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III-008 GESTÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAUDE EM JOÃO PESSOA-PARAÍBA- BRASIL

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

III-008 – GESTÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAUDE EM JOÃO

PESSOA-PARAÍBA- BRASIL

Fátima Morosine(1)

Química Sanitarista. Doutoranda em Riscos Naturais pela Universidade do Porto-PT.Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente - Universidade Federal da Paraíba. Especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal da Paraíba . Especilaista em Gestão Ambiental pela ENAP- Escola Nacional de Administração Pública- Brasília-DF. Técnica da Superintendência de Administração do Meio Ambiente-SUDEMA.

Aécio Germano de Oliveira

Engenheiro Agrônomo. Coordenador do Projeto Inventário dos Resíduos Industriais do Estado da Paraíba. Técnico da SUDEMA.

Maria Teresa Newman de Santana Bioquímica e Técnica da SUDEMA.

Endereço(1): Av Epitácio Pessoa 3883, Apto 602 C- Miramar, 58032-000-João Pessoa -PB-Brasil Fone- 83 2262320, 99835277 e mail morosine@terra.com.br fátima_morosine@hotmail.com

RESUMO

Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comumente denominado "LIXO HOSPITALAR", sempre constituiu-se um problema bastante sério para os Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e aos aterros sanitários.

Em João Pessoa/PB, para atender o que determina a legislação ambiental vigente, foi firmado em 30 de janeiro de 2004, um TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA-TAC entre o Ministério Público Federal, a SUDEMA- Superintendência de Administração do Meio Ambiente, o Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde e a EMLUR- Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana. Esse TÊRMO determina que o Aterro Sanitário Metropolitano de João Pessoa só receberá resíduos de serviços de saúde das unidades geradoras possuidoras do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde - PGRSS, devidamente aprovado pela SUDEMA.

Pode-se concluir que:

Embora as atividades prestadoras de serviço de saúde seja uma tipologia potencialmente poluidora e portanto passível de licenciamento ambiental, ainda existe uma parcela desses estabelecimentos que não solicitaram a Licença Ambiental.

A grande maioria dos estabelecimentos só solicita a licença ambiental pressionados pela da legislação e /ou dos órgãos fiscalizadores como SUDEMA , ANVISA e agencias municipais e estaduais de vigilância sanitária.

A presença do Ministério Público nesse processo agilizou a atitude de regularização dos empreendimentos da área em questão junto ao SUDEMA.

A presença do Ministério Público impõe soluções ambientais por parte dos empreendedores, em função da sua capacidade de ajuizar ação civil.

Os empreendimentos em sua grande maioria apresentaram o plano de gerenciamento de resíduos conforme exigências do]a SUDEMA.

Constatou-se que nas atividades de pequeno porte o plano de gestão de resíduos é implantado conforme apresentado, analisado e aprovado pela SUDEMA.

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental INTRODUÇÃO

Muito se tem discutido sobre as melhores formas de tratar e eliminar o lixo -- industrial, comercial, doméstico, hospitalar, nuclear etc. -- gerado pelo estilo de vida da sociedade contemporânea. Todos concordam, no entanto, que o lixo é o espelho fiel da sociedade, sempre tão mais geradora de lixo quanto mais rica e consumista. Qualquer tentativa de reduzir a quantidade de lixo ou alterar sua composição pressupõe mudanças no comportamento social.

Os Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde ou como é mais comumente denominado "LIXO HOSPITALAR", sempre constituiu-se um problema bastante sério para os Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e aos aterros sanitários.

O manejo dos Resíduos de Serviço de Saúde é entendido como a ação de gerenciá-los em seus aspectos intra e extra estabelecimentos, desde a geração até a disposição final. Dentre seus objetivos pode-se destacar proteção da saúde dos funcionários,dos pacientes, da população em geral e do meio ambiente além de cumprir a legislação vigente.

O Plano de Gerenciamento o de Resíduos de Serviço de Saúde –PGRSS, é um documento integrante do processo de licenciamento ambiental e deve ser elaborado de acordo com as exigências dos órgãos licenciadores, que no caso do estado da Paraíba é a SUDEMA- Superintendência de Administração do Meio Ambiente, órgão encarregado pela gestão e execução da política ambiental no estado da Paraíba.

Em João Pessoa/PB, para atender o que determina a legislação ambiental vigente, foi firmado em 30 de janeiro de 2004, um TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA-TAC entre o Ministério Público Federal, a SUDEMA- Superintendência de Administração do Meio Ambiente, o Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde e a EMLUR- Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana. Esse TÊRMO determina que o Aterro Sanitário Metropolitano de João Pessoa só receberá resíduos de serviços de saúde das unidades geradoras possuidoras do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde - PGRSS, devidamente aprovado pela SUDEMA,

As resoluções Nº 005/93 e 283/01 do CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente em seu Artigo 4º determina que: Caberá aos estabelecimentos prestadores de serviço de saúde a responsabilidade pela geração até a disposição final desses resíduos, de forma a atender os requisitos ambientais e de saúde publica, assim como, eliminar os riscos de contaminação ao meio ambiente produzidos por esta unidade geradora.Diz também em seu Artigo 10º que a implantação do referido plano fica condicionado ao licenciamento, pelo órgão ambiental competente.

OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo avaliar a Gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde implantada pelos hospitais, clínicas, farmácias e consultórios instalados na cidade de João Pessoa.

METODOLOGIA

Para atender a da legislação vigente bem como o Termo de Ajustamento de Conduta celebrado, foi adotado os procedimentos abaixo relacionados:

• Consultou-se o cadastro da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana.-EMLUR, empresa responsável pela coleta e destinação dos resíduos, inclusive de serviços de saúde de João Pessoa-PB; • Consultou-se no banco de dados da SUDEMA, os empreendimentos prestadores de serviço de saúde que tinham licença ambiental, observando a validade da mesma;

• Enviou-se ofício ao Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde informando o conteúdo do Termo de Ajustamento de Conduta e enfatizando a necessidade do licenciamento ambiental com o respectivo Plano de Gerenciamento o de Resíduos de Serviço de Saúde-PGRSS ;

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

• Elaborou-se uma agenda de palestras para atividades prestadoras de serviço de saúde versando sobre o licenciamento ambiental e o plano de gestão dos resíduos de serviço de saúde;

• Após consulta dos cadastros e banco de dados, listou-se os empreendimentos instalados em João Pessoa que não possuíam a licença ambiental e conseqüentemente o plano de gestão de resíduos; • Listou-se os empreendimentos instalados em João Pessoa que possuíam a licença ambiental e não tinham o plano de gestão de resíduos;

• Lavrou-se notificação nos estabelecimentos previamente selecionados, convocando-os a apresentar ou requerer junto a SUDEMA o licenciamento ambiental apresentando para análise o PGRSS;

• Estipulou-se um prazo de 60 dias para o atendimento da supra citada notificação e informando que o não atendimento da mesma fica o notificado passível as sanções previstas na lei.

• Encaminhamento dessas notificações através de protocolo e/ou pelo correio com aviso de recebimento;

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Analisando as informações e dados contidas na SUDEMA observou-se que após a lavratura do Termo de Ajustamento de Conduta-TAC, ou seja nesses últimos 10 meses, foi obtido os seguintes resultados:

• Das 126 notificações lavradas, dessas, 85% atenderam a solicitação da SUDEMA;

• Deu entrada na SUDEMA apresentando PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE, para fins de licenciamento ambiental 140 projetos;

• 80% dos processos com PGRSS para fins de licenciamento eram de atividades de pequeno porte e pequeno potencial poluidor, segundo classificação da SUDEMA, representados na sua grande maioria por consultórios médicos, consultórios dentários, e pequenas clinicas médicas e odontológicas;

• Os empreendimentos de pequeno porte tipo consultórios, clinicas manejam seus resíduos conforme determinam a legislação em vigor, acondicionando armazenando e tratando os seus resíduos corretamente.

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

PERFURO CORTANTES

MATERIAL INFECTANTE

• A grande maioria dos projetos de Gestão de Resíduos de Serviço de Saúde apresentados para fins de licenciamento eram elaborados sugerindo as medidas a serem adotadas ao invés de afirmarem o que iria ser implantado

• Diversos planos não apresentavam uma proposta de gestão e sim cópias das normas e leis que rezam sobre o assunto;

• A grande maioria dos projetos apresentados e analisados pela SUDEMA adota a incineração como tratamento dos resíduos de serviços de saúde;

• Os empreendimentos que adotam a incineração como tratamento para seus RSS armazenam os resíduos de serviço de saúde em bambonas fornecidas pela firma incineradora;

• Atualmente 155 estabelecimentos prestadores de serviço de saúde incineram seus resíduos;

• A coleta dos resíduos de serviço de saúde dos empreendimentos licenciados pela SUDEMA é feita por uma firma especializada e devidamente licenciada

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Transporte de Resíduos

Transporte de resíduos

• 18% dos estabelecimentos que incineram seus resíduos de serviço de saúde são de hospitais e clinicas de médio e grande porte e portanto maior potencial poluidor;

• Dos projetos de gestão de serviços de saúde apresentados e analisados pela SUDEMA 75 % o elaboraram de acordo com o termo de referência emitido pelo órgão;

• Dos projetos de gestão de serviços de saúde apresentados e analisados pela SUDEMA 15 % foram devolvidos por terem sido elaborados em desacordo com termo de referência emitido pela SUDEMA; • A SUDEMA licenciou uma unidade de incineração de resíduos em João Pessoa;

• Das 1052 de operação emitidas pela SUDEMA no referido ano 2004 , 68 foram de atividades geradoras de serviço de saúde , o que representa 6,5% do total de licenças emitidas pelo órgão.

• Das 613 licenças de operação /renovação emitidas pela SUDEMA, 68 foram de atividades geradoras de serviço de saúde , o que representa 11% das licenças de operação emitidas pelo órgão.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Pode-se concluir que embora as atividades prestadoras de serviço de saúde seja uma tipologia potencialmente poluidora e portanto passível de licenciamento ambiental, ainda existe uma parcela desses estabelecimentos que não solicitaram a Licença Ambiental.

A grande maioria dos estabelecimentos só solicita a licença ambiental pressionados pela da legislação e /ou dos órgãos fiscalizadores como SUDEMA , ANVISA e agencias municipais e estaduais de vigilância sanitária.

A presença do Ministério Público nesse processo agilizou a atitude de regularização dos empreendimentos da área em questão junto ao SUDEMA.

A presença do Ministério Público impõe soluções ambientais por parte dos empreendedores, em função da sua capacidade de ajuizar ação civil.

Os empreendimentos em sua grande maioria apresentaram o plano de gerenciamento de resíduos conforme exigências do]a SUDEMA.

Constatou-se que nas atividades de pequeno porte o plano de gestão de resíduos é implantado conforme apresentado, analisado e aprovado pela SUDEMA.

Os empreendimentos de grande porte como hospitais e clinicas com procedimentos médicos de maior expressão, e conseqüentemente com maior quantidade e periculosidade de resíduos, alguns já estavam com processo de licenciamento e ou renovação da licença em tramitação na SUDEMA quando da lavratura do

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23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

TAC Constatou-se que 8% dos empreendimentos licenciados, após receberem sua licença, suspenderam o contrato com a firma que trata os resíduos através da inceneração;

Observou-se que em algumas atividades de grande porte e com alto potencial poluidor como é o caso de hospitais, o plano de gestão de resíduos de serviço de saúde não foi implantado conforme apresentado, analisado e aprovado pela SUDEMA.

A SUDEMA deve intensificar a fiscalização junto aos estabelecimentos prestadores de serviço de saúde para averiguar o efetivo cumprimento da implantação PGRSS, uma vez que alguns estabelecimentos elaboram o PGRSS apenas para atender as exigências dos órgão fiscalizadores e da legislação.

A SUDEMA deve intensificar a fiscalização junto aos estabelecimentos prestadores de serviço de saúde para averiguar o fiel cumprimento da Licença Ambiental em especial no que tange ao tratamento e destinação dos resíduos aprovados no licenciamento.

A SUDEMA deve promover palestras, cursos e campanhas juntos aos empreendedores da área de saúde como forma de sensibilizá-los para questão da importância de uma gestão adequada dos resíduos por eles produzidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde – Secretaria de Gestão de Investimento em Saúde-Projeto Reforsus. Saúde Ambiental e Gestão de Resíduos de Serviço de Saúde. Brasília ,DF.2002.317p.

2. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução Nº 05 de 5 de agosto de 1993.Define os procedimentos mínimos para o gerenciamento de resíduos sólidos provenientes de serviços de saúde, portos e aeroportos.CONAMA.Brasília, DF.

3. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução Nº 237 de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre o licenciamento ambiental. CONAMA. Brasília, DF.

4. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução Nº 283 de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos resíduos de serviço de saúde.CONAMA.Brasília, DF.

5. COELHO,H. Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde.Fio Cruz, Rio de janeiro, 2000.

6. MONTEIRO, Jose H. P. et al. Manual de gerenciamento integrados de resíduos sólidos. Rio de Janeiro; IBAM, 2001.200p.

7. NEVES. J. Lixo não infecta ninguém. Opinião, jornal estado de Minas, 21 de janeiro de 2002.

8. NOBREGA.C.C,2001.Um levantamento sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos dos serviços de saúde provenientes de hospitais e centros de saúde do município de João Pessoa/ PB.CD Rom- Anais do 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental , trabalho III-92. João Pessoa, PB.

9. PIMENTEL JR., AC.N.; HEREDA,J.F.;FIALHO,M. A, 2002. Gestão de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde no município de São Paulo.CD Rom-Anais do VI Seminário Nacional de Resíduos Sólidos, trabalho 106. Gramado, RS.

10. SILVA, C. E. HOPPI, A.E.; RAVANELLO,M.M.; MELLO, N.,2002. Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde Gerados nos Municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Vacacai-RS. CD Rom-Anais do VI Seminário Nacional de Resíduos Sólidos, trabalho 024. Gramado, RS.

11. TOCHETTO,M.R.L., 2002. O Gerenciamento dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde e a Minimização do Impacto Ambiental. CD Rom-Anais do VI Seminário Nacional de Resíduos Sólidos, trabalho 005. Gramado, RS.

12. ZANON, Uriel. et al, 2002.LIXO HOSPITALAR: Ficção Legal ou Realidade Sanitária?. Rio de Janeiro

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