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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO TRT/SP N. 0000971-39.2014.5.02.0090 RECURSO ORDINÁRIO

1. RECORRENTE: SIND EMPREG EMP PREST SERV TERC ADM TRAB 2. RECORRENTE: SIND INTERESTADUAL TRAB FEIRAS COM SP RJ 1. RECORRIDO: COMPART MARKETING PROMOCIONAL LTDA 2. RECORRIDO: SIND PROM REP E DEMONST MERCHANDISING SP ORIGEM: 90ª VT / SÃO PAULO

Inconformados com a r. sentença de fls. 300/301, integrada pela decisão da fl. 315, da lavra da Excelentíssima Juíza do Trabalho Andrea Renzo Brody, que julgou procedentes os pedidos da exordial, recorre ordinariamente o segundo réu, consoante as razões de fls. 317/323, e de forma adesiva o primeiro réu, conforme razões de fls. 339/349.

O segundo réu alega, preliminarmente, a nulidade da sentença, em função de negativa de prestação jurisdicional, e, no mérito, postula a reforma da decisão no que tange aos itens representação sindical, custas em reversão e honorários advocatícios.

Já o primeiro demandado requer a reforma da sentença quanto à representação sindical e à multa por embargos protelatórios.

Contrarrazões às fls. 330/338 e 357/359.

Dispensado o parecer do Ministério Público do Trabalho, nos termos do art. 20 da Consolidação das Normas da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.

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I – JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Os recursos são cabíveis e foram manejados no prazo legal por advogados regularmente constituídos nos autos, consoante procurações das fls. 96 (segundo réu) e 156 (primeiro réu). Comprovado o preparo pelos réus às fls. 323/326 e 351/354. Assim, presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade, conheço dos recursos interpostos.

RECURSO ORDINÁRIO DO SEGUNDO RÉU

II – PRELIMINARMENTE

Negativa de Prestação Jurisdicional.

Defende o recorrente que o julgador de origem não sanou as omissões constantes na sentença quanto à autorização para levantamento dos valores consignados e pronunciamento acerca da categoria econômica da empresa consignante, mesmo depois da interposição de embargos declaratórios. Requer a declaração de nulidade da decisão que julgou os embargos de declaração, com retorno dos autos ao juízo a quo para apreciação das matérias.

Pois bem.

A decisão recorrida apresenta de forma clara os fundamentos que foram utilizados no julgamento da questão sub judice, não havendo se falar em negativa de prestação jurisdicional.

Não fosse o bastante, eventuais questionamentos deduzidos em sede de embargos declaratórios não resolvidos pelo julgador de origem podem ser integrados por

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

este Tribunal, através do recurso ordinário, tendo em vista o efeito devolutivo do recurso ampliado pelo art. 1.003 do Novo Código de Processo Civil, que prevê expressamente em seu §3º, inciso III, a possibilidade de julgamento pelo tribunal de pedidos sobre os quais foi omisso o juiz.

In casu, a recorrente postulou esclarecimentos em sede de embargos de declaração (fls. 313/314) quanto ao momento adequado para levantamento do valor consignado e quanto ao sindicato da categoria econômica que representa a consignante.

No primeiro aspecto, embora a sentença não faça tal explicitação, é evidente que o levantamento do valor depositado depende do trânsito em julgado da presente ação, sendo desnecessário o acolhimento dos embargos para tal esclarecimento.

No mais, a representação sindical patronal da empresa autora não está em discussão, mas a representação sindical de seus empregados, a quem destinadas as contribuições depositadas na presente ação.

Rejeito.

RECURSO ORDINÁRIO DO SEGUNDO RÉU E RECURSO ADESIVO DO PRIMEIRO RÉU (MATÉRIA COMUM)

III – MÉRITO

Representatividade Sindical.

Defende o segundo réu (Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo – SINDEEPRES) que detém a representatividade sindical dos empregados da autora, que atua na locação de mão-de-obra temporária. Aduz que tem base territorial em todo o

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anterioridade.

O primeiro réu (Sindicato Interestadual dos Trabalhadores, Empregados, Autônomos, Avulsos e Temporários em Feiras, Congressos e Eventos em Geral e em Atividades Afins de Organização, Montagem e Promoção no Estado de São Paulo e Rio de Janeiro – SINDIEVENTOS) também afirma ser o legítimo representante dos empregados da autora, com registro em 20/03/1998.

Vejamos.

A julgadora primígena considerou ser o terceiro réu (Sindicato dos Promotores, Repositores e Demonstradores de Merchandising do Estado de São Paulo – SINDPRODEM) o representante dos empregados da autora e credor das contribuições sindicais depositadas na presente ação, sob fundamento de estar ligado à atividade específica desempenhada pela empresa.

Comungo do entendimento esposado na origem, eis que o SINDPRODEM foi constituído por desmembramento válido do segundo réu (vide fls. 263/269), para representação dos empregados promotores, repositores e demonstradores de merchandising do Estado de São Paulo, ligados à atividade específica, promovendo produtos específicos, não vinculados diretamente a supermercados, lojas ou boutiques (art. 1º, a, do Estatuto Sindical, fl. 119).

A representação sindical é estabelecida com base na atividade preponderante da empregadora, nos termos do art. 511, §1º, da CLT, como bem pontuado pela julgadora a quo. E a empresa autora tem por objeto social a seleção, agenciamento, locação e contratação de mão-de-obra permanente e temporária, agenciamento de espaços de publicidade, exceto veículos de comunicação, marketing direto, com finalidade de

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promover e divulgar produtos e serviços fornecidos por empresas públicas e privadas, consultoria em publicidade, agenciamento de profissionais para atividades esportivas, culturais e artísticas, seleção de organização de feiras, congressos, exposições e eventos, produção e promoção de eventos esportivos, entre outros (fls. 09/10).

Não é o caso de representação sindical pelo primeiro réu, porque, conforme delineado na decisão recorrida, o SINDIEVENTOS atua na defesa de empregados em feiras, congressos e eventos em geral e atividades afins de organização, montagem e promoção nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (fl. 43), o que não é o caso específico da empresa autora, a qual possui objeto social mais amplo, atuando na área de marketing.

Tampouco há representatividade dos empregados da autora pelo segundo réu, visto que o SINDEEPRES possui objeto mais amplo do que a atividade empresarial, agindo em defesa de trabalhadores em empresas prestadoras de serviços a terceiros, exceto do ramo de asseio e conservação, higiene, limpeza urbana, vigilância e segurança patrimonial, bem como de trabalho temporário, leitura, medição e entrega de aviso de consumo de luz, água, esgoto e gás encanado (fl. 98).

Prevalece, portanto, o requisito da especificidade para enquadramento sindical em detrimento do critério de anterioridade, até porque regular o desmembramento do terceiro réu, como já destacado.

Do exposto, impõe-se a manutenção da decisão guerreada, reconhecendo o SINDPRODEM como legítimo credor da contribuição sindical depositada pela autora.

Mantenho.

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Mantida em sua integralidade a decisão recorrida, irretocável a condenação das recorrentes em custas, bem como a improcedência dos honorários advocatícios requeridos.

RECURSO ADESIVO DO PRIMEIRO RÉU (Matéria Remanescente) Multa por embargos protelatórios.

Sem razão o recorrente.

Da análise dos embargos de declaração das fls. 303/312 é possível verificar que o primeiro réu sequer aponta qual a omissão, contradição ou obscuridade que pretende ver sanada, destinando seu arrazoado recursal a tecer argumentos referentes à reforma da decisão.

Nítido, assim, o caráter protelatório dos embargos declaratórios, estando correta a decisão que condenou o primeiro réu na multa de 1% sobre o valor da causa.

Ante o exposto, ACORDAM os Magistrados da 5ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em: CONHECER dos recursos interpostos, e, no mérito, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO DO

SEGUNDO RÉU E AO RECURSO ADESIVO DO PRIMEIRO RÉU, de acordo com

a fundamentação do voto deste Relator.

Mauro Schiavi

Juiz Relator qfd

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