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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

ADRIANA HOCHSTEIN EDSON SPERAFICO CARNEIRO

LUCIÉLI KRÜGER STAUDT

PROCEDIMENTOS PARA DESTINAÇÃO FINAL DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS – ESTUDO DE CASO

PONTA GROSSA – PR 2005

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ADRIANA HCHSTEIN

EDSON ESPERAFICO CARNEIRO LUCIÉLI KRÜGER STAUDT

PROCEDIMENTOS PARA DESTINAÇÃO FINAL DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS – ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de especialização, à Universidade Estadual de Ponta Grossa na Área de Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador:

Prof. Dr. Alceu Gomes de Andrade Filho

PONTA GROSSA – PR 2005

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PROCEDIMENTOS PARA DESTINAÇÃO FINAL DE MEBALAGENS

VAZIAS DE AGROTÓXICOS – ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Estadual de Ponta Grossa para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho

Departamento de Engenharia Civil

ADRIANA HOCHSTEIN EDSON SPERAFICO CARNEIRO

LUCIÉLI KRÜGER STAUDT

Prof. Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, D.Eng. Coordenador do EngSeg2004

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Alceu Gomes de Andrade Filho,Dr. Orientador

Prof. Altair Justino, Dr. Prof. Marcos Rogério Széliga,Dr.

Membros

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DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho ao Engº Agrº Gilson Viero, responsável pela ACODEVALI, pelo auxílio e informações concedidas à esse estudo de caso.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 1 OBJETIVOS... 10 1.1 Geral... 10 1.2 Específicos... 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 11

2.1 Embalagem vazia de agrotóxico – Destinação final de embalagem não lavada – Procedimento NBR 14935... 11

2.1.1 Definições... 11

2.1.2 Unidades de recebimento das embalagens... 12

2.1.3 Identificação das embalagens na indústria... 12

2.1.4 Proteção e capacitação dos operadores... 12

2.1.5 Armazenamento das embalagens na propriedade rural... 13

2.1.6 Localização das unidades de recebimento... 14

2.1.7 Encaminhamento das embalagens da propriedade rural para uma unidade de recebimento... 15

2.1.8 Recebimento das embalagens... 15

2.1.9 Inspeção das embalagens... 15

2.1.10 Controle da movimentação das embalagens... 16

2.1.11 Preparação das embalagens... 18

2.1.12 Transporte das embalagens... 18

2.1.13 Destinação final das embalagens... 20

2.2 Embalagens laváveis... 22

2.2.1 Procedimentos para preparo e movimentação das embalagens... 22

2.2.2 Armazenamento na propriedade rural... 23

2.2.3 Transporte da embalagens lavadas da propriedade rural para a unidade de recebimento... 23

2.3 Responsabilidades dos usuários... 24

2.4 Lei Federal 9.974 de 06 de janeiro de 2000... 24

2.5 Decreto nº 4.704 de 04 de janeiro de 2000... 26

2.6 Comentários à NR 6 Equipamentos de proteção individual... 28

2.7 Comentários à NR 15 – Anexo ... 30

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 32

4.1 Operações da unidade de recebimento ACODEVALI... 32

4.2 Local de origem e quantidades recebidas de embalagens em 2004... 34

4.3 Equipamentos de proteção... 35

4.4 Insalubridade e grau de risco da atividade... 36

4.5 PPRA e exames médicos periódicos... 37

4.5.1 Estrutura do PPRA... 37

4.5.2 Fluxograma do processo... 37

4.5.3 Distribuição dos setores... 37

4.5.4 Relação de riscos por setor... 37

4.6 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO)... 38

4.6.1 Exames médicos... 38

4.7 Fichas de segurança... 39

4.7.1 Procedimento... 39

4.7.2 Plano de ação preventiva e controle de acidentes... 39

4.8 Locais de reciclagem e incineração das embalagens... 40

5 CONCLUSÃO... 42

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 44

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Logística de transporte das embalagens... 19

FIGURA 2 Fluxo logístico do transporte das embalagens... 20

FIGURA 3 ACODEVALI – São Mateus do Sul/PR... 31

FIGURA 4 Embalagens de papelão prensadas... 34

FIGURA 5 Funcionário da ACODEVALI com EPIs... 36

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo destacar a importância em fazer a destinação final correta para as embalagens vazias dos agrotóxicos, as maneiras corretas de manusear, transportar e armazenar as embalagens, visando a saúde dos empregados e preservação do meio ambiente. Trata-se de um estudo de caso realizado na Associação dos Comerciantes de Defensivos do Vale do Iguaçu (ACODEVALI), localizada à Rua Antonio Macuco, 3090, Bairro Paiol Grande, no município de São Mateus do sul – Paraná. Observou-se, os procedimentos para destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos, o número de embalagens devolvidas, o local de origem e de destino desse material, formas de aproveitamento ou descarte das embalagens e os equipamentos de segurança utilizados pelos funcionários na unidade de recebimento. O estudo permitiu realizar constatações do grau de conscientização dos funcionários da associação, a respeito dos equipamentos de segurança e destinação final ambientalmente correta das embalagens utilizadas e se os procedimentos encontram-se de acordo com as normas previstas na legislação. Treinamento contínuo dos funcionários e atividades junto à comunidade em relação ao trabalho desenvolvido pela associação são sugestões para trabalhos futuros.

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INTRODUÇÃO

A destinação final correta para as embalagens vazias dos agrotóxicos é um procedimento complexo que requer a participação efetiva de todos os agentes envolvidos na fabricação, comercialização, utilização, licenciamento, fiscalização e monitoramento das atividades relacionadas com manuseio, transporte, armazenamento e processamento dessas embalagens.

Considerando a grande diversificação de embalagens e de formulações de agrotóxicos com características físicas e composições químicas diversas e as exigências estabelecidas pela Lei Federal nº 9.974 de 06 de junho de 2000 e decreto nº 4.074 de 04 de janeiro de 2002, foi elaborado este trabalho para esclarecer os procedimentos mínimos e necessários à destinação final segura das embalagens vazias de agrotóxicos, com a preocupação de que os eventuais riscos decorrentes de sua manipulação sejam minimizados a níveis compatíveis com a proteção da saúde humana e do meio ambiente.

Nos quatro primeiros meses de 2004, o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) atingiu a marca de 5.320 toneladas de embalagens retiradas do meio ambiente, um crescimento de 208,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior (1.723 toneladas). Só em abril, foram recolhidos mais de 1.500 toneladas. No acumulo de um ano, de abril de 2003 a abril de 2004, já foram devolvidos 11.500 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos. A evolução está associada ao aumento da malha de recebimento dessas embalagens, que já superou o número de 230 Unidades , distribuídas entre Postos e Centrais (inpEV – Abril/2004).

Foram devolvidas embalagens vazias de defensivos agrícolas nas Unidades de Recebimento do Brasil, nos meses de janeiro e fevereiro de 2005 índice 11,2% superior ao mesmo período de 2004. Nos últimos 12 meses (entre fevereiro de 2004 e janeiro de 2005) os volumes alcançaram a marca de 15.073 toneladas de

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embalagens corretamente destinadas para reciclagem ou incineração. Responsáveis pelos maiores índices de recolhimento do país, os estados do Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Goiás representam 67,2% do total devolvido no primeiro bimestre de 2005 (inpEV – Abril/2005).

Os agricultores do Paraná devolveram 544 toneladas de embalagens, número que representa 22,1% do recolhido no país, Mato Grosso atingiu a marca de 445 toneladas, ou seja, 18,1% do índice nacional, São Paulo destinou 342 toneladas, o que significa 13,9% do total recolhido. Goiás ficou em quarto lugar, com 323,8 toneladas que expressam 13,1% do total do País (inpEV – Fevereiro/2005).

O estudo foi realizado na Associação dos Comerciantes de Defensivos do Vale do Iguaçu (ACODEVALI), no município de São Mateus do Sul e objetivou verificar se os procedimentos para destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos, bem como os procedimentos relacionados a segurança dos funcionários encontram-se de acordo com as normas previstas pela legislação, visando a saúde dos funcionários e a não contaminação do meio ambiente.

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1 OBETIVO

1.1 Geral

Observar os procedimentos para destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos e os EPIs utilizados pelos funcionários.

1.2 Específico

Verificar através de um estudo de caso realizado na ACODEVALI, Associação dos Comerciantes de Defensivos do Vale do Iguaçu, se os procedimentos para destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos bem como os procedimentos relacionados a segurança dos funcionários encontram-se de acordo com as normas previstas pela legislação, visando a saúde dos funcionários e a não contaminação do meio ambiente.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Embalagem vazia de agrotóxico – Destinação final de embalagem não lavada – Procedimento NBR 14935

Esta norma estabelece os procedimentos para a correta e segura destinação final das embalagens de agrotóxicos vazias, não laváveis, não lavadas, mal lavadas, contaminadas ou não, rígidas ou flexíveis, que não se enquadrem na NBR 14719.

Esta norma não se aplica às embalagens que acondicionam formulações contendo organismos vivos.

2.1.1 Definições

Embalagem não lavável: Embalagens vazias que acondicionam formulações de agrotóxicos não miscíveis nem dispersíveis em água, ou não a utilizam como veículo de pulverização, e que não podem, portanto, ser lavadas conforme estabelecido na NBR 13968. Incluem-se nesta definição as embalagens flexíveis contaminadas e as embalagens secundárias não contaminadas, rígidas ou flexíveis.

Embalagens não lavada: Embalagens vazias de agrotóxicos não laváveis e embalagens que, embora sejam laváveis, por terem contido formulações de agrotóxicos miscíveis ou dispersíveis em água, não foram adequadamente lavadas, conforme estabelecido na NBR 13968.

Embalagem rígida: Embalagem confeccionada com material rígido compreendendo as embalagens metálicas, plásticas, de vidro, fibrolatas, de fibra aglomerada ou de outro material rígido.

Embalagem flexível: Embalagens tais como sacos ou saquinhos plásticos, de papel, metalizadas, mistas ou de outro material flexível; embalagens montáveis compreendendo as caixas de papelão e os de cartolina; embalagens termomoldáveis.

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Embalagem primária: Embalagens rígidas ou flexíveis que entram em contato direto com as formulações de agrotóxicos e como tal são enquadradas nas legislações e normas específicas para sua destinação.

Embalagem secundária: Embalagens rígidas ou flexíveis que acondicionam embalagens primárias, não entram em contato direto com as formulações de agrotóxicos sendo consideradas embalagens não contaminadas e não perigosas. Podendo ser enquadradas nos procedimentos de destinação final de embalagens lavadas, estabelecidos na NBR 14719.

2.1.2 Unidades de recebimento das embalagens

a) Postos de recebimentos: Locais que se restringem ao recebimento, registro, classificação quanto ao tipo de embalagem e armazenamento temporário de embalagens vazias de agrotóxicos e afins, que atendam aos usuários até a transferência das embalagens para uma central vinculada ou não, ou diretamente para a classificação final adequada.

b) Centrais de recebimento: Locais de recebimento, registro, classificação quanto ao tipo de embalagem e armazenamento de embalagens vazias de agrotóxicos e afins, que atendam aos usuários e postos de recebimento e possuam equipamentos para redução de volume para acondicionamento, até a retirada das embalagens para a destinação final.

2.1.3 Identificação das embalagens na indústria

As embalagens não laváveis devem conter um pictograma (anexo 1), caracterizando essa condição, no seu rótulo ou na própria embalagem, quando industrialmente viável, excluindo-se as embalagens secundárias, sendo a sua inclusão facultativa na respectiva bula. Na impossibilidade de constar o pictograma no rótulo ou na própria embalagem, deve-se consultar o órgão federal competente.

2.1.4 Proteção e capacitação dos operadores

Para exercer qualquer atividade que impliquem o manuseio de embalagens vazias de agrotóxicos, os operadores devem receber treinamento e capacitação

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necessários e utilizar os equipamentos de proteção individual adequados a cada tipo de atividade.

O monitoramento biológico dos funcionários das unidades de recebimento deve ser realizado periodicamente.

2.1.5 Armazenamento das embalagens na propriedade rural

a) As embalagens rígidas primárias contaminadas não lavadas e as portadoras do pictograma de embalagem não lavável devem ser armazenadas conforme itens f e g, na propriedade rural, íntegras, tampadas e sem vazamento até a devolução às unidades de recebimento de embalagens.

b) As embalagens flexíveis primárias contaminadas devem ser acondicionadas em embalagens padronizadas (como sacos plásticos transparentes, caixas coletivas de papelão ou outras), todas devidamente lacradas e identificadas, que podem ser encontradas nos canais de comercialização de agrotóxicos, armazenadas na propriedade rural, conforme item “f “ e “ g “, até a devolução às unidades de recebimento de embalagens.

c) As embalagens secundárias não contaminadas, rígidas ou flexíveis, devem ser armazenadas separadas das embalagens contaminadas no mesmo galpão. d) As caixas coletivas de papelão podem acondicionar as embalagens rígidas primárias originais, lavadas ou não, desde que sejam intactas, completamente esgotadas, adequadamente tampadas e sem sinais visíveis de contaminação externa.

e) As embalagens secundárias rígidas ou flexíveis, se contaminadas, deve, seguir os mesmos procedimentos para a destinação das embalagens primárias contaminadas.

f) Todas as embalagens contaminadas devem ser armazenadas em local isolado, identificado com placas de advertência, ao abrigo das interpéries, ventilado, fechado e de acesso restrito.

g) O armazenamento pode ser feito no próprio depósito das embalagens cheias, desde que devidamente identificadas e separadas das embalagens não contaminadas.

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2.1.6 Localização das unidades de recebimento

As unidades de recebimento podem ser implantadas em municípios de atividade agrícola geradora de massa de embalagens vazias que justifiquem a sua localização. Devem ser instaladas em zona rural ou em zona industrial não urbana. Devem obter, junto à prefeitura municipal, certidão declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo.

O terreno onde serão construídas deve ser plano: se não for viável, deve ser implantado na área um sistema de controle de águas pluviais e de erosão do solo. A área escolhida para a construção de unidade de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos, posto ou central deve:

a) estar distante de corpos hídricos, tais como lagos, rios, nascentes, pontos de captação de água etc., de modo a reduzir os riscos de contaminação em casos de eventuais acidentes.

b) estar distantes de concentrações residências, abrigos de animais domésticos (estábulos, pocilgas, aviários, galinheiros) e de depósitos de alimentos, de forma que os mesmos não sejam contaminados em casos de eventuais acidentes;

c) estar distante num raio no mínimo 500 metros de unidades de preservação ou de áreas de proteção ambiental (Resolução CONOMA 334/2003);

d) estar em pontos não sujeitos a inundações; e) ter fácil acesso a qualquer tempo;

f) impedir acesso a crianças, animais e pessoas não autorizadas;

g) dispor de área suficientemente ampla para movimentação dos veículos transportadores das embalagens.

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2.1.7 Encaminhamento das embalagens da propriedade rural para uma unidade de recebimento

As embalagens rígidas primárias contaminadas não lavadas, as que portarem o pictograma de embalagem não lavável e as embalagens flexíveis primárias contaminadas cuidadosamente acondicionadas em embalagens padronizadas devidamente identificadas e lacradas somente podem ser encaminhadas a uma unidade de recebimento que esteja devidamente autorizada pelo órgão competente e equipada para recebê-la e manuseá-las com segurança.

As embalagens secundárias, rígidas, não contaminadas, podem ser encaminhadas aos postos ou centrais de recebimento para seguirem os procedimentos de destinação final.

2.1.8 Recebimento das embalagens

As unidades de recebimento devem receber somente embalagens vazias de agrotóxicos e aquelas que, eventualmente, as acondicionem. Quanto às embalagens contendo sobras de agrotóxicos ou com produtos com prazos de validade vencidos, as unidades de recebimento devem orientar os usuários a seguirem as instruções contidas nos rótulos e bulas, sendo que, para a logística da coleta, transporte e destinação final segura das mesmas, devem ser observadas as normas ou legislações específicas.

Quando a entrega for feita pelo proprietário ou pelo preposto do proprietário, este deve assinar um termo de responsabilidade (anexo 2) especificando tipo, condição e quantidade ou peso das embalagens entregues, cujos dados devem constar nos registros de cada unidade de recebimento.

2.1.9 Inspeção das embalagens

As embalagens rígidas devem ser inspecionadas individualmente e separadas de acordo com os seguintes critérios:

a) embalagens rígidas contaminadas portadoras do pictograma de embalagem não lavável;

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b) embalagens rígidas secundárias não contaminadas; c) embalagens rígidas primárias laváveis não lavadas;

d) embalagens rígidas primárias laváveis, mal lavadas, apresentando vestígios evidentes de formulações de agrotóxicos.

As embalagens rígidas contaminadas portadoras do pictograma de embalagem não lavável (anexo 1)devem ser devidamente preparadas para destinação final.

As embalagens rígidas secundárias não contaminadas devem ser preparadas e devem ter seu destino de acordo com os critérios estabelecidos na NBR 14719.

As embalagens rígidas primárias providas de pictograma de tríplice lavagem que estejam contaminadas e as que não foram adequadamente lavadas também devem ser preparadas para destinação final porém seu(s) proprietário (o) será (ao) responsabilizado (s) por não efetuar (em) a tríplice lavagem conforme a NBR 13968, descumprindo a Lei 9974 e seu Decreto Regulamentador.

No caso de cumprimento das exigências estabelecidas para o recebimento das embalagens nas unidades de recebimento, o(s) proprietário (s) das embalagens será(ão) responsabilizados pela omissão ou falsidade na declaração, incorrendo nas penalidades previstas ou a serem previstas em legislação específica.

São isentas de inspeção as embalagens flexíveis acondicionadas nas embalagens padronizadas referidas em “2.1.5 b”. Entretanto, se houver suspeita de que as embalagens padronizadas e lacradas possam conter produtos estranhos às embalagens de agrotóxicos, tais embalagens lacradas poderão ser abertas e inspecionadas.

2.1.10 Controle da movimentação das embalagens

Todas as unidades de recebimento devem dispor de documentos de controle próprios para o registro diário da movimentação – entradas e saídas – das embalagens vazias.

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No documento de controle destinado ao recebimento das embalagens devem constar todos os dados declarados no “Termo de Responsabilidade” (anexo 2) assinado pelo proprietário das embalagens ou seu preposto e pelo responsável pela unidade de recebimento.

No documento de controle destinado à saída das embalagens deve constar o seguinte:

a) nome da transportadora ou os dados do veículo da própria unidade de recebimento;

b) para embalagens rígidas, o tipo da embalagem (plástica, metálica, de vidro ou fibrolata), a condição da embalagem (se lavada ou não), se está intacta ou não, se é a granel , se enfardada ou prensada ou moída;

c) para embalagens flexíveis contaminadas (reembaladas em sacos plásticos padronizados), o tipo de embalagem (saco plástico, de papel, metalizada ou mista) e o número e peso dos sacos plásticos padronizados;

d) para embalagens flexíveis não contaminadas, o tipo de embalagem (caixas de papelão e cartuchos de cartolina) e se enfardadas (número e peso dos fardos); e) quantidade de embalagem (número ou peso) em cada uma das situações acima; f) destino da carga;

- para reciclagem: indicar a recicladora;

- para coprocessamento em fornos de clínquer; indicar a indústria cimenteira; - para incineração: indicar o(s) incineradores (es);

- para queima: indicar a indústria rural autorizada a queimar embalagens não contaminadas;

- para outra unidade de recebimento melhor equipada: indicar a unidade; - para outros destinos: indicar o destino;

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g) data de saída

2.1.11 Preparação das embalagens

As embalagens recebidas nos postos ou nas centrais de recebimento devem ser inspecionadas, separadas segundo os critérios estabelecidos em 2.1.8 e 2.1.9, e devem aguardar por tempo limitado e especificado, as providências a serem tomadas pelo responsável pelo posto ou central de recebimento para a preparação e remoção das referidas embalagens para a sua adequada destinação final.

As embalagens rígidas secundárias não contaminadas podem ser prensadas e enfardadas ou picadas em equipamentos específicos, dependendo da destinação a ser dada às mesmas.

As embalagens flexíveis primárias contaminadas devidamente acondicionadas em embalagens padronizadas podem ou não ser prensadas e enfardadas, dependendo das condições de preparação, de transporte e da sua adequada destinação final.

2.1.12 Transporte das embalagens

a) Do usuário para uma unidade de recebimento

As embalagens não podem ser transportadas juntamente com alimentos, bebidas, medicamentos, rações, pessoas ou animais domésticos.

b) De uma unidade de recebimento para a destinação final

As embalagens rígidas e flexíveis, preparadas conforme 2.1.11, devem ser encaminhadas à destinação final (2.1.13 a e c).

As embalagens rígidas contaminadas também podem ser transportadas intactas, mas neste caso deverão estar íntegras, adequadamente tampadas e sem vazamentos.

O transporte das embalagens contaminadas, rígidas ou flexíveis, deve ser feito em caminhões fechados ou devidamente cobertos com lona impermeável para

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proteção contra chuva, que devem ser, periodicamente, descontaminados cumprindo todas as exigências estabelecidas na legislação e nas normas técnicas vigentes sobre o transporte.

c) Logística de transporte

O inpEV é responsável pelo transporte adequado das embalagens devolvidas de Postos para Centrais e das Centrais de Recebimento para destino final (Recicladoras ou incineradoras) conforme determinação legal (Lei 9.974 / 2000 e Decreto 4.074 / 2002).

Para gerir o processo logístico, o inpEV utiliza o conceito de logística reversa, que consiste em disponibilizar o caminhão que leva os agrotóxicos (embalagens cheias) para os distribuidores e cooperativas do setor e que voltariam vazio, para trazer as embalagens vazias (a granel ou compactadas) armazenadas nas unidades de recebimento.

A figura 01 mostra o uso do mesmo caminhão que transporta embalagens cheias de agrotóxicos da indústria de São Paulo para revenda em Maringá, retorna com embalagens vazias de agrotóxicos da central de recebimento em Maringá para destinação final em São Paulo, otimizando o custo do frete.

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A implantação bem sucedida do modelo de Logística Reserva foi viabilizada através de parceria com a empresa líder no transporte de defensivos agrícolas no Brasil, o Grupo Luft. Este conceito está alinhado com os princípios do instituto de preservação do meio ambiente e da saúde humana e apresenta duas grandes vantagens:

1. Segurança para o meio ambiente e saúde humana: uso de transportadora

capacitada para realizar este tipo de transporte;

2. Economia: caminhão já teve parte dos custos pagos quando levou produto cheio. A figura 2 mostra o transporte das embalagens vazias de agrotóxicos desde o agricultor até sua destinação final.

FIGURA 2 - Fluxo logístico do transporte das embalagens (Fonte: inpEV 2005).

2.1.13 Destinação final das embalagens a) Incineração em incineradores industriais

As embalagens contaminadas de qualquer tipo ou natureza, portadoras ou não do pictograma de embalagem não lavável, podem ser incineradas em

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incineradores industriais devidamente licenciados pelos órgãos ambientais estaduais competentes, conforme os procedimentos estabelecidos na NBR 11175.

b) Queima em fornalhas de instalações de agroindústrias

As embalagens rígidas secundárias não contaminadas, inadequadas para a reciclagem de acordo com os procedimentos da NBR 14719, especificamente fibrolatas de fibra aglomerada e as embalagens flexíveis secundárias não contaminadas, podem ser queimadas em fornalhas de instalações agroindustriais, juntamente com combustíveis alternativos.

c) Reciclagem

As embalagens rígidas secundárias não contaminadas, adequadas para a reciclagem, especialmente as embalagens de baldes metálicos e plásticos com tampa removível, devem seguir os procedimentos de destinação final estabelecidos na NBR 14719.

As embalagens plásticas rígidas e flexíveis primárias contaminadas, devidamente preparadas em condições adequadas de enfardamento, moagem ou picagem, podem ser recicladas em indústrias especializadas para a produção de novas embalagens plásticas, de tamanho padronizado, como por exemplo, para o acondicionamento de resíduos perigosos destinados à incineração, ou qualquer outro produto desde que autorizado pelo órgão ambiental e de saúde humana competente.

As embalagens metálicas primárias contaminadas devidamente preparadas, podem ser recicladas em indústrias siderúrgicas autorizadas pelos órgão ambientais competentes para o processamento específico de embalagens nessas condições. d) Outras alternativas

Quando não houver em uma região específica qualquer possibilidade de utilização de quaisquer das destinações acima referidas, outras eventuais alternativas ambientalmente adequadas, como por exemplo a utilização de aterros sanitários licenciados para a destinação de embalagens não contaminadas, podem

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ser discutidas com os órgãos ambientais competentes e implementadas, desde que aprovadas pelos referidos órgãos.

2.2 Embalagens laváveis

São aquelas embalagens rígidas (plásticas, metálicas e de vidro) que acondicionam formulações líquidas de agrotóxicos para serem diluídas em água (de acordo com a norma técnica NBR-13.968).

2.2.1 Procedimentos para preparo e movimentação das embalagens a) Lavagem das embalagens

Procedimento de lavagem das embalagens rígidas (plásticas, metálicas e de vidro) – Tríplice Lavagem:

- Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;

- Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume; - Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos;

- Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador destinada à pulverização;

- Faça esta operação 3 vezes;

- Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo; - Repetir três vezes.

Procedimento de lavagem das embalagens rígidas (plásticas, metálicas e de vidro) – Sob pressão:

- Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador;

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- Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por 30 segundos;

- A água de lavagem deve ser transferida para o interior do tanque do pulverizador;

- Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo. 2.2.2 Armazenamento na propriedade rural

As embalagens lavadas deverão ser armazenadas com as suas respectivas tampas e rótulos e, preferencialmente, acondicionadas na caixa de papelãooriginal, em local coberto, ao abrigo de chuva, ventilado ou no próprio depósito das embalagens cheias;

- Não armazenar as embalagens dentro de residências ou de alojamentos de pessoas ou animais;

- Não armazenar as embalagens junto com alimentos ou rações;

- Certificar-se de que as embalagens estejam adequadamente lavadas e com o fundo perfurado, evitando assim a sua reutilização.

2.2.3 Transporte das embalagens lavadas da propriedade rural para a unidade de recebimento

Os usuários/agricultores devem tentar acumular (observando sempre o prazo máximo de um ano da data da compra para a devolução ou de seis meses após o vencimento) uma quantidade de embalagens que justifique seu transporte (carga de 01 veículo) à unidade de recebimento, verificando antes o período/calendário de funcionamento daquela unidade. Em caso de dúvida, entre em contato com seu distribuidor.

- Nunca transportar as embalagens junto com pessoas, animais, alimentos, medicamentos ou ração animal;

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2.3 Responsabilidades dos usuários

a) Preparar as embalagens vazias para devolvê-las nas unidades de recebimento:

• Embalagens rígidas laváveis: efetuar a lavagem das embalagens (Tríplici Lavagem ou Lavagem sob Pressão)

• Embalagens rígidas não laváveis: mantê-las intactas, adequadamente tampadas e sem vazamento;

• Embalagens flexíveis: acondicioná-la em sacos plásticos padronizados.

b) Armazenar na propriedade, em local apropriado, as embalagens vazias até sua devolução;

c) Transportar e devolver as embalagens vazias, com suas respectivas tampas e rótulos, para a unidade de recebimento indicada na Nota Fiscal pelo canal de distribuição, no prazo de até um ano, contado da data de sua compra. Se, após esse prazo, remanescer produto na embalagem, é facultada sua devolução em até 6 meses após o término do prazo de validade.

d) Manter em seu poder, para fins de fiscalização, os comprovantes de entrega das embalagens por um ano (anexo 2), a receita agronômica (dois anos) e a nota fiscal de compra do produto.

2.4 Lei Federal 9.974 de 06 de junho de 2000

Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, consideram-se: I – agrotóxicos e afins:

a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja

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finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;

b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento;

Art.6°. As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aos seguintes requisitos:

§ 2º Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou no prazo superior, se autorizado pelo órgão resgistrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente.

§ 4° As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispercíveis em água deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas oriundas dos órgãos competentes e orientação constante de seus rótulos e bulas.

§ 5º As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtores apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais componentes.

Art. 10. Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos artigos 23 e 24 da Constituição Federal. Legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como fiscalizar o uso, o consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte interno.

Art. 12ª. Compete ao Poder Público a fiscalização:

I – da devolução e destinação adequada de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, de produtos apreendidos pela ação fiscalizadora e daqueles impróprios para utilização ou em desuso;

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II – do armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização de embalagens vazias e produtos referidos no inciso I.

Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes, e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente, cabem: e) ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do produtos, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou não der destinação às embalagens vazias em conformidade com a legislação pertinente.

f) ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à proteção a saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distribuição e aplicação dos produtos.

Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente estará sujeito à pena de reclusão, de dois a quatro anos além de multa.

2.5 Decreto Nº 4.704 de 04 de janeiro de 2002

Regulamenta a 7.802/89, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

Art. 52. A destinação de embalagens vazias e de sobras de agrotóxicos e afins deverá atender às recomendações técnicas apresentadas na bula ou folheto complementar.

Art. 53. Os usuários de agrotóxicos e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias, e respectivas tampas, aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, observadas as instruções constantes dos rótulos e das bulas, no prazo de até um ano, contado da data de sua compra.

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§ 1º Se, ao término do prazo de que trata o caput, remanescer produto na embalagem, ainda no seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até 6 meses após o término do prazo de validade.

§ 2º É facultada ao usuário a devolução de embalagens vazias a qualquer posto de recebimento ou centro de recolhimento licenciado por órgão ambiental competente e credenciado por estabelecimento comercial.

§ 3º Os usuários deverão manter à disposição dos órgãos fiscalizadores os comprovantes de devolução de embalagens vazias, fornecidas pelos estabelecimentos comerciais, postos de recebimento ou centros de recolhimento, pelo prazo de, no mínimo em ano, após a devolução da embalagem.

Art. 54. Os estabelecimentos comerciais deverão dispor de instalações adequadas para recebimento e armazenamento das embalagens vazias devolvidas pelos usuários, até que sejam recolhidas pelas respectivas empresas titulares do registro, produtoras e comercializadoras, responsáveis pela destinação final dessas embalagens.

§ 1º Se não tiverem condições de receber ou armazenar embalagens vazias no mesmo local onde são realizadas as vendas dos produtos, os estabelecimentos comerciais deverão credenciar posto de rcebimento ou centro de recolhimento, previamente licenciado, cujas condições de funcionamento e acesso não venham a dificultar a devolução pelos usuários.

§ 2º Deverá constar na nota fiscal de venda dos produtos o endereço para devolução da embalagem vazia, devendo os usuários ser formalmente comunicados de eventual alteração no endereço.

Art. 55. Os estabelecimentos comerciais, postos de recebimento e centros de recolhimento de embalagens vazias fornecerão comprovante de recebimento das embalagens onde deverão constar, no mínimo:

I - nome da pessoa física ou jurídica que efetuou a devolução; II - data de recebimento; e

III – quantidades e tipos de embalagens recebidas.

Parágrafo único. Deverá ser mantido à disposição dos órgãos de fiscalização referidos no art. 71 sistema de controle das quantidades e dos tipos de embalagens recebidas em devolução, com as respectivas datas.

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Art. 56. Os estabelecimentos destinados ao desenvolvimento de atividades que envolvam embalagens vazias de agrotóxicos, componentes ou afins, bem como produtos em desuso ou impróprios para utilização, deverão obter licenciamento ambiental.

Art. 57. As empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pelo recolhimento, pelo transporte, pela destinação final das embalagens vazias, devolvidas pelos usuários aos estabelecimentos comerciais ou aos postos de recebimento, bem como aos produtos por elas fabricados e comercializados:

I – apreendidos pela ação fiscalizatória; e

II – impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reciclagem ou inutilização, de acordo com as normas e instruções dos órgãos registrante e saniário-ambientais competentes.

§ 1º As empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras de agrotóxicos e afins, podem instalar e manter centro de recolhimento de embalagens usadas e vazias.

§ 2º O prazo máximo para recolhimento e destinação final das embalagens pelas empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras, é de um ano, a contar da data de devolução pelos usuários.

§ 3º Os responsáveis por centros de recolhimento de embalagens vazias deverão manter à disposição dos órgãos de fiscalização sistema de controle da quantidades e dos tipos de embalagens, recolhidas e encaminhadas a destinação final com as respectivas datas.

2.6 Comentários à NR 6 Equipamentos de proteção individual

Das disposições da NR 6 – Equipamento de Proteção Individual(EPI) -, cumpre ressaltar os seguintes aspectos:

a) Proteção coletiva

A NR-6 determina que o EPI será obrigatoriamente usado sempre que as medidas de proteção coletiva se mostrarem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais e do trabalho. Por esse princípio básico, infere-se que toda a empresa deve buscar implantar a proteção coletiva e somente se essa se mostrar

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impossível de ser implementada, seja por motivos técnicos ou mesmo econômicos, é que os EPIs deverão ser utilizados.

Posto isso, quando ocorrerem condições adversas no meio ambiente de trabalho, geradas por agentes agressivos, como ruídos excessivos; presença de fumos, névoas, vapores tóxicos ou irritantes; poeiras que afetam a visão ou as vias respiratórias; temperaturas extremas; manuseio de substâncias corrosivas, tóxicas, irritantes; perigo de projeções de partículas ou estilhaços; possibilidade de arranhões ou de cortes por rebarbas de sucatas ou de peças não desbastadas; excesso de calor nocivo por contato direto ou por efeito de radiação infravermelha, ou, enfim, a possibilidade de que a integridade física e a saúde do trabalhador sejam afetadas por qualquer agente agressivo, presente no ambiente de trabalho e que não seja possível eliminá-lo por meio da proteção coletiva, serão utilizados obrigatoriamente, os EPIs adequados a cada atividade dos trabalhadores, a fim de lhes propiciar a devida proteção a sua saúde e integridade física.

b) Recomendações técnicas do EPI adequado

Caberá ao Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente nas diferentes atividades da empresa.

Nas empresas desobrigadas de possuir o SESMT, a recomendação sobre o EPI adequado a ser adquirido caberá à Comissão Interna de Acidentes (Cipa) e por último, nas empresas que não possuírem Cipa, cumprirá ao empregador buscar a orientação técnica necessária, por exemplo, junto à DRT ou à Fundacentro, ou a qualquer órgão especializado no assunto.

c) Certificado de aprovação (CA)

O EPI deve apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou importador e o número do Certificado de Aprovação do (CA).

O Certificado de Aprovação (CA), condição legal para a comercialização do EPI, exigido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, indica que o Equipamento de Proteção Individual, seja de fabricação nacional ou estrangeira, foi submetido a

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ensaios em laboratório especializado, onde foi comprovada sua eficiência em oferecer proteção adequada contra os riscos para os quais foi construído.

d) Obrigações do empregador

O empregador é obrigado a fornecer gratuitamente o Equipamento de Proteção Individual (EPI) ao empregador, cumprindo o que consta das normas regulamentadoras, particularmente quanto à utilização, que deverá envolver, no mínimo, segundo estabelece o item 9.3.5.5, da NR-9, da portaria nº 3.214/78:

• seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e a atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;

• programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;

• estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas;

• caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPIs utilizados para os riscos ambientais.

e) Obrigações do empregador

A NR-6 obriga o empregado a usar o EPI, somente para a finalidade a que se destina o equipamento. Determina, ainda, que o empregado é o responsável pela guarda e conservação do EPI, devendo comunicar, de imediato, ao empregador, qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para o uso.

2.7 Comentários a NR-15 – Anexo 13

São consideradas operações insalubres de grau médio as atividades com empregos de defensivos organoclorados e empregos de defensivos do ácido-carbônico.

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3 METODOLOGIA

O presente trabalho foi desenvolvido na ACODEVALI (Associação dos Comerciantes de Defensivos do Vale do Iguaçu) – Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxico, fundada em 2001 e localizada à Rua Antonio Macuco, 3180, Bairro Paiol Grande no município de São Mateus do Sul – PR.

A figura 3 mostra uma vista frontal das instalações da ACODEVALI. Apresenta área segregada para o armazenamento das embalagens, protegido de interpéries, com piso pavimentado, ventilado, fechado e de acesso restrito.

FIGURA 3 – ACODEVALI (Fonte: ACODEVALI/2005)

Foi feito um estudo de caso, onde as informações foram obtidas através de revisão bibliográfica, elaboração de questionário (anexo 3), visitas técnicas no local, entrevista com o responsável técnico da central e acompanhamento das atividades na Central de recebimento.

A ACODEVALI recebe embalagens vazias de agrotóxicos dos municípios de São Mateus do Sul – PR e região, conforme mostra a tabela 1.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Operações da unidade de recebimento ACODEVALI

Ao receber embalagens vazias, o encarregado da Unidade de Recebimento adota os seguintes procedimentos:

a) Inspeção das Embalagens:

Cada carga de embalagens é inspecionada da seguinte forma:

- As embalagens rígidas laváveis são inspecionadas uma a uma, verificando visualmente se as mesmas encontram-se adequadamente lavadas. As embalagens laváveis que não foram lavadas são separadas, notificando-se o agricultor responsável fazendo constar no verso do Comprovante de Recebimento (anexo 2) as quantidades, tipos e a informação do não cumprimento da legislação quanto ao processo de lavagem. De acordo com a legislação, o agricultor poderá ser penalizado por não fazer a tríplice lavagem ou lavagem sob pressão;

- As embalagens rígidas e flexíveis secundárias, como caixas coletivas de papelão, cartuchos de cartolina e fibrolatas são inspecionadas uma a uma, verificando se não há contaminação aparente. As embalagens contaminadas são armazenadas na área segregada;

- As embalagens flexíveis são aceitas se estiverem guardadas dentro de saco plástico transparente padronizado (disponível nos revendedores), com a etiqueta devidamente preenchida, caso contrário serão aceitas também, porém será feito

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uma anotação no comprovante de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos, onde o agricultor será o responsável pela devolução.

- É registrado no Termo de Responsabilidade/ Comprovante de Recebimento as quantidades e tipos de embalagens recebidas. No documento são anotadas as quantidades e condições das embalagens entregues em desacordo com a legislação. Uma cópia do documento fica na unidade de recebimento (anexo 2).

b) Preparação das Embalagens

- As embalagens lavadas são separadas das não lavadas e simplesmente arrumadas, preferencialmente separando-as por matéria–prima (plástico, metal, vidro ou caixas coletivas de papelão).

- Depois de devidamente selecionadas e separadas por matéria–prima (PEAD, COEX, PET, metal, vidro ou caixas coletivas de papelão) são preparadas para a redução de volume, para viabilizar o seu transporte;

- As embalagens plásticas, metálicas e caixas coletivas de papelão são devidamente prensadas e enfardadas (figura 4);

- As embalagens de vidro são trituradas e os cacos gerados são acondicionados em tambores metálicos.

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- Todas as embalagens não lavadas são armazenadas separadas das lavadas, em local segregado, identificado com placas de advertência, ao abrigo das intempéries, com piso pavimentado, ventilado, fechado e de acesso restrito.

d) Transporte das Embalagens:

Da Unidade Central de Recebimento para o destinatário final:

- O transporte dos fardos de embalagens plásticas e metálicas e dos tambores contendo o vidro moído é previamente negociado com o inpEV, entidade que centraliza e coordena o recolhimento e o destino final das embalagens.

A figura 4 mostra as embalagens de papelão prensadas e prontas para sua destinação final.

FIGURA 4 – Embalagens de papelão prensadas (Fonte: ACODEVALI, 2005)

4.2 Local de origem e quantidades recebidas de embalagens em 2004.

A ACODEVALI recebeu embalagens em 2004 dos municípios de São Mateus do Sul – PR, Paulo Frontin – PR, Paula Freitas – PR, União da Vitória – PR, Rio Negro – SC, Cruz Machado – PR, Bituruna – PR, Antonio Olinto – PR, Três Barras –

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SC, Mallet – PR, Porto União – PR, Lapa – PR, Irati – PR, Rio Azul – PR, Porto Vitória – SC, Rebouças – PR, São João do Triunfo – PR, Contenda – PR, General Carneiro – PR, Palmeira – PR e Porto Amazonas.

A tabela 1 mostra o número de agricultores e o número de embalagens devolvidas por município, no ano de 2004.

TABELA 1 - Embalagens vazias recebidas pela ACODEVALI em 2004 Município N° Agricultores Nº Embalagens

São Mateus do Sul 871 125.673

Paulo Frontin 611 40.022 Paula Freitas 80 10.391 União da Vitória 59 1.330 Rio Negro 370 25.042 Cruz Machado 128 5.260 Bituruna 86 3.795 Antonio Olinto 31 13.503 Três Barras 1 53 Mallet 982 60.986 Porto União 19 724 Lapa 36 2.981 Irati 2 14.159 Rio Azul 1196 80.021 Porto Vitória 7 789 Rebouças 7 378

São João do Triunfo 318 18.701

Contenda 1 248

General Carneiro 3 1.078

Palmeira 1 23

Porto Amazonas 2 1.994

TOTAL 4811 407.151

Fonte: ACODEVALI 2004 e entrevista.

4.3 Equipamentos de proteção

Conforme observou-se em visitas técnicas realizadas na unidade, são utilizados na Central de Recebimento (ACODEVALI) os EPIs estabelecidos na NR 6: sapatos de segurança, máscara, luvas de PVC (na triagem e recebimento), luvas de vaqueta (manuseio dos fardos), protetor auricular (utilizado na prensa) , óculos,

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capacete, avental, calça e camiseta manga longa, utilizados conforme procedimento operacional padrão para unidades de recebimento (Anexo 4).

A figura 5 mostra a fotografia de um funcionário da ACODEVALI com seus EPIs.

FIGURA 5 – Funcionário da ACODEVALI com EPIs (Fonte: Autores - visita técnica)

4.4 Insalubridade e grau de risco da atividade

Conforme se observa no anexo Nº 13 da NR-15 (Atividades e Operações Insalubres) são consideradas as atividades exercidas pelos funcionários da central de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos, atividade insalubre de grau médio (20%) e grau de risco 3 (Quadro I NR-4).

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4.5 PPRA e exames médicos periódicos

O programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA é elaborado a cada ano por um profissional especializado em segurança do trabalho. Já os exames médicos são realizados nos funcionários a cada seis meses, de sangue (acetil colinesterase).

4.5.1 Estrutura do PPRA

A estrutura do PPRA contempla:

- Planejamento anual com metas, prioridades e cronogramas;

- Estratégia e metodologia de ação;

- Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados;

- Periodicidade e forma da avaliação do desenvolvimento do PPRA.

4.5.2 Fluxograma do processo

A principal atividade é o recebimento e prensagem de embalagens vazias de agrotóxicos.

4.5.3 Distribuição dos setores

Administração – o funcionário exerce função de auxiliar administrativo.

Estoque/prensagem – o funcionário exerce função de embalador.

4.5.4 Relação de riscos por setor

Setor de administração:

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Setor Estoque/prensagem:

- Físicos (ruído);

- De acidentes (colisão, tombamento, queda de nível, queda de material, atropelamento, estilhaços, incêndio e prensagem de membros).

- Ergonômico (postura inadequada);

- Químico (contato com o corpo).

4.6 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO)

A empresa realiza o PCMSO com objetivo de estabelecer condutas para padronizar as Ações de Saúde Ocupacional na empresa, visando à obtenção de níveis elevados de qualidade de vida e produtividade.

O PCMSO tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho.

Exame Médico Ocupacional é a avaliação da saúde, considerando o indivíduo, a atividade e o ambiente de trabalho.

4.6.1 Exames médico

a) de admissão

É obrigatório a todos os candidatos a emprego e consta de:

- Exame clínico;

- Exame complementar (Hemograma e colinesterase, audiometria e raio x da coluna para esforço físico);

- Exame especializado;

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b) exame médico de retorno ao trabalho

É realizado no 1º dia de retorno à atividade do trabalhador ausente por período superior a 30 dias devido a qualquer doença ou acidente.

c) exame médico de mudança de função

É realizado antes do inicio da nova atividade.

d) exame médico demissional

É realizado quando o funcionário não pertence mais ao quadro de funcionários da empresa.

4.7. Fichas de segurança

É utilizado este método a fim de manter a equipe de trabalho com atenção constante para a prevenção de acidentes e para o respeito aos procedimentos e conduta de trabalho. Abordando operações ou situações que podem ocorrer na unidade de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.

4.7.1. Procedimento

a) Pelo menos uma vez por semana o líder do grupo reúne a sua equipe para discutir antes do início dos trabalhos o assunto segurança;

b) A sugestão do presente procedimento é que na ocasião são utilizadas fichas de seguranças como: Para uma limpeza melhor; Você não deve; Escadas verticais; O ruído; O fogo; O cuidado com as mãos; O transporte manual; Eletricidade; Chefes de equipe; Regras de segurança; Proteção dos olhos; Os procedimentos em matéria de higiene e segurança; Segurança no escritório e Ferramentas manuais. Cada vez se escolhe uma ficha.

4.7.2. Plano de Ação Preventiva e Controle de Acidentes (anexo 5)

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- Segurança preventiva para incêndios e eventos climáticos com potencial de poluição ambiental;

- Segurança contra danos provocados por terceiros, ou danos a terceiros por imprudência destes;

- Primeiros socorros e remoção de acidentados, acidente de trajeto e itens gerais.

4.8. Locais de reciclagem e incineração das embalagens

O sistema de destinação final de embalagens vazias de produtos fitossanitários possui, atualmente 8 empresas parceiras que realizam o trabalho de reciclagem das embalagens que são lavadas e devolvidas pelos agricultores (Ama Embalagens, Arteplas, Belgo Mineira, Dinoplast, Garboni, Metalúrgica Barra do Piraí, Pinhopast, Platibrás e Recipac-Raízes). Juntas estas empresas, situadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso produzem uma variedade de mais de 15 diferentes produtos provenientes da reciclagem como por exemplo: madeira plástica, embalagem para óleo lubrificante, duto corrugado, caixa para fiação elétrica, conduíte, cordas, sacola plástica, aconomizador de concreto e barrica de papelão (figura 6).

As embalagens que não são laváveis (sacos plásticos, embalagens de produtos para tratamento de sementes, caixas de papelão, etc.) e as que não foram tríplice-lavadas pelos agricultores são encaminhadas para incineração. As duas empresas incineradoras parceiras do inpEV estão localizadas no Estado de São Paulo (Basf e Incinerar/Clariant).

A figura 6 mostra alguns exemplos de produtos provenientes da reciclagem de embalagens de agrotóxicos como Conduíte corrugado, saco plástico para lixo hospitalar, madeira plástica, economizador de concreto, barrica de papelão, embalagens para óleo lubrificante, corda de PET, corda de PEAD, tampas, dutos corrugados e caixa para fiação elétrica.

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5 CONCLUSÕES

O manuseio final de embalagens vazias de agrotóxicos está sendo alvo de estudos para vários ambientalistas. Nesse trabalho mostra-se vários aspectos da destinação final correta destas embalagens, visando a saúde dos empregados e a preservação do meio ambiente.

A grande preocupação com esse trabalho foi entender como está ocorrendo esta destinação, visto ser um procedimento complexo que requer a participação de agricultores, engenheiros, unidades de recebimento e funcionários.

Verificou-se que o principal benefício do recolhimento de embalagens do meio ambiente, que a indústria realiza por meio do inpEV é a retirada dos recipientes vazios da natureza. Abandonadas nas lavouras, as embalagens plásticas podem levar mais de uma centena de anos para se decompor, além do risco de contaminação do ambiente. Com esse trabalho, as embalagens vazias dos produtos fitossanitários recebem o destino final ambientalmente correto e economicamente aceitável.

Verificou-se o que ocorre na unidade de recebimento (ACODEVALI), e percebemos que a mesma respeita as normas de segurança. Seus funcionários utilizam equipamentos de proteção e realizam exames periodicamente. Sendo uma preocupação da associação além da preservação do meio ambiente preservar a saúde ocupacional dos funcionários.

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Observou-se a importância do treinamento e conscientização em processo contínuo, de Engenharia de Segurança, reavaliando novos produtos conforme previsto na ficha de segurança e plano de ação preventiva, treinamento junto a comunidade, escolas e agricultores. A conscientização vem a favorecer além do meio ambiente e a saúde das pessoas, a indústria, de forma a obter uma maior número de embalagens previamente preparadas corretamente, evitando desperdício de matéria prima para reciclagem.

A destinação final das embalagens de agrotóxicos está sendo muito estudada. Para isso cabe aos técnicos responsáveis pensar numa destinação final segura a fim de evitar que eventuais riscos de sua manipulação venham a prejudicar a saúde humana e a do meio ambiente.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AYRES, Denis de Oliveira. Manual de prevenção de acidentes do trabalho: São Paulo: Atlas, 2001. 238p.

BRASIL. Decreto n 4.074 de 08 de janeiro de 2002. Dispõe sobre a regulamentação a lei nº 7.802, de 11 de julho de 1889. Legislação Federal. Disponível em <http:// www.inpev.org.br> Acesso em 23 de junho de 2005.

BRASIL. Lei Federal nº 9.974 de 06 de maio de 2000. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Lei Federal. Disponível em <http:// www.inpev.org.br> Acesso em 22 de junho de 2005.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Resolução n. 334, de 3 de abril de 2003. Legislação Federal. Disponível em <http:// www.inpev.org.br>. Acesso em 24 de junho de 2005.

INPEV. Instituto Nacional de processamento de Embalagens Vazias, 2005. Disponível em: <http:// www.inpev.org.br> Acesso em: 22 junho 2005.

Norma da ABNT – NBR 14719, Embalagens vazia de agrotóxico – Destinação final de embalagem lavada – Procedimento.

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Norma da ABNT – NBR 14935, Embalagens vazia de agrotóxico – Destinação final de embalagem não lavada – Procedimento.

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ANEXO 1. Pictograma de embalagem não lavável

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ANEXO 2. Comprovante de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos “Termo de Responsabilidade”

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ANEXO 3. Questionário utilizado na entrevista com o responsável pela ACOLEVALI

a) Data:

b) Nome do entrevistado: c) Função:

d) Número de funcionários na unidade:

e) Volume de embalagens recebidas na região? f) Como é o funcionamento da unidade?

g) Quais os tipos de embalagens devolvidas? h) Como é a classificação de cada embalagem? i) Qual o destino final das embalagens?

j) Qual o destino das vias do comprovante de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos?

l) Quanto tempo após a compra o produtor tem para fazer a devolução das embalagens vazias de agrotóxicos?

m) Quais os EPIs utilizados pelos funcionários?

n) Quais os exames médicos de rotina realizados pelos funcionários? o) Qual é o órgão responsável pela fiscalização da unidade?

p) Qual (is) o (s) procedimento (s) de limpeza da unidade? q) Já ocorreu algum caso de acidente de trabalho na unidade?

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ANEXO 4. Procedimento operacional padrão para unidade de recebimento – para iniciar o dia de trabalho.

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ANEXO 5. Procedimento operacional padrão para unidade de recebimento – Plano de ação preventiva e controle de acidentes.

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Referências

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