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ACÓRDÃO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL N CLASSE 22 a - PARNAMIRIM - RIO GRANDE DO NORTE.

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Academic year: 2021

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T R I B U N A L S U P E R I O R E L E I T O R A L

A C Ó R D Ã O

A G R A V O R E G I M E N T A L NO R E C U R S O E S P E C I A L E L E I T O R A L N° 27.701 -C L A S S E 22a - PARNAMIRIM - RIO G R A N D E DO N O R T E .

Relator: Ministro C a p u t o B a s t o s . Agravante: Ministério Público Eleitoral.

Agravados:,Rogério Simonetti M a r i n h o e outro. Advogado: Djamiro A c i p r e s t e .

Representação. P r o p a g a n d a eleitoral irregular. Banners. A f i x a ç ã o . C a m i n h ã o . Decisão regional. P r o c e d ê n c i a . R e c u r s o s e s p e c i a i s . Ilícito. Não-configuração. Outdoor. P r e c e d e n t e .

1. N o julgamento d o R e c u r s o E s p e c i a l n° 2 8 . 4 5 0 - q u e v e r s a v a s o b r e p r o p a g a n d a m e d i a n t e pintura e m muro - o Tribunal concluiu q u e a matéria - a o m e n o s no q u e

respeita às eleições de 2 0 0 6 - não h a v i a sido r e g u l a m e n t a d a , razão p e l a qual n ã o p o d e r i a s e r a p l i c a d o o entendimento d a C o n s u l t a h° 1.274, relator Ministro C a r l o s A y r e s Britto, q u e tratou d o t e m a alusivo à p r o p a g a n d a eleitoral m e d i a n t e p l a c a s .

2. E m face d e s s a orientação e c o n f o r m e j á d e c i d i d o pelo Tribunal ( R e c u r s o E s p e c i a l n° 2 7 . 6 9 0 , d e m i n h a relatoria), n ã o , há c o m o e n t e n d e r c o n f i g u r a d a a p r o p a g a n d a eleitoral irregular, m e d i a n t e outdoor, no q u e t a n g e a banners a f i x a d o s e m c a m i n h ã o .

A g r a v o regimental a q u e s e n e g a provimento.

A c o r d a m o s ministros d o Tribunal S u p e r i o r Eleitoral, por u n a n i m i d a d e , e m d e s p r o v e r o a g r a v o r e g i m e n t a l , n o s termos d a s notas

(2)

R E L A T Ó R I O

O S E N H O R M I N I S T R O C A P U T O B A S T O S : . S e n h o r P r e s i d e n t e , o egrégio Tribunal R e g i o n a l Eleitoral d o R i o G r a n d e d o Norte negou provimento a r e c u r s o interposto contra decisão d o juízo auxiliar, q u e juigou procedente representação, por p r o p a g a n d a eleitoral irregular, a j u i z a d a pelo Ministério Público Eleitoral e m f a c e d e E d s o n S i q u e i r a de L i m a (Sargento Siqueira) e Rogério M a r i n h o , r e s p e c t i v a m e n t e , c a n d i d a t o s a o s c a r g o s d e D e p u t a d o E s t a d u a l e F e d e r a l pelo E s t a d o d ò R i o G r a n d e d o Norte.

E i s a e m e n t a d o referido julgado (fl. 101):

RECURSO EM REPRESENTAÇÃO - VEDAÇÃO À PROPAGANDA ELEITORAL MEDIANTE OUTDOORS - CAMINHÃO DECORADO COM PROPAGANDA DE CANDIDATOS CARACTERIZAÇÃO -' IMPROVIMENTO DO RECURSO.

A utilização de veículo de grandes proporções, com farta propaganda eleitoral, viola a proibição contida no art. 39, § 8o, da Lei

n° 9.504/97.

O prévio conhecimento do candidato este caracterizado quando, mesmo após ser notificado para retirar a propaganda considerada ilícita, só toma providências após decisão judicial condenando ao pagament&de multa.

Recurso improvido.

F o r a m o p o s t o s e m b a r g o s d e d e c l a r a ç ã o (fls. • 1 0 5 - 1 0 7 e -109-111), a m b o s rejeitados por acórdão d e fls. 1 1 4 - 1 1 5 .

S e g u i u - s e a interposição d e r e c u r s o s e s p e c i a i s (fls. 118-121 e 123-128), a o s quais d e i provimento, a fim d e reformar o a c ó r d ã o regional e . julgar i m p r o c e d e n t e a representação, tornando insubsistente a multa a p l i c a d a a o s recorrentes (fls. 145-147).

Foi interposto agravo regimental (fls. 150-157), no qual o Ministério Público Eleitoral a l e g a q u e "(...) outdoor viria ê ser qualquer propaganda, seja faixas, cartazes, placas, pinturas em muro e congêneres, veiculada ao.ar livre, com forte apelo visual e amplo poder de comunicação, que ultrapasse o limite de 4m2" (fl. 154).

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D e f e n d e , a s s i m , q u e a p r o p a g a n d a e m veículo particular e q u i p a r a - s e a outdoor, entendimento q u e teria sido a d o t a d o na C o n s u l t a n° 1.274, relator Ministro C a r l o s A y r e s Britto, de 8 . 6 . 2 0 0 6 ; não p o d e n d o , portanto, c o n s i d e r a r - s e q u e n ã o teria havido r e g u l a m e n t a ç ã o a respeito d a matéria.

A c r e s c e n t a q u e o entendimento c o n s i g n a d o n a decisão a g r a v a d a "(...) acarretará estímulo a propaganda eleitoral irregular, ensejando

ofensa à proteção das garantias constitucionais atinentes à legitimidade das eleições e à isonomia entre os candidatos" (fl. 157).

É o relatório. '

V O T O

O S E N H O R M I N I S T R O C A P U T O B A S T O S (relator): S e n h o r P r e s i d e n t e , reafirmo o s f u n d a m e n t o s d a decisão a g r a v a d a (fl: 114):

Na espécie, a Corte de origem entendeu caracterizada a propaganda eleitoral irregular mediante outdoor, consistente em banners afixados em caminhão.

Este Tribunal já analisou hipótese similar ao caso em questão, reconhecendo a impossibilidade de imposição de multa por propaganda eleitoral irregular.

A esse respeito, transcrevo trecho do voto proferido no julgamento do Recurso Especial n° 27.690, de minha relatoria, de 8.5.2008:

(...) no julgamento do Recurso Especial Eleitoral n° 28.450 -que versava sobre propaganda consistente em pintura em muro - o Tribunal voltou a debater a questão atinente à caracterização de outdoor, tendo o eminente Ministro Cezar • ' Peluso defendido quê a definição deveria alcançar todo tipo de

engenho 'que possibilite a transmissão de mensagens políticas do candidato ao eleitor, tais como,, faixas, cartazes e outros materiais do mesmo gênero, porquanto são instrumentos de divulgação congêneres a outdoor.

Não obstante, prevaleceu o entendimento - no que respeita às eleições de 2006 - no sentido de que a matéria não havia sido regulamentada pelo Tribunal, como já decidido no julgamento do Recurso Especial Eleitoral n° 27.447, relator Ministro José Delgado, de 28.8.2007, . razão pela qual não poderia ser aplicado o que assentado na Consulta n° 1.274, relator Ministro

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Carlos Ayres' Britto, em que a Corte analisou apenas a

1 propaganda eleitoral mediante placas.

') Na ocasião, afirmei que, "(...) fixada a orientação quanto à matéria - no que respeita às eleições de 2006 - recomenda-se não haver nova alteração da jurisprudência em relação ao mesmo pleito, o que prestigia, inclusive, o principio da segurança jurídica..

Em face dessa orientação, ,não há como se entender configurado outdoor no que tange a banners fixados em caminhão, conforme ocorreu no caso em análise.

C o m o s e vê, o Tribunal j á firmou e n t e n d i m e n t o ( R e c u r s o E s p e c i a l n° 2 7 . 6 ^ 0 , de m i n h a relatoria, d e 8.5.2008) d e q u e não há c o m o s e e n t e n d e r configurado outdoor no q u e tange a banners a f i x a d o s e m c a m i n h ã o , c o m o o c o r r e u no c a s o e m análise.

C o m e s s a s considerações, n e g o provimento a o agravo regimental.

(5)

E X T R A T O D A A T A

$ •

A g R g R E s p e n° 2 7 . 7 0 1 / R N . Relator: Ministro C a p u t o B a s t o s . A g r a v a n t e : Ministério Público Eleitoral. A g r a v a d o s : Rogério Simonetti M a r i n h o e outro ( A d v o g a d o : Djamiro A c i p r e s t e ) .

Decisão: O T r i b u n a l , por u n a n i m i d a d e , d e s p r o v e u o a g r a v o regimental, nos termos do voto d o relator.

Presidência d o S r . Ministro C a r l o s A y r e s Britto. P r e s e n t e s a S r a . .Ministra Cármen Lúcia, o s S r s . Ministros R i c a r d o L e w a n d o w s k i , F e l i x F i s c h e r , F e r n a n d o G o n ç a l v e s , C a p u t o B a s t o s , M a r c e l o Ribeiro e o Dr. F r a n c i s c o X a v i e r , V i c e - P r o c u r a d o r - G e r a l Eleitoral.

S E S S Ã O D E 10.9.2008.

C E R T I D Ã O D E P U B L I C A Ç Ã O

Certifico a publicação deste Acórdão no Diário da Justiça eletrônico de 7* Í/O I ?<C£?K . Pág. iH .

Eu, Ult1

5r^^^

>

'

Quzwz lavrei a presente certidão.

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