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Vantagens do uso de fitoestrógenos no tratamento de reposição hormonal: revisão de literatura

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ReonFacema. 2018 Out-Dez 4(4): 1324-1329.

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Advantages of the use of phytoestrogens in the treatment of

hormonal reposition: literature review

Vantagens do uso de fitoestrógenos no tratamento de reposição hormonal: revisão de

literatura

Los fitoestrógenos uso de las ventajas el tratamiento de reemplazo hormonal: revisión

de literatura

ABSTRACT

Objective: To discuss the advantages of using phytoestrogens as Hormone Replacement Treatment, identifying the

symptoms caused by climacteric and menopause, assessing the quality of life of women at this stage with or without phytoestrogen therapy. Methodology: A descriptive, exploratory research of the type integrative review of the literature was carried out through bibliographical surveys. Results: A total of 10 articles were included in this analysis to support the discussions about the advantages of phytoestrogens as an alternative treatment for menopause and climacteric symptoms. Conclusion: Some studies have shown that conventional hormonal therapy is more effective when compared to isoflavone, which, by the way, has been shown to be ineffective in markers of cardiovascular risk and maintenance of bone density, although most studies have shown that isoflavone brings benefits, such as The improvement of the somatic and urogenital symptoms of menopause, as well as the general quality of life in peri and postmenopausal women.

RESUMO

Objetivo: Discorrer as vantagens do uso de fitoestrógenos como Tratamento de Reposição Hormonal, identificando os

sintomas causados pelo climatério e menopausa, avaliando a qualidade de vida de mulheres nesta fase com ou sem uso da terapia de fitoestrogênos. Metodologia: Foi realizado uma pesquisa descritiva, exploratória do tipo revisão integrativa da literatura por meio de levantamentos bibliográficos. Resultados: Foram incluídos nesta análise um total de 10 artigos para subsidio das discussões acerca das vantagens de fitoestrógenos como tratamento alternativo para amenizar sintomas da menopausa e climatério. Conclusão: Alguns estudos demonstrarem que a terapia hormonal convencional é mais efetiva quando comparado a isoflavona, que por sinal, mostrou-se pouco efetivo nos marcadores de risco cardiovascular e manutenção de densidade óssea, embora, a maioria dos estudos demonstrou que a isoflavona traz benefícios, como a melhora dos sintomas somáticos e urogenitais da menopausa, assim como a qualidade de vida geral em mulheres peri e pós-menopausa.

RESUMEN

Objetivo: Discutir las ventajas del uso de fitoestrógenos como tratamiento de reemplazo hormonal, la identificación

de los síntomas causados por la menopausia y la menopausia, la evaluación de la calidad de vida de las mujeres en esta fase, con o sin el uso de la terapia con fitoestrógenos. Metodología: Se realizó un tipo integradora de la literatura descriptiva y exploratoria de encuestas literatura. Resultados: Se incluyen en este análisis un total de 10 artículos para subvencionar las discusiones acerca de los beneficios de los fitoestrógenos como una alternativa de tratamiento para los síntomas de la menopausia y perimenopausia. Conclusión: Algunos estudios muestran que la terapia hormonal convencional es más eficaz cuando se compara con isoflavona, por cierto, ha demostrado ser muy eficaz en los marcadores de riesgo cardiovascular y el mantenimiento de la densidad ósea, aunque la mayoría de los estudios han demostrado que las isoflavonas trae beneficios tales como la mejora de los síntomas somáticos y urogenitales de la menopausia, así como la calidad de vida en las mujeres peri y postmenopáusicas.

Eliane Lopes de Souza¹

Monyka Brito Lima dos Santos²

ISSN: 2447-2301

¹Graduada em Nutrição e Pós-Graduanda em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia pela Faculdade

de Ciências e Tecnologia do Maranhão, Caxias/MA, Brasil. E-mail: annynhasouza65@hotmail.com;

²Enfermeira graduada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão. Especialista em Docência do Ensino Superior e Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva, Caxias/MA, Brasil. E-mail:

monyka.brito@hotmail.com. Descriptors Menopause. Phytoestrogens. Isoflavones. Climacteric. Descritores Menopausa. Fitoestrógenos. Isoflavonas. Climatério. Descriptores Menopausia. Fitoestrógenos. Isoflavonas. Climaterio. Sources of funding: No Conflict of interest: No

Date of first submission: 2018-06-15 Accepted: 2018-12-02

Publishing: 2018-12-21

Corresponding Address

Monyka Brito Lima dos Santos, 2ª Travessa Aniceto Cruz, 284, Ponte, CEP 65607580, Caxias/MA, Brasil.

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INTRODUÇÃO

A menopausa é um fenômeno natural que acomete as mulheres entre os 35 e 65 anos de idade, e pode trazer consequências significativas no convívio diário, a adaptação depende do quanto a mulher compreende as mudanças de seu organismo e como lidará com as mesmas. A menopausa é a parada permanente da menstruação, é estabelecida depois de decorridos 12 meses de amenorreia e o climatério é caracterizado por alterações metabólicas e hormonais que trazem mudanças físicas e psicossociais (1).

O organismo feminino se transforma à medida que entra mutação natural, essas modificações ocorrem em 4 fases, sendo elas, fase evolutiva de maturação, relativa estabilidade, involutiva inicial, e involutiva. Na terceira fase o organismo sofrer as perdas hormonais, quando inicia o período do climatério (2).

As mudanças ocorridas no climatério trazem influências psicossociais, culturais e situacionais que influenciam na vida e na sexualidade das mulheres e parceiros. A autoimagem, o papel como mulher e as relações sociais, também contribuem para o aparecimento, duração e intensidade da “síndrome climatérica”, que é um conjunto de sinais e sintomas geralmente apresentados por mulheres nesse período (3).

A queda hormonal que ocorre no período do climatério, podem surgir diversos sintomas, como as ondas de calor, suores noturnos, insônia, depressão, irritabilidade, ressecamento vaginal, redução no desejo sexual, dores no momento do ato sexual, dentre outros. As mulheres que apresentam estes sintomas veem a necessidade de combatê-los a partir da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) que tem por finalidade suprir a falta de hormônios nesta fase (4).

A Terapia Hormonal na Menopausa (THM) é uma terapia estrogênica isolada ou associada a progestágenos, apesar de usada há mais de seis décadas, as mulheres ainda ficam receosas quanto aos riscos e benefícios da terapia indicada para alívio dos sintomas menopausais, que

tratamentos disponíveis para alivio dos sintomas, como hábitos saudáveis de alimentação, atividades físicas e o uso de fitoterapia, pois as mulheres vivem essa fase de maneiras distintas e algumas não apresentam sintomas.

Várias são as classes de substâncias químicas derivadas de plantas que possuem atividade estrogênica, produzindo efeitos biológicos na prevenção e tratamento dos sintomas da menopausa (6). Os Fitoestrógenos são encontrados em abundância em plantas como cereais (trigo, arroz), leguminosas (feijão, vagem, ervilha, lentilha), frutas (tâmara, romã, cereja, maçã) e alguns chás (1).

Consoante, na TRH destaca-se o uso de fitoestrógenos, em especial a isoflavona, encontrada na soja e seus derivados, devido a composição similar aos hormônios estrogênicos e pela capacidade de atuar como estes hormônios sem causar efeitos colaterais, pois ligam-se, principalmente aos Receptores Estrogênicos-b encontrados no sistema nervoso central, ossos, parede vascular e trato urogenital, exerce efeitos benéficos estabilizando os distúrbios hormonais (7).

Com base no exposto, o estudo objetivou discorrer as vantagens do uso de fitoestrógenos como Tratamento de Reposição Hormonal, identificando os sintomas causados pelo climatério e menopausa, avaliando a qualidade de vida de mulheres nesta fase com ou sem uso da terapia de fitoestrogênos.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, tem caráter descritivo exploratório e ocorreu por meio de da seleção de dados nas bases eletrônica SCIELO e PUBMED em abril de 2017. Os materiais foram selecionados de acordo com os objetivos da pesquisa e tiveram como critérios de inclusão artigos científicos nas línguas Português, Inglês, Espanhol e Alemão que se adequavam ao tema pesquisado publicados nos últimos 5 anos. Como critérios de exclusão, foram descartados teses, monografias, dissertações e outras formas de publicação que não artigos científicos completos.

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1326 demonstrassem o nível de evidencia de cada estudo selecionado. Em seguimento, os estudos foram analisados detalhadamente para que os resultados fossem interpretados e apresentados. A síntese apresentada resulta da análise de 10 artigos científicos publicados entre 2013 e 2017.

RESULTADOS

Foram incluídos nesta análise um total de 10 artigos. Em relação ao período de publicação, conforme a Tabela 01, foi encontrado um percentual de 20% de estudo sobre o tema nos anos de 2013, 2014 e 2017, seguidos de 40% em 2016.

Tabela 01: Distribuição da amostra referentes ao ano de publicação.

Período de

publicação absoluto Número Percentual (%)

2013 02 20%

2014 02 20%

2016 04 40%

2017 02 20%

TOTAL 10 100%

Fonte: Autor da pesquisa, 2017.

A Tabela 02 apresenta a categorização dos estudos referente aos títulos, objetivos, principais conclusões e periódico de publicação. A avaliação e análise dos periódicos expostos possibilitaram iro desenvolvimento da investigado e discussões acerca do tema.

Tabela 02: Categorização dos estudos referente aos títulos, objetivos, conclusões e periódicos de publicação.

Titulo Objetivos Conclusões Periódico

Efeito do treinamento contrarresistência e isoflavona na densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa (7).

Investigar o efeito isolado e combinado do Treinamento

Contrarresistência (TCR) e da suplementação de isoflavona da soja sobre a Densidade mineral Òssea e a remodelação óssea em mulheres na pós-menopausa.

Conclui-se que o TCR e ISO não apresentam efeitos combinados ou independentes sobre a DMO do fêmur e da coluna lombar e marcadores da remodelação óssea em MPM após nove meses de intervenção.

Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum

Os efeitos da isoflavona de soja na densidade óssea na região norte de mulheres chinesas climatéricas (8).

Avaliar a eficácia da isoflavona de soja no tratamento dos principais distúrbios da menopausa, da densidade óssea dos membros e do papel da via.

O tratamento com isoflavona de soja na dose diária de 90 mg/dia parece ser eficaz e benéfica na prevenção da diminuição da Densidade Mineral Óssea da tíbia e membros nas mulheres climatéricas.

J Clin Biochem Nutr

O efeito de um suplemento alimentar à base de soja e terapia hormonal em baixa dose sobre os principais marcadores de risco cardiovascular: ensaio clínico randomizado controlado (9).

Avaliar os efeitos do uso de um suplemento alimentar à base de soja sobre os principais marcadores de risco cardiovascular e compará-los com o uso da terapia hormonal de baixa dose em mulheres na pós-menopausa.

Do ponto de vista cardiovascular, o suplemento alimentar à base de soja não mostrou efeito favorável significativo nos marcadores de risco cardiovascular, quando comparado ao uso da Terapia Hormonal.

Rev Bras Ginecol Obstet

Uso de terapias baseadas em plantas e sintomas da menopausa: revisão sistemática e metanálise (10).

Determinar a associação de terapias baseadas em plantas com sintomas da menopausa, incluindo ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal.

As suplementações de fitoestrógeno composto e específico foram associadas com reduções modestas na frequência de ondas de calor e secura vaginal, mas sem redução significativa no suor noturno.

JAMA

Efeitos dos fitoestrógenos na densidade mineral óssea durante a transição da menopausa: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e controlados

(11).

Avaliar ensaios clínicos randomizados e relevantes para determinar os efeitos dos fitoestrógenos na DMO em mulheres pós-menopáusicas.

As isoflavonas provavelmente têm efeitos benéficos na saúde óssea em

mulheres na

menopausa. Suplementação com um fitoestrógeno pode provavelmente impedir a redução da Densidade Mineral Óssea e manter uma estrutura óssea saudável durante a menopausa.

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Suplementos dietéticos contendo isoflavona(12).

Fornecer uma visão geral da ocorrência, a estrutura química das Isoflavonas e seus metabólitos, a situação do mercado e revisa a evidência atual sobre a eficácia e segurança dos suplementos dietéticos contendo Isoflavonas.

Com base nos dados disponíveis, os potenciais efeitos colaterais indesejáveis não podem ser totalmente excluídos. Particularmente para as mulheres com doenças não diagnosticadas ou com lesões precancerosas não detectadas na glândula mamária. Bundesgesundh eitsblatt Gesundheitsfor schung Gesundheitssch utz.

Risco e benefício de suplementos nutricionais para o tratamento de queixas pós-menopáusicas (13).

Propor o tratamento com extractos derivados de plantas e compostos de fitoestrogénios, para ser mediada através de receptores de estrogénio e um segundo grupo de drogas que abordam queixas climatéricas sem interação com receptores de estrogênio.

A segurança das Isoflavonas ainda preocupa. Os efeitos secundários foram mal estudados. Devido à sua disponibilidade e consumo incontrolável, as mulheres usam frequentemente tais preparações em combinação e concentrações que excedem os níveis recomendados pelos fabricantes. Bundesgesundh eitsblatt Gesundheitsfor schung Gesundheitssch utz.

Qualidade de vida em mulheres no climatério atendidas na Atenção Primária (14).

Avaliar a qualidade de vida de mulheres na fase do climatério, com ou sem uso da terapia

de reposição hormonal (TRH).

A TRH ameniza os fenômenos vasomotores, a qualidade de vida é boa em todos os grupos beneficiando fatores emocionais, psicológicos e sociais.

Rev Bras Enferm.

A aplicação de soja isoflavonas para sintomas subjetivos e sinais objetivos de atrofia vaginal na menopausa: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (15).

Buscamos dados relevantes sobre o uso de isoflavonas para sintomas subjetivos e sinais de atrofia vaginal na menopausa

As isoflavonas de soja podem aliviar os sintomas vaginais durante a menopausa; os efeitos benéficos ainda são incertos devido a possíveis viés de publicação ou ampla heterogeneidade dos estudos selecionados.

J Obstet Gynaecol

Isoflavona como terapia no climatério

(16).

Levantar material que aborde o uso das

isoflavonas como terapia no climatério. O uso da isoflavona vem aumentando como terapia complementar na menopausa, porém ainda não existe consenso na literatura sobre eficácia e segurança da terapêutica.

Revista UNILUS Ensino e Pesquisa

Fonte: Autor da pesquisa, 2017.

DISCUSSÃO

Dentre os principais distúrbios da menopausa está a diminuição da densidade óssea dos membros, este estudo avaliou a eficácia da isoflavona de soja no tratamento desses distúrbios e foi comprovado que a ingestão diária de 90 mg de isoflavona por 6 meses, pode levar a uma redução significativa de algumas síndromes menopáusicas, sendo eficaz no aumento da densidade óssea e relativamente melhorando a qualidade de vida dessas mulheres (8).

Em controversa, um estudo realizado com mulheres na pós-menopausa, utilizando suplementação de isoflavona da soja por nove meses, não demostrou eficácia nos marcadores da remodelação na densidade mineral óssea de fêmur e coluna lombar. Afirmando, portanto, não está claro o benefício da suplementação da isoflavona sobre a densidade mineral óssea. Não obstante, no sistema cardiovascular, a terapia hormonal convencional foi mais

No ocidente, 40% a 50% das mulheres fazem uso de terapias complementares para controlar sintomas da menopausa, como afrontamentos, sudorese noturna e secura vaginal, o estudo analisou 62 pesquisas que incluíram uma amostra de 6.653 mulheres na menopausa que foram avaliadas individualmente durante o uso de compostos e suplementos específicos de fitoestrógenos, foi observada uma modesta redução na frequência de ondas de calores diários e secura vaginal, associada também a uma diminuição geral da frequência de sintomas vasomotores (10).

Consoante, uma revisão sistêmica analisou 23 estudos de ensaios clínicos que totalizou uma amostra de 3.494 participantes que utilizaram extrato de isoflavona de soja em um período de tempo que variou de 7 semanas a 3 anos, na análise dos estudos, a maioria apontou vantagens à saúde óssea durante a menopausa, embora, estudos controversos identificaram que não houve alterações na

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1328 Outra amostra de 37 mulheres que ingeriam isoflavona a pelo menos 6 meses demonstrou melhorias óbvias em todos os sintomas da menopausa, especialmente afrontamentos, insônia, inquietação e birra, lassidão, cefaléia e infecção do sistema urinário e a densidade óssea da tíbia também aumentou, no entanto, a densidade óssea do rádio não apresentou diferença (8).

Em divergência, um estudo publicado na Alemanha afirma que a isoflavona presente em leguminosas e suplementos dietéticos a base de soja tem uma ação débil no organismo, sendo que a reação da isoflavona sobre os níveis endógenos de estrogênio são incertos. É descrito na pesquisa que a atual alegação da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) não acolheu as argumentações de saúde sobre a eficiência da isoflavona devido à carência e limitação de provas científicas sobre efeitos evidentes na saúde (12).

A terapia de substituição hormonal a base de suplementos dietéticos para minimizar os sintomas da menopausa, como mostra a pesquisa, é contraditória, para todos os efeitos, os fitoestrógenos agem através dos receptores de estrogênio, no entanto, algumas queixas pós menopáusicas dispensam a ação desses receptores, apontando ainda, que a isoflavona pode demonstrar efeitos secundários e/ou colaterais no caso de ingestão excessiva, o que aponta a necessidade de precauções para o uso seguro na quantidade adequada da substancia (13).

É importante ressaltar que muitas mulheres no país encontram-se em um estatos social desfavorecido, compartilhando de poucas informações devido à baixa escolaridade, tais fatores, impedem que possam buscar uma alimentação balanceada e equilibrada, que ajude a amenizar os sintomas da menopausa e climatério, assim, a primeira linha de escolha dessas mulheres é a Terapia de Reposição Hormonal tradicional que é de fácil acesso, tem efeitos significativos na suavização dos sintomas vasomotores e propiciando qualidade de vida emocional, psicológica e sociais (14).

Em relação aos sintomas vaginais, estudos comprovam que a ingestão de isoflavonas durante a menopausa podem amenizar sinais e sintomas como, ressecamento, irritação, prurido, queimação e dor, ainda assim, os efeitos benéficos da isoflavona permanecem inconstantes devido as muitas publicações que determinam

o inverso (15). Após a análise de alguns estudos, pôde-se identificar que isoflavona pode diminuir a sintomatologia do climatério e menopausa, dentre eles os sintomas urogenitais, depressivos, psicológicos e insônia, podendo prevenir agravos, trazendo qualidade de vida às mulheres (16).

CONCLUSÃO

A carência estrogênica provocada pelo fim dos anos reprodutivos traz alterações orgânicas bastante consideráveis, incluindo manifestações físicas, mentais e emocionais, aumentando os riscos de desenvolver doenças como a osteoporose e doenças cardiovasculares. A prevenção por meio de uma alimentação rica em substâncias fitoestrogênicas pode auxiliar a estabilizar as mudanças que o organismo sofre durante o climatério e menopausa, desde que a ingestão da isoflavona seja mantida por um prazo superior a 6 meses.

Existem controversas entre os estudos pois alguns mostram que a eficiência da isoflavona no organismo é mínima, no entanto, outros estudos comprovam que substancias fitoestrogênicas, mais precisamente a isoflavona, trazem benefícios ao organismo femininos no período da menopausa e climatério, e que o consumo regular melhora os sintomas somáticos e urogenitais, proporcionando qualidade de vida no período peri e pós-menopausa.

Para tanto, a busca de profissionais na atenção básica e nutricionistas torna-se essencial na busca de bem estar e equilíbrio alimentar para que os distúrbios hormonais sejam amenizados com uma alimentação adequada, cultivar bons hábitos alimentares, praticar exercícios físicos, manter uma alimentação balanceada de acordo com as necessidades do corpo, esta medidas podem com toda certeza beneficiar o funcionamento do organismo da mulher na menopausa e climatério.

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