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A importância do preenchimento da caderneta de saúde da criança na vigilância á saúde infantil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO E LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

MARINA DO NASCIMENTO AFONSO PEREIRA

A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA NA VIGILÂNCIA À SAÚDE INFANTIL

NITERÓI 2014

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MARINA DO NASCIMENTO AFONSO PEREIRA

A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO NA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA NA VIGILÂNCIA À SAÚDE INFANTIL

Monografia apresentada como critério para obtenção do título de Bacharel e Licenciada em Enfermagem, do curso de Enfermagem e Licenciatura, da Universidade Federal Fluminense.

Orientadora:

Profa Dra Emilia Gallindo Cursino

Niterói, RJ 2014

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P 436 Pereira, Marina do Nascimento Afonso.

A importância do preenchimento da caderneta de saúde da criança na vigilância á saúde infantil. / Marina do Nascimento Afonso Pereira. – Niterói: [s.n.], 2014.

51 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2014. Orientador: Profª. Emília Gallindo Cursino.

1. Saúde da criança. 2. Vigilância. 3. Atenção primária à saúde. I. Título.

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MARINA DO NASCIMENTO AFONSO PEREIRA

A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO NA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA NA VIGILÂNCIA À SAÚDE INFANTIL

Monografia apresentada como critério para obtenção do título de Bacharel e Licenciada em Enfermagem, do curso de Enfermagem e Licenciatura, da Universidade Federal Fluminense.

Aprovada em: 11/06/2014

BANCA EXAMINADORA

Profa Dra Emilia Gallindo Cursino (orientadora) UFF- Universidade Federal Fluminense

Profª Drª Maria Estela Diniz Machado UFF- Universidade Federal Fluminense Profª Msª Dayanna Santos de Paula Ferreira

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À minha mãe Rosária, Minha orientadora Emília, E a todos os amigos que acompanharam essa jornada. Por todo apoio, força e coragem.

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AGRADECIMENTOS

A Deus,

Por guiar e conectar meus caminhos para que esses me trouxessem até aqui.

À minha avó, Maria Santana do Nascimento (in memoriam),

Por ter sido a minha maior referência de vida, educação e moral. Por todos os ensinamentos, carinhos, broncas, cuidados. Mesmo distante, sei que ainda cuidas de mim.

À minha mãe, Rosária Maria Santana do Nascimento,

Pelo incondicional amor de mãe, por cada minuto que dedicou a mim durante esses 23 anos. Cada uma das suas palavras amigas, conselhos, incentivos, avisos e toda a proteção, mas excepcionalmente por ser meu exemplo de caráter e meu exemplo profissional. Se cheguei até aqui, foi graças a cada passo que deu ao meu lado. Amo você.

À minha amiga Sarah Canelas de Sousa,

Irmã da vida, por cada risada, cada choro, cada sonho que me incentivou. Pelos momentos bons e pelos ruins também. Em meio a todas as tempestades você sempre esteve comigo, obrigada por tudo.

Ao amigo Cláudio Falcão Moutinho Júnior,

Vivi momentos únicos neste tempo, sendo bons ou ruins, você esteve ao meu lado. Meu companheiro de trabalhos, estudos de caso e noites mal dormidas estudando para provas. Meu ombro amigo de todas as horas, meu irmão.

À Desirée Barrocas, Nicolle Corrêa e Albert Schumacker

Por terem contribuído em mais do que apenas minha formação acadêmica, por ouvirem meus desabafos e minhas lamentações, por me incentivarem a continuar. Por cada risada e momentos especiais que vivemos. Sem dúvidas, um presente dessa vida para mim.

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À Bruna Maria de Pinna,

Meu porto seguro, minha companheira, meu motivo para sorrir. Por cada palavra que me incentivou e me acalmou em tantos momentos altos e baixos durante a produção deste. Por cada sorriso, risadas e brincadeiras. Por ter renovado as minhas forças. Obrigada pelo carinho, paciência, apoio e amor.

À minha orientadora Emília Gallindo Cursino,

Por ter acreditado em mim e estar do meu lado durante toda essa jornada. Por ter me apresentado a área de pesquisa, me incentivado na busca por conhecimento e me colocar novos desafios. Por todo puxão de orelha, palavras de apoio e dedicação, os quais foram essenciais para a construção de cada linha desse projeto. Por trás de toda nova mente em formação, há sempre um grande professor, obrigada por tudo.

À todos os professores e profissionais cujo contribuíram a minha formação profissional – equipe da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, do Hospital Universitário Antônio Pedro e do Hospital Estadual Alberto Torres – Cada um de vocês foi uma peça essencial na minha construção pessoal. Pelos seus ensinamentos, paciência e apoio, obrigada pessoal!

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Um dia aprendi que sonhos existem para tornar-se realidade. E, desde aquele dia, já não durmo pra descansar.

Simplesmente durmo pra sonhar. Walt Disney

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RESUMO

Introdução: A atenção primária e as ações voltadas para a vigilância à saúde da criança

constituem a base da organização da atenção à saúde infantil. A Caderneta de Saúde da Criança (CSC) é destinada a todas as crianças nascidas em território brasileiro e, por estar ancorada em ações de acompanhamento e promoção da saúde, inclui-se como estratégia privilegiada nas políticas de redução da morbimortalidade infantil. Os profissionais de saúde muitas vezes se prendem ao universo assistencial, e este trabalho envolve diversas vezes o preenchimento de inúmeros formulários e a realização de procedimentos burocráticos demandados pela instituição. Isto faz com que os profissionais tornem-se menos sensibilizados sobre a importância da caderneta. É importante, a valorização do registro da CSC para que ocorra uma apropriação desta pela família e desta forma uma melhor discussão entre a família e os profissionais de saúde, sobre as anotações realizadas, para que esta cumpra seu papel de instrumento de comunicação, educação, vigilância e promoção da saúde, e logo, melhor acompanhamento. Objetivos: Avaliar a utilização da CSC pelos profissionais de saúde como instrumento de informações e orientações para a vigilância da saúde da criança; Identificar preenchimento dos dados sobre gravidez, parto e puerpério e dados do recém-nascido pelos profissionais de saúde; Investigar o preenchimento da CSC pelos profissionais de saúde do: peso, curva de crescimento, comprimento x idade de crianças de 0 a 5 anos e do perímetro cefálico de 0 a 2 anos, com ênfase no acompanhamento do crescimento; Investigar o preenchimento dos marcos de desenvolvimento infantil das crianças de 0 a 3 anos. Metodologia: trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter documental – descritivo, onde foram analisadas 98 Cadernetas de Saúde da Criança através de uma Checklist. O cálculo amostral foi determinado pelo programa Bioestat versão 5.3, para uma população finita de 4213 crianças atendidas no ano de 2013, coeficiente de confiança de 95% e erro amostral α = 0,1. Resultados: Nos registros sobre gravidez, parto e puerpério pode-se observar que apenas 10,78% das cadernetas estavam preenchidas integralmente. Em relação às informações sobre as condições do recém-nascido, temos uma porcentagem maior do número de registros. Os dados referentes a: Hora, Dia, Maternidade, Peso, Comprimento, Sexo foram informados em mais de 70% das cadernetas. Todavia, informações como Tipo Sanguíneo e Profissional que Assistiu ao Recém – Nascido foram preenchidos em cerca de apenas 30% das cadernetas. Em relação ao registro dos dados de crescimento foi visível o sub-registro sobre o índice de massa corporal, visto que apenas 6,86% das CSC constavam esta informação. Destaca-se também uma quantidade de registro baixa no que se refere ao Perímetro Cefálico. Os dados referentes ao preenchimento dos marcos de desenvolvimento infantil apenas 5% estavam preenchidos, entretanto foram preenchidas apenas no primeiro ano de vida. Conclusão: O estudo demonstra fragilidade na utilização da CSC evidenciada no preenchimento desta caderneta nas práticas profissionais para a atenção à saúde da criança. Entende-se que uma melhor utilização da caderneta pelos profissionais contribuirá para a comunicação multiprofissional e um atendimento integralizado, possibilitando o melhor desempenho dos profissionais através do correto e completo preenchimento da CSC.

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ABSTRACT

Introduction: Primary care and actions for monitoring the health of children form the basis

of the organization of care to child health. The Child Health Handbook (CHH) is aimed at all children born in Brazilian territory, and be anchored in follow-up and health promotion, is included as a privileged strategy policies to reduce child mortality. Health professionals often related to healthcare universe, and this work involves repeatedly filling out forms and performing numerous bureaucratic procedures established by the institution. This causes professionals to become less sensitized about the importance of book. It is important to record the appreciation of the CHH for a better discussion between family and health professionals of the annotations. This makes an appropriation of this occurring by family and thus to allow it to fulfill its role as a tool for communication, education, surveillance and health promotion, and soon, better tracking. Objectives: To evaluate the use of CHH by health professionals as a tool for information and guidelines for monitoring the health of the child; Identify filling data on pregnancy, delivery and postpartum and newborn data by health professionals; Investigate completing the CHH by health professionals: weight growth curve, length x age, time x age in 0-5 years children and head circumference in 0-2 years old, with an emphasis on growth monitoring; Investigate the fulfillment of children's developmental milestones of children 0-3 years. Methodology: This is a quantitative research of character descriptive – documentary, which were analyzed 98 Child Health Handbooks through a checklist. The sample size calculation was determined by Bioestat program, version 5.3, for a finite population of 4213 children seen in 2013, confidence coefficient of 95% and sampling error α=0.1 . Results: In the records about pregnancy, childbirth it can be observed that only 10.78% of savings were met in full. Regarding information about the conditions of the newborn, have a higher percentage of the number of records. Data of: Time, Day, Maternity, Weight, Length, Sex were reported in more than 70% of savings. Blood Type and information of the professionals who attended the Newborn were filled in only about 30% of savings. In connection with the registration of data growth was apparent underreporting on the body mass index, as only 6.86% of CHH contained this information. Also noteworthy is the low quantity record in regard to the Head Circumference. The data relating to completion of the milestones of child development only 5% were satisfied, however, were filled in the first year of life. Conclusion: The study demonstrates weakness in the use of CHH evidenced fill this book on professional practices for the health care of the child. It is understood that a better use of books by professionals contribute to multidisciplinary communication and care paid, enabling the best performance of professionals through correct and complete filling of the CSC.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...11

1.1 HIPÓTESE, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA...13

1.1.1 Hipótese...13

1.1.2 Objetivos...13

1.1.3 Justificativa...13

2 REVISÃO DE LITERATURA ...15

2.1 A CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA...15

2.2 O PREENCHIMENTO DA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA (CSC) PELOS PROFISSIONAIS...16

2.3 A VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL...18

3 METODOLOGIA ...20

3.1 TIPO DE PESQUISA...20

3.2 COLETA DE DADOS...21

3.3 ANÁLISE DOS DADOS...23

3.4 ASPECTOS ÉTICOS...23 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...24 5 CONCLUSÃO ...31 6 OBRAS CITADAS ...32 7 OBRAS CONSULTADAS ...35 APÊNDICES...36

Apêndice A – Checklist da Caderneta de Saúde da Criança Apêndice B - Cronograma ANEXOS...40

Anexo A - Instrumento de Registro Sobre Dados de Gravidez, Parto e Puerpério. Anexo B - Instrumento de Registro Sobre Dados do Recém-Nascido.

Anexo C - Instrumento para Vigilância do Desenvolvimento. Anexo D - Instrumento de Registro das Medidas Antropométricas. Anexo E - Instrumento de Registro das Curvas de Crescimento. Anexo F - Parecer Consubstanciado do CEP

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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como objeto o preenchimento da caderneta de saúde da criança (CSC) pelos profissionais de saúde.

A atenção primária e as ações voltadas para a vigilância à saúde da criança constituem a base da organização da atenção à saúde infantil. Os cuidados com a saúde infantil estão entre as ações essenciais do Ministério da Saúde (MS). A Caderneta de Saúde da Criança (CSC) é destinada a todas as crianças nascidas em território brasileiro e, por estar ancorada em ações de acompanhamento e promoção da saúde, inclui-se como estratégia privilegiada nas políticas de redução da morbimortalidade infantil (GOULART, 2008).

Esta caderneta foi criada no ano de 2005 e substituiu o antigo Cartão da Criança (CC), de forma a ampliar a faixa etária atendida e incluir informações de gravidez, parto e puerpério, alimentação, prevenção de acidentes, saúde bucal, visual e auditiva, além dos registros sobre estatura e intercorrências clinicas (SARDINHA; PEREIRA, 2011).

Desde a década de 70, a conferência de Alma Ata, recomendou a monitorização do crescimento e desenvolvimento infantil. No Brasil, embora o relatório da 5ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizado nesta mesma década, tenha apontado a vigilância do crescimento o tema somente ganhou relevância em 1984, com a criação do "Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC)" pelo Ministério da Saúde (VIEIRA et al. , 2005).

Com enfoque na assistência integral a saúde da criança, e como metodologia para organização da assistência, cinco ações básicas foram propostas pelo PAISC: Promoção do Aleitamento Materno e Orientação para o Desmame; Assistência e Controle das Doenças Diarreicas; Assistência das Infecções Respiratórias Agudas; Controle das Doenças Imunopreviníveis e Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento.

No desenvolvimento dessas ações, a Caderneta de Saúde da Criança (CSC) apresenta-se como instrumento esapresenta-sencial de vigilância, indispensável ao atendimento à criança de zero a cinco anos, por ser o documento onde são registrados os dados e eventos mais significativos

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para a saúde infantil, por possibilitar o diálogo entre a família e os diversos profissionais que atendem a criança (ALVES, 2009).

Neste aspecto Goulart et. al. (2008) lembra que os profissionais de saúde muitas vezes se prendem ao universo assistencial, e este trabalho envolve diversas vezes o preenchimento de inúmeros formulários e a realização de procedimentos burocráticos demandados pela instituição. Isto faz com que os profissionais tornem-se menos sensibilizados sobre a importância da caderneta, e esta então se torna apenas mais um documento a ser preenchido de forma obrigatória.

Vieira (2012) reafirma através de seu estudo, a valorização da importância do registro para que ocorra uma apropriação desta pela família e desta forma uma melhor discussão entre a família e os profissionais de saúde,sobre as anotações realizadas, para que a CSC cumpra seu papel de instrumento de comunicação, educação, vigilância e promoção da saúde infantil, valorização e adesão dos familiares, e logo, melhor acompanhamento.

Segundo Carvalho (2008) se faz necessário o treinamento e uma formação adequada para os profissionais que lidam com crianças, pois através destes pode-se alcançar um novo nível de percepção holística, aprofundando a relação profissional-paciente e atingindo a realidade das necessidades deste grupo específico.

Deste modo, o Ministério da Saúde ressalta que os serviços de saúde voltados para as crianças necessitam estar capacitados para a resolução de quaisquer tipos de intercorrências, e também para agir no combate de fatores ambientais que impeçam ou criem barreiras para o crescimento e desenvolvimento infantil de qualidade.

Através da análise dos estudos de Goulart et. al. (2008) e Vieira (2012) observa-se pouca motivação pelos profissionais de saúde para o preenchimento da caderneta, justificadas pelas diversas anotações administrativas, tais como: pedidos de exame, agendamentos de consultas, autorizações, entre outros.

Entretanto, Sardinha et. al (2011) aponta que o preenchimento não pode ser considerado simples questão administrativa, mas deve haver uma conscientização pelo profissional de saúde e pelo responsável pela criança, para que um preencha o documento e o outro exija que tal seja feito. O registro correto e completo das informações é um desafio permanente para que a CSC cumpra seu papel.

A partir da revisão bibliográfica, foi possível observar que a importância real do uso da CSC da criança difere da importância idealizada, foram identificadas falhas relacionadas

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ao seu preenchimento, que influencia no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, e compromete a qualidade da assistência à criança.

1.1 HIPÓTESE, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA

1.1.1 Hipótese

 Comprovar a sub-utilização das ações de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.

1.1.2 Objetivos Objetivo Geral

 Avaliar a utilização da CSC pelos profissionais de saúde como instrumento de informações e orientações para a vigilância da saúde da criança.

Objetivos Específicos

 Identificar preenchimento dos dados sobre gravidez parto e puerpério e dados do recém-nascido pelos profissionais de saúde.

 Investigar o preenchimento da CSC pelos profissionais de saúde do: peso, curva de crescimento, comprimento x idade e do perímetro cefálico de 0 a 2 anos, com ênfase no acompanhamento do crescimento.

 Investigar o preenchimento dos marcos de desenvolvimento infantil das crianças de 0 a 3 anos.

1.1.3 Justificativa

O presente estudo justifica-se por ressaltar importância da Caderneta de Saúde da Criança (CSC) como um documento imprescindível para a promoção da saúde infantil. No Brasil, existem poucos estudos, com a CSC. De maneira geral, todos os estudos apontam falhas consideráveis na utilização desta caderneta. A primeira parte da CSC é dedicada a quem cuida da criança, e contém informações e orientações para ajudar a cuidar melhor da saúde da criança e a segunda parte é destinada aos profissionais de saúde, para o registro de informações relacionadas à saúde da criança.

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O uso da caderneta como ferramenta de vigilância à saúde infantil possibilita aos pais acompanhar o crescimento e desenvolvimento de seus filhos, indispensáveis para a detecção precoce de problemas de saúde, como a desnutrição e retardo do crescimento e desenvolvimento. Desse modo, é importante que a mãe leve sempre a CSC quando for ao serviço de saúde, converse com o profissional de saúde, para tirar dúvidas e pedir orientações e solicite ao profissional que preencha a Caderneta de Saúde.

A partir da revisão de literatura, se observou a importância real do uso da CSC que contribui para descoberta de soluções que viabilizam a identificação precoce das crianças com problemas de crescimento e desenvolvimento, desta forma é possível proporcionar tratamento adequado. Identificar falhas tanto relacionadas ao seu preenchimento, quanto a orientação das mães pelos profissionais de saúde em relação ao seu uso, influenciará diretamente no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, pois o crescimento físico normal é um pré-requisito para qualquer estratégia de promoção do bem-estar infantil.

Para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil pelos profissionais de saúde e familiares, a Caderneta de Saúde da Criança (CSC) é um documento de suma necessidade. Através desta é possível uma comunicação de forma multiprofissional e um atendimento integralizado a saúde da criança. No cenário brasileiro existem poucos estudos que buscam avaliar o preenchimento e a utilização da CSC pelos profissionais de saúde como um método de acompanhamento e comunicação.

Este estudo possui como meta a investigação do registro de informações na Caderneta de Saúde da Criança pelos profissionais de saúde, visando a melhora do atendimento integral a saúde da criança através da identificação do preenchimento da CSC pelos profissionais. Desta forma pretende-se que os resultados desta pesquisa contribuam para a melhoria da atenção prestada à criança a partir da utilização da CSC como instrumento de vigilância e promoção à saúde infantil.

Para a pesquisa contribuirá para apontar falhas no preenchimento desse instrumento de forma a comprovar a sub-utilização das ações de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, que se constituem no eixo integrador das atividades de atenção à criança. Além de contribuir para o aperfeiçoamento do ensino da atenção à saúde da criança, entendendo que a formação do enfermeiro como membro da equipe de saúde está fundamentada na teoria e na prática, sendo o campo da prática o local de concretização dessa ligação.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA

Com o objetivo de melhorar as condições precárias do acompanhamento da população infantil do Brasil, o Ministério da Saúde no ano de 1984 desenvolveu a primeira estratégia voltada para a atenção a saúde da criança, nascia o Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança (PAISC), que tinha como metas acompanhar o desenvolvimento e crescimento infantil, orientar as mães quanto a amamentação e desmame, além da prevenção e tratamento das doenças de maior incidência da infância (BRASIL, 1984).

Através da criação do PAISC, foi desenvolvido o primeiro instrumento para o acompanhamento das crianças de 0 a 5 anos de idade, o Cartão da Criança (CC), este possuía calendário de vacinas, espaço para agendamento de consultas de retorno, dados de identificação, gráfico de peso para idade com curvas de referência (ANDRADE, 2011). Porém desde essa época já começava a ser observada a pouca valorização do gráfico de crescimento que estava inserido no cartão e em 1997 desenvolveu-se o segundo modelo do CC devido a pesquisas demográficas realizadas na época que mostraram o novo perfil epidemiológico do Brasil (BRASIL, 2002).

A partir do ano de 2005 o CC foi reformulado e então criado a Caderneta de Saúde da Criança (CSC) que permite o acompanhamento das crianças até sete anos de idade.

No ano de 2007, essa passou a incluir dados de desenvolvimento estipulados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e teve seu nome modificado para “CSC – Passaporte da Cidadania” (ANDRADE, 2011). É direito de todas as crianças receberem esse documento. Nesse ano, foi apresentada a nova versão da CSC, decorrente da alteração e adoção das novas curvas de crescimento pela OMS no ano anterior, resultado de estudo internacional iniciado em 1995. Nessa nova versão, foram inseridos gráficos de peso x idade e de altura x idade, informações sobre o registro civil de nascimento, direito dos pais e da criança, os primeiros

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dias de vida do recém-nascido e dicas mais detalhadas sobre o desenvolvimento, alimentação, amamentação e desmame (GAÍVA et al, 2014).

A ultima versão da caderneta foi lançada em 2009 e uma das principais alterações foi a divisão em duas partes, a primeira para uso dos pais e a segunda para os profissionais de saúde. Portanto, os registros devem ser efetuados por todos os profissionais da área que assistem à criança. A CSC possui em seu conteúdo dados de crescimento e desenvolvimento, calendário básico de vacinação da criança, informações sobre de identificação, amamentação e manejo, alimentação infantil, orientações relacionadas a desidratação e diarreia, saúde bucal, saúde ocular e auditiva, informações sobre os direitos da criança e cuidados de segurança (BRASIL, 2009).

Nesta nova versão foram acrescidos o guia básico para o acompanhamento de crianças com diagnósticos de síndrome de Down e autismo, tabelas do Índice de Massa Corporal (IMC) e cuidados com a pressão arterial. Além disso, as CSC passam a ser diferenciadas por sexo e a faixa de acompanhamento foi ampliada até os 10 anos de idade (BRASIL, 2009).

2.2 O PREENCHIMENTO DA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA (CSC) PELOS PROFISSIONAIS

O registro é um dos canais de comunicação utilizado pela equipe multiprofissional para desenvolver ações voltadas para a melhoria do cliente. Quando o registro é bem elaborado ele preza a individualização do cuidado e passa a refletir a assistência prestada da equipe, além que o registro é de fato um documento legal da equipe, do cliente e da instituição de saúde, é através dele que se dá o respaldo e defesa legal (OLIVEIRA E CADETTE, 2009).

Segundo Abdon et al. (2009) é o registro o principal meio de comunicação e avaliação durante a assistência prestada. É desta forma que se comprova o trabalho e por quem este foi executado, além disso, é um dos instrumentos mais importantes para a tomada de decisão, visto que há a suposição que as informações sejam organizadas de forma linear.

Para Oliveira e Cadette (2009) um registro de crescimento e desenvolvimento bem realizado não pode se basear apenas nas anotações de dados antropométricos, ele precisa estar ligando a todas as etapas do processo de consulta dos profissionais de saúde. Se a assistência não for registrada, fica no plano da oralidade e se torna invisível.

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A pesquisa de Andrade (2011) mostrou que para diversos profissionais entrevistados, a caderneta importa apenas para a realização de duas ações de saúde: o acompanhamento do crescimento e do calendário de vacinação da criança. Muitas vezes apenas essas medidas antropométricas são realizadas e desta forma perde-se a oportunidade de um olhar mais amplo para as necessidades do crescimento e do desenvolvimento da criança (FIGUEIREDO E MELLO, 2004).

Se o registro não for executado de forma correta torna-se difícil acompanhar a situação da saúde da criança nas consultas anteriores e como consequência há uma dificuldade em realizar orientações e desta forma interrompe-se o processo de educação em saúde, pois esta depende do repasse e discussões das informações planejadas pela equipe profissional (DANTAS, et al. 2009).

O estudo de Oliveira e Cadette (2009) mostra que os registros são realizados de forma não profissional. Os profissionais deixam de usar a linguagem científica, fazendo uso de expressões monossilábicas e abreviações como: “NDN – Nada digno de nota e Exame físico – OK”, estas características do registro deixam dúvidas quanto a realização da avaliação das condições da criança para se chegar a estas afirmações. Há também a omissão de dados importantes para uma avaliação de crescimento e desenvolvimento completa isto prejudica as consultas que se seguem, pois os dados passam a não ser coerentes entre si.

Através da pesquisa de Abreu, Viana e Cunha (2012), foi possível identificar os fatores que dificultam a utilização da CSC pelos profissionais de saúde e organiza-las em cinco categorias: A Ausência de Capacitação para uso Correto na CSC; o Tempo Insuficiente; A Indisponibilidade da Caderneta no Serviço de Saúde e a Desvalorização/Desconhecimento das Mães/Família sobre a Caderneta.

Em sua pesquisa, Dantas et al. (2009), aponta que cada registro auxilia na identificação das famílias de forma singular o que permite além da entrada no mundo circundante dessa criança, uma melhor interação com a mãe e/ou responsável quanto às condutas que esta deverá seguir de acordo com a realidade de vida e com sua história. Para Carrafa (2007), um dos atributos mais importantes na CSC é a oportunidade de gerar diálogo entre o profissional e a família a partir das anotações.

Os profissionais devem sempre atentar-se para as condições das famílias que acompanham a criança, através dessa observação é possível traçar um plano de cuidados e orientações adaptadas a situação socioeconômica e cultural destas famílias. Além disso, é

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importante que os profissionais avaliem todas as atividades que a criança realiza observar seu comportamento durante toda consulta, e desta forma avaliar seu desenvolvimento, visto que este é dinâmico e desta forma identificar o mais precocemente possível alterações que precisam de encaminhamentos que resultem em intervenções eficazes para a promoção da saúde infantil (ABDON et al. 2009).

2.3 A VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Avaliar o crescimento e desenvolvimento (CD) é o eixo principal da atenção integral a saúde da criança e seu foco principal está ligado a vigilância dos fatores que podem prejudicar o seguimento deste processo de forma saudável, sendo assim esta avaliação deve ser preconizada como uma das ações primordiais para alcançar a melhor qualidade de vida (DANTAS et al. 2009).

Crescimento é o processo de características concretas que podem ser medidas e compreendem a formação, o aumento de massa e a renovação de tecidos, ocorrendo seu ápice na infância, já o desenvolvimento refere-se na obtenção de competências e capacidades que ocorrem durante toda a vida. Esses fatores podem ser avaliados através da interação com a criança e o estímulo que seu responsável participe deste processo, assim é possível educar para o cuidado e a promoção da saúde infantil. (DANTAS et al. 2009).

De acordo com Oliveira e Cadette (2009, p.302), “O acompanhamento da criança prevê várias consultas durante os primeiros anos de vida. Caso os dados obtidos não sejam registrados, a finalidade desse acompanhamento perderá a razão de ser, pois prescinde de significado”.

Desta forma, Dantas et al. (2009, p.118) diz que:

O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento são eixos referenciais para todas as atividades de atenção à criança e ao adolescente sob os aspectos biológico, afetivo, psíquico e social, constituindo o centro da atenção a ser prestada em toda a rede básica de serviços de saúde.

Desde a década de 1990 o acompanhamento da saúde infantil por meio do Cartão da Criança (CC) foi proposto segundo um calendário mínimo de consultas para avaliar e assistir, de maneira satisfatória, os processos de crescimento e de desenvolvimento (BRASIL, 1993).

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O CC e a CSC tem caráter também educativo nessa agenda, fica estabelecido quando e quantas vezes a criança deve ir ao serviço de saúde em seus primeiros anos de vida. O que, porém, se observa no Brasil é a pouca valorização do gráfico de crescimento inserido no cartão.

O Calendário Mínimo de Consultas para Assistência à Criança recomendado pelo MS é no 1º ano - 7 consultas, no 2º ano - 2 consultas e a partir do 3º ano até o 10º ano - 1 consulta (BRASIL, 2005).

O crescimento e desenvolvimento (CD) infantil devem ser acompanhados por uma equipe multiprofissional que promova a integralidade do atendimento, desta forma, são necessários profissionais de medicina, enfermagem, odontologia, psicologia, assistentes sociais, entre outros. A criança deve receber a atenção sistematizada e holística, sendo assim é dever dos profissionais estabelecerem a comunicação da equipe através do registro das ações realizadas em torno da criança e também pela comunicação oral objetiva e clara afim de unificar os pensamentos, visões e conclusões para ampliar o cuidado ao ser humano. (OLIVEIRA E CADETTE, 2009).

Para Dantas et al. (2009) os parâmetros de CD passam a constituir indicadores que se relacionam diretamente com a manutenção da saúde e da nutrição infantil e de forma indireta com a qualidade de vida de uma determinada população e isto justifica a necessidade da realização de consultas regulares e frequentes.

A utilização de metodologias simplificadas, porém, comprovadas de forma científica e social são essenciais para uma boa vigilância. Esta tem sido implementada pelo Ministério da Saúde há algum tempo, elaborando manuais e introduzindo um instrumento para a vigilância, a Caderneta de Saúde da Criança, visando despertar os profissionais para esta prática. (FIGUEIRAS et al, 2005).

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3. METODOLOGIA

O presente estudo integra uma investigação mais ampla PIBIC/UFF denominada: A utilização da Caderneta de Saúde da Criança como ferramenta para a vigilância da saúde infantil. A pesquisa é parte dos estudos desenvolvidos pelo Núcleo de Pesquisa e Estudos em Saúde Integral da Criança e Adolescente, do Departamento Materno-Infantil e Psiquiátrico da EEAAC (NUPESICA/MEP).

3.1 TIPO DE PESQUISA

O estudo é caracterizado como documental – descritivo e sua abordagem é quantitativa.

A pesquisa de caráter documental é realizada através da análise, observação e checagem em documentos. Esse tipo de pesquisa é a base para os trabalhos de investigação e pode ser realizada com documentos contemporâneos ou retrospectivos desde que estes sejam considerados cientificamente autênticos (GERHARDT e SILVEIRA, 2009).

Tabelas estatísticas, cartas, pareceres, fotografias, atas, relatórios, notas, diários, projetos de lei, ofícios, discursos, mapas, testamentos, inventários, informativos, depoimentos orais e escritos, certidões, etc, são alguns exemplos de documentos que podem ser utilizados para esse tipo de pesquisa (SANTOS, 2000).

Gil (2007) descreve algumas vantagens da pesquisa documental, como o fato de ser uma “fonte rica e estável de dados”, não implicar altos custos, não exige o contato com os sujeitos da pesquisa e o fato de permitir um aprofundamento das fontes.

A investigação descritiva possui como objetivo expor características de uma determinada população ou fenômeno pode também ser utilizado para estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Esse tipo de pesquisa não se compromete em explicar os fenômenos que descreve, mas pode servir como base para explicação.

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A pesquisa descritiva visa auxiliar na resolução dos problemas de forma a melhorar práticas através da observação, descrições objetivas e análise do documentos que farão parte da pesquisa (MORESI, 2003).

A abordagem quantitativa é centrada na objetividade. Exprime e compreende a realidade com base na análise de uma grande quantidade de dados, que constituem um retrato real do objeto alvo da pesquisa. Este tipo de pesquisa vai recorrer à linguagem matemática para descrever a ocorrência e as causas de um determinado fenômeno (FONSECA, 2002).

Para Richardson (1999, p.12) a abordagem quantitativa caracteriza-se:

[...] pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficientes de correlação, análise de regressão, etc.

Devido ao uso da quantificação na coleta e no tratamento de informações, através das técnicas estatísticas, evitam-se possíveis desvios e distorções no processo da análise e interpretação dos dados coletados o que gera um aumento na margem de segurança da pesquisa (RICHARDSON, 1999).

Neste sentido, esse estudo se caracteriza como quantitativo, pois os dados coletados foram analisados através de técnicas estatísticas simples, trabalhando com quantidades, percentuais e médias.

3.2 COLETA DE DADOS

A captação dos dados foi realizada através da análise documental da CSC de crianças de 0 a 5 anos, esta caderneta, dentre outras ações utiliza como parâmetros para a avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil os seguintes gráficos: perímetro cefálico (de 0 a 2 anos), peso para idade (de 0 a dois anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), comprimento/estatura para a idade ( de 0 a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10anos), Índice de Massa Corporal (IMC) para idade (de zero a 2 anos, de 2 anos a 5 anos e de 5 anos a 10 anos) (Anexo E) e o preenchimento dos marcos de desenvolvimento de crianças 0 a 3 anos (Anexo C).

A avaliação periódica do ganho de peso, da estatura e do IMC na CSC da criança permite a avaliação do progresso individual, identifica aquelas de maior risco de morbimortalidade infantil, sinalizando precocemente a desnutrição, causa básica da instalação ou do agravamento de grande parte dos problemas de saúde infantil.

(23)

Para a captação dos dados foi utilizada um lista de verificação ou checklist (Apêndice A), que é uma ferramenta estruturada, específica para a atividade, componente ou documento a ser analisado, para se verificar a execução integral de etapas.

Cenário e Seleção da Amostra

A coleta de dados foi realizada em uma Policlínica Comunitária, integrante da Fundação Municipal de Saúde do município de Niterói.

A amostra foi selecionada por conveniência durante o atendimento destas crianças na Sala de Vacinação da unidade de saúde no mês de abril e maio 2014. Para o desenho amostral, foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: Cadernetas de Saúde da Criança – Passaporte da Cidadania a partir do ano de 2007, pois nesse ano esse documento passou por atualizações onde ocorreu à inclusão das novas curvas de crescimento desenvolvidas pela OMS, considerando que esta versão inclui maior quantidade de informações, tornando-se mais abrangente. Os critérios de exclusão foram: o Cartão da Criança (CC) e a Caderneta de Saúde da Criança (CSC) versão 2005 não foram analisados por não possuírem todos os componentes definidos para o checklist (apêncdice A); CSC pertencentes a crianças acima de 5 anos de vida não entraram na pesquisa e mães que não aceitaram participar do estudo.

O cálculo amostral foi determinado pelo programa Bioestat versão 5.3, para uma população finita de 4213 crianças atendidas no ano de 2013, coeficiente de confiança de 95% e erro amostral α = 0,1, sendo portando de 98 CSC analisadas.

O procedimento de coleta de dados foi executado da seguinte forma: após o atendimento da criança na sala de vacina, frente aos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, a caderneta poderia ou não ser incluída na pesquisa. A seguir era apresentado, a mãe ou ao responsável pela criança e objetivo da pesquisa e, então realizado o checklist na caderneta.

(24)

3.3 ANÁLISE DOS DADOS

Utilizou-se estatística simples para análise de dados, que teve como enfoque principal o preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança pelo profissional de saúde como instrumento de informações para a vigilância da saúde infantil. Para composição dos gráficos utilizou-se o programa Microsoft Excel 2007.

3.4 ASPECTOS ÉTICOS

O estudo está de acordo com as determinações da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, onde foi submetido a uma avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Antônio Pedro, com o protocolo número 236.003.

A modalidade de trabalho e coleta de dados referida neste estudo não possui TCLE por não haver o envolvimento direto com seres humanos, sendo a coleta de dados realizada através de um checklist na Caderneta de Saúde da Criança. Todo material que foi utilizado nesta pesquisa será arquivado sob a guarda do pesquisador responsável por 5 (cinco) anos e após será destruído.

(25)

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para análise quantitativa dos dados, foi considerada a amostra de 98 Cadernetas de Saúde da Criança, que compreendem o total de cadernetas de crianças deste estudo. Os dados serão apresentados segundo os objetivos específicos da pesquisa.

Objetivo Nº 1: Identificar preenchimento dos dados sobre gravidez, parto e puerpério e dados do recém-nascido pelos profissionais de saúde.

Os dados da tabela 1 mostram a frequência de preenchimento pelos profissionais de saúde relativos aos dados de pré – natal e pós – parto. Foram considerados “completos” os dados de pré-natal e pós-parto que possuíam todos os itens registrados, “incompletos” todos que possuíam pelo menos um item preenchido e “não constam” aqueles que não possuíam nenhum dado. Do total observou-se que 61,74% não constavam descrição alguma sobre dados do pré – natal (Início do Pré – Natal, Número de Consultas, Tipo de Gravidez, dentre outras), e 62,72% não continham informações sobre o pós – parto (Local de Realização, Tipo de Parto, Sorologias Maternas, etc).

Tabela 1 (Quantitativo de cadernetas preenchidas com dados sobre pré-natal e pós-parto. Niterói, RJ, Brasil, 2014). DADOS MATERNOS PRÉ - NATAL N (%) Completo 11 10,78% Incompleto 24 23,52% Não Constam 63 61,74% PÓS - PARTO -- --- Completo 11 10,78% Incompleto 23 22,54% Não Constam 64 62,72%

Fonte: Dados obtidos durante a pesquisa através da utilização do checklist.

Quanto ao preenchimento dos campos relativos aos dados do recém nascido destaca-se na tabela 2 que a maioria das cadernetas continham registros, entretanto nota-se que apenas 15,68% traziam informações sobre o Aleitamento Materno nas primeiras horas. No que se refere a informações sobre os profissionais responsáveis pelos primeiros cuidados ao recém-nascido – 30,38% -, observou-se que a maioria eram profissionais de Enfermagem.

(26)

Tabela 2 (Porcentagem individual dos dados do recém-nascido. Niterói, RJ, Brasil, 2014). DADOS DO RECÉM-NASCIDO Item N = 98 (%) Hora 73 71,54% Dia 73 71,54% Maternidade 73 71,54% Peso 72 70,56% Comprimento 74 72,52% Perímetro Cefálico 71 69,58% Sexo 72 70,56% Apgar 71 69,58% Idade Gestacional 64 62,72% Tipo Sanguíneo 34 33,32% Profissional Assistente 31 30,38% Aleitamento Materno 16 15,68%

Fonte: Dados obtidos durante a pesquisa através da utilização do checklist.

Nos registros sobre gravidez, parto e puerpério pode-se observar que apenas 10,78% das cadernetas verificadas estavam preenchidas integralmente. O objetivo principal da atenção prestada à gestante no período de pré-natal e puerpério é o acolhimento desde o início da gravidez, para assim assegurar no fim da gestação o bem-estar materno e neonatal. Dados como o início do pré-natal e o número de consultas são vistos como essenciais para uma avaliação adequada da assistência prestada a gestante e ao recém-nascido, e promoção do nascimento saudável.

De acordo com o Ministério da Saúde, são recomendadas no mínimo, seis consultas de pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação (BRASIL, 2006).

O acompanhamento pré-natal, em geral, envolve procedimentos simples, sendo dever dos profissionais de saúde envolvidos, realizarem esse cuidado com dedicação, escutando a gestante, e tentando estabelecer uma relação de confiança com a mesma para ajudá-la na condução dessa nova experiência materna com mais autonomia (SOUZA, 2002). Dados sobre gravidez, parto e puerpério, preferencialmente, devem ser preenchidos na maternidade a partir da utilização do prontuário e o Cartão da Gestante, que é um instrumento importante para avaliar informações sobre intercorrências presentes na gravidez, patologias prévias ao período gestacional, suplementação profilática de ferro, situação vacinal (BRASIL, 2005).

Em relação às informações sobre as condições do recém-nascido, temos uma porcentagem maior do número de registros. Os dados referentes a: Hora, Dia, Maternidade, Peso, Comprimento, Sexo foram informados em mais de 70% das cadernetas. Todavia, informações como Tipo Sanguíneo e Profissional que Assistiu ao Recém – Nascido foram

(27)

preenchidos em cerca de apenas 30% das cadernetas analisadas. As informações sobre o nascimento da criança e seu estado de saúde, devem ser preenchidas na maternidade, pois essas informações servirão de referência para as consultas de acompanhamento infantil.

Há ainda o dado de Aleitamento Materno na 1ª hora de vida, sendo preenchido apenas em 15,68% das CSC observadas, no entanto o aleitamento materno exclusivo deve ser iniciado no pós-parto imediato conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS) em “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno”. (OMS, 1989)

O estudo de Alves (2008), realizado entre 1980 e 2004, mostrou que as mães cujos recém-nascidos não iniciaram a amamentação no pós-parto imediato tiveram risco de desmame duas vezes maior do que aqueles recém-nascidos que receberam leite materno logo após o parto. Confirma-se então que o registro da amamentação tem importância fundamental para uma continuidade da qualidade da assistência a mãe e ao bebê, pois permite a imediata intervenção da equipe de saúde para prevenir uma situação desmame precoce.

Objetivo Nº 2 Investigar o preenchimento da CSC pelos profissionais de saúde do: peso, curva de crescimento, comprimento x idade de crianças de 0 a 5 anos e do perímetro cefálico de 0 a 2 anos, com ênfase no acompanhamento do crescimento.

Os resultados referentes ao preenchimento da caderneta de saúde da criança relativos à Vigilância do Crescimento Infantil serão apresentados a seguir na tabela 3.

Tabela 3 (Índices por item, relativos aos registros das medidas antropométricas na Caderneta de Saúde da Criança, Niterói, RJ, Brasil, 2014).

REGISTRO DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

Item N (%)

Idade 74 72,52%

Peso 74 72,52%

Estatura 74 72,52%

Perímetro Cefálico 44 43,12%

Índice de Massa Corporal 7 6,86%

Fonte: Dados obtidos durante a pesquisa através da utilização do checklist.

Foi visível o sub-registro sobre o índice de massa corporal, visto que apenas 6,86% das CSC constavam esta informação. Destaca-se também uma quantidade de registro baixa no que se refere ao Perímetro Cefálico.

Ainda no que se refere à Vigilância da Saúde Infantil, a tabela 4 mostra o preenchimento das curvas de crescimento da criança.

(28)

Tabela 4 (Taxas de preenchimento das curvas de crescimento contidas na Caderneta de Saúde da criança, Niterói, RJ, Brasil, 2014).

CURVAS DE CRESCIMENTO

Item N (%)

Perímetro Cefálico x Idade 26 25,48%

Peso x Idade 31 30,38%

Comprimento x Idade 23 22,54%

Índice de Massa Corporal 2 1,96%

Fonte: Dados obtidos durante a pesquisa através da utilização do checklist.

Observa-se o sub-registro de todas as curvas de crescimento, sendo a de Peso x Idade a que mais houve registro (30,38%) e a de Índice de Massa Corporal com apenas a 1,96% dos registros.

Considerando que é na fase inicial da vida onde ocorrem os processos vitais de crescimento e desenvolvimento, onde a criança se apropria de experiências, habilidades, passam a descobrir o mundo que a cerca e elabora novos valores, destaca-se o valor de um acompanhamento cauteloso do crescimento infantil, visando prevenir ou atenuar possíveis agravos à sua saúde.

O acompanhamento sistemático do crescimento da criança constitui o eixo central do atendimento à criança no serviço de saúde, tido como a oportunidade para a realização da promoção a saúde, conduzidas pelo cuidado integral. A avaliação periódica do ganho de peso permite a avaliação do progresso individual, além de identificar aquelas de maior risco de morbimortalidade sinalizando precocemente a desnutrição (BRASIL, 2005).

Reichert et. al (2012) discorre que nos parâmetros de crescimento e desenvolvimento, estão inclusos indicadores diretamente relacionados com a manutenção da saúde e nutrição infantil. Uma monitorização efetiva do crescimento requer um bom nível de registros, sendo a Caderneta de Saúde da Criança um instrumento essencial, que permite a identificação de crianças em maior risco de morbimortalidade e promove um crescimento infantil adequado (ROCHA E PEDROZA, 2013).

Considerando o crescente aumento das prevalências de obesidade em crianças acima de 2 anos, o estudo de Linhares (2012) também mostrou o baixo percentual de preenchimento do gráfico de Altura x Idade, o que sugere a pouca valorização e o desconhecimento por parte dos profissionais deste importante problema na população infantil brasileira.

Mesmo com todas essas informações sobre a relevância do bom acompanhamento do crescimento infantil, ainda observa-se situações como as indicadas pela tabela 3, onde dados

(29)

como Perímetro Cefálico e Índice de Massa Corporal deixam de ser registrados pelos profissionais de saúde, sendo o primeiro utilizado na identificação de anomalias como microcefalia, hidrocefalia e neuropatias, e o segundo como indicador do nível de obesidade nos diferentes países, crianças com IMC elevado podem apresentar problemas como: pressão alta, baixa resistência cardiovascular, diabetes e problemas psicológicos (MACCHIAVERNI E BARROS FILHO, 1998).

Observando a tabela 4 onde se encontram o índice dos registros das curvas de crescimento, o problema se torna evidente, visto que todos os registros não alcançaram nem 50%.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que as curvas de crescimento são um importante instrumento técnico para monitorar e avaliar o crescimento de todas as crianças, independente de sua origem étnica, situação socioeconômica ou tipo de alimentação, desta forma é possível detectar de forma precoce agravos como: desnutrição, sobrepeso, obesidade e condições associadas ao crescimento e à nutrição da criança.

Objetivo Nº 3 Investigar o preenchimento dos marcos de desenvolvimento infantil das crianças de 0 a 3 anos.

Das 98 cadernetas consultadas apenas 5% apresentavam o preenchimento dos marcos de desenvolvimento infantil. Dessas, todas haviam interrompido o registro de desenvolvimento após o primeiro ano de vida.

Gráfico 1 (Porcentagem do Preenchimento dos Marcos de Desenvolvimento. Niterói, RJ, Brasil, 2014).

Fonte: Dados obtidos durante a pesquisa através da utilização do checklist. 5%

95%

Vigilância do Desenvolvimento

(30)

Antes mesmo de abordarmos os dados apresentados no gráfico 1, é necessário discorrer sobre o desenvolvimento infantil. Para autores como Marcondes et. al (1991) o desenvolvimento é um aumento na capacidade individual humana na realização de tarefas a cada dia mais complexas, também podemos adotar a definição de Mussen et. al (1995) o desenvolvimento são mudanças nas estruturas físicas e neurológicas, cognitivas e comportamentais, que surgem de forma ordenada e são relativamente duradouras. É claro que existem fatores pessoais que influenciam no crescimento e desenvolvimento infantil, é preciso entender os padrões sociais e ambientais para se entender claramente o desenvolvimento da criança.

De acordo com o Manual para Vigilância do Desenvolvimento Infantil no Contexto da AIDPI (2005), desenvolvimento infantil é um processo que envolve diversos processos como o crescimento físico, passando pela maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança e seu objetivo é tornar a criança apta a responder suas demandas pessoais e a do meio em que vive.

Sobre a vigilância do desenvolvimento infantil, ainda de acordo com o manual, entende-se que compreende todas as atividades que se relacionam a promoção do desenvolvimento e a detecção de problemas que possam afetar o desenvolvimento normal, na atenção primária a saúde da criança, sendo esta um processo contínuo e flexível, que envolve informações dos profissionais de saúde, pais, professores e outros.

Voltando ao gráfico 1 onde apenas 5% possuíam algum registro do desenvolvimento, Shonkoffet et al (2008) diz que como uma casa sendo construída, o desenvolvimento cerebral precisa ocorrer de forma sequencial para suportar o desenvolvimento a longo prazo pois, mesmo o cérebro mantendo uma capacidade adaptativa durante toda a vida, esta é reduzida com o passar dos anos, dificultando o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais mais complexas.

Da mesma forma que o acompanhamento do crescimento, o registro do processo de desenvolvimento de cada criança é imprescindível. Desta forma é necessário que o profissional que realiza o acompanhamento da criança aproveite a consulta para observar os marcos do desenvolvimento e verificar a maneira como os familiares responsáveis se relacionam com a criança. Os marcos do desenvolvimento atuam como um método de diálogo com a família, de forma a orientar os cuidadores da criança para que estes sejam atentamente observados, permitindo a prevenção de agravos no desenvolvimento e, caso necessário, realizando intervenções de forma precoce (BRASIL, 2005).

(31)

O estudo de Maia (2013) descreveu alguns fatores que influenciam o registro dos profissionais de saúde na vigilância do desenvolvimento. De acordo com os profissionais a falta de inclusão de conteúdos sobre desenvolvimento infantil nos currículos da graduação, a falta de treinamento, falta de uso e de acesso aos instrumentos de avaliação existentes, e o tempo reduzido nas consultas dificultam a avaliação do desenvolvimento infantil, o que resulta em encaminhamentos tardios ou identificação de atrasos apenas na inserção da criança no meio escolar, impedindo uma intervenção antecipada.

A Caderneta de Saúde da Criança quando na sua implantação pelo Ministério da Saúde propôs despertar nos profissionais uma sensibilização sobre um bom acompanhamento do desenvolvimento infantil, através da metodologia simples, porém de comprovada eficácia dos marcos de desenvolvimento contidos na CSC (BRASIL, 2005).

Engle et al (2007) e Schonwald et al (2009), destacaram a necessidade da captação dos profissionais de saúde, e também uma melhor organização do serviço de saúde pela gestão, trabalhando na implantação dos programas de saúde voltados para prevenção e reabilitação dos problemas do desenvolvimento infantil.

Como profissionais de saúde, devemos assumir o papel na construção adequada do desenvolvimento infantil, pois através desse são construídos indivíduos com um maior senso crítico e mais preparados para o enfrentamento de dificuldades, que se tornarão adolescentes, jovens e adultos saudáveis e produtivos. Quanto mais cedo o serviço de saúde diagnosticar um atraso ou problema no desenvolvimento infantil, menores serão os danos a essa criança.

A caderneta de saúde da criança é um instrumento que deve ser utilizado em todo atendimento da criança por ser um importante documento para o acompanhamento do seu estado de saúde, assim os registros devem ser realizados de forma adequada, já a partir do nascimento da criança até os 10 anos de idade. Desta forma, a CSC deve ser vista como um documento que colhe e produz informações sobre a saúde infantil.

Os registros devem ser efetuados por todos os profissionais de saúde que prestam atenção à criança. O adequado manejo deste instrumento constitui-se um desafio, particularmente as maternidades e os serviços de atenção primária devem se responsabilizar pela verificação e preenchimento da caderneta de saúde da criança (ALVES, 2009). Entretanto, a falta de divulgação, treinamento ou qualquer tipo de capacitação sobre esta caderneta para os profissionais que assistem à criança, foi considerada como um dos principais fatores relacionados à uma má utilização do instrumento e ao seu preenchimento inadequado, segundo o estudo de Linhares (2012).

(32)

5 CONCLUSÃO

Esse estudo se propôs a avaliar a utilização da Caderneta de Saúde da Criança pelos profissionais de saúde, a partir da identificação do preenchimento dos dados do período gravídico – puerperal e dos dados de crescimento e desenvolvimento infantil.

No presente estudo os maiores percentuais de preenchimento referiram-se aos dados do recém-nascido em relação à hora, dia, maternidade, peso, comprimento, perímetro cefálico, sexo, apgar e idade gestacional. Nos que se refere aos registros das medidas antropométricas destacou-se o sub-registro do dado do Índice de Massa Corporal (IMC), assim como em todas as curvas de crescimento (Peso x Idade; Comprimento x Idade; Perímetro Cefálico x Idade e IMC).

O baixo percentual do preenchimento dos marcos de desenvolvimento infantil indica que esses não estão sendo observados durante o atendimento à criança, o que dificulta a prevenção de agravos e de intervenções precoces imprescindíveis para o acompanhamento do processo de desenvolvimento maturativo, psicomotor, social e psicoafetivo da criança.

O estudo demonstra fragilidade evidenciada no preenchimento da CSC nas práticas profissionais para a atenção à saúde da criança. Dessa forma, entende-se que uma melhor utilização da caderneta pelos profissionais contribuirá para a comunicação multiprofissional e um atendimento integralizado, possibilitando o melhor desempenho dos profissionais através do correto e completo preenchimento da caderneta.

As conclusões desse estudo dizem respeito a uma realidade local, sendo limitada sua abrangência, porém, podem contribuir para reflexão em realidades semelhantes. Essas reflexões podem apontar caminhos para que a CSC torne-se de fato um instrumento imprescindível no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, considerando a comprovada sub-utilização das atividades de crescimento e desenvolvimento infantil, que se constituem o eixo integrador das atividades de atenção à criança.

(33)

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(37)
(38)

APÊNDICE A – CHECKLIST DA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA

Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiatria Núcleo de Pesquisa e Estudos em Saúde Integral da Criança e Adolescente

CHECK LIST CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA

Nome da Criança: Familiar:

(39)

DADOS DA MATERNIDADE

 Pré - Natal: ( ) SIM ( ) NÃO ( ) INCOMPLETO

Quais foram preenchidos?________________________________________

 Parto E Pós - Parto: ( ) SIM ( ) NÃO ( ) INCOMPLETO

Quais foram preenchidos?________________________________________

 Dados do recém – nascido  Nascimento: HORA ( ); DIA ( ); MATERNIDADE ( ); PESO ( ); COMPRIMENTO ( ); PERÍMETRO CEFÁLICO ( ); SEXO ( ); APGAR (1º E 5º MIN) ( ); IDADE GESTACIONAL ( ); TIPAGEM SANGUÍNEA ( ); PROFISSIONAL QUE ASSISTIU AO RN ( ); ALEITAMENTO NA 1ª HORA ( ).

 Exames de Triagem Neonatal: ( ) SIM ( ) NÃO ( ) INCOMPLETO

Quais foram preenchidos?________________________________________

 Dados de Alta: ( ) SIM ( ) NÃO ( ) INCOMPLETO

Quais foram preenchidos?________________________________________

 Pressão Arterial: ( ) SIM ( ) NÃO

 Registro de Vacinas: ( ) SIM ( ) NÃO

CURVAS DE CRESCIMENTO

 Curva do Perímetro Cefálico: ( ) SIM ( ) NÃO Até que idade foi registrado? ______.

 Curva do Peso x Idade: ( ) SIM ( ) NÃO Até que idade foi registrado? ______.

 Curva do Comprimento x Idade: ( ) SIM ( ) NÃO Até que idade foi registrado? ______.

(40)

APÊNDICE B - CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

Etapas da pesquisa 1° Semestre

de 2013

2° semestre de 2013 1° semestre de 2014

Escolha do tema x

Delimitação do objeto de estudo x

Levantamento bibliográfico x x x Delimitação da metodologia x Elaboração do instrumento de coleta de dados x Encaminhamento ao CEP x Coletas de dados x x

Análise e interpretação dos dados x x

Conclusão do estudo x

Revisão e elaboração do texto final

x

Elaboração de artigo x

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Referências

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