• Nenhum resultado encontrado

Supremo Tribunal Federal

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Supremo Tribunal Federal"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Ementa e Acórdão

26/06/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO AGRAVODE INSTRUMENTO 733.658 PARANÁ

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) :AGUINALDO STEPAINSKI

ADV.(A/S) :SARAH ZAPELINI MARTINS

ADV.(A/S) :REGIANE BINHARA ESTURILIO

AGDO.(A/S) :UNIÃO

ADV.(A/S) :PROCURADORIA-GERALDA FAZENDA NACIONAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL.

PROCESSUAL. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. ENDEREÇO DESATUALIZADO PERANTE A SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. CITAÇÃO POR EDITAL. ALEGADA OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. INEXISTÊNCIA. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA.

A análise da alegação da parte de que teria procedido à regular atualização de seu endereço perante a Secretaria da Receita Federal antes da citação editalícia demanda o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório. (Súmulas 279 e 636 do STF).

A resolução da controvérsia em sentido contrário aos interesses da parte não equivale à negativa de prestação jurisdicional.

Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.

Brasília, 26 de junho de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator

Documento assinado digitalmente

Supremo Tribunal Federal

DJe 13/08/2012

Supremo Tribunal Federal

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8

(2)

Relatório

26/06/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO AGRAVODE INSTRUMENTO 733.658 PARANÁ

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) :AGUINALDO STEPAINSKI

ADV.(A/S) :SARAH ZAPELINI MARTINS

ADV.(A/S) :REGIANE BINHARA ESTURILIO

AGDO.(A/S) :UNIÃO

ADV.(A/S) :PROCURADORIA-GERALDA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão:

“Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que

inadmitiu recurso extraordinário em que se alega violação do art. 5º, II, LIV e LV, da Constituição Federal.

O acórdão impugnado considerou válida a intimação por meio de edital, quando o contribuinte tendo ciência da desatualização de seu endereço na Secretaria da Receita Federal, não efetua qualquer diligência para atualizá-lo.

O agravante alega nulidade do procedimento fiscal, pois a Receita Federal já teria o conhecimento do endereço atualizado, e ainda assim, efetuou a intimação no endereço anterior.

A análise das supostas vulnerações à Constituição implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Ademais, inexiste a alegada afronta ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões

Supremo Tribunal Federal

26/06/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO AGRAVODE INSTRUMENTO 733.658 PARANÁ

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) :AGUINALDO STEPAINSKI

ADV.(A/S) :SARAH ZAPELINI MARTINS

ADV.(A/S) :REGIANE BINHARA ESTURILIO

AGDO.(A/S) :UNIÃO

ADV.(A/S) :PROCURADORIA-GERALDA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão:

“Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que

inadmitiu recurso extraordinário em que se alega violação do art. 5º, II, LIV e LV, da Constituição Federal.

O acórdão impugnado considerou válida a intimação por meio de edital, quando o contribuinte tendo ciência da desatualização de seu endereço na Secretaria da Receita Federal, não efetua qualquer diligência para atualizá-lo.

O agravante alega nulidade do procedimento fiscal, pois a Receita Federal já teria o conhecimento do endereço atualizado, e ainda assim, efetuou a intimação no endereço anterior.

A análise das supostas vulnerações à Constituição implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Ademais, inexiste a alegada afronta ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões

(3)

Relatório

AI 733.658 AGR / PR

Do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.” (fls. 274)

A parte ora agravante, alegando ofensa aos postulados do devido processo legal, sustenta a nulidade de citação por edital em procedimento fiscal, pois ao momento da expedição do ato de comunicação processual o endereço informado à Secretária da Receita Federal já teria sido atualizado.

Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma.

É o relatório.

2

Supremo Tribunal Federal

AI 733.658 AGR / PR

Do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.” (fls. 274)

A parte ora agravante, alegando ofensa aos postulados do devido processo legal, sustenta a nulidade de citação por edital em procedimento fiscal, pois ao momento da expedição do ato de comunicação processual o endereço informado à Secretária da Receita Federal já teria sido atualizado.

Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma.

É o relatório.

2

(4)

Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA

26/06/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO AGRAVODE INSTRUMENTO 733.658 PARANÁ

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante.

Conforme consignei na decisão ora agravada, inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição federal, porquanto o Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Em sentido semelhante, confiram-se os seguintes julgados:

“PRESTAÇÃO JURISDICIONAL E DECISÃO

DESFAVORÁVEL.

Decisão emanada do Poder Judiciário, ainda que insatisfatória, não deixa de configurar-se - embora sujeita ao sistema de controle recursal instituído pelo ordenamento positivo - como resposta do Estado-Juiz à invocação, pela parte interessada, da tutela jurisdicional do Poder Público.

A resolução judicial do conflito, não obstante contrária ao interesse de quem a postula, não se equipara, nem se identifica, para efeito de acesso à via recursal extraordinária, com a ausência de prestação jurisdicional.” (AI 179.378-AgR, rel. min. Celso de

Mello, Segunda Turma, DJ de 29.08.2003)

“Inviável o processamento do extraordinário para debater

matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do artigo 5º da Constituição.

Agravo regimental improvido.” (AI 447.774-AgR, rel. min.

Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 12.09.2003)

“1. Decisão judicial: motivação suficiente: ausência de violação

do artigo 93, IX, da Constituição Federal.

`O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na

Supremo Tribunal Federal

26/06/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO AGRAVODE INSTRUMENTO 733.658 PARANÁ

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante.

Conforme consignei na decisão ora agravada, inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição federal, porquanto o Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Em sentido semelhante, confiram-se os seguintes julgados:

“PRESTAÇÃO JURISDICIONAL E DECISÃO

DESFAVORÁVEL.

Decisão emanada do Poder Judiciário, ainda que insatisfatória, não deixa de configurar-se - embora sujeita ao sistema de controle recursal instituído pelo ordenamento positivo - como resposta do Estado-Juiz à invocação, pela parte interessada, da tutela jurisdicional do Poder Público.

A resolução judicial do conflito, não obstante contrária ao interesse de quem a postula, não se equipara, nem se identifica, para efeito de acesso à via recursal extraordinária, com a ausência de prestação jurisdicional.” (AI 179.378-AgR, rel. min. Celso de

Mello, Segunda Turma, DJ de 29.08.2003)

“Inviável o processamento do extraordinário para debater

matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do artigo 5º da Constituição.

Agravo regimental improvido.” (AI 447.774-AgR, rel. min.

Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 12.09.2003)

“1. Decisão judicial: motivação suficiente: ausência de violação

do artigo 93, IX, da Constituição Federal.

`O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na

(5)

Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA

AI 733.658 AGR / PR

com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional ´ (RE 140.370, Pertence, DJ 21.5.93).

2. Ampla defesa: o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o art. 5º, LV, da Constituição: precedentes.

3. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636.” (AI 590.140-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira

Turma, DJ de 03.08.2007)

Além disso, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma). No mesmo sentido:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA

INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. Apesar dos argumentos do Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República.

2. Agravo Regimental ao qual se nega provimento.” (AI

649.191-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJ de

1º.6.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

2

Supremo Tribunal Federal

AI 733.658 AGR / PR

com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional ´ (RE 140.370, Pertence, DJ 21.5.93).

2. Ampla defesa: o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o art. 5º, LV, da Constituição: precedentes.

3. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636.” (AI 590.140-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira

Turma, DJ de 03.08.2007)

Além disso, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma). No mesmo sentido:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA

INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. Apesar dos argumentos do Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República.

2. Agravo Regimental ao qual se nega provimento.” (AI

649.191-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJ de

1º.6.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

2

(6)

Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA

AI 733.658 AGR / PR

INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre o tema constitucional tido por violado. Incidência dos óbices das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 622.527-AgR, rel. min.

Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 18.5.2007)

Quanto à questão de fundo, o Tribunal de origem entendeu que:

“A declaração de isento do autor, não está preenchida com seus

dados pessoais. Embora esteja assinalado o campo solicito atualização de endereço conforme indicado neste formulário, não há indicação de qualquer endereço, donde não se pode concluir, pelo simples fato de ter sido entregue em agência de correio de Florianópolis, que tenha sido informado endereço naquela cidade. Uma vez que o documento em si, nada indica.

Restou, ainda, a comunicação sobre a regularização do CPF, juntada na fl. 34. Através desta, o autor é informado que a conclusão sobre a regularização do CPF deve ser realizada pela Secretaria da Receita Federal, em uma de suas unidades. A solicitação primeira foi feita em agência de correios, conforme informado no mesmo documento.

A alegação do autor é no sentido de que ao solicitar a regularização de seu CPF informou o endereço de Florianópolis, no qual recebeu, inclusive, a resposta sobre seu pedido (fl. 102). Concluiu, assim, que a Receita estava devidamente informada sobre

Supremo Tribunal Federal

AI 733.658 AGR / PR

INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre o tema constitucional tido por violado. Incidência dos óbices das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 622.527-AgR, rel. min.

Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 18.5.2007)

Quanto à questão de fundo, o Tribunal de origem entendeu que:

“A declaração de isento do autor, não está preenchida com seus

dados pessoais. Embora esteja assinalado o campo solicito atualização de endereço conforme indicado neste formulário, não há indicação de qualquer endereço, donde não se pode concluir, pelo simples fato de ter sido entregue em agência de correio de Florianópolis, que tenha sido informado endereço naquela cidade. Uma vez que o documento em si, nada indica.

Restou, ainda, a comunicação sobre a regularização do CPF, juntada na fl. 34. Através desta, o autor é informado que a conclusão sobre a regularização do CPF deve ser realizada pela Secretaria da Receita Federal, em uma de suas unidades. A solicitação primeira foi feita em agência de correios, conforme informado no mesmo documento.

A alegação do autor é no sentido de que ao solicitar a regularização de seu CPF informou o endereço de Florianópolis, no qual recebeu, inclusive, a resposta sobre seu pedido (fl. 102). Concluiu, assim, que a Receita estava devidamente informada sobre

(7)

Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA

AI 733.658 AGR / PR

seu novo domicílio, motivo pelo qual insurge-se contra a intimação editalícia no procedimento fiscal.

Ocorre que o simples fato de o autor ter informado em sua solicitação de regularização do CPF, endereço em Florianópolis, não é o suficiente para que ocorra alteração cadastral junto à Secretaria da Receita Federal. Assim, o autor presumiu que tendo informado seu novo endereço, em procedimento em relação ao CPF, haveria alteração de seu cadastro.

Cabe ao contribuinte, contudo, manter atualizado seu endereço junto ao Fisco. No presente caso, o autor não se desincumbiu de comprovar que tenha diligenciado neste sentido, motivo pelo qual não verifico razão para anular o procedimento administrativo.” (fls. 176) Conclusão diversa demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, o que é vedado na via estreita do recurso extraordinário, em virtude do disposto nas Súmulas

279 e 636/STF.

Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto.

4

Supremo Tribunal Federal

AI 733.658 AGR / PR

seu novo domicílio, motivo pelo qual insurge-se contra a intimação editalícia no procedimento fiscal.

Ocorre que o simples fato de o autor ter informado em sua solicitação de regularização do CPF, endereço em Florianópolis, não é o suficiente para que ocorra alteração cadastral junto à Secretaria da Receita Federal. Assim, o autor presumiu que tendo informado seu novo endereço, em procedimento em relação ao CPF, haveria alteração de seu cadastro.

Cabe ao contribuinte, contudo, manter atualizado seu endereço junto ao Fisco. No presente caso, o autor não se desincumbiu de comprovar que tenha diligenciado neste sentido, motivo pelo qual não verifico razão para anular o procedimento administrativo.” (fls. 176) Conclusão diversa demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, o que é vedado na via estreita do recurso extraordinário, em virtude do disposto nas Súmulas

279 e 636/STF.

Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto.

4

(8)

Decisão de Julgamento

SEGUNDA TURMA

EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.658

PROCED. : PARANÁ

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : AGUINALDO STEPAINSKI ADV.(A/S) : SARAH ZAPELINI MARTINS ADV.(A/S) : REGIANE BINHARA ESTURILIO AGDO.(A/S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo

regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 26.06.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Joaquim Barbosa.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino.

p/ Fabiane Duarte Secretária

Supremo Tribunal Federal

SEGUNDA TURMA

EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.658

PROCED. : PARANÁ

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : AGUINALDO STEPAINSKI ADV.(A/S) : SARAH ZAPELINI MARTINS ADV.(A/S) : REGIANE BINHARA ESTURILIO AGDO.(A/S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo

regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 26.06.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Joaquim Barbosa.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino.

p/ Fabiane Duarte Secretária

Referências

Documentos relacionados

Sobre o tema da natureza jurídica dessa exação, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de se tratar de tributo da espécie taxa

 3  /  8  Valor Pagamento Histórico Credor Nº Empenho Nº Liquidação Conta Pagamento Nº Ordem Data Nº Pagamento

posudkovú činnos o zdravotnej spôsobilosti obvinených na výkon väzby a odsúdených na výkon trestu odňatia slobody, o zdravotnej spôsobilosti na zaradenie do práce, posudko-

Critério utilizado pela Comissão de bolsas PPGFISA: Classificação no processo seletivo para alunos regulares de 2021. 1.7 Programa de Pós-graduação em

Pradiniai duomenys: stovėjimo vietos numeris, gedimo aprašymas; Vartotojas: eismo kontrolės darbuotojas;. Sistema siunčia informacija i duomenų bazę, bei pašalina duotąją

Assim sendo, não somente pelo texto da Constituição de 1988, como pela alentada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que também já está sendo adotada pelo Egrégio Tribunal

A partir do conceito de jogos de soma não zero, quatro hipóteses são defendidas: h1- Se pesca perto de casa, então é melhor pescar sozinho, pois não terá que administrar o

A Companhia reconhece um ativo financeiro resultante de um contrato de concessão quando tem um direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro equivalente