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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

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Academic year: 2021

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

Ordem de Serviço: 201413507 Município/UF: Bonito/PE

Órgão: MINISTERIO DA SAUDE

Instrumento de Transferência: Não se Aplica

Unidade Examinada: BONITO GABINETE PREFEITO Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica. Prejuízo: R$ 0,00

1. Introdução

Os trabalhos foram realizados no período de 05/06/2015 a 27/10/2015 sobre a aplicação dos recursos do programa 2015 - Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) / 20AD - Piso de Atenção Básica Variável - Saúde da Família no município de Bonito/PE.

A ação fiscalizada destina-se a conceder aos profissionais participantes do Projeto Mais Médicos condições para execução das atividades de ensino-serviço e atuação de médico nas UBS em obediência à Política Nacional de Atenção Básica.

2. Resultados dos Exames

Os resultados da fiscalização serão apresentados de acordo com o âmbito de tomada de providências para saneamento das situações encontradas, bem como pela forma de monitoramento a ser realizada por esta Controladoria.

2.1 Parte 1

Nesta parte serão apresentadas as situações evidenciadas que demandarão a adoção de medidas preventivas e corretivas por parte dos gestores federais, visando à melhoria da execução dos Programas de Governo ou à instauração da competente tomada de contas especiais, as quais serão monitoradas pela Controladoria-Geral da União.

2.1.1. Substituição de médico que compôs a Equipe de Atenção Básica por participante do Projeto Mais Médicos.

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Fato

Após consulta às listagens de profissionais da equipe de atenção básica alocados na Unidade Básica de Saúde de Colônia Japonesa em Bonito, Pernambuco, referentes aos meses de julho e agosto/2013, fornecidas pela Secretária de Saúde, verificou–se que a Prefeitura Municipal de Bonito efetuou a substituição de médica que compôs a equipe de saúde da família por médica do Projeto Mais Médicos, em desacordo com art. 11 da Portaria Interministerial MS/MEC nº. 1.369/2013, de 08/07/2013.

A listagem fornecida pela Secretária Municipal de Saúde – SMS demonstra que a médica cujo CNS é *************** foi desligada da referida UBS, tendo sido substituída pela médica do Projeto Mais Médicos cujo CPF é ***.095.414.**. O desligamento ocorreu em agosto/2013, segundo listagem, e a data de início das atividades pela nova Médica ocorreu em 02/09/2013, de acordo com informação do CNESNet e da Médica. Complementando as informações, o Contrato Nº650/2013, celebrado entre o Município de Bonito e a Médica cujo CNS é *************** tinha vigência de 01/03/2013 a 31/12/2013.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Não houve manifestação da unidade examinada.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Diante da ausência de manifestação da unidade examinada após a apresentação dos fatos, a análise do Controle Interno sobre a constatação consta registrada acima, no campo ‘fato’.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Notificar o ente federativo para que apresente justificativas e providências para a regularização da situação vedada pelo art. 11º da Portaria Interministerial MS-MEC nº 1.369/2012, sob pena de descredenciamento do Projeto.

2.2 Parte 2

Nesta parte serão apresentadas as situações detectadas cuja competência primária para adoção de medidas corretivas pertence ao executor do recurso federal.

Dessa forma, compõem o relatório para conhecimento dos Ministérios repassadores de recursos federais, bem como dos Órgãos de Defesa do Estado para providências no âmbito de suas competências, embora não exijam providências corretivas isoladas por parte das pastas ministeriais. Esta Controladoria não realizará o monitoramento isolado das providências saneadoras relacionadas a estas constatações.

2.2.1. Divergência no número de consultas realizadas pela médica nos meses de outubro/2014 e maio/2015.

Fato

Foi constatado divergência no número de consultas realizadas pela médica nos meses de outubro/2014 e maio/2015 nos seguintes relatórios:

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Documento de Referência Outubro/2014 Maio/2015

Livro de Atendimento Diário 113 -

PMA2 158 139

PMA2-C 190 202

SIAB 158 139

Ficha D 158 139

Boletim Diário da Produção Ambulatorial 139 -

Fonte: Ofício GAB/SMS nº 064/2015, de 17 de junho de 2015.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Não houve manifestação da unidade examinada.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Diante da ausência de manifestação da unidade examinada após a apresentação dos fatos, a análise do Controle Interno sobre a constatação consta registrada acima, no campo ‘fato’.

##/AnaliseControleInterno##

2.2.2. Em 2013 e 2014 a Secretaria de Saúde não forneceu integralmente alimentação à médica do Projeto Mais Médicos, em descumprimento ao normativo do Programa. Fato

De acordo com a Portaria Interministerial MS/MEC nº. 1.369/2013, o Município que aderiu ao Mais Médicos tem por obrigação fornecer moradia, alimentação e transporte aos médicos participantes do Projeto, nas seguintes condições definidas pela Coordenação Nacional do Projeto por meio da Portaria nº. 30/2014/SGTES:

“Art. 3º O Distrito Federal e Municípios deverão assegurar o fornecimento de moradia aos médicos participantes do

Projeto Mais Médicos para o Brasil por alguma das seguintes modalidades: I - imóvel físico;

II - recurso pecuniário; ou

III - acomodação em hotel ou pousada.

§ 1º As modalidades de que tratam os incisos I e II deste artigo devem ser prioritárias nas situações em que o médico participante esteja acompanhado dos familiares. § 2º Na modalidade prevista no inciso I deste artigo, o imóvel poderá ser do patrimônio do ente federativo ou por ele locado e deverá ter padrão suficiente para acomodação do médico e seus familiares.

§ 3º Na modalidade de que trata o inciso II deste artigo, o ente federativo pode adotar como referência para o recurso pecuniário para locação de imóvel, em padrão suficiente para acomodar o médico e seus familiares, os valores mínimo e máximo de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), podendo o gestor distrital e/ou municipal adotar valores superiores, conforme a realidade do mercado imobiliário local, mediante comprovação do valor mediante 3 (três) cotações de custo no mercado imobiliário do município ou Distrito Federal.” “Art. 9º O ente federativo deverá assegurar o fornecimento de alimentação ao médico participante, mediante:

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I - recurso pecuniário; ou II - in natura.

Art. 10. Sendo assegurada a alimentação mediante recurso pecuniário, deverá o ente federativo adotar como parâmetros mínimo e máximo os valores de R$ 500,00 (quinhentos reais) e R$ 700,00 (setecentos reais).”.

Foi informado pela médica que até 2014 a Secretaria de Saúde pagava o hotel sem alimentação e a partir de 2015 passou a pagar R$1.000,00 referente à moradia e alimentação. Foi constatado, por meio da documentação apresentada pela Secretaria, que em outubro/2014 foi pago a quantia de R$103,00 referente à alimentação e pago a hospedagem ao Bonito Plaza Hotel Ltda. Em relação ao mês de maio/2015 foi pago R$500,00 referente à moradia e R$500,00 referente à alimentação diretamente à médica.

Portanto, embora os valores de 2015 estejam corretos, quanto aos anos de 2013 e 2014 não foram pagos de acordo com a norma.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Não houve manifestação da unidade examinada.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Diante da ausência de manifestação da unidade examinada após a apresentação dos fatos, a análise do Controle Interno sobre a constatação consta registrada acima, no campo ‘fato’.

##/AnaliseControleInterno##

2.2.3. Supervisor realiza visita ao médico participante do Mais Médicos alternadamente na UBS e na Secretaria de Saúde.

Fato

A Portaria Interministerial 1.369/2013 ao definir as atribuições dos supervisores dos profissionais do Mais Médicos atribui a eles as responsabilidades de, dentre outras, realizar visita periódica para acompanhar atividades dos médicos participantes e exercer, em conjunto com o gestor do SUS, o acompanhamento e a avaliação da execução das atividades de ensino–serviço, inclusive quanto ao cumprimento da carga horária de 40 (quarenta) horas semanais prevista pelo Projeto.

O Edital de Chamamento Público DEPREPS/SGTES nº. 1/2013, por sua vez, determina que a realização de visitas periódicas para acompanhar os médicos participantes se dê no máximo bimestralmente.

Em entrevista à médica cujo CPF é ***.095.414.**, foi relatado que as visitas ocorreram mensalmente alternando um mês na UBS e outro na Secretaria de Saúde e que o Supervisor comunica antecipadamente a data de realização das inspeções in loco, entretanto, não avisa quando as visitas são na Secretaria de Saúde.

##/Fato##

2.2.4. Relatório de Supervisão Prática Projeto Mais Médicos para o Brasil estava sem respostas.

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O Relatório de Supervisão Prática – Projeto Mais Médicos para o Brasil referente à visita do Supervisor ao Médico realizada em 20/11/2014 estava sem respostas, apresentando somente a Identificação e o Absenteísmo.

O não preenchimento dos demais campos enfraquece a lógica de acompanhamento e a fiscalização da execução das atividades de ensino-serviço.

##/Fato##

3. Conclusão

Com base nos exames realizados, conclui-se que a aplicação dos recursos federais não está adequada e exige providências de regularização por parte dos gestores federais.

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