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Fatores associados a comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico em adolescentes escolares das capitais da Região Sul do Brasil

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1 Artigo Original

______________________________________________________________________ FATORES ASSOCIADOS A COMPORTAMENTO DE RISCO PARA

TRANSTORNO ALIMENTAR BULÍMICO EM ADOLESCENTES ESCOLARES DAS CAPITAIS DA REGIÃO SUL DO BRASIL

Factors associated with risky behavior for bulimic eating disorder in school teenagers of the capitals in Southern Brazil

______________________________________________________________________

Comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico em adolescentes escolares

Patrine Marchi Avosani1, Giovanna Grünewald Vietta2, Márcia Regina Kretzer3

1

Discente de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça-SC, Brasil / E-mail patrinema@gmail.com/ ORCID iD 0000-0001-6831-8646.

2

Professora, Doutora, na Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça-SC, Brasil / E-mail ggvietta@gE-mail.com / ORCID iD 0000-0002-0756-3098.

3

Professora, Doutora, na Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça-SC, Brasil / E-mail marcia.kretzer1@gE-mail.com / ORCID iD 0000-0002-3649-9291.

Autora correspondente:

Patrine Marchi Avosani / patrinema@gmail.com / 047 996373656

Rua dos Bem Me Queres, 223, apto 202, Pedra Branca, Palhoça-SC; Cep: 88137395.

Parte do trabalho de conclusão de curso de Patrine Marchi Avosani, intitulado “Fatores associados a comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico em adolescentes escolares das capitais da Região Sul do Brasil”, sob orientação e co-orientação das professoras, Doutoras, Márcia Regina Kretzer e Giovanna Grünewald Vietta, respectivamente, a ser defendido junto à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina no ano de 2019.

Declaramos não haver conflitos de interesse e que o estudo não foi financiado.

Formatado: Não Realce

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2 Resumo

Objetivo: Identificar os fatores associados a comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico em adolescentes escolares das capitais da Região Sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal a partir dos microdados da Pesquisa Nacional Saúde do Escolar (PeNSE) 2015, com estudantes de 13 a 17 anos das capitais da Região Sul do Brasil, p<0,05. Resultados: 2.152 pesquisados; prevalência de comportamento de risco para bulimia nervosa de 10%, com idade média de 14,24, 52,3% do sexo masculino, 63,6% raça branca, 53,9% no ensino médio, 51,6% de escolaridade materna até ensino fundamental completo, 53,5% de experimentação de fumo com 7 a 13 anos de idade, 50,1% de experimentação de bebida alcoólica. Associações (p<0,05) com idade até 14 anos no ensino fundamental (RP 1,326, IC95 1,378-2,321), cor ou raça não branca (RP 0,596, IC95 0,462-0,768), baixa escolaridade materna (RP 1,616, IC95 1,240-2,106), sofrer bullying (RP 1,728 , IC95 1,318-2,265), experimentação e consumo de fumo (RP 1,527, IC95 1,687-2,794) e bebida alcoólica (RP 1,700, IC951,264-2,287) e idade de experimentação de fumo até 14 anos (RP 1,853, IC95 1,247-2,755). Conclusão: comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico associa-se a sexo masculino, raça não branca, baixa escolaridade materna, bullying e experimentação de fumo e álcool.

Palavras-chave: Adolescente. Transtorno alimentar. Bulimia nervosa. Comportamento de risco. Prevalência.

Abstract

Objective: identify the factors associated with risky behavior for bulimic eating disorders in teenagers of the capitals of the southern region of Brazil. Methods: this cross-sectional study from the microdata National School health research (think) 2015,

Formatado: Espaçamento entre linhas: Duplo

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3 with students from 13 to 17 years of capital from southern Brazil, p< 0,05. Results: 2.152 respondents; prevalence of risky behavior for bulimia nervosa of 10%, with an average age of 14.24, 52.3% male, 63.6% caucasian, 53.9% in high school, 51.6% of maternal schooling to complete elementary school, 53.5% of smoking experimentation with 7 to 13 years old, 50.1% of experimentation with alcohol. Associations (p < 0.05) aged up to 14 years in the elementary school (PR 1.326, 95%CI 1.378 -2.321), low maternal education (PR 1.616, 95%CI 1.2402.106), bullied (PR 1.728, 95%CI 1.318 -2.265), experimentation and consumption of tobacco (PR 1.527, 95%CI 1.687-2.794) and alcoholic beverage (PR1.700, 95%CI 1,264-2.287) and age of smoking experimentation until 14 years (PR 1.853, 95%CI 1.247 -2.755). Conclusion: risky behavior for bulimic eating disorder is associated with male, non white race, bullying, smoking and alcohol experimentation.

Keywords: Teenager. Eating disorder. Bulimia nervosa. Risk behavior. Prevalence.

Introdução

Transtornos alimentares (TA) como a Anorexia Nervosa (AN) e a Bulimia Nervosa (BN) estão atraindo a atenção médica, dado o aumento da sua prevalência no mundo (0,5 a 3,7%)1,2. Esses distúrbios estão em terceiro lugar na lista de doenças crônicas na adolescência, predominantemente no sexo feminino2,3, sendo dez vezes menor no masculino4. Segundo a Organização Mundial de Saúde, eles não estão presentes apenas em países desenvolvidos, mas têm sua incidência crescendo substancialmente em países em desenvolvimento5,6. A preocupação existe por apresentarem prognóstico com altos índices de letalidade e possíveis limitações físicas, emocionais e sociais ao indivíduo7. Os transtornos alimentares são um problema de

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4 saúde pública devido à possível associação com outras condições mentais e orgânicas5,6,8,9.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-V, 2014) e a Classificação Internacional de Doenças (CID-10, 2017), a AN e a BN apresentam psicopatologia comum: a preocupação excessiva com o peso e a forma corporal, o medo constante de engordar e a insatisfação com a autoimagem corporal, geralmente percebida de modo distorcido. Essa alteração da percepção corporal leva à utilização de métodos inapropriados pelas adolescentes para alcançarem a magreza idealizada10. A Bulimia Nervosa apresenta prevalência de 3,6%11 e em países da América Latina, sua média é de 1,16%12. A doença é diagnosticada pela ocorrência de, no mínimo uma vez por semana num período de três meses, ingestão compulsiva de alimento seguida por autoindução de vômitos, abuso de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos, jejum ou excesso de exercício físico13. Segundo o Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE), a prevalência de risco para a doença em adolescentes é de 22 a 44%14, sendo de 42 a 51,3% no sexo feminino15,16.

A adolescência17 é uma fase de mudanças física, emocional, cognitiva e social, marcada pela busca da identidade e da independência, com o objetivo de tornar-se um adulto socialmente aceito18. As informações midiáticas mostram relação direta com comportamentos de risco para transtornos alimentares19, através da exaltação de padrões estéticos corporais que levam à busca incessante por aceitação social20,21.

Fatores individuais de personalidade - insegurança, excesso de controle sobre sua própria vida, comportamento enrijecido - e até problemas de cognição estão ligados ao desenvolvimento de comportamento alimentar bulímico13,22. Quanto às questões biológicas, ainda há dúvidas se níveis alterados de neurotransmissores moduladores da

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5 fome e da saciedade fazem parte das causas ou consequências da bulimia nervosa22. No âmbito familiar, o risco está na falta de comunicação familiar, nos conflitos ou mesmo em críticas sobre a aparência23. A baixa autoestima e o estado de humor negativo mostraram relação indireta com hábitos de risco alimentar em adolescentes insatisfeitos com a imagem corporal24, principal desencadeador de comportamentos de risco para transtornos alimentares25.

O aumento expressivo de comportamento de risco relacionado à bulimia nervosa aparece como um importante problema na saúde do adolescente. A relação entre sexo, cor ou raça, nível socioeconômico e comportamentos de risco para bulimia nervosa em adolescentes ainda necessita ser elucidada. Estudos sobre o tema são relevantes para identificar fatores psicossociais e econômicos associados à doença e assim auxiliar na definição de estratégias para atenuar ou inibir a incidência dos preditivos do transtorno alimentar bulímico. A aplicação de medidas de saúde preventivas em adolescentes escolares pode evitar não apenas a instalação da bulimia nervosa, mas suas consequências, como a reclusão social ou mesmo a pior delas, a morte. Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar os fatores associados ao comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico nos adolescentes escolares das capitais da região Sul do Brasil.

Métodos

Estudo observacional transversal que analisou dados de domínio público da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) do ano de 2015 das capitais da Região Sul do Brasil, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de convênio com o Ministério da Saúde e apoio do Ministério da Educação20.

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6 Os participantes da pesquisa foram adolescentes escolares de 13 a 17 anos, de escolas públicas e privadas e que participaram da PeNSE 2015 - Amostra 2. A faixa etária deveu-se à nova metodologia introduzida no PeNSE em 2015, que ampliou a pesquisa para alunos escolares de 13 a 17 anos de idade do 6ª ao 9ª ano do ensino fundamental (antigas 5ª a 8ª séries) e da 1ª a 3ª série do ensino médio, de forma a garantir a representatividade desta faixa etária e viabilizar a comparação com indicadores nacionais e internacionais para o mesmo público20.

Os participantes responderam às seguintes questões, tomadas como variáveis dependentes deste estudo: vomitou ou tomou laxantes para perder peso ou evitar ganho de peso e/ou tomou algum remédio ou fórmula sem acompanhamento médico para perder peso nos últimos 30 dias (sim/não)? Foi considerado comportamento de risco para bulimia a resposta afirmativa a uma ou às duas questões. As variáveis independentes foram analisadas através de dados demográficos, psicossociais, hábitos de vida e características alimentares.

Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Version18.0. [Computer program]. Chicago: SPSS Inc; 2009. Os dados foram descritos em frequências e a análise entre variáveis categóricas de desfecho e de exposição foram calculados com Teste qui-quadrado, com nível de significância de p<0,05, e pelo cálculo da Razão de Prevalência (RP) bruta, com Intervalo de Confiança 95% (IC95%).

Os dados foram coletados pelo IBGE após aprovação do Projeto pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) sob Parecer nº 1.006.467, de 30 de março de 2015.

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7 Resultados

Foram analisados dados demográficos de 2.152 adolescentes de escolas públicas e privadas das capitais da região Sul do Brasil, 53,9% no ensino médio e 90,5% no turno matutino (90,5%), com 52,3% do sexo masculino, idade média de 14,93 (desvio padrão 1,330) com variação de 13 a 17 anos, 63,6% de cor ou raça branca, 23,9% inseridos no mercado de trabalho.

Em relação às características familiares, 10,6% referiram não morar com a mãe e 34,6% não morar com o pai, com 51,6% das mães com grau de instrução até o ensino fundamental completo. Os escolares referiram faltar à aula sem permissão dos pais (23,4%), que os pais não sabiam o que faziam no tempo livre, que não entendiam seus problemas e preocupações (34,3%).

Quanto às relações sociais, 19,5% foram, às vezes ou com frequência, zoados, ofendidos ou humilhados, 48,3% sofreram bullying e 42,3% referiram sentimento de solidão. A sexarca ocorreu em 38,9%, com idade de início até 13 anos (31,8%). A relação sexual forçada foi identificada em 4,2%.

A experimentação de fumo alguma vez na vida ocorreu em 27,5%, com idade entre 7 a 13 anos (53,5%). Entre os que experimentaram, 28,5% fumaram nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa. A experimentação de bebida ocorreu em 50,1% entre os que responderam à questão (n=1506). Destes, 53,5% consumiram bebida nos últimos 30 dias. Ocorreu experimentação de droga em 16,7%, com idade entre 7 a 13 anos (32,2%). Entre os que experimentaram, 46,4% utilizaram droga no último mês. Em relação à realização de atividade física, 35,3% referiram não realizar em nenhum dia na semana e 56,1% realizaram menos de uma hora por dia de atividade física.

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8 Quanto aos hábitos alimentares (tabela 1), 31% referiram tomar café da manhã no máximo duas vezes por semana e 59,3% afirmaram raramente ou nunca comer a merenda escolar. Dos entrevistados, 29,2% comeram algum tipo de legume ou verdura em um ou dois dias da semana. O consumo de guloseimas e refrigerantes em três a oito dias por semana foi relatado, respectivamente, por 78,6% e 66,8% dos adolescentes escolares. Com a mesma frequência semanal, 74,3% referiram consumir produtos industrializados ou processados, e 26,4% disseram ingerir fastfood. O comportamento de risco para bulimia nervosa foi identificado em 10,1% da população (n=213). Destes, 51,6% foram do sexo masculino e 48,4% do feminino. Quanto ao estado nutricional, 2,4% apresentaram déficit de peso, 68,7% eutrófico, 18,9% sobrepeso e 10,1% obeso.

Encontrou-se associação significativa (p<0,05) com cor ou raça não branca (RP 0,596, IC95 0,462-0,768); encontrou-se idade até 14 anos estudar no ensino fundamental (RP 1,326, IC95 1,378-2,321), baixa escolaridade materna - até ensino fundamental completo (RP 1,616, IC95 1,240-2,106), sofrer bullying (RP 1,728, IC95 1,318-2,265) e início da atividade sexual até 14 anos (RP 2,078, IC95 1,498-2,882). A experimentação e o consumo atual de fumo (RP 2,171, IC95 1,687-2,794) e bebida alcoólica (RP 1,700, IC951, 264-2, 287) estão associados a comportamento bulímico, assim como a idade de experimentação de fumo até 14 anos (RP 1,853, IC95 1,247-2,755).

Discussão

O comportamento de risco para bulimia, avaliado pela presença de autoindução de vômitos ou uso de laxantes para perder peso ou evitar ganho de peso e/ou uso de remédio ou fórmula sem acompanhamento médico para perder peso nos 30 dias

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9 anteriores à pesquisa, foi identificado em 10% dos adolescentes do ensino fundamental e médio com idade entre 13 e 17 anos, participantes da pesquisa. Dados da PeNSE (IBGE) de 2015 mostraram que, no Brasil, 7% dos alunos do 9º ano utilizaram indução de vômito ou uso de laxantes para tentar perder peso20,13. Em estudo com escolares do ensino médio em cidade do Estado do Maranhão, a prevalência de sintomas sugestivos de BN foi de 50,68%26.

Na presente pesquisa, houve maior prevalência de comportamento de risco bulímico no sexo masculino (51,6%), diferindo da maioria dos estudos já existentes (20%)2-4,11. Entre as adolescentes, 9,4% usavam remédios dietéticos, 8,8% induziam vômito e 1,9% usavam laxativos; já no sexo masculino, 2,3%, 1,6% e 1,7% confirmaram os mesmos comportamentos, respectivamente13,27. No atual estudo, o achado predominante no sexo masculino indica, talvez, a crescente influência da mídia na propagação do ideal de corpo masculino24. Daí a importância e necessidade de se desenvolver novas pesquisas a respeito, já que a etiologia, prevalência e incidência de transtornos alimentares neste grupo ainda não estão esclarecidas4. O comportamento de risco para BN mostrou-se também associado significativamente à raça não branca (13,6%). De modo similar, em estudo de S. Bryn Austinet al., vômitos ou uso de laxativos ou remédios dietéticos para perda de peso, foram encontrados em menor quantidade em adolescentes escolares de raça branca28. Os achados da atual pesquisa poderiam ser explicados pela necessidade dos adolescentes não brancos seguirem padrões estéticos diferentes dos de sua identidade cultural29, o que seria um meio de compensar a discriminação por sua cor. Entretanto, é necessário maior investigação sobre a associação de comportamentos de risco para a doença neste grupo, pois a influência das etnias no comportamento alimentar pode variar conforme outros quesitos, como a posição social e o sexo, por exemplo29. Estudos com este foco são importantes,

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10 pois a extensão do problema para raças minoritárias, atingidas pela ocidentalização, é crescente30.

No contexto familiar, a baixa escolaridade materna apresentou associação a comportamento de risco para BN. Pesquisa de 2007 mostrou que escolaridade materna inferior a oito anos estava associada à insatisfação corporal31, já estudo de 2013 não encontrou associação entre as mesmas32. Não foram encontrados estudos com critérios semelhantes aos da presente pesquisa (escolaridade materna e comportamentos de risco para bulimia), o que dificulta a compreensão desta associação, fazendo-se necessário novos estudos. O resultado de maior risco para BN em filhos de mães com baixa escolaridade poderia ser explicado pelo consequente distanciamento materno e sua incompreensão da adolescência e dos fatores de risco para a BN. Poderia ainda ocorrer devido à preocupação excessiva com a aparência física dos filhos, pressionando-os para que sejam magros e aceitos socialmente por isto2,31.

Quanto ao contexto de relacionamento com colegas, o bullying, presente em 48,3% dos adolescentes desta pesquisa, o sobrepeso (18,9%) e a obesidade (10,1%) mostraram-se significativamente associados a comportamento de risco para BN. Em estudos, obesos e com sobrepeso, quando comparados a indivíduos eutróficos, tiveram o peso como risco preditor de transtorno alimentar mais significativo2; em seguida, estiveram a compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios33. Em pesquisa sobre associação de diferentes tipos de trauma a distúrbios alimentares em adolescentes, o bullying apresentou-se como a forma traumática mais comum34. Ainda, de acordo com estudo realizado por Copeland WE et al com adolescentes de ambos os sexos vítimas de bullying, encontrou-se maior risco para sintomas de BN assim como para fatores associados à doença e maior associação com indução de vômito como compensação da compulsão alimentar35. A forte associação desta variável à BN pode ser uma via causal

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11 de mão dupla. Isto é, um adolescente com sobrepeso ou obeso, incapaz de defender-se por medo do agressor ou incompreensão da atitude contra ele, pode acabar desenvolvendo estados emocionais que predispõem o distúrbio alimentar36-7. Assim como, um adolescente que sofre por ter o distúrbio pode tornar-se o agressor, pois, conforme encontrado em estudo, a doença está relacionada a comportamentos descontrolados, e o bullying é um deles38.

A experimentação de fumo e álcool mostrou-se associada a comportamentos de risco para BN, assim como a idade precoce de experimentação do fumo (até 14 anos). Pesquisas anteriores já apontavam que o uso de substâncias viciantes é significativo em adolescentes com BN39-42. De acordo com Labuschagne Z. et al, as prevalências do fumo e do uso de álcool em adolescentes com bulimia, foram elevadas (35,1% e 40,5%, respectivamente)39. Estudo trouxe associação importante entre consumo de álcool e sintomas de BN (14%) nos estudantes e todos apresentaram alguma frequência de consumo de bebida alcoólica42. Estes resultados poderiam estar ligados à sensação de diminuição do sofrimento causado pela fome43- 45, ao ambiente social em que vivem, como o escolar, onde podem sofrer pressão, ansiedade e estados depressivos, o que acarretaria o uso de substâncias como meio de fuga aos problemas ou de adequação social36-7.

Apesar de resultados expressivos, a atual pesquisa apresenta limitações por ser do tipo transversal e não possibilitar o estabelecimento de relação de temporalidade ou causalidade para diversas associações identificadas. Além disso, pode haver estimativas indevidamente valorizadas devido a preconceitos sociais ou variações na interpretação dos participantes do questionário em relação aos aspectos investigados.

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12 Pelo presente estudo conclui-se, portanto, que comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico associa-se a sexo masculino, raça não branca, baixa escolaridade materna, bullying, experimentação de fumo, experimentação de fumo até 14 anos de idade e experimentação de álcool.

A autoindução de vômitos ou o uso de laxantes para perder/manter o peso e/ou o uso de remédio ou fórmula sem acompanhamento médico para perder peso causam danos físicos e psíquicos nos adolescentes. Assim, por serem tão perigosos, esses atos devem ser considerados problemas de saúde pública e a intervenção deve ser iniciada precocemente no contexto familiar e ter continuidade no escolar. Programas e ações de capacitação de pais e educadores devem ser criados a partir dos comportamentos de risco para a bulimia nervosa. Escola tem papel fundamental no cuidado da saúde dos adolescentes, já que é nela onde passam boa parte das horas de seus dias. O ambiente escolar pode desenvolver segurança psicológica a fim de evitar tomadas de decisão inadequadas pelos estudantes, o que muitas vezes não acontece no ambiente familiar, seja por falta de zelo ou de instrução dos pais.

O presente estudo elucida inúmeras questões a respeito dos riscos para o desenvolvimento da bulimia nervosa e traz achados até então não reconhecidos em outras pesquisas sobre o transtorno, os quais podem ser inclusos nas medidas protetivas aos adolescentes escolares.

Contribuição dos Autores

Avosani PM e Kretzer MR contribuíram na concepção e delineamento do estudo, análise e interpretação dos dados, redação ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual do manuscrito e aprovação final da versão a ser publicada. Vietta GG contribuiu com análise e interpretação dos dados, revisão crítica e aprovação final da

Formatado: Recuo: Primeira linha: 1,25 cm, Não ajustar espaço entre o texto latino e asiático, Não ajustar espaço entre o texto asiático e números

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13 versão a ser publicada. As autoras garantem a responsabilidade por todos os aspectos do trabalho, incluindo sua precisão e integridade.

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17 Tabela 1: Descrição de hábitos de vida e alimentares segundo Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015 por estudantes das capitais da Região Sul do Brasil.

Variáveis n % Café da manhã (n=1865) 2 ou menos dias/semana Até 5 dias/semana 578 1287 31,0 69,0 Refeições com pais (n=2021)

2 ou menos dias/semana Até 5 dias/semana 375 1646 18,6 81,4 Come/estuda assistindo TV (n=1747) 2 ou menos dias/semana Até 5 dias/semana 729 1018 41,7 58,3 Escola oferece comida (n=2031)

Sim Não 1567 464 77,2 22,8 Come merenda (n=1567) Raramente ou não Até 5 dias/semana 930 637 59,3 40,7 Feijão semana (n=2146) 3 a 8 dias 1 e 2 dias 550 1596 25,6 74,4 Fritura semana (n=2145) 3 a 8 dias 1 e 2 dias 1122 1023 52,2 47,7 Legume/verdura semana (n=2145) 3 a 8 dias 1 e 2 dias 1519 626 70,8 29,2 Guloseima semana (n=2147) 3 a 8 dias 1 e 2 dias 1687 460 78,5 21,4 Frutas frescas semana (n=2145)

3 a 8 dias 1 e 2 dias 1445 700 67,5 32,7 Refrigerante semana (n=2148) 3 a 8 dias 1 e 2 dias 1435 713 66,8 33,2 Industrializados semana (n=2142) 3 a 8 dias 3 a 8 dias 1592 550 74,3 25,7 Fastfood semana (n=2146) 3 a 8 dias 1 e 2 dias 566 1580 26,4 73,6 Estado nutricional (n=2152) Déficit de peso Eutrófico Sobrepeso/obesidade 51 1478 623 2,4 68,7 28,9

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18 Tabela 2: Distribuição da amostra (n=2111) e prevalência de comportamento de risco para transtorno alimentar bulímico segundo variáveis associadas e relacionadas à população de estudantes das capitais da Região Sul do Brasil que responderam à Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015.

Variável Amostra Bulimia n(%)

RP bruta (IC 95%) Valor p Sexo Masculino Feminino 1092 1019 110 (10,1) 103 (10,1) 0,997 (0,772 – 1,286) 0,979 Cor ou Raça Não Branca Branca 756 1355 103 (13,6%) 110 (8,1%) 0,596 (0,462-0,768) <0,001 Idade Até 14 anos 15 anos ou + 807 1304 96 (11,9) 117 (9,0) 1,326 (1,027 –1,711) 0,30 Serie Até 9° ano Ensino médio 965 1146 128(13,3%) 85 (7,4%) 1,788 (1,378-2,321) <0,001 Mora com mãe

Não Sim 1889 222 185(9,8%) 28(12,6%) 0,776 (0,535-1,127) 0,187 Mora com pai

Não Sim 1379 731 129 (9,4%) 84 (11,5%) 0,814 (0,628-1,056) 0,121 Ensino da mãe Até EF complet EF completo + 1081 1030 134 (12,4%) 79 (7,7%) 1,616 (1,240-2,106) <0,001 Sofreu bullying Sim Não 1010 1075 125 (12,4%) 77 (7,2%) 1,728 (1,318-2,265) <0,001 Teve relação sexual Sim Não 816 1294 122 (15,0%) 91 (7,0%) 2,126 (1,644-2,749) <0,001 Idade sexarca Até 13 anos 14 anos ou + 254 555 58 (22,8%) 61 (11,0%) 2,078 (1,498-2,882) <0,001 Agredido fisicamente 3 dias ou - 4 dias ou + 746 1363 83 (11,1%) 130 (9,5%) 1,167 (0,899-1,514) 0,247 Fumo Sim Não 579 1532 96 (16,6%) 117 (7,6%) 2,171 (1,687-2,794) <0,001 Fumo últimos 30 dias Sim Não 165 413 36 (21,8%) 59 (14,3%) 1,527 (1,052-2,218) 0,027 Tabela formatada

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19 Fumou idade 7 a 13 anos 4 a 17 anos 303 272 64 (21,1%) 31 (11,4%) 1,853 (1,247-2,755) 0,002 Bebida alcoólica Sim Não 745 741 106 (14,2%) 62 (8,4%) 1,700 (1,264-2,287) <0,001 Droga idade Até 13 anos 14 anos ou + 109 237 27 (24,8%) 38 (16,0%) 1,545 (0,997-2,394) 0,053 Sobrepeso Obesidade Sim 611 87 (14,2%) 1,721 (1,328-2,230) <0,001 Não 1450 120 (8,3%) Tabela formatada

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