtiva, redução da exposição dos empregados e da comunidade ao impacto ambiental, redução de riscos de acidentes ambientais; redução do risco de penalizações do Poder Público por seguir a legislação ambiental, melhoria da organização interna e aumento da motivação e envolvimento dos colaboradores.

2.3 SETOR METALURGICO E AS PREOCUPAÇOES AMBIENTAIS

O setor metalúrgico do Brasil ganhou destaque a partir da década de 1950, com o processo de industrialização do país. Com o estabelecimento de uma base sólida no Brasil, atualmente o setor metalúrgico constitui um papel importante na economia do país, segundo Fraisoli et. al. (2017).

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Segundo a Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, em seu anexo VIII, a Indústria Metalúrgica apresenta um alto grau de poluição e alto grau de utilização de recursos naturais, ou seja, os processos produtivos das indústrias metalúrgicas apresentam uma série de riscos e impactos ambientais.

Um dos impactos gerados nos processos metalúrgicos é a poluição do ar. Sabe-se que a intensificação das atividades industriais, contribuiu fortemente com o processo de degradação do meio ambiente, sendo o setor metalúrgico um dos grandes responsáveis pelos impactos ocasionados. De acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) n° 3 de 28 de junho de 1990, no parágrafo único do Art.1º, poluente atmosférico é:

qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público; danoso aos materiais, à fauna e flora.

Devido o descarte incorreto dos resíduos sólidos, outro impacto que ocorre nesse setor é a contaminação dos solos, principalmente por resíduos metálicos originados dos processos produtivos. Tais resíduos podem conter metais tóxicos, sendo que os principais provenientes deste setor, segundo Kraemer (2005, apud FRAISOLI et. al. 2017), são o arsênio, chumbo, cromo, níquel, cádmio, manganês, ferro, zinco e cobre. Os metais tóxicos podem contaminar o solo e o lençol freático e são nocivos à saúde das plantas, dos animais.

Um dos impactos mais comuns gerados pelas atividades industriais é a emissão de ruídos. Esse impacto pode causar agravos para a saúde dos animais e dos seres humanos causando danos físicos, mentais e sociais.

Segundo Tucci (2008 apud FRAISOLI et. al. 2017), a poluição da água também é um impacto gerado nos processos indústrias. Esta decorre da adição de substâncias ou de formas de energia que, diretamente ou indiretamente, alteram as características físicas e químicas do corpo d’água de uma maneira tal que prejudique a utilização das suas águas para usos benéficos.

Os processos de produção das metalúrgicas geram impactos no ar, solo e água. Além de causar danos ao meio ambiente podem gerar impacto na saúde das pessoas isso afirma a importância de um sistema de gestão ambiental dentro das organizações como meio de minimizar esses impactos.

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2.4 A NORMA NBR ISO 10.001/2015

As normas ISO foram desenvolvidas pela Organização Internacional de Padronização (ISO) com a finalidade de melhorar a qualidade de produtos e serviços. A ISO é uma das maiores organizações que desenvolvem normas do mundo. Essa normatização está baseada em um documento que deve seguir como modelo. No Brasil estas normas são traduzidas e adaptadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim quando uma norma da ISO está em vigor no Brasil ela recebe o nome de norma brasileira (NBR).

A série NBR ISO 14000 é formada por um conjunto de normas que estabelecem diretrizes para garantir que uma determinada empresa pratique a gestão ambiental. O conjunto NBR ISO 14000 é constituído das seguintes normas:

• NBR ISO 14001: Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Especificação com orientação para uso;

• NBR ISO 14004: SGA- Diretrizes gerais sobre os princípios, sistemas e técnicas de apoio;

• NBR ISO 14005: Diretrizes para a implementação da gestão ambiental; • NBR ISO 14020: são normas sobre Rotulagem Ambiental, estabelecendo orientações para a expressão das características ambientais dos produtos das empresas, de forma que os rótulos ressaltem as características ambientais do produto;

• ISO 14040: são normas sobre a Análise do Ciclo de Vida, estabelecendo as interações entre as atividades produtivas e o meio ambiente. Analisa o impacto causado pelos produtos, processos e serviços relacionados desde a extração dos recursos naturais até a disposição final.

A norma que estabelece os requisitos específicos para a elaboração de um Sistema de Gestão Ambiental é a NBR ISO 14.001/2015. O objetivo desta norma é prover as organizações uma estrutura para a proteção do meio ambiente e possibilitar uma resposta às mudanças das condições ambientais em equilíbrio com as necessidades socioeconômicas. Esta Norma especifica os requisitos que permitem que uma organização alcance os resultados pretendidos e definidos para seu sistema de gestão ambiental (ABNT, 2015, p.VIII).

De acordo com Piva et al. (2007 apud PEREIRA et al 2013. p.76), a NBR ISO 14.001/2015 surgiu com o objetivo de criar um padrão para os vários aspectos

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relacionados com os sistemas e métodos de gestão ambiental. Essa norma define os requisitos para a implementação de um sistema de gestão ambiental, com os quais a empresa tem que estar de acordo para obter a certificação.

2.4.1 Requisitos da NBR 14001

Na última revisão, versão de 2015, a NBR ISO 14.001/2015 foi reestruturada em 10 itens, que são: escopo (1); referências normativas (2); termos e definições (3); contexto da organização (4); liderança (5); planejamento (6); apoio (7); operação (8); avaliação do desempenho (9); e melhoria (10). (ABNT, 2015).

Os três primeiros itens não trazem requisitos. Sendo assim, os requisitos estão contidos a partir do quarto item.

2.4.1.1 Contexto da Organização (4)

Neste requisito, a norma determina que para a implantação de um SGA é necessário que a organização deve ter ciência de quais são as questões internas e externas que interferem na sua capacidade de alcançar os resultados pretendidos na gestão ambiental. Ou seja, o entendimento e delimitação de todos os aspectos ambientais que possam afetar a organização.

Estabelece como finalidade, também, a necessidade de se determinar quais são as partes interessadas, as expectativas e as necessidades destas partes, bem como os requisitos legais e outros requisitos que devam ser considerados nos processos tanto da implantação, como da manutenção e melhoraria do SGA.

Outro aspecto importante que este requisito estabelece é a determinação do escopo do SGA pretendido, ou seja, o estabelecimento dos limites e aplicação do SGA.

2.4.1.2 Liderança (5)

Nesse requisito, a norma determina o comprometimento que a organização deve ter com ao sistema de gestão ambiental. Para alcançar esse objetivo, deve-se seguir alguns itens de acordo com a norma, que são: assegurar

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que o SGA está alcançando os resultados, orientar as pessoas envolvidas, promover melhoria continua, entre outros.

Outro item importante é o 5.2 que fala sobre Política Ambiental. É necessário que a organização crie sua própria política ambiental de acordo com o contexto da organização, impactos gerados, produtos e serviços. Essa política deve ser documentada e deve ficar disponível para as partes interessadas.

Para Tibor e Feldman (1996), a definição de uma política é a base de um sistema de gestão ambiental. Todo o sistema é guiado por esse documento que representa o comprometimento da alta direção da organização. A política ambiental dá o sentido geral da direção e comprometimento da organização com relação ao meio ambiente e fornece um contexto de trabalho para fixação de metas e objetivos. 2.4.1.3 Planejamento (6)

O planejamento é um requisito da norma que determina diretrizes para criar ações para acercar-se dos riscos e propriedade para atender os requisitos de operação e melhorias previstos na norma.

Para o Cagnin (2000), o planejamento ambiental visa ter uma organização a identificar os aspectos ambientais significativos a serem priorizados pelo seu SGA, considerando o custo e o tempo necessário para análise e a disponibilidade de dados confiáveis.

Santos (2004, p. 24) enfatiza que:

O planejamento é um processo contínuo que envolve a coleta, organização e analises sistematizadas das informações, por meio de procedimentos e métodos, para chegar a decisões ou a escolhas acerca das melhores alternativas para o aproveitamento dos recursos disponíveis.

No contexto atual, o planejamento ambiental assume o papel estratégico de garantir a preservação e conservação dos recursos naturais e, consequentemente, garantir a sobrevivência da civilização (FRANCO, 2001).

2.4.1.4 Apoio (7)

Neste requisito da norma determina-se a melhoria do sistema de gestão ambiental visando o aumento de desempenho, isso se dá através da disponibilidade de recursos, ou seja, se dentro de uma organização haver ajuda de recursos

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financeiros, humanos, de infraestrutura e tecnológicos o resultado final terá uma eficiência melhor.

Um aspecto importante citado na norma é a conscientização de todos os envolvidos. É de extrema importância, pois assim cada um saberá seu papel dentro do SGA e como atuar nas situações de emergência tendo em vista o alcançar os objetivos propostos. Devido a isso no item 7.4 aborda sobre a comunicação e sua importância.

A comunicação tem como papel informar todos os membros tanto internos quanto externos da organização. Na NBR ISO 14.00/2015 relata que para que haja uma boa comunicação é necessário que a comunicação seja transparente, apropriada para que todos os níveis da organização entendam, seja confiável, e compreensível.

Um aspecto importante apontado na norma é sobre as reclamações. É de extrema importância fazer análises dos pontos negativos com intuito de detectar oportunidades de melhoria para o SGA.

2.4.1.5 Operação (8)

Esse requisito da norma menciona que para operar de forma eficaz, é necessário que ocorra planejamento e controle operacional. O controle operacional é fundamental, pois é nessa etapa que é possível observar falhas e possíveis melhorais.

A organização de acordo com a natureza das operações, os aspectos ambientais e dos requisitos legais vai determinar o tipo e a extensão do controle operacional.

Dentro desse requisito da norma também aborda sobre a preparação e a reposta de emergência, e salienta que é responsabilidade de cada organização estar preparada e responder a situações de emergência de maneira apropriada a sua necessidade especifica.

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2.4.1.6 Avaliação de desempenho (9)

Esse requisito da norma determina diretrizes para a avaliação do desempenho de um sistema de gestão ambiental. Essa avaliação deve ser feita através de monitoramentos, medições, analises e avaliações no SGA.

Para que essa avaliação seja feita de modo correto, é necessário que a organização leve em consideração seus aspectos ambientais significativos, seus requisitos legais e outros requisitos e seus controles operacionais.

2.4.1.7 Melhoria (10)

Uma característica do sistema de gestão ambiental é sempre buscar melhorias dentro dos processos visando alcançar melhorias ambientais e consequentemente financeiras.

Esse requisito da norma determina itens para implementar ações necessárias que buscam alcançar resultados pré estabelecidos e que visam o melhoramento continuo para conseguir um sistema de gestão ambiental eficiente. 2.5 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser definido como um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o meio ambiente (NASCIMENTO, 2008 apud CONCEIÇÃO el. al. p.3). Um sistema de gestão ambiental apoia as organizações no controle e a redução contínua de seus impactos ambientais (ROWLAND-JONES, PRYDE, CRESSER, 2005 apud PINHEIRO et. al. 2010, p.52) e consiste basicamente de políticas, processos e protocolos de auditoria para operações que geram desperdício de materiais ou emissões de poluentes (MATTHEWS, 2003 apud PINHEIRO et. al. 2010, p.52).

Sistema de gestão ambiental de acordo com o Sebrae (2008, p.44):

É uma serie planejada e coordenada de ações administrativas, procedimentos operacionais, documentação e arquivamento, implementada por uma estrutura organizacional especial, com responsabilidades, justificativas e recursos definidos e centrados na prevenção dos impactos ambientais adversos, assim como na promoção de ações e atividades que preservem e/ou intensifiquem a qualidade ambiental.

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Para alcançar as melhorias dentro de uma organização, o sistema de gestão ambiental deve possuir elementos que ajudam no processo desde da implementação do SGA até o controle e monitoramento de todo o processo. O Quadro 1 mostra esses elementos.

Quadro 1 - Elemento de um Sistema de Gestão Ambiental – SGA.

Planejamento Organização Implementação Controle Política e

procedimentos; Organização da gestão; Gerenciamento dos comportamentos; Gestão do sistema de informação; Acompanhamento de regulamentação e da sua influência sobre os departamentos da empresa; Estrutura

organizacional; Avaliação e gestão de risco; Mensuração dos resultados;

Processos de planejamento: -Objetivos e metas; -Alocação dos recursos Delineamento de

papéis; Revisão de projetos e programas ambientais; Diagnóstico dos problemas; - Níveis de autoridades e responsabilidades; Programas ambientais específicos; Auditoria ambiental;

- - Motivação e delegação; Ações corretivas

Fonte: Barbieri, 2016 p. 139.

A implantação do sistema de gestão ambiental proposto pela norma ISO 14001 fundamenta-se no ciclo ’Plan-Do-Check-Act’’ (PDCA). Esse método foi criado por Walter A. Shewart em 1930. Inicialmente foi usado para gestão de qualidade e consecutivamente utilizado para gestão ambiental, tornando-se uma espécie de modelo padrão de gestão para implementar melhoria de modo sistemático e continuo. (BARBIERI; CAJAZEIRA, 2004 apud MELO, 2009).

O termo PDCA em inglês ‘’Plan-Do-Check-Act’’ significa:

• Plan (planejar): estabelecer os objetivos ambientais e os processos necessários para entregar resultados de acordo com a política ambiental da organização;

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• Do (fazer): implementar os processos conforme planejado;

• Check (checar): monitorar e medir os processos em relação á política ambiental, incluindo seus compromissos, objetivos ambientais e critérios operacionais e reportar os resultados;

• Act (agir): tomar ações para melhoria continua.

A Figura 1 apresenta uma representação do Ciclo PDCA como preconiza a NBR ISO 14.001/2015.

Figura 1: Representação do PDCA segundo a NBR ISO 14.001/2015.

Fonte: ABNT, 2015.

Essa metodologia pode ser aplicada a qualquer tipo de processo tendo como finalidade a melhoria continua do desempenho ambiental.

(27)

3 MATERIAIS E METODOS

O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma proposta de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com base na NBR ISO 14.001/2015 ao ramo da metalurgia.

A empresa de estudo foi a Xexeumar Metalúrgica Náutica, uma empresa do ramo de metalúrgica, localizado no município de Palhoça – SC.

A Xexeumar Metalúrgica Náutica é uma empresa especializada há mais de 40 anos no setor náutico. Tem um portfólio com mais de 1000 produtos e usa como principal matéria-prima o aço inoxidável. A empresa conta com 11 colaboradores, sendo este gerente, vendedor, polidores, soldadores e serviços gerais.

O trabalho foi baseado principalmente na NBR ISO 14.001/2015, porém outras fontes também foram utilizadas. O Trabalho foi dividido em três etapas: caracterização das atividades, levantamento dos aspectos e impactos ambientais e plano de ação. Todas as etapas serão descritas a seguir.

3.1 CARACTERIZAÇAO DAS ATIVIDADES

Para a elaboração do SGA, foi necessário avaliar todas as atividades e processos realizados pela empresa. Essa avaliação foi feita ‘in loco’ nos espaços físicos da empresa, acompanhado do responsável de cada setor.

Para cada setor foi levantado os aspectos e impactos ambientais e após esse levantamento, foram realizadas as avaliações de acordo com as ferramentas estabelecidas.

3.2 LEVANTAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Para o levantamento dos aspectos e impactos ambientais, foi utilizada a ferramenta Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA), descrita por Andrade e Turrioni (2000, apud SGARBI et. al. 2013).

A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha, conhecida como FMEA (do inglês Failure Mode and Effect Analysis), é uma ferramenta que busca, em princípio, evitar, por meio da análise das falhas potenciais e propostas de ações

(28)

de melhoria, que ocorram falhas no projeto do produto ou do processo (TOLEDO, S.D). Ou seja, é “um método direcionado para quantificação dos efeitos das possíveis falhas, permitindo à empresa estabelecer prioridades para agir” (SGARBI et. al. 2013).

O modelo para aplicação do método FMEA para o gerenciamento ambiental foi apresentado em 12 etapas por Andrade e Turrioni (2000, apud SGARBI et. al. 2013). Segue elas:

1) Definição da equipe responsável;

2) Definição dos itens de Gestão Ambiental que serão considerados; 3) Preparação prévia para coleta de dados;

4) Pré-filtragem dos aspectos ambientais considerados; 5) Identificação do processo/função a ser analisado; 6) Identificação dos aspectos e impactos ambientais; 7) Identificação de causas e falhas;

8) Identificação dos controles atuais de detecção das falhas ou causas;

9) Determinação dos índices de criticidade;

10) Análise dos riscos ambientais e planos de ações; 11) Revisão do plano de ação;

12) Revisão do FMEA sempre que necessário

A FMEA é uma metodologia utilizada para diminuir erros nos processos produtivos buscando qualidade no procedimento e por conta disso a redução de custos. Para aplicar esse método em um sistema de gestão ambiental, é necessário utilizar a ferramenta LAIA. Essa ferramenta é dada por uma planilha para obter o controle dos aspectos e impactos ambientais. Essa planilha é obtida por meio de índices de criticidade (item 9). Esses índices são usados para avaliar os riscos ambientais, esses são: Gravidade de impacto (G), Ocorrência da causa (O), Grau de detecção (D) e Ação recomendada (F). Os índices de criticidade utilizados na metodologia LAIA estão descritos no Quadro 2.

(29)

Quadro 2 - Índices de Criticidade da ferramenta LAIA.

Índices de Criticidade Conceito

Gravidade de Risco (G) Relaciona-se a significância do impacto ao ambiente considerando o atendimento a requisitos legais e normativos e a saúde das pessoas envolvidas.

Ocorrência da Causa (O) Mensura a frequência com que a falha potencial se torna um impacto ao meio.

Grau de Detecção (D) Avalia a forma com que se detecta e se soluciona uma falha ao se tornar um impacto. Facilidade de Implementação da

Ação Recomendada (F) Determina o quão fácil é aplicar uma ação recomendada em relação ao seu custo, ao tempo utilizado e ao número de pessoas envolvidas.

Fonte: Sgarbi et. al. (2013).

A ferramenta LAIA foi estabelecida buscando aplicar os índices de criticidade (G), (O), (D) e (F), através da atribuição de valores, em uma escala de 1 a 10, para esses índices. Assim consegue-se identificar os riscos ambientais e a partir disso, pode-se prever ações para minimizar esses riscos. Para cada um destes índices, descreve-se a seguir como classificá-los de acordo com a escala mencionada.

Atribuição do valor do índice de Gravidade do Impacto (G)

Este índice trata da gravidade de um impacto ambiental, conforme a lógica da FMEA, tanto ao meio ambiente como a saúde das pessoas. É estimado em uma escada de 1 a 10 conforme o Quadro 3.

Quadro 3 - Diretrizes para classificar a Gravidade do Impacto (G).

Categoria Descrição

1 Dificilmente será perceptível.

2 Muito baixa para ocasionar algum impacto significativo.

3 Baixa, mas poderá ocasionar impacto ao ambiente em longo prazo. 4 Não conformidade com a Política de Gestão Ambiental.

5 Não conformidade com requisitos legais e normativos. Potencial de prejuízo baixo ao ambiente.

(30)

Categoria Descrição

6 Não conformidade com requisitos legais e normativos. Potencial de prejuízo moderado ao ambiente.

7 Prejuízo somente à saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa.

8 Significativo prejuízo à saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa, com baixo impacto ambiental.

9 Alto prejuízo à saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa, com moderado impacto ambiental.

10 Alto risco ao ambiente e à saúde das pessoas nos arredores da unidade.

Fonte: Adaptado de Samuel et. al. (2010, apud SGARBI, 2013).

Atribuição do valor da Ocorrência da causa (O)

Esse item analisa a frequência de ocorrência de um impacto. Esta frequência esta correlacionada com uma escala de 1 a 10, conforme o Quadro 4. Quadro 4 - Diretrizes para classificar o valor da ocorrência da causa (O).

Categoria Descrição

1 Improvável Não foi observada ocorrência em período maior que o de referência.

2 Remota Ocorreu uma vez no período, mas é improvável uma nova ocorrência.

3 Muito baixo Ocorreu uma vez no período, e pode ocorrer novamente.

4 Baixo Ocorreram duas vezes no período de observação. 5 Médio baixo Ocorreram três vezes no período de observação 6 Médio Ocorreram quatro vezes no período de observação 7 Médio alto Ocorreram cinco vezes no período de observação 8 Alto Ocorreram várias vezes no período de observação. 9 Muito alto Grande possibilidade de ocorrer cada vez que executa a

tarefa.

10 Sempre Ocorre sempre que executa a tarefa.

Fonte: Adaptado de Samuel et. Al. (2010, aput SGARBI, 2013).

Atribuição do Valor do Índice do Grau de Detecção (D)

O grau de detecção é a relação entre a detecção e a solução de uma ocorrência. Esse item também está em uma escala de 1 a 10, conforme Quadro 5.

(31)

Quadro 5 -Diretrizes para classificar o valor da ocorrência da causa (O).

Categoria Descrição

1 Detecção rápida e solução rápida.

2 Detecção rápida e solução a médio prazo. 3 Detecção a médio prazo e solução rápida. 4 Detecção rápida e solução a longo prazo.

5 Detecção a médio prazo e solução a médio prazo. 6 Detecção a longo prazo e solução rápida.

7 Detecção a médio prazo e solução a longo prazo. 8 Detecção a longo prazo e solução a médio prazo. 9 Detecção a longo prazo e solução a longo prazo. 10 Sem detecção e/ou sem solução (Sem controle).

Fonte: Adaptado de Samuel et. al.(2010, apud SGARBI, 2013)

Atribuição do valor do Índice de Facilidade de Implantação da Ação Recomendada

Esse índice relaciona os fatores custos, número de pessoas envolvidas e tempo gasto para a aplicação do plano de ação, em uma escala de 1 a 10, e busca determinar o grau de facilidade de implantação da ação a ser recomendada.

Quadro 6 - Diretrizes para classificar a Facilidade de Implantação da Ação Recomendada (F).

Categoria Custo N. de pessoas Tempo

1 Não existe tecnologia ou custo da mesma inviável.

2 Alto Todas Alto

3 Alto Apenas envolvidas na tarefa Alto

4 Alto Todas Baixo

5 Alto Apenas envolvidas na tarefa Baixo

6 Baixo Todas Alto

7 Baixo Apenas envolvidas na tarefa Baixo

8 Baixo Todas Baixo

9 Baixo Apenas envolvidas na tarefa Baixo

10 Mínimo custo ou custo de benefícios de retorno imediato.

(32)

3.2.1 Índice de Risco Ambiental – IRA

A partir da determinação dos índices de criticidade, é possível se definir o Índice de Risco Ambiental (IRA). Esse índice é o resultado da multiplicação dos valores estimados para cada um dos quatro itens anteriores.

A escala de relevância de cada aspecto/impacto analisado varia entre 1 a 10000. Através dessa escala, é possível decidir quais são os processos que apresentam um maior potencial de risco ambiental da organização, apontando aos gestores quais são as ações prioritárias do LAIA.

3.2.2 Plano de ação

Após o levantamento os impactos ambientais dentro da organização através da ferramenta LAIA, é necessário criar um plano de ação como forma de minimizar esses impactos.

Para esse trabalho, foi utilizado a ferramenta 5W2H, ou seja, cincos ‘’Ws’’ (Who, What, When, Where e Why – Quem, O que, Quando, Onde e Por que) e os dois ‘’Hs’’ (How, How much/many – Como, Quanto custa). Este método busca fazer perguntas e alcançar respostas sobre um processo ou problema (TAGUE, 2005 apud SGARBI et. al. 2013). A etapas para a aplicação do método estão descritas no Quadro 7.

Polacinski (2012 apud SILVA et. at. 2013), diz que o 5W2H é a ferramenta consiste em um plano de ação para as atividades pré-estabelecidas que precisem ser desenvolvidas com a maior perceptibilidade possível.

Quadro 7 - Etapas para aplicação do 5W2H. Método dos 5W2H

What O que? Que ação será

executada?

Who Quem? Quem irá participar/

executar a ação?

Where Onde? Onde será executada a

ação?

When Quando? Quando a ação será

executada?

Why Por que? Por que a ação será

(33)

Método dos 5W2H

How Como? Como será executada a

ação?

How much Quanto custa? Quanto custa para

executar a ação?

Fonte: Meira (2013, apud SILVA el. al. 2013).

3.3 METODOLOGIA APLICADA NA METALÚRGICA XEXEUMAR

Para desenvolver o Sistema de Gestão Ambiental dentro da metalúrgica foram utilizados os métodos descritos nos itens acima.

Primeiro foi avaliado os aspectos e impactos ambientais de cada setor da empresa. Nessa etapa, foi necessário a presença dos responsáveis de cada setor para apresentação dos processos de produção.

Após a avaliação dos aspectos, foi preenchida uma planilha através da ferramenta LAIA, essa etapa teve como função, identificar os aspectos e impactos ambientais por setor e quantificar através do método FMEA, descrito no item 3.2. Para essa etapa foi utilizado o Quadro 8.

Quadro 8 - Levantamento dos Aspectos e Impactos Ambientais.

Fonte: Adaptado de UFRGS, 2016

Após serem levantados e ponderados todos os aspectos/impactos ambientais estabeleceu-se um plano de ação para obter o melhor resultado e a minimização dos impactos. Para essa fase foi utilizado o método 5W2H descrito no item x. Para o uso dessa metodologia foi utilizado o Quadro 9.

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: Setor: ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA

(34)

Quadro 9 - Levantamento de Programas e Ações. SETOR CAUSA

POTENCIAL

IRA MEDIDA PROCEDIMENTO RESPONSAVEL PRAZO LOCAL RAZÃO ORÇAMENTO (O que?)

(Como?) (Quem?) (Quando) (Onde?) (Por que?) (Quando?)

(35)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para se definir o Sistema de Gestão Ambiental da Metalúrgica Xexeumar foram realiza das visitas in loco ao empreendimento. Essas visitas ocorrem no mês de maio de 2017.

Os resultados obtidos foram através do levantamento de aspectos ambientais de cada setor. Esses resultados foram analisados e em seguida foram criados programas e ações necessárias.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

O levantamento das causas potenciais geradoras de impactos ambientais foi realizado em cada setor da empresa, que são: escritório, almoxarifado,expedição, cozinha, lavação, polimento, solda e usinagem/corte.

4.1.1 Escritório

No setor escritório, foi encontrado apenas uma atividade existente possível causadora de impacto ambiental, como mostra o Quadro 10.

As atividades elaboradas nesse setor demandam uma quantidade de impressão significativa onde acabam gerando resíduos sólidos. Esses resíduos não passam por nenhum tipo de separação, ou seja, não são descartados de forma correta.

Quadro 10 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais do escritório da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017.

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: 28/08/17 Setor: Escritório ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA

(36)

Fonte: elaborado pela Autora, 2017. .

O índice de risco ambiental (IRA) encontrado para esse setor foi de 162. A atividade executada nesse setor não possui um IRA alto, pois a gravidade do impacto (G) apresenta categoria 2, ou seja, muito baixa para ocasionar algum tipo de impacto significativo, apesar de que sempre que a tarefa é efetuada ocorre a causa do possível impacto.

O item que fornece diretrizes para classificar a facilidade de implantação da ação recomendada para esse setor obteve índice 9, ou seja, tempo e custo baixos.

4.1.2 Almoxarifado

No setor almoxarifado foi encontrado apenas uma atividade possível de causar impacto ambiental, como mostra o Quadro 11.

O almoxarifado é o setor que recebe as mercadorias e gera resíduos sólidos, ou seja, esses são gerados por conta das embalagens. Assim como em outros setores, os resíduos não passam por nenhum tipo de separação, portanto não tem um destino correto.

Geração de Resíduos Esgotamento de aterros sanitários. 2 Não ocorre a separação entre resíduos secos e úmidos. . 9 Nenhuma 1 Colocar lixeiras diferenciadas para os diferentes resíduos gerados no setor e orientar os colaboradores à separação dos resíduos. 9 162

(37)

Quadro 11 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais do almoxarifado da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017.

Fonte: elaborado pela Autora, 2017.

No setor de almoxarifado, o IRA também apresentou índice de 162, devido as mesmas condições apresentadas para o setor anteriormente descrito, o escritório, ou seja, gravidade de impacto muito baixa, grau de detecção rápido e custo baixo e tempo baixo para a implementação da ação.

4.1.3 Expedição

No setor expedição, da mesma forma que os anteriores somente uma atividade é passível de gerar impacto ambiental, como mostra o Quadro 12.

O que gera resíduos nesse setor são os papeis das impressões. Muitas vezes as impressões são feitas desnecessariamente aumentando a quantidade de resíduos. Esses também não passam por nenhum tipo de separação para um posterior reaproveitamento.

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: 28/08/2017 Setor: Almoxarifado ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA Geração de

Resíduos Esgotamento de aterros sanitários

2 Não ocorre a separação de resíduos secos e úmidos.

9 Nenhuma 1 Implantar lixeiras recicláveis no empreendimento e orientar os colaboradores à separação dos resíduos 9 162

(38)

Quadro 12 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da expedição da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017.

Fonte: elaborado pela Autora, 2017.

Para essa atividade, também, foi encontrado o valor de 162 para o índice de risco ambiental (IRA), devido as mesmas condições apresentadas para os setores anteriormente descritos, o escritório e o almoxarifado.

4.1.4 Cozinha

No setor cozinha, foram identificadas duas atividades de causas potenciais de impacto ambiental, como mostra o Quadro 13.

Esse setor é onde os funcionários fazem suas refeições. Essa atividade gera resíduos sólidos inorgânicos e orgânicos provenientes das embalagens e restos de alimentos.

Para o armazenamento e aquecimento dos alimentos são utilizados eletrodomésticos antigos, geladeira e micro-ondas, que não passam por manutenções fazendo com que o consumo de energia seja maior que o recomendado para uma alta eficiência. Devido a isso essas atividades são de causa potencial de impacto ambiental.

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: 28/08/2017 Setor: Expedição ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA Geração de

Resíduos Esgotamento de aterros sanitários

2 Não ocorre a separação de resíduos recicláveis

9 Nenhuma 1 Implantar lixeiras recicláveis no empreendimento e orientar os colaboradores à separação dos resíduos 9 162

(39)

Quadro 13 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da cozinha da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017.

Fonte: elaborado pela Autora, 2017.

Nesse setor as duas atividades possíveis de impacto encontraram índice 2 para gravidade do impacto (G), isso quer dizer que a gravidade é muito baixa para ocasionar algum impacto significativo. Ambas também apresentaram o mesmo índice para ocorrência de causa (O) e para facilidade de implantação da ação (F), ou seja, nas atividades o item (O) ocorre sempre que executa a tarefa e para o item (G) apresentam custo e tempo de implementação baixo.

Na atividade de consumo de energia, o IRA foi de 320, já que esse possível impacto tem grau de detecção (D) rápido porem a solução ocorre em médio prazo. Para a geração de resíduos o IRA foi de 160 e índice (D) baixo, pois tem grau de detecção baixa e solução rápida.

4.1.5 Lavação

Nesse setor foram encontradas três atividades que podem ocasionar impactos ambientais, de acordo com o Quadro 14.

No processo de lavação ocorre o uso irracional de água o que pode gerar o comprometimento de recursos hídricos. Além disso, esse processo utiliza álcool

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: 28/08/17 Setor: Cozinha ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA Geração de

Resíduos Esgotamento de aterros sanitários 2

Não ocorre a separação de resíduos sólidos e orgânicos 10 Nenhuma 1 Elaborar plano para reaproveitamento de resíduos sólidos e orgânicos 8 160 Consumo de

Energia Comprometimento dos recursos naturais 2

Aparelhos elétricos com eficiência

muito baixa 10 Nenhuma 2

Providenciar a melhoria da eficiência dos equipamentos elétricos. 8 320

(40)

etílico(C2H6O) produto químico de cor incolor, que se encontra no estado físico

liquido, seu ponto de ebulição de 78,4ºC. O escoamento desse produto para rios, lagos, esgotos ou outros corpos receptores, pode criar riscos de fogo ou explosões. (SULATLANTICA, 2013). Para a lavagem de peças, esse produto químico é lançado diretamente na rede de esgoto sem nenhum tipo de tratamento.

Após a lavação, as peças são embaladas com plásticos e caixa de papelão. As sobras desses materiais geram resíduos sólidos os quais não passam por processo de separação.

Esse setor fica localizado dentro da produção e, devido a isso,o funcionário envolvido na atividade fica exposto a riscos físicos e químicos. Os riscos físicos são decorrentes dos ruídos causados pelas máquinas de outros setores e os ricos químicos devido ao uso de produto químico no processo de lavação. Como medida para evitar problemas com a saúde dos funcionários a empresa disponibiliza equipamentos de proteção individual (EPI).

(41)

Quadro 14 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da lavação da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017.

Fonte: elaborado pela Autora, 2017.

No setor lavação foram encontrados os seguintes aspectos ambientais: geração de resíduos, consumo de água e segurança do trabalho.

Para o aspecto de segurança do trabalho foi encontrado um IRA de 480. Esse aspecto apresenta riscos à saúde dos envolvidos, porem a empresa já apresenta medidas de prevenção para minimizar esses riscos.

A geração de resíduos nesse setor apresenta grau de gravidade 2 (dois) – muito baixo para ocasionar algum impacto significativo. Para classificar a facilidade

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: 28/08/17 Setor: Lavação ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA Geração de

Resíduos Esgotamento de aterros sanitários 2

Não ocorre a separação de resíduos recicláveis 9 Nenhuma 1 Implantar lixeiras recicláveis no empreendimento e orientar os colaboradores à separação dos resíduos 8 144 Consumo de

água Esgotamento dos recursos hídricos 3 Uso irracional de água 10 Nenhuma 1 Orientar colaboradores ao uso racional de água, evitando desperdícios. 8 240 3 Lavação com etanol – produto jogado o na rede sem nenhum tipo de tratamento. 10 Nenhuma 4 Processo de destilação para separar água do álcool. 3 1.290 8 Ambiente do trabalho 10 A empresa disponibiliza equipamentos de proteção. 1

Podem ser feitas palestras para enfatizar a importância do uso do EPI. 6 480 Segurança do trabalho Comprometimento da saúde do trabalhador por aspectos físicos (ruído) e químico (uso de álcool)

(42)

de implantação da ação recomendada (F) chegou-se ao índice 8 (oito), ou seja, a ação precisa de pouco tem para ser executada e tem custo baixo. O IRA deste aspecto foi 144.

O setor de lavação é onde se consome mais água, decorrente a isso se tem o maior desperdício. Esse aspecto obteve índice de risco ambiental (IRA) de 240 e como ação recomendada foi proposto orientar os funcionários sobre a importância do uso racional evitando desperdícios.

Outro aspecto levantado foi o uso de etanol no processo de lavação, apesar de ser um produto químico e ser citado nesse trabalho que a destinação desse produto sem nenhum tratamento provoca danos ao meio ambiente, não há nenhuma lei ou norma que de padrões para o lançamento desse efluente e indica os riscos que ele produz ao meio ambiente. Para elaboração desse item foi utilizado um estudo sobre descarte de resíduos no hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde diz:

Álcool deverá ser descartado na rede de esgoto (pia). Na água superficial, após o derramamento de etanol puro, o composto é biodegradado rapidamente, com meia-vida de 0,25 a dia. Estudos experimentais indicam que o etanol provavelmente não se acumula no solo, ar, água superficial e água subterrânea devido a rápida foto-oxidação (ar) e biodegradação (água/solo) (HIRT, 2015).

Apesar do estudo afirmar que o descarte do etanol diretamente na rede de esgoto não cause nenhum impacto ambiental, propõe-se como ação corretiva para uso na metalúrgica a separação da água com etanol por meio de destilação para descarte correto. Em função deste tratamento o IRA teve valor de 1.290, devido ao alto custo da implantação e do tempo para efetuar a ação.

4.1.6 Polimento

No setor polimento foram levantadas quatro atividades de causas potenciais de impactos ambientais, como mostra o Quadro 15.

Segundo o levantamento o consumo de energia é uma causa potencial de impacto ambiental nesse setor. As atividades do polimento utilizam maquinas antigas que não passam por manutenção constante contribuindo para um grande consumo de energia. A falta iluminação natural também construbuí para esse alto consumo, já que a iluminação tem que ser compensada com luz artificial.

(43)

Além disso, esse processo gera resíduos sólidos decorrentes de restos de matéria-prima, que são: pedaços de massa de polir, lixas e panos. Os pedaços de massa são reutilizados e os demais resíduos são separados e entregues a uma empresa terceirizada para destinação correta.

Outro impacto desse setor são os riscos que os funcionários ficam expostos. Esses riscos são físicos e químicos. Os riscos físicos são devido aos ruídos causados pelas maquinas e os riscos químicos devido a poeira da massa de polir. Para evitar problemas com a saúde dos funcionários a empresa disponibiliza EPIs.

(44)

Quadro 15 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais do polimento da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017.

Fonte: elaborado pela Autora, 2017.

Os aspectos ambientais encontrados nesse setor foram: consumo de energia; geração de resíduos e segurança do trabalho. O aspecto consumo de energia teve o maior IRA de 1.260. Isso ocorre devido à gravidade do impacto (G) que teve índice 7 (sete) – prejuízo. Tal prejuízo refere-se somente a saúde das

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: 28/08/17 Setor: Polimento ASPECTO AMBIENTA L IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA Consumo

de Energia Comprometimento dos recursos naturais 7 Falta de iluminação natural 10 Nenhuma 2 Utilização de lâmpadas de maior eficiência em posições estratégicas a fim de diminuir a quantidade e o uso de energia elétrica. 9 1260 9 Maquinas com eficiência energética muito baixa 10 Nenhuma 4 Criar um cronograma para aquisição de maquinas com eficiência 3 1.080 Geração de

Resíduos Esgotamento de aterros sanitários 3

Insumo (massa de polir, lixa e pano) 3 Os resíduos de massa de polir desse são reutilizadas. Os demais resíduos são separados e entregues para uma empresa terceirizada. 9 81 Segurança do trabalho Comprometimento da saúde do trabalhador por aspectos físicos (ruído) e químico (poeira). 8 Ambiente de trabalho 10 A empresa disponibiliza equipamentos de proteção exaustor para limpeza do ar. 1

Podem ser feitas palestras para enfatizar a

importância do uso do EPI

(45)

pessoas diretamente envolvidas com a tarefa, devido à falta de iluminação tanto natural como artificial, causando desconforto no ambiente de trabalho.

Outro aspecto ligado ao consumo de energia é a baixa eficiência das maquinas. Esse aspecto obteve IRA de 1.080, decorrente do índice de facilidade de implantação da ação recomendada (F) que obteve índice 3 (três) – custo e tempo elevados.

O aspecto segurança do trabalho obteve índice 8 (oito) na gravidade do impacto (G),ou seja, tem significativo prejuízo a saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa. Contudo apresentou um baixo impacto ambiental. Isto fez com que essa atividade apresentasse um IRA de 480.

Os resíduos gerados dessa atividade já possuem forma de controle o que fez com que o IRA seja 81.

4.1.7 Solda

Nesse setor foram encontradas duas atividades existentes passíveis de impactos ambientais, de acordo com o Quadro 16.

As atividades desse setor podem comprometer a saúde do trabalhador por aspectos físicos e químicos. Os aspectos físicos encontrados nesse setor são os ruídos produzidos pelas maquinas e a radiação ionizante causadas pelas maquinas de solda. Os aspectos químicos podem causar algum tipo de complicação, devido os fumos metálicos que são emitidos nesse processo. Para evitar problemas com a saúde dos funcionários a empresa disponibiliza EPIs.

As maquinas desse setor também são antigas e não passam por manutenção constante, contribuindo para o aumento de consumo de energia elétrica.

(46)

Quadro 16 - Levantamento de aspectos e impactos ambientais da solda da Xexeumar Metalurgia Náutica, 2017.

Fonte: elaborado pela Autora, 2017.

O consumo de energia gerou um IRA de 960 devido a utilização de maquinas com eficiência energética muito baixa. Como o índice de gravidade do impacto (G) é baixo, poderá ocasionar impacto a longo prazo. Foi recomendada como ação, um cronograma para aquisição de novas maquinas com melhor eficiência, porem essas ação tem custo elevado devido a isso a solução ocorrera a longo prazo.

Para segurança do trabalho o IRA foi de 480 devido ao setor apresentar impactos para a saúde. Decorrente a isso obteve índice 8 (oito) na classificação de gravidade de impacto (G), ou seja, significativo prejuízo a saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa e com baixo impacto ambiental.

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

XEXEUMAR METALURGICA NAUTICA

Data: 28/08/17 Setor: Solda ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL G CAUSA POTENCIAL O FORMA DE CONTROLE D AÇÃO RECOMENDADA F IRA Consumo de Energia Comprometimento dos recursos naturais 8 Maquinas com eficiência energética muito baixa 10 Nenhuma 4 Criar um cronograma para aquisição de maquinas com eficiência 3 960 Segurança do trabalho Comprometimento da saúde do trabalhador por aspectos físicos (ruído e radiação não ionizante) e químico (fumos metálicos). 8 Ambiente de trabalho 10 A empresa disponibiliza equipamentos de proteção individual. 1

Podem ser feitas palestras para enfatizar a

importância do uso do EPI

(47)

4.1.8 Usinagem e Corte

Nesse setor foram encontradas três atividades causadoras de impactos ambientais, representadas no Quadro 17.

Uma delas é a geração de resíduos decorrentes as essas atividades. Nesse setor os resíduos sólidos são provenientes de resto da matéria-prima, como restos de chapas e tubos de aço inox. Esses resíduos sólidos são separados e vendidos para um ferro velho. Além disso, as maquinas desse setor precisam de óleo para funcionamento. Esse óleo é trocado semanalmente e os resquícios de óleo são armazenados e entregues a uma empresa terceirizada para destinação correta.

As atividades desse setor podem comprometer a saúde do trabalhador por aspectos físicos e químicos. Os aspectos físicos encontrados nesse setor são os ruídos produzidos pelas maquinas desse setor e de outros. Os aspectos químicos que podem causar algum tipo de complicação à saúde devido a utilização de óleos para funcionamento dos equipamentos.

Outro possível impacto é o consumo de energia devido as maquinas que são antigas e não passam por manutenção constante fazendo com que o gasto de energia seja elevado.

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