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DIETOTERAPIA E NOVOS RECURSOS CLÍNICOS E NUTRICIONAIS NA PREVENÇÃO E CONTROLE DO CLIMATÉRIO

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Academic year: 2022

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DIETOTHERAPY AND NEW CLINICAL AND NUTRITIONAL RESOURCES IN CLIMATE PREVENTION AND CONTROL

PAULUCIO, Raiany1 BINDACO, Érica Sartório2 RESUMO

O climatério é uma fase de grandes transformações na vida da mulher e não um processo patológico, com o surgimento dos sinais e sintomas prejudicando a vida feminina. Este artigo, objetivou-se caracterizar a dietoterapia e novos recursos clínicos e nutricionais na prevenção e no tratamento do climatério. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, baseada em artigos científico das bases de dados Pubmed, MEDLINE, Science Direct, Google Scholar e materiais complementares do Ministério da Saúde.

Após a discussão dos efeitos desta fase, pôde-se concluir que os fitoestrógenos ingeridos através dos alimentos funcionais e fitoterápicos possuem efeitos positivos no tratamento e prevenção do climatério. Por suposto, percebe-se a necessidade da padronização de doses/posologia e a criação de diretrizes específicas a respeito das recomendações nutricionais para as mulheres climatéricas, afim de otimizar os serviços prestados pela equipe multidisciplinar e, consequentemente, proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Menopausa; Climatério; Fitoestrógenos; Fitoterápicos.

ABSTRACT

The climacteric is a phase of great transformations in the life of the woman and not a pathological process, with the appearance of signs and symptoms damaging the female life. This article aimed to characterize diet therapy and new clinical and nutritional resources in the prevention and treatment of climacteric. This is a bibliographical research, based on scientific articles from Pubmed, MEDLINE, Science Direct, Google Scholar and supplementary materials from the Ministry of Health.After discussing the effects of this phase,it could be concluded that the phytoestrogens ingested through functional foods and phytotherapics have positive effects on the treatment and prevention of climacteric. Of course, there is a need for standardization of dosage and the creation of specific guidelines regarding nutritional recommendations for climacteric women,in order to optimize the services provided by the multidisciplinary team and, consequently, to improve the quality of life of patients.

Keywords:Menopause; Climateric; Phytoestrogenes; Phytotherapics.

1Acadêmica do Curso de Nutrição do Centro Universitário são Camilo-ES, raianypaulucios2@gmail.com.

2Mestranda em Ciências Farmacêuticas, orientadora do TCC e Professora do Centro Universitário são Camilo-ES, ericasartorio@saocamilo-es.br

Centro Universitário São Camilo Espírito Santo Cachoeiro de Itapemirim - ES, dezembro de 2017

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INTRODUÇÃO

No Brasil, assim como no mundo, estamos experimentando o aumento da expectativa de vida. Em nosso país, esta já alcança os 79,1 anos, assim o número de mulheres a vivenciar ao climatério chega à 31,6% isto faz com que elas sofram com os sintomas e agravos desta fase por mais tempo, o que implica com o aumento do número de comorbidades (CRUZ et al., 2017).

A palavra climatério originária do grego klimacton significa “ponto crítico da vida humana” e compreende os períodos de perimenopausa, menopausa e pós-menopausa (SILVA, 2013; NESI; CORRADINI; FELÍCIO, 2008). Integra o envelhecimento feminino, caracterizado pela transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva (DUARTE, 2010).

A senescência dos ovários ocorre de forma simultânea ao processo de foliculogênese ainda na vida intrauterina, sendo esse o contrário do sexo masculino, pois na mulher o número de células germinativas tende a diminuir de forma contínua, a partir do nascimento os folículos primordiais ativados amadurecem parcialmente, e em seguida sofrem atrésia (HOFFMAN et al., 2014).

A função ovárica tende a diminuir por volta dos 50 anos, com ela também ocorre queda da produção hormonal (ÁGUAS, 2009). Águas (2009) e Lima (2011), afirmam que o primeiro sinal da perda dos ovários é o aumento de FSH, este aumento é traduzido como menor qualidade folicular que remete perda da função endócrina, consequentemente na depleção da secreção de estradiol (ÁGUAS, 2009; LIMA, 2011).

Devido as baixas concentrações de estrogênio, como resultado há o surgimento de variados sintomas que comprometem a qualidade de vida (CHEN; LIN; LIU, 2015).

São sintomas dessa fase os fogachos, suores noturnos, sensação de fadiga, insônia, dores de cabeça, desequilíbrios hormonais, variações de humor, irritabilidade e depressão, estes são as principais queixas da mulher em climatério, estas manifestações são capazes de deixar as mulheres mais susceptíveis a acometimentos de saúde (SOUZA et al, 2017; ÁGUAS, 2009).

A menopausa refere-se a última menstruação seguida pelo período e 12 meses de amenorreia, é o marco central do climatério (FRANÇA, 2017). E o hipoestrogenismo

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causado pelo estabelecimento da menopausa, provoca nas mulheres o surgimento de múltiplas e complexas alterações, estas são de caráter vasomotores, urogenital e psicológicos (JANSEN et al., 2015).

Os desequilíbrios hormonais desta fase também são responsáveis pelas alterações nos perfis lipídicos, agravando as doenças cardiovasculares e hipertensão arterial (CUNHA, 2012) como também preditoras da obesidade, resistência à insulina, diabetes mellitus, síndrome metabólica, e osteoporose (DUARTE, 2010).

Desta forma, a terapia de reposição hormonal (TRH), é considerada o tratamento mais eficaz para a redução de sintomas relacionados ao climatério, entretanto ela tem gerado efeitos colaterais (SANCHES et al., 2010).

Estes efeitos da terapia hormonal, abrem caminho para novas alternativas, entre elas o uso de fitoestrógenos (FARIA; OLIVEIRA, 2017). O tratamento através de alimentos funcionais promete resultados tão favoráveis quanto da terapia de reposição hormonal (FARIA; OLIEIRA, 2017).

Visto os agravos causados pelo climatério, viu-se a necessidade de apresentar através da dietoterapia e fitoterapia aplicada à nutrição clínica, possibilidades de tratamentos que otimizem os sintomas e acometimentos dessa fase da vida feminina.

Dado o exposto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar, através de uma pesquisa bibliográfica, a dietoterapia e novos recursos clínicos e nutricionais na prevenção e no tratamento do climatério.

METODOLOGIA

Para a confecção deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), foi realizada uma pesquisa bibliográfica, baseada em leituras e estudos de artigos científico buscados nas bases de dados Pubmed, MEDLINE, Science Direct, Google Scholar e materiais complementares do site do Ministério da Saúde. A pesquisa foi limitada a artigos em inglês e português, publicados a partir de 2010 até 2017. Contudo, após a leitura e fichamento dos artigos selecionados, outros artigos de relevância foram adicionados para complementação do conteúdo. No total foram analisados artigos de

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2007 a 2017. Informações sobre o tema também foram pesquisados em bibliografias selecionadas na biblioteca física do Centro Universitário São Camilo, Cachoeiro-ES.

DESENVOLVIMENTO

Fisiogênese e Patogênese do climatério

Os ovários, são glândulas endócrinas do qual não se limitam a secreção de hormônios, estes podem ser considerados estruturas altamente dinâmicas, devido mudanças contínuas nos tecidos e desempenharem diversas funções (BANERJEE et al., 2014).

A gametogênese e esteroidogénese são as funções fisiológicas básicas relacionadas ao bom funcionamento do ovário (SANTOS, 2009), o que faz deste único no sistema endócrino pois a cada período ele se reinventa produzindo novas estruturas secretoras (BANERJEE et al., 2014). A gametogênese integra processos maturativos visando uma possível fecundação após a secreção do ovócito maduro, já a esteroidogénese reflete na produção e excreção de hormônios esteroidais (SANTOS, 2009; SARAIVA et al., 2010).

A principal unidade funcional do óvulo é o folículo. O desenvolvimento deste ocorre através da foliculogênese, que consiste de um fenômeno fisiológico complexo de onde deriva a formação, crescimento e maturação folicular (APOLLONI et al., 2016;

KHAN et al., 2016). O desenvolvimento folicular tem início ainda na fase intrauterina do feto a partir do primeiro trimestre de gestação (KHAN et al., 2016), a primeira fase da foliculogênese independe da estimulação hormonal (VANORNY, MAYO, 2017;

APOLLONI, 2016; SARAIVA et al., 2010).

Já a segunda etapa do desenvolvimento folicular depende da estimulação hormonal. Com o aumento da concentração de hormônio folículo estimulante (FSH) e dos receptores de hormônio luteinizante (LH), as células da granulosa adquirem características funcionais e morfológicas diferenciadas, afim de atingir o objetivo

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principal do desenvolvimento folicular que é a ovulação de um ovócito fecundável (SANTOS, 2009; KHAN et al., 2016).

Entretanto, quando o folículo dominante atinge 13 mm de diâmetro mediado pelo hormônio inibina e o estradiol, ele passa a reprimir a secreção de FSH, criando um feedback negativo, remetendo na atrésia, degeneração dos outros folículos em

desenvolvimento (SANTOS, 2009). A atrésia avança a cada novo ciclo menstrual até o perecimento folicular total (DE LORENZI et al., 2009).

Dessa forma, sabe-se que o número de folículos ovarianos pode variar por indivíduo, e a produção chegar até aproximadamente sete milhões de células germinativas ainda na fase intrauterina porém, devido atrésia, até na menarca pode-se perder 99,9% do valor inicial e restarem apenas cerca de 300.000 folículos, este número continua a diminuir durante toda a fase da vida feminina tendo uma aceleração a partir dos 38 anos de idade, nesse momento a mulher passa a possuir pouco mais de mil folículos (APOLLONI, 2016; SANTOS, 2009).

Sendo assim, com o declínio do número de células germinativas, a redução das concentrações de estradiol e aumento das concentrações de FSH, considera-se este evento o marco inicial do climatério, que é compreendido como uma fase de grandes transformações biológicas na vida da mulher e não um processo patológico, quando ela passa da fase reprodutiva para a não reprodutiva (FERREIRA; SILVA; ALMEIDA, 2015;

SOUZA et. al., 2017; PEREIRA; LIMA, 2015).

O climatério ocorre habitualmente entre os 40 a 65 anos de idade (GONÇALVES et al., 2016), este é um período de alterações psicossociais, de caráter familiar, afetivo, sexual e ocupacional que prejudica a qualidade de vida feminina (BRASIL, 2016;

DUARTE, 2010). Como é conhecido como uma fase fisiologicamente normal para mulher, não são todas que sofrem com os sinais e sintomas, porém quando estes surgem, os acometimentos passam a ser conhecidos como síndrome do climatério (FARIA; OLIVEIRA, 2017).

Com a instalação da síndrome do climatério, há um aumento da preocupação relacionado a perda da feminilidade e atratividade, e muitas mulheres adquirem a sensação de inutilidade pois é no período da meia-idade que os filhos passam a ser mais independentes e costumam deixar seus lares, com essa sensação vem os

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quadros melancólicos, que muitas vezes evoluem para estados depressivos (KWAK, PARK, KANG, 2014).

Ainda, cerca de 90% das mulheres sofrem com alterações no padrão menstrual, as irregularidades começam a surgir de 4 a 8 anos antes da consolidação de menopausa, dentre elas destacam ciclos menstruais mais curtos e encurtamento de periodicidade, já mais próximo da última menstruação ocorre o aumento da duração dos ciclos, com possível surgimento de hemorragia uterina disfuncional seguido por episódios de amenorreia (DUARTE, 2010).

Os sintomas vasomotores são vivenciados por 70 a 80% das mulheres variando a intensidade de um caso para o outro, são de origem precoce caracterizados por ondas de calor predominantes na parte superior do corpo, que podem vir acompanhados a vermelhidão de face, pescoço e tórax seguidos ou não de intensa sudorese, normalmente são agravados por situações de stress, estes se manifestam durante o dia e também a noite, há relatos de duração deste período de cinco anos ou mais, embora normalmente não passe de dois anos (ÁGUAS, 2009; CUNHA, 2012).

Em decorrência da queda da produção de estrogênio a elasticidade da pele feminina é afetada surgindo as rugas, também ocorre atrofia urogenital que provoca a redução da lubrificação na região da vagina, refletindo na perda da libido e dificuldade no intercurso sexual, sendo este o sintoma sexual mais frequente entre 40 a 50% das mulheres no climatério, assim como infecções do trato urinário e incontinência urinária (SANCHES et al., 2010; DUARTE, 2010).

Além do mais, alterações no padrão do sono ocorrem em ambos os sexos decorrente do envelhecimento, todavia na mulher as dificuldades do sono têm um aumento durante o climatério, as queixas mais aparentes tratam se de insônia, despertar durante a noite com dificuldade de voltar a adormecer e sono agitado (DUARTE, 2010; CORRÊA, 2014).

Cerca de dois anos antes da menopausa, se instalam alterações no perfil metabólico que levam às modificações na composição e distribuição do tecido adiposo, o que favorece o ganho de peso, a mulher nesta fase pode chegar a um ganho de 0,8 kg ao ano (DE LORENZI et al., 2009).

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A menopausa refere se a última menstruação, é confirmada após o período de um ano de amenorreia, esta é resultado da paralisação definitiva da atividade folicular ovariana (FRANÇA, 2017; ÁGUAS, 2009; BRASIL, 2008). Normalmente ocorre na idade média de 50 anos é considerada um fato previsível e esperado (BANDEIRA, 2009;

SOUZA et al., 2017).

Durante o primeiro ano ocorre a maior queda de estradiol (E2) que se mantém em baixas concentrações ao longo dos anos, também a redução de estrona (E1) e de inibina B (LIMA; BOTOGOSKI, 2009). Os valores de E2 podem reduzir em até 80%, já inversamente, os valores de FSH podem aumentar de 10 a 15 vezes enquanto o LH pode chegar a concentrações de 3 a 5 vezes maiores que os valores pré menopáusicos (BRASIL, 2008; DUARTE, 2010).

As baixas concentrações de E2 geram declínio da globulina carreadora dos esteroides sexuais (SHBG) que reflete em um aumento da testosterona biodisponível, o valor elevado de testosterona livre corrobora para o acumulo de gordura visceral, doenças cardiovasculares e desenvolvimento de diabetes mellitus na menopausa (JANSEN et al., 2015; SIMÓ et al., 2015).

Logo, o excesso da androgenicidade na mulher gera um aumento no risco de desenvolver doenças cardiovasculares, incluindo acúmulo de gordura visceral, anormalidades lipídicas, resistência à insulina, hipertensão sendo essas múltiplas características da síndrome metabólica (BELL et al., 2007; PATEL et al., 2009; JANSEN et al., 2015).

Assim, a carência de E2 está conectada a diversas comorbidades, dentre elas a osteoporose onde a perda da massa óssea pode chegar a 2% ao ano na menopausa (DE LORENZI et al., 2009).

A redução da densidade mineral óssea danifica o tecido ósseo que leva a um aumento do risco de fraturas, a osteoporose atinge cerca de 50% das mulheres nesta fase da vida, estima-se que, por volta dos 70 anos, a mulher já tenha perdido mais da metade da massa óssea total, a perda associada à menopausa dá-se pelo excesso de atividade dos osteoclastos e desgaste ósseo, onde a formação é insuficiente perto da reabsorção, a baixa ingestão de cálcio e deficiência em vitamina D também contribuem para piora do quadro (ÁGUAS, 2009; DUARTE, 2010; RADOMINSKI et al., 2017).

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A hipertensão arterial é de grande risco para mulheres pós-menopáusicas, devido ao envelhecimento observa-se o endurecimento das artérias nos sexos masculino e feminino, entretanto este processo sofre aceleração com a menopausa (CUNHA, 2012). Assim a probabilidade de desenvolver hipertensão arterial pode chegar a 65% (ÁGUAS, 2009).

A doença cardiovascular (DCV) é a maior causa de morte em ambos os sexos, porém os índices femininos ultrapassam os masculinos (ÁGUAS, 2009; DUARTE, 2010;

CUNHA, 2012, LOBO et al., 2014; MEIRELLES, 2014). Após a menopausa a mulher possuí 46% mais de chance de desenvolver doença coronariana (ÁGUAS, 2009) estima-se que nos primeiros 10 anos o risco de desenvolver a doença seja quatro vezes maior (DUARTE, 2010), já as chances de ir a óbito em decorrência de DCV são de 31% (ÁGUAS, 2009).

Os estrógenos desempenham papel protetor tanto na parede vascular como no controle do perfil lipídico, desta forma na pós-menopausa há um aumento de colesterol total, e suas frações de LDL e triglicerídeos, simultaneamente há uma baixa no HDL (ÁGUAS, 2009).

A deficiência de estrógenos tem efeito contrário no perfil metabólico, o estrogênio tem função de manter em normalidade o sistema cardiovascular, este age na regulação da produção de óxido nítrico, por conseguinte, estimula a vasodilatação prevenindo a lesão vascular, assim inibe formação do ateroma, logo, a depleção de estrógenos gera alterações hormonais que potencializam o desenvolvimento de DCV (CUNHA, 2012).

Já o excesso de gordura corporal sobretudo na região abdominal e/ou peso elevado predispõe a resistência à insulina, definida como menor resposta das ações biológicas de insulina, ocorre especialmente em decorrência da inadequada proporção entre os tecidos adiposo, muscular e hepático (FARIA et al., 2014).

É comumente observado em situações de resistência à insulina níveis mais baixos de SHBG, e estes tem sido visto como preditores do Diabetes Mellitus 2 (DM2) em pessoas com excesso de peso, sendo assim em mulheres menopausadas, as baixas concentrações de estrogênio e a sinalização anormal do receptor de estradiol alfa geram sensibilidade a insulina consequentemente o DM2 (CUNHA, 2012; LOBO et al, 2014).

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Lovejoy et al. (2008), em um ensaio randomizado comprovou que os valores elevados de FSH e as baixas concentrações de estradiol em mulheres menopausas, promoveu o aumento de gordura corporal total e redução do gasto energético total (LOVEJOY, 2008). O mesmo é afirmado em De Lorenzi (2009), em que a gordura corporal total pode aumentar 20% naquelas mulheres já na menopausa (DE LORENZI et al., 2009), culminado no acometimento de sobrepeso e obesidade (VIEIRA et al., 2017).

A obesidade é considerada uma doença crônica caracterizada pelo aumento de depósitos de gordura no organismo do indivíduo, devido a oscilação entre o consumo e gasto energético (VIEIRA et al., 2017; TEIXEIRA et al., 2015), com status de epidemia devido ao aumento da prevalência mundial (GONSALVES et al., 2016) é de origem complexa e de caráter multifatorial (ABESO, 2016).

Na visão epidemiológica é mais frequente no sexo feminino, pois observa-se o aumento da incidência principalmente no climatério (TEIXEIRA et al., 2015). Segundo IBGE (2010), 64,9% das mulheres estão em sobrepeso e obesidade, e a maior prevalência é na faixa etária climatérica.

Tal afirmativa se consolida em dois estudos avaliando a composição corporal no climatério. Idalencio (2016) observou em seu estudo uma média de IMC de 29,5 Kg/m² em mulheres classificadas com sobrepeso e obesidade em 76,5% da amostra (IDALENCIO, 2016). O mesmo observa-se em um estudo feito por Gonçalves et al.

(2016), onde a prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 66% da amostra apresentando a média de IMC de 28,1 Kg/m² (GONÇALVES et al., 2016).

O aumento de peso neste período, é explicado através da hipótese que o hipoestrogenismo do climatério esteja interligado com a mudança na distribuição da gordura corporal, pois durante a menecma (período menstrual regular), a forma de acúmulo de gordura é de padrão ginecoide devido à presença do estrogênio que estimula a lipase lipoproteica, gerando lipólise abdominal, o contrário acontece no climatério pois com a redução da lipólise abdominal evidencia-se um maior acumulo de gordura abdominal e o acúmulo central de gordura passa a ter característica androide (TEIXEIRA et al., 2015).

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O aumento de peso pode ser esclarecido pela redução do metabolismo basal, devido perda de massa magra, maior sedentarismo por consequência menor queima energética, e também pela menor oxidação de gorduras e maus hábitos de vida (CUNHA, 2012).

A obesidade visceral aliada aos distúrbios do metabolismo glicídico e lipídico, hipertensão arterial e demais fatores de risco cardiovascular são componentes da síndrome metabólica (SM) (MEIRELLES, 2014).

O risco de desenvolver SM associado a menopausa é de 60% (DUARTE, 2010;

CUNHA, 2012). Esta é considerada um dos maiores problemas de saúde pública, e a maior prevalência é no sexo feminino com um grande aumento de manifestação durante a quinta e sexta década de vida, que coincide com o período de pós- menopausa (VELOSO et al., 2014).

A prevalência de SM em mulheres menopausas varia de 22% a 69%

(MEIRELLES, 2014), o aumento da incidência é decorrente dos valores mais elevados de testosterona livre e baixos índices de SHBG e estrogênio, valores endócrinos característicos do climatério (DUARTE, 2010).

Tratamento com TRH: benefícios e riscos

Diante das complicações e sintomas causados pelo climatério, o uso de terapia de reposição hormonal (TRH) é tido como uma alternativa para amenizar e tratar as modificações proporcionadas pela redução de estrogênio, contribuindo para uma melhora na qualidade de vida da mulher (ÁGUAS, 2009).

Sua principal função é o tratamento de sintomas vasomotores, com eficácia em aproximadamente 90% das mulheres com afrontamentos, tendo a frequência destes reduzida em cerca de 75% a 95% (DUARTE, 2010; GORANITIS et al., 2017).

A terapia baseada em estrógenos tem a finalidade de suprimir os sintomas da falha total dos ovários, já a aliada à progesterona realiza a proteção do endométrio durante a estimulação esteroidal (ÁGUAS, 2009).

A TRH, se mostrou eficaz na prevenção do acumulo de gordura abdominal, atenuação da massa magra, redução da resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e

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modulação do perfil lipídico (PELT; GAVIN; KOHRT, 2015; MELANSON et al., 2015;

SANTOSA; BONNES; JENSEN, 2016; LEE et al., 2015).

Entretanto os benefícios de tal terapia estão sendo colocados em cheque devido esta não superar os riscos de seu uso a longo prazo na saúde feminina (CHEN; LIN;

LIU, 2015).

Portanto, há algumas evidencias que a associam com o maior risco de câncer de mama, acidente vascular cerebral, doença coronariana, tromboembolismo (SANCHES et al, 2010; CARBONEL et al., 2012), mastalgia, aumento de LDL, náusea, cefaleia e retenção hídrica (ANDRES, 2012).

Os efeitos colaterais causados pela terapia de reposição hormonal estão incentivando a busca por tratamentos alternativos que não causem impacto negativo a saúde, mas que promova a melhor qualidade de vida durante o climatério (SANCHES et al, 2010).

Fitoestrógenos: Solução dietoterápica no Climatério?

Muitos danos à saúde evidentes no climatério possuem relação direta e indireta com a alimentação, através da ingestão alimentar inadequada, seja por deficiência ou excesso (NESI; CORRADINI; FELÍCIO, 2008). Por conseguinte, a alimentação é peça chave para encarar os obstáculos gerados pela menopausa, até mesmo uma alternativa à terapia hormonal (CUNHA, 2012).

A adesão ao tratamento com fitoestrógenos tem aumentado nas mulheres climatéricas, e é facilmente entendida por este possuir origem vegetal com características similares aos hormônios naturais, sem os efeitos adversos dos hormônios sintéticos (FARIA; OLIVEIRA, 2017).

Estes possuem a estrutura química parecida a do estradiol (FRANCO et al., 2016), ou seja, possuem compostos fenólicos heterocíclicos em sua composição (FONSECA et al., 2013).

Gerando a hipótese que os fitoestrógenos são eficazes no tratamento dos sintomas da menopausa, devido uma menor incidência de sintomas vasomotores em mulheres que possuem uma dieta rica em alimentos fonte de fitoesteróis, como por

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exemplo as mulheres asiáticas, que fazem grande consumo destes compostos quando comparados com as mulheres na Europa e Américas (CHEN; LIN; LIU, 2015).

Segundo a ANVISA a recomendação diária de fitoestrógenos através de alimentos funcionais é de 1 a 3 porções por dia e o consumo deve fornecer a ingestão de 1 a 3 gramas de fitoesteróis livres, sendo que o produto para ser considerado funcional deve fornecer no mínimo 0,8g de fitoesteróis livres (ANVISA, 2016 a).

Há quatro grupos principais de fitoestrógenos: isoflavonas, presente na soja e derivados; lignanas, detectada em oleaginosas e grãos integrais; flavonoides encontrados em legumes e frutas; e os coumestanos vistos nos brotos do feijão e da alfafa (CHEN; LIN; LIU, 2015; ANDRES, 2012).

As isoflavonas (ISO) ganham o maior destaque devido sua composição estrutural de grande afinidade com os receptores de estrogênio, como também por sua versatilidade em agir de três formas diferentes: estrógenos e antiestrógenos, coibidor de enzimas ligadas ao desenvolvimento do câncer e antioxidante (SILVA; CUNHA, 2015).

Embora esteja em maiores concentrações na soja (Glycine max), as isoflavonas também são detectadas em outros grãos, como a ervilha verde, lentilha, feijão e demais legumes (ANDRES, 2012).

As isoflavonas são divididas em dois grupos de moléculas, os glicosídeos e agliconas (não ligada a glicose) (FONSECA et al., 2013). Quando a soja e seus derivados são ingeridos, as ISO sofrem hidrofilização pela β-glicosidase intestinal no intestino delgado, posteriormente são absorvidos ou fermentados formando seus metabólitos, 12 no total, entretanto a daidzeína, gliciteína e genisteína com maior afinidade estrogênica, são as mais abundantes (TORREZAN et al., 2008; RODRIGUES, 2010; SILVA; CUNHA, 2015; CARBONEL et al., 2012; FONSECA et al., 2013; FARIA;

OLIVEIRA, 2017).

As ISOs possuem efeito sobre o equilíbrio nos níveis de estrógenos endógenos, gerando benefícios ao logo de toda vida feminina (CARVALHO, 2014), as recomendações diárias destas é um consumo de 30 a 60 mg por dia (FARIA;

OLIVEIRA, 2017).

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Segundo Andres (2012), consumo por mulheres asiáticas gira em torno de 25 a 40 mg/dia, já as americanas consomem menos de 1 mg/dia, já na dieta das brasileiras quase não há consumo de soja, fazendo com que a ingestão de isoflavonas seja nula (ANDRES, 2012).

Durante a pós-menopausa, momento em que as concentrações hormonais diminuem os receptores de estrógeno ficam livres, ocorre a ação das isoflavonas que se ligam nesses receptores compensando a deficiência hormonal desta fase (CARVALHO;

2014).

Afirma-se que as isoflavonas de soja detêm importante papel na osteoporose, pois reduzem a perda de massa óssea, ao modificar da densidade óssea e manter a mineralização óssea (FARIA; OLIVEIRA, 2017; MARQUES et al., 2016; RODRIGUES, 2010).

Como também, seu consumo está relacionado com a prevenção de sintomas do climatério e doenças metabólicas, DCV, melhora do perfil lipídico ao reduzir colesterol, LDL-colesterol, triglicerídeos e favorecer o aumento de HDL, melhora a resposta de insulina, por conseguinte reduz o risco de desenvolvimento de diabetes mellitus e síndrome metabólica (SILVA; PRATA; REZENDE, 2013; FARIA; OLIVEIRA, 2017).

Entretanto há outras classes de fitoestrógenos eficazes contra os sintomas do climatério, entre elas estão as lignanas não tão estudados como as isoflavonas da soja, mas estão presentes em maiores quantidades na dieta americana e europeia (POLUZZI et al., 2014).

As lignanas são uma classe de fitoquímicos polifenólicos bioativos, subdivididos em quatro grupos, secoisolariciresinol diglicosídeo (SDG), isolariciresinol, matairesinol, lariciresinol encontrados nas sementes das plantas e lignanas mamíferos encontrados em humanos e animais (IMRAN et al., 2015).

No reino vegetal atuam no crescimento das plantas, porém o maior papel destes é na alimentação ocidental sendo uma grande fonte de antioxidantes, os alimentos ricos nesse composto são sementes (abóbora, girassol, gergelim), grãos inteiros e farelos (aveia, centeio, cevada e trigo), feijão, frutas e vegetais crucíferos (POLUZZI et al., 2014).

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A linhaça (Linum usitatissimum L.) é a maior fonte de lignanas, possuindo de 9 a 30 mg por grama (IMRAN et al., 2015) é considera um alimento funcional por possuir altos teores de ácidos graxos alfa-linolênicos, rica em fibras alimentares, boas concentrações de proteína vegetal com aminoácidos essenciais (CARVALHO, 2015).

A biodisponibilidade de lignana pode ser melhorada por esmagamento e moagem da linhaça, o principal precursor de lignanamamífero é o SDG (POLUZZI et al., 2014). A concentração de SDG é 75 a 800 vezes maior na linhaça que em qualquer outro alimento, até mesmo com gergelim que é a segunda fonte mais abundante em lignanos (IMRAN et al., 2015; POLUZZI et al., 2014).

Guerra e Boaventura (2016) afirmam que a suplementação da semente de linhaça vem sendo usada como terapia de reposição hormonal alternativa, por possuir em sua composição SDG que se liga aos receptores de estrógeno, e previne o aparecimento dos sintomas climatéricos como também de DCV, melhora o perfil lipídico e reduz o risco de câncer de mama, a ingestão recomendada de semente de linhaça triturada para efeitos benéficos é de 40g/dia (GUERRA; BOAVENTURA, 2016).

Assim percebe-se os benefícios do uso de fitoestrógenos na mulher menopausadas, porém ainda há poucos estudos investigando tais benefícios e comparando com a terapia hormonal (ANDRES, 2012; FARIA; OLIVEIRA, 2017; CHEN;

LIN; LIU, 2015).

Cunha (2012), afirma que não há recomendações nutricionais específicas para a menopausa, sendo que a intervenção nutricional deve ser feita pelas diretrizes e recomendações já existentes.

Fitoterapia: um aliado a dietoterapia

Os fitoterápicos possuem apenas substancias vegetais ativas como matéria- prima, não fazem uso de substâncias isoladas mesmo que de origem vegetal, sua eficácia e segurança devem ser baseados e comprovados em estudos (ANVISA, 2014).

O uso de plantas medicinas tem aumentado bastante na forma de extratos padronizados, pois estes garantem a mesma composição da planta in natura,entretanto

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sempre há uma substancia com concentrações maiores promovendo a qualidade deste para que possa ser considerado medicamento (BRASIL, 2008).

Dentre as propriedades terapêuticas de fitoterápicos a administração de alguns extratos está sendo relacionando com a minimização dos sintomas do climatério devido à presença de fitoestrógenos, na grande maioria dos países estes levam papel coadjuvante como suplementos dietéticos devido os poucos estudos realizados sobre a verdadeira eficácia na síndrome do climatério (SILVA, 2012).

Os principais fitoterápicos utilizados no tratamento do climatério com comprovação científica são:

Inhame (Dioscorea villosa L.), o extrato do rizoma e a raiz do inhame selvagem possui ação comprovada no alivio dos sintomas menopausais e também na amenização da artrite reumatoide, a classe de fitoestrógenos encontrada nesta planta são as saponinas esteroidais que possuem compostos bioativos denominados diosgenina e dioscina, para ter sua função terapêutica reconhecida precisa ter no mínimo 6% de diogenina (MANDA et al, 2013).

A dose oral fitoterápica da soja (G. max) recomendada diariamente deve ser 50 a 120 mg de isoflavona, para garantir a redução dos sintomas e comorbidades associadas ao climatério (ANVISA, 2016 b).

O alcaçuz é uma das raízes mais usadas na medicina chinesa na melhoria da saúde, hoje este é usado principalmente na indústria, existem muitas espécies dessa raiz, entretanto apenas Glycyrrhiza glabra, Glycyrrhiza uralensis, Glycyrrhiza inflatacontém boas quantidades de liquiritina e possui atividades estrogênicas em

variados tecidos sensíveis ao estrogênio (HAJIRAHIMKHAN et al., 2013).

Um estudo duplo cego avaliando a eficácia do alcaçuz (1140 mg/dia) em comparação com a terapia de reposição hormonal na redução dos sintomas vasomotores, demonstrou que ambos tiveram redução nesses sintomas, todavia TRH pode reduzir melhor o tempo de duração como também a gravidade, já o alcaçuz fornece o alívio desses sintomas (MENATI et al., 2014).

A Morus nigra é conhecida como amoreira-preta, é usada como opção na TRH no tratamento dos sintomas da menopausa, com seu uso comprovado na redução de sintomas vasomotores, entretanto mesmo com o número de estudos surgindo ainda

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não se tem provas da existência de compostos estrogênicos fitoestrógenos no estrato dessa planta, assim sendo o chá das folhas da amoreira-preta é benéfico para o retardo dos sintomas vasomotores (SUASSUNA, 2011).

O extrato das folhas da Morus nigra possui eficácia em doenças crônicas e na redução de sintomas vasomotores, a administração de doses de 500 mg/Kg desse extrato em ratas Wistar ovariectomizadas apresentou estimulação uterina, em estudos in vitro com a espécie Morus alba produziu efeitos estrogênicos que induziu a redução de FSH e LH como também o aumento de estradiol e progesterona (SILVA, 2012).

O trevo vermelho (Trifolium pratense) pertencenteà família Leguminosae, sua indicação na ANVISA é o alívio de fogachos no climatério a prescrição deste deve conter 0,5% de isoflavonas no extrato bruto padronizado, a dosagem diária recomendada 40 a 80 mg/dia de isoflavonas que corresponde de 240 a 280 mg de extrato de trevo vermelho (ANVISA, 2016 b).

Entretanto os estudos com Trifolium pratense são conflitantantes, pois os resultados das análises de eficácia não são elaborados com as mesmas dosagens ou não chegaram ao fim devido problemas na metodologia, assim ele possui indicação como fitoterápico, mas não apresenta grande comprovação (DEL GIORNO et al., 2010).

Além das plantas medicinais citadas a Cohosh preto (Cimicifuga racemosa L.), Lúpulo (Humulus lupulus L.), Ginseng (Panax ginseng), Dong Quai (Angelica sinensis), Óleo de prímula (Oenothera biennis L.) e Valeriana (Valeriana officinalis) também são fontes de compostos fitoestrógenos com capacidade de reduzir os sintomas da síndrome do climatério (SILVA, 2012; BRASL, 2016).

É importante ressaltar que a terapia com fitoestrógenos pode ser feita com associação de medicamentos para osteoporose, o acompanhamento clínico das mulheres que optam por essa terapia deve ser o mesmo para aquelas que fazem uso de terapia hormonal, sendo assim a fitoterapia vêm como uma nova abordagem com resultados tão bons quanto ao uso dos hormônios sintéticos oferecendo uma maior tranquilidade e qualidade de vida (BRASIL, 2008).

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A multidisciplinaridade no Climatério

Outra alternativa, para amenizar os sintomas do climatério e substituir a terapia de reposição hormonal é a prática de atividade física (GORANITIS et al., 2017).

O exercício veio como uma alternativa para diminuir o risco de doenças metabólicas severas e doenças cardíacas, a prática de exercícios físicos supervisionados está sendo usados não só para a prevenção das doenças crônicas que acometem este período, mas também na minimização de sintomas temporários, como fogachos (LOPES et al., 2014).

É importante ressaltar que mulheres climatéricas praticando atividade física regular além de reduzir as manifestações dos sintomas aumentam o humor (DE LORENZI et al., 2010).

Em um estudo com um grupo de mulheres pós-menopausadas com sobrepeso e obesidade, IMC 25-35 Kg/m² e sedentárias avaliou a influência de uma dieta para perda de peso aliada a prática de atividade física sobre os níveis hormonais e sintomas climatéricos, os resultados foram positivos no grupo avaliado em relação ao controle, este teve um aumento de SHBG que influenciou na elevação de estrogênio como também redução dos sintomas (VAN GEMERT et al., 2015).

Neste estudo de Van Gemert et al. (2015), constata que uma dieta balanceada individualizada associada a prática de atividade física é capaz de reduzir os principais sinais e sintomas do climatério e garantir melhor qualidade de vida a mulher, sendo assim o trabalho multidisciplinar como tratamento da síndrome do climatério pode ser considerado uma boa alternativa para substituição da TRH (VAN GEMERT et al., 2015).

Partindo da afirmativa que a alimentação equilibrada rica em fontes de fitoestrógenos é o método de tratamento mais eficaz no retardo dos sintomas da síndrome do climatério sem aparecimento de efeitos colaterais, o nutricionista exerce papel central neste tratamento pois segundo a Lei nº 8.234 de 17 de setembro de 1991 que regulamenta a profissão de nutricionista, é função apenas desse a elaboração e tratamento dietoterápico, como também buscar novas fontes alimentares ricas em compostos através de pesquisa (BRASIL, 1991).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dado o presente, conclui-se que, as modificações sofridas pela mulher durante as fases do climatério estão associadas aos distúrbios endócrinos característicos desse período. O uso da terapia de reposição hormonal é uma alternativa eficaz na melhora dos sintomas climatéricos, porém a longo prazo gera efeitos colaterais, como câncer de mama e tromboembolismo.

Contudo, a terapia alternativa está ganhando mais adeptas, dentre ela o uso de fitoestrógenos de fontes vegetais, sua composição permite que estes se liguem aos receptores de estrógenos assim evitando os sintomas do climatério.

Dentre os fitoestrógenos, o mais estudado é a isoflavona da soja, esta é também a que gera maior eficácia na amenização de sintomas e proteção contra as principais patologias associadas a síndrome do climatério.

Além deste há outros fitoestrógenos advindos de alimentos que previnem os sintomas do climatério, como as lignanas da linhaça e gergelim, diogenina do inhame e a liquiritina do alcaçuz.

Todavia, mesmo com o aumento dos estudos clínicos avaliando a eficácia dos fitoestrógenos nos últimos anos, ainda faltam evidências que comprovem o risco benefício positivo geral comparado à TRH, para que assim haja maior incentivo do consumo por mulheres.

Por suposto, percebe se a necessidade de uma padronização de doses/posologia e a criação de diretrizes específicas a respeito das recomendações nutricionais para as mulheres climatéricas, afim de otimizar os serviços prestados pela equipe multidisciplinar e, consequentemente, proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

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