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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E JURÍDICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E JURÍDICAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

KELSO COLNAGO DOS SANTOS

O PAPEL DAS COOPERATIVAS NO DESENVOLVIMENTO DAS

COMUNIDADES NA TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL

Boa Vista

2009

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KELSO COLNAGO DOS SANTOS

O PAPEL DAS COOPERATIVAS NO DESENVOLVIMENTO DAS

COMUNIDADES NA TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL

Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Roraima.

Orientador: Prof. Dr. José Hamilton Gondim Silva.

Boa Vista

2009

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KELSO COLNAGO DOS SANTOS

O PAPEL DAS COOPERATIVAS NO DESENVOLVIMENTO DAS

COMUNIDADES NA TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL

Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Roraima, defendida em ____ de _______________ de 2009 e avaliada pela seguinte banca examinadora:

_________________________________ Prof. Dr. José Hamilton Gondim Silva

Orientador - UFRR

________________________________ Prof. Dr. Genival Ferreira da Silva Departamento de Economia - UFRR

________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Rodrigues Departamento de Economia - UFRR

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RESUMO

O Estado de Roraima ocupa uma área de 224.298,980 Km². Do total da área, 46,37% são terras indígenas, formando um território de 104.018,430 Km². Vivem no Estado cerca de 47.000 índios, distribuídos em 32 Terras Indígenas. Nessas terras indígenas vivem comunidades em vários estágios de desenvolvimento, de condições primitivas a completamente integradas ao processo sócio-econômico. A Terra Indígena Raposa Serra do Sol (TIRSS), destinada à posse permanente dos Grupos Indígenas Ingarikó, Makuxi, Patamona, Taurepang e Wapixana, situada nos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, no Estado de Roraima, na fronteira do Brasil com a Guiana e a Venezuela, possui uma área de 17.474,640 Km² e uma população aproximada de 19.000 índios. Mesmo assim, os recursos naturais existentes nesta vasta área (caça, pesca, frutas, etc) não são suficientes para atender às necessidades básicas desta população. A metodologia utilizada foi baseada no método dedutivo, através de revisão bibliográfica. Este trabalho apresenta as vantagens das Cooperativas no desenvolvimento das comunidades em buscar novas alternativas capazes de gerar excedentes para comercialização, considerando o fato de que muitos já se encontravam integrados à sociedade de consumo. Finalizando o presente trabalho de pesquisa é feita uma análise de um projeto piloto de cooperativa na Terra Indígena Raposa Serra do Sol e conclusões obtidas.

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ABSTRACT

The state of Roraima covers an area of 224.298,980 km². The total area, 46,37% are indigenous lands, forming an area of 104.018,430 km². They live in the approximately 47.000 indians, distributed in 32 indigenous lands. Indigenous communities living in these lands in various stages of development, the primitive conditions of the fully integrated socio-economic process. Indigenous Land Raposa Serra do Sol (TIRSS) for the permanent possession of the indigenous groups Ingarikó, Makuxi, Patamona, Wapixana and Taurepang, located in the cities of Normandy, Pacaraima and Uiramutã in the state of Roraima, on the border of Brazil with Guyana and Venezuela, has an area of 17.474,640 km² and a population of approximately 19.000 Indians. Even so, the natural resources in this vast area (hunting, fishing, fruits, etc.) are not sufficient to meet the basic needs of this population. The methodology was based on the deductive method, through literature review. This paper presents the advantages of cooperatives in the development of communities to seek new alternatives able to generate surpluses for sale, considering the fact that many were already integrated into the society of consumption. Finally this research work is an analysis of a cooperative pilot project of the Indigenous Land Raposa Serra do Sol and findings.

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LISTAS

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Números do Cooperativismo no Brasil...24

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa Político do Estado de Roraima...25

Figura 2: Mapa das Reservas Indígenas...26

Figura 3: Mapa da Terra Indígena Raposa Serra do Sol...27

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 13

3 SISTEMA COOPERATIVISTA BRASILEIRO ... 17

3.1 Surgimento das cooperativas ... 17

3.2 Evolução no Brasil ... 17 3.3 Conceitos ... 19 3.4 Princípios ... 20 3.5 Classificação ... 21 3.6 Ramos ... 22 3.7 Números do cooperativismo ... 23

3.8 As cooperativas no Estado de Roraima ... 24

4 ASPECTOS DA TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL... 25

5 MODELO DE COOPERATIVA ... 30

6 CONCLUSÕES ... 33

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1 INTRODUÇÃO

Em 1843, na cidade de Rochdale, próximo a Manchester na Inglaterra, 28 operários, em sua maioria tecelões, que se encontravam desempregados, resolveram juntar suas economias para montar um armazém cooperativo Em 21 de dezembro de 1844 foi criado a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale (OCB, 2008).

No Brasil, o movimento iniciou-se, com a criação da primeira cooperativa de consumo de que se tem registro no Brasil, em Ouro Preto (MG), no ano de 1889, denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto.

A Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que regula as sociedades cooperativas, define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências. O artigo 4º conceitua as cooperativas como sendo sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados.

O homem por natureza vive em uma comunidade. As pessoas acabam estabelecendo um sistema de cooperação entre elas para determinado fim. As cooperativas têm por objetivo aglutinar pessoas que, através do seu trabalho, da sua produção ou da sua renda, atuando de forma coletiva e organizada, adquirem condições de conquistar espaços dentro da economia globalizada. Vale dizer que, caso essas pessoas agissem individualmente, dificilmente conseguiriam atingir suas metas. A característica principal da sociedade cooperativa é oferecer aos seus cooperados melhores condições econômicas e sociais. O cooperado é ao mesmo tempo dono e usuário da cooperativa: enquanto dono ele administra a empresa, e enquanto usuário utilizará os seus serviços (MARTINS, 2003).

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), órgão máximo de representação das cooperativas no Brasil, está organizada nos 26 Estados e no Distrito Federal. Representa 7.600 cooperativas e 7,8 milhões de associados. A diversidade do cooperativismo brasileiro reflete sua força socioeconômica. Tradicionalmente desenvolvido no ambiente rural, nas últimas décadas, tem avançado nos centros urbanos, como alternativa de trabalho, renda e cidadania. São 13 ramos de atividades econômicas, que geraram 4 bilhões de dólares em exportações em 2008.

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O Estado de Roraima possui uma excelente localização geográfica e geopolítica, além de um grande potencial de recursos naturais. Da área total do Estado 46,37% é considerada como terra indígena. Somente a Terra Indígena Yanomami ocupa aproximadamente 26% do Estado, onde se localizam os maiores potenciais minerais e madeireiros de Roraima, enquanto que a Terra Indígena Raposa Serra do Sol ocupa mais de 7% da extensão do Estado, e possui um dos maiores potenciais hidroenergéticos e minerais, além de solos aptos à agricultura e expressiva atividade pecuária.

Roraima sempre foi caracterizada como uma área tipicamente agropecuária da Amazônia Brasileira, principalmente na região de savanas (lavrado). As condições naturais principalmente de suas regiões Norte e Nordeste, sempre favoreceram, de certa forma, o desenvolvimento de uma agropecuária de baixo custo.

Por estar localizada parcialmente nos hemisférios Norte e Sul, apresenta vantagens comparativas bem diferenciadas, no que se refere à produção agrícola, pois pode produzir, em épocas diferentes, grãos, inclusive produção de sementes, e outras culturas, com possibilidades de suprir o mercado dos demais Estados brasileiros, na entre safra destes, podendo alcançar preços bastante atraentes.

Possui, ainda, uma das mais ricas províncias minerais da Amazônia Brasileira. Os diagnósticos do potencial mineral do Estado ainda se baseiam em trabalhos das décadas de 1970 e 1980. As realizações de novos estudos sistematizadas do Estado poderão trazer a público um potencial mineral bem maior que o atualmente estimado.

Nas duas últimas décadas o Estado de Roraima tem sido palco de inúmeros conflitos envolvendo índios e não-índios, que até então tinham uma coexistência relativamente pacífica e de colaboração mútua. Nas últimas duas décadas essa harmonia regional começou a ser rompida radicalmente inclusive com atividades violentas.

No Estado de Roraima existem 32 terras indígenas, totalizando cerca de 47.000 índios. Nessas terras indígenas convivem muitas comunidades em vários estágios de desenvolvimento, desde vivendo em condições primitivas até completamente integradas ao processo sócio-econômico. A Terra Indígena Raposa Serra do Sol, situada nos municípios de

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Normandia, Pacaraima e Uiramutã, possui uma área de 17.474,640 Km² e uma população de aproximada de 19.000 índios.

Houve um tempo que a natureza até contribuía com a alimentação dos indígenas, porém o tempo mudou e agora esses devem se adequar a uma nova condição de vida. Mesmo assim, os recursos naturais existentes nesta vasta área (caça, pesca, frutas, etc) não são suficientes para atender às necessidades básicas dessa população.

O contato com o não indígena deixou marcas no cotidiano, o índio não está apenas trabalhando na sua roça, ele quer usar produtos introduzidos na sua cultura e para isso ou ele trabalha para vender seu produto ou ele sai da sua comunidade para trabalhar fora. Grande contingente de população indígena aculturada está saindo das áreas rurais do Norte-Nordeste de Roraima procurando as vantagens na cidade. Para combater esse êxodo rural é indispensável a implantação de projetos em todas as comunidades.

Um modelo de Projeto Piloto está sendo implantado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, denominada Cooperativa Indígena de Produção do Norte-Nordeste de Roraima, abrangendo 68 comunidades e 9.006 indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

O Projeto Piloto pretende implantar sistemas de produção abrangendo toda a cadeia produtiva, desde a capacitação dos indígenas envolvidos em produção e gestão, escolha das melhores áreas destinadas às diversas culturas, passando pelo uso das melhores tecnologias aplicadas para a região e concluindo no transporte e na comercialização dos produtos com visão empreendedora, primando sempre pelos valores e identidades culturais dos indígenas.

Com a criação da Cooperativa Indígena de Produção espera-se que as comunidades indígenas envolvidas, encontrem na produção agrícola o desenvolvimento econômico sustentável que sirva de modelo para outras comunidades.

Problema

Como as Cooperativas podem promover o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades indígenas na Terra Indígena Raposa Serra do Sol?

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Justificativa

Com a homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em 15 de abril de 2005 e a saída de todos os não índios, concluída em maio de 2009, surgiu uma preocupação no que tange ao desenvolvimento sustentável para as comunidades indígenas dessa região, a partir da valorização e respeito às identidades culturais dos povos ali residentes, onde os próprios interessados possam expressar seus desejos e aspirações com relação ao futuro que desejem.

Tendo o indígena agora sua terra homologada, ele quer melhorar sua condição de vida para poder garantir o futuro de sua geração. O indígena não é mais nômade, e para se firmar em coletividade em certos lugares é necessário critérios capazes de dar condições à sua sobrevivência. Em todo o Estado de Roraima é fácil verificar a moradia de indígenas, seja no lavrado, seja nas matas ou nas serras, todos têm uma realidade diferente, porém as necessidades na maioria das vezes são as mesmas.

A maioria das comunidades indígenas busca na mandioca e seus derivados a base de sua alimentação. Complementarmente, o feijão regional e a carne do gado abatido na tradicional pecuária bovina extensiva compõem a sua dieta. Outras comunidades indígenas já se destacam na produção de produtos diferenciados, com a adoção de insumos modernos e tecnologias de produção. No campo da produção, o Estado de Roraima tem grupos de rizicultores e produtores de soja, que possuem tecnologia de ponta, abastecendo os mercados local e regional e exportando para o mercado internacional.

A tomada de consciência da população indígena na busca da sustentabilidade e na melhoria das condições de vida, com acesso à energia elétrica, estradas, comunicação, transportes, educação e assistência técnica, os levará à adoção de tecnologias modernas de produção, especialmente no avanço dos cultivos irrigados, produção de pescados e pecuária.

Os índios da região do lavrado têm bom nível de escolaridade, dispõem de acesso ao Pró-Custeio, programa socioeconômico do governo estadual, benefícios de aposentadoria e outros incentivos do Governo Federal, gerando recursos que estão sendo aplicados em projetos de irrigação e produção de frutíferas. A pecuária bovina apresenta excelentes perspectivas nas regiões da serra onde as pastagens nativas são de melhor qualidade.

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As cooperativas brasileiras chegaram ao final de 2008 com um saldo altamente positivo: faturaram 17,6% a mais do que no ano anterior, além de terem crescido em quantidade, gerando mais renda e trabalho a um maior número de associados. Soma-se o fato de responderem por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Os números são importantes para dimensionar a força das cooperativas e a responsabilidade de sua representação nos diversos níveis, do local ao global, bem como os ganhos socioeconômicos proporcionados pelas cooperativas a todos os que transitam e convivem em sua órbita.

A criação das cooperativas visa implantar sistemas abrangendo toda a cadeia produtiva, desde a capacitação dos indígenas envolvidos em produção e gestão, escolha das melhores áreas destinadas aos diversos ramos, passando pelo uso das melhores tecnologias aplicadas para a região, com visão empreendedora, primando sempre pelos valores e identidades culturais dos indígenas.

As cooperativas pretendem desenvolver nos indígenas boa aptidão gestora e empreendedora, promover o crescimento econômico na região e a melhoria na qualidade de vida das comunidades envolvidas, por meio da transferência de tecnologia. O objetivo é dar condições à população das comunidades indígenas beneficiadas a viverem na região, eliminar o êxodo para as cidades e despertar o sentimento de lucro e vontade de crescimento, sem que percam seus valores, costumes e culturas tradicionais.

Objetivo Geral

Descrever o papel das Cooperativas no desenvolvimento econômico sustentável das comunidades indígenas na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Objetivos Específicos

- Conhecer o Sistema Cooperativista Brasileiro.

- Identificar aspectos sociais e econômicos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. - Analisar um modelo de Cooperativa que está sendo implantada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol..

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Metodologia

Este trabalho apoiar-se-á no método dedutivo, partindo de casos gerais para o particular, referentes à área de desenvolvimento econômico regional, especificamente as cooperativas.

Será estabelecida relações mais específicas inerentes sobre o papel das Cooperativas no desenvolvimento econômico sustentável das comunidades na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Como métodos de procedimentos serão utilizados, os métodos comparativo, qualitativo e analítico.

É uma pesquisa bibliográfica, na qual se procederá à combinação de pesquisa bibliográfica, através da seleção de livros, planos e documentos dos órgãos relacionados com cooperativas e desenvolvimento, como Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Programa Calha Norte (PCN), Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN), Secretaria Extraordinária de Assuntos Estratégicos (SEAE) e Instituto de Terras e Colonização de Roraima (ITERAIMA).

Serão utilizadas, como técnicas de pesquisa, a entrevista e o levantamento de registros. As entrevistas serão aplicadas aos dirigentes dos órgãos e aos representantes das comunidades indígenas envolvidos com o tema. O levantamento de registros será feito em documentos, ou outras fontes, que possuam dados sobre Cooperativas e Desenvolvimento.

Os dados das entrevistas serão analisados sob a ótica do conteúdo, a partir das questões que compõem a própria entrevista. Os dados do levantamento de registros serão organizados e utilizados de acordo com a necessidade do tema.

A análise e interpretação dos dados serão realizadas a partir do confronto do material bibliográfico, com o resultado das entrevistas. Posteriormente será feita uma análise descritiva dos resultados, a partir da demonstração do papel das cooperativas para minimizar o problema.

A apresentação da pesquisa se dará através de figuras e tabelas, e em um texto expositivo e analítico.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Cooperativa vem do latim cooperattivus, de co operari, que tem o significado de obra em comum. A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) conceitua cooperativa como “uma associação autônoma de pessoas que se unem de forma voluntária para satisfazer suas necessidades e aspirações econômicas, sociais e culturais em comum, mediante uma empresa de propriedade conjunta e de gestão democrática”.¹

A sociedade cooperativa no Brasil é regulada pela Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências. O artigo 4º conceitua as cooperativas como sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados.

A primeira leitura dos artigos 4º e 7º da Lei nº 5.764/71 indica que a cooperativa só presta serviços aos associados, não podendo prestar serviços para terceiros. O objetivo, portanto, da cooperativa é prestar serviços aos associados. O artigo 86 da mesma norma mostra que as sociedades cooperativas poderão fornecer bens e serviços a não-associados, desde que atenda aos objetivos socais e esteja de acordo com a lei. É possível a prestação de serviços a não-associados, desde que sejam atendidos os objetivos da cooperativa.

A OCB realizou, em março de 1988, o X Congresso Brasileiro de Cooperativismo, onde estabeleceu que a Cooperativa é uma sociedade de pessoas de natureza civil, unidas pela cooperação e ajuda mútua, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns e cujos aspectos legais e doutrinários são distintos de outras sociedades.

A Constituição de 1988 passou a tratar em diversos dispositivos sobre a cooperativa. Prevê no inciso XVIII do artigo 5º a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas. A lei a que se refere é a Lei nº 5.764/71, vigente no momento da promulgação e até os dias de hoje.

_________

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Existem vários conceitos sobre cooperativa. Do conceito, nota-se que as cooperativas são sociedades de pessoas. Não importa o capital para a configuração da sociedade, mas as pessoas envolvidas, que mediante iniciativa em comum, objetivam atingir determinado fim. O objetivo da cooperativa é a cooperação entre as pessoas para determinado fim comum, visando à melhoria das condições de vida de seus participantes.

As cooperativas não são empresas. São criadas para atender aos cooperados, proporcionando-lhes bens ou serviços. Não visam o lucro, mas produzem sobras. A característica principal da sociedade cooperativa é a sua finalidade, que é oferecer aos seus cooperados melhores condições econômicas e sociais, já que a sociedade não possui finalidade lucrativa. Desta forma, a sociedade serve como instrumento de promoção dos interesses de seus membros. O segmento da economia representado pelas cooperativas é um dos que mais têm crescido no mundo e no Brasil.

A constituição jurídica das cooperativas não pode ser considerada, por si só, uma vantagem competitiva para as cooperativas, se estas não consolidarem modelos de gestão eficientes, eficazes e efetivos, os quais proporcionem sustentação para que as cooperativas tenham vantagens competitivas reais, sustentadas e duradouras. As vantagens competitivas das cooperativas devem estar baseadas em suas formas de interação para com seus clientes (cooperados e mercado em geral), e não simplesmente, nas leis que sustentam sua constituição (OLIVEIRA, 2006).

O Cooperativismo acredita e investe em honestidade, transparência, responsabilidade social e preservação da natureza para o desenvolvimento humano sustentável. O Cooperativismo nasceu para todos pela existência de princípios cooperativos que são normas e regras para a aplicação do verdadeiro exercício do cooperativismo. São eles os 7 (sete) princípios: Adesão Voluntária e livre; Gestão Democrática; Participação Econômica; Autonomia e Independência; Educação, Formação e Informação; Intercooperação entre as Cooperativas; e Interesse pela Comunidade.

A OCB é o órgão máximo de representação das cooperativas no Brasil. É responsável pela promoção, fomento e defesa do Sistema Cooperativista Brasileiro. Está organizada nos 26 Estados e no Distrito Federal.

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No Brasil, o elevado desemprego dos últimos anos vem provocando a proliferação de associações econômicas de inspiração igualitária e democrática, que assumem formas de cooperativa. Essas experiências vêm sendo interpretadas como forma de resistência à marginalização social e também prenúncio de um novo modelo de desenvolvimento econômico.

O Estado de Roraima apresenta uma fronteira de recursos naturais quase fechada à exploração econômica, em decorrência da grande extensão de terras indígenas. Por se localizar parcialmente nos hemisférios Norte e Sul, apresenta vantagens comparativas bem diferenciadas, no que se refere à produção agrícola, pois pode produzir, em épocas diferentes da Amazônia localizada ao sul do Equador, grãos, inclusive produção de sementes, e outras culturas, com possibilidades de suprir o mercado dos demais Estados brasileiros, na entre safra destes, podendo alcançar preços bastante atraentes.

Em termos de infra-estrutura econômica, a situação de Roraima é privilegiada. As condições de escoamento da produção são facilitadas pela existência de 1.402,6 km de rodovias federais, interligando-o no sentido Norte/Sul e Leste/Oeste. Todos os municípios são interligados por rodovias federais ou estaduais. As estradas alimentadoras, ou vicinais, permitem, com razoável eficiência, o escoamento da produção oriunda dos projetos de assentamentos e colonização e de outras regiões produtoras do Estado.

A Terra Indígena Raposa Serra do Sol está localizada nos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã e é fundamental para a viabilização econômica do Estado devido ao seu grande potencial em recursos naturais, bem como de uma força de trabalho expressiva.

No município de Normandia, a vocação agrícola está centrada em culturas de ciclo curto e de rápido retorno comercial como o arroz, milho, feijão e mandioca, com baixos níveis de rentabilidade. Com a introdução das culturas do arroz irrigado e da melancia, a situação produtiva está se modificando. Em termos de turismo ecológico, a região do Lago do Caracaranã é um atrativo situado em uma paisagem tipicamente roraimense.

Em Pacaraima, a vocação agrícola está centrada em culturas de ciclo curto e de rápido retorno comercial como o arroz irrigado. Possui grande potencial turístico, com inúmeros atrativos naturais.

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No município de Uiramutã, o maior potencial econômico são os recursos minerais como ouro e diamante. Como alternativa econômica, há o potencial para a pecuária e o cultivo de culturas tradicionais. A principal alternativa econômica recai no turismo ecológico, em função dos inúmeros atrativos naturais da região.

A grande maioria das comunidades indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol já não é primitiva, tendo abandonado seus costumes de caçadores e coletores e se tornando integrados à sociedade envolvente. Uma política de isolamento completo poderia significar retrocesso econômico significativo, em virtude das alterações já ocorridas em sua cultura, na religião, nos critérios de sucessão tribal e mudanças no modo de produção e inserção no sistema de comercialização capitalista.

Todas as ações direcionadas para o desenvolvimento econômico devem contar com a participação ativa das comunidades indígenas, tanto na elaboração quanto na execução dos projetos, promovendo o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades indígenas mediante a prática de atividade agropecuária em terras do lavrado, da agricultura e coleta de produtos não madeireiros em terras de mata, bem como orientar a prática de comercialização de produtos, beneficiando diretamente a população indígena.

Está sendo implantado, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, um Projeto Piloto para promoção do desenvolvimento das comunidades indígenas. As comunidades indígenas resolveram criar uma Cooperativa Indígena com a finalidade de administrar os recursos físicos e financeiros do projeto, assim como administrar a parte de logística e da comercialização de seus produtos. O Projeto Piloto pretende implantar sistemas de produção abrangendo toda a cadeia produtiva, desde a capacitação dos indígenas envolvidos em produção e gestão, escolha das melhores áreas destinadas às diversas culturas, passando pelo uso das melhores tecnologias aplicadas para a região.

Relevantes avanços no bem-estar da sociedade podem ser buscados por meio do incentivo do governo diretamente às famílias e a vários tipos de organizações comunitárias e associações diversas, sem fins lucrativos. Os próprios interessados seriam os gestores e controladores sociais das atividades diretamente, sem maiores influências do governo (SILVA, 2008).

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3 SISTEMA COOPERATIVISTA BRASILEIRO

3.1 Surgimento das cooperativas

No século 18 aconteceu a Revolução Industrial na Inglaterra. A mão-de-obra perdeu grande poder de troca. Os baixos salários e a longa jornada de trabalho trouxeram muitas dificuldades socioeconômicas para a população. Diante desta crise surgiram, entre a classe operária, lideranças que criaram associações de caráter assistencial. Esta experiência não teve resultado positivo.

Com base em experiências anteriores buscaram novas formas e concluíram que, com a organização formal chamada cooperativa era possível superar as dificuldades. Isso desde que fossem respeitados os valores do ser humano e praticadas regras, normas e princípios próprios.

Então, 28 operários, em sua maioria tecelões, se reuniram para avaliar suas idéias. Respeitaram seus costumes, tradições e estabeleceram normas e metas para a organização de uma cooperativa. Após um ano de trabalho acumularam um capital de 28 libras e conseguiram abrir as portas de um pequeno armazém cooperativo, em 21 de dezembro de 1844, no bairro de Rochdale, Manchester (Inglaterra).

Nascia a Sociedade dos Probos de Rochdale, conhecida como a primeira cooperativa moderna do mundo. Ela criou os princípios morais e a conduta que são considerados, até hoje, a base do cooperativismo autêntico. Em 1848, já eram 140 membros e, doze anos depois chegou a 3.450 sócios com um capital de 152 mil libras.

3.2 Evolução no Brasil

No Brasil, a cultura da cooperação é observada desde a época da colonização portuguesa. Esse processo emergiu no Movimento Cooperativista Brasileiro surgido no final do século 19, estimulado por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades.

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O movimento iniciou-se na área urbana, com a criação da primeira cooperativa de consumo de que se tem registro no Brasil, em Ouro Preto (MG), no ano de 1889, denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. Em 1902, surgiram as cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul, por iniciativa do padre suíço Theodor Amstadt. A partir de 1906, nasceram e se desenvolveram as cooperativas no meio rural, idealizadas por produtores agropecuários. Muitos deles de origem alemã e italiana. Os imigrantes trouxeram de seus países de origem a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares comunitárias, que os motivaram a organizar-se em cooperativas.

Com a propagação da doutrina cooperativista, as cooperativas tiveram sua expansão num modelo autônomo, voltado para suprir as necessidades dos próprios membros e assim se livrarem da dependência dos especuladores. Embora houvesse o movimento de difusão do cooperativismo, poucas eram as pessoas informadas sobre esse assunto, devido à falta de material didático apropriado, imensidão territorial e trabalho escravo, que foram entraves para um maior desenvolvimento do sistema cooperativo.

Em 2 de dezembro de 1969 foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e no ano seguinte, a entidade foi registrada em cartório. Nascia formalmente aquela que é a única representante e defensora dos interesses do cooperativismo nacional. Sociedade civil e sem fins lucrativos, com neutralidade política e religiosa.

A Lei nº 5.5764/71 disciplinou a criação de cooperativas, porém restringiu a autonomia dos associados, interferindo na criação, funcionamento e fiscalização do empreendimento cooperativo. A limitação foi superada pela Constituição de 1988, que proibiu a interferência do Estado nas associações, dando início à autogestão do cooperativismo.

Em 1988, a OCB se filiou à Aliança Cooperativa Internacional (ACI). A ACI é a organização de representação do cooperativismo e de defesa da identidade cooperativa em nível mundial. Com sede em Genebra, na Suíça, existe há mais de 100 anos e congrega cerca de 800 milhões de pessoas ligadas a 230 organizações cooperativas de mais de 100 países.

No ano de 1998 nasceu o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). A mais nova instituição do Sistema “S” veio somar à OCB com o viés da educação

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cooperativista. É responsável pelo ensino, formação, profissional, organização e promoção social dos trabalhadores, associados e funcionários das cooperativas brasileiras.

Para compor a OCB foram criadas organizações nos 26 Estados e no Distrito Federal. As 27 organizações surgiram para ser o elo entre a entidade nacional e a realidade de cada município brasileiro onde o Cooperativismo está presente. A partir delas o sistema pôde ter a exata dimensão das necessidades do movimento no tempo, no momento e no ritmo certos. As organizações estaduais passaram a ser os agentes políticos e representativos que zelam e divulgam a doutrina cooperativista, defendendo os interesses do movimento em seus estados.

O Cooperativismo surgiu como forma de organização social para a solução de problemas econômicos. É uma porta aberta para todas as classes sociais, uma organização e participação democrática com objetivos comuns na geração de trabalho, renda e a elevação da auto-estima dos seus cooperados.

3.3 Conceitos

Os conceitos que dão identidade ao cooperativismo são:

- Cooperar: unir-se a outras pessoas para conjuntamente enfrentar situações adversas, no sentido de transformá-las em oportunidade e bem-estar econômico e social.

- Cooperação: método de ação pelo qual indivíduos ou familiares com interesses comuns constituem um empreendimento. Os direitos são todos iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação de cada um.

- Sócios: indivíduo, profissional, produtor de qualquer categoria ou atividade econômica que se associa a uma cooperativa para exercer atividade econômica ou adquirir bens de consumo e/ou duráveis.

A ética, o profissionalismo, a gestão, a qualidade e o comprometimento são os alicerces para o sucesso do empreendimento coletivo. O Cooperativismo tem excelentes perspectivas de sucesso, na medida em que as pessoas envolvidas no empreendimento coletivo coloquem como bandeira a ética, tanto nos seus comportamentos e atitudes internos, como no tratamento com a sociedade em geral. O Cooperativismo baseia-se em valores, a ajuda mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Dentro dos princípios doutrinários dos pioneiros tecelões de Rochdale (Inglaterra).

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Cooperativa é uma organização de pessoas que se baseia em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Seus objetivos econômicos e sociais são comuns a todos. Os aspectos legais e doutrinários são distintivos de outras sociedades. Seus associados acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

Para formar uma cooperativa é necessário que as pessoas interessadas estejam conscientes do que pretendem. O cooperado deve estar ciente de sua função de dono e usuário da sociedade. Organizado em comitês, conselhos, núcleos ou comissões, ele deve contribuir da melhor maneira possível em favor daqueles que recebem a incumbência da administração da empresa, para que todas as decisões sejam corretas e representativas da vontade da maioria.

É fundamentado na reunião de pessoas e não no capital. Visa às necessidades do grupo e não do lucro. Busca prosperidade conjunta e não individual. Essas diferenças fazem do cooperativismo a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e justiça entre os participantes. O cooperativismo se desenvolve independentemente de território, língua, credo ou nacionalidade.

3.4 Princípios

Os sete princípios do cooperativismo são as linhas orientadoras por meio das quais as cooperativas levam os seus valores à prática, cujas regras devem nortear o relacionamento entre cooperados e cooperativa, uma vez que sinalizam o verdadeiro espírito do cooperativismo, distinguindo-a de outros tipos de empreendimentos econômicos. Foram aprovados e utilizados na época em que foi fundada a primeira cooperativa do mundo, na Inglaterra, em 1844. São eles:

1º - Adesão voluntária e livre: as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas e religiosas.

2º - Gestão democrática: as cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito

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de voto (um membro, um voto); as cooperativas de grau superior são também organizadas de maneira democrática.

3º - Participação econômica dos membros: os membros contribuem eqüitativamente para o capital das suas cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, se houver, uma remuneração limitada ao capital integralizado, como condição de sua adesão. Os membros destinam os excedentes a uma ou mais das seguintes finalidades:

• desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos será, indivisível;

• benefícios aos membros na proporção das suas transações com a cooperativa; e • apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.

4º - Autonomia e independência: as cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia da cooperativa.

5º - Educação, formação e informação: as cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.

6º - Intercooperação: as cooperativas servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.

7º - Interesse pela comunidade: as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.

3.5 Classificação

Como toda forma organizada de gestão, uma cooperativa tem por trás uma estrutura sólida e bem dividida. Cada pessoa interessada em participar de um empreendimento como este deve conhecer as formas adequadas de funcionamento, as determinações legais e todas as características que garantam a condução de ações, da maneira mais harmoniosa possível.

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Conforme a dimensão e objetivos uma sociedade cooperativa se enquadra em classificação específica. Ao todo são três tipos:

• singular ou de 1º grau: tem objetivo de prestar serviços diretos ao associado. É constituída por um mínimo de 20 pessoas físicas. Não é permitida a admissão de pessoas jurídicas com as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas que a integram;

• central e federação ou de 2º grau: seu objetivo é organizar em comum e em maior escala os serviços das filiadas, facilitando a utilização recíproca dos serviços. É constituída por, no mínimo, três cooperativas singulares. Excepcionalmente, pode admitir pessoas físicas; • confederação ou de 3º grau: organiza em comum e em maior escala, os serviços das filiadas. Três cooperativas centrais e ou federações de qualquer ramo são a quantidade mínima para constituir uma federação.

3.6 Ramos

Com base em modelos da ACI e da Organização das Cooperativas da América (OCA), e para melhor cumprir sua função de entidade representativa do cooperativismo brasileiro, a OCB estabeleceu os 13 ramos do cooperativismo baseados nas diferentes áreas em que o movimento atua. As atuais denominações dos ramos foram aprovadas pelo Conselho Diretor da OCB, em 4 de maio de 1993. A divisão também facilita a organização vertical das cooperativas em confederações, federações e centrais. São eles:

- Agropecuário: cooperativas de produtores rurais ou agropastoris e de pesca, cujos meios de produção pertencem ao cooperado.

- Consumo: cooperativas dedicadas à compra em comum de artigos de consumo para seus cooperados.

- Crédito: cooperativas destinadas a promover a poupança e financiar necessidades ou empreendimentos dos seus cooperados.

- Educacional: cooperativas de profissionais em educação, de alunos, de pais de alunos, de empreendedores educacionais e de atividades afins.

- Especial: cooperativas constituídas por pessoas que precisam ser tuteladas ou que se encontram em situação de desvantagem nos termos da Lei n° 9.867, de 10 de novembro de 1999.

- Habitacional: cooperativas destinadas à construção, à manutenção e à administração de conjuntos habitacionais para o seu quadro social.

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- Infra-estrutura: cooperativas que atendem direta e prioritariamente ao seu quadro social com serviços essenciais, como energia e telefonia.

- Mineral: cooperativas com a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais.

- Produção: cooperativas dedicadas à produção de um ou mais tipos de bens e produtos, quando detêm os meios de produção.

- Saúde: cooperativas que se dedicam à preservação e à promoção da saúde humana. - Trabalho: cooperativas que se dedicam à organização e à administração dos interesses inerentes à atividade profissional dos trabalhadores associados para prestação de serviços não identificados com outros ramos já reconhecidos.

- Transporte: cooperativas que atuam na prestação de serviços de transporte de cargas e passageiros.

- Turismo e Lazer: cooperativas que atendem direta e prioritariamente ao seu quadro social, com serviços turísticos, lazer, entretenimento, esportes, apresentações artísticas, eventos e hotelaria.

3.7 Números do cooperativismo

Os números do Cooperativismo no Brasil e a diversidade refletem sua força socioeconômica. Tradicionalmente desenvolvido no ambiente rural, nas últimas décadas, tem avançado nos centros urbanos, como alternativa de trabalho, renda e cidadania.

O cooperativismo brasileiro cresceu em 2008, gerando mais emprego e renda para associados, familiares e comunidades onde há cooperativas, uma vez que se trata de uma via alternativa e sustentável de desenvolvimento econômico e social, com melhor qualidade de vida e bem-estar para todos os que lidam nos ambientes cooperativistas.

O faturamento das cooperativas alcançou a marca dos R$ 84,9 bilhões em 2008, ou aproximados 18% sobre os R$ 72 bilhões registrados no ano anterior. Em 2008, as cooperativas brasileiras registraram 21,49% de crescimento nas exportações, frente a 2007. No total, foram exportados US$ 4,01 bilhões, 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Os produtos que lideraram as vendas ao exterior foram do complexo soja, do setor sucroalcooleiro, carnes, café, cereais e laticínios (OCB, 2008).

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Ramo de atividade Nº Cooperativas Nº Associados Nº Empregados Agropecuário 1.611 968.767 134.579 Consumo 138 2.316.036 8.813 Crédito 1.113 3.215.866 38.796 Educacional 327 57.331 2.980 Especial 15 531 10 Habitacional 340 78.983 1.354 Infra-Estrutura 148 623.431 5.664 Mineral 53 19.975 105 Produção 215 11.931 2.442 Saúde 894 215.755 41.132 Trabalho 1.746 287.241 4.997 Transporte 1.060 90.744 7.640 Turismo e Lazer 22 1.116 44 Totais 7.682 7.887.707 254.556

Tabela 1: Números do Cooperativismo no Brasil Fonte: OCB, 2008

3.8 As cooperativas no Estado de Roraima

A Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado de Roraima (OCB/RR) foi criada em 1995 e tem como objetivos, representar, assessorar e congregar o sistema cooperativista no Estado de Roraima, assistindo às cooperativas de todos os ramos, a fim de que as mesmas possam ser autogeridas. A OCB/RR atua em estreita parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Roraima (Sescoop/RR) e instituições governamentais, visando à promoção e defesa do cooperativismo roraimense. No Estado de Roraima são 47 cooperativas registradas, 3.130 associados e 321 empregados.

A OCB/RR desenvolve diversas atividades para fortalecer a representação do cooperativismo roraimense, além de possibilitar maior visibilidade ao sistema cooperativista estadual por parte da sociedade e da imprensa. Para isso, firmou parcerias institucionais e buscou executar ações de profissionalização da gestão das cooperativas de vários ramos de atividade.

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4 ASPECTOS DA TERRA INDÍGENA RAPOSA SERRA DO SOL

O Estado de Roraima, localizado na região Norte do Brasil, ocupa uma área de 224.298,980 Km², distribuída entre 15 municípios. Apresenta limite ao Norte com a Venezuela e a Guiana, ao Sul com o Estado do Amazonas, a Leste com a Guiana e o Estado do Pará e a Oeste com a Venezuela e o Estado do Amazonas.

Figura 1: Mapa Político do Estado de Roraima Fonte: SEPLAN, 2008

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No Estado de Roraima existem 32 terras indígenas, que ocupam 104.018,430 Km², 46,37% da área do Estado. Nessas terras indígenas convivem aproximadamente 47.000 índios em vários estágios de desenvolvimento, desde vivendo em condições primitivas até completamente integrados ao processo sócio-econômico.

Figura 2: Mapa das Reservas Indígenas Fonte: ITERAIMA, 2008

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A Terra Indígena Raposa Serra do Sol, situada nos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, possui uma área de 1.747.464 ha, 7,7% do Estado de Roraima. Nela habitam cerca de 19.000 índios.

Figura 3: Mapa da Terra Indígena Raposa Serra do Sol Fonte: SEPLAN, 2008

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A pecuária extensiva é uma das principais atividades da região. Apesar da baixa capacidade de suporte das pastagens, a região se distingue pela alta taxa de natalidade, independentemente do pouco peso por animal. Essa atividade concentra-se nas áreas de savanas e sopés das serras. Na região das serras a atividade pastoril já é bem mais reduzida, mas também importante, existindo em praticamente todas as comunidades indígenas.

A agricultura de subsistência existe em toda a região, em maior ou menor escala. Na área de savanas vai predominar o sistema semiitinerante nas comunidades. Nas serras temos uma maior atividade na exploração da agricultura de subsistência, situação esta derivada normalmente do maior isolamento das comunidades. Na região de mata vamos ter a agricultura de subsistência no seu sentido mais direto e primitivo nas comunidades ingaricós.

A agricultura comercial era uma atividade de peso muito importante na região, centrada principalmente no plantio de arroz irrigado nas várzeas dos rios Tacutu, Surumu e Baixo Cotingo. O plantio do arroz de sequeiro ocorre também em algumas áreas do lavrado. Lavouras comerciais de outros produtos agrícolas vão existir também na área próxima à Normandia, onde se destaca a produção de melancia.

O extrativismo vegetal na região de savana é realizado utilizando a madeira para lenha e para construções, obtida com bastante dificuldades devido à característica de cobertura vegetal local. A utilização da palha de buriti para cobertura das comunidades é tradicional e bastante disseminada. Nas serras a ocorrência de madeiras melhora um pouco permitindo um uso mais intenso. Em toda a região do Norte/Nordeste vamos ter o extrativismo vegetal sem expressão econômica, já que funciona mais para suprimento das necessidades básicas de subsistência do que comercial.

O extrativismo mineral ainda subsiste na região de uma forma bem menor que no passado. Independentemente do elevado potencial avaliado por estudos do Serviço Geológico do Brasil, a atividade desenvolvida de extração mineral é altamente degradadora do meio ambiente e de baixíssima produtividade. O processo mais comum são balsas no centro do leito dos rios ou desmonte lateral dos barrancos.

A caça é uma atividade ocasional que perdeu o caráter de subsistência, sendo substituída por carne de bovinos ou aves. Atualmente o que ocorre é quase que uma atividade de lazer.

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No Norte temos a caça típica de subsistência dos índios ingaricós que realizam esta atividade tanto no lado brasileiro como chegam a organizar expedições de caça às matas da Guiana, onde existe maior abundância de animais e aves.

A pesca não possui um potencial que tenha destaque como atividade econômica significativa. A população da maior parte da região utiliza-se principalmente dos lagos da área e alguns igarapés permanentes para uma pesca bastante incipiente que tende a se tornar praticamente nula nas áreas de serra e de mata, devido às condições naturais que limitam a produção e locomoção dos peixes.

Apesar do elevado potencial desta região o turismo ainda é pouco explorado.

As outras atividades comerciais de venda a varejo na região são pequenas e reduzem-se às desenvolvidas nas áreas urbanas de Normandia e Uiramutã, bem como em pequenos núcleos de comércio de beira de estrada. Algumas comunidades indígenas possuem pequenos comércios autônomos, como é o caso do Contão.

Permeando a todo este quadro vamos ter a injeção significativa de recursos por parte do Governo Estadual, que somado aos salários pagos a funcionários públicos, completam o quadro econômico regional e injetam recursos na movimentação comercial da área.

O indígena não é mais nômade, e para se firmar em coletividade em certos lugares é necessário critérios capazes de dar condições a sua sobrevivência. Em todo o Estado de Roraima é fácil verificar a moradia de indígenas, seja no lavrado, seja nas matas ou nas serras, todos têm uma realidade diferente, porém as necessidades na maioria das vezes são as mesmas.

A maioria das comunidades indígenas busca na mandioca e seus derivados a base de sua alimentação. Complementarmente, o feijão regional e a carne do gado abatido na tradicional pecuária bovina extensiva compõem a sua dieta. Outras comunidades indígenas já se destacam na produção de produtos diferenciados, com a adoção de insumos modernos e tecnologias de produção.

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Os índios da região do lavrado têm bom nível de escolaridade, dispõem de acesso ao Pró-Custeio, programa socioeconômico do governo estadual, benefícios de aposentadoria e outros incentivos do Governo Federal, gerando recursos que estão sendo aplicados em projetos de irrigação e produção de frutíferas. A pecuária bovina, ovina e caprina apresenta excelentes perspectivas nas regiões da serra onde as pastagens nativas são de melhor qualidade.

Seria praticamente impossível o retorno dessas populações indígenas às suas origens, antes do contato, e igualmente impossível, a manutenção da infra-estrutura existente na região, sem assistência maior de organizações indígenas e não indígenas, ou de órgãos governamentais, ou mesmo, a parceria com o setor privado, para, por exemplo, a manutenção da produção de arroz irrigado, nos níveis de produtividade já alcançados na região.

5 MODELO DE COOPERATIVA

Tendo em vista utilizar a abundância de riquezas e recursos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, de forma consciente, eficiente e responsável, visando suprir a necessidade através da produção de alimentos saudáveis necessários para a subsistência das comunidades, bem como para sua permanência na área homologada, faz-se necessário a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável para as comunidades indígenas dessa região.

A maioria dos projetos planejados para as comunidades indígenas, até o momento, parte do pressuposto da existência de conhecimento técnico que deveria servir para melhorar a qualidade de vida dessas comunidades em seus diferentes estágios de desenvolvimento. Os procedimentos são realizados com base na cultura dominante dos que planejam e não dos indígenas supostamente beneficiados. Essa prática tem resultado na inviabilidade de muitos projetos, devido a descontinuidade e a absoluta falta de retorno prático.

Está sendo implantado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, um Projeto Piloto para promoção do desenvolvimento das comunidades indígenas. O Projeto Piloto pretende implantar sistemas de produção abrangendo toda a cadeia produtiva, desde a capacitação dos indígenas envolvidos em produção e gestão, escolha das melhores áreas destinadas às diversas culturas, passando pelo uso das melhores tecnologias aplicadas para a região e concluindo no

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transporte e na comercialização dos produtos com visão empreendedora, primando sempre pelos valores e identidades culturais dos indígenas.

As comunidades indígenas resolveram criar a Cooperativa Indígena de Produção do Norte-Nordeste de Roraima, denominada ARENTÁ², com a finalidade de administrar os recursos físicos e financeiros do projeto, assim como administrar a parte de logística e da comercialização de seus produtos. Na operacionalização e administração de suas atividades, a cooperativa deve adotar tanto as práticas do mundo moderno que induzem à poupança e ao investimento, como também as práticas tradicionais dos indígenas, especialmente, sobre a destinação de sua produção excedente, que deve beneficiar aos cooperados e às comunidades participantes.

A criação da Cooperativa visa implementar um desenvolvimento econômico sustentável, a partir de comunidades indígenas com intenso contato com a sociedade envolvente, tendo as comunidades do Contão, da Raposa e do Napoleão como líderes desse processo. As três comunidades possuem as mesmas características de interação com a sociedade envolvente. Essa realidade as coloca num nível de desenvolvimento muito distante das condições primitivas de seus antepassados e de outras comunidades que ainda se baseiam em práticas primitivas rudimentares.

A cooperativa irá trabalhar com arroz irrigado, mandioca e melancia e pretende desenvolver nos indígenas boa aptidão gestora e empreendedora, promover o crescimento econômico na região e a melhoria na qualidade de vida das comunidades envolvidas, por meio da transferência de tecnologia. O objetivo é dar condições à população das comunidades indígenas beneficiadas a viverem na região, eliminar o êxodo para as cidades e despertar o sentimento de lucro e vontade de crescimento, sem que percam seus valores, costumes e culturas tradicionais.

No Projeto Piloto de Cooperativa espera-se que as comunidades indígenas envolvidas, encontrem na produção agrícola o desenvolvimento econômico sustentável que sirva de modelo para outras comunidades.

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O processo fundamental para o desenvolvimento sustentável operacionaliza a utilização racional dos recursos ambientais visando uma melhor qualidade de vida do ser humano, com um mínimo possível de impactos ambientais. As modificações qualitativas é que melhor definem o desenvolvimento.

Desenvolvimento econômico sem mudança social é apenas crescimento econômico, já o desenvolvimento econômico traduzido por mudanças sociais é que dá força ao desenvolvimento.

Foi definida como área para implantação da Cooperativa, a região centro sul da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (FIG. 4), caracterizada pela vegetação de savanas (lavrado). A área foi dividida em duas zonas: Zona 1, sob influência da comunidade do Contão com 30 comunidades e uma população de 3.776 indígenas e Zona 2, sob influência das comunidades da Raposa e Napoleão com 38 comunidades e uma população de 5.230 indígenas. A área totaliza 68 comunidades e 9.006 indígenas.

Figura 4: Mapa da área para implantação da Cooperativa Fonte: SEAE, 2008

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6 CONCLUSÕES

Cooperativismo é um movimento, filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social. Todas as ações direcionadas para a criação de cooperativas visando o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades devem contar com a participação ativa dos indígenas, tanto na elaboração quanto na execução dos projetos.

As cooperativas devem incentivar a integração no processo produtivo do Estado das comunidades indígenas já aculturadas, com uma participação efetiva nos processos decisórios do Estado. Deve também o Estado, juntamente com a União, utilizar todos os esforços no sentido de proteger efetivamente todas as populações indígenas não integradas à comunhão.

O turismo apresenta-se como oportunidade de desenvolvimento para o Estado de Roraima, por ser uma atividade com imenso potencial que proporcionará a sustentabilidade requerida pelo ecoturismo com o novo paradigma que redirecionará a economia regional rumo à prosperidade.

A implantação junto às comunidades indígenas aculturadas, de cooperativas de Turismo Ecológico, nos moldes de como existe na Venezuela, no Parque Nacional de Canaima, que é administrado pela etnia pemon, junto à fronteira brasileira pode ser uma outra saída para o desenvolvimento econômico sustentável na região.

As ações de desenvolvimento devem ser decididas pelos próprios indígenas, rompendo com as práticas assistencialistas e programas impostos de redução da pobreza. A partir de uma ampla mobilização, as próprias comunidades identificam suas vocações, necessidades e montam sua lista de prioridades. Num esforço coletivo inédito, todos (governo federal, governos estaduais, prefeituras, iniciativa privada e entidades não governamentais) executam as ações respeitando a realidade de cada comunidade.

A cooperativa almeja levar conquistas auto-sustentáveis, baseadas em práticas cooperativas que garantam a permanência e valorização de suas tradições e culturas, aumentando o bem estar social, de acordo com a escolha feita pela própria comunidade indígena.

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