CAESP - Artes
Revisão
-28/03/2019
1º BIMESTRE DE 2019
AVISO:
A revisão NÃO É UM RESUMO do que
é necessário e suficiente para a
prova.
Você NÃO DEVE se apoiar APENAS no
material de revisão para os estudos.
A revisão APENAS ORIENTA EM LINHAS
GERAIS o seu estudo e o AVIVAMENTO
DA MEMÓRIA do que já foi estudado.
Ações na Arte:
Intervenção: é toda ação artística que modifica uma estrutura arquitetônica, urbana ou natural para
aproximar a obra de arte do cotidiano. Ela pode ser feita dentro de espaços fechados ou ao ar livre.
Instalação: é efêmera, pois só existe no momento da exposição enquanto o(s) artista(s) executam a obra em si. Ela é construída e descontruída naquele
momento, mas, nada impede de ser repetida quantas vezes desejado. Elas também podem ser reativas à
Interactive Musical Seesaws, CS Design
Ações na Arte:
Performance: assim como a instalação, ela é efêmera, pois só existe enquanto o artista executa as séries de ações que constroem, mantem e desconstroem a performance em si. Ela é um conjunto de atos
dramáticos, organizados ou espontâneos que visam criar uma relação entre o artista e o público para
Joseph Beuys – Como se explicam quadros a uma lebre morta –
Ações na Arte:
Land Art: utiliza exclusivamente do meio ambiente, com seus espaços, os recursos naturais para construir a obra de arte. As obras são, em sua maioria, de
grandes proporções e feitas em locais remotos. O resultado da obra pode ser apreciado in loco ou através do registro midiático. Por serem feitas no ambiente natural, seu caráter efêmero é evidente.
Meteorito, Milton Becerra, Parque do Ibirapuera, XVIII Bienal de
Etapas da Pré-História:
Paleolítico (Idade da Pedra Lascada): de 2.5 Milhões (M)
de anos antes do presente (a.p.) até 100 mil (K) anos a.p.
Neolítico (Idade da Pedra Polida): de 100 mil (K) anos a.p.
até 5K anos a.p.
Início da arte (2018):
Artesanato: 70K anos a.p. Ou, em pesquisas arqueológicas
(2015), 130K anos a.p., mas ainda é uma questão bastante controversa.
Pintura rupestre: 65K anos a.p. (Cueva de los Aviones)
Instalação / Culto aos mortos: bastante controverso ainda
(2016), mas existem vestígios de culto aos mortos em uma forma de “instalação” funerária em cavernas na Espanha de aproximadamente 180K a.p.
Visões sobre a arte na Pré-História:
1ª Visão (caráter mágico-simbólico): a
representação simbólica feita na obra indicava um desejo de poder mágico sobre o mundo real.
2ª Visão (comunicação): as obras de arte
pré-históricas tinham um caráter de promoverem uma comunicação dentro do grupo sobre os
acontecimentos e servirem de memória coletiva.
3ª Visão (fruição): não havia uma função específica com um retorno para o mundo místico ou para o
mundo social, mas o desejo de aproveitar o fazer e o contemplar artístico.
Processo de abstração e independência da
relação mágico-simbólica: incialmente a arte
pré-histórica exibe representações próximas do
real, depois caminha para abstrações cada vez
mais sintéticas e simbolizadas.
Egito: 3 mil anos de desenvolvimento
estilístico com uma grande unidade estilística:
“Uma arte para a eternidade” Zahi Hawass Função da imagem na sociedade egípcia:
A escrita hieroglífica é baseada em imagens que representam sons e
ideias.
Enorme percentual da população analfabeta, o que leva o Estado
(governo, militares e clero) a usar as imagens como forma de divulgação da ideologia oficial.
Uniformidade de estilo e motivos (o que é representado): 3 mil anos de permanência.
Havia um grande controle sobre o estilo da
produção artística e arquitetônica oficial.
Controle exercido pelo governo e pelo clero:
lembrar que a principal fonte de unidade ideológica era dada pela religião.
Arte canônica: regramento da representação artística, qualquer que seja a sua forma de expressão.
Imagem dupla: é aquela que representa um objeto ou ser do mundo concreto. Os “duplos” possuem identidade com o objeto ou ser que representam. Regras iconográficas: são instruções que dispõem
sobre a forma como as imagens serão produzidas. Envolve as técnicas de execução, as formas e as regras de composição.
Lei da frontalidade (Frontalismo): um recurso
técnico criativo e eficiente para representar toda a anatomia de uma imagem sem que nada fosse
perdido, e que as partes mais importantes fossem exibidas o máximo possível.
Hierarquia social através da imagem: as imagens egípcias demonstram o status social através das proporções entre os entes na imagem.
Arte na Grécia Antiga: aspectos gerais.
Arte como registro do modo de vida e do pensamento
grego.
Arte desligada dos cânones (regras) sagrados: apesar de
versarem sobre os mitos (mundo do sagrado) as regras da arte grega estavam fixadas pelo pensamento filosófico e político grego. O que possibilitava um acompanhamento dos desenvolvimentos de outras áreas do saber e da
técnica.
Função cívica e pedagógica da arte grega: as artes
(pintura, escultura, arquitetura, música, dança, teatro) no mundo Grego tinham também a função de transmissão de uma ideologia, da ideologia da polis (plural: poleis).
O Culto ao Belo:
A “beleza” está no equilíbrio e na harmonia das formas: a
simetria, o equilíbrio, a igualdade entre as partes, toda eram formas dos gregos expressarem a sua ideia de “beleza”.
A “beleza” não pode ser entendida apenas no sentido mais
simples como da beleza cotidiana, mas de uma beleza
idealizada, perfeita, que existe no “Mundo das Ideias” e se reflete imperfeitamente no mundo real.
A beleza na pós-modernidade: a transformação da beleza que
traduz o equilíbrio e a harmonia, para a beleza múltipla e que abraça e rejeita padrões em uma liberdade radical do ser na produção dos muitos “belos”.
Dramaticidade das esculturas gregas: no maior
desenvolvimento da escultura grega ela toma a
teatralidade para a expressão do movimento e dos
sentimentos. O mais famoso exemplo é Laocoonte e seus filhos (entre 140 a.C. até 37 d.C).
Aspectos gerais da arte romana:
Fortemente influenciada pela grega. NUNCA uma simples
cópia da grega.
Mimeses do real, mas sem a busca da perfeição idealista
grega.
Figuras humanas mais realistas com relevo dos traços
escolhidos pelos retratados.
Função política nacionalista e cívica.
Propaganda política das campanhas militares. Afirmação da identidade romana.
Amplos espaços públicos.
Arquitetura liberta (demonstração de superação) da base
Escultura romana: corpos e bustos:
Máscaras mortuárias de cera.
Descarte da busca da simetria facial e corporal,
da proporção perfeita entre as partes do corpo.
Bustos não com a reprodução ideal, nem
absolutamente realista, mas com o relevo de características escolhidas.
A Arte dos primórdios do Cristianismo:
Essa arte dos primórdios do Cristianismo pode ser entendida
como uma nova necessidade. Não era mais importante investir recursos e tempo na construção da dramaticidade clara de um Laocoonte, mas apenas trazer a simbologia, ou seja, VALIA MAIS O SIGNIFICADO DA IMAGEM, A SUA
MENSAGEM, DO QUE A SUA FORMA.
É MAIS IMPORTANTE O SÍMBOLO DO QUE A VIRTUOSIDADE
TÉCNICA, pois não é mais necessária a fruição do “Belo” ou o
virtuosismo artístico, mas a comunicação direta com a
mente e a alma da audiência. A salvação é para a alma!
AS ARTES DEVEM EXPRIMIR ESSE NOVO PENSAMENTO QUE
BUSCA UMA SUPERAÇÃO DO MUNDO DO TANGÍVEL
A Arte Bizantina: geral.
Com a separação entre Roma e Constantinopla e a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.), a Arte Bizantina não sofre a influências culturais dos povos invasores como foi com Roma – o que irá gerar a arte típica da Idade Média. Mas ELA SEGUE SOB A ÉGIDE DA
SUA HERANÇA GRECO-ROMANA E SERÁ INFLUENCIADA PELA ARTE DESENVOLVIDA PELOS OUTROS POVOS
ORIENTAIS DO SEU ENTORNO.
Foi durante o reinado do Imperador Justiniano I que a arte bizantina dá os seus primeiros passos para se tornar
independente da arte romana e estabelece os seus cânones próprios, seu estilo particular.
A Arte Bizantina: mosaico, pintura e escultura.
Os mosaicos, que, em sua técnica, são de origem
romana. Seguem sendo realizados em bizâncio. Porém,
eles trazem os PRIMEIROS EXEMPLOS DA NOVA ESTÉTICA CORPORAL preferida pelo oriente cristão.
As figuras humanas são de corpos extremamente
esguios e altos, com pés minúsculos, rostos pequenos e em forma elíptica e com olhos grandes. Os corpos
realizam apenas gestos cerimoniais (o corpo é um
instrumento para alma atingir o Céu). E esses corpos são
cobertos por roupas magnificas com exímia ornamentação que escondem o corpo físico.
A Arte Bizantina busca REMOVER TODAS AS REFERÊNCIAS
A Arte Bizantina: mosaico, pintura e escultura.
A Arte Bizantina busca remover todas as referências ao corpo, ao tempo e ao espaço terreno, dando lugar UM PRESENTE
ETERNO EM MEIO A UM CÉU DOURADO E PARADISÍACO.
A Arte Bizantina: evangelização através das
imagens.
Uso das imagens na evangelização e transmissão da moral e das normas religiosas:
Depois do século V d.C., as imagens passam a ser
usadas como FORMAS DE DIVULGAÇÃO DA FÉ E DE SEUS CÂNONES.
Duas são as principais formas de imagens utilizadas, as Santas e as Demoníacas.
“A PINTURA PODE FAZER PELOS ANALFABETOS O
QUE A ESCRITA FAZ PARA OS QUE SABEM LER”,
Papa Gregório I, séc. IV.
A Arte Bizantina:
As imagens Santas buscam transmitir o IDEAL DE COMPORTAMENTO E DE MORAL CRISTÃ. Eram normalmente representações dos anjos, dos
santos e do Cristo. Elas tinham uma função exemplificadora e também de contar histórias através de imagens apenas.
A Arte Bizantina:
As imagens Demoníacas eram representações das figuras malignas
tais como os demônios e as dependências do Inferno, quanto os
condenados às torturas infernais. Sua função era a de TRANSMITIR O
MEDO DESSAS PUNIÇÕES BUSCANDO MINIMIZAR O COMETIMENTO DAS FALTAS E PECADOS.
Contexto histórico:
O fim do Império Romano do Ocidente e a formação da
Europa Medieval como um processo de mistura de
tradições romanas e germânicas.
O eixo de importância econômica e cultural da Europa
muda para o Norte, saindo da região mediterrânea.
Não existia uma negação da tradição romana, mas uma
imagem de um passado lembrado como glorioso, mas pouco conhecido. Uma “lembrança nublada”.
Reforma escolar carolíngia: traz o Trivium (Gramática,
Retórica e Dialética) e o Quadrivium (Aritmética,
Geometria, Música e Astronomia) justamente fazendo
referência à educação romana por ser considerada como a educação ideal.
Arte Medieval, um caminho do sincretismo entre
a herança romana, o cristianismo bizantino e a
cultura celto-germânica até a afirmação de uma
arte original:
Roma era uma lembrança de um passado glorioso,
Bizâncio um modelo exótico e distante e a cultura celto-germânica original e enraizada nas mentalidades
locais.
O resultado é uma releitura dos modelos romanos e
bizantinos com os olhares e as mãos celto-germânicas
gerando um estilo que foi se afirmando como original e próprio ao longo da Idade Média.
Os reis europeus precisavam afirmar a nova cultura
Renascimento Carolíngio e Otoniano:
Caracterizado por uma busca do próprio espaço entre
os mundos romanos e bizantinos para a AFIRMAÇÃO DA PRÓPRIA CAPACIDADE DE INDEPENDÊNCIA.
Necessidade de afirmação de um investimento político
na arte para a propaganda do Sacro Império Romano Germânico.
Os reis e imperadores como baluartes da cristandade e
de uma busca de unidade europeia.
Evolução das imagens sequenciais para a única
pluritemporal: iniciada com as imagens da mesma
maneira narrativa romana, ela evolui para uma
representação de vários tempos em uma única imagem
Estilo Gótico:
O contato com o mundo bizantino através das
Cruzadas e do Renascimento Comercial capacita a
TRANSFORMAÇÃO DA ARTE E DA ARQUITETURA
MEDIEVAIS da Europa Ocidental em um estilo com
muito MAIS OPULÊNCIA E DESENVOLVIMENTO TÉCNICO.
Urbanização medieval: não há que se falar em
renascimento urbano, pois as cidades medievais não são herdeiras das cidades romanas, mas cidades
novas, com estruturas e organizações urbanísticas próprias e problemas novos (saneamento básico, adensamento e defesa).
Estilo Gótico: arco ogival
A arquitetura gótica SOLUCIONA AS DIFICULDADES
TÉCNICAS DO ARCO SEMICIRCULAR COM O OGIVAL através da divisão do peso para a base do arco.
Levando a responsabilidade de sustentação do edifício das paredes para as colunas.
Com a sustentação em colunas. Será possível aos
arquitetos medievais expandirem o espaço interno das igrejas, podendo ALOJAR MAIS PESSOAS NAS MISSAS. Ademais, os arcos ogivais, ATRAVÉS DAS SUAS LINHAS,
Estilo Gótico: vitrais, iluminação e mensagem
VITRAIS COM A FUNÇÃO NÃO APENAS DA
ILUMINAÇÃO INTERNA, MAS TAMBÉM DA TRANSMISSÃO DA MENSAGEM DA FÉ E DA POLÍTICA.
Também puderam construir igrejas onde a iluminação
natural em conjunção com os vitrais nas janelas cada vez maiores, criavam um AMBIENTE INTERNO
TOTALMENTE DIFERENTE DE TODOS OS OUTROS
encontrados na vida cotidiana.
Entrar na igreja era SAIR DO MUNDO PROFANO E
Estilo Gótico: vitrais, iluminação e mensagem
As enormes janelas do gótico, com seus vitrais,
buscavam criar um ambiente de beleza única para
atrair o público e para criar na mente desse o encantamento com o mundo da fé.
Vitrais: graças às limitações técnicas vidreiras da
época, os vitrais não eram pinturas realizadas sobre o vidro, mas antes pinturas realizadas com o vidro. Posto que eram utilizados pequenos pedaços de vidro
colorido unidos com tiras de chumbo. A metáfora
Estilo Gótico: vitrais, iluminação e
mensagem
Vitrais: graças às limitações técnicas vidreiras
da época, os vitrais não eram pinturas
realizadas sobre o vidro, mas antes pinturas
realizadas com o vidro. Posto que eram
utilizados pequenos pedaços de vidro colorido
unidos com tiras de chumbo. A metáfora óbvia
Prof. Heleno Licurgo do Amaral <heleno@dr.com>