MÓDULO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA DE
ASSISTENTE DE RECINTO DESPORTIVO (ARD)
ARD 05
Planos de Contingência e de
Emergência, Evacuação de Recintos
Desportivos
ARD05
Planos de contingência e de emergência.
Evacuação de recintos desportivos
Objetivos:
10 horas
Dotar o formando de conhecimentos e procedimentos relacionados com as politicas de segurança a
implementar e respectivos Planos de Contingência e de resposta a emergências, evacuação de Recintos
Desportivos.
Competências a adquirir:
Características dos
Planos de Contingência
e de
Características dos Planos de Contingência e de
Emergência
Localização Geográfica
Existência da planta do local onde está implantado o recinto desportivo
identificando claramente as vias de acesso.
Meios Externos de Apoio e Socorro
Deve estar representada na planta, a localização do recinto desportivo, dos
meios de apoio e de socorro existentes, nomeadamente o Serviço
Municipal/Distrital de Protecção Civil, o os Bombeiros da área, a Esquadra
da PSP ou o Posto da GNR e as Unidades de Saúde mais próximas, EDP.
Cª. Água e Gás e outros serviços úteis .
Existência de lista telefónica distinta de diversos meios que poderão ou não estar no local do
evento e devem ser solicitados em uma caso de emergência:
Número Nacional de Socorro - 112
Serviço Municipal de Protecção Civil - n.º Telefone
Protecção Civil
—
INEM
-PSP - n.º Telefone ou GNR - n.º Telefone
Bombeiros - n.º Telefone
Edifício
O Recinto desportivo poderá ser uma edificação com diversos pisos, com a
seguinte caracterização geral (exemplo):
➢ Parque de Estacionamento, Balneários, Zonas Técnicas, Armazéns e
demais infra-estruturas de armazenamento.
➢ Entradas para as Bancadas, Torniquetes, Corredores de circulação
interna, Vomitórios para as Bancadas, Bares, Instalações Sanitárias,
Primeiros Socorros.
➢ Camarotes,
Tribuna
VIP,
Restaurantes,
Lugares
de
Deficientes,
Snackbares.
Caracterização dos Riscos
Os riscos mais significativos, com probabilidade de ocorrência de acidentes
graves, são os seguintes:
Riscos Tecnológicos
Incêndio, Fugas de gás, Falhas de energia eléctrica, Danos de estruturas,
Quebra de Vidros, Avarias nos elevadores.
Riscos Naturais
Sismos, Chuvas, trovoadas, ventos, Inundações.
Riscos Sociais
Ameaça de bomba, Pacotes suspeitos, Atentados terroristas, Ataques a Entidades,
Controlo do multidões, Saídas precipitadas, Ajuntamento de pessoas nos torniquetes,
Pontos Perigosos
Existe também pontos Perigosos num recinto desportivo e, consideram-se
como Ponto Perigosos os pontos que apresentam riscos potenciais que, por
si só, possam desencadear um sinistro:
✓ Quadros Gerais de Electricidade, Depósitos de combustíveis, Entrada
Geral de água, Deposito de resíduos, Cozinhas, Estacionamentos inferiores.
Pontos Nevrálgicos
Consideram-se como Pontos Nevrálgicos os pontos que apresentam riscos
associados ou que são essenciais do ponto de vista de manutenção das
condições de segurança e cuja a protecção de ser associada como
prioritária:
Cenários de Acidentes
Os acidentes considerados num recinto desportivo são agrupados em três
níveis, em função da situação ou ameaça:
Nível 1
– Situação Anormal
Nível 2
– Situação de Perigo
Nível 3
– Situação de Emergência
Situação Anormal
– Corresponde à existência de um acidente, anomalia ou
suspeita que, por ter dimensões reduzidas ou por estar confinada, não constitui
ameaça para além do local onde se produziu.
Situação de Perigo - Corresponde à existência de um acidente que pode
Situação de Emergência
– Corresponde à existência de acidente grave ou
de características catastróficas descontrolado ou de difícil controlo, que
originou ou pode originar danos pessoais, materiais
ou ambientais,
requerendo
uma
acção
imediata
para
recuperação
do
controlo
e
minimização
das
suas
consequência.
Verifica-se
alteração
ao
funcionamento normal do recinto desportivo.
Missão
A missão do Plano de Emergência, é o de assegurar a direcção e
coordenação das operações segurança e de protecção civil e das medidas
excepcionais de emergência, com vista a reduzir os danos humanos e
materiais, bem como concorrer para a reposição das condições mínimas de
Execução
Conceito de Actuação
O objectivo é, em situação anormal, de perigo e de emergência, é minimizar as eventuais
consequências sobre as pessoas, os bens e o ambiente, através de uma adequada difusão
do alarme e do alerta, de uma 1.ª intervenção rápida para eventual controlo do sinistro, de
um eficiente apoio à evacuação das pessoas das áreas sinistradas ou em risco, e da
preparação das condições de intervenção dos meios de socorro externo.
Antes da emergência
✓ Promover, com a regularidade que for entendida como necessária, reuniões com os
coordenadores das entidades e organismos de apoio, especialmente com os que integram a
✓ Elaborar e divulgar o mapa das medidas a adoptar em situação de
emergência;
✓ Comunicar/informar os espectadores sobre os riscos, as vulnerabilidade
e as medidas de auto-protecção a adoptar (sinalética...)
✓ Preparar e realizar exercícios de treinos e simulacros de forma a conseguir
a sua optimização.
Durante a emergência
Manter a Central de Segurança activa para acompanhamento e gestão da
situação, com a seguinte constituição:
✓ Director de Segurança do recinto desportivo, coordenadores de
segurança, operacionais da segurança (ARD
´s) e ligação às forças de
segurança;
✓ Comandante dos Bombeiros;
✓ Operadores da Central de Segurança;
✓ Operador do Som;
✓ Porta voz para a Comunicação Social.
Os objectivos da Central de Segurança são:
➢ Accionar o plano, procedendo a ajustamentos em conformidade com a
informação disponível;
➢ Promover a avaliação objectiva da situação criada junto dos locais
atingidos;
➢ Promover, nos ritmo apropriados, os avisos, conselhos e medida
auto-protecção aos espectadores;
➢ Manter informada a Direcção do recinto desportivo sobre o desenrolar das
operações de emergência, solicitando o seu apoio ou intervenção sempre
que a situação o obrigue.
Após a emergência
✓ Promover as medidas adequadas ao desenvolvimento de planos gerais
recuperação e reabilitação das estruturas físicas, de modo a restabelecer as
condições normais de vida.
Rotinas de Alarme e Alerta
Perante a ocorrência de um sinistro terão de ser desenvolvidas determinadas acções de actuação,
desde o momento em que é dado o alarme até à decisão tomada na Central de Segurança.
Com o esquema a seguir representado pretende-se uma actuação sequencial da estrutura
operacional.
A Central de Segurança transmite
São activados os meios e as
Ocorrência
Alarme
Informa os ARD´s e
Força Policial
Ocorrência a resolver
localmente
Central de Segurança
avalia a ocorrência
Alerta os meios de
socorro
Ocorrência sujeita à intervenção
do meios de socorro
Logística
Meios Humanos
Assistentes de Recinto Desportivo (ARD`s)
Força e Serviços de Segurança Pública (FSS)
Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNB e ANEPC)
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)
Meios e Recursos Materiais
Central/Sala de Segurança/Controlo, CCTV, Sistema Interno Video, Sistema de
Som; Sistema de Comunicações;
Detecção de Incêndio, Extinção Automática de Incêndio, Portas Corta-Fogo;
Extintores, Bocas de Incêndio, Carreteis.
Sistemas de Iluminação de Emergência, Sistema de Sinalização de Emergência;
Pontos de Encontro
No relvado, no exterior do recinto desportivo
PLANOS DE SEGURANÇA - MEDIDAS DE AUTOPROTECÇÃO
As Condições Gerais de Autoprotecção SCIE estão definidos os
seguintes documentos organizativos fazendo parte das medidas de
autoprotecção:
• Registos de segurança;
• Procedimentos de prevenção;
• Plano de prevenção;
Pontos a
considerar
na atribuição
de Risco
A designação PLANO DE SEGURANÇA divide-se em quatro tipologias de
PLANOS DE SEGURANÇA, a saber:
• PLANO DE SEGURANÇA tipo I – Registos de Segurança +
Procedimentos de Prevenção;
• PLANO DE SEGURANÇA tipo II – Registos de Segurança +
Procedimentos
de
Prevenção
+
Procedimentos
em
caso
de
Emergência;
• PLANO DE SEGURANÇA tipo III – Registos de Segurança + Plano de
Prevenção + Procedimentos em caso de emergência;
• PLANO DE SEGURANÇA tipo IV – Registos de Segurança + Plano
de Prevenção + Plano de Emergência.
Medidas de Prevenção
Entende-se por Medidas de Prevenção os Procedimentos de
Prevenção e o Plano de Prevenção, sendo o que os primeiros
são exigíveis em estruturas de menor categoria de risco e o
Plano de prevenção é obrigatório para infraestruturas /
eventos com categoria de risco mais agravada.
Procedimentos de Prevenção
É conjunto de procedimentos de prevenção a adotar pelos
ocupantes, destinados a garantir a manutenção das condições
de segurança. Devem ser do conhecimento geral de todos os
colaboradores da organização em geral e especialmente da
equipa de segurança.
Dizem sobretudo respeito a:
•
Regras de exploração e de comportamento destinadas a garantir
a manutenção das condições de segurança, nomeadamente no
que
se
refere
à
acessibilidade
de
meios
de
socorro,
desimpedimento de vias de evacuação, vigilância dos espaços
de maior risco, segurança nos trabalhos de maior risco ou de
manutenção, etc.
•
Procedimentos de exploração e de utilização das instalações
técnicas, equipamentos e sistemas de alarme, os quais devem
incluir
as
respetivas
instruções
de
funcionamento,
os
procedimentos de segurança, a descrição dos comandos e de
eventuais alarmes, bem como dos indicadores de avaria que os
caracterizam.
•
Programas
de
manutenção
das
instalações
técnicas,
dispositivos, equipamentos e sistemas existentes.
Os procedimentos de exploração e de utilização referidos são,
em regra, os recomendados pelos respetivos fabricantes e
devem ser fornecidos ao responsável de segurança pelos
responsáveis pela instalação, consoante o caso, aquando da
receção da obra ou da instalação.
No
caso
de
sistemas
de
segurança
relacionados
com
incêndios,
SADI’s configuráveis – por exemplo, sistemas
Híbridos / Endereçáveis
– os procedimentos de exploração
mencionados deverão incluir também a forma como o sistema
está configurado
– por exemplo, a organização do alarme,
respetivas temporizações e matriz de comando.
Os procedimentos de verificação referidos podem ser de vários
tipos,
consoante
a
instalação
técnica,
o
dispositivo,
o
equipamento ou o sistema: os recomendados pelos respetivos
fabricantes, pelas Normas Portuguesas ou harmonizadas, pelas
regras ou recomendações técnicas. Das Normas aplicáveis
destacam-se as seguintes:
•
NP 4413: Segurança contra incêndio. Manutenção de extintores.
•NP EN 671-3: Instalações fixas de combate a incêndio
– Sistemas
armados com mangueiras. Parte 3: Manutenção das
incêndio armadas com mangueiras semi-rígidas e das
bocas-de-incêndio armadas com mangueiras flexíveis.
•
DNP CEN/TS 54-14: Sistemas de deteção e de alarme de
incêndio. Parte 14: Especificações técnicas para planeamento,
projeto,
instalação,
colocação
em
serviço,
exploração
e
manutenção.
•
NP
EN
529:
Aparelhos
de
proteção
respiratória.
Recomendações
para
seleção,
utilização,
precauções
e
manutenção.
Os procedimentos de prevenção têm como
finalidade garantir permanentemente a:
•
Acessibilidade dos meios de socorro aos
espaços da estrutura;
•
Acessibilidade dos veículos de socorro dos
bombeiros aos meios de abastecimento de
água, designadamente hidrantes exteriores
(Colunas seca ou Húmidas);
•
Praticabilidade dos caminhos de evacuação;
•
Eficácia
da
estabilidade
ao
fogo
e
dos
meios
de
compartimentação, isolamento e protecção;
•
Acessibilidade aos meios de alarme e de intervenção em caso de
emergência;
•
Vigilância dos espaços, em especial os de maior risco de
•
Conservação dos espaços em condições de limpeza e
arrumação adequadas;
•
Segurança
na
produção,
na
manipulação
e
no
•
Segurança
em
todos
os
trabalhos
de
manutenção,
recuperação,
beneficiação,
alteração
ou
remodelação
de
sistemas ou das instalações, que impliquem um risco agravado
de incêndio, introduzam limitações em sistemas de segurança
instalados ou que possam afetar a evacuação dos ocupantes.
Segurança em eventos que impliquem risco
agravado de incêndio
É recomendável que as alterações das medidas de autoproteção
para fazer face a eventos a que se refere este ponto sejam
devidamente
planeadas
com
a
antecedência
necessária
à
preparação da resposta adequada a esses possíveis incidentes.
Se
agravarem
o
risco
de
eclosão
de
incêndios,
é
recomendável o reforço das medidas preventivas e o
aumento da vigilância, quer durante a execução, quer nos
períodos de interrupção dos eventos.
Se os trabalhos em questão introduzirem limitações nos
sistemas de segurança, é recomendável que os instaladores
ou as empresas encarregues das ações de instalação e
manutenção
desses
sistemas
sejam
envolvidos
no
planeamento atrás referido e, se necessário, efetuem as
alterações nos sistemas, necessárias a minimizarem o impacto
das limitações previsíveis.
Se
afetarem
a
evacuação
é
recomendável
reforçar
os
procedimentos de prevenção e de emergência nos espaços
afetados para minimizar os efeitos negativos dos trabalhos nas
condições de evacuação.
Plano de Prevenção
Deve conter os seguintes elementos:
•
Caracterização da estrutura (implantação, construção, dimensão
do recinto etc.), data da sua entrada em funcionamento;
•
Organograma de segurança (identificação do responsável de
•
Plantas, à escala de 1:100 ou 1:200 com a representação
inequívoca, recorrendo à simbologia constante das normas
portuguesas, da classificação de risco e efetivo previsto para
cada local, vias horizontais e verticais de evacuação, incluindo
os
eventuais
percursos
em
comunicações
comuns
e
localização de todos os dispositivos e equipamentos ligados à
segurança contra Incêndio
Nota: Pelo facto das plantas serem um dos elementos
constituintes do sistema
de
segurança e apesar
das
estruturas existentes serem obrigados a ter projeto, a
exigência de plano obriga, vinculativamente a ter:
•
Procedimentos de prevenção
•Programa de simulacros
De referir que os planos de prevenção devem ser atualizados
sempre que as modificações ou alterações efetuadas na estrutura
o justifiquem. Estes planos estão sujeitos a verificação durante as
inspeções regulares e extraordinárias, devendo existir, no Ponto
de Segurança, um exemplar do Plano de Prevenção.
Outras Medidas do Plano de Prevenção
Apresenta a organização e procedimentos a implementar por
uma entidade para prevenir a ocorrência de incêndios, manter o
nível de segurança relacionado com as medidas de autoproteção
adotadas e garantir a preparação para saber reagir em situações
de emergência.
Este Plano é atualizado sempre que mudanças realizadas na
estrutura o justifiquem e é passível de ser verificado durante as
inspeções regulares e extraordinárias, devendo estar no posto
de segurança um exemplar. Um Plano de Prevenção tem
também de incluir:
•
Identificação da Utilização Tipo
•Data do início de funcionamento
•
Identificação do Responsável de Segurança
As
Plantas,
à
escala
de
1:100
ou
1:200
representando
claramente, devem usar simbologia de acordo com as normas
portuguesas, os seguintes pontos:
•
Classificação de risco e número de efetivos expectáveis
•
Classificação de risco e número de efetivos expectáveis para
cada local
•
Vias horizontais e verticais de evacuação, não esquecendo
possíveis percursos em comunicações comuns
•
Localização dos equipamentos e dispositivos relacionados com
Também deve conter outros Procedimentos de Prevenção:
✓ Procedimentos de utilização e exploração dos espaços
para que existam as condições adequadas de:
•
Acessibilidades
para
os
veículos
de
bombeiros
se
abastecerem, nomeadamente nos hidrantes exteriores;
•
Acesso aos caminhos de evacuação;
•
Eficácia
da
estabilidade
ao
fogo
e
dos
meios
de
•
Acesso
aos
sistemas
de
alarme
e
de
intervenção
na
eventualidade de emergência;
•
Vigilância dos espaços, principalmente aqueles com maior
risco de incêndio e os que habitualmente estão desocupados;
•
Conservação adequada dos espaços a nível de arrumação e
•
Segurança na manipulação, produção e armazenamento de
substâncias e matérias;
•
Segurança nos serviços de recuperação, manutenção ou
alteração de sistemas ou das instalações, que tenham um
maior risco de incêndio, que limitem sistemas de segurança
instalados ou que afetem a evacuação dos ocupantes.
✓ Procedimentos de utilização e exploração das instalações
técnicas, sistemas e equipamentos devem ter:
•
Instruções de funcionamento;
•
Descrição acerca dos comandos e os possíveis alarmes;
•Procedimentos de segurança;
✓ Procedimentos
de
manutenção
e
conservação
das
instalações técnicas, equipamentos, dispositivos e sistemas
existentes na estruturas baseados em programas com
definição de:
•
Calendários
• Verificação de Instalações técnicas: energia elétrica, sistemas
de aquecimento, evacuação de efluentes de combustão,
ventilação e condicionamento de ar, ascensores, líquidos e
gases combustíveis.
• Verificação de Sistemas e equipamentos de segurança:
iluminação de emergência, sinalização, deteção alarme e
alerta, controlo de fumos, meios de intervenção, sistemas fixos
de extinção de incêndios, sistemas de cortina de água,
controlo de poluição do ar, deteção automática de gás
combustível, drenagem de água, Central
de Segurança,
instalações acessórias.
PROCEDIMENTOS E PLANOS DE EMERGÊNCIA
As medidas de emergência para estruturas ou recintos devem
estabelecer como evacuar os ocupantes em risco, limitar os
danos resultantes dos incidentes mas prevendo o uso inicial de
meios próprios.
Situações de Contingência que podem originar Emergências
As situações de risco e ameaça de incidente que possam afectar as
pessoas parcial ou totalmente, devido a fenómenos naturais ou tecnológicos
próprios da respectiva região geográfica e em Recintos em particular.
Dentro destes fenómenos temos alguns mais emergentes:
✓ Sismos;
✓ Incêndios;
✓ Inundações;
✓ Desmoronamentos e Derrocadas;
No estudo de implementação de medidas de emergência
devem constar:
•
Definição
da
organização
a
seguir
em
caso
de
emergências;
•
Informação sobre as entidades internas e externas a serem
Medidas de emergência
•
1. Procedimentos de alarme a seguir em caso de deteção de
incêndio;
•
2. Procedimentos de alerta;
•
3. Procedimentos de evacuação segura e rápida dos espaços
•
4. Técnicas sobre como usar os meios de primeira
intervenção e outros meios de atuação, no caso de
incêndio, presentes nos espaços da estrutura;
•
5. Modo de atuação na receção e encaminhamento dos
Um plano de emergência é um documento que deverá descrever
todas as possíveis situações de emergência que requerem uma
atuação imediata e organizada de um grupo de pessoas com
formação e informação específica para o efeito.
NATUREZA
DOS
LOCAIS DE
RISCO
MEDIDAS DE EMERGÊNCIA/INTERVENÇÃO
Consoante a categoria de risco do recinto, as Medidas de
Intervenção assumem a forma de Procedimentos de Emergência
ou de Plano de Emergência Interno, pressupondo a realização
prévia de uma análise de risco, de forma a poder organizar as
respostas adequadas aos cenários de emergência previsíveis no
recinto.
O QUE SÃO PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA?
Constituem o conjunto de procedimentos e técnicas de actuação a
adoptar pelos ocupantes em caso de emergência, designadamente:
•
Os procedimentos de alarme a cumprir em caso de detecção ou
percepção de um alarme
•
Os procedimentos de alerta
O QUE SÃO PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA?
• Atribuição de responsabilidades das equipas de segurança
responsáveis pela Evacuação
•
As técnicas de utilização dos meios de primeira intervenção e de
outros meios de actuação em caso de incêndio (no mínimo, dos
extintores portáteis)
•
Os procedimentos de recepção e encaminhamento dos bombeiros
e/ou emergência médica.
O QUE É O PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO PARA INCÊNDIOS?
Tem como objectivo sistematizar a evacuação dos espectadores e limitar
a propagação e as consequências dos incêndios, recorrendo a meios
próprios.
São constituídos por:
a) Definição da Organização a adotar em caso de emergência, que
deve contemplar:
•
Os organogramas hierárquicos e funcionais do Serviço de
Segurança contra Incêndio (SSI), cobrindo as várias fases do
desenvolvimento de uma situação de emergência;
•
A identificação dos Delegados e Agentes de Segurança e
respectivas missões e responsabilidades, a concretizar em
situações de emergência.
c) Plano de Atuação, contemplando a organização das operações a
desencadear pelos Delegados e Agentes de Segurança em caso de
ocorrência de uma situação de emergência, designadamente:
•
O conhecimento prévio dos riscos presentes nos espaços afectos à
utilização-tipo, nomeadamente nos locais de risco C, D e F;
•
Os procedimentos a adoptar em caso de detecção ou percepção de
um alarme de incêndio;
Para definir os procedimentos e a planificação a que se referem as
medidas anteriores é essencial conhecer a forma como está
configurado o sistema automático de detecção.
Ao elaborar o plano de actuação, no caso de estruturas existentes,
poderá ser necessário avaliar as capacidades de configuração do
sistema automático de detecção e adaptá-la às necessidades de
segurança do recinto:
•
A coordenação das operações previstas no plano de evacuação;
•
A activação dos meios de primeira intervenção que sirvam os espaços
da utilização-tipo, apropriados a cada circunstância, incluindo as
técnicas de utilização desses meios;
•
A
execução
da
manobra
dos
dispositivos
de
segurança,
designadamente de corte da alimentação de energia eléctrica e de
combustíveis, de fecho de portas resistentes ao fogo e das
•
A prestação de primeiros socorros (suporte básico de vida);
•
A protecção de locais de risco e de pontos nevrálgicos da
utilização-tipo;
•
O acolhimento, informação, orientação e apoio dos bombeiros;
•
A reposição das condições de segurança após uma situação de
emergência.
d) Plano de Evacuação, o qual deve contemplar as instruções e os
procedimentos, a observar por todos os ocupantes da
Utilização-Tipo, relativos à articulação das operações destinadas a garantir a
evacuação ordenada, total ou parcial, dos espaços considerados em
risco pelo responsável de segurança. O Plano de Evacuação deve
abranger:
•
O encaminhamento rápido e seguro dos ocupantes para o exterior
ou para uma zona segura, mediante referenciação de vias de
evacuação, zonas de refúgio e pontos de encontro;
•
O auxílio a pessoas com capacidades limitadas ou em dificuldade,
de forma a assegurar que ninguém fique bloqueado;
•
A confirmação da evacuação total dos espaços e garantia de que
ninguém a eles regressa.
Deve conter a indicação dos elementos que compõem a
equipa
de
evacuação
e
das
suas
responsabilidades
específicas aquando de uma evacuação.
De referir também que o plano de evacuação assume muitas
especificidades conforme a utilização-tipo neste caso a UT-IX.
e) Anexo com as instruções de segurança
As instruções de segurança são indicações precisas como actuar
perante uma situação de emergência. Podem ser gerais, particulares
(para locais de risco específicos) ou especiais (para os agentes de
segurança).
• De referir ainda que, quando solicitado, devem ser disponibilizadas
cópias das plantas de emergência ao corpo de bombeiros da área.
• Também será de relevar que o plano de emergência interno e os seus
anexos devem ser actualizados sempre que as modificações ou
alterações efectuadas na utilização-tipo o justifiquem e estão sujeitos
a verificação durante as inspecções regulares e extraordinárias.
O plano de emergência visa:
- Circunscrever os sinistros e limitar os seus danos
- Sistematizar a evacuação enquadrada dos ocupantes
- Facilitar a intervenção das autoridades (polícias, bombeiros e emergência médica)
Principais disposições constantes do Regulamento
Técnico de SCIE (Portaria nº 1532/2008)
A principal medida a ser adotada em situação de emergência é a evacuação total ou
parcial do local, com a adoção de um plano de evacuação, de forma rápida e discreta,
sem causar pânico.
A evacuação deve ser decidida pelo responsável pela segurança / emergência
e será consequência de um sinal de alerta, pelo que este deve ser conhecido por
todos os profissionais no recinto.
Uma Equipa de Primeira Intervenção (EPI) em Incêndios é uma equipa
especialmente constituída para intervir no controle da situação de
emergência e, portanto, os seus elementos são indivíduos com formação
em técnicas de uso e manuseamento de extintores e bocas-de-incêndio
armadas, bem como nos aspectos gerais de intervenção no controle das
situações de emergência.
Se ocorrer um incêndio algumas das funções da EPI são actuar sobre o
foco de incêndio com o meio de extinção adequado, cumprir as
instruções especiais relativas ao alarme; dar o alerta aos bombeiros;
proceder à evacuação; dar apoio ao arranque de equipamentos de
desenfumagem e grupo gerador de emergência e a recepção e
encaminhamento dos bombeiros.
1.
Ao soar o alarme, todos devem começar imediatamente a executar a sua
parte do Plano a implementar.
2.
A coordenação da evacuação é feita pelo respetivo responsável/chefia com a
ajuda de um elemento previamente escolhido.
3.
Compete ao elemento mais próximo da porta de evacuação abrir
automaticamente a mesma quando soar o sinal de alarme. Todos os
elementos se deverão dirigir para os locais de concentração determinados.
4.
Sempre que no edifício existam alguns elementos com dificuldades motoras,
caberá ao responsável definir anteriormente os
ARD’s com a tarefa de auxiliarem no
processo de evacuação.
5.
A saída do edifício processar-se-á segundo o percurso assinalado no interior
do edifício e seguindo as placas de sinalização até à porta de saída respetiva.
6.
Todas as movimentações de pessoas dentro e fora do edifício deverão ser
executadas em passo rápido mas sem correr e evitando empurrar.
7.
Ao sair do edifício dever-se-á ter sempre bem presente que o importante é
evacuar as pessoas e não bens.
8.
Todos os elementos deverão permanecer no ponto de reunião até novas
indicações.
MANTER
SEMPRE A
CALMA
Persuasão
Serenidad e